3. Situação de Aprendizagem
Público Alvo: 3as séries do Ensino Médio.
Tempo Previsto: 6 aulas
Objetivo:
Entender o romance “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos; contextextualiza-lo
com a 2ª fase do modernismo brasileiro (caracterizado como romance de 30),
intertextualiza-lo, fazer com que o aluno produza um novo discurso, gerar
um outro gênero(Cartum e projeto de texto dissertativo/argumentativo).
Conteúdo Temático:
Modernismo brasileiro, 2º fase; contextualização; intertextualização.
produção do gênero cartum e projeto de texto dissertativo/argumentativo.
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4. Situação de Aprendizagem
Competências: Estabelecer conexões com a escola literária
modernista, 2ª fase e contextualizar com nossa realidade.
Habilidade:
Relacionar informações sobre concepções artísticas e
procedimentos de construção do texto literário com os
contextos de produção e circulação social da arte, para atribuir
significados de leituras críticas em diferentes situações.
Compreender a literatura como sistema social que concretiza
valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no
patrimônio literário nacional.
Compreender a função social do gênero em estudo.
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5. Estratégias: aula interativa (com utilização do projetor)
1. Apresentar a obra “Vidas Secas” resumo com a contribuição do alunos.
2. Discussão da mensagem implícita na obra.
3. Apresentar o filme Vidas Secas – os melhores momentos, filme remontado pelo professor - compara-lo com a
obra.
4. Analise do discurso indireto livre presente na obra.
5. Analise do processo de zoomorfização e antropomorfização.
6. Intertextualizar a obra com outras artes (música, literatura, filme, pintura, foto etc).
7. Sondagem do conhecimento prévio do aluno sobre a palavra “Moderno”.
8. Contextualizar o conceito de moderno, na filosofia, na história e na literatura.
9. Apresentar as características do modernismo 2ª fase – prosa.
10. Discutir a temática: denúncia social e injustiça social.
11. Retomar o hipergênero HQs – História em quadrinhos, com ênfase em cartum, para conclusão da situação de
aprendizagem.
12. Criar um projeto de texto a partir do cartum.
Recursos: projetor multimídia, livro didático, caderno do professor, lousa e embasamento teórico – literatos.
Avaliação: contínua – durante a exposição da aula por meio dos questionamentos, participação e, produção do
gênero textual cartum. Além de questões no provão (aplicação de uma única prova com 50 questões envolvendo
todas as disciplinas) e prova bimestral.
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7. Orientação de leitura da obra Vidas Secas (no decorrer das aulas).
Antes – apresentação realizada pelo professor.
Observar Foco narrativo, Personagens, Tempo, Ambiente e a mensagem
presente na obra.
Em seguida, as professoras promoveram subsídios que levassem os alunos a
fazer relações de conhecimento sobre o gênero e antecipação de sentidos a
partir de diferentes indícios encontrados durante a leitura da obra.
Durante – apresentação do professor.
O indivíduo e os pontos de vista e valores sociais; a crítica a valores sociais;
a palavra e o tempo: texto e contexto social.
7
8. Depois
Discussão oral (durante a exposição e analise da obra, em Sala de Aula).
Concatenação de ideias.
Processos interpretativos inferenciais: metáfora e metonímia.
Processos interpretativos inferenciais: Construção do Ethos (os traços
característicos de um grupo, do ponto de vista social e cultural, que o
diferencia de outros).
Construção da textualidade.
Recapitulação de conhecimento de linguagem.
Aspectos linguísticos específico para construção do gênero cartum e
projeto de texto dissertativo/argumentativo.
Estratégia de Escuta.
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9. • Vidas Secas -obra
[publicada em 1938].
• Vidas Secas –Filme
[publicado em 1963].
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=8BFszT1s5lI;
Acesso em: 10 de agosto de 2013.
Tempo: 24min 10s. [Melhores momentos]
9
x
11. 1º Passo:Apresentação da obra; Análise da narrativa
Obra composta por 13
capítulos.
1º Mudança
2º Fabiano
3º Cadeia
4º SinháVitória
5º O menino Mais Velho
6º O Menino Mais Novo
7º Inverno
8º Festa
9º Baleia
10º Contas
11º O soldado Amarelo
12º O mundo coberto de penas
13º Fuga
Qual será o motivo da
FUGA?
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13. O que une os episódios no livro?
13
A utilização de vários motivos recorrente:
* a paisagem árida;
* a zoomorfização e antropomorfização das criaturas;
* os pensamentos fragmentados dos personagens e,
* os consequentemente problemas de linguagem;
* seu Tomás da Bolandeira
* a cama de varas de Sinha Vitória etc.
14. Em Vidas secas – existem 2 mundos:
Fabiano - ZOOMORFIZAÇÃO (animalização)
Vaqueiro honesto com grandes dificuldades linguísticas, bruto,
selvagem.
Ambiguidade, homem ou bicho?
Sinha Vitória – Sofrida, sonhadora e inteligente [percebe
que as contas do patrão estão erradas].
Cachorra Baleia – ANTROPOMORFIZAÇÃO (é uma
forma de pensamento que atribui características ou
aspectos humanos).
Membro da família, pensa, sonha e age como gente.
“Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração”. p. 90
Papagaio- Vira refeição, não sabia falar. Latia.
Menino Mais Velho - Curioso e não tem noção da miséria
em que vive.
“Como não sabia falar direito, o menino balbuciava
expressões complicadas, repetia silabas, imitava os berros
dos animais, o barulho do vento, o som dos galhos que
rangiam na catinga, roçando-se”. p.59
Menino Mais Novo – Sofrida, enxerga em seu pai um
verdadeiro herói.
“Naquele momento Fabiano lhe causava grande admiração”.
p. 47
Seu Tomás da Bolandeira – Status econômico de segurança e
conforto; significa cultura e a educação que Fabiano jamais
poderá possui.
- Só aparece nas lembranças. É muito idolatrado por Fabiano e
Sinha Vitória.
O Patrão de Fabiano - Possui terras e o dinheiro, emprega os
trabalhos sob o regime escravo, sem direito a nada.
- Opressor, fazendeiro desonesto que explora seus empregados.
O Soldado Amarelo - simboliza o governo [Era Vargas].
- Corrupto, simboliza a repressão e autoritarismo da Era Vargas.
Seu Inácio – Dono do bar.
- Coloca água na cachaça para assim ganhar mais dinheiro.
1º mundo 2º mundo
14
15. Qual a relação entre os dois mundos?
- Todos sofrem com a seca.
- Entre os dois mundos não há um sistema de troca, apenas, um mecanismo
de OPRESSÃO E BLOQUEIO.
15
- O bloqueio entre os dois grupos é unidirecional, e o mecanismo de
opressão funciona de cima para baixo.
16. Repensando os dois grupos em
níveis de hierarquia – unilateral.
2º Grupo
Pode econômico – o
fazendeiro
Poder civil – o prefeito
Poder militar – os
soldados.
Poder religioso – o padre
e a igreja.
1º Grupo
Os sem poder – Fabiano,
Vitória e os participantes
do bumba meu boi.
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3º Grupo
Prisioneiro, jagunços -
representa uma ameaça
estabilidade.
O bando representa um grupo que está fora da hierarquia de poder e uma ameaça à sua
estabilidade. É nesse ponto que o diretor se vale de sua liberdade criativa para
transformar, por coerência ideológica, um dos elementos do texto original.
17. Tempo:
ATEMPORAL - não há objetos que permitam
precisar o tempo cronológico em que decorre
a narrativa, a não ser que os acontecimentos
vividos pela família se desenrolem entre duas
secas.
Espaço: Sertão Nordestino.
Ambiente:
Um ambiente sem sentimentalismo por
viverem em um espaço que não lhes é
oferecida boas condições de vida.
Tema: Injustiça social.
Assunto: Denúncia social
Mensagem:
A seca não está apenas no sertão, mas
na alma de muitos e na falta de ações
dos outros.
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18. Curiosidades
O livro circulou em território estrangeiro durante um bom tempo, sendo primeiramente
lançado na Polônia e depois na Argentina, seguida por República Tcheca, Rússia, Itália,
Portugal, França, Espanha e em outros. No Brasil, encontra-se em sua centésima sexta
edição.
Em 1962, ganhou o prêmio da Fundação William Faulkner (Estados Unidos) como livro
representativo da Literatura Brasileira Contemporânea.
Também conquistou um enorme público, tendo vendido até então mais de um milhão
e meio de exemplares, enquanto, ocasionalmente, é leitura obrigatória em
vestibulares da USP, da PUC, da UFBA e da UEPA.
O cineasta Nelson Pereira dos Santos realizou uma bem-sucedida versão homônima de Vidas Secas
em 1963, reforçando aspectos atuais do país.
O romance originalmente se chamaria "O Mundo Coberto de Penas", título do
penúltimo capítulo, em referências às penas negras dos corvos cobrindo o chão seco. O
texto original está grafado assim. Porém o próprio Graciliano Ramos riscou o título
original e escreveu à mão "Vidas Secas".
O romance também teve um nome alternativo, vidas molhadas, por conta da ironia de Ramos.
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20. Técnica do discurso indireto livre
Três tipos de discursos
I. Discurso direto
•Verbos no presente do indicativo (fica, há).
•Pontuação característica (travessão, dois pontos).
Exemplo:
- Onde estão os meus ingressos para o
espetáculo de patinação? – perguntou Pedro.
- Estavam aqui ainda neste instante! –
replicou Maria.
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21. II. Discurso indireto
• Verbos no pretérito imperfeito do indicativo
(ficava, havia).
• Ausência de pontuação característica.
Pretérito Imperfeito -
fatos não foram
totalmente concluídos,
esses fatos são
contínuos, mas não
terminados.
Pretérito Perfeito –
indica um fato já ocorrido
e concluído.
Pretérito Mais-que-perfeito - para assinalar um fato passado em
relação a outro também no passado (o passado do passado, algo que
aconteceu antes de outro fato também passado).
Exemplo:
A mãe, impaciente, pediu a sua
filha que fosse até lá.
Ela respondeu que estaria já dali
a cinco minutos.
21
22. III. Discurso indireto livre
O texto é escrito em terceira pessoa e o narrador conta
a história, mas as personagens têm voz própria, de
acordo com a necessidade do autor de fazê-lo.
Sendo assim é uma mistura dos outros dois tipos de
discurso e as duas vozes se fundem.
22
23. Importante:
Vidas secas – Técnica do discurso indireto
Livre
O uso do discurso indireto livre permite
aproximar a voz do narrador à voz do
personagem, dando a impressão de que são
um só.
A narração ganha tom mais subjetivo, e o
leitor tem acesso direto aos pensamentos do
personagem.
23
24. Exemplo 01 - Cap. 02 Fabiano:
“ - Fabiano você é um homem, exclamou em voz alta.
Conteve –se, notou que os meninos estavam perto, com certeza
iam admirar-se ouvindo-o falar só. E, pensando bem, ele não era
homem: era apenas uma cabra ocupado em guardar coisas dos
outros. Vermelho, queimado, tinha os olhos azuis, a barba e os
cabelos ruivos; mas como vivia em terra alheia, cuidava de
animais alheios, descobria-se, encolhia-se na presença dos
brancos e julgava-se cabra.
Olhou em torno, com receio de que, fora os meninos, alguém
tivesse percebido a frase imprudente. Corrigiu-a, murmurando:
- Você é um bicho, Fabiano.” p.18
O Narrador interiorizou-se na personagem “Fabiano”
para auxiliá-la em sua expressão, pois ele tinha dificuldade de comunicação.
Fundiram-se duas vozes (a do narrador e a personagem), uma síntese dialética
entre o discurso direto e o indireto). 24
25. Exemplo 02 - Cap.9 Baleia:
“... Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração.
Precisava vigiar as cabras: àquela hora cheiros de
suçuarana deviam andar pelas ribanceiras, rondar as
moitas afastadas. Felizmente os meninos dormiam na
esteira, por baixo do caritó onde Sinha Vitória
guardava o cachimbo.” p. 90
Vocabulário:
Suçuarana - Puma concolor, também
conhecido pelos nomes populares suçuarana,
puma, onça-parda, onça-vermelha, jaguaruna ,
leão-baio e leão-da-montanha. É um mamífero
nativo das Américas.
Prefere habitat com vegetação rasteira
densa e áreas rochosas adequadas às
emboscadas, mas também pode viver em
áreas abertas.
25
26. Exemplo 03 – Cap.09 Baleia:
“Baleia queria dormir. Acordara feliz, num mundo
cheio de preás.
E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano enorme. As
crianças se espojaram com ela, rolariam com ela num
pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo ficaria
todo cheio de preás, gordos, enormes.” p. 91
26
27. Exemplo 04 – Cap.13 Fuga
“Só lhe restava jogar-se ao mundo, como negro fugido.”
p. 117
Não deve ser entendida como preconceito racial,
mas como uma tradução de uma imagem da
escravidão ainda viva no universo mental do
homem nordestino.
Traduz a intuição de que a natureza trata a família
de Fabiano como se fosse escrava, impondo-lhe
fugas inevitáveis.
27
28. “Vida Maria”
é um curta-metragem em 3D,
lançado no ano de 2006, produzido
pelo animador gráfico Márcio
Ramos, que venceu inúmeros
festivais nacionais e internacionais
no ano de seu lançamento.
Tema: denúncia a ausência de
escolarização e as condições
precárias de vida de várias
gerações de mulheres do sertão
cearense.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=zHQqpI_522M
Acesso em: 10 de agosto de 2013.
Tempo: 8min 12s.
28
29. Poema:
“Navio Negreiro”,
de Castro Alves.
Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=L8DPeaSw1Fc
Acesso: 10 de agosto de 2013
Tempo: 5min 10s.
29
30. 30
Último Pau-de-Arara
Composição: Venâncio/Corumbá/J.Guimarães
A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara, meu Deus, tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outro canto não pára
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocoalho
Pendurado no pescoço
Vou ficando por aqui
31. Cap. 13ª - Fuga
“...Por que haveria de ser
sempre desgraçados,
fugindo no mato como
bichos? Com certeza
existiam no mundo coisas
extraordinárias. Podiam
viver escondidos, como
bichos? Fabiano respondeu
que não podiam.
- O mundo é grande.” p. 123
“Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, senhor Deus!
Se é loucura.... Se é verdade
Tanto horror perante o céus?!
Ó mar, por que não apagas
De teu manto este borrão?...
Astros! Noites tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!”
O navio negreiro, de Castro Alves – de 1869 quando o
poeta tinha 22anos.
Análise “Vidas secas” X “Navio Negreiro”
V
31
32. Música: Segue o Seco, de 2007
Marisa Monte
Compositor: Carlinhos Brown
Disponível em: http://www.vagalume.com.br/marisa-monte/segue-o-seco.html#ixzz2aHQwMHyC
Acesso: 10 de agosto de 2013.
A boiada seca
Na enxurrada seca
A trovoada seca
Na enxada seca
Segue o seco sem secar que o
caminho é seco
sem sacar que o espinho é seco
sem sacar que seco é o Ser Sol
Sem sacar que algum espinho seco secará
E a água que sacar será um tiro seco
E secará o seu destino seca
Ô chuva vem me dizer
Se posso ir lá em cima prá derramar você
Ó chuva preste atenção
Se o povo lá de cima vive na solidão
Se acabar não acostumando
Se acabar parado calado
Se acabar baixinho chorando
Se acabar meio abandonado
Pode ser lágrimas de São Pedro
Ou talvez um grande amor
chorando
Pode ser o desabotado do céu
Pode ser coco derramado
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33. Música: Súplica Cearense, de 1963
Compositor, Waldeck Artur de Macedo,
mais conhecido como Gordurinha.
Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar
Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol arretirou
Fazendo cair toda a chuva que há
Senhor, eu pedi para o sol se esconder um
tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de
mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão
Oh! Deus, se eu não rezei direito o
Senhor me perdoe,
Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração
Meu Deus, perdoe eu encher os meus
olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar
Desculpe eu pedir a toda hora pra
chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o
inferno
Que sempre queimou o meu Ceará
Gravada na voz de: Jackson do Pandeiro e Gordurinha, Luís Gonzaga, Fagner, Elba Ramalho, Falamansa e
Rappa,.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=l-76V2ego6U; Acesso em: 10 de agosto de 2013
Interpretação:Falamansa.
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34. 34
Quando olhei a terra ardendo
Com a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro, que fornaia
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe, muitas légua
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus óio
Se espaiar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viuMeu coração
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Asa Branca
Luiz Gonzaga
35. Vídeo
O poder das palavras: O
publicitário e o cego.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=UoDu1jFfFWA.
Acesso em: 10 de agosto de 2013.
35
37. 37
Relação entre gêneros – Música e Conto
• Música “Fora de ordem, de Caetano Veloso”.
• Capítulo “Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos”
Ambas relatam a:
• Realidade brasileira.
• Construção detalhada da mensagem [metalinguística].
• Crítica [denúncia].
• Desigualdade.
• Pessoas pobres, mas que mesmo assim lutam cada dia por um mundo melhor,
uma vida melhor.
Por Caline Araújo Ferreira nº3 – 2ªA
Camile Pergentino Almeida nº 04 2ªA
-2014-
38. 38
Relação entre gêneros – Música e Conto
• Música “Fora de ordem, de Caetano Veloso”.
• Capítulo “Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos”
Podemos encontrar a intertextualidade da realidade brasileira nas duas
obras, em forma temática, pois, ambas abordam de maneiras diferentes
a mesma miséria e sofrimento de uma classe social mais baixa.
No capítulo “Baleia”, os últimos suspiros da cachorra, ela sonha com um
mundo cheio de comida para si e toda a família, isso é consequência da
miséria e da seca que a família sofria.
Na música “Fora de Ordem”, a denúncia é sobre os jovens pobres e sem
oportunidade que caem no mundo de violência e drogas .
Consequências da desigualdade social.
Por Caline Araújo Ferreira nº3 – 2ªA
Camile Pergentino Almeida nº 04 2ªA
-2014-
39. 39
Relação entre gêneros – Música e Conto
• Música “Fora de ordem, de Caetano Veloso”.
• Capítulo “Baleia do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos”
Ambos falam de algo que está errado, de lugares desordenados, de
miséria e, principalmente, sacrifícios.
Na música de Veloso, com um vocabulário mais apurado, apresenta um
mundo perdido e bagunçado.
No conto de Ramos, apresenta a vida miserável e sacrifícios que levam
moradores da região nordeste, muito por conta da seca.
Por Oscar robson Marques nº 25 2ªA
- 2014-
73. Referência bibliográfica:
ABDALA JÚNIRO, Benjamin; CAMPEDELLI, Samira Youssef. Tempos da literatura brasileira. 6.ed. SP:
Ática,1999.
BOSI, Alfredo. História concisa de literatura brasileira. SP: Cutrix,2006.
CEREJA, William Roberto. Um a proposta dialógica para o trabalho em literatura.SP: Atual, 2005.
D’ONOFRIO, Salvatore. Literatura Ocidental: Autores e obras fundamentais. 2 ed. SP: Ática, 2000.
GRACILIANO, Ramos. Vidas Secas.104.ed.SP: Record, 2008.
Proposta Curricular de Língua Portuguesa do Estado de São Paulo. Coord. Maria Inês Fini. SP: SEE, 2008.
RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. 1.ed. SP: Contexto, 2010. p.15-30
PELEGRINI, Tânia et al. Literatura, cinema e televisão. SP: Senac SP, Instituto Itaú Cultural, 2003.p.38-
57
PCN+ :
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12598%3Apublicacoes&Itemid=859
Acesso em: 10 de julho de 2013.
73