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Administração da Produção
Luz Marina Aparecida Poddis de Aquino
Cuiabá-MT
2013
Presidência da República Federativa do Brasil
Ministério da Educação
Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica
Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica
Equipe de Revisão
Universidade Federal de Mato Grosso –
UFMT
Coordenação Institucional
Carlos Rinaldi
Coordenação de Produção de Material
Didático Impresso
Pedro Roberto Piloni
Designer Educacional
Marta Magnusson Solyszko
Designer Master
Daniela Mendes
Ilustração
Quise Gonçalves Brito
Diagramação
Yuri da Silva Peixoto
Revisão de Língua Portuguesa
Lucas Póvoas Jucá Corrêa Lima
Revisão Final
Naine Terena de Jesus
Instituto Federal de São Paulo - Campus
Caraguatatuba
Diretor do IFSP
Adriano Aurélio Ribeiro Barbosa
Diretora Geral do e-Tec
Yara Maria Guiso de Andrade Facchini
Coordenadora Geral do e-Tec
Elizabeth Gouveia da Silva Vanni
Coordenadora do Curso
Maria Dulce Monteiro Alves
© Este caderno foi elaborado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de São Paulo - Caraguatatuba - SP para a Rede e-Tec Brasil, do Ministério
da Educação em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso.
Projeto Gráfico
Rede e-Tec Brasil/UFMT
3
Prezado(a) estudante,
Bem-vindo(a) à Rede e-Tec Brasil!
Você faz parte de uma rede nacional de ensino que, por sua vez, constitui uma das ações do
Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec, instituído
pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar
a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira
propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego.
É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de
Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e as instâncias promotoras de ensino técnico,
como os institutos federais, as secretarias de educação dos estados, as universidades, as es-
colas e colégios tecnológicos e o Sistema S.
A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade re-
gional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação
de qualidade e ao promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões
distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros.
A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando os
estudantes a concluir o ensino médio e a realizar uma formação e atualização contínuas. Os
cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao estudan-
te é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas, os polos.
Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional qualificada – in-
tegradora do ensino médio e da educação técnica – capaz de promover o cidadão com ca-
pacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da
realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética.
Nós acreditamos em você!
Desejamos sucesso na sua formação profissional!
									Ministério da Educação
Setembro de 2013
Nosso contato
etecbrasil@mec.gov.br
Apresentação Rede e-Tec Brasil
Rede e-Tec Brasil
3
Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de
linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual.
Atenção: indica pontos de maior relevância no texto.
Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o
assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao
tema estudado.
Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão
utilizada no texto.
Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros,
filmes, músicas, sites, programas de TV.
Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em
diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa
realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado.
Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever
sobre pontos importantes e/ou questionamentos.
Indicação de Ícones
Rede e-Tec Brasil
5
Apresentação Rede e-Tec Brasil	 3
Indicação de ícones	 5
Apresentação da disciplina	 9
Sumário	 11
Sumário	 11
Aula 1 - Introdução à Estatística	 13
1.1. Um pouco de história	 14
1.2.Conhecendo a estatística	 16
1.2.1.A Estatística Milenar	 16
1.2.2. A Estatística a partir do século XX	 17
1.2.3 O que é, afinal, Estatística?	20
1.2.4 Aplicações da estatística	 21
1.3. Os Dados	 23
1.4. Elementos e Variáveis	 24
Aula 2 - Conceitos Básicos e Elementares de Matemática	 31
2.1. Porcentagem	 31
2.2. Dados absolutos e dados relativos	 35
Aula 3 - Método Estatístico, População e Amostra	 41
3.1. O método estatístico e suas fases	 42
3.2.População e Amostra	 47
3.2.1 Tabela determinante do tamanho da amostra	
49
3.3. Técnicas de amostragem	 51
3.4. Amostragem probabilística simples	 52
3.5. Amostragem Probabilística Estratificada	 53
3.6. Amostragem Probabilística Sistemática	 54
Aula 4 - Estatística Descritiva	 57
4.1. Ramos da Estatística	 57
Palavra da Professora-autora
Rede e-Tec Brasil
7
Caro(a) estudante
É com muita satisfação que escrevo estas palavras. Em primeiro lugar gosta-
ria de parabenizá-lo por ter aceitado este grande desafio que é a educação
a distância. Fico muito feliz de participar de sua formação, pois sei que você
está dando um grande passo em sua carreira profissional.
Este caderno apresenta o contato com os fundamentos da Administração
da Produção. Sugiro que aprofunde o seu conhecimento pesquisando na
internet sobre os temas aqui apresentados. Recomendo, também, que você
visite algumas empresas para conhecer o processo produtivo na prática.
Boa sorte e muito sucesso pra você!
Ao escrever este material de estudo, busquei apresentar os fundamentos
da Administração da Produção, reunindo textos para leitura e atividades.
A disciplina está estruturada em seis aulas que tratam dos principais temas
ligados à administração de produção. Na aula um, você terá um primeiro
contato com o tema, através do conceito e sua interação com as outras áreas
da Administração Geral.
Na aula dois, você conhecerá um pouco mais sobre o tema, sua evolução,
as principais áreas e suas responsabilidades. Na aula três, será apresentada
a importância de se adotar princípios estratégicos para a produção. Na aula
quatro, após a verificação do que se pode produzir, veremos como determi-
nar a melhor localização para a planta produtiva e como escolher e ordenar
móveis e equipamentos dentro do local.
Na aula cinco, refletiremos sobre o processo produtivo em si, em especial o
planejamento e controle da produção. Na aula seis, será a vez de apresentar
um pouco sobre a definição e importância da qualidade e suas ferramentas
principais.
Ao concluir a disciplina, acredito que você terá ferramentas para utilizar no
dia a dia e com a observação de atividades diárias, você estará se propor-
cionando mais conhecimento e melhor capacitação para atuar no mercado.
Leia com atenção e realize as atividades com disciplina, que o êxito será
alcançado! Boas aulas!
Apresentação da Disciplina
Rede e-Tec Brasil
9
Aula 1. 
Administração da produção: definição do conceito,
estrutura e sua interação com outras áreas da adminis-
tração	 13
1.1. O que é administração da produção	 13
1.2. 
As principais áreas da administração e sua interface com a administra-
ção da produção		 16
Aula 2. 
Evolução, atividades e responsabilidades da área admi-
nistração da produção	 21
2.1. Contextualização da administração da produção	 21
2.2. Evolução da administração da produção	 22
2.3. 
Principais atividades e responsabilidades da área administração da pro-
dução 24	
	
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos	 31
3.1. O que é estratégia?	 31
3.2. O ambiente interno e ambiente externo	 32
3.3. Projeto em administração da produção	 34
Aula 4. 
Instalações em administração da produção – localiza-
ção e arranjo físico (layout)	 43
4.1. Localização de instalações produtivas	 43
4.2. Arranjo físico ou layout	 45
4.3. Tipos de arranjos físicos	 50
Aula 5. Planejamento e controle da produção	 57
5.1. Por que planejar e controlar a produção?	 57
5.2. Previsão da demanda	 58
5.3. Planejamento mestre da produção	 60
5.4. Planejamento de materiais 	 62
5.5. Manutenção 	 63
Aula 6. Gestão da qualidade	 67
6.1. Definição de qualidade	 68
6.2. Normas iso e pnq	 70
6.3. Ferramentas da qualidade	 70
Rede e-Tec Brasil
11
Sumário
6.4. Qualidade de vida no trabalho	 72
Palavras Finais	 76
Guia de Soluções	 77
Referências	 79
Obras Consultadas	 80
Currículo da Professora-autora 	 81
Rede e-Tec Brasil 12
Rede e-Tec Brasil 12
Objetivos:
•	 reconhecer conceitos e estrutura da administração da produ-
ção;
•	 identificar as principais áreas da administração;
•	 distinguir a interface entre a administração da produção e as
principais áreas da administração; e
•	 reconhecer que os procedimentos de administração da produ-
ção muda de acordo com atividades primárias, secundárias e ter-
ciárias e terciárias.
Prezado(a) estudante,
Você inicia agora a disciplina Administração de produção, entrando nesta
primeira aula, que tem como objetivo lhe apresentar a administração de
produção, com conceitos estrutura e interação com outras áreas da admi-
nistração. Essas informações iniciais são essenciais para sua compreensão do
tema e também, do funcionamento desse setor. Não se esqueça de que a
leitura atenta e a realização das atividades são elementos fundamentais para
a sua aprendizagem. Boa aula!
1.1 O que é administração da produção
O processo produtivo remonta às origens do homem, mas um destaque es-
pecial foi dado ao processo com o surgimento de grandes fábricas por volta
de 1780, advento da Revolução Industrial. Mas, antes de aprofundar no
processo produtivo propriamente dito vamos relembrar o que é administrar.
Administrar é alcançar resultados. O processo para o alcance desses resulta-
Rede e-Tec Brasil
Aula 1 - 
Administração da produção: definição do conceito, estrutura e sua
interação com outras áreas da administração
13
Aula 1. 
Administração da produção: 	

definição do conceito, estru-	
tura e sua interação com ou-	
tras áreas da administração
dos é realizado por pessoas e passa pelo planejamento, organização, direção
e controle dos recursos disponíveis. Dentre os principais recursos, citamos o
tempo, os recursos materiais e os financeiros. Por exempo, todas as ativi-
dades que realizamos têm um tempo de início, um desenvolvimento e um
fim. Para produzirmos um produto precisamos de matéria-prima. Para pagar
nossos custos e despesas precisamos de dinheiro. Nesse sentido, a adminis-
tração da produção busca alcançar resultados positivos na área produtiva.
Exemplo: Para produzirmos sapatos, precisaremos de pessoas que trabalha-
rão operando as máquinas. Precisaremos de couro, cola e tinta. Precisa-
remos de dinheiro para pagar o salário dos empregados, a matéria-prima,
as máquinas e os equipamentos dentre outros. E por fim, precisaremos
levar os sapatos produzidos até as pessoas que os comprarão. Embora seja
apresentado aqui de maneira simplista, isso impõe grandes desafios para as
organizações.
Figura 1
Fonte: ilustrador
Pensando em todo esse caminho que necessita ser percorrido, a administra-
ção da produção se preocupa com o gerenciamento dos recursos materiais
e humanos visando produzir bens e serviços que garantam a nossa sobrevi-
vência. Os alimentos que comemos, as roupas que vestimos, os carros que
dirigimos, as viagens que fazemos, até se tornarem o que são, passam por
um elaborado processo de transformação.
Produzir é a atividade primária de qualquer organização e consiste em trans-
formar matéria-prima em produtos e serviços através da agregação de valor.
Um pedaço de couro não é nada antes de ser transformado em calçado e
custa muito menos do que o calçado pronto. Esse processo ocorre em quais-
quer tipos de organizações, sejam elas pequenas ou grandes; públicas ou
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 14
privadas; com ou sem fins lucrativos; reais e até mesmo virtuais.
Vale lembrar que as organizações são conjuntos compostos por pessoas,
estruturas, tarefas e conhecimentos visando um objetivo comum. Nós nas-
cemos e crescemos em organizações tais como hospitais, igrejas, fábricas,
comércios, etc.
Uma maneira de classificar as organizações é de acordo com sua atividade
econômica ou produtiva, podendo ser:
a)	 setor primário: composto por organizações da área extrativista, da agro-
pecuária e da pesca;
b)	 setor secundário: composto por organizações da área manufatureira ou
industrial e envolve atividades como metalurgia, processamento de ali-
mentos, tecelagens, vestuário e cerâmicas;
Figura 2
Fonte: ilustrador
c)	 setor terciário: Composto por organizações prestadoras de serviços como
bancos, hospitais, cinemas, escolas, quartéis de polícia, etc.
Dependendo do setor ao qual uma organização pertence, ela necessitará de
um processo produtivo apropriado, com máquinas, equipamentos, matérias-
-primas e mão de obra adequados. Além disso, os processos produtivos va-
riam de empresa para empresa e de acordo com os bens a serem produzidos.
Escolher um processo impõe conhecer variáveis, tais como: volume, varieda-
de, dominância de recursos materiais e humanos.
A administração da produção está relacionada às atividades de tomada de
decisões e responsabilidades desenvolvidas pelos gerentes de produção. É
Rede e-Tec Brasil
Aula 1. 
Administração da produção: definição do conceito, estru-
tura e sua interação com outras áreas da administração
15
importante lembrar que os gerentes são todos aqueles profissionais que se
responsabilizam pelo trabalho de outras pessoas.
Já a função da produção se relaciona ao próprio processo produtivo, à co-
ordenação e reunião dos recursos necessários à produção a fim de transfor-
má-los em bens e serviços. Como veremos adiante, uma organização pode
transformar materiais, informações e até mesmo consumidores.
1.2 As principais áreas da administração e sua 	
interface com a administração da produção
Figura 3
Fonte: ilustrador
A função da produção se relaciona diretamente com todas as áreas da or-
ganização. Uma organização, produtora de bens ou serviços, possui basica-
mente quatro áreas principais: recursos humanos, administração financeira,
marketing e produção. Mesmo em pequenas organizações, onde não temos
uma divisão por áreas, as atividades principais dessas quatro áreas estão
presentes e, muitas vezes, sendo realizadas pelo próprio proprietário. Uma
quinta área também é inserida em algumas situações: é a logística, que cui-
da do gerenciamento de materiais desde o processamento de pedidos para
matérias-primas até a entrega do produto final ou acabado. Mais especifi-
camente, a logística poderá cuidar de atividades como compra de matéria-
-prima, recebimento, armazenamento e estocagem de materiais. Essa área
é tradicionalmente estudada na disciplina Administração ou Gestão de Ma-
teriais.
Lembramos que a organização é um sistema integrado de partes, em que
todos os departamentos e áreas devem estar em harmonia para alcançar
os objetivos estabelecidos de maneira eficiente, eficaz e efetiva. Qualquer
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 16
decisão que seja tomada em um departamento afeta diretamente outros
departamentos da empresa.
Conheça a seguir, como o marketing, os recursos humanos e as finanças se
relacionam com a área de produção.
	 - Marketing
O Marketing é responsável pela identificação das necessidades e desejos dos
clientes. Ao determinar qual mercado-alvo, a organização pode atingir com
qualidade e planejar produtos e serviços para atender a esses mercados.
Pode também levar os produtos e serviços para onde o mercado-alvo pode
encontrá-lo a um custo acessível.
O Marketing se responsabiliza ainda pela busca de clientes, pela divulgação
dos produtos e serviços na mídia, pelas campanhas publicitárias, pela defi-
nição da política de preços a ser adotada pela empresa e pela identificação
do melhor lugar para oferecer (vender) o produto ou serviço. Identificadas as
necessidades do cliente, a área de produção cuidará do processo produtivo
a fim de fabricar os bens e serviços desejados.
	 - Recursos humanos
A área de Recursos Humanos é responsável por ações como recrutamento,
seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoal, avaliação de desempe-
nho, administração de cargos e salários, dentre outras funções.
Cabe à área planejar e identificar pessoas que possuam conhecimentos e
habilidades para atuarem na empresa. É esta área que selecionará e treinará
as pessoas que participarão de todo o processo produtivo da organização.
	 - Finanças
A área de finanças se responsabiliza pela aplicação dos recursos financeiros
da organização e avalia os resultados que podem ser positivos – lucros, ou
negativos - prejuízos. Também é responsável pela elaboração do orçamento
que poderá ser composto pelos orçamentos operacionais, financeiros e fle-
xíveis. O orçamento operacional está diretamente relacionado ao processo
produtivo, pois identifica como o dinheiro será alocado, quanto será gasto
em máquinas, equipamentos, matéria-prima e salários do pessoal envolvido.
Rede e-Tec Brasil
Aula 1. 
Administração da produção: definição do conceito, estru-
tura e sua interação com outras áreas da administração
17
Resumo
Nesta aula foi apresentado o conceito de Administração da Produção, assim
como as áreas principais da Administração e sua interface com a Adminis-
tração da Produção.
Atividades de aprendizagem
1.	 Assinale V para verdadeiro e F para falso.
( ) O processo produtivo é um processo recente.
( ) Administração da produção se preocupa com o gerenciamento dos re-
cursos materiais e humanos visando produzir bens e serviços que garantam
a nossa sobrevivência.
( ) O processo produtivo é um processo simples
( ) São recursos a serem administrados: tempo, recursos materiais, recursos
humanos e recursos financeiros.
( ) A atividade produtiva só acontece dentro das fábricas.
( ) Produzir é a atividade primária de qualquer organização e consiste em
transformar matéria-prima em produtos e serviços através da agregação de
valor.
2.	 Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira
a) Setor primário: ( ) Composto por organizações prestadoras de serviços
como bancos, hospitais, cinemas, escolas, quartéis de
polícia, etc.
b) Setor secundário: ( ) Composto por organizações da área extrativista, da
agropecuária e da pesca.
c) Setor terciário: ( ) Composto por organizações da área manufatureira
ou industrial e envolve atividades como metalurgia, pro-
cessamento de alimentos, tecelagens, vestuário e cerâmi-
cas.
3.	 Assinale as alternativas corretas.
a)	 ( ) Uma organização pode transformar materiais, informações e até
Rede e-Tec Brasil 18
mesmo consumidores.
b)	 ( ) Dependendo do setor ao qual uma organização pertence, ela neces-
sita de um processo produtivo apropriado, com máquinas, equipamen-
tos, matérias primas e mão de obra adequados.
c)	 ( ) As organizações não são conjuntos compostos por pessoas, estrutu-
ras, tarefas e conhecimentos visando um objetivo comum.
4.	 Complete as frases abaixo com as palavras recursos humanos, marketing
ou finanças.
a)	 A área de ____________________ é responsável por identificar as ne-
cessidades e desejos dos clientes; determinar qual mercado-alvo a orga-
nização pode atingir com qualidade e planejar produtos e serviços para
atender a esses mercados.É responsável também porlevar os produtos e
serviços para onde o mercado-alvo pode encontrá-lo a um custo acessí-
vel.
b)	 A área de ___________________se responsabiliza pela aplicação dos re-
cursos financeiros da organização e avalia os resultados que podem ser
positivos – lucros, ou negativos - prejuízos. Também é responsável pela
elaboração do orçamento que poderá ser composto pelos orçamentos
operacionais, financeiros e flexíveis.
c)	 A área de ________________________ é responsável por ações como re-
crutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoal, avalia-
ção de desempenho, administração de cargos e salários dentre outras.
Nesta aula que chega ao seu fim, você pôde começar a observar o cotidiano
de uma empresa e a sua produção. As informações aqui repassadas sobre
as áreas e as interfaces existentes nesse setor lhe ajudarão na compreensão
desse processo que constitui uma grande atividade de mobilização dentro da
organização. Vale a pena você analisar e estar sempre atento para identificar
tais interfaces e áreas citadas na primeira aula. Vamos seguir em frente? Boa
leitura!
Rede e-Tec Brasil
Aula 1. 
Administração da produção: definição do conceito, estru-
tura e sua interação com outras áreas da administração
19
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 20
Objetivos:
•	 reconhecer a área administração da produção;
•	 reconhecer a evolução da administração da produção no tem-
po;
•	 identificar as principais áreas, estruturas e sistemas da adminis-
tração da produção; e
•	 identificar as principais responsabilidades da administração da
produção.
Aula 2. 
Evolução, atividades e res-
ponsabilidades da área admi-
nistração da produção
Prezado(a) estudante,
Nesta aula, você estará em contato com as informações referentes à admi-
nistração de produção e ao processamento dos produtos. É interessante ve-
rificar o desenvolvimento dessa atividade no decorrer da história do mundo
e do Brasil, para refletirmos sobre os fatos que levaram alguns países a se
tornarem grandes produtores e outros menos. Além disso, você terá a opor-
tunidade de reconhecer as responsabilidades da administração de produção
com mais profundidade, a fim de reconhecer a importância desse trabalho.
Boa aula!
2.1 
Contextualização da administração da pro-
dução
Até o final do século XVII, a produção era predominantemente artesanal e
customizada. Praticamente tudo o que era produzido era consumido, pois
era feito sob encomenda. A produtividade não era padronizada e cada arte-
são usava técnicas e ferramentas próprias para produzir os bens que seriam
comercializados. Com o advento da Revolução Industrial, preconizada por
nações como Estados Unidos da América e Inglaterra, iniciou-se a produção
Rede e-Tec Brasil
Aula 2. 
Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da
produção
21
em massa (produção em grande quantidade). O processo produtivo passou
a ser cada vez mais sofisticado, exigindo constante atualização por parte dos
trabalhadores e das organizações.
Hoje, com a globalização e sua consequente revolução tecnológica, produ-
zir em grandes quantidades, garantindo qualidade aos produtos, tornou-se
algo obrigatório e corriqueiro. A grande diferença é que atualmente o tra-
balho está se tornando cada vez mais intelectual e menos braçal.
Vale ressaltar que, no início, o desenvolvimento da área de produção estava
relacionado ao processo fabril, preocupando-se em produzir bens de consu-
mo como alimentos, automóveis, entre outros. O foco da área atualmente
também está sobre a produção de serviços, e também, existe a preocupação
em desenvolver planos de saúde, serviços bancários dentre outros.
O tamanho das fábricas também mudou. As unidades fabris que ocupavam
imensos quarteirões já não existem mais, e estão cada vez menores, utilizan-
do cada vez mais tecnologia de ponta.
2.2 Evolução da administração da produção
O ato de produzir surgiu com a origem do homem ainda no tempo das
cavernas e consistia em plantar, caçar e posteriormente criar para garantir a
sobrevivência através da satisfação das necessidades básicas.
Grandes processos produtivos aconteceram na antiguidade com a constru-
ção de grandes obras como pirâmides do Egito e a Muralha da China, por
exemplo. Mas existem poucos relatos mostrando como era tal processo. Os
primeiros registros sobre o assunto datam do sec. XVII .
Figura 4 - Gizah Pyramids. Ricardo Liberato.
Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:All_Gizah_Pyramids.jpg
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 22
Em 1776, importantes acontecimentos iniciaram a grande revolução do pro-
cesso produtivo culminando na construção de grandes unidades fabris – as
grandes fábricas. Entre os principais acontecimentos citamos a publicação
do livro “A Riqueza das Nações” de Adam Smith e a invenção da máquina
a vapor de James Watt (1736-1819) na Inglaterra. Deu-se início então à 1ª
Revolução Industrial, cujas características principais foram: a mecanização
das tarefas que anteriormente eram feitas de maneira manual, fabricação
de equipamentos têxteis, máquinas-ferramenta e motores a vapor. Nesse
período, aumentou significamente o uso do carvão como energia e do ferro
como matéria-prima, que foram substituídos posteriormente pelo uso da
eletricidade e do aço - liga de ferro e carbono mais flexível, maleável e resis-
tente.
A necessidade de transportar grandes quantidades de matéria-prima po-
pularizou as locomotivas, e grandes ferrovias foram construídas. Esses em-
preendimentos de grande porte requeriam processos complexos de gestão,
envolvendo um grande número de pessoas e insumos (matéria-prima).
No século XX, o engenheiro Frederick Taylor (1856-1915), com sua adminis-
tração científica, deu importante contribuição para a evolução da área de
produção. A fim de sistematizar as técnicas produtivas desenvolveu estudos
sobre tempos, movimentos e especialização do trabalho com o intuito de dar
ao processo produtivo maior eficiência. Com a evolução da Administração
Científica, o processo que antes era mecanizado e simples passou para o
processo de manufatura flexível que utiliza peças intercambiáveis. O fluxo de
trabalho se tornou ordenado e integrado.
Ainda no século XX, ocorreu um grande progresso tecnológico e a conse-
quente produção em larga escala de cigarros, óleo, enlatados, utensílios de
alumínio, tecidos, etc. A automação – mecanização do trabalho humano-,
utilizando soluções, inovações tecnológicas e capacitação do trabalhador
garantiram o aumento da produtividade.
Outro fato marcante desse século, foi a popularização do automóvel Ford T
por Henry Ford que de 1908 a 1927, teve 15 milhões de unidades vendidas.
Isso foi possível graças ao processo padronizado de fabricação e do largo uso
da linha de montagem. O lema da época era “todos podem ter um automó-
vel, desde que ele fosse um Ford preto.”
À medida que a produção em larga escala ia se tornando cada vez maior, e
Rede e-Tec Brasil
Aula 2. 
Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da
produção
23
com ela o aumento de renda e do poder aquisitivo das pessoas, a qualida-
de dos produtos passou a ser exigida com maior enfoque e assuntos como
segurança física do trabalhador também começaram a ser estudados com
maior empenho.
A administração da produção se consolidou e firmou sua importância no pós
Segunda Guerra Mundial. Destacaram-se atividades como a melhoria contí-
nua dos processos, planejamento e controle da produção e administração de
estoques. Arrasado com a guerra, o Japão, com o intuito de se reconstruir,
despontou como uma importante potência industrial. Engenheiros japone-
ses, com a ajuda de cientistas americanos desenvolveram técnicas de gestão
e ferramentas da qualidade como o Just In Time ou JIT, cujo foco era a dimi-
nuição e até mesmo eliminação de estoques.
Do final dos anos 60 em diante, o processo produtivo ficou mais complexo e
a área de Produção passou a adotar enfoques estratégicos, ou seja, passou
a ser pensada pela alta cúpula administrativa das organizações de maneira
integrada com outras áreas como recursos humanos e finanças. O tema es-
tratégia em produção será tratado mais detalhadamente na terceira aula.
No Brasil, o desenvolvimento industrial se iniciou por volta de 1880, um
século depois de iniciado na América do Norte e Europa. Esse atraso traz
consequências negativas até hoje.
Procure mais informações sobre o desenvolvimento industrial no Brasil, utili-
zando a internet. Isso enriquecerá suas informações e o fará refletir sobre o
desenvolvimento do país.
O desenvolvimento da computação no período também ajudou no desen-
volvimento da área à medida que contribui para o processamento de um
grande número de informações. Gerir estoques com a ajuda de ferramentas
computacionais se tornou mais simples. Hoje já encontramos fábricas e in-
dústrias cada vez mais informatizadas.
2.3 
Principais atividades e responsabilidades da
área administração da produção
A atividade central da administração da produção é o próprio processo pro-
dutivo que consiste na transformação de recursos materiais em produtos
acabados. Esse processo se caracteriza por inputs (entradas), processamento
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 24
e outputs (saída), exigindo um conjunto de atividades que devem ser anali-
sadas sistemicamente.
Os recursos a serem transformados variam de empresa para empresa de
acordo com a sua atividade fim. Recursos, como: materiais, informações e
consumidores; serão transformados de acordo com os processos produtivos
a serem adotados pelas organizações. Por exemplo, o couro será utilizado
para se transformar em calçados; pesquisas de mercado serão utilizadas para
conhecer os clientes; e salões de beleza utilizarão cosméticos para transfor-
mar a aparência das pessoas. Cada tipo de atividade exigirá prédios, equi-
pamentos, tecnologia de acordo com sua atividade fim. As pessoas também
serão qualificadas de acordo com a atividade que exercerão, de acordo com
as máquinas e equipamentos que operarão.
Independente de ser uma indústria ou prestadora de serviços, o processo
produtivo ocorre de qualquer maneira. Vejamos o exemplo no quadro abai-
xo:
O processamento das entradas (inputs) consiste em mudar a aparência dos
materiais. Por exemplo, tranformar uma barra de ferro em um quadro de
bicicleta. Para que essa transformação ocorra, é necessário que os operários
realizem atividades específicas com máquinas e equipamentos adequados.
Figura 5
Fonte: ilustrador
O processamento (transformação) das entradas (inputs) resulta em saídas
(outputs) que são os produtos ou serviços acabados que satisfarão as neces-
sidades dos clientes. Convém acrescentar algumas diferenças entre produtos
Quadro 1
Fábrica de alimentos Hospital
Entradas Máquinas, trabalhadores, grãos, etc.
Médicos, enfermeiras, equipamentos e
pacientes
Processamento ou
transformação
Moagem, mistura, embalagem, cozimento Exames, cirurgias, prevenção
Saída Bolacha, arroz, sucos, etc. Paciente saudável
Rede e-Tec Brasil
Aula 2. 
Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da
produção
25
e serviços. Produtos são bens tangíveis, estocáveis e transportáveis, ou seja,
são físicos. Nós podemos vê-los, tocá-los, cheirá-los, guardá-los e escolher
quando consumi-los. Os serviços não. Serviços são contas bancárias, planos
de saúde, viagens, etc. Produtos e serviços estão cada vez mais se fundindo.
Um restaurante tanto pode oferecer produtos e serviços. Um salão de beleza
tanto pode oferecer tratamentos capilares quanto produzir comésticos.
- Responsabilidades da área
A responsabilidade da área de produção vai desde a entrada do material até
a armazenagem do produto final. A fim de melhorar a competitividade, a
empresa deve se preocupar em produzir com eficiência, efetividade, conhe-
cer sua capacidade produtiva, garantir qualidade aos processos e produtos,
o tempo de resposta adequado e flexibilidade para mudanças no processo
sem grandes dificuldades.
As responsabilidades diretas dos gestores de produção, segundo Slack
(2002), e que serão aprofundados no desenrolar do curso, são as seguintes:
- entendimento dos objetivos estratégicos da produção – é o ponto de parti-
da para traçar os objetivos da área. Entender qual o caminho que a organi-
zação pretende seguir e qual a contribuição que a área dará para o alcance
desses objetivos;
- desenvolvimento de uma estratégia de produção para a organização – con-
siste em colocar em prática ações que contribuirão para o alcance dos obje-
tivos organizacionais;
- projeto de produtos e serviços e processos de produção – consistem na
definição da forma física, aspectos e a composição de produtos, serviços e
processos;
- planejamento e controle da produção – Consiste na identificação da me-
lhor maneira de alocar os recursos envolvidos na produção para que os ob-
jetivos previamente definidos e projetados sejam alcançados;
- Melhoria do desempenho da produção – Consiste em melhorar cada vez
mais a produção e em consequência o desempenho organizacional.
Já as responsabilidades indiretas estão relacionadas às decisões que são to-
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 26
madas por outras áreas da organização e que afetam o processo produtivo.
Por exemplo, uma campanha bem sucedida de marketing pode aumentar a
demanda por determinados produtos e a área de produção deve estar pre-
parada para atender esta demanda.
As responsabilidades amplas são aquelas que afetam de alguma maneira
o processo produtivo e exigem uma visão sistêmica e de longo prazo dos
gerentes. Envolve conhecimento de acontecimentos externos tais como glo-
balização da economia, responsabilidade social e ambiental, gestão do co-
nhecimento dentre outros.
Resumo
A evolução, atividades e responsabilidades da área de administração da pro-
dução são os temas que foram abordados nesta aula. É importante que você
releia o conteúdo e tire as dúvidas para fazer as atividades de aprendizagem.
Vamos lá!
Atividades de aprendizagem
1.	 Assinale V para verdadeiro e F para falso.
a)	 ( ) Até o final do século XVII, a produção era predominantemente arte-
sanal e customizada. Praticamente tudo o que era produzido era consu-
mido, pois era feito sob encomenda.
b)	 ( ) O processo produtivo não era padronizado e cada artesão usava
técnicas e ferramentas próprias para produzir os bens que seriam apenas
consumidos pela família.
c)	 ( ) Com o advento da Revolução Industrial, preconizada por nações
como Estados Unidos da América e China, iniciou-se a produção em
massa (produção em grande quantidade).
d)	 ( ) Ao longo do tempo, o processo produtivo passou a ser cada vez mais
sofisticado, exigindo constante atualização por parte dos trabalhadores
e das organizações.
e)	 ( ) Hoje, com a globalização e sua consequente revolução tecnológica,
produzir em grandes quantidades, garantindo qualidade aos produtos,
tornou-se algo obrigatório e corriqueiro.
Rede e-Tec Brasil
Aula 2. 
Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da
produção
27
2.	 Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira.
a)	 entrada.
b)	 processamento ou transformação.
c)	 saída.
( ) Produtos acabados. Ex: bolacha, arroz, sucos, paciente saudável.
( ) Informações e matéria-prima, máquinas, trabalhadores, grãos, Médicos,
enfermeiras, equipamentos e pacientes.
( ) Transformação realizada com o apoio de máquinas e pessoas. Atividade
sobre responsabilidade direta do pessoal da produção. Exemplos: Moagem,
mistura, embalagem, cozimento, exames, cirurgias, prevenção
3.	 Assinale as alternativas corretas.
a)	 ( ) O processamento das entradas (inputs) consiste em mudar a aparên-
cia dos materiais. Por exemplo, transformar uma barra de ferro em um
quadro de bicicleta.
b)	 ( ) O processamento (transformação) das entradas (inputs) resultam em
saídas (outputs) que são os produtos ou serviços acabados que satisfarão
as necessidades dos clientes.
c)	 ( ) Produtos são bens intangíveis, estocáveis e transportáveis, ou seja,
são físicos. Nós podemos vê-los, tocá-los, cheirá-los, guardá-los e esco-
lher quando consumi-los. Serviços não.
d)	 ( ) Serviços são contas bancárias, planos de saúde, viagens, etc.
4.	 Numere os acontecimentos de 1 a 5 de acordo com a sequência em que
ocorreram no tempo
( ) Início da construção de grandes unidades fabris – as grandes fábricas.
Deu-se início então à 1ª Revolução Industrial, cujas características principais
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 28
foram: mecanização das tarefas que anteriormente eram feitas de maneira
manual, fabricação de equipamentos têxteis, máquinas-ferramenta e moto-
res a vapor.
( ) O ato de produzir surgiu com a origem do homem ainda no tempo das
cavernas e consistia em plantar, caçar e, posteriormente, criar para garantir
a sobrevivência através da satisfação das necessidades básicas.
( ) Grande progresso tecnológico e consequente produção em larga escala
de cigarros, óleo, enlatados, utensílios de alumínio, tecidos, etc. A auto-
mação – mecanização do trabalho humano, utilizando soluções, inovações
tecnológicas e capacitação do trabalhador garantiram o aumento da produ-
tividade.
( ) O surgimento da administração científica deu importante contribuição
para a evolução da área de produção. O processo que antes era mecanizado
e simples passou para o processo de manufatura flexível que utilizava peças
intercambiáveis.
( ) Do final dos anos 60 em diante, o processo produtivo ficou mais com-
plexo e a área de Produção passou a adotar enfoques estratégicos, ou seja,
passou a ser pensada pela alta cúpula administrativa das organizações e de
maneira integrada com outras áreas como Recursos Humanos e Finanças.
O desenvolvimento da computação no período também ajudou no desen-
volvimento da área à medida que contribuiu para o processamento de um
grande número de informações.
Apresentei nesta aula, o histórico, as funções e responsabilidades da admi-
nistração da produção, por considerar muito importante você compreender
que todas as ações listadas na aula são realizadas com o intuito de melhorar
a competitividade. A empresa busca sempre produzir com eficiência e efeti-
vidade, garantindo qualidade aos processos e produtos. Por isso, estar intei-
rado ao assunto, sempre lhe trará melhores possibilidades de analisar o mer-
cado. Agora que você já reconheceu a evolução e as principais atividades da
Administração da Produção, que tal seguir para a próxima aula? Boa sorte!
Rede e-Tec Brasil
Aula 2. 
Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da
produção
29
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 30
Aula 3. 
Gestão estratégica da produ-
ção e projetos
Objetivos:
•	 reconhecer o significado do termo gestão estratégica da pro-
dução;
•	 reconhecer as influências do ambiente externo no processo
produtivo; e
•	 reconhecer o processo de planejamento da produção através
de projetos.
Prezado(a) estudante,
Ter um projeto é elemento fundamental para o desenvolvimento de produ-
tos e serviços de uma empresa. É a partir de sua elaboração que se dará um
trabalho organizado, com previsão de custos e qualidades, que atendam as
necessidades do cliente e também certifiquem o investimento das empresas.
Daí a necessidade de se atuar estratégicamente para que se alcance o me-
lhor resultado gerando satisfação no ambiente de trabalho e com o público
consumidor. Vamos à aula?
3.1 O que é estratégia?
Figura 6
Fonte: ilustrador
Rede e-Tec Brasil
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 31
Estratégia é uma palavra de origem grega cuja definição não apresenta con-
senso. É a arte dos generais que traçavam planos considerando as contin-
gências ambientais para vencerem batalhas e guerras.
Para Lobato (2000, p. 15), estratégia é como um caminho estabelecido de
acordo com a ação estabelecida para vislumbrar os adequados objetivos or-
ganizacionais e cumpri-los vitoriosamente.
Você pode se perguntar, por que a estratégia é tão importante para as or-
ganizações? Por que vivemos em um mundo onde a mudança é uma cons-
tante. O avanço tecnológico, especificamente nas áreas de informática e
comunicações faz com que tudo mude o tempo todo. Essas mudanças ocor-
ridas no ambiente fazem com que o espaço atual de negócios não seja mais
o mesmo de 10 anos atrás e também não será o mesmo daqui a 10 anos,
exigindo novas posturas e novas decisões. Além do mais, os clientes estão
cada vez mais exigentes, não demandando apenas produtos e serviços que
garantam sua sobrevivência, mas também qualidade de vida.
Tomar decisões estratégicas significa tomar decisões, levando em considera-
ção a organização como um todo e definindo objetivos de longo prazo que
garantam vantagem competitiva (fazer algo melhor do que os concorrentes)
no presente e no futuro. Lembre-se de que as organizações são sistemas
abertos em constante interação com o meio ambiente. Por isso, objetivos
a serem traçados e as decisões que serão tomadas deverão contemplar a
posição que a organização ocupa perante o ambiente interno e o complexo
ambiente externo.
No ambiente interno é necessário que a organização conheça suas forças
e fraquezas. E no ambiente externo é preciso identificar oportunidades e
ameaças. Vamos entender melhor sobre esse assunto?
3.2 O ambiente interno e ambiente externo
Toda empresa conta com dois ambientes, o interno e o externo, como listo
a seguir:
- O ambiente interno
Pontos fortes e fracos são variáveis internas e controláveis que propiciam
uma condição favorável ou desfavorável para a empresa em relação ao am-
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 32
biente. Veja como exemplo: uma empresa pode escolher ter o melhor sis-
tema de treinamento de seus funcionários. Tomar esta decisão só depende
dela e só lhe trará benefícios. Caso o seu sistema de treinamento seja inefi-
ciente, ela não será tão competitiva no mercado e poderá sofrer prejuízos.
É importante que a empresa realize um diagnóstico de todas as áreas: ma-
rketing, recursos humanos, produção e finanças; fortaleça ainda mais seus
pontos fortes e neutralize seus pontos fracos.
- O ambiente externo
Já oportunidades e ameaças são variáveis externas – demográficas, culturais,
políticas e econômicas e, por isso, incontroláveis para as empresas. Cabe a
ela identificar as ameaças antecipadamente e aproveitar as oportunidades
para adquirir vantagem competitiva. Abaixo, alguns fatores externos que
afetam as organizações:
- concorrência;
- disponibilidade de fornecedores;
- malha de distribuição e transporte;
- exigências legais;
- taxa de inflação da economia;
- falta de pessoas qualificadas no mercado;
- tecnologia disponível;
- incentivos governamentais;
- escassez de matéria-prima dentre outros.
Dentro deste contexto, é necessário que a Administração da Produção não
seja vista como uma parte isolada da organização e que incorpore princípios
estratégicos. Em primeiro lugar uns grandes volumes de recursos materiais,
humanos e financeiros, estão envolvidos na atividade produtiva. Qualquer
modificação no processo leva tempo e por muitas vezes são irreversíveis.
A principal ferramenta da
Administração Estratégica é o
planejamento estratégico, que
contempla o longo prazo, e é
elaborado para e por toda a
organização. É conduzido pela
alta cúpula administrativa.
Preocupa-se em desenvolver e
divulgar a missão – razão de
ser de uma organização e a
visão – futuro desejado, o que a
organização quer ser no futuro.
Rede e-Tec Brasil
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 33
Decisões tomadas hoje afetam o futuro da organização e o alcance dos ob-
jetivos. Por isso é necessário um planejamento de longo prazo e que se
preocupe em conhecer o presente e então traçar o futuro de modo que a
organização alcance vantagem competitiva, ou seja, ser melhor que seus
concorrentes.
Importante papel dos gestores de produção é pensar estrategicamente,
o que significa pensar no longo prazo, no futuro, sem se descuidar dos
acontecimentos do passado. Isso implica em tomar decisões conhecendo
o ambiente interno e externo da empresa. Aproveitar as oportunidades,
combater as ameaças, fortalecer ainda mais os pontos fortes e neutralizar os
pontos fracos.
3.3 Projeto em administração da produção
Figura 7
Fonte: ilustrador
Projetar significa transformar ideias, desenvolver bens e serviços que serão
produzidos pelas organizações para atender as demandas dos consumido-
res.
Já percebemos que um processo produtivo é complexo e impõe desafios
para as organizações. Para tornar um processo de criação ou modificação
de produtos e serviços mais simples, é possível que se desenvolva projetos.
Um projeto é um esforço para atingir um objetivo específico por meio de um
conjunto único de tarefas e da utilização correta de recursos, segundo Guido
e Clements (2007, p. 1). Deve ter um objetivo bem definido em termos de
escopo, cronograma e custo. Os projetos nascem quando uma necessidade
é identificada pelo cliente, uma organização ou pessoas dispostas a fornecer
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 34
recursos financeiros para que sua necessidade seja atendida.
Nas observações de Corrêa (2008, p. 287), o projeto é um conjunto único e
finito de atividades inter-relacionadas pensando em produzir um resultado
definido (especificação de qualidade) dentro de um prazo (especificação de
tempo), utilizando uma alocação específica de recurso.
Tabela 1
Fases de desenvolvi-
mento
Funções
Desenvolvimento do
produto
Marketing e vendas Operação
Desenvolvimento do
conceito
Propõe novas tecnologias,
novas ideias de produtos,
constrói modelos e
executa simulações
Traz informações do
mercado e
propõe/investiga conceitos
de produto
Propõe e investiga conceitos
de processo
Planejamento do
produto
Escolhe componentes,
interage com fornece-
dores,
constroi primeiros
protótipos e
define arquitetura do
produto
Define parâmetros de
mercados-alvo, estimati-
vas de vendas e margens;
desenvolve estimativas de
margem e interações pre-
liminares com mercado
Estimativas de custo,
define arquitetura de
processo, simulação de
processo,
valida fornecedores
Engenharia detalhada
de produto e processo
Fase I –Projeto detalhado
do produto,
interage com processo,
constrói protótipos em
escala e
conduz testes em
protótipos
Testes de protótipos com
clientes,
participa da avaliação dos
protótipos
Projeto detalhado de
processo,
desenvolve meios de
produção e
participa do desenvolvimen-
to dos protótipos em escala
Fase II- refina detalhes do
projeto do produto e
refina os protótipos
Refina testes de protó-
tipos,
define plano de marke-
ting e
define plano de distri-
buição
Teste dos meios de
produção,
protótipos em escala
(processo),
instala meios de produção e
procedimentos
Produção-piloto/cres-
cimento.
Avalia e testa unidades-
-piloto e
resolve problemas
Prepara plano de ma-
rketing,
treina força de vendas,
treina pessoal de serviço
e
prepara processo de
venda
Constrói unidade protótipo
em escala comercial,
refina processo em escala,
treina pessoal e
verifica logística para canais
Introdução no
mercado
Avalia experiência no
campo com o produto
Preenche canais de
distribuição,
vende e promove e
interage com clientes
Leva produção para níveis-
-alvo e
atinge metas de desem-
penho
Fonte: Correa 2004
Rede e-Tec Brasil
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 35
O benefício maior que se pode alcançar com o desenvolvimento de projetos
é ter um cliente satisfeito, que pode ser tanto de dentro quanto de fora de
uma organização. Para isso, o projeto deve ser concluído com qualidade,
dentro do prazo e sem superar o orçamento.
Os projetos podem ser desenvolvidos pela própria organização através das
definições de equipes multidisciplinares que são compostas por pessoal de
todas as areas da organização: marketing, recursos humanos, finanças, de-
senvolvimento de produtos e produção, ou por outras instituições como
consultorias, universidades, etc.Observe o quadro abaixo, que demonstra os
papéis dos vários setores da organização durante as várias etapas do ciclo de
desenvolvimento de produtos.
Independente de quem seja o desenvolvedor do projeto é importante que o
mesmo esteja alinhado com os objetos estratégicos da empresa.
Ao se projetar um produto ou serviço importantes, decisões devem ser to-
madas em relação ao ajuste e adequação do material, do trabalho, equipa-
mentos, operações, financiamentos e custos. Devido a isso, o desenvolvi-
mento de um projeto exige uma equipe multidisciplinar.
Mas, por que desenvolvemos projetos? Como vimos anteriormente, vivemos
em um ambiente dinâmico onde as necessidades dos clientes mudam o tem-
po todo e produtos e serviços acabam ficando obsoletos e ultrapassados.
Além do mais, outras forças obrigam as organizações a desenvolverem no-
vos projetos para modificarem seus produtos e serviços. Dentre estas forças
citamos:
- globalização – que leva a competição entre as empresas a nível internacio-
nal, tornando mais difícil monitorar a concorrência mais de perto;
- clientes mais exigentes demandando produtos customizados ao invés de
padronizados. O aumento da renda dos clientes faz com que estes passem
a desejar e exigir produtos e serviços cada vez mais sofisticados e de acordo
com seu gosto.
- acesso a inovações tecnológicas que podem facilitar o processo produtivo,
produzindo mais, em menos tempo a um custo menor;
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 36
- aproveitamento da capacidade produtiva – produzir o máximo que puder
aproveitando ao máximo os recursos disponíveis como máquinas, equipa-
mentos, matéria-prima e pessoal;
- diminuição do grau de incerteza alcançada com atividades tais como tes-
tagem e prototipagem.
Além das razões citadas acima, outros motivos podem ser importantes e
devem ser considerados pelos desenvolvedores de projetos, como as que
listo abaixo:
- verificar se o novo projeto está alinhado com a estratégia da empresa;
- verificar se o volume a ser produzido atende ao volume de vendas previsto;
- verificar se existe possibilidade de aumento da participação de mercado;
- verificar se o preço final ao consumidor trará lucros ou prejuízos para a
empresa;
- verificar se os investimentos são necessários para cobrir os custos de fabri-
cação;
- conhecer o ciclo de vida do produto, ou seja, durante quanto tempo ele
ficará no mercado;
- conhecer a tecnologia necessária para a produção;
- conhecer o retorno sobre o investimento, ou seja, se valerá a pena produzir;
- calcular os impactos sobre os recursos humanos, como, por exemplo, se
serão necessários novos treinamentos para operar novas máquinas?
- prever a reação do público e dos concorrentes à modificação e introdução
de novos produtos no mercado;
- conhecimento do tempo esperado para a fabricação dos novos produtos
e serviços;
- conhecer a legislação necessária para aprovações de novos produtos e ser-
Projetos ecológicos, ao serem
desenvolvidos, consideram
importantes questões, tais como:
analisar se os materiais a serem
utilizados como matéria-prima
não agridem a natureza; se as
quantidades não esgotarão suas
fontes e meios de reprodução; se
fontes de energia consumida não
são poluentes; se as quantidade
de resíduos terão um descarte
correto; se o tempo de vida
do produto favoreça o seu uso
o maior tempo possível; e se
o descarte do produto no fim
de sua vida útil terá um fim
adequado.
Rede e-Tec Brasil
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 37
viços;
- conhecimentos das boas práticas de responsabilidade social como proteção
ao meio-ambiente e sustentabilidade do planeta.
3.3.1 Fases de um projeto
Para compor um projeto, é necessária uma série de ações, que se realizam
em fases. São elas:
1ª etapa – identificação de uma necessidade proposta por clientes (consumi-
dores, pela equipe de projeto e pela própria organização).
2ª fase – desenvolvimento de uma solução que atenda a necessidade ante-
riormente identificada.
3ª fase – implementação do projeto – responsabilidade da área de produção-
mais demorada e complexa.
4ª fase – conclusão do projeto – que inclui avaliações dos resultados – da
execução do projeto.
3.3.2 Gestão de projetos
Desenvolver ou modificar novos produtos e serviços impõe grandes desa-
fios às organizações. Entretanto, é necessário o desenvolvimento de projetos
que aproveitem ao máximo a capacidade produtiva da empresa. A partir do
momento em que várias alternativas são apresentadas, é importante saber
escolher qual delas trará maior retorno para a instituição e maior análise de
valor por parte dos clientes. É aí que entra a importância de uma gestão de
projetos eficiente.
A gestão de projetos é responsável por garantir que o prazo, a qualidade e
o custo do processo atendam às exigências da empresa. Ao se escolher um
projeto é importante conhecer o comportamento de algumas variáveis como
qualidade das matérias-primas, dos produtos finais, rapidez para produzir,
confiabilidade, flexibilidade e custo.
O ideal é desenvolver vários projetos, analisá-los e escolher qual melhor
atender aos objetivos estratégicos da empresa. É o que chamamos funil de
projetos.
No mercado existem excelentes
ferramentas para auxiliar na
tarefa de gerenciar projetos, tais
como: o Microsoft Project e a
metodologia PMBOK.
Pesquise, em um buscador da
internet (como o Google), o que
é o PMBOK
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 38
Uma decisão importante a ser tomada é projetar produtos que sejam fáceis
de produzir e que tenham um ciclo de vida longo. O processo produtivo
deve acompanhar o ritmo de vendas ou ciclo de vida do produto, ou seja,
produzir mais quando vender mais e vice versa. Segundo Kotler o período
de vida do produto abarca introdução no mercado, crescimento (de volume),
maturidade e declínio. A fase da maturidade deve ser prolongada o maior
tempo possível, pois representa o período mais lucrativo para a empresa.
Outra forma de facilitar a produção é adotar e gerenciar um projeto para a
manufatura que consiste em:
- simplificação – reduzir o número de partes e componentes dos produtos
sempre que possível. É mais barato e mais fácil garantir qualidade;
- padronização – uso de peças comuns e intercambiáveis – permitem eco-
nomia de escala, rapidez de produção, menores estoques e maior facilidade
para a manutenção.
Depois de realizado o projeto, é importante desenvolver um protótipo ou
modelo e testá-lo para verificar a viabilidade de produção e comercialização
do produto ou serviço.
Após o teste, é necessário então que se realize o processo produtivo neces-
sário para a fabricação final do produto a ser comercializado.
Resumo
Nesta aula você pôde reconhecer o significado do termo gestão estratégica
da produção, as influências do ambiente externo no processo produtivo e o
processo de planejamento da produção através de projetos e suas fases. Va-
mos agora realizar as atividades de aprendizagem abaixo para melhor apre-
ensão do conteúdo.
Atividades de aprendizagem
1.	 Assinale V para verdadeiro e F para falso.
a)	 ( ) Estratégia é como um caminho, traçado de acordo com a ação esta-
belecida para vislumbrar os adequados objetivos organizacionais e cum-
pri-los vitoriosamente.
b)	 ( ) A estratégia não é importante para a administração da produção,
pois vivemos em um mundo estável.
Rede e-Tec Brasil
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 39
c)	 ( ) Tomar decisões estratégicas significa tomar decisões que levam em
consideração a organização como um todo definindo objetivos de longo
prazo que garantam vantagem competitiva (fazer algo melhor do que os
concorrentes) no presente e no futuro.
d)	 ( ) As organizações são sistemas fechados que não interagem com o
meio ambiente.
e)	 ( ) Ao tomar decisões estratégicas devemos considerar o ambiente in-
terno e externo das organizações.
2.	 Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira.
Ambiente organizacional interno
Ambiente organizacional externo
( ) Oportunidades e ameaças.
( ) É composto pelas principais áreas da organização: recursos humanos,
marketing, finanças e operações.
( ) Pontos fortes e fracos.
( ) Concorrência, fornecedores, malha de distribuição e transporte, exi-
gências legais, etc.
3.	 Assinale as alternativas corretas.
a)	 ( ) Projetar significa transformar ideias, desenvolver bens e serviços
que serão produzidos pelas organizações para atender as demandas dos
consumidores. Para tornar um processo de criação ou modificação de
produtos e serviços mais simples pode desenvolver projetos.
b)	 ( ) Um projeto é um esforço para atingir um objetivo específico por
meio de um conjunto único de tarefas inter-relacionadas e da utilização
eficaz de recursos.
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 40
c)	 ( ) Um projeto pode ser definido como um conjunto único e finito de
atividades inter-relacionadas pensando em produzir um resultado defini-
do dentro de um prazo utilizando uma alocação específica de recurso.
d)	 ( ) Os projetos podem ser desenvolvidos pela própria organização atra-
vés da definição de equipes unidisciplinares que são compostas por pes-
soal de apenas uma das áreas: marketing.
4.	 Em relação às fases de um projeto, relacione a segunda coluna de acordo
com a primeira.
a)	 Primeira etapa
b)	 Segunda etapa
c)	 Terceira etapa
d)	 Quarta etapa
( ) Desenvolvimento de uma solução que atenda a necessidade anterior-
mente identificada.
( ) Identificação de uma necessidade proposta por clientes (consumidores,
pela equipe de projeto e pela própria organização).
( ) conclusão do projeto – que inclui avaliações dos resultados da execução
do projeto.
( ) Implementação do projeto – responsabilidade da área de produção mais
demorada e complexa.
5.	 Marque as alternativas corretas.
a)	 ( ) A gestão de projetos cuida para garantir que o prazo, a qualidade e
o custo do processos atendam as exigências da empresa. Ao se escolher
um projeto é importante conhecer o comportamento de algumas variá-
veis como qualidade das matérias-primas e dos produtos finais, rapidez
para produzir, confiabilidade, flexibilidade e custo. O ideal é desenvolver
Rede e-Tec Brasil
Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 41
vários projetos, analisá-los e escolher o que melhor atender os objetivos
estratégicos da empresa. É o que chamamos funil de projetos.
b)	 ( ) Uma decisão importante a ser tomada é projetar produtos que sejam
fáceis de produzir e que tenham um ciclo de vida curta.
c)	 ( ) O processo produtivo deve acompanhar o ritmo de vendas ou ciclo de
vida do produto, ou seja, produzir mais quando vender mais e vice versa.
d)	 ( ) A fase da introdução deve ser prolongada o maior tempo possível,
pois representa o período mais lucrativo para a empresa.
e)	 ( ) Para facilitar a produção podemos adotar e gerenciar um projeto para
a manufatura que consiste em: simplificação e padronização.
Você pôde perceber o quanto é importante ter uma estratégia e elaborar um
projeto de produção para uma empresa. Certamente, agora você também
estará com mais informações a respeito do tema “projetos” e acredito que
poderá começar a praticar a partir das leituras e atividades propostas nesta
aula. Tente visualizar na prática a elaboração de um projeto, uma estratégia
de produção. Dessa forma, você estará utilizando os conhecimentos adquiri-
dos até aqui e aumentando seu interesse no tema, pois a curiosidade sempre
estará presente durante todo o estudo. Para complementar as informações
obtidas até aqui, na próxima aula, o tema será as instalações em administra-
ção da produção; afinal, é necessário ter um local adequado para se atuar
não é mesmo? Boa aula!
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
43
Objetivos:
•	 definir a melhor localização para uma planta produtiva; e
•	 conhecer os diversos tipos de layout produtivos.
Figura 8
Fonte: banco de imagens sxc. http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=downloadid=1071722
Prezado(a) estudante,
Você está iniciando a sua quarta aula e, nela, terá informações sobre a loca-
lização e o arranjo físico da empresa. É de suma importância que a empresa
tenha bem definido o espaço interno de trabalho para que possa, além de
desenvolver com mais agilidade suas atividades, manter um bom ambiente
para funcionários e até mesmo para os clientes. Por isso, leia com atenção o
texto e realize as atividades, buscando sempre visualizar a aplicação prática
de cada informação aqui obtida. Boa aula!
4.1 Localização de instalações produtivas
Um fator que pode contribuir para o sucesso de uma organização é a sua
localização. Mas, essa não é uma tarefa fácil. Iniciar atividades produtivas
ou ampliar a área atual a fim de aumentar a produtividade ou simplesmente
Aula 4. 
Instalações em administração
da produção – localização e
arranjo físico (layout)
Pesquise em um site de busca,
o modelo de centro de
gravidade e o modelo de
análise CLV – Custo x lucro x
volume.
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 44
mudar de local por motivos diversos impõem aos gestores importantes de-
safios. Esse tipo de decisão é de longo prazo e envolve altos investimentos.
A escolha da melhor localização para uma indústria ou prestadora de ser-
viços necessita da análise não só da disponibilidade de recursos, mas da
qualidade dos recursos disponíveis que apoiarão as atividades produtivas. É
importante avaliar ainda:
- a proximidade de suprimentos e de fontes de insumos visando facilitar a
obtenção de matéria-prima, a disponibilidade de mão de obra, quantidade e
qualidade da água, disponibilidade e tipo de energia risco de apagão:
- proximidade dos mercados consumidores;
- proximidade e facilidade de transporte;
- infraestrutura do local;
- espaço físico para futuras ampliações, dentre outros.
Para ajudar a tomada de decisões em relação à escolha do melhor lugar
para se instalar uma planta produtiva existem alguns métodos de avaliação
de alternativas, como por exemplo, o modelo de ponderação qualitativa, o
modelo de centro de gravidade e o modelo de análise CLV – Custo x Lucro
x Volume. Vale ressaltar que os modelos devem ser utilizados em conjunto
com outras variáveis, pois eles são apenas ferramentas de apoio. Nesta aula
destacarei com mais detalhes apenas o modelo de ponderação qualitativa.
Os outros modelos ficam como sugestão de pesquisa caso queira se apro-
fundar no assunto.
- O Modelo de Ponderação Qualitativa
O modelo de ponderação qualitativa consiste em atribuir valores numéricos
para itens a serem avaliados de acordo com sua importância. Observe os
passos que devem ser seguidos para isso:
1º passo – identificação dos fatores relevantes considerando o tipo de orga-
nização.
2º passo – atribuição de pesos de ponderação para os fatores identificados.
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
45
3º passo- atribuição de notas para cada fator avaliado.
4º passo – ponderação das notas.
Vejamos um exemplo no quadro abaixo:
De acordo com a análise do quadro acima, podemos notar que o melhor
lugar a ser construido a nova empresa é o local B, pois além de ter a melhor
nota também tem a melhor nota ponderada. Após essa análise, será neces-
sário buscar o melhor arranjo físico ou layout para instalar a organização,
como será explicado no próximo item.
4.2 Arranjo Físico ou Layout
Depois de escolhido o melhor lugar para se instalar uma organização, deve-
-se escolher o arranjo físico interno que se utilizará no processo produti-
vo. Por arranjo físico ou layout, entende-se posição dos recursos que serão
utilizados no processo produtivo de transformação que envolve máquinas,
instalações, equipamentos e pessoal da produção.
Esse arranjo dependerá da atividade que será desenvolvida pela organiza-
ção, seja ela uma indústria, uma escola ou um hospital; e afetará a maneira
como as pessoas se comportarão. Em suma, layout é a maneira em que se
Quadro 2: 
Melhor alternativa de escolha de localização para uma planta
produtiva
Fatores relevantes
Cidade A Cidade B
Peso Nota Nota Ponderada Nota Nota Ponderada
1 capacitação de mão de obra 0,20 90 0,20x90=18,0 80 0,20x80=16,0
2 condições de vida 0,05 50 0,05x50=2,5 60 0,05x60=3,0
3 Infra-estrutura 0,12 35 0,12x35=4,2 50 0,12x50=6,0
4 Benefícios fiscais 0,25 85 0,25x85=21,25 85 0,25x85=21,25
5 Acesso à rodovia 0,30 10 0,30x10=3,0 30 0,30x30=9,0
6 Proximidade de transportes 0,08 10 0,08x10=0,80 30 0,08x30=2,4
7 Área para expansão 0,10 10 0,10x10=1,0 10 0,10x10=1,0
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 46
encontram dispostos fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da
instalação de uma operação.
Também pode ser necessário realizar alterações no layout existente. A em-
presa pode optar por realizar uma expansão da capacidade produtiva, am-
pliação das áreas construídas, implantação de uma unidade ou introdução
de um novo produto no mercado. Essas ações exigem processos adequados
e readequar instalações e melhorar o ambiente de trabalho demandam no-
vos arranjos.
Proporcionar o melhor aproveitamento dos espaços existentes tem a in-
tenção de adaptar as pessoas aos ambientes de trabalho de acordo com a
natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas,
equipamentos e matéria-prima, como também:
- otimizar as condições de trabalho;
- simplificar os fluxos de tramitação de processos;
- melhorar aproveitamento do espaço útil existente;
- minimizar a movimentação de pessoas, materiais e produtos dentro de
uma empresa economizando tempo e movimentos;
- garantir a segurança física e a integridade do trabalhador;
- garantir possibilidades de mudanças no longo prazo;
- diminuir retrabalho evitando retornos desnecessários.
Vejamos algumas razões de importância da elaboração de um arranjo físico
adequado:
- mudanças no arranjo físico são difíceis, demoradas e caras. Imagine mover
máquinas que pesam toneladas. Os efeitos são de longo prazo – sejam bons
ou ruins;
- alterações exigem interrupção do funcionamento de máquinas e equipa-
mentos gerando prejuízos para a organização – parando ou diminuindo a
produção –, além de causar transtorno no atendimento ao cliente. Para mi-
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
47
nimizar estes transtornos recomenda-se realizar alterações durante férias,
finais de semana, período noturno, entre outros períodos de menor fluxo;
- arranjos errados podem acarretar fluxos errados, longos ou confusos, além
de gerar estoques parados, filas, maior tempo de produção e maior custo.
Pode ainda acarretar produtos defeituosos e prejuízo à saúde do trabalhador.
Para facilitar os estudos do local, costuma-se dividir em Layout de escritório
e layout de fábrica. Veremos cada um separadamente logo abaixo:
- Layout de escritório:
O layout de escritório define o arranjo de móveis, equipamentos e pessoas
que trabalham na atividade de apoio nas indústrias e nas prestadoras de
serviços. Lembrando que algumas atividades requerem contato direto com
clientes, e o layout também deve se preocupar com a aparência e com o
conforto das instalações.
Cury (2000) sugere alguns itens básicos para a elaboração de um layout de
escritório:
- o trabalho deve seguir um fluxo contínuo e para frente, o mais próximo
possível da linha reta;
- os órgãos e pessoas que têm funções similares e relacionadas devem ser
colocados perto uns dos outros, com a consequente redução do tempo de
transporte;
- grupos de serviços de apoio, como pool de datilografia, seção de desenhos,
arquivos e outros afins devem ser convenientemente localizados próximos
dos órgãos e dos empregados que mais os utilizam;
- os móveis e os equipamentos devem ser arrumados em simetria e em linha
reta, tanto quanto possível, sendo que a colocação angular de mesas e ca-
deiras deve ficar restrita ao pessoal de supervisão;
- os padrões de espaço devem ser adequados às necessidades de trabalho e
de conforto dos empregados;
- os móveis e os equipamentos de tamanho uniforme permitem maior flexi-
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 48
bilidade e aparência mais uniforme;
- os vãos de circulação devem ser suficientemente amplos, evitando que as
pessoas esbarrem no mobiliário. Portanto, é importante a existência de cor-
redor, sem obstrução, desde a área das mesas até os bebedouros, sanitários,
saídas, etc.; inclusive por medida de segurança;
- os empregados, sempre que possível, devem estar voltados para a mesma
direção, com os supervisores situados em pontos centrais;
- observar que a iluminação deve atingir a área de trabalho dos empregados
por cima e ligeiramente atrás;
- os órgãos que utilizam equipamentos barulhentos, como máquinas de
qualquer natureza podem necessitar de certo isolamento, a fim de não inco-
modar as outras unidades de trabalho;
- os empregados cujo trabalho exige uma grande dose de concentração po-
dem justificar a utilização de pequenos ambientes ou salas privativas;
- os órgãos que mantêm frequentes contatos com o público externo, devem
estar localizados de forma a facilitar o acesso, sem prejudicar os outros ór-
gãos.
Veja a ilustração abaixo:
Figura 9
Fonte: ilustrador
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
49
Vale ressaltar mais uma vez que os objetivos estratégicos de uma organiza-
ção devem ser o ponto de partida para a elaboração de um layout produtivo.
- O Layout de fábrica:
Geralmente, as fábricas adotam layouts de acordo com seu processo produ-
tivo que pode ser por processo e por produtos, como veremos mais adian-
te. Ao se desenvolver um layout de fábrica é importante conhecer algumas
ações:
- estudar o programa de produção, a fim de determinar o número e varieda-
de das unidades acabadas ou pré-acabadas a serem produzidas;
- fazer uma relação dos materiais e partes que integrarão o produto, sepa-
rando aqueles produzidos na propria fábrica dos que serão adquiridos fora;
- Relacionar as operações necessárias nos diferentes processos para comple-
tar uma unidade de produto;
- Programar as operações da unidade organizacional de produção, permitin-
do sempre a existência de máquinas e ferramentas suficientes para atender
às necessidades de produção;
- Decidir sobre a desejada capacidade da fábrica e dos equipamentos para a
linha dos produtos que serão feitos ou propostos, estimando a capacidade
futura;
- Programar as operações das unidades de produção e de montagem fazen-
do com que os órgãos e equipamentos se situem de modo lógico e racional,
favorecendo o estabelecimento de um fluxo progressivo e conveniente dos
materiais;
- Selecionar equipamentos, máquinas e facilidades necessárias para produzir
as variedades e quantidades programadas. Fazer a revisão sobre a possibi-
lidade de futuras alterações estruturais e adições, visando aumentar a pro-
dução;
- Determinar o intervalo de tempo porventura existente entre sucessivas ope-
rações, a fim de serem feitas previsões para o armazenamento entre opera-
ções, a fim de serem feitas previsões para armazenamento entre operações;
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 50
- Verificar se durante o processamento haverá alguma operação que ofereça
riscos à integridade do material e ou pessoas da fábrica. Caso afirmativo,
providenticar instalações adequadas e segregar do conjunto, para a execu-
ção da operação.
- Estabelecer, as necessidades anuais de espaço que serão provavelmente
exigidas no futuro, levando em conta a tendência do mercado num razoável
espaço de tempo;
- Reservar o espaço necessário em cada unidade organizacional para a guar-
da e a localização dos equipamentos, ferramentas, depósitos, zonas de cir-
culação e facilidade auxiliares.
4.3 Tipos de arranjos físicos:
Os arranjos físicos do local podem ser realizados de diferentes formas, vi-
sando atender necessidades específicas ou em comum. Vejamos os tipos de
arranjo físico:
- Arranjo físico posicional ou por posição fixa
Caracteriza-se pelo material ou pessoa processado pela operação (ficar es-
tacionário por impossibilidade, por inviabilidade ou por inconveniência de
fazê-lo mover-se entre as etapas do processo de agregação de valor). Como
o objeto da operação fica estacionado, são os recursos que se deslocam até
ele. Exemplos: construção de casas e edificios na área de construção civil,
estaleiros - montagens de navios, aviões, restaurantes a la carte, etc.
A principal vantagem é a possibilidade de customização, ou seja, o cliente
pode decidir como quer seu produto final, produtos únicos em pequena
quantidade. Como desvantagens destacamos que o processo de produção é
caro e o tempo de espera para a entrega do produto é mais longo.
- Arranjo físico celular
É aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são
pré-selecionados para movimentar-se para uma parte escpecífica da opera-
ção (ou célula) na qual todos os recursos transformadores necessários para
atender a suas necessidades imediatas de processamento se encontram. A
célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo físico por processo ou
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
51
por produto.
Depois de serem processados na célula, os recursos transformados podem
prosseguir para outra célula. É uma tentativa de trazer alguma ordem para a
complexidade do fluxo que caracteriza o arranjo físico por processo.
Exemplos: empresas manufatureiras de componentes de computador, áreas
em supermercados que oferecem produtos específicos – exemplo: seção de
alimentos. Maternidade em hospitais.
- Arranjo físico por produto
Também conhecido por arranjo em linha, tem esse nome, pois se originou da
linha de montagem utilizada por Henry Ford em 1939.
É utilizado por indústrias, organizações prestadoras de serviços tais como
montadoras de veículos, eletrodomésticos, bicicletas, brinquedos, aparelhos
eletrônicos, indústrias alimentícias, frigoríficos, restaurante self-service, que
utilizam produção padronizada.
Devido à rapidez do fluxo, máquinas e equipamentos devem ser colocadas
ou arranjadas de acordo com a sequência de montagem dos componentes
ou produtos finais.
Como vantagens, citamos:
- possibilita a produção em massa, ou seja, em grande quantidade;
- possibilita carga de máquina e consumo de materiais constantes ao longo
da linha de montagem ou linha de produção;
- Maior facilidade de controle da produção.
Como desvantagens, citamos:
- Alto investimento em máquinas e equipamentos;
- Costuma gerar tédio nos trabalhadores devido à rotina e ao trabalho repe-
titivo;
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 52
- Falta de flexibilidade da linha de montagem para fazer mudanças. A padro-
nização do processo não permite variar ou diferenciar produtos.
- Arranjo físico por processo ou funcional
Agrupam em uma mesma área, todos os processos e equipamentos do mes-
mo tipo e função e é encontrado em prestadoras de serviços e organizações
do tipo comerciais. Por exemplo:
- hospitais:centro-cirurgicos, pediatria, raio x, etc;
- banco: atendimento ao cliente, gerência, almoxarifado, atendimento espe-
cial; - lojas comerciais: crediário, roupas femininas, setor de eletrodomésti-
cos;
- salão de beleza: manicure, tratamento capilar, estética corporal.
Como vantagens obtidas neste tipo de arranjo, citamos:
- Flexibilidade para atender mudanças de mercado e satisfazer clientes;
- Falta de tédio, diminuição da rotina, bom nivel de motivação devido à dife-
renciação das atividades;
- menor investimento, pois o custo das instalações é menor;.
- Maior margem de lucro nos produtos, pois nesses lugares se produzem
produtos de maior valor agregado e customizados.
Embora apresente muitas vantagens, algumas desvantagens podem ser ci-
tadas:
- Apresenta fluxo longo dentro de fábricas;
- Diluição menor do custo em função da menor expectativa de produção
- Dificuldade de balanceamento (programação);
- Exige mão de obra altamente qualificada.
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
53
Algumas regras simples poder ser utilizadas para a elaboração de layouts,
tais como:
- identificação do fluxo de materiais e operações;
- Levantamento da área necessária para cada agrupamento de trabalho;
- identificação do relacionamento, ou seja, o quanto é conveniente aproxi-
mar certos tipos de operações para economizar custos e tempo;
- elaborar um esboço ou planta baixa do arranjo físico antes de colocá-lo em
prática.
Resumo
Esta aula apresentou o tema instalações em administração da produção,
focando informações referentes à localização e o Arranjo Físico, exibindo os
tipos de arranjos possíveis de se realizar.
Atividades de aprendizagem
1.	 Assinale V para verdadeiro e F para falso.
a)	 ( ) Um fator que não contribui para o sucesso de uma organização é a
sua localização.
b)	 ( ) A escolha da melhor localização para uma indústria ou prestado-
ra de serviços envolve analisar não só disponibilidade de recursos, mas
também a qualidade dos recursos disponíveis que apoiarão as atividades
produtivas.
c)	 ( ) Proximidade de suprimentos e de fontes de insumos, proximidade
dos mercados consumidores e proximidade e facilidade de transporte de-
vem ser avaliados ao se instalar uma unidade produtiva em algum lugar.
d)	 ( ) A localização de uma empresa não interfere na sua lucratividade.
e)	 ( ) São métodos de avaliação de alternativas para localização de uma
empresa: modelo de ponderação qualitativa, o modelo de centro de gra-
vidade e o modelo de análise CLV – Custo x Lucro x Volume.
2.	 Em relação ao modelo de ponderação qualitativa, relacione a segunda
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 54
coluna de acordo com a primeira, a fim de ordenar seus passos.
a)	 1º passo
b)	 2º passo
c)	 3º passo
d)	 4º passo
( ) ponderação das notas.
( ) atribuição de pesos de ponderação para os fatores identificados.
( ) identificação dos fatores relevantes considerando o tipo de organização.
( ) atribuição de notas para cada fator avaliado.
3.	 Assinale as alternativas corretas.
a)	 ( ) Por arranjo físico ou layout entende-se a posição dos recursos que
serão utilizados no processo produtivo de transformação que envolve
máquinas, instalações, equipamentos e pessoal da produção. Pode ser
separado em layout de escritório e layout de fábrica.
b)	 ( ) A escolha de um arranjo físico para uma organização dependerá da
atividade que será desenvolvida pela mesma, seja ela uma indústria, uma
escola ou um hospital; e afetará a maneira como as pessoas se compor-
tarão.
c)	 ( ) Depois de elaborado um arranjo físico não será possível alterá-lo
nunca mais.
d)	 ( ) A empresa pode optar por realizar uma expansão da capacidade
produtiva, ampliação da área construídas, pela implantação de uma uni-
dade ou introdução de um novo produto no mercado.
e)	 ( ) Como objetivo geral dos estudos sobre layout, podemos citar o me-
lhor aproveitamento dos espaços existentes a fim de melhor adaptar as
pessoas aos ambientes de trabalho de acordo com a natureza da ativida-
de desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e
matéria-prima.
Rede e-Tec Brasil
Aula 4. 
Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico
(layout)
55
4.	 Marque as alternativas abaixo com A para layout de escritório e com B
para layout de fábrica.
a)	 ( ) Grupos de serviços de apoio, como pool de datilografia, seção de de-
senhos, arquivos e outros afins devem ser convenientemente localizados
próximos dos órgãos e dos empregados que mais os utilizam.
b)	 ( ) Ao se desenvolver um layout deve-se relacionar as operações neces-
sárias nos diferentes processos para completar uma unidade de produto.
c)	 ( ) Ao se desenvolver um layout deve-se programar as operações da
unidade organizacional de produção, permitindo sempre a existência de
máquinas e ferramentas suficientes para atender às necessidades de pro-
dução.
d)	 ( ) os móveis e os equipamentos devem ser arrumados em simetria e
em linha reta, tanto quanto possível, sendo que a colocação angular de
mesas e cadeiras deve ficar restrita ao pessoal de supervisão.
5.	 Marque a alternativa correta.
a)	 ( ) São tipos de arranjos físicos: Arranjo físico posicional ou por posição
fixa, arranjo físico por produto, arranjo físico por processo e arranjo físico
celular.
b)	 ( ) São tipos de arranjos físicos: arranjo físico por separação, por ativi-
dade realizada e por localização geográfica.
Nesta aula, o assunto abordado foi a localização e a distribuição espacial da
empresa. A partir dessas especificações e dicas apresentadas para se esco-
lher o melhor local para a instalação da estrutura física, você pode fazer uma
reflexão acerca da realidade vivida pelas cidades brasileiras, principalmente
no que diz respeito à escolha das grandes empresas para se instalarem em
diferentes regiões do país. Agora, você pode compreender os critérios que
levam a essas escolhas e como o ambiente interno pode agregar valor e qua-
lidade ao trabalho desenvolvido no local. Além do fator localidade e layout,
outros elementos são auxiliares para o bom andamento da produção, como
você verá na aula seguinte. Vamos lá?
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 56
Rede e-Tec Brasil
Aula 5 - Planejamento e controle da produção 57
Objetivos:
•	 reconhecer o processo de planejamento e controle da produ-
ção;
•	 identificar mecanismos de previsão de demanda; e
•	 reconhecer os mecanismos de manutenção.
Aula 5. 
Planejamento e controle da
produção
Figura 10
Fonte: ilustrador
Prezado(a) estudante,
Ter planejamento é essencial em todas nossas ações não é mesmo? Precisa-
mos ter um planejamento financeiro, de estudos, de trabalho, de horários.
Isso facilita e também organiza nossas ações. As empresas também necessi-
tam de que um planejamento seja realizado e, principalmente, que se tenha
um controle de sua produção a fim de evitar transtornos. Aproveite esta
aula e veja como proceder para se realizar um bom planejamento e controle
eficaz de produção. Boa aula!
5.1 Por que planejar e controlar a produção?
Quando falamos em planejamento, várias ideias ou lembranças podem vir a
nossa mente. Por isso, é importante você compreender que planejar signifi-
ca entender o presente e planejar o futuro, traçar o caminho a ser seguido
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 58
para que os objetivos desenhados sejam alcançados. Em relação ao plane-
jamento e controle da produção, é necessário garantir que os processos de
produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e ser-
viços conforme requeridos pelos consumidores. Isso significa propiciar uma
conexão entre suprimento e demanda.
Um planejamento fraco e pobre pode acarretar sérios problemas de produti-
vidade. Já um planejamento de produção bem feito, seja a curto, médio ou
longo prazo, assegura que as tarefas serão realizadas no momento certo e
nos produtos certos; onde, quando e de que forma cada insumo – material,
máquina, trabalhador – estará em determinado lugar e em que quantidade
deve estar disponível.
O planejamento e controle da produção servem para facilitar o complexo sis-
tema de produzir bens e serviços e envolve importantes atividades tais como
previsão da demanda, definição de plano agregado ou global, definição de
um plano de produção e programa mestre de produção, a fim de garantir
que as operações ocorram de forma contínua.
Já o controle consiste nas atividades de fiscalização e verificação a fim de
fazer com que o que foi planejado seja efetivamente realizado garantindo
qualidade ao produto final e satisfação das necessidades do cliente. Plane-
jamento e controle devem ser tratados simultaneamente, ou seja, o proces-
so não pode ser parado para que sejam implementadas ações de contro-
le.
5.2 Previsão da demanda
Antes de iniciarmos qualquer processo produtivo é importante saber qual é a
demanda de mercado, ou seja, quantos produtos poderão ser vendidos para
atender a satisfação dos clientes. Utilizamos previsões de demanda para
reduzir as incertezas que podem afetar as atividades de uma empresa, pois
quanto maior a incerteza, maior ênfase deverá ser dada ao controle.
A demanda pode ser classificada em demanda dependente ou demanda
independente. A demanda dependente é relativamente previsível, pois de-
pende de algum fator conhecido, como por exemplo, capacitação dos em-
pregados. Já a demanda independente é menos previsível, por depender de
oportunidades do mercado ou comportamento do consumidor. Ou seja, de
variáveis sobre as quais a empresa não tem nenhuma forma de controle,
Rede e-Tec Brasil
Aula 5 - Planejamento e controle da produção 59
porque estão no ambiente externo.
A demanda também pode ser conhecida como previsão de vendas. Serve
como direcionamento para que a empresa tenha uma noção do que pro-
duzir, em que quantidade e em que tempo. A empresa não pode esperar
o cliente decidir o que quer e só então começar a produzir, pois quando
o produto estiver acabado, a necessidade do cliente já pode ter mudado.
A demanda não é perfeita e é difícil de ser prevista, tendo em vista que as
necessidades dos clientes não são constantes e mudam o tempo todo. Para
ajudar as organizações a tomarem decisões a respeito de demanda de mer-
cado alguns modelos podem ser úteis. São eles:
a)	 Modelos qualitativos:
São modelos subjetivos e por esta razão, imperfeitos e arriscados. Pode-se
utilizá-los quando não existirem dados passados que possam ser analisados
ou servir de base para previsões de demanda futuras. Como exemplo desses
modelos pode citar:
- predição: consiste em tentar advinhar o futuro através do achismo e da
intuição;
- opiniões de executivos: consiste em consultar equipes de executivos ex-
perientes que pertençam a várias áreas da organização como marketing,
finanças e produção. Embora melhor fundamentada do que a predição, este
método ainda envolve riscos;
- método Dephi: nesse método equipes são montadas pra discutir a de-
manda e são convidadas a dar opiniões sobre o assunto que será coletado
de maneira sigilosa. Isto é, para evitar influências e retaliações no processo.
No final, um coordenador recolhe as informações, trata-as e coloca os resul-
tados em discussão;
- opiniões da equipe de vendas: como o próprio nome diz, consiste em
ouvir opiniões sobre o pessoal que atua diretamente com as vendas das or-
ganizações. A experiência e os dados levantados por estas equipes ajudam a
diminuir os riscos de previsões;
- pesquisas de mercado: consiste em montar ou contratrar equipes que
farão pesquisas com a finalidade de conhecer as opiniões de clientes sobre
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 60
determinado produto ou serviço.
b)	 Modelos de decomposição de séries temporais:
São modelos que se baseiam no estudo estatístico da demanda acontecida
no passado para projetar a demanda futura. Dentre esses modelos, temos
os baseados na média (média móvel, ponderada ou com suavização expo-
nencial) e os modelos de regressão linear.
c)	 Modelo de ajustamento sazonal:
São modelos que podem ser aplicados para séries temporais de demandas
que apresentam nível, tendência e sazonalidade (nível de variação).
Atenção! Os dois últimos modelos citados acima são conhecidos como mo-
delos estatísticos de previsão e não serão aprofundados nesta disciplina.
Agora que você já conhece a demanda é hora de programar a produção.
Neste momento é importante verificar se a empresa tem condições de aten-
dê-la. Dentro desse contexto é importante conhecer a capacidade produtiva
da organização, que pode ser medida pelos fatores de utilização e eficiência.
Por exemplo, vamos supor que a demanda por calçados no mercado é de
1.000 pares por semana. Questões importantes devem ser respondidas pela
empresa, tais como: será que ela conseguirá produzir os 1.000 pares para
atender o mercado? Se não, qual é o máximo que ela pode produzir apro-
veitando todos os seus recursos produtivos?
Uma importante ferramenta para programar uma produção é chamada de
planejamento mestre da produção (PMP). Vamos vê-lo abaixo:
5.3 Planejamento mestre da produção
Também é conhecido como planejamento agregado da produção. Com-
põem-se pelo planejamento de vendas e operações (POV) e pela programa-
ção mestre de produção (PMP), que você conhecerá a seguir:
- POV – Planejamento de vendas e operações:
Busca traduzir as estratégias de produção definidas em práticas operacio-
nais. Representa a ligação entre o planejamento da alta direção e as decisões
Rede e-Tec Brasil
Aula 5 - Planejamento e controle da produção 61
gerenciais do diaadia da produção.
É caracterizada por revisões mensais e ajustes contínuos dos planos da em-
presa à luz das flutuações da demanda de mercado, da disponibilidade de
recursos internos e do suprimento de materiais e serviços externos. Segundo
Correa (2004), são objetivos do PVO:
- suportar o planejamento estratégico do negócio;
- garantir que os planos sejam realísticos;
- gerenciar as mudanças de forma de forma eficaz;
- gerenciar estoques de produtos finais e/ou a carteiras de pedidos de forma
a garantir o bom desempenho de entregas – nível de serviços a clientes;
- avaliar o desempenho;
- desenvolver o trabalho em equipe – à medida que integra áreas com ma-
rketing, finanças, pesquisa e desenvolvimento.
Para desenvolver um PVO pode-se utilizar de ferramentas simples como pla-
nilhas eletrônicas, que a empresa desenvolve de acordo com suas necessi-
dades. Para a elaboração é importante conhecer o desempenho passado,
o estado atual, parametros de comparação, previsões e restrições externas.
- Programação mestre de produção (PMP)
Lembramos que demanda por produtos e serviços por parte dos clientes
não é constante e difícil de prever. Nesse sentido, a programação mestre
da produção coordena a demanda do mercado com os recursos internos da
empresa de forma a programar taxas adequadas de produção de produtos
finais, principalmente aqueles que têm demanda independente. Sua ênfase
está nas decisões sobre quais são os produtos acabados, em que quantida-
des e em que períodos produzir. Será a base para a elaboração da necessida-
de de materiais, planejamento da utilização de mão de obra e equipamen-
tos e determinará o aprovisionamento do capital necessário para financiar
a produção. Embora seja utilizado em serviços, é mais comum utilizá-lo em
organizações manufatureiras.
Pesquisar em algum site de
busca da internet sobre o Just
in time. Sugestão de site de
busca: www.google.com.br
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 62
Na programação mestre de produção, os pedidos reais dos clientes são in-
corporados ao sistema. A partir, daí busca-se programar a produção consi-
derando o tempo necessário para produzi-los e despachá-los de acordo com
a capacidade operacional da organização.
Um programa mestre de produção pode conter ainda informações sobre car-
teira de pedidos, lista de materiais, ordens de compra, planos de materiais,
ordens de trabalho, registros de estoques e previsão de vendas.
Ao se adotar um programa mestre de produção é importante avaliar algu-
mas questões, tais como:
- a programação está de acordo com o plano de produção?
- a programação final dos itens está de acordo com a demanda agregada
estimada?
- existem conflitos na programação envolvendo problemas de capacidade ou
de prioridade?
- a programação está de acordo com as políticas de produção?
- a programação está de acordo com as normas legais, os acordos sindicais,
etc?
5.4 Planejamento de materiais
O propósito aqui é discutir o tema de maneira geral, frisar que a principal
preocupação da área de materiais é ter a quantidade de material necessária
para a produção. Com isso, minimizar estoques, conciliando fornecimento
de material com a demanda. Para isso, é preciso analisar questões como
preço, quantidade e qualidade correta, escolha de fornecedores, prazo de
entrega dentre outros.
Identintificada a demanda, analisada e programada a capacidade produtiva
da organização, é importante realizar um planejamento de matérias-primas,
produtos em processo e produtos finais ou acabados.
Lembramos que manter estoques inadequados para as operações podem
fazer com que os custos de produção sejam elevados.
– MRP
É um software desenvolvido
pelas indústrias de máquinas
CASE junto à IBM, que ficou
conhecido pelas iniciais
e é a sigla de Material
Requirements Planing, ou,
em português, Planejamento
dos Recursos Materiais. O MRP
é uma técnica que permite
determinar as necessidades
dos materiais que serão
utilizados na fabricação de um
produto. Envolve armazenar
com precisão as informações
sobre os materiais necessários
à produção, determinando as
quantidades e datas de entrega
dos materiais necessários.
Rede e-Tec Brasil
Aula 5 - Planejamento e controle da produção 63
Realizar uma boa gestão de materiais pode evitar interrupções na produção,
ajuda a planejar como lidar com flutuações da demanda e administrar futu-
ros problemas com transportes.
Após adquirir os materiais, é importante decidir sobre a distribuição física do
material em estoque, número e posição de depósistos e armazéns, a fim de
facilitar a movimentação de modo que as operações não sejam interrompi-
das.
Uma importante ferramenta para a boa gestão de materiais é o uso do sis-
tema Just in Time, adotado inicialmente pelas indústrias japonesas e sua
principal função é reduzir os estoques ao máximo.
5.5 Mecanismos de manutenção
A manutenção é uma importante ferramenta de controle e sua principal
ação é prevenir falhas nas instalações físicas (prédio, máquinas e equipamen-
tos) que venham acarretar prejuízos à produção. Ela deve ser realizada por
pessoal especializado.
Uma manutenção correta melhora a segurança dos trabalhadores, garante a
qualidade dos produtos finais, previne problemas como uma parada brusca
na produção e diminui custos com máquinas e equipamentos.
A manutenção pode ser:
- corretiva - é aquela realizada após a quebra ou defeito do equipamento;
- preventiva - como o próprio nome diz, adota ações como limpeza, lubrifi-
cação, substituição e verificação a fim de previnir contra as quebras e falhas;
- preditiva - visa realizar manutenção somente quando as instalações pre-
cisarem dela.
Resumo
Reconhecer o processo de planejamento e controle da produção, identifi-
cando os mecanismos de previsão de demanda e mecanismos de manuten-
ção foram os temas apresentados nesta aula.
Administração da Produção
Rede e-Tec Brasil 64
Atividades de aprendizagem
1.	 Assinale V para verdadeiro e F para falso.:
a)	 ( ) Planejar significa entender o presente e planejar o futuro, traçar o
caminho a ser seguido para que os objetivos traçados sejam alcançados.
b)	 ( ) Um planejamento de produção bem feito assegura que as tarefas se-
rão realizadas no momento certo e nos produtos certos – onde, quando e
de que forma cada insumo – material, máquina, trabalhador – estará em
determinado lugar e em que quantidade deve estar disponível.
c)	 ( ) O planejamento e controle da produção serve para dificultar o sim-
ples sistema de produzir bens e serviços e envolve importantes atividades
tais como previsão da demanda, definição de plano agregado ou global,
definição de um plano de produção e programa mestre de produção, a
fim de garantir que as as operações ocorram de foram contínua.
d)	 ( ) Controle consiste nas atividades de fiscalização e verificação a fim de
fazer com que o planejado seja efetivamente realizado, garantindo quali-
dade ao produto final e satisfação das necessidades do cliente.
e)	 ( ) Planejamento e controle devem ser tratados separadamente.
2.	 Em relação à previsão da demanda, marque as alternativas corretas.:
a)	 ( ) Utilizamos previsões de demanda poder reduzir as incertezas que
podem afetar as atividades de uma empresa, pois, quanto maior esta
incerteza, maior ênfase deverá ser dada ao controle.
b)	 ( ) A demanda pode ser classificada em demanda dependente e deman-
da independente. A demanda dependente é imprevisível. Já a demanda
independente é previsível.
c)	 ( ) A previsão da demanda serve como direcionamento para que a em-
presa tenha uma noção do que produzir, em que quantidade e em que
tempo.
d)	 ( ) A demanda é perfeita e fácil de ser prevista, pois as necessidades dos
clientes são constantes e nunca mudam.
e)	 ( ) São modelos que podem ajudar na previsão de demanda: modelos
qualitativos, modelos de decomposição de séries temporais e modelos de
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  • 1. Administração da Produção Luz Marina Aparecida Poddis de Aquino Cuiabá-MT 2013
  • 2. Presidência da República Federativa do Brasil Ministério da Educação Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Diretoria de Integração das Redes de Educação Profissional e Tecnológica Equipe de Revisão Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT Coordenação Institucional Carlos Rinaldi Coordenação de Produção de Material Didático Impresso Pedro Roberto Piloni Designer Educacional Marta Magnusson Solyszko Designer Master Daniela Mendes Ilustração Quise Gonçalves Brito Diagramação Yuri da Silva Peixoto Revisão de Língua Portuguesa Lucas Póvoas Jucá Corrêa Lima Revisão Final Naine Terena de Jesus Instituto Federal de São Paulo - Campus Caraguatatuba Diretor do IFSP Adriano Aurélio Ribeiro Barbosa Diretora Geral do e-Tec Yara Maria Guiso de Andrade Facchini Coordenadora Geral do e-Tec Elizabeth Gouveia da Silva Vanni Coordenadora do Curso Maria Dulce Monteiro Alves © Este caderno foi elaborado pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - Caraguatatuba - SP para a Rede e-Tec Brasil, do Ministério da Educação em parceria com a Universidade Federal do Mato Grosso. Projeto Gráfico Rede e-Tec Brasil/UFMT
  • 3. 3 Prezado(a) estudante, Bem-vindo(a) à Rede e-Tec Brasil! Você faz parte de uma rede nacional de ensino que, por sua vez, constitui uma das ações do Pronatec - Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. O Pronatec, instituído pela Lei nº 12.513/2011, tem como objetivo principal expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) para a população brasileira propiciando caminho de acesso mais rápido ao emprego. É neste âmbito que as ações da Rede e-Tec Brasil promovem a parceria entre a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) e as instâncias promotoras de ensino técnico, como os institutos federais, as secretarias de educação dos estados, as universidades, as es- colas e colégios tecnológicos e o Sistema S. A educação a distância no nosso país, de dimensões continentais e grande diversidade re- gional e cultural, longe de distanciar, aproxima as pessoas ao garantir acesso à educação de qualidade e ao promover o fortalecimento da formação de jovens moradores de regiões distantes, geograficamente ou economicamente, dos grandes centros. A Rede e-Tec Brasil leva diversos cursos técnicos a todas as regiões do país, incentivando os estudantes a concluir o ensino médio e a realizar uma formação e atualização contínuas. Os cursos são ofertados pelas instituições de educação profissional e o atendimento ao estudan- te é realizado tanto nas sedes das instituições quanto em suas unidades remotas, os polos. Os parceiros da Rede e-Tec Brasil acreditam em uma educação profissional qualificada – in- tegradora do ensino médio e da educação técnica – capaz de promover o cidadão com ca- pacidades para produzir, mas também com autonomia diante das diferentes dimensões da realidade: cultural, social, familiar, esportiva, política e ética. Nós acreditamos em você! Desejamos sucesso na sua formação profissional! Ministério da Educação Setembro de 2013 Nosso contato etecbrasil@mec.gov.br Apresentação Rede e-Tec Brasil Rede e-Tec Brasil 3
  • 4.
  • 5. Os ícones são elementos gráficos utilizados para ampliar as formas de linguagem e facilitar a organização e a leitura hipertextual. Atenção: indica pontos de maior relevância no texto. Saiba mais: oferece novas informações que enriquecem o assunto ou “curiosidades” e notícias recentes relacionadas ao tema estudado. Glossário: indica a definição de um termo, palavra ou expressão utilizada no texto. Mídias integradas: remete o tema para outras fontes: livros, filmes, músicas, sites, programas de TV. Atividades de aprendizagem: apresenta atividades em diferentes níveis de aprendizagem para que o estudante possa realizá-las e conferir o seu domínio do tema estudado. Reflita: momento de uma pausa na leitura para refletir/escrever sobre pontos importantes e/ou questionamentos. Indicação de Ícones Rede e-Tec Brasil 5
  • 6. Apresentação Rede e-Tec Brasil 3 Indicação de ícones 5 Apresentação da disciplina 9 Sumário 11 Sumário 11 Aula 1 - Introdução à Estatística 13 1.1. Um pouco de história 14 1.2.Conhecendo a estatística 16 1.2.1.A Estatística Milenar 16 1.2.2. A Estatística a partir do século XX 17 1.2.3 O que é, afinal, Estatística? 20 1.2.4 Aplicações da estatística 21 1.3. Os Dados 23 1.4. Elementos e Variáveis 24 Aula 2 - Conceitos Básicos e Elementares de Matemática 31 2.1. Porcentagem 31 2.2. Dados absolutos e dados relativos 35 Aula 3 - Método Estatístico, População e Amostra 41 3.1. O método estatístico e suas fases 42 3.2.População e Amostra 47 3.2.1 Tabela determinante do tamanho da amostra 49 3.3. Técnicas de amostragem 51 3.4. Amostragem probabilística simples 52 3.5. Amostragem Probabilística Estratificada 53 3.6. Amostragem Probabilística Sistemática 54 Aula 4 - Estatística Descritiva 57 4.1. Ramos da Estatística 57
  • 7. Palavra da Professora-autora Rede e-Tec Brasil 7 Caro(a) estudante É com muita satisfação que escrevo estas palavras. Em primeiro lugar gosta- ria de parabenizá-lo por ter aceitado este grande desafio que é a educação a distância. Fico muito feliz de participar de sua formação, pois sei que você está dando um grande passo em sua carreira profissional. Este caderno apresenta o contato com os fundamentos da Administração da Produção. Sugiro que aprofunde o seu conhecimento pesquisando na internet sobre os temas aqui apresentados. Recomendo, também, que você visite algumas empresas para conhecer o processo produtivo na prática. Boa sorte e muito sucesso pra você!
  • 8.
  • 9. Ao escrever este material de estudo, busquei apresentar os fundamentos da Administração da Produção, reunindo textos para leitura e atividades. A disciplina está estruturada em seis aulas que tratam dos principais temas ligados à administração de produção. Na aula um, você terá um primeiro contato com o tema, através do conceito e sua interação com as outras áreas da Administração Geral. Na aula dois, você conhecerá um pouco mais sobre o tema, sua evolução, as principais áreas e suas responsabilidades. Na aula três, será apresentada a importância de se adotar princípios estratégicos para a produção. Na aula quatro, após a verificação do que se pode produzir, veremos como determi- nar a melhor localização para a planta produtiva e como escolher e ordenar móveis e equipamentos dentro do local. Na aula cinco, refletiremos sobre o processo produtivo em si, em especial o planejamento e controle da produção. Na aula seis, será a vez de apresentar um pouco sobre a definição e importância da qualidade e suas ferramentas principais. Ao concluir a disciplina, acredito que você terá ferramentas para utilizar no dia a dia e com a observação de atividades diárias, você estará se propor- cionando mais conhecimento e melhor capacitação para atuar no mercado. Leia com atenção e realize as atividades com disciplina, que o êxito será alcançado! Boas aulas! Apresentação da Disciplina Rede e-Tec Brasil 9
  • 10.
  • 11. Aula 1. Administração da produção: definição do conceito, estrutura e sua interação com outras áreas da adminis- tração 13 1.1. O que é administração da produção 13 1.2. As principais áreas da administração e sua interface com a administra- ção da produção 16 Aula 2. Evolução, atividades e responsabilidades da área admi- nistração da produção 21 2.1. Contextualização da administração da produção 21 2.2. Evolução da administração da produção 22 2.3. Principais atividades e responsabilidades da área administração da pro- dução 24 Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 31 3.1. O que é estratégia? 31 3.2. O ambiente interno e ambiente externo 32 3.3. Projeto em administração da produção 34 Aula 4. Instalações em administração da produção – localiza- ção e arranjo físico (layout) 43 4.1. Localização de instalações produtivas 43 4.2. Arranjo físico ou layout 45 4.3. Tipos de arranjos físicos 50 Aula 5. Planejamento e controle da produção 57 5.1. Por que planejar e controlar a produção? 57 5.2. Previsão da demanda 58 5.3. Planejamento mestre da produção 60 5.4. Planejamento de materiais 62 5.5. Manutenção 63 Aula 6. Gestão da qualidade 67 6.1. Definição de qualidade 68 6.2. Normas iso e pnq 70 6.3. Ferramentas da qualidade 70 Rede e-Tec Brasil 11 Sumário
  • 12. 6.4. Qualidade de vida no trabalho 72 Palavras Finais 76 Guia de Soluções 77 Referências 79 Obras Consultadas 80 Currículo da Professora-autora 81 Rede e-Tec Brasil 12 Rede e-Tec Brasil 12
  • 13. Objetivos: • reconhecer conceitos e estrutura da administração da produ- ção; • identificar as principais áreas da administração; • distinguir a interface entre a administração da produção e as principais áreas da administração; e • reconhecer que os procedimentos de administração da produ- ção muda de acordo com atividades primárias, secundárias e ter- ciárias e terciárias. Prezado(a) estudante, Você inicia agora a disciplina Administração de produção, entrando nesta primeira aula, que tem como objetivo lhe apresentar a administração de produção, com conceitos estrutura e interação com outras áreas da admi- nistração. Essas informações iniciais são essenciais para sua compreensão do tema e também, do funcionamento desse setor. Não se esqueça de que a leitura atenta e a realização das atividades são elementos fundamentais para a sua aprendizagem. Boa aula! 1.1 O que é administração da produção O processo produtivo remonta às origens do homem, mas um destaque es- pecial foi dado ao processo com o surgimento de grandes fábricas por volta de 1780, advento da Revolução Industrial. Mas, antes de aprofundar no processo produtivo propriamente dito vamos relembrar o que é administrar. Administrar é alcançar resultados. O processo para o alcance desses resulta- Rede e-Tec Brasil Aula 1 - Administração da produção: definição do conceito, estrutura e sua interação com outras áreas da administração 13 Aula 1. Administração da produção: definição do conceito, estru- tura e sua interação com ou- tras áreas da administração
  • 14. dos é realizado por pessoas e passa pelo planejamento, organização, direção e controle dos recursos disponíveis. Dentre os principais recursos, citamos o tempo, os recursos materiais e os financeiros. Por exempo, todas as ativi- dades que realizamos têm um tempo de início, um desenvolvimento e um fim. Para produzirmos um produto precisamos de matéria-prima. Para pagar nossos custos e despesas precisamos de dinheiro. Nesse sentido, a adminis- tração da produção busca alcançar resultados positivos na área produtiva. Exemplo: Para produzirmos sapatos, precisaremos de pessoas que trabalha- rão operando as máquinas. Precisaremos de couro, cola e tinta. Precisa- remos de dinheiro para pagar o salário dos empregados, a matéria-prima, as máquinas e os equipamentos dentre outros. E por fim, precisaremos levar os sapatos produzidos até as pessoas que os comprarão. Embora seja apresentado aqui de maneira simplista, isso impõe grandes desafios para as organizações. Figura 1 Fonte: ilustrador Pensando em todo esse caminho que necessita ser percorrido, a administra- ção da produção se preocupa com o gerenciamento dos recursos materiais e humanos visando produzir bens e serviços que garantam a nossa sobrevi- vência. Os alimentos que comemos, as roupas que vestimos, os carros que dirigimos, as viagens que fazemos, até se tornarem o que são, passam por um elaborado processo de transformação. Produzir é a atividade primária de qualquer organização e consiste em trans- formar matéria-prima em produtos e serviços através da agregação de valor. Um pedaço de couro não é nada antes de ser transformado em calçado e custa muito menos do que o calçado pronto. Esse processo ocorre em quais- quer tipos de organizações, sejam elas pequenas ou grandes; públicas ou Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 14
  • 15. privadas; com ou sem fins lucrativos; reais e até mesmo virtuais. Vale lembrar que as organizações são conjuntos compostos por pessoas, estruturas, tarefas e conhecimentos visando um objetivo comum. Nós nas- cemos e crescemos em organizações tais como hospitais, igrejas, fábricas, comércios, etc. Uma maneira de classificar as organizações é de acordo com sua atividade econômica ou produtiva, podendo ser: a) setor primário: composto por organizações da área extrativista, da agro- pecuária e da pesca; b) setor secundário: composto por organizações da área manufatureira ou industrial e envolve atividades como metalurgia, processamento de ali- mentos, tecelagens, vestuário e cerâmicas; Figura 2 Fonte: ilustrador c) setor terciário: Composto por organizações prestadoras de serviços como bancos, hospitais, cinemas, escolas, quartéis de polícia, etc. Dependendo do setor ao qual uma organização pertence, ela necessitará de um processo produtivo apropriado, com máquinas, equipamentos, matérias- -primas e mão de obra adequados. Além disso, os processos produtivos va- riam de empresa para empresa e de acordo com os bens a serem produzidos. Escolher um processo impõe conhecer variáveis, tais como: volume, varieda- de, dominância de recursos materiais e humanos. A administração da produção está relacionada às atividades de tomada de decisões e responsabilidades desenvolvidas pelos gerentes de produção. É Rede e-Tec Brasil Aula 1. Administração da produção: definição do conceito, estru- tura e sua interação com outras áreas da administração 15
  • 16. importante lembrar que os gerentes são todos aqueles profissionais que se responsabilizam pelo trabalho de outras pessoas. Já a função da produção se relaciona ao próprio processo produtivo, à co- ordenação e reunião dos recursos necessários à produção a fim de transfor- má-los em bens e serviços. Como veremos adiante, uma organização pode transformar materiais, informações e até mesmo consumidores. 1.2 As principais áreas da administração e sua interface com a administração da produção Figura 3 Fonte: ilustrador A função da produção se relaciona diretamente com todas as áreas da or- ganização. Uma organização, produtora de bens ou serviços, possui basica- mente quatro áreas principais: recursos humanos, administração financeira, marketing e produção. Mesmo em pequenas organizações, onde não temos uma divisão por áreas, as atividades principais dessas quatro áreas estão presentes e, muitas vezes, sendo realizadas pelo próprio proprietário. Uma quinta área também é inserida em algumas situações: é a logística, que cui- da do gerenciamento de materiais desde o processamento de pedidos para matérias-primas até a entrega do produto final ou acabado. Mais especifi- camente, a logística poderá cuidar de atividades como compra de matéria- -prima, recebimento, armazenamento e estocagem de materiais. Essa área é tradicionalmente estudada na disciplina Administração ou Gestão de Ma- teriais. Lembramos que a organização é um sistema integrado de partes, em que todos os departamentos e áreas devem estar em harmonia para alcançar os objetivos estabelecidos de maneira eficiente, eficaz e efetiva. Qualquer Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 16
  • 17. decisão que seja tomada em um departamento afeta diretamente outros departamentos da empresa. Conheça a seguir, como o marketing, os recursos humanos e as finanças se relacionam com a área de produção. - Marketing O Marketing é responsável pela identificação das necessidades e desejos dos clientes. Ao determinar qual mercado-alvo, a organização pode atingir com qualidade e planejar produtos e serviços para atender a esses mercados. Pode também levar os produtos e serviços para onde o mercado-alvo pode encontrá-lo a um custo acessível. O Marketing se responsabiliza ainda pela busca de clientes, pela divulgação dos produtos e serviços na mídia, pelas campanhas publicitárias, pela defi- nição da política de preços a ser adotada pela empresa e pela identificação do melhor lugar para oferecer (vender) o produto ou serviço. Identificadas as necessidades do cliente, a área de produção cuidará do processo produtivo a fim de fabricar os bens e serviços desejados. - Recursos humanos A área de Recursos Humanos é responsável por ações como recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoal, avaliação de desempe- nho, administração de cargos e salários, dentre outras funções. Cabe à área planejar e identificar pessoas que possuam conhecimentos e habilidades para atuarem na empresa. É esta área que selecionará e treinará as pessoas que participarão de todo o processo produtivo da organização. - Finanças A área de finanças se responsabiliza pela aplicação dos recursos financeiros da organização e avalia os resultados que podem ser positivos – lucros, ou negativos - prejuízos. Também é responsável pela elaboração do orçamento que poderá ser composto pelos orçamentos operacionais, financeiros e fle- xíveis. O orçamento operacional está diretamente relacionado ao processo produtivo, pois identifica como o dinheiro será alocado, quanto será gasto em máquinas, equipamentos, matéria-prima e salários do pessoal envolvido. Rede e-Tec Brasil Aula 1. Administração da produção: definição do conceito, estru- tura e sua interação com outras áreas da administração 17
  • 18. Resumo Nesta aula foi apresentado o conceito de Administração da Produção, assim como as áreas principais da Administração e sua interface com a Adminis- tração da Produção. Atividades de aprendizagem 1. Assinale V para verdadeiro e F para falso. ( ) O processo produtivo é um processo recente. ( ) Administração da produção se preocupa com o gerenciamento dos re- cursos materiais e humanos visando produzir bens e serviços que garantam a nossa sobrevivência. ( ) O processo produtivo é um processo simples ( ) São recursos a serem administrados: tempo, recursos materiais, recursos humanos e recursos financeiros. ( ) A atividade produtiva só acontece dentro das fábricas. ( ) Produzir é a atividade primária de qualquer organização e consiste em transformar matéria-prima em produtos e serviços através da agregação de valor. 2. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira a) Setor primário: ( ) Composto por organizações prestadoras de serviços como bancos, hospitais, cinemas, escolas, quartéis de polícia, etc. b) Setor secundário: ( ) Composto por organizações da área extrativista, da agropecuária e da pesca. c) Setor terciário: ( ) Composto por organizações da área manufatureira ou industrial e envolve atividades como metalurgia, pro- cessamento de alimentos, tecelagens, vestuário e cerâmi- cas. 3. Assinale as alternativas corretas. a) ( ) Uma organização pode transformar materiais, informações e até Rede e-Tec Brasil 18
  • 19. mesmo consumidores. b) ( ) Dependendo do setor ao qual uma organização pertence, ela neces- sita de um processo produtivo apropriado, com máquinas, equipamen- tos, matérias primas e mão de obra adequados. c) ( ) As organizações não são conjuntos compostos por pessoas, estrutu- ras, tarefas e conhecimentos visando um objetivo comum. 4. Complete as frases abaixo com as palavras recursos humanos, marketing ou finanças. a) A área de ____________________ é responsável por identificar as ne- cessidades e desejos dos clientes; determinar qual mercado-alvo a orga- nização pode atingir com qualidade e planejar produtos e serviços para atender a esses mercados.É responsável também porlevar os produtos e serviços para onde o mercado-alvo pode encontrá-lo a um custo acessí- vel. b) A área de ___________________se responsabiliza pela aplicação dos re- cursos financeiros da organização e avalia os resultados que podem ser positivos – lucros, ou negativos - prejuízos. Também é responsável pela elaboração do orçamento que poderá ser composto pelos orçamentos operacionais, financeiros e flexíveis. c) A área de ________________________ é responsável por ações como re- crutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento de pessoal, avalia- ção de desempenho, administração de cargos e salários dentre outras. Nesta aula que chega ao seu fim, você pôde começar a observar o cotidiano de uma empresa e a sua produção. As informações aqui repassadas sobre as áreas e as interfaces existentes nesse setor lhe ajudarão na compreensão desse processo que constitui uma grande atividade de mobilização dentro da organização. Vale a pena você analisar e estar sempre atento para identificar tais interfaces e áreas citadas na primeira aula. Vamos seguir em frente? Boa leitura! Rede e-Tec Brasil Aula 1. Administração da produção: definição do conceito, estru- tura e sua interação com outras áreas da administração 19
  • 21. Objetivos: • reconhecer a área administração da produção; • reconhecer a evolução da administração da produção no tem- po; • identificar as principais áreas, estruturas e sistemas da adminis- tração da produção; e • identificar as principais responsabilidades da administração da produção. Aula 2. Evolução, atividades e res- ponsabilidades da área admi- nistração da produção Prezado(a) estudante, Nesta aula, você estará em contato com as informações referentes à admi- nistração de produção e ao processamento dos produtos. É interessante ve- rificar o desenvolvimento dessa atividade no decorrer da história do mundo e do Brasil, para refletirmos sobre os fatos que levaram alguns países a se tornarem grandes produtores e outros menos. Além disso, você terá a opor- tunidade de reconhecer as responsabilidades da administração de produção com mais profundidade, a fim de reconhecer a importância desse trabalho. Boa aula! 2.1 Contextualização da administração da pro- dução Até o final do século XVII, a produção era predominantemente artesanal e customizada. Praticamente tudo o que era produzido era consumido, pois era feito sob encomenda. A produtividade não era padronizada e cada arte- são usava técnicas e ferramentas próprias para produzir os bens que seriam comercializados. Com o advento da Revolução Industrial, preconizada por nações como Estados Unidos da América e Inglaterra, iniciou-se a produção Rede e-Tec Brasil Aula 2. Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da produção 21
  • 22. em massa (produção em grande quantidade). O processo produtivo passou a ser cada vez mais sofisticado, exigindo constante atualização por parte dos trabalhadores e das organizações. Hoje, com a globalização e sua consequente revolução tecnológica, produ- zir em grandes quantidades, garantindo qualidade aos produtos, tornou-se algo obrigatório e corriqueiro. A grande diferença é que atualmente o tra- balho está se tornando cada vez mais intelectual e menos braçal. Vale ressaltar que, no início, o desenvolvimento da área de produção estava relacionado ao processo fabril, preocupando-se em produzir bens de consu- mo como alimentos, automóveis, entre outros. O foco da área atualmente também está sobre a produção de serviços, e também, existe a preocupação em desenvolver planos de saúde, serviços bancários dentre outros. O tamanho das fábricas também mudou. As unidades fabris que ocupavam imensos quarteirões já não existem mais, e estão cada vez menores, utilizan- do cada vez mais tecnologia de ponta. 2.2 Evolução da administração da produção O ato de produzir surgiu com a origem do homem ainda no tempo das cavernas e consistia em plantar, caçar e posteriormente criar para garantir a sobrevivência através da satisfação das necessidades básicas. Grandes processos produtivos aconteceram na antiguidade com a constru- ção de grandes obras como pirâmides do Egito e a Muralha da China, por exemplo. Mas existem poucos relatos mostrando como era tal processo. Os primeiros registros sobre o assunto datam do sec. XVII . Figura 4 - Gizah Pyramids. Ricardo Liberato. Fonte: http://en.wikipedia.org/wiki/File:All_Gizah_Pyramids.jpg Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 22
  • 23. Em 1776, importantes acontecimentos iniciaram a grande revolução do pro- cesso produtivo culminando na construção de grandes unidades fabris – as grandes fábricas. Entre os principais acontecimentos citamos a publicação do livro “A Riqueza das Nações” de Adam Smith e a invenção da máquina a vapor de James Watt (1736-1819) na Inglaterra. Deu-se início então à 1ª Revolução Industrial, cujas características principais foram: a mecanização das tarefas que anteriormente eram feitas de maneira manual, fabricação de equipamentos têxteis, máquinas-ferramenta e motores a vapor. Nesse período, aumentou significamente o uso do carvão como energia e do ferro como matéria-prima, que foram substituídos posteriormente pelo uso da eletricidade e do aço - liga de ferro e carbono mais flexível, maleável e resis- tente. A necessidade de transportar grandes quantidades de matéria-prima po- pularizou as locomotivas, e grandes ferrovias foram construídas. Esses em- preendimentos de grande porte requeriam processos complexos de gestão, envolvendo um grande número de pessoas e insumos (matéria-prima). No século XX, o engenheiro Frederick Taylor (1856-1915), com sua adminis- tração científica, deu importante contribuição para a evolução da área de produção. A fim de sistematizar as técnicas produtivas desenvolveu estudos sobre tempos, movimentos e especialização do trabalho com o intuito de dar ao processo produtivo maior eficiência. Com a evolução da Administração Científica, o processo que antes era mecanizado e simples passou para o processo de manufatura flexível que utiliza peças intercambiáveis. O fluxo de trabalho se tornou ordenado e integrado. Ainda no século XX, ocorreu um grande progresso tecnológico e a conse- quente produção em larga escala de cigarros, óleo, enlatados, utensílios de alumínio, tecidos, etc. A automação – mecanização do trabalho humano-, utilizando soluções, inovações tecnológicas e capacitação do trabalhador garantiram o aumento da produtividade. Outro fato marcante desse século, foi a popularização do automóvel Ford T por Henry Ford que de 1908 a 1927, teve 15 milhões de unidades vendidas. Isso foi possível graças ao processo padronizado de fabricação e do largo uso da linha de montagem. O lema da época era “todos podem ter um automó- vel, desde que ele fosse um Ford preto.” À medida que a produção em larga escala ia se tornando cada vez maior, e Rede e-Tec Brasil Aula 2. Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da produção 23
  • 24. com ela o aumento de renda e do poder aquisitivo das pessoas, a qualida- de dos produtos passou a ser exigida com maior enfoque e assuntos como segurança física do trabalhador também começaram a ser estudados com maior empenho. A administração da produção se consolidou e firmou sua importância no pós Segunda Guerra Mundial. Destacaram-se atividades como a melhoria contí- nua dos processos, planejamento e controle da produção e administração de estoques. Arrasado com a guerra, o Japão, com o intuito de se reconstruir, despontou como uma importante potência industrial. Engenheiros japone- ses, com a ajuda de cientistas americanos desenvolveram técnicas de gestão e ferramentas da qualidade como o Just In Time ou JIT, cujo foco era a dimi- nuição e até mesmo eliminação de estoques. Do final dos anos 60 em diante, o processo produtivo ficou mais complexo e a área de Produção passou a adotar enfoques estratégicos, ou seja, passou a ser pensada pela alta cúpula administrativa das organizações de maneira integrada com outras áreas como recursos humanos e finanças. O tema es- tratégia em produção será tratado mais detalhadamente na terceira aula. No Brasil, o desenvolvimento industrial se iniciou por volta de 1880, um século depois de iniciado na América do Norte e Europa. Esse atraso traz consequências negativas até hoje. Procure mais informações sobre o desenvolvimento industrial no Brasil, utili- zando a internet. Isso enriquecerá suas informações e o fará refletir sobre o desenvolvimento do país. O desenvolvimento da computação no período também ajudou no desen- volvimento da área à medida que contribui para o processamento de um grande número de informações. Gerir estoques com a ajuda de ferramentas computacionais se tornou mais simples. Hoje já encontramos fábricas e in- dústrias cada vez mais informatizadas. 2.3 Principais atividades e responsabilidades da área administração da produção A atividade central da administração da produção é o próprio processo pro- dutivo que consiste na transformação de recursos materiais em produtos acabados. Esse processo se caracteriza por inputs (entradas), processamento Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 24
  • 25. e outputs (saída), exigindo um conjunto de atividades que devem ser anali- sadas sistemicamente. Os recursos a serem transformados variam de empresa para empresa de acordo com a sua atividade fim. Recursos, como: materiais, informações e consumidores; serão transformados de acordo com os processos produtivos a serem adotados pelas organizações. Por exemplo, o couro será utilizado para se transformar em calçados; pesquisas de mercado serão utilizadas para conhecer os clientes; e salões de beleza utilizarão cosméticos para transfor- mar a aparência das pessoas. Cada tipo de atividade exigirá prédios, equi- pamentos, tecnologia de acordo com sua atividade fim. As pessoas também serão qualificadas de acordo com a atividade que exercerão, de acordo com as máquinas e equipamentos que operarão. Independente de ser uma indústria ou prestadora de serviços, o processo produtivo ocorre de qualquer maneira. Vejamos o exemplo no quadro abai- xo: O processamento das entradas (inputs) consiste em mudar a aparência dos materiais. Por exemplo, tranformar uma barra de ferro em um quadro de bicicleta. Para que essa transformação ocorra, é necessário que os operários realizem atividades específicas com máquinas e equipamentos adequados. Figura 5 Fonte: ilustrador O processamento (transformação) das entradas (inputs) resulta em saídas (outputs) que são os produtos ou serviços acabados que satisfarão as neces- sidades dos clientes. Convém acrescentar algumas diferenças entre produtos Quadro 1 Fábrica de alimentos Hospital Entradas Máquinas, trabalhadores, grãos, etc. Médicos, enfermeiras, equipamentos e pacientes Processamento ou transformação Moagem, mistura, embalagem, cozimento Exames, cirurgias, prevenção Saída Bolacha, arroz, sucos, etc. Paciente saudável Rede e-Tec Brasil Aula 2. Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da produção 25
  • 26. e serviços. Produtos são bens tangíveis, estocáveis e transportáveis, ou seja, são físicos. Nós podemos vê-los, tocá-los, cheirá-los, guardá-los e escolher quando consumi-los. Os serviços não. Serviços são contas bancárias, planos de saúde, viagens, etc. Produtos e serviços estão cada vez mais se fundindo. Um restaurante tanto pode oferecer produtos e serviços. Um salão de beleza tanto pode oferecer tratamentos capilares quanto produzir comésticos. - Responsabilidades da área A responsabilidade da área de produção vai desde a entrada do material até a armazenagem do produto final. A fim de melhorar a competitividade, a empresa deve se preocupar em produzir com eficiência, efetividade, conhe- cer sua capacidade produtiva, garantir qualidade aos processos e produtos, o tempo de resposta adequado e flexibilidade para mudanças no processo sem grandes dificuldades. As responsabilidades diretas dos gestores de produção, segundo Slack (2002), e que serão aprofundados no desenrolar do curso, são as seguintes: - entendimento dos objetivos estratégicos da produção – é o ponto de parti- da para traçar os objetivos da área. Entender qual o caminho que a organi- zação pretende seguir e qual a contribuição que a área dará para o alcance desses objetivos; - desenvolvimento de uma estratégia de produção para a organização – con- siste em colocar em prática ações que contribuirão para o alcance dos obje- tivos organizacionais; - projeto de produtos e serviços e processos de produção – consistem na definição da forma física, aspectos e a composição de produtos, serviços e processos; - planejamento e controle da produção – Consiste na identificação da me- lhor maneira de alocar os recursos envolvidos na produção para que os ob- jetivos previamente definidos e projetados sejam alcançados; - Melhoria do desempenho da produção – Consiste em melhorar cada vez mais a produção e em consequência o desempenho organizacional. Já as responsabilidades indiretas estão relacionadas às decisões que são to- Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 26
  • 27. madas por outras áreas da organização e que afetam o processo produtivo. Por exemplo, uma campanha bem sucedida de marketing pode aumentar a demanda por determinados produtos e a área de produção deve estar pre- parada para atender esta demanda. As responsabilidades amplas são aquelas que afetam de alguma maneira o processo produtivo e exigem uma visão sistêmica e de longo prazo dos gerentes. Envolve conhecimento de acontecimentos externos tais como glo- balização da economia, responsabilidade social e ambiental, gestão do co- nhecimento dentre outros. Resumo A evolução, atividades e responsabilidades da área de administração da pro- dução são os temas que foram abordados nesta aula. É importante que você releia o conteúdo e tire as dúvidas para fazer as atividades de aprendizagem. Vamos lá! Atividades de aprendizagem 1. Assinale V para verdadeiro e F para falso. a) ( ) Até o final do século XVII, a produção era predominantemente arte- sanal e customizada. Praticamente tudo o que era produzido era consu- mido, pois era feito sob encomenda. b) ( ) O processo produtivo não era padronizado e cada artesão usava técnicas e ferramentas próprias para produzir os bens que seriam apenas consumidos pela família. c) ( ) Com o advento da Revolução Industrial, preconizada por nações como Estados Unidos da América e China, iniciou-se a produção em massa (produção em grande quantidade). d) ( ) Ao longo do tempo, o processo produtivo passou a ser cada vez mais sofisticado, exigindo constante atualização por parte dos trabalhadores e das organizações. e) ( ) Hoje, com a globalização e sua consequente revolução tecnológica, produzir em grandes quantidades, garantindo qualidade aos produtos, tornou-se algo obrigatório e corriqueiro. Rede e-Tec Brasil Aula 2. Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da produção 27
  • 28. 2. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. a) entrada. b) processamento ou transformação. c) saída. ( ) Produtos acabados. Ex: bolacha, arroz, sucos, paciente saudável. ( ) Informações e matéria-prima, máquinas, trabalhadores, grãos, Médicos, enfermeiras, equipamentos e pacientes. ( ) Transformação realizada com o apoio de máquinas e pessoas. Atividade sobre responsabilidade direta do pessoal da produção. Exemplos: Moagem, mistura, embalagem, cozimento, exames, cirurgias, prevenção 3. Assinale as alternativas corretas. a) ( ) O processamento das entradas (inputs) consiste em mudar a aparên- cia dos materiais. Por exemplo, transformar uma barra de ferro em um quadro de bicicleta. b) ( ) O processamento (transformação) das entradas (inputs) resultam em saídas (outputs) que são os produtos ou serviços acabados que satisfarão as necessidades dos clientes. c) ( ) Produtos são bens intangíveis, estocáveis e transportáveis, ou seja, são físicos. Nós podemos vê-los, tocá-los, cheirá-los, guardá-los e esco- lher quando consumi-los. Serviços não. d) ( ) Serviços são contas bancárias, planos de saúde, viagens, etc. 4. Numere os acontecimentos de 1 a 5 de acordo com a sequência em que ocorreram no tempo ( ) Início da construção de grandes unidades fabris – as grandes fábricas. Deu-se início então à 1ª Revolução Industrial, cujas características principais Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 28
  • 29. foram: mecanização das tarefas que anteriormente eram feitas de maneira manual, fabricação de equipamentos têxteis, máquinas-ferramenta e moto- res a vapor. ( ) O ato de produzir surgiu com a origem do homem ainda no tempo das cavernas e consistia em plantar, caçar e, posteriormente, criar para garantir a sobrevivência através da satisfação das necessidades básicas. ( ) Grande progresso tecnológico e consequente produção em larga escala de cigarros, óleo, enlatados, utensílios de alumínio, tecidos, etc. A auto- mação – mecanização do trabalho humano, utilizando soluções, inovações tecnológicas e capacitação do trabalhador garantiram o aumento da produ- tividade. ( ) O surgimento da administração científica deu importante contribuição para a evolução da área de produção. O processo que antes era mecanizado e simples passou para o processo de manufatura flexível que utilizava peças intercambiáveis. ( ) Do final dos anos 60 em diante, o processo produtivo ficou mais com- plexo e a área de Produção passou a adotar enfoques estratégicos, ou seja, passou a ser pensada pela alta cúpula administrativa das organizações e de maneira integrada com outras áreas como Recursos Humanos e Finanças. O desenvolvimento da computação no período também ajudou no desen- volvimento da área à medida que contribuiu para o processamento de um grande número de informações. Apresentei nesta aula, o histórico, as funções e responsabilidades da admi- nistração da produção, por considerar muito importante você compreender que todas as ações listadas na aula são realizadas com o intuito de melhorar a competitividade. A empresa busca sempre produzir com eficiência e efeti- vidade, garantindo qualidade aos processos e produtos. Por isso, estar intei- rado ao assunto, sempre lhe trará melhores possibilidades de analisar o mer- cado. Agora que você já reconheceu a evolução e as principais atividades da Administração da Produção, que tal seguir para a próxima aula? Boa sorte! Rede e-Tec Brasil Aula 2. Evolução, atividades e responsabilidades da área administração da produção 29
  • 31. Aula 3. Gestão estratégica da produ- ção e projetos Objetivos: • reconhecer o significado do termo gestão estratégica da pro- dução; • reconhecer as influências do ambiente externo no processo produtivo; e • reconhecer o processo de planejamento da produção através de projetos. Prezado(a) estudante, Ter um projeto é elemento fundamental para o desenvolvimento de produ- tos e serviços de uma empresa. É a partir de sua elaboração que se dará um trabalho organizado, com previsão de custos e qualidades, que atendam as necessidades do cliente e também certifiquem o investimento das empresas. Daí a necessidade de se atuar estratégicamente para que se alcance o me- lhor resultado gerando satisfação no ambiente de trabalho e com o público consumidor. Vamos à aula? 3.1 O que é estratégia? Figura 6 Fonte: ilustrador Rede e-Tec Brasil Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 31
  • 32. Estratégia é uma palavra de origem grega cuja definição não apresenta con- senso. É a arte dos generais que traçavam planos considerando as contin- gências ambientais para vencerem batalhas e guerras. Para Lobato (2000, p. 15), estratégia é como um caminho estabelecido de acordo com a ação estabelecida para vislumbrar os adequados objetivos or- ganizacionais e cumpri-los vitoriosamente. Você pode se perguntar, por que a estratégia é tão importante para as or- ganizações? Por que vivemos em um mundo onde a mudança é uma cons- tante. O avanço tecnológico, especificamente nas áreas de informática e comunicações faz com que tudo mude o tempo todo. Essas mudanças ocor- ridas no ambiente fazem com que o espaço atual de negócios não seja mais o mesmo de 10 anos atrás e também não será o mesmo daqui a 10 anos, exigindo novas posturas e novas decisões. Além do mais, os clientes estão cada vez mais exigentes, não demandando apenas produtos e serviços que garantam sua sobrevivência, mas também qualidade de vida. Tomar decisões estratégicas significa tomar decisões, levando em considera- ção a organização como um todo e definindo objetivos de longo prazo que garantam vantagem competitiva (fazer algo melhor do que os concorrentes) no presente e no futuro. Lembre-se de que as organizações são sistemas abertos em constante interação com o meio ambiente. Por isso, objetivos a serem traçados e as decisões que serão tomadas deverão contemplar a posição que a organização ocupa perante o ambiente interno e o complexo ambiente externo. No ambiente interno é necessário que a organização conheça suas forças e fraquezas. E no ambiente externo é preciso identificar oportunidades e ameaças. Vamos entender melhor sobre esse assunto? 3.2 O ambiente interno e ambiente externo Toda empresa conta com dois ambientes, o interno e o externo, como listo a seguir: - O ambiente interno Pontos fortes e fracos são variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável ou desfavorável para a empresa em relação ao am- Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 32
  • 33. biente. Veja como exemplo: uma empresa pode escolher ter o melhor sis- tema de treinamento de seus funcionários. Tomar esta decisão só depende dela e só lhe trará benefícios. Caso o seu sistema de treinamento seja inefi- ciente, ela não será tão competitiva no mercado e poderá sofrer prejuízos. É importante que a empresa realize um diagnóstico de todas as áreas: ma- rketing, recursos humanos, produção e finanças; fortaleça ainda mais seus pontos fortes e neutralize seus pontos fracos. - O ambiente externo Já oportunidades e ameaças são variáveis externas – demográficas, culturais, políticas e econômicas e, por isso, incontroláveis para as empresas. Cabe a ela identificar as ameaças antecipadamente e aproveitar as oportunidades para adquirir vantagem competitiva. Abaixo, alguns fatores externos que afetam as organizações: - concorrência; - disponibilidade de fornecedores; - malha de distribuição e transporte; - exigências legais; - taxa de inflação da economia; - falta de pessoas qualificadas no mercado; - tecnologia disponível; - incentivos governamentais; - escassez de matéria-prima dentre outros. Dentro deste contexto, é necessário que a Administração da Produção não seja vista como uma parte isolada da organização e que incorpore princípios estratégicos. Em primeiro lugar uns grandes volumes de recursos materiais, humanos e financeiros, estão envolvidos na atividade produtiva. Qualquer modificação no processo leva tempo e por muitas vezes são irreversíveis. A principal ferramenta da Administração Estratégica é o planejamento estratégico, que contempla o longo prazo, e é elaborado para e por toda a organização. É conduzido pela alta cúpula administrativa. Preocupa-se em desenvolver e divulgar a missão – razão de ser de uma organização e a visão – futuro desejado, o que a organização quer ser no futuro. Rede e-Tec Brasil Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 33
  • 34. Decisões tomadas hoje afetam o futuro da organização e o alcance dos ob- jetivos. Por isso é necessário um planejamento de longo prazo e que se preocupe em conhecer o presente e então traçar o futuro de modo que a organização alcance vantagem competitiva, ou seja, ser melhor que seus concorrentes. Importante papel dos gestores de produção é pensar estrategicamente, o que significa pensar no longo prazo, no futuro, sem se descuidar dos acontecimentos do passado. Isso implica em tomar decisões conhecendo o ambiente interno e externo da empresa. Aproveitar as oportunidades, combater as ameaças, fortalecer ainda mais os pontos fortes e neutralizar os pontos fracos. 3.3 Projeto em administração da produção Figura 7 Fonte: ilustrador Projetar significa transformar ideias, desenvolver bens e serviços que serão produzidos pelas organizações para atender as demandas dos consumido- res. Já percebemos que um processo produtivo é complexo e impõe desafios para as organizações. Para tornar um processo de criação ou modificação de produtos e serviços mais simples, é possível que se desenvolva projetos. Um projeto é um esforço para atingir um objetivo específico por meio de um conjunto único de tarefas e da utilização correta de recursos, segundo Guido e Clements (2007, p. 1). Deve ter um objetivo bem definido em termos de escopo, cronograma e custo. Os projetos nascem quando uma necessidade é identificada pelo cliente, uma organização ou pessoas dispostas a fornecer Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 34
  • 35. recursos financeiros para que sua necessidade seja atendida. Nas observações de Corrêa (2008, p. 287), o projeto é um conjunto único e finito de atividades inter-relacionadas pensando em produzir um resultado definido (especificação de qualidade) dentro de um prazo (especificação de tempo), utilizando uma alocação específica de recurso. Tabela 1 Fases de desenvolvi- mento Funções Desenvolvimento do produto Marketing e vendas Operação Desenvolvimento do conceito Propõe novas tecnologias, novas ideias de produtos, constrói modelos e executa simulações Traz informações do mercado e propõe/investiga conceitos de produto Propõe e investiga conceitos de processo Planejamento do produto Escolhe componentes, interage com fornece- dores, constroi primeiros protótipos e define arquitetura do produto Define parâmetros de mercados-alvo, estimati- vas de vendas e margens; desenvolve estimativas de margem e interações pre- liminares com mercado Estimativas de custo, define arquitetura de processo, simulação de processo, valida fornecedores Engenharia detalhada de produto e processo Fase I –Projeto detalhado do produto, interage com processo, constrói protótipos em escala e conduz testes em protótipos Testes de protótipos com clientes, participa da avaliação dos protótipos Projeto detalhado de processo, desenvolve meios de produção e participa do desenvolvimen- to dos protótipos em escala Fase II- refina detalhes do projeto do produto e refina os protótipos Refina testes de protó- tipos, define plano de marke- ting e define plano de distri- buição Teste dos meios de produção, protótipos em escala (processo), instala meios de produção e procedimentos Produção-piloto/cres- cimento. Avalia e testa unidades- -piloto e resolve problemas Prepara plano de ma- rketing, treina força de vendas, treina pessoal de serviço e prepara processo de venda Constrói unidade protótipo em escala comercial, refina processo em escala, treina pessoal e verifica logística para canais Introdução no mercado Avalia experiência no campo com o produto Preenche canais de distribuição, vende e promove e interage com clientes Leva produção para níveis- -alvo e atinge metas de desem- penho Fonte: Correa 2004 Rede e-Tec Brasil Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 35
  • 36. O benefício maior que se pode alcançar com o desenvolvimento de projetos é ter um cliente satisfeito, que pode ser tanto de dentro quanto de fora de uma organização. Para isso, o projeto deve ser concluído com qualidade, dentro do prazo e sem superar o orçamento. Os projetos podem ser desenvolvidos pela própria organização através das definições de equipes multidisciplinares que são compostas por pessoal de todas as areas da organização: marketing, recursos humanos, finanças, de- senvolvimento de produtos e produção, ou por outras instituições como consultorias, universidades, etc.Observe o quadro abaixo, que demonstra os papéis dos vários setores da organização durante as várias etapas do ciclo de desenvolvimento de produtos. Independente de quem seja o desenvolvedor do projeto é importante que o mesmo esteja alinhado com os objetos estratégicos da empresa. Ao se projetar um produto ou serviço importantes, decisões devem ser to- madas em relação ao ajuste e adequação do material, do trabalho, equipa- mentos, operações, financiamentos e custos. Devido a isso, o desenvolvi- mento de um projeto exige uma equipe multidisciplinar. Mas, por que desenvolvemos projetos? Como vimos anteriormente, vivemos em um ambiente dinâmico onde as necessidades dos clientes mudam o tem- po todo e produtos e serviços acabam ficando obsoletos e ultrapassados. Além do mais, outras forças obrigam as organizações a desenvolverem no- vos projetos para modificarem seus produtos e serviços. Dentre estas forças citamos: - globalização – que leva a competição entre as empresas a nível internacio- nal, tornando mais difícil monitorar a concorrência mais de perto; - clientes mais exigentes demandando produtos customizados ao invés de padronizados. O aumento da renda dos clientes faz com que estes passem a desejar e exigir produtos e serviços cada vez mais sofisticados e de acordo com seu gosto. - acesso a inovações tecnológicas que podem facilitar o processo produtivo, produzindo mais, em menos tempo a um custo menor; Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 36
  • 37. - aproveitamento da capacidade produtiva – produzir o máximo que puder aproveitando ao máximo os recursos disponíveis como máquinas, equipa- mentos, matéria-prima e pessoal; - diminuição do grau de incerteza alcançada com atividades tais como tes- tagem e prototipagem. Além das razões citadas acima, outros motivos podem ser importantes e devem ser considerados pelos desenvolvedores de projetos, como as que listo abaixo: - verificar se o novo projeto está alinhado com a estratégia da empresa; - verificar se o volume a ser produzido atende ao volume de vendas previsto; - verificar se existe possibilidade de aumento da participação de mercado; - verificar se o preço final ao consumidor trará lucros ou prejuízos para a empresa; - verificar se os investimentos são necessários para cobrir os custos de fabri- cação; - conhecer o ciclo de vida do produto, ou seja, durante quanto tempo ele ficará no mercado; - conhecer a tecnologia necessária para a produção; - conhecer o retorno sobre o investimento, ou seja, se valerá a pena produzir; - calcular os impactos sobre os recursos humanos, como, por exemplo, se serão necessários novos treinamentos para operar novas máquinas? - prever a reação do público e dos concorrentes à modificação e introdução de novos produtos no mercado; - conhecimento do tempo esperado para a fabricação dos novos produtos e serviços; - conhecer a legislação necessária para aprovações de novos produtos e ser- Projetos ecológicos, ao serem desenvolvidos, consideram importantes questões, tais como: analisar se os materiais a serem utilizados como matéria-prima não agridem a natureza; se as quantidades não esgotarão suas fontes e meios de reprodução; se fontes de energia consumida não são poluentes; se as quantidade de resíduos terão um descarte correto; se o tempo de vida do produto favoreça o seu uso o maior tempo possível; e se o descarte do produto no fim de sua vida útil terá um fim adequado. Rede e-Tec Brasil Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 37
  • 38. viços; - conhecimentos das boas práticas de responsabilidade social como proteção ao meio-ambiente e sustentabilidade do planeta. 3.3.1 Fases de um projeto Para compor um projeto, é necessária uma série de ações, que se realizam em fases. São elas: 1ª etapa – identificação de uma necessidade proposta por clientes (consumi- dores, pela equipe de projeto e pela própria organização). 2ª fase – desenvolvimento de uma solução que atenda a necessidade ante- riormente identificada. 3ª fase – implementação do projeto – responsabilidade da área de produção- mais demorada e complexa. 4ª fase – conclusão do projeto – que inclui avaliações dos resultados – da execução do projeto. 3.3.2 Gestão de projetos Desenvolver ou modificar novos produtos e serviços impõe grandes desa- fios às organizações. Entretanto, é necessário o desenvolvimento de projetos que aproveitem ao máximo a capacidade produtiva da empresa. A partir do momento em que várias alternativas são apresentadas, é importante saber escolher qual delas trará maior retorno para a instituição e maior análise de valor por parte dos clientes. É aí que entra a importância de uma gestão de projetos eficiente. A gestão de projetos é responsável por garantir que o prazo, a qualidade e o custo do processo atendam às exigências da empresa. Ao se escolher um projeto é importante conhecer o comportamento de algumas variáveis como qualidade das matérias-primas, dos produtos finais, rapidez para produzir, confiabilidade, flexibilidade e custo. O ideal é desenvolver vários projetos, analisá-los e escolher qual melhor atender aos objetivos estratégicos da empresa. É o que chamamos funil de projetos. No mercado existem excelentes ferramentas para auxiliar na tarefa de gerenciar projetos, tais como: o Microsoft Project e a metodologia PMBOK. Pesquise, em um buscador da internet (como o Google), o que é o PMBOK Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 38
  • 39. Uma decisão importante a ser tomada é projetar produtos que sejam fáceis de produzir e que tenham um ciclo de vida longo. O processo produtivo deve acompanhar o ritmo de vendas ou ciclo de vida do produto, ou seja, produzir mais quando vender mais e vice versa. Segundo Kotler o período de vida do produto abarca introdução no mercado, crescimento (de volume), maturidade e declínio. A fase da maturidade deve ser prolongada o maior tempo possível, pois representa o período mais lucrativo para a empresa. Outra forma de facilitar a produção é adotar e gerenciar um projeto para a manufatura que consiste em: - simplificação – reduzir o número de partes e componentes dos produtos sempre que possível. É mais barato e mais fácil garantir qualidade; - padronização – uso de peças comuns e intercambiáveis – permitem eco- nomia de escala, rapidez de produção, menores estoques e maior facilidade para a manutenção. Depois de realizado o projeto, é importante desenvolver um protótipo ou modelo e testá-lo para verificar a viabilidade de produção e comercialização do produto ou serviço. Após o teste, é necessário então que se realize o processo produtivo neces- sário para a fabricação final do produto a ser comercializado. Resumo Nesta aula você pôde reconhecer o significado do termo gestão estratégica da produção, as influências do ambiente externo no processo produtivo e o processo de planejamento da produção através de projetos e suas fases. Va- mos agora realizar as atividades de aprendizagem abaixo para melhor apre- ensão do conteúdo. Atividades de aprendizagem 1. Assinale V para verdadeiro e F para falso. a) ( ) Estratégia é como um caminho, traçado de acordo com a ação esta- belecida para vislumbrar os adequados objetivos organizacionais e cum- pri-los vitoriosamente. b) ( ) A estratégia não é importante para a administração da produção, pois vivemos em um mundo estável. Rede e-Tec Brasil Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 39
  • 40. c) ( ) Tomar decisões estratégicas significa tomar decisões que levam em consideração a organização como um todo definindo objetivos de longo prazo que garantam vantagem competitiva (fazer algo melhor do que os concorrentes) no presente e no futuro. d) ( ) As organizações são sistemas fechados que não interagem com o meio ambiente. e) ( ) Ao tomar decisões estratégicas devemos considerar o ambiente in- terno e externo das organizações. 2. Relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. Ambiente organizacional interno Ambiente organizacional externo ( ) Oportunidades e ameaças. ( ) É composto pelas principais áreas da organização: recursos humanos, marketing, finanças e operações. ( ) Pontos fortes e fracos. ( ) Concorrência, fornecedores, malha de distribuição e transporte, exi- gências legais, etc. 3. Assinale as alternativas corretas. a) ( ) Projetar significa transformar ideias, desenvolver bens e serviços que serão produzidos pelas organizações para atender as demandas dos consumidores. Para tornar um processo de criação ou modificação de produtos e serviços mais simples pode desenvolver projetos. b) ( ) Um projeto é um esforço para atingir um objetivo específico por meio de um conjunto único de tarefas inter-relacionadas e da utilização eficaz de recursos. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 40
  • 41. c) ( ) Um projeto pode ser definido como um conjunto único e finito de atividades inter-relacionadas pensando em produzir um resultado defini- do dentro de um prazo utilizando uma alocação específica de recurso. d) ( ) Os projetos podem ser desenvolvidos pela própria organização atra- vés da definição de equipes unidisciplinares que são compostas por pes- soal de apenas uma das áreas: marketing. 4. Em relação às fases de um projeto, relacione a segunda coluna de acordo com a primeira. a) Primeira etapa b) Segunda etapa c) Terceira etapa d) Quarta etapa ( ) Desenvolvimento de uma solução que atenda a necessidade anterior- mente identificada. ( ) Identificação de uma necessidade proposta por clientes (consumidores, pela equipe de projeto e pela própria organização). ( ) conclusão do projeto – que inclui avaliações dos resultados da execução do projeto. ( ) Implementação do projeto – responsabilidade da área de produção mais demorada e complexa. 5. Marque as alternativas corretas. a) ( ) A gestão de projetos cuida para garantir que o prazo, a qualidade e o custo do processos atendam as exigências da empresa. Ao se escolher um projeto é importante conhecer o comportamento de algumas variá- veis como qualidade das matérias-primas e dos produtos finais, rapidez para produzir, confiabilidade, flexibilidade e custo. O ideal é desenvolver Rede e-Tec Brasil Aula 3. Gestão estratégica da produção e projetos 41
  • 42. vários projetos, analisá-los e escolher o que melhor atender os objetivos estratégicos da empresa. É o que chamamos funil de projetos. b) ( ) Uma decisão importante a ser tomada é projetar produtos que sejam fáceis de produzir e que tenham um ciclo de vida curta. c) ( ) O processo produtivo deve acompanhar o ritmo de vendas ou ciclo de vida do produto, ou seja, produzir mais quando vender mais e vice versa. d) ( ) A fase da introdução deve ser prolongada o maior tempo possível, pois representa o período mais lucrativo para a empresa. e) ( ) Para facilitar a produção podemos adotar e gerenciar um projeto para a manufatura que consiste em: simplificação e padronização. Você pôde perceber o quanto é importante ter uma estratégia e elaborar um projeto de produção para uma empresa. Certamente, agora você também estará com mais informações a respeito do tema “projetos” e acredito que poderá começar a praticar a partir das leituras e atividades propostas nesta aula. Tente visualizar na prática a elaboração de um projeto, uma estratégia de produção. Dessa forma, você estará utilizando os conhecimentos adquiri- dos até aqui e aumentando seu interesse no tema, pois a curiosidade sempre estará presente durante todo o estudo. Para complementar as informações obtidas até aqui, na próxima aula, o tema será as instalações em administra- ção da produção; afinal, é necessário ter um local adequado para se atuar não é mesmo? Boa aula!
  • 43. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 43 Objetivos: • definir a melhor localização para uma planta produtiva; e • conhecer os diversos tipos de layout produtivos. Figura 8 Fonte: banco de imagens sxc. http://www.sxc.hu/browse.phtml?f=downloadid=1071722 Prezado(a) estudante, Você está iniciando a sua quarta aula e, nela, terá informações sobre a loca- lização e o arranjo físico da empresa. É de suma importância que a empresa tenha bem definido o espaço interno de trabalho para que possa, além de desenvolver com mais agilidade suas atividades, manter um bom ambiente para funcionários e até mesmo para os clientes. Por isso, leia com atenção o texto e realize as atividades, buscando sempre visualizar a aplicação prática de cada informação aqui obtida. Boa aula! 4.1 Localização de instalações produtivas Um fator que pode contribuir para o sucesso de uma organização é a sua localização. Mas, essa não é uma tarefa fácil. Iniciar atividades produtivas ou ampliar a área atual a fim de aumentar a produtividade ou simplesmente Aula 4. Instalações em administração da produção – localização e arranjo físico (layout)
  • 44. Pesquise em um site de busca, o modelo de centro de gravidade e o modelo de análise CLV – Custo x lucro x volume. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 44 mudar de local por motivos diversos impõem aos gestores importantes de- safios. Esse tipo de decisão é de longo prazo e envolve altos investimentos. A escolha da melhor localização para uma indústria ou prestadora de ser- viços necessita da análise não só da disponibilidade de recursos, mas da qualidade dos recursos disponíveis que apoiarão as atividades produtivas. É importante avaliar ainda: - a proximidade de suprimentos e de fontes de insumos visando facilitar a obtenção de matéria-prima, a disponibilidade de mão de obra, quantidade e qualidade da água, disponibilidade e tipo de energia risco de apagão: - proximidade dos mercados consumidores; - proximidade e facilidade de transporte; - infraestrutura do local; - espaço físico para futuras ampliações, dentre outros. Para ajudar a tomada de decisões em relação à escolha do melhor lugar para se instalar uma planta produtiva existem alguns métodos de avaliação de alternativas, como por exemplo, o modelo de ponderação qualitativa, o modelo de centro de gravidade e o modelo de análise CLV – Custo x Lucro x Volume. Vale ressaltar que os modelos devem ser utilizados em conjunto com outras variáveis, pois eles são apenas ferramentas de apoio. Nesta aula destacarei com mais detalhes apenas o modelo de ponderação qualitativa. Os outros modelos ficam como sugestão de pesquisa caso queira se apro- fundar no assunto. - O Modelo de Ponderação Qualitativa O modelo de ponderação qualitativa consiste em atribuir valores numéricos para itens a serem avaliados de acordo com sua importância. Observe os passos que devem ser seguidos para isso: 1º passo – identificação dos fatores relevantes considerando o tipo de orga- nização. 2º passo – atribuição de pesos de ponderação para os fatores identificados.
  • 45. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 45 3º passo- atribuição de notas para cada fator avaliado. 4º passo – ponderação das notas. Vejamos um exemplo no quadro abaixo: De acordo com a análise do quadro acima, podemos notar que o melhor lugar a ser construido a nova empresa é o local B, pois além de ter a melhor nota também tem a melhor nota ponderada. Após essa análise, será neces- sário buscar o melhor arranjo físico ou layout para instalar a organização, como será explicado no próximo item. 4.2 Arranjo Físico ou Layout Depois de escolhido o melhor lugar para se instalar uma organização, deve- -se escolher o arranjo físico interno que se utilizará no processo produti- vo. Por arranjo físico ou layout, entende-se posição dos recursos que serão utilizados no processo produtivo de transformação que envolve máquinas, instalações, equipamentos e pessoal da produção. Esse arranjo dependerá da atividade que será desenvolvida pela organiza- ção, seja ela uma indústria, uma escola ou um hospital; e afetará a maneira como as pessoas se comportarão. Em suma, layout é a maneira em que se Quadro 2: Melhor alternativa de escolha de localização para uma planta produtiva Fatores relevantes Cidade A Cidade B Peso Nota Nota Ponderada Nota Nota Ponderada 1 capacitação de mão de obra 0,20 90 0,20x90=18,0 80 0,20x80=16,0 2 condições de vida 0,05 50 0,05x50=2,5 60 0,05x60=3,0 3 Infra-estrutura 0,12 35 0,12x35=4,2 50 0,12x50=6,0 4 Benefícios fiscais 0,25 85 0,25x85=21,25 85 0,25x85=21,25 5 Acesso à rodovia 0,30 10 0,30x10=3,0 30 0,30x30=9,0 6 Proximidade de transportes 0,08 10 0,08x10=0,80 30 0,08x30=2,4 7 Área para expansão 0,10 10 0,10x10=1,0 10 0,10x10=1,0
  • 46. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 46 encontram dispostos fisicamente os recursos que ocupam espaço dentro da instalação de uma operação. Também pode ser necessário realizar alterações no layout existente. A em- presa pode optar por realizar uma expansão da capacidade produtiva, am- pliação das áreas construídas, implantação de uma unidade ou introdução de um novo produto no mercado. Essas ações exigem processos adequados e readequar instalações e melhorar o ambiente de trabalho demandam no- vos arranjos. Proporcionar o melhor aproveitamento dos espaços existentes tem a in- tenção de adaptar as pessoas aos ambientes de trabalho de acordo com a natureza da atividade desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matéria-prima, como também: - otimizar as condições de trabalho; - simplificar os fluxos de tramitação de processos; - melhorar aproveitamento do espaço útil existente; - minimizar a movimentação de pessoas, materiais e produtos dentro de uma empresa economizando tempo e movimentos; - garantir a segurança física e a integridade do trabalhador; - garantir possibilidades de mudanças no longo prazo; - diminuir retrabalho evitando retornos desnecessários. Vejamos algumas razões de importância da elaboração de um arranjo físico adequado: - mudanças no arranjo físico são difíceis, demoradas e caras. Imagine mover máquinas que pesam toneladas. Os efeitos são de longo prazo – sejam bons ou ruins; - alterações exigem interrupção do funcionamento de máquinas e equipa- mentos gerando prejuízos para a organização – parando ou diminuindo a produção –, além de causar transtorno no atendimento ao cliente. Para mi-
  • 47. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 47 nimizar estes transtornos recomenda-se realizar alterações durante férias, finais de semana, período noturno, entre outros períodos de menor fluxo; - arranjos errados podem acarretar fluxos errados, longos ou confusos, além de gerar estoques parados, filas, maior tempo de produção e maior custo. Pode ainda acarretar produtos defeituosos e prejuízo à saúde do trabalhador. Para facilitar os estudos do local, costuma-se dividir em Layout de escritório e layout de fábrica. Veremos cada um separadamente logo abaixo: - Layout de escritório: O layout de escritório define o arranjo de móveis, equipamentos e pessoas que trabalham na atividade de apoio nas indústrias e nas prestadoras de serviços. Lembrando que algumas atividades requerem contato direto com clientes, e o layout também deve se preocupar com a aparência e com o conforto das instalações. Cury (2000) sugere alguns itens básicos para a elaboração de um layout de escritório: - o trabalho deve seguir um fluxo contínuo e para frente, o mais próximo possível da linha reta; - os órgãos e pessoas que têm funções similares e relacionadas devem ser colocados perto uns dos outros, com a consequente redução do tempo de transporte; - grupos de serviços de apoio, como pool de datilografia, seção de desenhos, arquivos e outros afins devem ser convenientemente localizados próximos dos órgãos e dos empregados que mais os utilizam; - os móveis e os equipamentos devem ser arrumados em simetria e em linha reta, tanto quanto possível, sendo que a colocação angular de mesas e ca- deiras deve ficar restrita ao pessoal de supervisão; - os padrões de espaço devem ser adequados às necessidades de trabalho e de conforto dos empregados; - os móveis e os equipamentos de tamanho uniforme permitem maior flexi-
  • 48. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 48 bilidade e aparência mais uniforme; - os vãos de circulação devem ser suficientemente amplos, evitando que as pessoas esbarrem no mobiliário. Portanto, é importante a existência de cor- redor, sem obstrução, desde a área das mesas até os bebedouros, sanitários, saídas, etc.; inclusive por medida de segurança; - os empregados, sempre que possível, devem estar voltados para a mesma direção, com os supervisores situados em pontos centrais; - observar que a iluminação deve atingir a área de trabalho dos empregados por cima e ligeiramente atrás; - os órgãos que utilizam equipamentos barulhentos, como máquinas de qualquer natureza podem necessitar de certo isolamento, a fim de não inco- modar as outras unidades de trabalho; - os empregados cujo trabalho exige uma grande dose de concentração po- dem justificar a utilização de pequenos ambientes ou salas privativas; - os órgãos que mantêm frequentes contatos com o público externo, devem estar localizados de forma a facilitar o acesso, sem prejudicar os outros ór- gãos. Veja a ilustração abaixo: Figura 9 Fonte: ilustrador
  • 49. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 49 Vale ressaltar mais uma vez que os objetivos estratégicos de uma organiza- ção devem ser o ponto de partida para a elaboração de um layout produtivo. - O Layout de fábrica: Geralmente, as fábricas adotam layouts de acordo com seu processo produ- tivo que pode ser por processo e por produtos, como veremos mais adian- te. Ao se desenvolver um layout de fábrica é importante conhecer algumas ações: - estudar o programa de produção, a fim de determinar o número e varieda- de das unidades acabadas ou pré-acabadas a serem produzidas; - fazer uma relação dos materiais e partes que integrarão o produto, sepa- rando aqueles produzidos na propria fábrica dos que serão adquiridos fora; - Relacionar as operações necessárias nos diferentes processos para comple- tar uma unidade de produto; - Programar as operações da unidade organizacional de produção, permitin- do sempre a existência de máquinas e ferramentas suficientes para atender às necessidades de produção; - Decidir sobre a desejada capacidade da fábrica e dos equipamentos para a linha dos produtos que serão feitos ou propostos, estimando a capacidade futura; - Programar as operações das unidades de produção e de montagem fazen- do com que os órgãos e equipamentos se situem de modo lógico e racional, favorecendo o estabelecimento de um fluxo progressivo e conveniente dos materiais; - Selecionar equipamentos, máquinas e facilidades necessárias para produzir as variedades e quantidades programadas. Fazer a revisão sobre a possibi- lidade de futuras alterações estruturais e adições, visando aumentar a pro- dução; - Determinar o intervalo de tempo porventura existente entre sucessivas ope- rações, a fim de serem feitas previsões para o armazenamento entre opera- ções, a fim de serem feitas previsões para armazenamento entre operações;
  • 50. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 50 - Verificar se durante o processamento haverá alguma operação que ofereça riscos à integridade do material e ou pessoas da fábrica. Caso afirmativo, providenticar instalações adequadas e segregar do conjunto, para a execu- ção da operação. - Estabelecer, as necessidades anuais de espaço que serão provavelmente exigidas no futuro, levando em conta a tendência do mercado num razoável espaço de tempo; - Reservar o espaço necessário em cada unidade organizacional para a guar- da e a localização dos equipamentos, ferramentas, depósitos, zonas de cir- culação e facilidade auxiliares. 4.3 Tipos de arranjos físicos: Os arranjos físicos do local podem ser realizados de diferentes formas, vi- sando atender necessidades específicas ou em comum. Vejamos os tipos de arranjo físico: - Arranjo físico posicional ou por posição fixa Caracteriza-se pelo material ou pessoa processado pela operação (ficar es- tacionário por impossibilidade, por inviabilidade ou por inconveniência de fazê-lo mover-se entre as etapas do processo de agregação de valor). Como o objeto da operação fica estacionado, são os recursos que se deslocam até ele. Exemplos: construção de casas e edificios na área de construção civil, estaleiros - montagens de navios, aviões, restaurantes a la carte, etc. A principal vantagem é a possibilidade de customização, ou seja, o cliente pode decidir como quer seu produto final, produtos únicos em pequena quantidade. Como desvantagens destacamos que o processo de produção é caro e o tempo de espera para a entrega do produto é mais longo. - Arranjo físico celular É aquele em que os recursos transformados, entrando na operação, são pré-selecionados para movimentar-se para uma parte escpecífica da opera- ção (ou célula) na qual todos os recursos transformadores necessários para atender a suas necessidades imediatas de processamento se encontram. A célula em si pode ser arranjada segundo um arranjo físico por processo ou
  • 51. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 51 por produto. Depois de serem processados na célula, os recursos transformados podem prosseguir para outra célula. É uma tentativa de trazer alguma ordem para a complexidade do fluxo que caracteriza o arranjo físico por processo. Exemplos: empresas manufatureiras de componentes de computador, áreas em supermercados que oferecem produtos específicos – exemplo: seção de alimentos. Maternidade em hospitais. - Arranjo físico por produto Também conhecido por arranjo em linha, tem esse nome, pois se originou da linha de montagem utilizada por Henry Ford em 1939. É utilizado por indústrias, organizações prestadoras de serviços tais como montadoras de veículos, eletrodomésticos, bicicletas, brinquedos, aparelhos eletrônicos, indústrias alimentícias, frigoríficos, restaurante self-service, que utilizam produção padronizada. Devido à rapidez do fluxo, máquinas e equipamentos devem ser colocadas ou arranjadas de acordo com a sequência de montagem dos componentes ou produtos finais. Como vantagens, citamos: - possibilita a produção em massa, ou seja, em grande quantidade; - possibilita carga de máquina e consumo de materiais constantes ao longo da linha de montagem ou linha de produção; - Maior facilidade de controle da produção. Como desvantagens, citamos: - Alto investimento em máquinas e equipamentos; - Costuma gerar tédio nos trabalhadores devido à rotina e ao trabalho repe- titivo;
  • 52. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 52 - Falta de flexibilidade da linha de montagem para fazer mudanças. A padro- nização do processo não permite variar ou diferenciar produtos. - Arranjo físico por processo ou funcional Agrupam em uma mesma área, todos os processos e equipamentos do mes- mo tipo e função e é encontrado em prestadoras de serviços e organizações do tipo comerciais. Por exemplo: - hospitais:centro-cirurgicos, pediatria, raio x, etc; - banco: atendimento ao cliente, gerência, almoxarifado, atendimento espe- cial; - lojas comerciais: crediário, roupas femininas, setor de eletrodomésti- cos; - salão de beleza: manicure, tratamento capilar, estética corporal. Como vantagens obtidas neste tipo de arranjo, citamos: - Flexibilidade para atender mudanças de mercado e satisfazer clientes; - Falta de tédio, diminuição da rotina, bom nivel de motivação devido à dife- renciação das atividades; - menor investimento, pois o custo das instalações é menor;. - Maior margem de lucro nos produtos, pois nesses lugares se produzem produtos de maior valor agregado e customizados. Embora apresente muitas vantagens, algumas desvantagens podem ser ci- tadas: - Apresenta fluxo longo dentro de fábricas; - Diluição menor do custo em função da menor expectativa de produção - Dificuldade de balanceamento (programação); - Exige mão de obra altamente qualificada.
  • 53. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 53 Algumas regras simples poder ser utilizadas para a elaboração de layouts, tais como: - identificação do fluxo de materiais e operações; - Levantamento da área necessária para cada agrupamento de trabalho; - identificação do relacionamento, ou seja, o quanto é conveniente aproxi- mar certos tipos de operações para economizar custos e tempo; - elaborar um esboço ou planta baixa do arranjo físico antes de colocá-lo em prática. Resumo Esta aula apresentou o tema instalações em administração da produção, focando informações referentes à localização e o Arranjo Físico, exibindo os tipos de arranjos possíveis de se realizar. Atividades de aprendizagem 1. Assinale V para verdadeiro e F para falso. a) ( ) Um fator que não contribui para o sucesso de uma organização é a sua localização. b) ( ) A escolha da melhor localização para uma indústria ou prestado- ra de serviços envolve analisar não só disponibilidade de recursos, mas também a qualidade dos recursos disponíveis que apoiarão as atividades produtivas. c) ( ) Proximidade de suprimentos e de fontes de insumos, proximidade dos mercados consumidores e proximidade e facilidade de transporte de- vem ser avaliados ao se instalar uma unidade produtiva em algum lugar. d) ( ) A localização de uma empresa não interfere na sua lucratividade. e) ( ) São métodos de avaliação de alternativas para localização de uma empresa: modelo de ponderação qualitativa, o modelo de centro de gra- vidade e o modelo de análise CLV – Custo x Lucro x Volume. 2. Em relação ao modelo de ponderação qualitativa, relacione a segunda
  • 54. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 54 coluna de acordo com a primeira, a fim de ordenar seus passos. a) 1º passo b) 2º passo c) 3º passo d) 4º passo ( ) ponderação das notas. ( ) atribuição de pesos de ponderação para os fatores identificados. ( ) identificação dos fatores relevantes considerando o tipo de organização. ( ) atribuição de notas para cada fator avaliado. 3. Assinale as alternativas corretas. a) ( ) Por arranjo físico ou layout entende-se a posição dos recursos que serão utilizados no processo produtivo de transformação que envolve máquinas, instalações, equipamentos e pessoal da produção. Pode ser separado em layout de escritório e layout de fábrica. b) ( ) A escolha de um arranjo físico para uma organização dependerá da atividade que será desenvolvida pela mesma, seja ela uma indústria, uma escola ou um hospital; e afetará a maneira como as pessoas se compor- tarão. c) ( ) Depois de elaborado um arranjo físico não será possível alterá-lo nunca mais. d) ( ) A empresa pode optar por realizar uma expansão da capacidade produtiva, ampliação da área construídas, pela implantação de uma uni- dade ou introdução de um novo produto no mercado. e) ( ) Como objetivo geral dos estudos sobre layout, podemos citar o me- lhor aproveitamento dos espaços existentes a fim de melhor adaptar as pessoas aos ambientes de trabalho de acordo com a natureza da ativida- de desempenhada, a arrumação dos móveis, máquinas, equipamentos e matéria-prima.
  • 55. Rede e-Tec Brasil Aula 4. Instalações em administração da produção - localização e arranjo físico (layout) 55 4. Marque as alternativas abaixo com A para layout de escritório e com B para layout de fábrica. a) ( ) Grupos de serviços de apoio, como pool de datilografia, seção de de- senhos, arquivos e outros afins devem ser convenientemente localizados próximos dos órgãos e dos empregados que mais os utilizam. b) ( ) Ao se desenvolver um layout deve-se relacionar as operações neces- sárias nos diferentes processos para completar uma unidade de produto. c) ( ) Ao se desenvolver um layout deve-se programar as operações da unidade organizacional de produção, permitindo sempre a existência de máquinas e ferramentas suficientes para atender às necessidades de pro- dução. d) ( ) os móveis e os equipamentos devem ser arrumados em simetria e em linha reta, tanto quanto possível, sendo que a colocação angular de mesas e cadeiras deve ficar restrita ao pessoal de supervisão. 5. Marque a alternativa correta. a) ( ) São tipos de arranjos físicos: Arranjo físico posicional ou por posição fixa, arranjo físico por produto, arranjo físico por processo e arranjo físico celular. b) ( ) São tipos de arranjos físicos: arranjo físico por separação, por ativi- dade realizada e por localização geográfica. Nesta aula, o assunto abordado foi a localização e a distribuição espacial da empresa. A partir dessas especificações e dicas apresentadas para se esco- lher o melhor local para a instalação da estrutura física, você pode fazer uma reflexão acerca da realidade vivida pelas cidades brasileiras, principalmente no que diz respeito à escolha das grandes empresas para se instalarem em diferentes regiões do país. Agora, você pode compreender os critérios que levam a essas escolhas e como o ambiente interno pode agregar valor e qua- lidade ao trabalho desenvolvido no local. Além do fator localidade e layout, outros elementos são auxiliares para o bom andamento da produção, como você verá na aula seguinte. Vamos lá?
  • 57. Rede e-Tec Brasil Aula 5 - Planejamento e controle da produção 57 Objetivos: • reconhecer o processo de planejamento e controle da produ- ção; • identificar mecanismos de previsão de demanda; e • reconhecer os mecanismos de manutenção. Aula 5. Planejamento e controle da produção Figura 10 Fonte: ilustrador Prezado(a) estudante, Ter planejamento é essencial em todas nossas ações não é mesmo? Precisa- mos ter um planejamento financeiro, de estudos, de trabalho, de horários. Isso facilita e também organiza nossas ações. As empresas também necessi- tam de que um planejamento seja realizado e, principalmente, que se tenha um controle de sua produção a fim de evitar transtornos. Aproveite esta aula e veja como proceder para se realizar um bom planejamento e controle eficaz de produção. Boa aula! 5.1 Por que planejar e controlar a produção? Quando falamos em planejamento, várias ideias ou lembranças podem vir a nossa mente. Por isso, é importante você compreender que planejar signifi- ca entender o presente e planejar o futuro, traçar o caminho a ser seguido
  • 58. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 58 para que os objetivos desenhados sejam alcançados. Em relação ao plane- jamento e controle da produção, é necessário garantir que os processos de produção ocorram eficaz e eficientemente e que produzam produtos e ser- viços conforme requeridos pelos consumidores. Isso significa propiciar uma conexão entre suprimento e demanda. Um planejamento fraco e pobre pode acarretar sérios problemas de produti- vidade. Já um planejamento de produção bem feito, seja a curto, médio ou longo prazo, assegura que as tarefas serão realizadas no momento certo e nos produtos certos; onde, quando e de que forma cada insumo – material, máquina, trabalhador – estará em determinado lugar e em que quantidade deve estar disponível. O planejamento e controle da produção servem para facilitar o complexo sis- tema de produzir bens e serviços e envolve importantes atividades tais como previsão da demanda, definição de plano agregado ou global, definição de um plano de produção e programa mestre de produção, a fim de garantir que as operações ocorram de forma contínua. Já o controle consiste nas atividades de fiscalização e verificação a fim de fazer com que o que foi planejado seja efetivamente realizado garantindo qualidade ao produto final e satisfação das necessidades do cliente. Plane- jamento e controle devem ser tratados simultaneamente, ou seja, o proces- so não pode ser parado para que sejam implementadas ações de contro- le. 5.2 Previsão da demanda Antes de iniciarmos qualquer processo produtivo é importante saber qual é a demanda de mercado, ou seja, quantos produtos poderão ser vendidos para atender a satisfação dos clientes. Utilizamos previsões de demanda para reduzir as incertezas que podem afetar as atividades de uma empresa, pois quanto maior a incerteza, maior ênfase deverá ser dada ao controle. A demanda pode ser classificada em demanda dependente ou demanda independente. A demanda dependente é relativamente previsível, pois de- pende de algum fator conhecido, como por exemplo, capacitação dos em- pregados. Já a demanda independente é menos previsível, por depender de oportunidades do mercado ou comportamento do consumidor. Ou seja, de variáveis sobre as quais a empresa não tem nenhuma forma de controle,
  • 59. Rede e-Tec Brasil Aula 5 - Planejamento e controle da produção 59 porque estão no ambiente externo. A demanda também pode ser conhecida como previsão de vendas. Serve como direcionamento para que a empresa tenha uma noção do que pro- duzir, em que quantidade e em que tempo. A empresa não pode esperar o cliente decidir o que quer e só então começar a produzir, pois quando o produto estiver acabado, a necessidade do cliente já pode ter mudado. A demanda não é perfeita e é difícil de ser prevista, tendo em vista que as necessidades dos clientes não são constantes e mudam o tempo todo. Para ajudar as organizações a tomarem decisões a respeito de demanda de mer- cado alguns modelos podem ser úteis. São eles: a) Modelos qualitativos: São modelos subjetivos e por esta razão, imperfeitos e arriscados. Pode-se utilizá-los quando não existirem dados passados que possam ser analisados ou servir de base para previsões de demanda futuras. Como exemplo desses modelos pode citar: - predição: consiste em tentar advinhar o futuro através do achismo e da intuição; - opiniões de executivos: consiste em consultar equipes de executivos ex- perientes que pertençam a várias áreas da organização como marketing, finanças e produção. Embora melhor fundamentada do que a predição, este método ainda envolve riscos; - método Dephi: nesse método equipes são montadas pra discutir a de- manda e são convidadas a dar opiniões sobre o assunto que será coletado de maneira sigilosa. Isto é, para evitar influências e retaliações no processo. No final, um coordenador recolhe as informações, trata-as e coloca os resul- tados em discussão; - opiniões da equipe de vendas: como o próprio nome diz, consiste em ouvir opiniões sobre o pessoal que atua diretamente com as vendas das or- ganizações. A experiência e os dados levantados por estas equipes ajudam a diminuir os riscos de previsões; - pesquisas de mercado: consiste em montar ou contratrar equipes que farão pesquisas com a finalidade de conhecer as opiniões de clientes sobre
  • 60. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 60 determinado produto ou serviço. b) Modelos de decomposição de séries temporais: São modelos que se baseiam no estudo estatístico da demanda acontecida no passado para projetar a demanda futura. Dentre esses modelos, temos os baseados na média (média móvel, ponderada ou com suavização expo- nencial) e os modelos de regressão linear. c) Modelo de ajustamento sazonal: São modelos que podem ser aplicados para séries temporais de demandas que apresentam nível, tendência e sazonalidade (nível de variação). Atenção! Os dois últimos modelos citados acima são conhecidos como mo- delos estatísticos de previsão e não serão aprofundados nesta disciplina. Agora que você já conhece a demanda é hora de programar a produção. Neste momento é importante verificar se a empresa tem condições de aten- dê-la. Dentro desse contexto é importante conhecer a capacidade produtiva da organização, que pode ser medida pelos fatores de utilização e eficiência. Por exemplo, vamos supor que a demanda por calçados no mercado é de 1.000 pares por semana. Questões importantes devem ser respondidas pela empresa, tais como: será que ela conseguirá produzir os 1.000 pares para atender o mercado? Se não, qual é o máximo que ela pode produzir apro- veitando todos os seus recursos produtivos? Uma importante ferramenta para programar uma produção é chamada de planejamento mestre da produção (PMP). Vamos vê-lo abaixo: 5.3 Planejamento mestre da produção Também é conhecido como planejamento agregado da produção. Com- põem-se pelo planejamento de vendas e operações (POV) e pela programa- ção mestre de produção (PMP), que você conhecerá a seguir: - POV – Planejamento de vendas e operações: Busca traduzir as estratégias de produção definidas em práticas operacio- nais. Representa a ligação entre o planejamento da alta direção e as decisões
  • 61. Rede e-Tec Brasil Aula 5 - Planejamento e controle da produção 61 gerenciais do diaadia da produção. É caracterizada por revisões mensais e ajustes contínuos dos planos da em- presa à luz das flutuações da demanda de mercado, da disponibilidade de recursos internos e do suprimento de materiais e serviços externos. Segundo Correa (2004), são objetivos do PVO: - suportar o planejamento estratégico do negócio; - garantir que os planos sejam realísticos; - gerenciar as mudanças de forma de forma eficaz; - gerenciar estoques de produtos finais e/ou a carteiras de pedidos de forma a garantir o bom desempenho de entregas – nível de serviços a clientes; - avaliar o desempenho; - desenvolver o trabalho em equipe – à medida que integra áreas com ma- rketing, finanças, pesquisa e desenvolvimento. Para desenvolver um PVO pode-se utilizar de ferramentas simples como pla- nilhas eletrônicas, que a empresa desenvolve de acordo com suas necessi- dades. Para a elaboração é importante conhecer o desempenho passado, o estado atual, parametros de comparação, previsões e restrições externas. - Programação mestre de produção (PMP) Lembramos que demanda por produtos e serviços por parte dos clientes não é constante e difícil de prever. Nesse sentido, a programação mestre da produção coordena a demanda do mercado com os recursos internos da empresa de forma a programar taxas adequadas de produção de produtos finais, principalmente aqueles que têm demanda independente. Sua ênfase está nas decisões sobre quais são os produtos acabados, em que quantida- des e em que períodos produzir. Será a base para a elaboração da necessida- de de materiais, planejamento da utilização de mão de obra e equipamen- tos e determinará o aprovisionamento do capital necessário para financiar a produção. Embora seja utilizado em serviços, é mais comum utilizá-lo em organizações manufatureiras.
  • 62. Pesquisar em algum site de busca da internet sobre o Just in time. Sugestão de site de busca: www.google.com.br Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 62 Na programação mestre de produção, os pedidos reais dos clientes são in- corporados ao sistema. A partir, daí busca-se programar a produção consi- derando o tempo necessário para produzi-los e despachá-los de acordo com a capacidade operacional da organização. Um programa mestre de produção pode conter ainda informações sobre car- teira de pedidos, lista de materiais, ordens de compra, planos de materiais, ordens de trabalho, registros de estoques e previsão de vendas. Ao se adotar um programa mestre de produção é importante avaliar algu- mas questões, tais como: - a programação está de acordo com o plano de produção? - a programação final dos itens está de acordo com a demanda agregada estimada? - existem conflitos na programação envolvendo problemas de capacidade ou de prioridade? - a programação está de acordo com as políticas de produção? - a programação está de acordo com as normas legais, os acordos sindicais, etc? 5.4 Planejamento de materiais O propósito aqui é discutir o tema de maneira geral, frisar que a principal preocupação da área de materiais é ter a quantidade de material necessária para a produção. Com isso, minimizar estoques, conciliando fornecimento de material com a demanda. Para isso, é preciso analisar questões como preço, quantidade e qualidade correta, escolha de fornecedores, prazo de entrega dentre outros. Identintificada a demanda, analisada e programada a capacidade produtiva da organização, é importante realizar um planejamento de matérias-primas, produtos em processo e produtos finais ou acabados. Lembramos que manter estoques inadequados para as operações podem fazer com que os custos de produção sejam elevados.
  • 63. – MRP É um software desenvolvido pelas indústrias de máquinas CASE junto à IBM, que ficou conhecido pelas iniciais e é a sigla de Material Requirements Planing, ou, em português, Planejamento dos Recursos Materiais. O MRP é uma técnica que permite determinar as necessidades dos materiais que serão utilizados na fabricação de um produto. Envolve armazenar com precisão as informações sobre os materiais necessários à produção, determinando as quantidades e datas de entrega dos materiais necessários. Rede e-Tec Brasil Aula 5 - Planejamento e controle da produção 63 Realizar uma boa gestão de materiais pode evitar interrupções na produção, ajuda a planejar como lidar com flutuações da demanda e administrar futu- ros problemas com transportes. Após adquirir os materiais, é importante decidir sobre a distribuição física do material em estoque, número e posição de depósistos e armazéns, a fim de facilitar a movimentação de modo que as operações não sejam interrompi- das. Uma importante ferramenta para a boa gestão de materiais é o uso do sis- tema Just in Time, adotado inicialmente pelas indústrias japonesas e sua principal função é reduzir os estoques ao máximo. 5.5 Mecanismos de manutenção A manutenção é uma importante ferramenta de controle e sua principal ação é prevenir falhas nas instalações físicas (prédio, máquinas e equipamen- tos) que venham acarretar prejuízos à produção. Ela deve ser realizada por pessoal especializado. Uma manutenção correta melhora a segurança dos trabalhadores, garante a qualidade dos produtos finais, previne problemas como uma parada brusca na produção e diminui custos com máquinas e equipamentos. A manutenção pode ser: - corretiva - é aquela realizada após a quebra ou defeito do equipamento; - preventiva - como o próprio nome diz, adota ações como limpeza, lubrifi- cação, substituição e verificação a fim de previnir contra as quebras e falhas; - preditiva - visa realizar manutenção somente quando as instalações pre- cisarem dela. Resumo Reconhecer o processo de planejamento e controle da produção, identifi- cando os mecanismos de previsão de demanda e mecanismos de manuten- ção foram os temas apresentados nesta aula.
  • 64. Administração da Produção Rede e-Tec Brasil 64 Atividades de aprendizagem 1. Assinale V para verdadeiro e F para falso.: a) ( ) Planejar significa entender o presente e planejar o futuro, traçar o caminho a ser seguido para que os objetivos traçados sejam alcançados. b) ( ) Um planejamento de produção bem feito assegura que as tarefas se- rão realizadas no momento certo e nos produtos certos – onde, quando e de que forma cada insumo – material, máquina, trabalhador – estará em determinado lugar e em que quantidade deve estar disponível. c) ( ) O planejamento e controle da produção serve para dificultar o sim- ples sistema de produzir bens e serviços e envolve importantes atividades tais como previsão da demanda, definição de plano agregado ou global, definição de um plano de produção e programa mestre de produção, a fim de garantir que as as operações ocorram de foram contínua. d) ( ) Controle consiste nas atividades de fiscalização e verificação a fim de fazer com que o planejado seja efetivamente realizado, garantindo quali- dade ao produto final e satisfação das necessidades do cliente. e) ( ) Planejamento e controle devem ser tratados separadamente. 2. Em relação à previsão da demanda, marque as alternativas corretas.: a) ( ) Utilizamos previsões de demanda poder reduzir as incertezas que podem afetar as atividades de uma empresa, pois, quanto maior esta incerteza, maior ênfase deverá ser dada ao controle. b) ( ) A demanda pode ser classificada em demanda dependente e deman- da independente. A demanda dependente é imprevisível. Já a demanda independente é previsível. c) ( ) A previsão da demanda serve como direcionamento para que a em- presa tenha uma noção do que produzir, em que quantidade e em que tempo. d) ( ) A demanda é perfeita e fácil de ser prevista, pois as necessidades dos clientes são constantes e nunca mudam. e) ( ) São modelos que podem ajudar na previsão de demanda: modelos qualitativos, modelos de decomposição de séries temporais e modelos de