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O B R A S D E C E C Í L I A M E I R E L E S , A N T Ó N I O G E D E Ã O ,
E U G É N I O D E A N D R A D E , M A N U E L A L E G R E E M A N U E L
B A N D E I R A .
Antologia de Poemas
Língua Portuguesa Joana Filipe
Vítor Santos 9ºH Nº:19
Índice- Poemas
- Sonhos
- Sociedade
- O Amor
- A Vida
- Portugal
- Ilustrações de Dois Poemas Selecionados
- Conclusão
- Comentários (Textos Explicativos).
Sonhos…
Estrelinha de Sidónio Muralha
 Eu vejo do meu quarto de dormir
Uma estrelinha
Miudinha
A luzir...

 Mas se o Sol é tão grande
E tanto brilha,
A estrelinha
Miudinha
È certamente sua filha.

 E enquanto o Pai Sol
Enorme
Dorme,
Ela vai passear
Todas as noites.

 Quando o Pai Sol acordar,
A estrelinha
Muidinha
Leva açoites
E vai-se logo deitar.
Tema e Variações de Manuel Bandeira
Sonhei ter sonhado
Que havia sonhado.
Em sonho lembrei-me
De um sonho passado
O de ter sonhado
Que estava sonhando.
Sonhei ter sonhado
Ter sonhado o quê?
Que havia sonhado
Estar com você.
Estar? Ter estado,
Que é tempo passado.
Um sonho presente
Um dia sonhei.
Chorei de repente,
Pois vi, despertado,
Que tinha sonhado.
Sociedade
Lágrima de Preta de António Gedeão
Encontrei uma preta que estava a chorar
Pedi-lhe uma lágrima para a analisar.
Recolhi a lágrima com todo o cuidado
Num tubo de ensaio bem esterilizado.
Olhei-a de um lado, do outro e de frente:
Tinha um ar de gota muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
As bases e os sais,
As drogas usadas em casos que tais.
Ensaiei a frio, Experimentei ao lume,
De todas as vezes deu-me o que é costume:
Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
O Amor
O Amor de Vítor Limoeira
Se de facto te amo
Jamais tu saberás
Porque do meu coração
Jamais tu saíras.
Poema a Mãe de Eugénio de Andrade
No mais fundo de ti, eu sei que traí, mãe
Tudo porque já não sou o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.
Tudo porque tu ignoras que há leitos onde o frio não se
demora
e noites rumorosas de águas matinais.
Por isso, às vezes, as palavras que te digo são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.
Tudo porque perdi as rosas brancas que apertava junto ao
coração
no retrato da moldura.
Se soubesses como ainda amo as rosas, talvez não
enchesses as horas de pesadelos.
Mas tu esqueceste muita coisa; esqueceste que as minhas
pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu, e até o meu coração
ficou enorme, mãe!
Olha — queres ouvir-me
— às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;
ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal...
Mas — tu sabes — a noite é
enorme, e todo o meu corpo
cresceu.
Eu saí da moldura, dei às aves os
meus olhos a beber,
Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.
Boa noite. Eu vou com as aves.
Os Altos Da Vida…
O Último Andar de Cecília Meireles
No último andar é mais
bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.
O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.
Todo o céu fica a noite inteira
sobre o último andar
É lá que eu quero morar.
Quando faz lua no terraço
fica todo o luar.
É lá que eu quero morar.
Os passarinhos lá se escondem
para ninguém os maltratar:
no último andar.
De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar:
no último andar.
Histórias De Portugal
Portugal de Manuel Alegre
O teu destino é nunca haver chegada
O teu destino é outra índia e outro mar
E a nova nau lusíada apontada
A um país que só há no verbo achar.
Comentários Sobre Alguns Poemas
Á partir dos poemas, fiz alguns comentários
sobre alguns deles a dizer como o poema é
constituído, o que cada frase dele quer dizer, e
porque escolhi-o para falar.
Comentário “O Amor”
O poema de Vítor Limoeira, é constituído por estrofes de 4
versos (“quadras”), o sujeito poético fala do amor, um amor
verdadeiro onde quem ele ama, nunca irá saber o seu
sentimento (“Se de facto te amo, jamais tu saberás”).
O sujeito poético também declara que do seu coração a
pessoa amada nunca saíra (“Porque do meu coração, jamais
tu saíras”).
Comentário “Lágrima de Preta”
Este poema de António Gedeão com o titulo “Lágrima de Preta”
é constituído por estrofes de 4 versos, a que se chama quadras,
com rimas cruzada e versos soltos, seguindo o esquema rimático
(abcb).
O poema fala sobre o preconceito contra as pessoas de cor, o
sujeito poético diz que encontrou uma mulher de cor que estava
a chorar, e pediu-lhe uma lágrima para analisar.
Nas estrofes seguintes, o sujeito poético diz que recolheu uma
amostra da lágrima, analisou, fez experiencias científicas e
concluiu que não há sinais de nada anormal, ou seja, como em
todas as lágrimas só há água e cloreto de sódio (“Nem sinais de
negro, nem vestígios de ódio…”)
Escolhi este poema porque aborda o tema do racismo, e porque
com uma simples lágrima, prova-se que ninguém é diferente de
ninguém.
Comentário “Portugal”
O poema fala das descobertas lusíadas, onde os marinheiros saíam para o
mar, no intuito de descobrirem terras desabitadas, sem talvez nunca
regressarem a casa como se diz no 1º verso (“O teu destino é nunca haver
chegada”).
Também encontramos no poema a mensagem do sujeito poético que os
Portugueses nunca iriam parar de ir em busca de novos territórios, como por
exemplo no 2º verso (“O teu destino é outra Índia, e outro mar”). Diz que mal
chegam a regressar ao seu país e já há outros navios a partirem, diz se no 3º
verso (“E a nova nau lusitana apontada”).
O sujeito poético tem como objectivo, no poema, passar aos leitores a
mensagem de que Portugal nunca irá desistir dos seus interesses em descobrir
coisas novas, regiões inexploradas. Isto está presente no último verso (“A um
país que só há no verbo achar”).
Para terminar este poema de Manuel Alegre tem apenas estrofes de 4 versos,
ou seja, chama-se quadras. Tem rimas cruzada e eu escolhi-o porque fala das
descobertas Portuguesas, onde muitos marinheiros nunca chegaram a
regressar para casa.
“Portugal” Ilustração
Heróis do mar, nobre
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Nação valente, imortal,
Levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal
!!!
“Lágrima de Preta” Ilustração
Só Somos diferentes por fora…
Porque no fim da vida
É nos provado
Que somos todos iguais…
Conclusão
Com os poemas que seleccionei, Com as palavras
escritas de forma a cativar o leitor reparei que muitas
dos pequenos versos nos fazem reflectir sobre a vida, a
forma como estamos a viver e as lições de vida que
alguns simples poemas escritos com muita delicadeza
nos Ajuda no dia-a-dia.
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nos ajudam sempre a pensar antes de tomar quaisquer
decisões.
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Antologia de Poemas

  • 1. O B R A S D E C E C Í L I A M E I R E L E S , A N T Ó N I O G E D E Ã O , E U G É N I O D E A N D R A D E , M A N U E L A L E G R E E M A N U E L B A N D E I R A . Antologia de Poemas Língua Portuguesa Joana Filipe Vítor Santos 9ºH Nº:19
  • 2. Índice- Poemas - Sonhos - Sociedade - O Amor - A Vida - Portugal - Ilustrações de Dois Poemas Selecionados - Conclusão - Comentários (Textos Explicativos).
  • 4. Estrelinha de Sidónio Muralha  Eu vejo do meu quarto de dormir Uma estrelinha Miudinha A luzir...   Mas se o Sol é tão grande E tanto brilha, A estrelinha Miudinha È certamente sua filha.   E enquanto o Pai Sol Enorme Dorme, Ela vai passear Todas as noites.   Quando o Pai Sol acordar, A estrelinha Muidinha Leva açoites E vai-se logo deitar.
  • 5. Tema e Variações de Manuel Bandeira Sonhei ter sonhado Que havia sonhado. Em sonho lembrei-me De um sonho passado O de ter sonhado Que estava sonhando. Sonhei ter sonhado Ter sonhado o quê? Que havia sonhado Estar com você. Estar? Ter estado, Que é tempo passado. Um sonho presente Um dia sonhei. Chorei de repente, Pois vi, despertado, Que tinha sonhado.
  • 7. Lágrima de Preta de António Gedeão Encontrei uma preta que estava a chorar Pedi-lhe uma lágrima para a analisar. Recolhi a lágrima com todo o cuidado Num tubo de ensaio bem esterilizado. Olhei-a de um lado, do outro e de frente: Tinha um ar de gota muito transparente. Mandei vir os ácidos, As bases e os sais, As drogas usadas em casos que tais. Ensaiei a frio, Experimentei ao lume, De todas as vezes deu-me o que é costume: Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio. Água (quase tudo) e cloreto de sódio.
  • 9. O Amor de Vítor Limoeira Se de facto te amo Jamais tu saberás Porque do meu coração Jamais tu saíras.
  • 10. Poema a Mãe de Eugénio de Andrade No mais fundo de ti, eu sei que traí, mãe Tudo porque já não sou o retrato adormecido no fundo dos teus olhos. Tudo porque tu ignoras que há leitos onde o frio não se demora e noites rumorosas de águas matinais. Por isso, às vezes, as palavras que te digo são duras, mãe, e o nosso amor é infeliz. Tudo porque perdi as rosas brancas que apertava junto ao coração no retrato da moldura. Se soubesses como ainda amo as rosas, talvez não enchesses as horas de pesadelos. Mas tu esqueceste muita coisa; esqueceste que as minhas pernas cresceram, que todo o meu corpo cresceu, e até o meu coração ficou enorme, mãe! Olha — queres ouvir-me — às vezes ainda sou o menino que adormeceu nos teus olhos; ainda aperto contra o coração rosas tão brancas como as que tens na moldura; ainda oiço a tua voz: Era uma vez uma princesa no meio de um laranjal... Mas — tu sabes — a noite é enorme, e todo o meu corpo cresceu. Eu saí da moldura, dei às aves os meus olhos a beber, Não me esqueci de nada, mãe. Guardo a tua voz dentro de mim. E deixo-te as rosas. Boa noite. Eu vou com as aves.
  • 11. Os Altos Da Vida…
  • 12. O Último Andar de Cecília Meireles No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. É lá que eu quero morar. O último andar é muito longe: custa-se muito a chegar. Mas é lá que eu quero morar. Todo o céu fica a noite inteira sobre o último andar É lá que eu quero morar. Quando faz lua no terraço fica todo o luar. É lá que eu quero morar. Os passarinhos lá se escondem para ninguém os maltratar: no último andar. De lá se avista o mundo inteiro: tudo parece perto, no ar. É lá que eu quero morar: no último andar.
  • 14. Portugal de Manuel Alegre O teu destino é nunca haver chegada O teu destino é outra índia e outro mar E a nova nau lusíada apontada A um país que só há no verbo achar.
  • 15. Comentários Sobre Alguns Poemas Á partir dos poemas, fiz alguns comentários sobre alguns deles a dizer como o poema é constituído, o que cada frase dele quer dizer, e porque escolhi-o para falar.
  • 16. Comentário “O Amor” O poema de Vítor Limoeira, é constituído por estrofes de 4 versos (“quadras”), o sujeito poético fala do amor, um amor verdadeiro onde quem ele ama, nunca irá saber o seu sentimento (“Se de facto te amo, jamais tu saberás”). O sujeito poético também declara que do seu coração a pessoa amada nunca saíra (“Porque do meu coração, jamais tu saíras”).
  • 17. Comentário “Lágrima de Preta” Este poema de António Gedeão com o titulo “Lágrima de Preta” é constituído por estrofes de 4 versos, a que se chama quadras, com rimas cruzada e versos soltos, seguindo o esquema rimático (abcb). O poema fala sobre o preconceito contra as pessoas de cor, o sujeito poético diz que encontrou uma mulher de cor que estava a chorar, e pediu-lhe uma lágrima para analisar. Nas estrofes seguintes, o sujeito poético diz que recolheu uma amostra da lágrima, analisou, fez experiencias científicas e concluiu que não há sinais de nada anormal, ou seja, como em todas as lágrimas só há água e cloreto de sódio (“Nem sinais de negro, nem vestígios de ódio…”) Escolhi este poema porque aborda o tema do racismo, e porque com uma simples lágrima, prova-se que ninguém é diferente de ninguém.
  • 18. Comentário “Portugal” O poema fala das descobertas lusíadas, onde os marinheiros saíam para o mar, no intuito de descobrirem terras desabitadas, sem talvez nunca regressarem a casa como se diz no 1º verso (“O teu destino é nunca haver chegada”). Também encontramos no poema a mensagem do sujeito poético que os Portugueses nunca iriam parar de ir em busca de novos territórios, como por exemplo no 2º verso (“O teu destino é outra Índia, e outro mar”). Diz que mal chegam a regressar ao seu país e já há outros navios a partirem, diz se no 3º verso (“E a nova nau lusitana apontada”). O sujeito poético tem como objectivo, no poema, passar aos leitores a mensagem de que Portugal nunca irá desistir dos seus interesses em descobrir coisas novas, regiões inexploradas. Isto está presente no último verso (“A um país que só há no verbo achar”). Para terminar este poema de Manuel Alegre tem apenas estrofes de 4 versos, ou seja, chama-se quadras. Tem rimas cruzada e eu escolhi-o porque fala das descobertas Portuguesas, onde muitos marinheiros nunca chegaram a regressar para casa.
  • 19. “Portugal” Ilustração Heróis do mar, nobre Povo, Nação valente, imortal, Levantai hoje de novo O esplendor de Portugal !!!
  • 20. “Lágrima de Preta” Ilustração Só Somos diferentes por fora… Porque no fim da vida É nos provado Que somos todos iguais…
  • 21. Conclusão Com os poemas que seleccionei, Com as palavras escritas de forma a cativar o leitor reparei que muitas dos pequenos versos nos fazem reflectir sobre a vida, a forma como estamos a viver e as lições de vida que alguns simples poemas escritos com muita delicadeza nos Ajuda no dia-a-dia. Não são meras palavras, mais sim boas palavras que nos ajudam sempre a pensar antes de tomar quaisquer decisões.