O documento fornece informações biográficas sobre Carlos Drummond de Andrade, poeta brasileiro nascido em 1902. Também apresenta trechos de duas de suas poesias, "O Seu Santo Nome" e "Ausência".
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
2. Carlos drummond de Andrade Biografia Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro
4. Poesias de carlos Drummond de Andrade O Seu Santo Nome Não facilite com a palavra amor. Não a jogue no espaço, bolha de sabão. Não se inebrie com o seu engalanado som. Não a empregue sem razão acima de toda a razão ( e é raro). Não brinque, não experimente, não cometa a loucura sem remissão de espalhar aos quatro ventos do mundo essa palavra que é toda sigilo e nudez, perfeição e exílio na Terra. Não a pronuncie
5. Ausência Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.
6. Fazenda (Drummond) Vejo o Retiro: suspiro no vale fundo. O Retiro ficava longe do oceanomundo. Ninguém sabia da Rússia com sua foice. A morte escolhia a forma breve de um coice. Mulher, abundavam negras socando milho. Rês morta, urubus rasantes, logo em concílio. O amor das éguas rinchava no azul do pasto. E criação e gente, em liga, tudo era casto..
7. Jorge de Lima Biografia Jorge de Lima nasceu em 1893 em União, Alagoas, perto da Serra da Barriga, onde Zumbi fundou seu famoso quilombo. Aos dez anos, passou a escrever para um jornal de seu colégio, onde publicou os poemas que fazia desde os sete anos. Jorge de Lima estudou medicina na Bahia e no Rio de Janeiro. Ainda estudante, publicou seu primeiro livro, "XIV Alexandrinos". Exerceu as funções de médico e ocupou diversos cargos públicos no estado de Alagoas.
8. VINHA BOIANDO O CORPO ADOLESCENTE. .. Vinha boiando o corpo adolescente, belo pastor e sonho perturbado. Deus abaixou-lhe os cílios alongados para que ele dormindo flutuasse. Ressuscita-o, Senhor, essa medusa de sangue juvenil em rosto impúbere, desterrado da vida, flor perdida, irmão gêmeo de Apolo trimagista. Seca-lhe a espuma que lhe inunda o peito e as convulsões mortais que o imolaram às Sodomas ardidas em seu leito. Anjo adoecido, alheio dançarino que dançasse em Gomorras incendiadas, estás cansado; deita-te, menino!
9. ALTA NOITE QUANDO ESCREVEIS À senhora Heitor Usai Alta noite, quando escreveis um poema qualquer sem sentirdes o que escreveis, olhai vossa mão — que vossa mão não vos pertence mais; olhai como parece uma asa que viesse de longe. Olhai a luz que de momento a momento sai entre os seus dedos recurvos. Olhai a Grande Mão que sobre ela se abate e a faz deslizar sobre o papel estreito, com o clamor silencioso da sabedoria, com a suavidade do Céu ou com a dureza do Inferno! Se não credes, tocai com a outra mão inativa as chagas da Mão que escreve
10. O ACENDEDOR DE LAMPIÕES Lá vem o acendedor de lampiões de rua! Este mesmo que vem, infatigavelmente, Parodiar o Sol e associar-se à lua Quando a sobra da noite enegrece o poente. Um, dois, três lampiões, acende e continua Outros mais a acender imperturbavelmente, À medida que a noite, aos poucos, se acentua E a palidez da lua apenas se pressente. Triste ironia atroz que o senso humano irrita: Ele, que doira a noite e ilumina a cidade, Talvez não tenha luz na choupana em que habita. Tanta gente também nos outros insinua Crenças, religiões, amor, felicidade Como este acendedor de lampiões de rua!
12. Murilo Mendes Murilo Monteiro Mendes era filho de Onofre Mendes e Eliza M. de Barros Mendes. Fez seus primeiros estudos em Juiz de Fora e depois, no Colégio Salesiano de Niterói. Dois acontecimentos marcaram a juventude de Murilo Mendes, a passagem do cometa Halley, em 1910, e sua fuga do colégio interno em Niterói para ver, no Rio de Janeiro, as apresentações do dançarino russo Nijinski, em 1917. Ambos, cometa e bailarino, foram co nsiderados por ele, verdadeiras revelações poéticas.
14. Poesias A mãe do primeiro filho Carmem fica matutando no seu corpo já passado. — Até à volta, meu seio De mil novecentos e doze. Adeus, minha perna linda De mil novecentos e quinze. Quando eu estava no colégio Meu corpo era bem diferente. Quando acabei o namoro Meu corpo era bem diferente. Quando um dia me casei Meu corpo era bem diferente. Nunca mais eu hei de ver Meus quadris do ano passado… A tarde já madurou E Carmem fica pensando.
15. SOLIDARIEDADE Sou ligado pela herança do espírito e do sangue Ao mártir, ao assassino, ao anarquista. Sou ligado Aos casais na terra e no ar, Ao vendeiro da esquina, Ao padre, ao mendigo, à mulher da vida, Ao mecânico, ao poeta, ao soldado, Ao santo e ao demônio, Construídos à minha imagem e semelhança
16. ESTUDO PARA UM CAOS O ÚLTIMO anjo derrama seu cálice no ar. Os sonhos caem da cabeça do homem As crianças são expelidas do ventre materno As estrelas se despregam do firmamento. Uma tocha enorme pega fogo no fogo. A água dos rios e dos mares jorra cadáveres. Os vulcões vomitam cometas em furor E as mil pernas da Grande Dançarina Fazem cair sobre a terra uma chuva de sangue. Rachou-se o teto do céu em quatro partes. Instintivamente eu me agarro ao abismo. Procurei meu rosto, não o achei. Depois a treva foi ajuntada à própria treva.