2. Objetiva demonstrar o uso do
Geoprocessamento como metodologia de
pesquisa ambiental propondo
procedimentos analíticos.
.
Objetivo
Referência bibliográfica do texto de Xavier-da-Silva e Carvalho
Filho (1993):
XAVIER-DA-SILVA, Jorge. CARVALHO-FILHO, Luiz
Mendez. Sistema de Informação geográfica: uma proposta
metodológica. IV CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA
SOBRE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA e II
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE GEOPROCESSAMENTO.
São Paulo: EDUSP, 1993. p.609-628.
3. Público alvo
estudantes de graduação e pós-
graduação e profissionais nas áreas de
Geografia, Engenharia Ambiental,
Agronomia e áreas correlatas.
4. 1. Introdução ao Geoprocessamento,
conceito, desenvolvimento e estrutura.
2. A proposição do Geoprocessamento como
metodologia de análise ambiental.
3. Procedimentos analíticos de diagnóstico, e
suas subdivisões.
4. Procedimentos analíticos de prognóstico, e
suas subdivisões.
5. Estudos de caso da aplicação da proposta
de análise ambiental por geoprocessamento.
Programa do minicurso
5. Conceito de Geoprocessamento
Uma área do conhecimento, ou mesmo um conjunto
de tecnologias, que possibilita a manipulação, a
análise, a modelagem e a visualização de dados
georreferenciados (FITZ, 2008).
Integra várias disciplinas, equipamentos, programas,
processos, entidades, dados, metodologias e pessoas
para coleta, tratamento, análise e apresentação de
informações (ROCHA, 2000).
Tratamento, em ambiente computadorizado, de dados
e informações que tenham uma referência espacial.
6. Pressupostos
Conhecimento da localização ou distribuição
geográfica de algo sempre foi importante nas
atividades humanas.
Mapas (mais antigos que a história!)
Desenvolvimento: navegação, descobrimentos,
imprensa e a informática.
8. “Se onde é importante em sua
análise, então Geoprocessamento
será a essência de trabalho”.
9. Howard Fisher - Universidade de Harvard, pacote
de mapeamento computadorizado: SYMAP
(1965)
Roger Tomlinson - Sistema de Informações
Geográficas Canadense” – Departamento
Canadense de Florestas e
Desenvolvimento Regional (1966)
Jack Dangermond – Environmental
Systems Research Institute (ESRI), 1969.
Origem do
Geoprocessamento
10. No Brasil:
divulgação e formação de pessoal feito
pelo prof. Jorge Xavier da Silva (UFRJ);
vinda ao Brasil, em 1982, do Dr. Roger
Tomlinson responsável pela criação do
Canadian Geographical Information
System;
SAGA (UFRJ); SAGRE (TELEBRÁS,
1990); SITIM/SIG/SPRING(INPE, 1984 a
1991).
11. Desenvolvimento por fases:
Primeira fase – iniciativa individual de
alguns profissionais;
Segunda fase – utilização em agências
governamentais;
Terceira fase – domínio comercial;
Atualmente – domínio das demandas do
usuário – competição comercial.
12. Estrutura do
Geoprocessamento
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS
CARTOGRAFIA
SENSORIAMENTO REMOTO
SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL
TOPOGRAFIA
AEROFOTOGRAMETRIA
SISTEMA DE BANCO DE DADOS
13. Conceito SIG
Sistema de coleta,
armazenamento,
organização,
manipulação,
tratamento e saída
de dados em
ambiente
computadorizado.
14. Conceito Cartografia
Conjunto de estudos e
operações científicas,
artísticas e técnicas,
baseado nos resultados de
observações diretas ou de
análise de documentação,
com vistas à elaboração e
de cartas, plantas e mapas,
bem como outras formas de
representações e/ou
utilizações.
Representar a superfície da Terra em
“O geógrafo” - 1669, de
Johannes Vermeer
15. Conceito de Sensoriamento
Remoto
A forma de se obter um dado ou
informação de um objeto ou alvo sem que
haja contato físico com o mesmo.
17. Normalmente “sentamos” no
computador e começamos a
realizar um trabalho sem refletir
sobre a importância da análise
da qualidade dos dados
cartográficos que estamos
trabalhando...?
23. Lembramos o pressuposto que
questões ambientais ocorrem dentro
de uma dimensão do mundo físico,
ou seja, tem expressão territorial
(espaço) e uma dinâmica (tempo).
Sendo possível, por intermédio de
tecnologias de tratamento de
informações espaciais, a resolução
de tais questões ambientais.
24. A proposta do geoprocessamento
como metodologia de análise
ambiental se baseia em dois
grandes grupos de procedimentos
analíticos:
1. Diagnóstico de situações
existentes ou de possível
ocorrência;
2. Prognóstico, ou seja,
previsões e provisões.
A seguir, detalharemos esses dois grandes grupos de procedimentos
25. 1. Procedimentos diagnósticos
1.1 Levantamentos
ambientais
Inventário;
Planimetria;
Assinaturas;
Monitorias.
1.2 Prospecção ambiental
Avaliações ambientais;
Riscos ambientais;
Potenciais ambientais
Avaliações complexas
Incongruências de uso;
Áreas críticas;
Impactos ambientais
Se baseia na identificação de situações ambientais, ou
seja, na caracterização ambiental. Se dividem em dois
subgrupos, os quais se dividem em outros subgrupos,
que por suas vez, também se subdividem:
26. 2. Procedimentos Prognósticos
Fundamentado na análise de situações verificada,
o prognóstico se baseia na capacidade de previsão
de situações ambientais. E se dividem nas
seguintes atividades:
2.1 Simulações - evolução com base na
monitoria e nas assinaturas;
2.2 Cenários ambientais - situações previstas
caso determinadas condições sejam executadas;
2.3 Unidades territoriais de manejo ambiental –
zoneamento;
2.4 Planos Diretores – planejamento e
zoneamento urbano
27. Agora serão melhor detalhados cada
uma das atividades dos dois grupos
de procedimentos analíticos...
1. PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS:
1.1 Levantamentos ambientais: corresponde à
criação da base de dados (sejam eles físicos,
sociais e/ou econômicos), assim como no
cálculo da área de ocorrência de cada atributo
e na análise de sua variação espacial e
temporal.
1.2 Prospecções ambientais: com base no
cruzamento dos dados levantados
anteriormente, são feitas extrapolações
28.
29. Detalhando um pouco mais...
No levantamento ambiental, primeiramente é feito o
inventário, ou seja, a compilação dos dados
temáticos sobre o objeto e área de estudo. Tal etapa
pode ser comparada a elaboração de um banco ou
base de dados.
Após isso, é feito então a planimetria, que se traduz
na identificação e cálculo da área de ocorrência de
cada atributo temático. Em seguida, podem ser
realizadas assinaturas, ou seja, o cruzamento dos
dados temáticos, com vista a definir um padrão de
ocorrência de determinado atributo, quando da
ocorrência de um outro. Em outras palavras, seriam
correlações.
Por último, podem ser realizadas monitorias, ou seja,
30. Detalhando um pouco mais...
Na prospecção ambiental, podem ser
realizadas avaliações ambientais sobre riscos
ambientais – que é a determinação de áreas
(determinação essa feita com base no
levantamento ambiental) com certas limitações
do ambiente.
Outra possibilidade de avaliação ambiental é o
levantamento de potencial ambiental, que se
traduz na determinação de potencialidades que
determinada área apresenta, novamente, com
base no levantamento ambiental.
31. Detalhando um pouco mais...
Ainda inserido nos trabalhos de prospecção
ambiental, temos as avaliações complexas, nas
quais seria possível realizar análises das
incongruências de uso, ou seja, confrontar o uso
que há em determinada localidade com o seu
potencial ambiental, e averiguar se são
condizentes. A possibilidade de identificar áreas
conflitantes e não conflitantes (entre o uso que
há e seu potencial) dessa incongruência, será o
pressuposto da atividade de potencial conflitante.
Além disso, é possível fazer a identificação de
áreas críticas, por meio do confronto entre mapas
de uso e estimativas de riscos ambientais, assim
32. Detalhando um pouco mais...
2. PROCEDIMENTOS PROGNÓSTICOS:
2.1 – Simulação: após a realização do inventário
e monitoria (dentre os levantamentos ambientais
dos procedimentos diagnósticos), por meio da
introdução de uma continuidade da evolução do
fenômeno e com base em avaliações ambientais,
é possível realizar a análise de simulação,
estimando-se os efeitos e de uma situação.
2.2 – Cenário ambiental: se baseia na premissa
de se determinar uma situação ambiental
prevista caso determinadas condições sejam
realizadas, sendo portanto, a determinação de
uma situação decorrente da adoção de
33. Detalhando um pouco mais...
2. PROCEDIMENTOS PROGNÓSTICOS:
2.3 – Unidades territoriais de manejo ambiental:
diz respeito a determinação, após os
procedimentos de diagnóstico, de áreas com
aptidões, vulnerabilidades, riscos,
potencialidades e/ou problemas específicos –
definindo-se zonas nas quais se espera que
ocorra comportamentos homogêneos e
específicos.
2.4 – Planos Diretores: realizados no âmbito
municipal, se baseiam em um conjunto de
análises e sínteses com vistas a definição de
zoneamentos e políticas, sendo, portanto, um
34. Emprego da proposta metodológica
de análise ambiental por
geoprocessamento na análise
multitemporal do fenômeno de ilhas
de calor em Goiânia-GO
Título do trabalho:
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA DO TRABALHO:
NASCIMENTO, Diego Tarley Ferreira. Emprego de técnicas de sensoriamento
remoto e de geoprocessamento na análise multitemporal do fenômeno de ilhas
de calor no município de Goiânia-GO. 2011. 112 f. Dissertação de Mestrado.
Instituto de Estudos Socioambientais, Universidade Federal de Goiás, Goiânia,
35. “Para análise da evolução histórica da ilha de calor
no município de Goiânia, em relação ao crescimento
urbano e as consequentes mudanças na cobertura do
solo, utilizou-se, em parte, da proposta metodológica
desenvolvida por Xavier-da-Silva e Carvalho Filho
(1993), no que diz respeito à análise ambiental por
geoprocessamento.
A análise se baseou-se essencialmente na realização
do diagnóstico de levantamento ambiental, que se
traduziu na planimetria, isto é, a mensuração da
extensão territorial e identificação da área de
ocorrência dos fenômenos; nas assinaturas, que
correspondem às associações causais entre as
variáveis; e na monitoria, que constitui um diagnóstico
evolutivo de um evento ou fenômeno, sendo possível
36. Procedimento das etapas de
Diagnóstico
Levantamento Ambiental
Inventário
Planimetria;
Assinatura;
Monitoria;
37. Inventário
Foi realizado o inventário de dados
temáticos socioeconômicos e dos
elementos físicos do município (geologia,
geomorfologia, hidrografia e etc.),
conforme ilustrados a seguir....
39. Planimetria
Foi realizada a identificação da área de
ocorrência e a mensuração da extensão
territorial de determinado atributo ou
fenômeno.
Como exemplo, o cômputo da variação
espacial e da mensuração da área de
ocorrência de cada classe de temperatura
superficial terrestre, ilustrada a seguir...
40. Temperatura
Superficial
Terrestre (ºC)
Área
(Km²)
Proporção
(%)
Menores que 22 171,5 23,2
22,1 a 24 241,0 32,6
24,1 a 26 257,3 34,8
26,1 a 28 65,8 8,9
28,1 a 38 2,9 0,4
Obs.: área total do município = 739,52km2
Maiores temperaturas ocorrendo nas
porções centrais do município,
enquanto as menores registram-se
41. Assinatura
Levantamento das associações causais
entre as variáveis e/ou atributos.
Nesse caso tentou-se justificar a variação
espacial das temperaturas superficiais com
base na variação topográfica, na presença
de corpos hídricos e vegetação (como
atenuadores dos valores de temperatura) e
das áreas urbanizadas (como
intensificadores do efeito de ilha de calor) e
áreas verticalizadas.
42.
43. Monitoria
É feito o diagnóstico evolutivo de um evento ou
fenômeno.
No caso desse trabalho, foi feito a investigação
da variação temporal (evolução) das
temperaturas superficiais terrestres, juntamente
com as mudanças na cobertura do solo, com
vistas a identificar o crescimento urbano do
município e sua influência na formação, no
desenvolvimento e na intensificação do
44. Feito a planimetria da variação
temporal das temperaturas
superficiais terrestres
45.
46.
47.
48.
49.
50.
51.
52.
53. Foi feita então uma planimetria cruzada
entre os valores de temperatura
superficial de cada classe de cobertura
do solo.
Para se identificar o quão representativa
era cada classe de temperatura
superficial em cada uma das classes de
cobertura do solo.
54.
55. Outros procedimentos cabíveis
nesse exemplo de estudo
Procedimentos Diagnósticos
Prospecção ambiental
Avaliações ambientais complexas (como o
levantamento de áreas críticas, em termos de
temperaturas mais elevadas!)
Procedimentos Prognósticos
Simulação (realizada um suposição de como
poderá ser a continuidade da evolução das ilhas de
calor em Goiânia-GO.
Cenário ( poderia ter sido realizado cenários,
considerando a atuação do poder público em tentar
minimizar os efeitos da ilha de calor, como seria
sua evolução/readaptação)