O documento discute a anatomia, embriologia e histologia da laringe em três partes. Na primeira parte descreve a localização e funções da laringe. A segunda parte explica a origem das cartilagens laríngeas no embrião. A terceira parte detalha a histologia das pregas vocais e dos tecidos laríngeos.
2. LARINGE
• LOCALIZAÇÃO:
� Cervical
� Infra-hioidea
� No nível das vértebras C3 a C6
• FUNÇÕES:
� Esfincteriana (protetora da via aérea)
� Respiratória
� Fonatória
3.
4. EMBRIOLOGIA
• Primórdio respiratório � última bolsa faríngea
• 3ª semana � início da diferenciação
• 4ª e 5ª semanas � desenvolvimento do septo
traqueoesofagiano
• 6ª semana � desenvolvimento faringolaríngeo
8. EMBRIOLOGIA
❖ LARINGE:
• Divertículo respiratório � SUBGLOTE
• Faringolaringe primitiva � SUPRAGLOTE
• 4ª e 5ª sem – 4º e 6º arcos branquiais darão origem às
cartilagens laríngeas:
� TIREOIDE: derivada dos 4º arcos
� CRICOIDE: derivada dos 5º arcos
� ARITENOIDES + ACESSÓRIAS: 5º e 6º arcos
9. EMBRIOLOGIA
❖ LARINGE:
• EPIGLOTE � 32º dia de vida intrauterina (4ª sem) – se
origina da parte posterior da eminência hipobranquial.
• A luz glótica fica oclusa e depois da 9ª e 10ª sem a
membrana vocal começa a desaparecer.
• PREGAS VOCAIS � 9ª e 10ª sem ocorre a formação de
pregas bilaterais simétricas (PPVV verdadeiras e falsas)
com um espaço entre elas (ventrículo de Morgagni).
10. HISTOLOGIA
• EPITÉLIO DA LARINGE:
- Epitélio de revestimento – derivado do ENDODERMA
(6ºmês de vida intrauterina).
- Epitélio respiratório (epitélio pseudoestratificado
cilíndrico ciliado).
- Regiões de atrito (face lingual da epiglote e bordo livre da
prega vocal � epitélio pavimentoso estratificado não
queratinizado).
11.
12.
13.
14. HISTOLOGIA
❖ PREGA VOCAL:
- Constituída por 5 camadas:
1- Epitélio de revestimento
- Lâmina própria
2- camada superficial
3- intermediária*
4- profunda*
5- Músculo vocal (porção medial do M. tireoaritenoideo).
Ligamento Vocal
Espaço de Reinke
15.
16. HISTOLOGIA
• Cels basais são aderidas por DESMOSSOMOS.
• Cels basais se fixam na membrana basal por filamentos de
ancoragem (COLÁGENO TIPO VII).
• Lâmina própria é composta
- Tecidos extracelulares (fibras colágenas e elásticas).
- Vasos sanguíneos
- Substância amorfa (água, glicoproteínas, proteoglicanas,
glicosaminoglicanas).
� Camada superficial: pobre em fibras elásticas e colágeno.
� Camada intermediária + profunda: densa rede de colágenos e fibras
elásticas.
17. HISTOLOGIA
• Colágenos tipo I e III � resistência a
tração.
• Cels mais importantes da lâmina própria:
- fibroblastos
- miofibroblastos
- macrófagos
18. HISTOLOGIA
• IDOSOS:
- LP tem mais colágeno que Ac. Hialurônico e fibras
elásticas PPVV MAIS RÍGIDAS
• MULHERES:
- LP tem mais Ac. Hialurônico
• M. TA e m. CAL:
- Tem mais fibras tipo II (contração rápida, fadiga +).
• M. CAP e m. CT:
- Tem mais fibras tipo I (contração lenta, fadiga -).
19.
20. ANATOMIA
• FORMAÇÃO ESQUELÉTICA DA LARINGE:
- 9 Cartilagens: 3 ímpares e 3 pares
❖ TIREÓIDE: Hialina, ímpar.
- Anteriormente: Pomo de Adão
- Posteriormente: Corno superior e Corno inferior
- Superiormente: Membrana tireo-hioídea
- Inferiormente: Articulação cricotireóidea
(ligada pelos cornos inferiores às superfícies laterais da cricoide).
21.
22. ANATOMIA
• FORMAÇÃO ESQUELÉTICA DA LARINGE:
❖ CRICÓIDE: ímpar, única que possui anel completo.
- Superiormente: cartilagem tireóide;
(fixação através do ligamento cricotireoideo mediano).
- Inferiormente: primeiro arco traqueal;
(fixação através do ligamento cricotraqueal).
23.
24. ANATOMIA
• FORMAÇÃO ESQUELÉTICA DA LARINGE:
❖ ARITENÓIDES: pares, hialinas, em forma de pirâmide
- Inferiormente: são apoiadas sobre a cartilagem cricóide.
* Em sua base está:
� PROCESSO VOCAL – onde se insere o ligamento vocal).
� PROCESSO MUSCULAR – onde se insere os mm. CAP e CAL.
25. ANATOMIA
• FORMAÇÃO ESQUELÉTICA DA LARINGE:
❖ EPIGLOTE: ímpar, elástica, revestida por mucosa;
- Anteriormente: pregas glossoepiglóticas e ligamento
hioepiglótico.
- Posteriormente: pregas ariepiglóticas.
• Função: proteção das vias aéreas durante a deglutição.
• Localização: atrás da base da língua.
26.
27.
28.
29. ANATOMIA
• SEGMENTAÇÃO DA LARINGE:
❖ GLOTE:
- Região ao nível das PPVV (formam o aparelho vocal).
❖ SUPRAGLOTE:
- Das PPVV até o Ádito da Laringe (abertura da laringe).
❖ SUBGLOTE:
- Das PPVV áté a margem inferior da cricóide.
30.
31. ANATOMIA
• SEGMENTAÇÃO DA LARINGE:
- Pregas vestibulares (falsas pregas) – duas pregas
espessas constituídas por fibras do músculo
tireoaritenoídeo, recobertas por mucosa rósea.
- Ventrículos de Morgagni – recessos laterais entre as
pregas vestibulares e as pregas vocais.
- Rima da Glote (fenda glótica) – espaço entre as pregas
vocais
- Ádito da Laringe – abertura da cavidade laríngea.
32. ANATOMIA
• MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LARINGE:
- MOVIMENTAÇÃO DA LARINGE:
✔ Posicionamento das PPVV
✔ Comprimento das PPVV
✔ Tensão das PPVV
✔ Tamanho da rima da glote
✔ Formato da rima da glote
33. ANATOMIA
• MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LARINGE:
� TIREOARITENOÍDEO (TA): m. par / Adutor
- origem: ângulo da lâmina tireóidea
- Inserção: face anterolateral da cricoide
34.
35. ANATOMIA
• MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LARINGE:
� ARITENOÍDEO (AA): m. par / Adutor
- face posterior do processo muscular e na face póstero-
lateral adjacente da cartilagem aritenóide contrária,
formando a forma do “X”
36.
37. ANATOMIA
• MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LARINGE:
� CRICOARITENOIDEO POSTERIOR (CAP): m. par /
Abdutor e tensor das PPVV.
- Liga a face posterior da cartilagem cricóide com o
processo muscular da aritenóide.
38.
39. ANATOMIA
• MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LARINGE:
� CRICOARITENOÍDEO LATERAL (CAL): m. par / Adutor
e também tensor das PPVV.
- Insere-se nas porções sup e lateral da cartilagem
cricoide e no processo muscular da cartilagem
aritenoidea.
40.
41. ANATOMIA
• MUSCULATURA INTRÍNSECA DA LARINGE:
� CRICOTIREOÍDEO (CT): m. par / Principal TENSOR
(pode ser também ADUTOR ou ABDUTOR)
- Origem: região anterolateral da cartilagem cricóide
- Inserção: cartilagem tireóidea em duas porções
diferentes.
42.
43. ANATOMIA
• MUSCULATURA EXTRÍNSECA DA LARINGE:
- Músculos de estruturas não laríngeas que se relacionam
com estruturas externas da laringe.
❖ MM. SUPRAHIOÍDEOS: Levantadores da laringe
- Miloioídeo
- Genioioídeo
- Estiloioídeo
- Digástricos
44.
45. ANATOMIA
• MUSCULATURA EXTRÍNSECA DA LARINGE:
- Músculos de estruturas não laríngeas que se relacionam
com estruturas externas da laringe.
❖ MM. INFRA-HIOÍDEOS: Abaixadores da laringe
- Esternotireoídeo
- Esternoioídeo
- Tireoioídeo
- Omoioídeo
46.
47. ANATOMIA
• INERVAÇÃO:
- MOTORA
� M. cricotireoídeo
� Todos os músculos da laringe exceto o m.
cricotireoídeo:
N. LARINGEO RECORRENTE
N. LARINGEO SUPERIOR
** N. Laringeo superior � inervação sensitiva da mucosa
48.
49.
50. ANATOMIA
• IRRIGAÇÃO:
A. TIREOIDEA SUPERIOR A. TIREOIDEA INFERIOR
A. LARINGEA SUPERIOR
A. CRICOTIREOIDEA
A. LARINGEA INFERIOR
mm. e mucosa da região inferior da laringe
supre o m. cricotireoideo
53. FUNÇÕES DA LARINGE:
❖ PROTEÇÃO:
- Reflexas e involuntárias.
❖ RESPIRATÓRIA:
- Eminentemente voluntária (apesar de serem
involuntariamente controladas).
❖ FONAÇÃO:
- Eminentemente voluntária (pode ser regulada
involuntariamente ou por mecanismos reflexos).
54.
55.
56.
57.
58.
59. TEORIA MIOELASTICA-
AERODINÂMICA:
Teoria que explica o fenômeno
respiratório:
� Controle de massa, tensão
e elasticidade das PPVV
(por controle
neuromuscular).
� EFEITO BERNOULLI: a
alta velocidade do fluxo
aéreo em uma região de
estreitamento cria uma
queda de pressão
perpendicular em relação ao
fluxo (fecha a glote).
60. FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL:
• PITCH (Fo):
� Corresponde ao número de vibrações das PPVV por
segundo.
� HOMEM: 65 a 250Hz (Moda: 130)
� MULHER: 130 a 520Hz (Moda: 260).
*Pode ser controlado de 3 formas:
- Alteração das propriedades viscoelásticas da PV.
- Pela variação da pressão subglótica.
- Pela atuação da musculatura extrínseca da laringe.
61.
62. FREQUÊNCIA FUNDAMENTAL:
• AUMENTA O PITCH:
�Ação do m. cricotireoídeo (tensor das
PPVV) – estira e alonga as PPVV.
• DIMINUI O PITCH:
� Ação do m. tireoaritenoídeo (encurta as
PPVV, diminui a tensão, relaxa a mucosa e
aumenta a massa relativa).