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Remodelação e expansão do Sistema de Abastecimento
de Agua da Prefeitura Municipal de Amparo – SP
Projeto Básico
AMPLIAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA DA
PREFEITURA MUNICIPAL DE AMPARO – SP
PROJETO BÁSICO
MEMORIAL DESCRITIVO E JUSTIFICATIVO
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Projeto Básico
ÍNDICE DAS PEÇAS ESCRITAS
1 - INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 4
2 - DADOS DE BASE.............................................................................................................................. 5
3 - INTERVENÇÕES PROPOSTAS ........................................................................................................ 6
3.1 - Captações superficiais ................................................................................................................. 6
3.2 - Captações subterrâneas .............................................................................................................. 6
3.3 - Estações de tratamento de Água (ETA 5).................................................................................... 7
3.3.1 - Tratamento dos lodos............................................................................................................. 7
3.3.2 - Nova ETA V a executar .......................................................................................................... 7
3.3.3 - Telemetria .............................................................................................................................. 8
3.4 - Reservação.................................................................................................................................. 8
3.5 - Adução......................................................................................................................................... 8
3.6 - Rede de abastecimento ............................................................................................................... 9
3.7 - Estações Elevatórias.................................................................................................................... 9
4 - PROJETOS BÁSICOS DAS PRINCIPAIS INTERVENÇÕES PROPOSTAS.....................................11
4.1 - Estação de Tratamento de Água ETA V......................................................................................11
4.1.1 - Vazão a Tratar...................................................................................................................... 11
4.1.2 - Origem de Água ................................................................................................................... 12
4.1.3 - Considerações Sobre a Água a Tratar.................................................................................. 12
4.1.4 - Qualidade da Água Tratada.................................................................................................. 13
4.1.5 - Caraterização Geral da ETA................................................................................................. 13
4.2 - Reservatórios..............................................................................................................................14
4.2.1 - Reservatório a Construir....................................................................................................... 14
4.2.2 - Arquitetura do Reservatório a Construir................................................................................ 14
5 - PLANILHA ORÇAMENTÁRIA ..........................................................................................................16
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Projeto Básico
ÍNDICE DAS PEÇAS DESENHADAS
Desenho nº03 - Captação flutuante
Desenho nº04 - ETA 5. Planta geral
Desenho nº05 - ETA 5. Diagrama de fluxos
Desenho nº06 - ETA 5. Perfil hidráulico
Desenho nº15 - Reservatório V = 1000 m3
. Planta geral. Detalhes
Desenho nº16 - Reservatório V = 1000 m3
. Plantas e cortes
Desenho nº17 - Reservatório V = 1000 m3
. Detalhes
Desenho nº18 - Reservatório V = 1000 m3
. Fachadas
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1 - INTRODUÇÃO
O presente Projeto Básico diz respeito à ampliação do Sistema de Abastecimento de Água do Município
de Amparo, e abrange o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais que, por
definição, engloba um sistema de abastecimento de água.
O Projeto Básico que a seguir se apresenta foi desenvolvido com base nos seguintes elementos:
1 Situações analisadas e indicações resultantes de reuniões com a SAAE- Serviço Autônomo de Água
e Esgoto de Amparo;
2 Reconhecimento de campo sobre as infraestruturas existentes;
3 Outros dados recolhidos com interesse para o presente projeto.
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2 - DADOS DE BASE
Amparo possui atualmente 65.836 habitantes (IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
2010), sendo que deste total, 51.818 residem na área urbana e 14.018 na área rural. Com base nestes
dados e considerando a área total do município de 446 Km², tem-se uma densidade demográfica de
147,6 hab./Km².
A abrangência do sistema atual de abastecimento de água engloba praticamente toda a área urbana,
incluindo os distritos de Arcadas e Três Pontes, beneficiando uma população de 50.537 habitantes, o
que representa um índice de cobertura total do município de 77%, embora esse atendimento nem
sempre seja feito nas melhores condições de quantidade e qualidade desejáveis.
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3 - INTERVENÇÕES PROPOSTAS
3.1 - Captações superficiais
Para garantir a adução de água bruta à nova ETA V a executar no âmbito do presente projeto, descrita
no respetivo capítulo, é necessário executar uma nova captação no Rio Camanducaia.
Esta captação será realizada através de um sistema elevatório instalado em plataforma flutuante, que
permite fazer a captação de água em mananciais de superfície e seu recalque até a estação de
tratamento.
Estas captações flutuantes acompanham as variações de nível dos corpos de água, captando em
permanência a água no ponto mais elevado da coluna de água, e como tal, com menor teor de sólidos,
favorecendo assim a durabilidade do sistema e a redução dos custos de desgaste e limpeza. Este tipo
de captação implica no entanto eventuais ações de manutenção, uma vez que se trata de um sistema
com elevada mobilidade.
Prevê-se que a captação seja constituída por um corpo flutuante pré-fabricado em plástico reforçado
com fibra de vidro (PRFV), com base de apoio para conjunto motobomba acoplado. Conta ainda com o
abrigo de proteção para a bomba, fixado no flutuador; sino de sucção; e olhais de fixação.
A tubagem de recalque entre a captação e a margem, bem como o cabo de alimentação elétrica do
conjunto motobomba, ficará instalada em flutuadores em PRFV, com berços para tubo PEAD,
instalados a cada 5 metros.
3.2 - Captações subterrâneas
Para permitir ampliar a operação dos sistemas de abastecimento com captações subterrâneas, devem
ser desenvolvidas as seguintes ações:
- Análise de disponibilidade hídrica dos poços artesianos Jardim Vitória e Cachoeira e substituição do
conjunto motor bomba utilizado no recalque, para atender a demanda de 1,5 l/s e 1,0 l/s
respectivamente;
- Implementar novas técnicas de tratamento de águas oriundas de poços profundos/artesianos que não
seja por cloração.
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3.3 - Estações de tratamento de Água (ETA 5)
3.3.1 - Tratamento dos lodos
Problema comum e ainda mais grave diz respeito ao tratamento dos lodos. Além da água utilizada na
retrolavagem dos filtros, todo o lodo gerado na ETA seria descartado na rede pluvial, chegando por
conseguinte no Rio Camanducaia e contribuindo para sua degradação. No caso da água do Rio
Camanducaia, que possui um teor alto de metais, os sedimentos descartados pela ETA aumentam a
concentração de metais pesados, as concentrações de sólidos suspensos alteram o ciclo de nutrientes,
principalmente do fósforo, além da possibilidade de desenvolver condições anaeróbias em águas
estacionárias ou de velocidade baixa.
O Reaproveitamento, Tratamento e Disposição dos Lodos Gerados nas ETA deve por isso ser
priorizados, a fim de minimizar a degradação dos corpos hídricos do município.
Para tal, preveem-se melhorias no processo de sedimentação de metais pesados, com retenção dos
mesmos, para evitar o seu descarte novamente para o rio Camanducaia, durante o procedimento de
lavagem de filtros e tanque de decantação; a execução de um sistema compacto, acoplado junto às
ETA com a capacidade de tratar todos os lodos gerados no tratamento, os quais se pretende que sejam
adensados, desidratados, removidos e convenientemente descartados no aterro sanitário, para devolver
as águas tratadas ao Rio Camanducaia com a qualidade exigida pela legislação atuante.
Vale ressaltar que o cálculo realizado por esta economia ao longo de um ano representa um valor
significativo, além de proporcionar uma prática sustentável para a Autarquia.
3.3.2 - Nova ETA V a executar
Para atender o crescimento do município, mais especificamente o Sistema ETA I e o Sistema ETA II, e
alimentar a demanda dos respectivos crescimentos previstos, propõe-se executar um novo sistema de
tratamento, denominado ETA V, locado na área de expansão do município, nas proximidades da Praça
Prof. Nelson Belloni.
A nova Estação de Tratamento de Águas (ETA V) terá uma capacidade de 120 l/s, para suprir esta
demanda da zona de expansão do município. A mesma será fundamental para que a atual gestão
promova a implementação do plano de desenvolvimento urbano da cidade, face aos pedidos de
aprovação de investimentos na região a jusante da cidade (zona industrial) e inevitável aumento no
consumo.
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3.3.3 - Telemetria
Está prevista a instalação de um sistema de telemetria, para controle e operação do sistema, através
da nova ETA V a ser construída.
3.4 - Reservação
Dado o estado de degradação e inadequação das condições de armazenamento de alguns
reservatórios, propõem-se melhorias nas células de armazenamento de água, tais como: realização de
reparações nos reservatórios existentes, com a identificação e tratamento de eventuais problemas
estruturais, impermeabilizações e tratamento do interior das células com produtos compatíveis com
água potável; substituição de escadas e demais elementos acessórios metálicos em contato com a
água tratada; substituição/inclusão de elementos de acesso, proteção periférica, passarelas e alçapões
dos reservatórios; e eventual substituição/inclusão de válvulas manuais e motorizadas, quando for o
caso.
Propõe-se também a execução de novas células, contíguas às já existentes, e/ou ampliação das
mesmas, que possibilitem a otimização do sistema de reservação e distribuição de água tratada,
diminuindo os efeitos do aumento da demanda e facilitando as futuras intervenções de manutenção. A
adoção destas intervenções tem ainda a vantagem de permitir o aproveitamento das linhas de recalque
e distribuição já existentes.
O novo reservatório a executar:
Sistema ETA V
Execução de reservatório de 1000 m³, para atender o abastecimento do setor ETA V.
3.5 - Adução
Para a otimização dos sistemas, prevê-se a introdução de pontos de entrega intermediários entre as
ETA e os reservatórios, que facilitem as operações de manutenção nos troços de difícil acesso, bem
como possibilitem as operações de recloragem, controle e medição do volume bombeado e/ou corte do
fornecimento de áreas restritas e específicas, sem prejuízo de grande parte do sistema.
Prevê-se também a substituição dos troços de conduta em mal estado e com redução do diâmetro
interno, nomeadamente na região central da cidade de Amparo; e a substituição dos trechos de conduta
em fibrocimento e com diâmetros insuficientes, face à proibição de utilização desse tipo de material,
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bem como pela dificuldade de manutenção. Em relação às condutas do centro e zonas de expansão da
cidade, é de considerar o acréscimo dos diâmetros das condutas, visando o acréscimo expectável na
demanda.
Considera-se também a criação de novos trechos de conduta que possibilitem o abastecimento de
alguns dos reservatórios existentes nas zonas hoje servidas por poços profundos, face aos problemas
causados pela presença de areias em várias unidades de exploração, que reduzem a capacidade de
captação e provocam avarias constantemente nos equipamentos de bombeamento.
Considera-se ainda a adoção de práticas e técnicas permanentes para manter a limpeza das linhas de
recalque de água bruta utilizada para abastecer as unidades de tratamento de água.
Para abastecer a nova ETA, está prevista a execução de uma adutora DN 400 em PEAD, com uma
extensão de 500 m.
No sistema ETA IV foi prevista a substituição da Linha de recalque de água bruta em Cimento Amianto
por outra em Ferro Fundido DN 150 mm, numa extensão de 30 metros.
3.6 - Rede de abastecimento
Dado o elevado volume de perdas de água na rede, estimado em 40% da água aduzida, é fundamental
a implementação de um sistema de Controle e Redução de Perdas, para redução do índice de perdas
por ligação de água por dia, considerando incluir instalações de equipamentos e acessórios necessários
para o controle de produção e fornecimento, assim como prover a modelagem computacional do
sistema de abastecimento de água.
Prevê-se também a extensão da rede existente, e a substituição de redes em cimento amianto, com
diâmetros variando entre 50 mm e 200 mm, incluindo as respectivas ligações prediais.
3.7 - Estações Elevatórias
Para melhorar as condições de funcionamento de algumas estações elevatórias e adequá-las às vazões
de recalque, prevê-se a substituição de equipamento nas seguintes EE:
- Substituição do conjunto motor bomba utilizado no recalque do setor Jd. Nova Amparo (Sistema ETA I)
para vazão de 20 l/s (70 m³/h);
- Substituição do conjunto motor bomba utilizado no recalque do setor Parque Modelo (Sistema ETA II)
para vazão de 7 l/s (25 m³/h);
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- Substituição do conjunto motor bomba utilizado no recalque do setor Atílio Mazzini (Sistema ETA IV)
para vazão de 8 l/s (28,8 m³/h).
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4 - PROJETOS BÁSICOS DAS PRINCIPAIS INTERVENÇÕES PROPOSTAS
4.1 - Estação de Tratamento de Água ETA V
4.1.1 - Vazão a Tratar
De acordo com o PDS de Amparo, a capacidade de tratamento das ETA’s I e II encontra-se já próxima
do limite pelo que, a curto prazo, far-se-á necessário reforçar a capacidade de tratamento nestes dois
sistemas. Este reforço deverá permitir não só o aumento da vazão média a tratar, como permitir
períodos de paragem para manutenção nas duas ETA’s existentes (I e II).
Para atender o crescimento do município, mais especificamente o Sistema ETA I e o Sistema ETA II, é
importante avaliar um novo sistema de tratamento locado na zona de expansão do município, com o
objetivo de alimentar a demanda dos respectivos crescimentos previstos. Com essa possibilidade
seriam fomentadas as viabilidades técnica e econômica para resolução do abastecimento destes
sistemas.
Considerando que a ETA I, opera 23 horas por dia e que possui capacidade de tratamento de 80 l/s,
conclui-se que o volume máximo de produção da ETA I é de 6.912 m³ por dia. De acordo com o PDS
esse limite de produção da ETA deve ser ampliado como medida emergencial (3 anos), antes que o
abastecimento de água seja comprometido.
Nota-se que a ETA I apresenta suas limitações quanto à expansão das unidades de tratamento em
virtude do espaço físico e do próprio sistema utilizado para a distribuição do efluente tratado. Outro fato
importante a considerar refere-se à dificuldade de interromper a estação de tratamento para considerar
a hipótese de reforma estrutural das unidades. Este fato torna-se completamente desconsiderado em
função da demanda de água a ser distribuída diariamente.
Considerando que a capacidade de tratamento máximo da ETA II é de 150 l/s, nota-se que o sistema já
estará saturado com a inserção dos novos empreendimentos. Além deles, considerando o crescimento
previsto para o município, nota-se uma necessidade de expansão do sistema de tratamento.
Assim, prevê-se a execução de uma nova ETA (ETA V), que permita o reforço da vazão média tratada
necessária para os sistemas ETA I e ETA II, permitindo também a paragem parcial tanto da ETA I como
da ETA II para operações de limpeza ou manutenção .
A vazão a considerar para a nova ETA V foi avaliada em 120 l/s.
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4.1.2 - Origem de Água
Da mesma forma que para os Sistemas ETA I e ETA II, a água captada para a ETA V tem origem no
Rio Camanducaia. No entanto, a nova captação será executada na zona oeste de Amparo, se prevendo
para o efeito a implantação de uma captação flutuante com capacidade de adução de 120 l/s, e ainda a
construção de uma nova linha de recalque em PEAD DN 400 mm com uma extensão de
aproximadamente 500 m, para adução de água bruta à ETA V.
4.1.3 - Considerações Sobre a Água a Tratar
Tal como já referido, a água a tratar terá origem numa captação a executar no Rio Camanducaia.
Apesar da vazão do rio ser considerada alta, suas águas apresentam a qualidade comprometida. Diante
das análises realizadas pela CETESB e disponibilizadas pelo relatório “Qualidade das Águas
Superficiais no Estado de São Paulo – 2009”, o rio Camanducaia, classificado de acordo com resolução
do CONAMA nº 357/2005 como Classe 2, foi diagnosticado como “ruim”.
Um fator limitante da atual captação no Rio Camanducaia refere-se à outorga concedida ao SAAE.
Expedita pelo presidente no exercício, no ano de 1986, esta concede o direito de captar somente 130
l/s. Considerando o volume captado atualmente, percebe-se que a outorga não representa a
necessidade do município, fazendo com que o SAAE ultrapasse o volume de captação. Nesse sentido,
é sugerido que diante do prazo de validade dessa outorga estar próximo de expirar, se faz necessário
modificar o limite de captação da outorga.
O regime hidrológico do Rio Camanducaia caracteriza-se por uma variabilidade anual, podendo
apresentar caudais muito elevados no período de chuvas do Verão e muito reduzidos na época de
estiagem no Inverno. Resultam assim alterações significativas das características da água do rio ao
longo do ano.
Por isso, prevê-se que a água captada na época de Verão apresente mais sólidos, e na estação mais
seca, apresente uma degradação da sua qualidade, nomeadamente em termos de cor, cheiro, sabor e
matéria orgânica.
Os fatores acima descritos condicionam e determinam a concepção da linha de tratamento na ETA
exigindo uma maior flexibilidade.
Está assim previsto que, na estação seca, o tratamento seja mais completo, no sentido de introdução de
carvão ativado em pó para reduzir a cor, gosto e odor e eventualmente de polieletrólito caso haja
necessidade de melhorar a floculação para baixar a turvação.
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Prevê-se também a utilização do carvão para remoção de hidrocarbonetos presentes na água e
também para adsorção de eventuais pesticidas provenientes de zonas agrícolas.
O controle destes e outros parâmetros devem ser elaborados por análises químicas e ensaios de
tratabilidade regulares a realizar em laboratório, a fim de definir a necessidade de utilização de alguns
dos reagentes e a sua dosagem, tendo em vista salvaguardar sempre a qualidade da água tratada.
4.1.4 - Qualidade da Água Tratada
Os níveis de qualidade fixados para a água tratada serão os definidos nas leis em vigor, relativa aos
procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para
consumo humano e seu padrão de potabilidade.
4.1.5 - Caraterização Geral da ETA
Nos Desenhos encontra-se representada a localização da ETA V.
Em face das considerações anteriormente mencionadas, o esquema de tratamento definido para a
produção de água potável compreende as operações de pré-oxidação, remineralização, coagulação
química, adição de carvão ativado, decantação, filtração e desinfecção final, às quais estão associados
os seguintes órgãos:
- tanques de contato;
- câmaras de mistura rápida
- câmaras de mistura lenta;
- decantadores lamelares;
- filtros fechados em pressão;
- cisterna de água tratada.
Relativamente à água residual de processo, constituída pelo lodo dos decantadores e pela água de
lavagem dos filtros, foram previstas as seguintes operações para o seu tratamento e recuperação:
- recolha e regularização dos caudais dos lodos;
- bombeamento do tanque de regularização para o espessador;
- bombeamento do espessador ao filtro de prensa;
- desidratação mecânica por filtro prensa.
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Instalar-se-á um medidor de vazão, à entrada da ETA, de DN 300. Este medidor tem como finalidade a
medição em contínuo da vazão a tratar, permitindo um controle e gestão mais eficazes da ETA,
nomeadamente na regulação dos reagentes usados no tratamento de água e controle das bombas de
alimentação da ETA.
Será igualmente instalado um contador eletromagnético de vazão à saída da cisterna de água tratada,
de modo a possibilitar o controle das perdas totais de água. Uma vez que se procede à recuperação da
água de processo, admite-se que estas serão diminutas (inferiores a 1%), devendo deste modo, a
vazão medida à entrada da ETA ser praticamente igual à vazão de água tratada.
4.2 - Reservatórios
4.2.1 - Reservatório a Construir
No que respeita á capacidade de reservação, identifica-se a necessidade de ampliar aquela capacidade
através da construção de um reservatórios. O novo reservatório a executar:
Sistema ETA V
Execução de reservatório de 1000 m³, para atender o abastecimento do setor ETA V.
A localização deste reservatório pode ser vista nas Peças Desenhadas.
4.2.2 - Arquitetura do Reservatório a Construir
O reservatório a construir será do tipo apoiado, constituídos por uma zona de tanque cilíndrica, com
uma ou duas células.
Nas adjacências do tanque está prevista uma câmara de manobras suficientemente ampla para permitir
o alojamento, no seu interior, das tubulações de entrada e saída, acessórios de controle e manobra,
equipamento eletromecânico e acesso à cobertura e tanques.
Nas Peças Desenhadas apresentam-se plantas e fachadas, bem como cortes e detalhes indicativos das
obras que se pretende construir, e que serão pormenorizadas em fase de Projeto Executivo.
A entrada de água no reservatório será efetuada através da câmara de manobras e por uma abertura
efetuada na parte superior da parede das células e injetada na área mais distante do ralo de aspiração
de modo a minimizar os fenômenos de curto circuito hidráulico, garantindo-se assim a circulação da
água no interior das células, evitando-se áreas de água estagnada.
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O reservatório será delimitado por uma vedação assentada em murete e o acesso aos mesmos será
assegurado por portões.
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5 - PLANILHA ORÇAMENTÁRIA
Com base na extensão e natureza das obras propostas, foi efetuada uma estimativa de custos de
investimento, que se apresenta no quadro seguinte:
PRIORIDADE 1
TIPO DE INTERVENÇÃO DESCRIÇÃO SUMÁRIA INVESTIMENTO
PROJETO
Projetos executivos Elaboração dos projetos executivos da obra R$ 336.466,98
OBRAS E SERVIÇOS
Serviços preliminares Placa de obra, instalação de canteiros e tapumes R$ 50.000,00
Captações superficiais
Execução de captação flutuante no Rio
Camanducaia, para a nova ETA V
R$ 1.065.566,04
Estações de Tratamento de
Água
Execução da nova ETA V R$ 5.500.000,00
Tratamento e disposição
de lodo das ETA
Execução de sistemas de tratamento de lodos na
ETA V
R$ 2.000.000,00
Adução
Execução de adutora para a nova ETA V em
PEAD DN 400, numa extensão de 500 m
R$ 1.000.000,00
Reservatório
Execução de reservatório de 1000 m
3
de
capacidade, para ETA V
R$ 1.000.000,00
ITENS NECESSÁRIOS PARA A ADEQUADA IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
Subestação rebaixadora de
tensão e eletrificação
Execução de subestação rebaixadora de tensão
e eletrificação
R$ 600.000,00
Gerenciamento da obra Gerenciamento da obra R$ 336.466,98
TOTAL R$ 11.888.500,00