O documento descreve a Semana de Arte Moderna de 1922 no Brasil, incluindo as obras e artistas apresentados, como Anita Malfatti. Também resume a recepção crítica negativa de Monteiro Lobato à arte moderna e resgata um poema de Manuel Bandeira lido durante o evento que parodia os poetas parnasianos da época.

1. HISTÓRIA DA LITERATURA
Manoel Neves
A SEMANA DE ARTE MODERNA

2. A EXPOSIÇÃO DE ANITA MALFATTI: 1917

3. MALFATTI, Anita. A boba. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

4. MALFATTI, Anita. O homem de sete cores. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

5. MALFATTI, Anita. A estudante. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

6. MALFATTI, Anita. O homem amarelo. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

7. MALFATTI, Anita. Tropical. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

8. MALFATTI, Anita. O farol. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

9. MALFATTI, Anita. A estudante russa. Disponível em: http://www.wikiart.org. Acesso em: 31 dez. 2015.

10. A RECEPÇÃO CRÍTICA DE MONTEIRO LOBATO

11. Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as
coisas [...]. A outra espécie é formada pelos que veem anormalmente a
natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão
estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura
excessiva. [...] Embora eles se deem como novos, precursores de uma arte a
vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu com a
paranoia e a mistificação. [...] Essas considerações são provocadas pela
exposição da Sra. Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para
uma atitude estética forçada no sentido das extravagâncias de Picasso e
companhia.
LOBATO, Monteiro. Paranoia ou mistificação. Disponível em: http://www.artelivre.net. Acesso em: 02 jan. 2016. Fragmento.

12. VISÃO GERAL DA SEMANA DE ARTE MODERNA

13. O QUE FOI?
Vários artistas realizaram conferências, recitais, discursos, leituras,
concertos.
QUANDO OCORREU?
A Semana, na verdade, foi realizada nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de
1922.
POR QUE OCORREU EM DIAS SEPARADOS?
Os idealizadores da “semana” queriam ver qual seria a reação/repercussão
que a imprensa daria ao "movimento".
COMO FOI RECEBIDA PELO PÚBLICO?
Os jornais dos dias 14, 16 e 18 de fevereiro refletiram nos textos dedicados
aos eventos da "semana" a incompreensão e o escândalo sentido pelo
público que compareceu ao Teatro Municipal de São Paulo.
VISÃO GERAL DA SEMANA DE ARTE MODERNA

14. 13 DE FEVEREIRO DE 1922
Graça Aranha “A emoção estética na arte moderna”, conferência;
Villa Lobos Recital com um conjunto de câmara;
Ronald de Carvalho “A pintura e a escultura moderna no Brasil”, conferência;
Guilherme de Almeida Fez intervenções na conferência de Ronald de Carvalho;
Ernani Braga Recital de piano [sátira a Chopin].

15. 15 DE FEVEREIRO DE 1922
Menotti del Picchia Discurso sobre romancistas contemporâneos + Poemas + Dança;
Guiomar Novaes Solos de piano;
Ronald de Carvalho Leitura do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira;
Mário de Andrade Recita trechos do manifesto “A escrava que não é Isaura”;
Villa Lobos Recital [usa black tie e chinelo de dedos e é apupado].

16. 17 DE FEVEREIRO DE 1922
Villa Lobos Recital.

17. TEXTO REPRESENTATIVO

18. BANDEIRA, Manuel. Os sapos. Disponível em: http://jornaldepoesia.jor.br. Acesso em: 02 jan. 2016. Fragmentos.
Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra. [...]
O sapo tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: - "Meu cancioneiro
É bem martelado:
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A formas a forma.
Clama a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas...”
[...] Longe dessa gritaria
Lá onde mais densa
A noite infinita
Verte a sombra imensa.
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário é
Que soluças tu,
Transido de frio
Sapo-cururu
Da beira do rio.
quadras em redondilha menor: caráter popular;
sapos em geral: poetas parnasianos [deslumbrados por: luz, publicidade, fama];
metalinguagem: paródia da poética parnasiana [fragmentos entre aspas];
sapo cururu: poeta moderno [simples, autêntico e natural]: suas cores remetem ao Brasil.

19. OBJETIVOS

20. OBJETIVOS DA SEMANA DE ARTE MODERNA
destruir a tradição acadêmica, retórica e sentimental;
atualizar as letras nacionais;
experimentação estética;
valorização do elemento nacional;
defesa de uma independência mental brasileira.

21. ICONOGRAFIA

22. Capa de Di Cavalcanti para o Catálogo da exposição. Disponível em: http://www.pitoresco.com.br. Acesso em: 02 jan. 2016.

23. Cartaz da Semana de Arte Moderna: http://museuvirtualsemanaartemoderna.arteblog.com.br. Acesso em: 02 jan. 2016.

24. Cartaz da Semana de Arte Moderna: http://museuvirtualsemanaartemoderna.arteblog.com.br. Acesso em: 02 jan. 2016.

25. Organizadores da Semana. Disponível em: https://luciointhesky.wordpress.com. Acesso em: 02 jan. 2016.