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A Saga da Física
Um RPG como estratégia didática
no ensino e aprendizagem de
História da Física
O que é Role Playing Game (RPG)?
•Jogo colaborativo e
social.
•Participantes
assumem os papéis
de personagens.
•Criam-se narrativas
colaborativamente.
•Seguem um sistema
de regras
predeterminado.
•Podem improvisar
livremente, porém.
•Não há perdedores
ou ganhadores.
RPG na Educação
Desde a década de 90, o uso pedagógico do
RPG vem sendo testado (VASQUES, 2008,
p. 1) em Física, Matemática, Biologia,
Língua Inglesa, Língua Portuguesa,
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Geografia e História do Brasil
(DOS SANTOS; DAL-FARRA, 2013)
RPG A Saga da Física
Diferentemente de outros sistemas, não há ‘raças’ ou
‘classes’ de personagens, tais como duendes,
monstros, guerreiros e feiticeiros, mas ‘grupos’, que
correspondem aproximadamente a segmentos sociais
a que os personagens pertencem: Cientista,
Academia, Poder, Crença e Povo (DOS SANTOS;
DAL-FARRA, 2012, 2013).
Em vez de ter de resolver um problema de Matemática
para ter passagem à próxima sala do calabouço, em
cada cena, os participantes devem resolver um
conflito de interesses ou de ideias que aconteceu ou
poderia ter acontecido entre personagens históricos
(DOS SANTOS; DAL-FARRA, 2012).
Metodologia
Objetivos da disciplina História e
Epistemologia da Física (Lic. em Física):
• desafiar o aluno a vivenciar os motivos
das descobertas científicas,
• problematizar a visão positivista e linear
da História da Ciência (ZIMAN, 1980)
Metodologia
Objetivos do RPG A Saga da Física:
• imersão dos estudantes nos contextos
científico, histórico, social, econômico,
político e religioso da época;
• propiciar aos estudantes uma vivência das
descobertas científicas.
Metodologia
• 15 alunos matriculados na disciplina, cursando
diferentes semestres do curso, desde um, ainda
no terceiro semestre, a sua maioria no sétimo
(ultimo), com idades variando entre 18 e 42 anos,
a maioria em torno dos 24 anos.
• 1º período: discussão sobre o tópico, procurando
levar os alunos a uma reflexão em relação aos
aspectos mais amplos da Física em seu contexto
social e histórico.
• 2º período: episódio de RPG correspondente ao
conteúdo do primeiro período.
Metodologia
• Jogo do RPG em sala de aula, com 2 ou 3
alunos que se candidataram a jogadores
em cada episodio, enquanto os demais
participam como observadores, e o
professor atuando como Mestre do Jogo
e, às vezes, NPC (Non-player character).
Metodologia
• Após o jogo, discussão em sala de aula sobre as participações
dos colegas, sobre o episodio e sobre os conflitos
correspondentes. Questionamentos “como seria a Física hoje
se Galileu não tivesse abjurado suas teorias perante o Santo
Oficio e tivesse, por isso, sido condenado e não tivesse tido a
oportunidade de escrever, posteriormente, sua obra mais
importante, os Discorsi e Dimostrazioni Matematiche Intorno
a Due Nuove Scienze”?
• Ao final da sequencia de episódios, questionário composto
por 20 questões (12 fechadas e 8 abertas) sobre a
metodologia adotada, seus resultados, sugestões de
melhoria, etc. Dos 15 alunos matriculados na disciplina, 11
(73%) devolveram os questionários preenchidos.
Análise
•
•
•
•

27% dos alunos já conheciam RPG’s
40% gostaram das aulas dialogadas + RPG
20% preferiram aulas tradicionais
13% preferiram que fossem usados
computadores
• 13% gostariam de seminários pelos alunos
• 20% gostariam de mais episódios de RPG
• 7% gostariam, também, de peças teatrais.
Análise
Razões:
• ‘poder participar da aula, sentindo-se
dentro da história’ (53%),
• ‘pode brincar e aprender’ (13%),
• “para manter o clima de novidade, não
devendo ser explorado sistematicamente”
• “a participação faz a aprendizagem
significativa”.
Análise
Influência s/ a dinâmica das aulas:
• o RPG mudou ‘bastante’ (47%) e ‘um pouco’ (27%) as aulas
• “maior dinâmica”,
• “mais interessante e produtiva”,
• “contextualizando as situações”,
• “colocar-se nos contextos históricos”,
• “influenciar a pesquisa sobre os temas e reflexão para
atuação *profissional+”,
• “tirou a monotonia da aula”,
• “fez com que eu venha *para a aula+ com o conteúdo na
cabeça”,
• “dando nova perspectiva de alguns fatos históricos”,
• “podendo ver na época em que a história se passa”.
Análise
Com o RPG, aprenderam :
• ‘bastante’ (47%) e ‘um pouco’ (27%)
• “a ver a história e os fatos aprendidos de uma outra maneira”,
• “como os embates eram intensos”,
• “sobre alguns acontecimentos históricos”,
• “sobre a personalidade dos cientistas”,
• “o pensamento da ciência nas *várias+ épocas”,
• “fatos e diálogos que levaram os cientistas a tomar algumas
decisões”,
• “o contexto histórico em que ocorreram as descobertas”,
• “que a Epistemologia da Física se desenvolveu por pequenos
degraus e embates históricos pouco revelados na história ‘normal’
[dos livros-texto+”.
Análise
• gostariam que o RPG fosse utilizado mais
vezes em sala de aula (60%) “para
aprender melhor e de uma forma
divertida” (40%) e “para sair da rotina”
(20%)
• apenas aula tradicional (0%),
• aula tradicional + RPG (60%),
• ‘nada contra’ apenas RPG (13%).
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Benefícios percebidos:
• ‘trabalhar em grupo, aprendendo de maneira
coletiva, inserindo-se nos acontecimentos históricos,
participando como agentes transformadores da
história’ (60%)
• ‘saber história de outra forma, sendo interessante
poder se divertir e aprender ao mesmo tempo’ (67%)
• ‘ter estimulado suas aprendizagens sobre a História e
Epistemologia da Física, despertando o interesse
agora em compreender os assuntos ensinados pelo
professor’ (27%),
• melhor associação das descobertas com os períodos
históricos.
Análise
Atuação dos estudantes-jogadores:
• personagens ‘geralmente’, bem
defendidas (67%),
• se “conectaram” e se “puseram no lugar”
dos personagens (20%)
• alguns “não pareciam ter se preparado
para o episódio” (7%).
Análise
Desafios encontrados:
• “a dificuldade em compreender o momento histórico”,
• “entender os argumentos *científicos ou epistemológicos+
durante o jogo”,
• “não ter *encontrado+ tanta informação do período
retratado”,
• “*falta de+ tempo para preparar as falas”,
• “improvisar”,
• “nervosismo”,
• “promover o diálogo sem conversar *combinar+ com os
colegas antes”
• a dificuldade dos alunos-observadores em acompanhar a
trama sem maior conhecimento de detalhes pontuais
Conclusão
• A proposta foi atingida, ainda que parcialmente,
conseguido propiciar situações em que os
estudantes vivenciassem os motivos das
descobertas científicas, cada uma a seu tempo,
compreendendo quais as razões que levaram a
Ciência a desenvolver-se dessa forma, dispondo
da oportunidade de problematizar o olhar linear
comumente apresentado da História da Ciência
(ZIMAN, 1980), comprovando, assim, a eficácia da
utilização do RPG A Saga da Física como
estratégia didática no Ensino de História da Física.
Referências
• DOS SANTOS, R. P.; DAL-FARRA, R. A. A Saga da
Física (v. 3.0) – Livro de Regras do RPG. 2012.
Disponível em:
<http://www.fisicainteressante.com/historia-dafisica-rpg-saga-fisica.html>.
• DOS SANTOS, R. P.; DAL-FARRA, R. A. A Saga da
Física: Um RPG (Role Playing Game) para o ensino
e aprendizagem de História da Física. Revista
NUPEM, v. 5, 2013.
• ZIMAN, J. M. Teaching and Learning about
Science and Society. Cambridge, UK: Cambridge
University Press, 1980.

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A saga da física: Um RPG para o ensino de história da física

  • 1. A Saga da Física Um RPG como estratégia didática no ensino e aprendizagem de História da Física
  • 2. O que é Role Playing Game (RPG)? •Jogo colaborativo e social. •Participantes assumem os papéis de personagens. •Criam-se narrativas colaborativamente. •Seguem um sistema de regras predeterminado. •Podem improvisar livremente, porém. •Não há perdedores ou ganhadores.
  • 3. RPG na Educação Desde a década de 90, o uso pedagógico do RPG vem sendo testado (VASQUES, 2008, p. 1) em Física, Matemática, Biologia, Língua Inglesa, Língua Portuguesa, Educação Ambiental, História, História e Geografia e História do Brasil (DOS SANTOS; DAL-FARRA, 2013)
  • 4. RPG A Saga da Física Diferentemente de outros sistemas, não há ‘raças’ ou ‘classes’ de personagens, tais como duendes, monstros, guerreiros e feiticeiros, mas ‘grupos’, que correspondem aproximadamente a segmentos sociais a que os personagens pertencem: Cientista, Academia, Poder, Crença e Povo (DOS SANTOS; DAL-FARRA, 2012, 2013). Em vez de ter de resolver um problema de Matemática para ter passagem à próxima sala do calabouço, em cada cena, os participantes devem resolver um conflito de interesses ou de ideias que aconteceu ou poderia ter acontecido entre personagens históricos (DOS SANTOS; DAL-FARRA, 2012).
  • 5. Metodologia Objetivos da disciplina História e Epistemologia da Física (Lic. em Física): • desafiar o aluno a vivenciar os motivos das descobertas científicas, • problematizar a visão positivista e linear da História da Ciência (ZIMAN, 1980)
  • 6. Metodologia Objetivos do RPG A Saga da Física: • imersão dos estudantes nos contextos científico, histórico, social, econômico, político e religioso da época; • propiciar aos estudantes uma vivência das descobertas científicas.
  • 7. Metodologia • 15 alunos matriculados na disciplina, cursando diferentes semestres do curso, desde um, ainda no terceiro semestre, a sua maioria no sétimo (ultimo), com idades variando entre 18 e 42 anos, a maioria em torno dos 24 anos. • 1º período: discussão sobre o tópico, procurando levar os alunos a uma reflexão em relação aos aspectos mais amplos da Física em seu contexto social e histórico. • 2º período: episódio de RPG correspondente ao conteúdo do primeiro período.
  • 8. Metodologia • Jogo do RPG em sala de aula, com 2 ou 3 alunos que se candidataram a jogadores em cada episodio, enquanto os demais participam como observadores, e o professor atuando como Mestre do Jogo e, às vezes, NPC (Non-player character).
  • 9. Metodologia • Após o jogo, discussão em sala de aula sobre as participações dos colegas, sobre o episodio e sobre os conflitos correspondentes. Questionamentos “como seria a Física hoje se Galileu não tivesse abjurado suas teorias perante o Santo Oficio e tivesse, por isso, sido condenado e não tivesse tido a oportunidade de escrever, posteriormente, sua obra mais importante, os Discorsi e Dimostrazioni Matematiche Intorno a Due Nuove Scienze”? • Ao final da sequencia de episódios, questionário composto por 20 questões (12 fechadas e 8 abertas) sobre a metodologia adotada, seus resultados, sugestões de melhoria, etc. Dos 15 alunos matriculados na disciplina, 11 (73%) devolveram os questionários preenchidos.
  • 10. Análise • • • • 27% dos alunos já conheciam RPG’s 40% gostaram das aulas dialogadas + RPG 20% preferiram aulas tradicionais 13% preferiram que fossem usados computadores • 13% gostariam de seminários pelos alunos • 20% gostariam de mais episódios de RPG • 7% gostariam, também, de peças teatrais.
  • 11. Análise Razões: • ‘poder participar da aula, sentindo-se dentro da história’ (53%), • ‘pode brincar e aprender’ (13%), • “para manter o clima de novidade, não devendo ser explorado sistematicamente” • “a participação faz a aprendizagem significativa”.
  • 12. Análise Influência s/ a dinâmica das aulas: • o RPG mudou ‘bastante’ (47%) e ‘um pouco’ (27%) as aulas • “maior dinâmica”, • “mais interessante e produtiva”, • “contextualizando as situações”, • “colocar-se nos contextos históricos”, • “influenciar a pesquisa sobre os temas e reflexão para atuação *profissional+”, • “tirou a monotonia da aula”, • “fez com que eu venha *para a aula+ com o conteúdo na cabeça”, • “dando nova perspectiva de alguns fatos históricos”, • “podendo ver na época em que a história se passa”.
  • 13. Análise Com o RPG, aprenderam : • ‘bastante’ (47%) e ‘um pouco’ (27%) • “a ver a história e os fatos aprendidos de uma outra maneira”, • “como os embates eram intensos”, • “sobre alguns acontecimentos históricos”, • “sobre a personalidade dos cientistas”, • “o pensamento da ciência nas *várias+ épocas”, • “fatos e diálogos que levaram os cientistas a tomar algumas decisões”, • “o contexto histórico em que ocorreram as descobertas”, • “que a Epistemologia da Física se desenvolveu por pequenos degraus e embates históricos pouco revelados na história ‘normal’ [dos livros-texto+”.
  • 14. Análise • gostariam que o RPG fosse utilizado mais vezes em sala de aula (60%) “para aprender melhor e de uma forma divertida” (40%) e “para sair da rotina” (20%) • apenas aula tradicional (0%), • aula tradicional + RPG (60%), • ‘nada contra’ apenas RPG (13%).
  • 15. Análise Benefícios percebidos: • ‘trabalhar em grupo, aprendendo de maneira coletiva, inserindo-se nos acontecimentos históricos, participando como agentes transformadores da história’ (60%) • ‘saber história de outra forma, sendo interessante poder se divertir e aprender ao mesmo tempo’ (67%) • ‘ter estimulado suas aprendizagens sobre a História e Epistemologia da Física, despertando o interesse agora em compreender os assuntos ensinados pelo professor’ (27%), • melhor associação das descobertas com os períodos históricos.
  • 16. Análise Atuação dos estudantes-jogadores: • personagens ‘geralmente’, bem defendidas (67%), • se “conectaram” e se “puseram no lugar” dos personagens (20%) • alguns “não pareciam ter se preparado para o episódio” (7%).
  • 17. Análise Desafios encontrados: • “a dificuldade em compreender o momento histórico”, • “entender os argumentos *científicos ou epistemológicos+ durante o jogo”, • “não ter *encontrado+ tanta informação do período retratado”, • “*falta de+ tempo para preparar as falas”, • “improvisar”, • “nervosismo”, • “promover o diálogo sem conversar *combinar+ com os colegas antes” • a dificuldade dos alunos-observadores em acompanhar a trama sem maior conhecimento de detalhes pontuais
  • 18. Conclusão • A proposta foi atingida, ainda que parcialmente, conseguido propiciar situações em que os estudantes vivenciassem os motivos das descobertas científicas, cada uma a seu tempo, compreendendo quais as razões que levaram a Ciência a desenvolver-se dessa forma, dispondo da oportunidade de problematizar o olhar linear comumente apresentado da História da Ciência (ZIMAN, 1980), comprovando, assim, a eficácia da utilização do RPG A Saga da Física como estratégia didática no Ensino de História da Física.
  • 19. Referências • DOS SANTOS, R. P.; DAL-FARRA, R. A. A Saga da Física (v. 3.0) – Livro de Regras do RPG. 2012. Disponível em: <http://www.fisicainteressante.com/historia-dafisica-rpg-saga-fisica.html>. • DOS SANTOS, R. P.; DAL-FARRA, R. A. A Saga da Física: Um RPG (Role Playing Game) para o ensino e aprendizagem de História da Física. Revista NUPEM, v. 5, 2013. • ZIMAN, J. M. Teaching and Learning about Science and Society. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1980.