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Diretoria de Ensino Leste 4
Dirigente: Profº José Carlos Francisco
Orientação Técnica: Alfabetização
Cientifica e Feiras Culturais
Repensando o Ensino das
Ciências: a alfabetização
científica no ensino fundamental
e médio
Entrevistas com alunos que terminaram o
curso médio
• mais de 70% de nossa amostra não lembram de
nada do que estudaram no curso médio ou
lembram somente dos nomes dos principais
tópicos
• O restante lembra de uma maneira muito geral
do conteúdo que lhe foi apresentado não
podendo, entretanto, explicar nenhum dos
conceitos-chaves.
Depoimentos
• “...não entendia nada do que o professor
de Física falava lá na frente... era como
ele falasse outra língua...por mais que eu
me esforçasse....não conseguia entender
onde ele queria chegar com tudo
aquilo...”.
• Existe um abismo muito grande entre a
prática de ensino do professor e o
entendimento dos alunos.
• É necessária outra concepção de ensino,
outro tipo de formação, para que os alunos
‘entendam a língua’ do professor.
Dicotomia entre o que é Ciência e como ela
está sendo ensinada → o conceito de
alfabetização científica (enculturação
científica) apontada na literatura atual como
condição fundamental para que os
indivíduos participem de forma crítica e
consciente na sociedade contemporânea
Como alfabetizar cientificamente
os estudantes?
A visão dos pesquisadores em
ensino de ciência
“Aprender Ciência é aprender a falar
Ciência” (Lemke 1997).
Mas como se “fala Ciências”?
1 – A linguagem das Ciências é
argumentativa → é necessário
apresentar uma argumentação com
justificativa para transformar fatos em
evidências.
(Latour e Woolgar 1997; Latour 2000; Toulmim,1958; Lawson 2000, 2002, 2003,
2004; Lemke, 1998, 2000, 2003; Driver e Newton 1997; Jiménez Aleixandre 2005)
• Uma conseqüência importante para o
ensino é o entendimento de que as
observações e experimento não são a
rocha sobre a qual a ciência está
construída, esta rocha é a atividade
racional de geração de argumentos com
base nos dados obtidos.
• Outra consequência importante é que os
professores precisam auxiliar seus alunos
a construírem justificativas e explicações
para os fenômenos estudados.
(Perguntas dos tipos ‘como vocês
fizeram?’; ‘por que deu certo?’ auxiliam
o raciocínio dos alunos.)
• 2 - As justificativas e/ou as explicações
estão relacionadas aos campos de
conteúdos que estão sendo pesquisados,
isto é, dependem do contexto.
Assim, quanto mais o contexto for do
domínio do estudante, mas facilmente ele
poderá fazer relações causais.
(Fourez 2003, 2000; Yore et al., 2003; Cachapuz et al, 2005; Delizoicov e
Lorenzetti, 2000)
• 3 - a linguagem científica não é somente a
linguagem verbal – oral e escrita –, são
necessários outros modos de comunicação,
como as tabelas, os gráficos, as figuras e
principalmente a matemática para dar conta de
todo o processo de construção do
conhecimento científico.
(Lemke 1998; Kress et. al., 2001; Roth 2002)
• As pesquisas mostraram que a habilidade
para um uso competente de gráficos e
outras formas de representação
apresentadas pelos cientistas só é
adquirida a partir de um trabalho
extenso de convivência com processos de
inscrição (Roth 2002).
• Este é um sério problema para o ensino das
Ciências, pois, enquanto para cientistas um
gráfico é praticamente o próprio fenômeno em
estudo, para os estudantes trata-se de mais
uma linguagem a ser decodificada. Se esta não
for explicitamente relacionada com um
fenômeno, torna-se apenas mais um
formalismo a ser decorado, desprovido de
sentido.
A alfabetização científica
(enculturação científica) no
cotidiano escolar
Três pontos apresentados pelo Projeto Pisa e
adotados nas avaliações Nacionais
• “processos científicos ou habilidades” – os
processos mentais envolvidos na abordagem de
questões (identificar evidências ou explicar
conclusões);
• “conceitos e conteúdo” – o conhecimento científico
e o entendimento conceitual requerido para esses
processos; e
• “contexto” – as situações nas quais os processos e o
entendimento são aplicados (OCDE, 2000:76 ).
• Alfabetizamos cientificamente nossos alunos
quando propomos uma nova concepção de
ensino das ciências que se consolida com a
introdução, em sala de aula, de múltiplas
práticas e onde o debate e as argumentações
têm um papel importante no desenvolvimento
do aprendiz.
Essa nova concepção de ensino com a
introdução de atividades inovadoras, de
sequências de ensino investigativas, devem vir
acompanhadas com a construção de ambientes
não coercitivos, onde os alunos possam
apresentar suas argumentações, certas ou
erradas, sem medo. É necessário ‘novas’
práticas profissionais e também criar o conceito
de liberdade intelectual em nossas escolas.
2ª parte – Divulgação:
Para ler mais, acesse http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/charme.pdf
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Setembro de 2012
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  • 1. Diretoria de Ensino Leste 4 Dirigente: Profº José Carlos Francisco Orientação Técnica: Alfabetização Cientifica e Feiras Culturais Repensando o Ensino das Ciências: a alfabetização científica no ensino fundamental e médio
  • 2. Entrevistas com alunos que terminaram o curso médio • mais de 70% de nossa amostra não lembram de nada do que estudaram no curso médio ou lembram somente dos nomes dos principais tópicos • O restante lembra de uma maneira muito geral do conteúdo que lhe foi apresentado não podendo, entretanto, explicar nenhum dos conceitos-chaves.
  • 3. Depoimentos • “...não entendia nada do que o professor de Física falava lá na frente... era como ele falasse outra língua...por mais que eu me esforçasse....não conseguia entender onde ele queria chegar com tudo aquilo...”.
  • 4. • Existe um abismo muito grande entre a prática de ensino do professor e o entendimento dos alunos. • É necessária outra concepção de ensino, outro tipo de formação, para que os alunos ‘entendam a língua’ do professor.
  • 5. Dicotomia entre o que é Ciência e como ela está sendo ensinada → o conceito de alfabetização científica (enculturação científica) apontada na literatura atual como condição fundamental para que os indivíduos participem de forma crítica e consciente na sociedade contemporânea
  • 6. Como alfabetizar cientificamente os estudantes? A visão dos pesquisadores em ensino de ciência
  • 7. “Aprender Ciência é aprender a falar Ciência” (Lemke 1997). Mas como se “fala Ciências”? 1 – A linguagem das Ciências é argumentativa → é necessário apresentar uma argumentação com justificativa para transformar fatos em evidências. (Latour e Woolgar 1997; Latour 2000; Toulmim,1958; Lawson 2000, 2002, 2003, 2004; Lemke, 1998, 2000, 2003; Driver e Newton 1997; Jiménez Aleixandre 2005)
  • 8. • Uma conseqüência importante para o ensino é o entendimento de que as observações e experimento não são a rocha sobre a qual a ciência está construída, esta rocha é a atividade racional de geração de argumentos com base nos dados obtidos.
  • 9. • Outra consequência importante é que os professores precisam auxiliar seus alunos a construírem justificativas e explicações para os fenômenos estudados. (Perguntas dos tipos ‘como vocês fizeram?’; ‘por que deu certo?’ auxiliam o raciocínio dos alunos.)
  • 10. • 2 - As justificativas e/ou as explicações estão relacionadas aos campos de conteúdos que estão sendo pesquisados, isto é, dependem do contexto. Assim, quanto mais o contexto for do domínio do estudante, mas facilmente ele poderá fazer relações causais. (Fourez 2003, 2000; Yore et al., 2003; Cachapuz et al, 2005; Delizoicov e Lorenzetti, 2000)
  • 11. • 3 - a linguagem científica não é somente a linguagem verbal – oral e escrita –, são necessários outros modos de comunicação, como as tabelas, os gráficos, as figuras e principalmente a matemática para dar conta de todo o processo de construção do conhecimento científico. (Lemke 1998; Kress et. al., 2001; Roth 2002)
  • 12. • As pesquisas mostraram que a habilidade para um uso competente de gráficos e outras formas de representação apresentadas pelos cientistas só é adquirida a partir de um trabalho extenso de convivência com processos de inscrição (Roth 2002).
  • 13. • Este é um sério problema para o ensino das Ciências, pois, enquanto para cientistas um gráfico é praticamente o próprio fenômeno em estudo, para os estudantes trata-se de mais uma linguagem a ser decodificada. Se esta não for explicitamente relacionada com um fenômeno, torna-se apenas mais um formalismo a ser decorado, desprovido de sentido.
  • 14. A alfabetização científica (enculturação científica) no cotidiano escolar
  • 15. Três pontos apresentados pelo Projeto Pisa e adotados nas avaliações Nacionais • “processos científicos ou habilidades” – os processos mentais envolvidos na abordagem de questões (identificar evidências ou explicar conclusões); • “conceitos e conteúdo” – o conhecimento científico e o entendimento conceitual requerido para esses processos; e • “contexto” – as situações nas quais os processos e o entendimento são aplicados (OCDE, 2000:76 ).
  • 16. • Alfabetizamos cientificamente nossos alunos quando propomos uma nova concepção de ensino das ciências que se consolida com a introdução, em sala de aula, de múltiplas práticas e onde o debate e as argumentações têm um papel importante no desenvolvimento do aprendiz.
  • 17. Essa nova concepção de ensino com a introdução de atividades inovadoras, de sequências de ensino investigativas, devem vir acompanhadas com a construção de ambientes não coercitivos, onde os alunos possam apresentar suas argumentações, certas ou erradas, sem medo. É necessário ‘novas’ práticas profissionais e também criar o conceito de liberdade intelectual em nossas escolas.
  • 18. 2ª parte – Divulgação: Para ler mais, acesse http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol6/Num1/charme.pdf
  • 19. PCNP Cida Temple Setembro de 2012 Blog do Núcleo Pedagógico http://leste4.nucleopedagogico.zip.net