O documento discute a relação entre solo e comunidades aquáticas. Apresenta conceitos sobre formação do solo e fatores que influenciam, como clima, relevo e organismos. Detalha as funções do solo para ecossistemas aquáticos, fornecendo nutrientes e matéria orgânica. Explora a interface solo-água e como a interferência humana pode impactar a biodiversidade aquática através da contaminação e erosão do solo.
4. 1.1 ESTUDO DO SOLO. CONCEITO
“ Solo é o meio natural
para o desenvolvimento e
crescimento de diversos
organismos vivos, sejam
eles terrestres ou
aquáticos.”
(CURI et al., 1993)
5. Segundo a PEDOGÊNESE:
Solo é a camada viva que recobre a superfície da terra, em
evolução permanente, formada por meio da ação do
intemperismo nas rochas fontes.
As alterações são lentas;
O intemperismo inclui forças físicas, que desintegram a rocha;
Reações químicas alteram a composição das rocha e dos minerais;
O intemperismo inclui forças biológicas, que intensificam as forças físicas e
químicas.
1.2 FORMAÇÃO
8. 1.3 FATORES QUE DETERMINAM A
FORMAÇÃO DOS SOLOS
CLIMA
A umidade e a variação de temperatura
interferem na intensidade e na velocidade do
intemperismonas rochas;
Clima quente e úmido - a ação do
intemperismoé intensae rápida;
A umidade é um fator importante – reação
com os minerais, dando origem a ácidos, que
provocam a corrosão das rochas.
9. 1.3 FATORES QUE DETERMINAM A
FORMAÇÃO DOS SOLOS
MATERIAL DE ORIGEM
Rocha matriz;
Em condições climáticas idênticas,
cada tipo de rocha origina um tipo
diferente de solo, o que varia de
acordocomasuaconstituição.
10. 1.3 FATORES QUE DETERMINAM A
FORMAÇÃO DOS SOLOS
RELEVO
Diferença de topografia favorece a distribuição
irregular da água das chuvas, do calor e da luz;
Favorece também a ocorrência de reações
químicas responsáveis pela sua degradação;
Em regiões de maior declive, a exposição da rocha
à água da chuva é menor;
O nível de exposição aos raios solares também
influi no intemperismo da rocha.
11. 1.3 FATORES QUE DETERMINAM A
FORMAÇÃO DOS SOLOS
PRESENÇA DE ORGANISMOS VIVOS
A decomposição de restos animais e
vegetais realizada por microrganismos
(bactérias, fungos e algas) influi na
quantidade de matéria orgânica do
solo.
12. 1.3 FATORES QUE DETERMINAM A
FORMAÇÃO DOS SOLOS
TEMPO CRONOLÓGICO
O período de exposição do solo à
atmosfera;
Os solos mais velhos, em geral,
são mais profundos que os solos
mais novos.
17. 1.8 FUNÇÕES DO SOLO
Armazenamento, escoamento e infiltração da água da
chuva e irrigação;
Armazenamento e fornecimento de nutrientes para as
comunidades terrestres e aquáticas;
Ação filtrante e protetora de qualidade da água;
19. 1.10 MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO
Embora um solo produtivo seja composto de menos que
5% de matéria orgânica esta determina em grande parte
a produtividade do solo;
Serve como uma fonte de alimento para microrganismos
através de reações químicas, influenciando nas
propriedades físicas do solo.
20. TIPO DE COMPONENTE COMPOSIÇÃO SIGNIGICADO
Húmus
Resíduo da degradação do
apodrecimento de plantas, em
grande parte C, H e O.
Componente orgânico mais
abundante, melhora propriedades
físicas do solo, troca de nutrientes,
reservatório de N fixo.
Gorduras, resinas e
ceras
Extraídos de lipídios através de
solventes orgânicos.
Pequena parte da matéria
orgânica do solo, pode afetar as
propriedades físicas do solo
repelindo água, pode
ser fitotóxico.
Sacarídeos
Celulose, amido, hemicelulose,
gomas.
Principal fonte de alimento para
microrganismos do solo, ajuda na
estabilização de agregados do solo.
Nitrogênio orgânico
Nitrogênio ligado ao húmus,
aminoácidos e outras
composições.
Fornece nitrogênio para
fertilidade do solo e água
Compostos de fósforo
Éster fosfatos, inositol fosfatos
(ácido fítico), fosfolipídios.
Fonte de fosfato para a planta e
água
22. 2.1 BACTERIOPLÂNCTON
Bactérias existentes no ambiente aquático;
Relativamente mais abundante na superfície;
De vida livre;
Associadas em matéria orgânica;
Maioria heterotrófica (substâncias orgânicas);
Decompositores, fotoautotróficas ou quimiautotróficas;
23.
24. 2.2 PROTOZOOPLÂNCTON
Grande parte da biomassa zooplanctônica (BUECHLER
& DILLON, 1974, BEAVER & CRISMAN, 1982);
Dificuldades metodológicas negligenciaram esta
comunidade;
Maiores representantes: flagelados, sarcodinos,
ciliados.
25.
26.
27.
28. 2.3 FITOPLÂNCTON
Indicadores de qualidade biológica ;
Responsáveis por grande parte da produção primária, principalmente
nos oceanos;
Sintetiza matéria orgânica através da fotossíntese;
Constituição marinha mais comum: cianobactérias, diatomáceas,
dinoflagelados, cocolitoforídeos,
silicoflagelados, clorofíceas;
Constituição dulcícola mais comum: cianobactérias, clorofíceas,
zygnemafíceas, euglenofíceas, diatomáceas,dinoflagelados, rodofíceas e
xantofíceas.
29.
30.
31. 2.4 PERIFÍTON
É representado por uma fina camada (biofilme) variando em alguns
milímetros
Atua na interface entre o substrato e a água circundante.
São observados como manchas verdes ou pardas aderidos a objetos
submersos na água como rochas, troncos, objetos artificiais (inertes) e
a vegetação aquática.
O termo perifíton foi consagrado e definido como uma complexa
comunidade de microrganismos (algas, bactérias, fungos e animais),
detritos orgânicos e inorgânicos aderidos a substratos inorgânicos ou
orgânicos vivos ou mortos (Wetzel, 1983a).
32.
33. 2.5 MACRÓFITAS AQUÁTICAS
Vegetais adaptados ao ambiente aquático;
O termo macrófitas aquáticas pode ser considerado de uso mais corrente;
Assimilam os nutrientes presentes no sedimento;
Durante a decomposição ou mediante a excreção de compostos orgânicos os
liberam para a coluna de água;
Também se constituem em importante microhabitat para muitos organismos
Em virtude do intenso crescimento as macrófitas aquáticas flutuantes podem ser
os principais produtores de matéria orgânica do sistema.
34.
35. 2.6 ZOOPLÂNCTON
Organismos pertencentes ao reino animal;
Maior diversidade no ambiente continental;
Maiores grupos no ambiente costeiro;
36.
37.
38. 2.7 MACROINVERTEBRADOS
Constituem uma importante fonte alimentar para os peixes;
São valiosos indicadores da degradação ambiental;
Habitam o substrato de fundo (sedimentos, detritos, troncos,
macrófitas aquáticas, algas filamentosas e etc.) de hábitat de água
doce, em pelo menos uma fase de seu ciclo vital;
São representados por vários grupos taxonômicos, como -
Platyhelminthes, Annelida, Crustacea, Mollusca, Insecta, sendo este
último, o mais diversificado e abundante.
39.
40. 2.8 Bentos
Organismos que vivem no substrato;
Fixos ou não;
Marinhos ou dulcícolas.
Podem ser divididos em:
Fitobentos - as macroalgas, algumas microalgas e
as plantas aquáticas enraizadas;
Zoobentos - os animais e muitos protistas bentônicos.
41.
42. 2.9 NÉCTON
Animais vertebrados, aquáticos;
Tipicamente ectodérmicos;
Corpo fusiforme;
Membros transformados em barbatanas ou nadadeiras;
Ósseos ou cartilaginosos;
Guelras ou brânquias com que respiram o oxigênio na água (embora
os dipnóicos usem pulmões);
Corpo coberto de escamas.
46. Manutenção da integridade da Bacia Hidrográfica
Filtro natural para águas superficiais
Controle e erosão de margens
Importante corredor ecológico
Fornecimento de energia em forma de material alóctone para os
ecossistemas aquáticos
52. 3.3 IMPORTÂNCIA DO SOLO NO ECOSSISTEMA
AQUÁTICO:
Fonte de matéria orgânica para os organismos
aquáticos
IMPORTÂNCIA DA MATÉRIA ORGÂNICA PARA OS
ORGANISMOS AQUÁTICOS:
Libera lentamente nutrientes para o ecossistema
aquático, que serão assimilados na cadeia trófica
53. 3.4 NUTRIENTES ESSENCIAIS PARA A BIOTA AQUÁTICA
MACRONUTRIENTES
CARBONO
HIDROGÊNIO
OXIGÊNIO
NITROGÊNIO
FÓSFORO
55. 3.5 A INTERFERÊNCIA HUMANA NA INTERFACE SOLO-
ÁGUA-BIODIVERSIDADE AQUÁTICA
Com o aumento da população mundial, ocorre o aumento das
práticas agrícolas e da ocupação desordenada do solo;
Impacto direto na fertilidade do solo;
Diminuição da matéria orgânica, conseqüentemente diminuição
da transferência para o ambiente aquático;
Perda do solo por erosão;
Contaminação do solo por efluentes industriais e domésticos,
seguido da contaminação aquática;
Alteração do solo para a atividades da construção civil.
57. 3.6 EROSÃO DO SOLO
Chuvas;
Infiltração;
Topografia (declividade);
Cobertura vegetal.
58. 3.8 PRÁTICAS CONSERVACIONISTAS ENTRE SOLO E ÁGUA
O sistema de manejo do solo assegura a utilização racional do
solo, sem diminuir a sua fertilidade (BERTONI & LOMARBI
NETO, 1993);
Uma vez solos fertéis, os ecossistemas aquáticos encontraram
recursos necessários para a estabilidade e equilíbrio de sua biota;
A oferta de nutrientes vindos do solo em todos os níveis da cadeia
trófica permitirão o desenvolvimento e sucesso dos organismos
nos diversos biótopos aquáticos;
A relação ecossistema terrestre – aquático (solo-água-biota
aquática), permite o equilíbrio ecológicos das comunidades
viventes