O documento descreve uma pesquisa sobre peixes que vivem associados às raízes de macrófitas aquáticas. A pesquisa encontrou que a maioria dos peixes capturados eram jovens, indicando que este habitat serve como berçário. Foram amostrados 3910 peixes de 91 espécies, a maioria menores que 7cm. Isso demonstra a importância deste habitat para a reprodução e crescimento inicial de peixes, e sua preservação é essencial para a sustentabilidade da pesca local.

1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA – UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SOCIAIS
APLICADAS – CCBSA
CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
COMPONENTE CURRICULAR: ECOLOGIAAQUÁTICA
PROFESSORA: TACYANA
ALUNO: JONAS EMANUEL GUIMARÃES
MACRÓFITAS AQUATICAS

2. Consideração sobre Terminologia
• Essas plantas agrupa-se em comunidade que foi
negligenciada. ( estudos eram realizados com predomínio da região pelágica,
áreas alagáveis, intensamente colonizado por macrofitas eram consideradas como
locais insalubres )
• Visão alterada, reconhecimento que a maioria dos
ecossistemas aquáticos é rasa.
• Contribuição das macrófitas aquáticas para estrutura e
funcionamento mais importante que a comunidade
fitoplanctônica.
• Ciclagem de nutrientes
• Retenção de poluentes
• Conservação da biodiversidade
Importância ecológica

3. Consideração sobre Terminologia
• Enfoque taxonômico
 Traqueófitos aquáticos
 Hidrófitas (submersas e folhas flutuantes) -
 Limnófitos ( água doce )
 Hidrófitas vasculares ( exclusão macroalgas, briófitas e pteridofitas)
• Macrófitas – plantas herbáceas que crescem na água, em solos cobertos
por água ou solos saturados com água- Weaner & Clements (1938)
• Para o IBP – o termo macrófitas aquáticas se refere a um grupo diverso de
organismos fotossintéticos grandes o suficiente para serem visíveis a olho
nu.
• Macrófitas incluem desde macroalgas ( gêneros Chara e Nitella ), Briófitas
(gêneros Fontinalis e Riccciocarpus), pteridófitas (gêneros Salvinia e
Azolla) ate angiospermas (gêneros Eichhornia e Typha)
• Variação tamanho desde 0,5 mm (Wolffia spp) até 2,5 m ( Victoria amozonica) de diâmetro

4. Tipos Biológicos
• Macrófitas emersas : plantas enraizadas no
sedimento e com folhas fora da água.
• Macrófitas com folhas flutuantes: plantas com
folhas flutuando na superfície da água e
conectadas aos rizomas e raízes através de
pecíolos longos e flexíveis.
• Submersas enraizadas: enraizadas no
sedimento que crescem totalmente sob a
superfície

5. METODOS DE AMOSTRAGEM
• Material quadrado de madeira.
• http://ecologia.ib.usp.br/portal/images/stories//macrofitas51.jpg
• material de corte ( facão, tesoura de poda ).
• sacos plásticos
• Secagem

6. Taxonomia.
• As macrofitas aquáticas incluem espécies pertencentes a
Chlorophytam Rhodophyta, Xanthophyta, Bryophyta,
Pteridophyta, Spermatophyta.
• A grande diversidade filogenética acarreta em dificuldades na
taxonomia das macrófitas aquáticas

7. Evolução e Adaptações
• À exceção das macroalgas, todas as demais espécies de
macrófitas aquáticas descendem de grupos que realizaram
um retorno ao ambiente aquático a partir do terrestre.
 Cutícula e estômatos ( perca da função)
• Limitação de Oxigênio, dióxido de carbono . = Nova
adaptação
• As regiões litorâneas colonizadas por macrófitas emersas tem
sido consideradas os habitats com a maior produtividade
primária do planeta

8. Macrófitas Aquáticas em Comunidades
• Assim como quaisquer outros organismos, as macrófitas
aquáticas raramente ocorrem em bancos monoespecíficos, mas se
organizam em assembleias (ou comunidades).
• Zonação domínio das espécies emersas nas áreas mais rasas e por
submersas enraizadas nas mais profundas.
• Organização das Comunidades Clements (1916) – considerava
comunidades vegetais como altamente organizadas.
“superorganismos”
• Gleason (1926) associação fortuita de espécies.
• Macrofitas aquáticas organizadas em clusters

9. Fatores físicos e químicos que afetam as comunidades
• Em um estudo em ecossistemas temperados, Keddy (2000) sugeriu a
ordem dos serviços ambientais determinantes da composição de
espécies de macrófitas aquáticas: hidrologia (50%), fertilidade,
salinidade, e distúrbios ( 15%), competição, herbívoria ( 5%)
• Hidrologia : alteração nível da água, velocidade da água,
profundidade, turbidez e concentração de nutrientes.
• Nutrientes da coluna d’ água e do sedimento ( N, P em especial)
importantes determinantes da diversidade e composição de
comunidades de macrófitas aquáticas.
• Maiores diversidades em níveis intermediários de trofia,

10. Fatores bióticos que afetam as comunidades
• Competição
Eutrofização favoráveis para uma(s) exclusão para
demais.
• Heterogeneidade espacial – utilizar recursos diferenciados,
reduz competição facilita coexistência.
• Herbívoria – (capivaras, hipopótamos, gansos) alteração de
atributos das comunidades.
Preferências

11. Macrófitas e os Ecossistemas
• Seus efeitos sobre o meio abiótico.
– As macrófitas aquáticas influenciam ecossistemas aquáticos e
determinam sua estrutura e funcionamento.
• Diferença de um ecossistema com e sem macrófitas aquáticas é
facilmente detectada.
• As macrófitas aquáticas.
– Afetam as características físicas e químicas da água e do sedimento;
– Influenciam a ciclagem de nutrientes;
– Fonte de matéria orgânica para bactérias, invertebrados e vertebrados.]
• Alteram a estrutura espacial dos ecossistemas aquáticos,
aumento da complexidade espacial dos habitats

12. Macrófitas e os Ecossistemas
• A luz é reduzida logo abaixo dos dosséis de plantas
submersas, pH atinge valores altos durante o dia
• Redução da Luz afeta a comunidade a comunidade
fitoplanctônica que vive sob o estande de plantas
submersas.
• Elevação de pH favorece a transformação das formas
inorgânicas de nitrogênio em amônia.

13. • Locais com condições adequadas de temperatura e
oxigenação, procurado por peixes em hipóxia.
• Também afetam a ciclagem de todos nutrientes, simples
presença atenua a ação do vento sobre o sedimento.
• Absorvem nutrientes da água e o sedimento e os
excretam ativamente
• Utiliza nutrientes de dois compartimentos participa
ativamente de troca entre eles, principalmente nos
ecossistemas aquáticos rasos.
• Ainda a associação de bactérias em suas rizosferas =
fixação de nitrogênio

15. Papel das macrófitas aquáticas na estruturação dos
habitats
• Papel desse vegetais na estruturação física e aumento
da complexidade dos habitats aquáticos.
• Aumento da oferta de alimentos em pequenas escalas.
• Fornecimento de refúgios para invertebrados e peixes
de pequeno porte ( alimentação, reprodução, escapar
predadores).
• Elevam a diversidade da fauna em habitats litorâneos.

16. Papel das macrófitas aquáticas na estruturação dos
habitats
• Ecossistemas com macrofitas aquáticas favorável
para macroinvertebrados, mas pode ser limitante para
peixes, encontra dificuldade de locomoção e
encontrar alimentos neste local.
• Manejo de macrofitas importante estratégia para
aumentar a heterogeneidade de habitats e auxiliar a
conservação da fauna aquática.

17. Papel das macrófitas aquáticas na estruturação dos
habitats

18. ARTIGO
• Descreve a estrutura de tamanho e maturidade sexual das espécies
de peixes que vivem associadas as raizes de macrófitas aquáticas
durante o período de cheia.
• Foi o objetivo do trabalho demonstrar que este habitat funciona
como um berçário e que a maior parte da sua fauna é composta por
indivíduos jovens.
• Rede utilizada nas amostragens capturam os peixes que vivem na
camada superficial do habitat (<2m).
• capturas no período diurno.

19. • a raízes de macrófitas formam um berçário importante para a
ictiofauna da várzea, jovens somara 50 % das espécies capturadas.
• Foram coletados 3910 indivíduos de 91 espécies de peixes, em
quatro tipo de macrófitas aquáticas ( Paspalum repens, Echynochloa
polystachya, Eichhornis spp. e " mistura de capins em
decomposição") em três lagos de várzea da Amazônia Central.
•
• A ictiofauna foi composta predominantemente por individuos
menores que 7 cm. Individuos jovens formaram a maioria da
assembleia (87%).
• Quarenta e uma espécies são exploradas pela frota pesqueira da
região.
• Conclui-se que este habitat é um berçário importante e que deve ser
conservado para manter o potencial dos recursos pesqueiros da
Amazônia Central.