3. O QUE É UM AQUÍFERO? Unidades rochosas ou de sedimentos, porosas e permeáveis, que armazenam e transmitem volumes significativos de água subterrânea passível de ser explorada. Derivado do Latim, a palavra aqüífero quer dizer : “ carregar água”. AQUÍFERO: é uma formação geológica, formada por rochas permeáveis seja pela porosidade granular ou pela porosidade fissural, capaz de armazenar e transmitir quantidades significativas de água. O aqüífero pode ser de variados tamanhos. Eles podem ter extensão de poucos km 2 a milhares de km 2 , ou também, podem apresentar espessuras de poucos metros a centenas de metros.
4. AQÜÍFEROS E TIPOS DE POROSIDADE Zona não saturada e zona saturada no subsolo.
5. Aqüífero Poroso É aquele formado por rochas sedimentares consolidadas, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a circulação da água se faz nos poros formados entre os grãos de areia, silte e argila de granulação variada.
6. Aqüífero fraturado Formado por rochas ígneas, metamórficas ou cristalinas, duras e maciças, onde a circulação da água se faz nas fraturas, fendas e falhas, abertas devido ao movimento tectônico. Ex.: basalto, granitos, gabros, filões de quartzo, etc.. Poços perfurados nessas rochas fornecem poucos metros cúbicos de água por hora
7. Aqüífero cárstico (Karst) Formado em rochas calcáreas ou carbonáticas, onde a circulação da água se faz nas fraturas e outras descontinuidades (diáclases) que resultaram da dissolução do carbonato pela água. Essas aberturas podem atingir grandes dimensões, criando, nesse caso, verdadeiros rios subterrâneos.
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9. Aqüíferos confinados Confinados – ocorre quando um estrato permeável (aqüífero) está confinado entre duas unidades pouco permeáveis (aqüiclude) ou impermeáveis.
11. Aquiferos Suspensos – São acumulações de águas sobre aqüitardes, na zona insaturada, formando níveis lentiformes de aqüíferos livres acima do nível freático principal. Aqüíferos confinados
14. QUANTIDADE DE ÁGUA QUE PODE SER RETIRADA DOS AQÜÍFEROS Quando bombeamos mais água do que está se infiltrando, provocamos um abaixamento do nível da água subterrânea. A isto chamamos de superexplotação do aqüífero. A recarga dos aqüíferos é feita pelas águas das chuvas ou dos rios, que se infiltram.
16. Conheça melhor o Aquífero Guarani uma Bacia Gigantesca 1. Além do Guarani, sob a superfície de São Paulo, há outro reservatório, chamado Aqüífero Bauru, que se formou mais tarde. Ele é muito menor, mas tem capacidade suficiente para suprir as necessidades de fazendas e pequenas cidades. 2. O líquido escorre muito devagar pelos poros da pedra e leva décadas para caminhar algumas centenas de metros. Enquanto desce, ele é filtrado. Quando chega aqui está limpinho. 3. Nas margens do aqüífero, a erosão expõe pedaços do arenito. São os chamados afloramentos. É por aqui que a chuva entra e também por onde a contaminação pode acontecer. 4. A cada 100 metros de profundidade, a temperatura do solo sobe 3 graus Celsius. Assim, a água lá do fundo fica aquecida. Neste ponto ela está a 50 graus.
18. Os fatores que influenciam a quantidade de água que se infiltra A vegetação A declividade do solo Permeabilidade do solo Práticas que aumentam o percentual de água infiltrada no solo - Evitar o desmatamento excessivo; - Não submeter grandes áreas de solo ao uso excessivo como pastagem; - Adotar práticas agrícolas conservacionistas; - Construção de áreas de recarga artificial; - Construção de barragens superficiais e Barragem Subterrâneas.
19. É uma alternativa tecnológica para o aproveitamento das águas subterrâneas, de modo a permitir a criação ou a elevação do lençol freático existente, possibilitando a exploração de uma agricultura de vazante, prática comum na região, ou uma subirrigação . Barragem Subterrânea
24. Philippi et al (2005) e Mota (2006), conceituam as "águas cinzas" residenciais como aquelas provindas dos lavatórios, banheiro (pia e chuveiro) e máquina de lavar que podem ser reaproveitadas para fins não potáveis. Conforme o esquema, as "água cinzas" podem ser reaproveitadas após simples tratamento com filtro de areia para regar o jardim, reuso na descarga do vaso sanitário e na máquina de lavar. Técnicas de uso sustentável da água Há controvérsias...
25. "água cinzas" podem ser reaproveitadas após simples tratamento com filtro de areia Técnicas de uso sustentável da água
32. Ciclo do nitrogênio: O nitrogênio é um elemento químico essencial à fabricação do DNA, de proteínas e da clorofila, compostos fundamentais para a existência da vida no planeta.
33. Ciclo do nitrogênio: A maior fonte de nitrogênio da natureza é a atmosfera, na forma gasosa (N 2 ), numa proporção de 78% do ar.
34. Ciclo do nitrogênio: Fixação de nitrogênio: -> Fixação física – os raios elétricos vindos do céu (trovões e relâmpagos) transformam instantaneamente o gás N 2 em amônia (NH 3 ) que fica no solo e é útil para as plantas. Mas a quantidade de nitrogênio fixado dessa forma é muito pequena e insuficiente sozinha. -> Fixação química – através do uso de adubos (fertilizantes químicos ou estrume), que são ricos em amônia e sais nitrogenados que são rapidamente aproveitados pelos vegetais. É o modo de fixação mais comum. -> Fixação biológica – através de bactérias chamadas Rhizobium (ou rizóbio) que apresentam um metabolismo capaz de converter o N 2 do ar diretamente em sais nitrogenados que são liberados no solo e nutrem os vegetais. Esses micróbios podem ainda se associar a raiz de algumas plantas leguminosas (feijão, soja, alfafa, ervilha, trecho etc.), deixando o processo de nitrificação mais rápido ainda. Esse micróbio é conhecido como adubo verde.
35. Ciclo do nitrogênio: Dos vegetais, o nitrogênio segue para os animais na alimentação e tanto plantas quanto animais quando morrem, devolvem compostos nitrogenados à natureza com o apoio dos decompositores.
36. NH 3 : gás amônia NH 4 : íon amoníaco ou amônia NO 2 : Nitrito NO 3 : Nitrato Nitrosação : Transformação da amônia em nitrito por bactérias quimiossintetizantes dos Gêneros Nitrosomas e Nitrococcus . Nitratação : Oxidação realizada por bactérias do gênero Nitrobacter ( Bactérias Nitrificantes) dos nitritos - tóxicos para as plantas - transformando-os em nitratos, que são assimilados por vegetais. Decomposição : Substâncias nitrogenadas são transformadas em amônia por ação de fungos e bactérias decompositores. Desnitrificação: Transformação de nitratos do solo ou da água em N 2 , por bactérias desnitrificantes, que é liberado para a atmosfera. Ciclo do Nitrogênio
37. Se não aproveitado pelas plantas, os sais de nitrogênio são potentes poluidores (tanto da água, do solo, quanto do ar). Na água, o excesso de nitrogênio gera a eutrofização, processo na qual a água fica imprópria para a sobrevida aquática graças ao excesso de comida deixada pelos habitantes locais. Desequilíbrios do ciclo do nitrogênio
40. Ciclo do Fósforo Participa estruturalmente de moléculas fundamentais do metabolismo celular, como fosfolipídios, coenzimas e ácidos nucléicos. É um nutriente limitante do crescimento de plantas, especialmente as de ambientes aquáticos. Em abundância no meio ambiente, pode causar sérios problemas ambientais. Os grandes reservatórios de fósforo são as rochas e outros depósitos formados durante as eras geológicas, que, devido ao intemperismo, fornecem o fósforo para os ecossistemas, onde é absorvido pelos vegetais e posteriormente transferido aos animais, via cadeia alimentar. O retorno do fósforo ao meio ocorre pela ação de bactérias fosfolizantes, atuando nas carcaças de animais mortos. O fósforo retorna ao meio na forma de composto solúvel, sendo portanto facilmente carregado pela chuva para os lagos e rios e destes para os mares, de forma que o fundo do mar passa a ser um grande depósito de fósforo solúvel.
41. Ciclo do Fósforo Guano Aves marinhas desempenham um papel importante na restituição do fósforo marinho para o ambiente terrestre, pois ao se alimentarem de peixes marinhos e excretarem em terra firme, trazem o fósforo de volta ao ambiente terrestre.
43. Ciclo do Fósforo O uso mais comum para o fósforo é como fertilizante. Ele é um dos componentes principais do tipo de fertilizante mais utilizado, o fertilizante à base de NPK. Por ter a capacidade de formar compostos solúveis, o fósforo é facilmente carregado pela chuva para os lagos e rios, sendo justamente nessa etapa que podem ocorrer sérios danos ao meio ambiente, pois se um excesso de componentes nitrogenados e fosfatados, que são largamente utilizados como fertilizantes, entra em um lago ou rio, esses nutrientes podem causar aumento da população bacteriana e de algas verdes (fotossintéticas), originando um processo conhecido como eutrofização.
44. Eutrofização A eutrofização (ou eutroficação) é um processo normalmente de origem antrópica, raramente de ordem natural, tendo como princípio básico a gradativa concentração de matéria orgânica acumulada nos ambientes aquáticos. Entre os fatores impactantes, contribuindo com a crescente taxa de poluição neste ecossistema, estão: os dejetos domésticos (esgoto), fertilizantes agrícolas e efluentes industriais, diretamente despejados ou percolados em direção aos cursos hídricos (rios e lagos, por exemplo). Lagoa da Tijuca (BDT) Canal de Marapendi (BDT)
45. Eutrofização Durante esse processo, a quantidade excessiva de minerais (fosfato e nitrato) induz a multiplicação de micro-organismos (as algas) que habitam a superfície da água, formando uma camada densa, impedindo a penetração da luminosidade.
46. Eutrofização Esse fato implica na redução da taxa fotossintética nas camadas inferiores, ocasionando o déficit de oxigênio suficiente para atender a demanda respiratória dos organismos aeróbios (os peixes e mamíferos aquáticos), que em virtude das condições de baixo suprimento, não conseguem sobreviver, aumentando ainda mais o teor de matéria orgânica no meio.
47. Eutrofização Em consequência, o número de agentes decompositores também se eleva (bactérias anaeróbias facultativas), atuando na degradação da matéria morta, liberando toxinas que agravam ainda mais a situação dos ambientes afetados, comprometendo toda a cadeia alimentar, além de alterar a qualidade da água, também imprópria ao consumo humano. Lagoa de Araruama Baixada de Jacarepaguá
48. Elevada proliferação de fitoplâncton, com conseqüente incremento na produção de matéria orgânica. O Fenômeno da Eutrofização
49. O material orgânico proveniente das algas mortas provoca o crescimento de organismos decompositores aeróbios. Há consumo de todo o oxigênio dissolvido na água. Morte de seres aeróbios. Aumento da quantidade de matéria orgânica a ser decomposta. Desenvolvimento de organismos decompositores anaeróbios. Lançamento de quantidade muito grande de toxinas, alterando totalmente as propriedades químicas do meio aquático, invibializando todas as formas de vida. O Fenômeno da Eutrofização
51. Refere-se ao estado nutricional de um lago ou reservatório, mas é sempre descrito em termos da atividade biológica que ocorre como resultado dos níveis nutricionais. Os principais estados tróficos são os seguintes: Oligotrófico: bordas escarpadas; águas claras; baixo enriquecimento com nutrientes; pouco desenvolvimento planctônico; baixa produtividade; poucas plantas aquáticas; areia ou rochas ao longo da maior parte da costa; peixes de água fria; e elevado teor de oxigênio dissolvido. Mesotrófico: moderado enriquecimento com nutrientes; moderado crescimento planctônico; alguma acumulação de sedimentos na maior parte do fundo; e, em geral, suporta espécies de peixes de águas mais quentes. Eutrófico: elevado enriquecimento de nutrientes; muito crescimento planctônico (alta produtividade); extensa área coberta com plantas aquáticas; muita acumulação de sedimentos no fundo; baixos níveis de oxigênio dissolvido no fundo; e contem apenas espécies de peixes de águas quentes. Hipereutrófico: enriquecimento máximo de nutrientes; número excessivo de algas e plantas aquáticas (ao ponto de impedir ou dificultar a navegação). Exige intervenção do homem. Estado trófico de um manancial
52. Os principais impactos à qualidade da água associados com a Eutrofização são os seguintes: -> Algas nocivas (escumas, verde-azúis, sabor e odor, visual) -> Excessivo crescimento de macrófitas (diminuição do espelho d´água) -> Perda de transparência (diminuição da profundidade do disco de Secchi) -> Possível redução das macrófitas (por força da limitação da luz pelas algas e perifíton) -> Baixo nível de oxigênio dissolvido (perda do habitat e do alimento dos peixes) -> Excessiva produção de matéria orgânica (encobrimento de ovos e larvas) -> Algas azuis-verdes incomestíveis por certos zooplâncton (redução da eficiência da cadeia alimentar) -> Produção de gases tóxicos (amônia, H2S) na água do fundo (mais perda do habitat dos peixes) -> Possíveis toxinas de algumas espécies de algas-azuis -> Problemas nas ETA´s: formação do cloroforme (carcinógeno), pela reação da matéria orgânica com o cloro.
56. POLUENTE ATMOSFÉRICO Segundo CONAMA 03/90, poluente atmosférico é qualquer forma de matéria ou energia com intensidade e em quantidade, concentração,tempo ou características em desacordo com os níveis estabelecidos, e que tornem ou possam tornar o ar: -> impróprio, nocivo ou ofensivo a saúde; -> inconveniente ao bem-estar público; -> danoso aos materiais, à fauna e flora; -> prejudicial à segurança, ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
59. PRONAR ESTRATÉGIAS Gestões políticas Adoção de padrões nacionais de qualidade do ar Limites máximos de emissão Inventário nacional de fontes e poluentes do ar Gerenciamento do licenciamento de fontes de Poluição do ar Monitoramento da qualidade do ar Prevenção de deterioração significativa da qualidade do ar Primários e secundários Rede nacional Federal, estadual municipal Estruturação RH e laboratorial RESOLUÇÕES DO CONAMA PARA GESTÃO DA QUALIDADE DO AR Resolução 05/89: Instituiu o PRONAR - Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar, cuja estratégia básica é limitar, à nível nacional, as emissões por tipologia de fontes e poluentes prioritários, reservando o uso dos padrões de qualidade do ar como ação complementar de controle.
60. Limites Máximos de emissão Padrões de Qualidade do Ar PROCONVE PRONACOP Programa Nacional de Avaliação da Qualidade do Ar Programa Nacional de Inventário de Fontes Programas Estaduais de Controle da Poluição do Ar PRONAR INSTRUMENTOS Para que as ações de controle definidas pelo PRONAR pudessem ser concretizadas a nível nacional, ficaram estabelecidos alguns instrumentos de apoio e operacionalização: Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores Programa Nacional de Controle da Poluição Industrial