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A História Repensada – Keith Jenkins

          Resumo por Nilza Aparecida dos Santos




             Compara e verifica que há poucos escritos
sobre a teoria da História e analisa o discurso histórico
numa comparação com discursos de outras ciências,
partindo do pressuposto de que um mesmo objeto
observado pode ter diferentes interpretações e
variações de discurso em decorrência do profissional
que o observa.

          Cita alguns historiadores ingleses da década
de 1950 e 1960, como tradicionais e que uma
abordagem pós-modernista da História ainda está em
discussão.

             Na distinção entre passado e História se
refere ao passado como o passado, e à História como
os documentos e registros do passado, isto é a
historiografia.

             A História faz parte da Filosofia e que
recursos da Epistemologia, Metodologia e Ideologia
precisam ser explanados se quisermos compreender o
que é a História.

              Nessa perspectiva também discorre sobre
certas tendências da sociedade como o positivismo, o
marxismo, o empirismo, e também da subjetividade do
discurso histórico quando da imperfeição das fontes.

              O historiador deve desenvolver severas
regras metodológicas. O conhecimento advém de
regras e procedimentos metodológicos rígidos.
Relaciona vários historiadores tradicionais
que desenvolveram metodologias, como por exemplo,
Hegel, Marx, Weber, Collingwood...Etc., bem como
tendências modernistas como a escola de Annales, os
econometristas, os neomarxistas e muitos outros.

                  Temos sempre que optar por algum
método.

                  A teoria baseia-se na observação do
passado histórico relatado nos documentos e registros,
na Epistemologia, Metodologia e Ideologia, na escolha
do método investigativo e na definição de alguns
conceitos históricos.

                Os conceitos históricos são chamados
de alicerces da História, trata-se de, por exemplo:
tempo, prova/ corroboração, empatia, causa e efeito
continuidade e mudança.

                   No que é a História e para quem é a
História problematiza e argumenta que a História tem
significados diferentes para diferentes grupos.

                     Cada um espera algo diferente da
História, como o passado tem sido usado para explicar
existências presentes e projetos futuros, a História é,
portanto ideológica.

                     Nenhum texto é fundamentalmente
correto e a historiografia é a própria matéria constituinte
da História, estando também subordinada a uma visão
pessoal do historiador, até mesmo pela imperfeição das
fontes, seus métodos e a escolha do material.

                  Na prática a História é produzida por
historiadores que trabalham nas universidades, seus
valores, posições, perspectivas ideológicas, seus
pressupostos ideológicos, a maneira de adquirir o
conhecimento. Diante disso o historiador organiza e
reorganiza, formula hipóteses, etc.
Usa vocabulário próprio, métodos,
concentração e vigor surgindo as técnicas de trabalho,
as habilidades do historiador.

              A transformação do passado em história
é o trabalho básico do historiador, tendo feito a
pesquisa, começa então a escrevê-la.

                  O historiador está também sujeito a
influências externas, como a família, o trabalho, a
editora, etc, mas nenhuma dessas coisas age sobre o
que está sendo relatado.

                   Apesar de que as leituras de texto
variam em vários momentos para um mesmo leitor em
interpretação, conclui-se que a História é relativa, mas
emancipa o modo reflexivo que conduz ao
conhecimento.

                O conhecimento da verdade pode ser
apurado numa estrutura segura sobre alicerces seguros
e certos. A verdade deve ser estruturada sobre um
conjunto de procedimentos para a produção, a lei, a
repartição, a circulação e o funcionamento dos
enunciados.

                Os fatos e a interpretação: o historiador
tem ambições de descobrir não apenas o que
aconteceu, mas também, como e porque aconteceu e o
que as coisas significavam e significam.(p. 60).

                    Quanto á parcialidade é preciso
aprender a julgar, pesar as coisas e ver ambos os
lados.

                  A empatia é se colocar na medida do
possível no lugar do outro. Ver as coisas pelo olhar do
outro. A empatia usa a pedagogia no envolvimento, o
idealismo na alteridade, e a ideologia no liberalismo,
para entender o ponto de vista dos outros.

                   Na prova, o vestígio (fonte) é usado
para sustentar um argumento, é importante também ver
a História segundo a mentalidade do historiador.
As fontes primárias são vestígios do
passado e também podem ser secundárias. O
historiador em seu trabalho de pesquisa recorre a
várias fontes e estabelece comparações, priorizando a
fonte original.

                 No pareamento, verifica as causas e
conseqüências,    semelhanças      e      diferenças,
continuidade e mudança de um acontecimento num
determinado tempo, através de uma abordagem
metodológica   e    pesquisando   também       outros
historiadores.

                     Disso resulta que a História é uma
semiciência   pela    própria natureza dos materiais
históricos.

                       Na conclusão reflete sobre seu
discurso e afirma que defendeu um ceticismo positivo e
reflexivo. Que a História foi escrita por pressões que
vão além do passado, sendo possível entendê-la com
as práticas e as idéias pós-modernistas.

                  O pós-modernismo engloba uma série
de novas tendências, como por exemplo, a
secularização,      democratização,     consumismo,
computadorização, valor conquistado, capitalismo,
ética, etc. Não pretende ser de direita, nem de
esquerda, nem de centro, mas intertextual, sendo,
portanto inclusivo. E no mundo pós-moderno deve-se
argumentar o conteúdo e o contexto da História numa
reflexão metodológica sobre a maneira de se fazer
história.

                     “Não tanto uma História para nos
ajudar a entender o mundo em que vivemos, mas antes
uma série de histórias do presente” (p.107).

        Resumo do livro: Keith, Jenkins. A História
Repensada. São Paulo. Editora Contexto. 2007.

          Resumo feito por:

          Nilza Aparecida dos Santos
Bibliografia

          A História Repensada por Keith Jenkins
Editora Contexto 2007, 120 Página 85-7244-168-9

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A HistóRia Repensada

  • 1. A História Repensada – Keith Jenkins Resumo por Nilza Aparecida dos Santos Compara e verifica que há poucos escritos sobre a teoria da História e analisa o discurso histórico numa comparação com discursos de outras ciências, partindo do pressuposto de que um mesmo objeto observado pode ter diferentes interpretações e variações de discurso em decorrência do profissional que o observa. Cita alguns historiadores ingleses da década de 1950 e 1960, como tradicionais e que uma abordagem pós-modernista da História ainda está em discussão. Na distinção entre passado e História se refere ao passado como o passado, e à História como os documentos e registros do passado, isto é a historiografia. A História faz parte da Filosofia e que recursos da Epistemologia, Metodologia e Ideologia precisam ser explanados se quisermos compreender o que é a História. Nessa perspectiva também discorre sobre certas tendências da sociedade como o positivismo, o marxismo, o empirismo, e também da subjetividade do discurso histórico quando da imperfeição das fontes. O historiador deve desenvolver severas regras metodológicas. O conhecimento advém de regras e procedimentos metodológicos rígidos.
  • 2. Relaciona vários historiadores tradicionais que desenvolveram metodologias, como por exemplo, Hegel, Marx, Weber, Collingwood...Etc., bem como tendências modernistas como a escola de Annales, os econometristas, os neomarxistas e muitos outros. Temos sempre que optar por algum método. A teoria baseia-se na observação do passado histórico relatado nos documentos e registros, na Epistemologia, Metodologia e Ideologia, na escolha do método investigativo e na definição de alguns conceitos históricos. Os conceitos históricos são chamados de alicerces da História, trata-se de, por exemplo: tempo, prova/ corroboração, empatia, causa e efeito continuidade e mudança. No que é a História e para quem é a História problematiza e argumenta que a História tem significados diferentes para diferentes grupos. Cada um espera algo diferente da História, como o passado tem sido usado para explicar existências presentes e projetos futuros, a História é, portanto ideológica. Nenhum texto é fundamentalmente correto e a historiografia é a própria matéria constituinte da História, estando também subordinada a uma visão pessoal do historiador, até mesmo pela imperfeição das fontes, seus métodos e a escolha do material. Na prática a História é produzida por historiadores que trabalham nas universidades, seus valores, posições, perspectivas ideológicas, seus pressupostos ideológicos, a maneira de adquirir o conhecimento. Diante disso o historiador organiza e reorganiza, formula hipóteses, etc.
  • 3. Usa vocabulário próprio, métodos, concentração e vigor surgindo as técnicas de trabalho, as habilidades do historiador. A transformação do passado em história é o trabalho básico do historiador, tendo feito a pesquisa, começa então a escrevê-la. O historiador está também sujeito a influências externas, como a família, o trabalho, a editora, etc, mas nenhuma dessas coisas age sobre o que está sendo relatado. Apesar de que as leituras de texto variam em vários momentos para um mesmo leitor em interpretação, conclui-se que a História é relativa, mas emancipa o modo reflexivo que conduz ao conhecimento. O conhecimento da verdade pode ser apurado numa estrutura segura sobre alicerces seguros e certos. A verdade deve ser estruturada sobre um conjunto de procedimentos para a produção, a lei, a repartição, a circulação e o funcionamento dos enunciados. Os fatos e a interpretação: o historiador tem ambições de descobrir não apenas o que aconteceu, mas também, como e porque aconteceu e o que as coisas significavam e significam.(p. 60). Quanto á parcialidade é preciso aprender a julgar, pesar as coisas e ver ambos os lados. A empatia é se colocar na medida do possível no lugar do outro. Ver as coisas pelo olhar do outro. A empatia usa a pedagogia no envolvimento, o idealismo na alteridade, e a ideologia no liberalismo, para entender o ponto de vista dos outros. Na prova, o vestígio (fonte) é usado para sustentar um argumento, é importante também ver a História segundo a mentalidade do historiador.
  • 4. As fontes primárias são vestígios do passado e também podem ser secundárias. O historiador em seu trabalho de pesquisa recorre a várias fontes e estabelece comparações, priorizando a fonte original. No pareamento, verifica as causas e conseqüências, semelhanças e diferenças, continuidade e mudança de um acontecimento num determinado tempo, através de uma abordagem metodológica e pesquisando também outros historiadores. Disso resulta que a História é uma semiciência pela própria natureza dos materiais históricos. Na conclusão reflete sobre seu discurso e afirma que defendeu um ceticismo positivo e reflexivo. Que a História foi escrita por pressões que vão além do passado, sendo possível entendê-la com as práticas e as idéias pós-modernistas. O pós-modernismo engloba uma série de novas tendências, como por exemplo, a secularização, democratização, consumismo, computadorização, valor conquistado, capitalismo, ética, etc. Não pretende ser de direita, nem de esquerda, nem de centro, mas intertextual, sendo, portanto inclusivo. E no mundo pós-moderno deve-se argumentar o conteúdo e o contexto da História numa reflexão metodológica sobre a maneira de se fazer história. “Não tanto uma História para nos ajudar a entender o mundo em que vivemos, mas antes uma série de histórias do presente” (p.107). Resumo do livro: Keith, Jenkins. A História Repensada. São Paulo. Editora Contexto. 2007. Resumo feito por: Nilza Aparecida dos Santos
  • 5. Bibliografia A História Repensada por Keith Jenkins Editora Contexto 2007, 120 Página 85-7244-168-9