O documento discute a natureza da história e como ela é produzida. Em três pontos principais: 1) A história é um discurso sobre o passado construído a partir de perspectivas presentes, não um relato objetivo; 2) Existem múltiplas interpretações válidas do passado, sem uma única "verdade"; 3) A produção da história é influenciada por fatores ideológicos e institucionais.
1) O documento descreve a metodologia etnográfica de Bronislaw Malinowski em seu estudo das ilhas Trobriand. Ele defendia a observação participante e o registro detalhado de evidências para entender uma cultura de dentro.
2) Malinowski realizou uma descrição detalhada da sociedade trobriandesa, incluindo sua organização social, crenças e instituições como o Kula.
3) O Kula era uma troca cerimonial de colares e braceletes de concha entre várias ilhas, que desempenh
O documento discute a diversidade cultural no Brasil, mencionando como três raças (indígenas, europeus e africanos) contribuíram para a cultura brasileira. Também aborda conceitos como etnocentrismo, relativismo cultural e os desafios enfrentados pelos povos indígenas para preservação de sua cultura.
1) O documento discute os diversos modos de produção da existência humana ao longo da história, incluindo o modo primitivo, o modo asiático e o modo escravista.
2) É apresentada a teoria marxista, que vê a história como determinada pelas condições econômicas e a luta de classes.
3) Os modos de produção capitalista e socialista são definidos em termos de propriedade dos meios de produção e relações de trabalho.
O documento descreve o que é antropologia, dividindo-a em duas esferas principais: antropologia biológica e antropologia cultural. A antropologia biológica estuda os aspectos biológicos dos seres humanos e a evolução da humanidade, enquanto a antropologia cultural se dedica ao desenvolvimento das sociedades humanas, estudando comportamentos, cultura e linguística.
O documento apresenta um resumo da introdução à sociologia, descrevendo a ciência como o estudo do comportamento humano em sociedade. Detalha os principais marcos históricos do surgimento da sociologia como disciplina, incluindo as revoluções francesa e industrial, e apresenta pensadores fundamentais como Comte, Durkheim e Weber, além das principais correntes sociológicas.
O documento descreve a origem e o desenvolvimento da Sociologia. A Sociologia surgiu na Europa do século XIX para estudar as transformações sociais resultantes da industrialização e urbanização. Pensadores como Comte, Marx, Durkheim e Weber contribuíram para estabelecer a Sociologia como uma ciência que utiliza métodos científicos para analisar fatos sociais e as relações dentro da sociedade.
O documento discute a influência da cultura de consumo nas relações humanas e sociais, citando filósofos e passagens bíblicas que criticam a acumulação excessiva de bens. A sociedade de consumo é analisada, incluindo a manipulação do capital para obter apoio político e a busca por bodes expiatórios. O consumo é visto como forma de expressar cultura e identidade, mas também pode levar à exclusão social.
Este documento apresenta um plano de curso de Antropologia Cultural ministrado no Centro de Formação Missiológica (CFM). O plano de curso inclui introdução à disciplina, objetivos, bases bíblicas e científicas da Antropologia, conceitos-chave e teorias antropológicas. Também apresenta abordagens e métodos antropológicos, história da Etnologia brasileira, categorias culturais e a relação entre Antropologia e Missões. O plano detalha avaliações, leituras obrig
1) O documento descreve a metodologia etnográfica de Bronislaw Malinowski em seu estudo das ilhas Trobriand. Ele defendia a observação participante e o registro detalhado de evidências para entender uma cultura de dentro.
2) Malinowski realizou uma descrição detalhada da sociedade trobriandesa, incluindo sua organização social, crenças e instituições como o Kula.
3) O Kula era uma troca cerimonial de colares e braceletes de concha entre várias ilhas, que desempenh
O documento discute a diversidade cultural no Brasil, mencionando como três raças (indígenas, europeus e africanos) contribuíram para a cultura brasileira. Também aborda conceitos como etnocentrismo, relativismo cultural e os desafios enfrentados pelos povos indígenas para preservação de sua cultura.
1) O documento discute os diversos modos de produção da existência humana ao longo da história, incluindo o modo primitivo, o modo asiático e o modo escravista.
2) É apresentada a teoria marxista, que vê a história como determinada pelas condições econômicas e a luta de classes.
3) Os modos de produção capitalista e socialista são definidos em termos de propriedade dos meios de produção e relações de trabalho.
O documento descreve o que é antropologia, dividindo-a em duas esferas principais: antropologia biológica e antropologia cultural. A antropologia biológica estuda os aspectos biológicos dos seres humanos e a evolução da humanidade, enquanto a antropologia cultural se dedica ao desenvolvimento das sociedades humanas, estudando comportamentos, cultura e linguística.
O documento apresenta um resumo da introdução à sociologia, descrevendo a ciência como o estudo do comportamento humano em sociedade. Detalha os principais marcos históricos do surgimento da sociologia como disciplina, incluindo as revoluções francesa e industrial, e apresenta pensadores fundamentais como Comte, Durkheim e Weber, além das principais correntes sociológicas.
O documento descreve a origem e o desenvolvimento da Sociologia. A Sociologia surgiu na Europa do século XIX para estudar as transformações sociais resultantes da industrialização e urbanização. Pensadores como Comte, Marx, Durkheim e Weber contribuíram para estabelecer a Sociologia como uma ciência que utiliza métodos científicos para analisar fatos sociais e as relações dentro da sociedade.
O documento discute a influência da cultura de consumo nas relações humanas e sociais, citando filósofos e passagens bíblicas que criticam a acumulação excessiva de bens. A sociedade de consumo é analisada, incluindo a manipulação do capital para obter apoio político e a busca por bodes expiatórios. O consumo é visto como forma de expressar cultura e identidade, mas também pode levar à exclusão social.
Este documento apresenta um plano de curso de Antropologia Cultural ministrado no Centro de Formação Missiológica (CFM). O plano de curso inclui introdução à disciplina, objetivos, bases bíblicas e científicas da Antropologia, conceitos-chave e teorias antropológicas. Também apresenta abordagens e métodos antropológicos, história da Etnologia brasileira, categorias culturais e a relação entre Antropologia e Missões. O plano detalha avaliações, leituras obrig
O documento discute a antropologia como campo de estudo e abordagem. Ele descreve como a antropologia surgiu na Europa no final do século 18 para estudar o homem como objeto científico, e como passou a estudar sociedades não ocidentais e camponeses. Também resume as principais abordagens da antropologia como biológica, pré-histórica, linguística e social/cultural.
O documento discute os principais fatores históricos que levaram ao surgimento da sociologia como disciplina, incluindo a expansão marítima, formação de estados nacionais, reforma protestante e iluminismo. Também apresenta os principais pensadores da sociologia como Augusto Comte, Émile Durkheim e Karl Marx, destacando suas teorias e como abordaram temas relevantes de suas épocas.
1) A historiografia positivista do século XIX se caracterizou por se concentrar na pesquisa exaustiva de fatos através de percepção sensorial e documentação, visando estabelecer leis gerais da história.
2) Os principais positivistas, como Comte, Taine e Renan, deram ênfase aos fatores ambientais, raciais e circunstanciais na análise histórica.
3) No entanto, a abordagem positivista também apresentava limitações como a passividade do historiador e a ênfase
O documento discute a importância do estudo da História, mencionando Heródoto como o pai da História e descrevendo conceitos fundamentais como processo histórico, temporalidade e sujeitos históricos.
O documento descreve o método etnográfico de trabalho de campo desenvolvido por Bronislaw Malinowski. Ele propôs estudos profundos e contínuos de microsociedades não ocidentais por meio da observação direta e interação com os grupos. Isso inclui viver com os trobiandeses nas Ilhas Trobriand para aprender sua língua e cultura sem auxílio externo. O método envolve observação participante, diários de campo e entrevistas para descrever densamente as culturas estudadas.
Os principais representantes da sociologia no Brasil.
Geração de 30: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
Segunda Geração: Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
O texto discute a teoria da História e como diferentes abordagens e perspectivas ideológicas influenciam a interpretação dos fatos históricos. Defende que a História é relativa e depende do historiador, sendo influenciada por valores, posições e pressupostos. Aponta que a abordagem pós-modernista questiona a noção de uma única verdade histórica e defende que diferentes grupos esperam coisas diferentes da História.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos da história, incluindo:
1) A história estuda o homem no transcorrer do tempo, analisando o que fizeram, pensaram e sentiram.
2) Existem diferentes modos de produção ao longo da história, incluindo primitivo, asiático, feudal e capitalista.
3) As fontes históricas incluem documentos escritos e não escritos, e o historiador deve buscar a objetividade ao analisá-las.
O documento discute os conceitos de cultura, mudança cultural, aculturação, assimilação e apropriação cultural. Define cultura como um conjunto de ideias, comportamentos e práticas sociais aprendidos e transmitidos entre gerações. Explica que a cultura é dinâmica e sofre mudanças através da invenção, difusão e descoberta de novos conceitos. Distingue aculturação de assimilação e apropriação cultural, sendo esta última vista de forma mais negativa quando envolve a dominação de uma cultura por outra.
O documento discute a concepção de poder de Michel Foucault, argumentando que: (1) o poder não vem de cima, mas é exercido em todas as relações sociais; (2) o poder não é centralizado, mas múltiplo e reversível; (3) sempre há resistência ao poder, que não vem de um centro revolucionário, mas de focos dispersos na sociedade.
O documento discute os principais conceitos e pensadores da dialética. Aborda a dialética em Hegel, Marx e Engels, enfatizando que para eles a dialética não é apenas um método, mas uma postura ontológica e epistemológica. Também apresenta princípios, características e categorias da dialética marxista, além de discutir a pesquisa dialética e apresentar exemplos de categorias dialetizadas.
O documento resume a obra "Modernidade Líquida" de Zygmunt Bauman, que contrasta a modernidade sólida com a modernidade líquida atual. A modernidade líquida é caracterizada pela impermanência, flexibilidade e gestão de incertezas, em contraste com a permanência, rigidez e administração da modernidade sólida. Bauman argumenta que na modernidade líquida há uma ênfase na individualização que corroeu a cidadania.
O documento discute a periodização da história dividida em Pré-História e História propriamente dita, e como esta é dividida em períodos como a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna/Contemporânea de acordo com marcos como o advento da escrita e queda do Império Romano. Também debate conceitos como positivismo e como a história deve ser constantemente reescrita.
Pierre Nora analisa a distinção entre memória e história. A memória é vivida e afetiva, enquanto a história é uma reconstrução intelectual e crítica do passado. Nora propõe o conceito de "lugares de memória" para se referir a traços do passado preservados em um momento em que a memória vivida está desaparecendo diante da aceleração da história. Esses lugares preservam marcas da identidade de grupos ameaçados pelo esquecimento.
O documento discute os conceitos de Pierre Bourdieu sobre educação e hierarquia social. Bourdieu argumenta que a escola tende a perpetuar desigualdades sociais ao tratar todos os alunos da mesma forma, ignorando suas diferentes origens culturais e sociais. Ele também analisa como o capital cultural adquirido na família influencia o sucesso escolar e como a escola valoriza a cultura das classes dominantes. Por fim, discute como a estrutura escolar funciona para excluir os alunos das classes menos favorecidas.
1) O documento discute a competência narrativa da consciência histórica segundo Jörn Rüsen, propondo quatro tipos de consciência histórica que representam estágios de desenvolvimento;
2) Rüsen argumenta que a aprendizagem histórica envolve o desenvolvimento de três competências - experiência, interpretação e orientação - através de um processo estrutural;
3) A investigação empírica da consciência histórica é desafiadora devido à sua complexidade e múltiplas dimensões, requerendo abordagens qualit
Max Weber analisou três tipos puros de dominação legítima: dominação legal, tradicional e carismática. A dominação legal se baseia na crença em regras objetivas e é encontrada na burocracia moderna. A dominação tradicional se baseia na crença em tradições e poderes antigos. A dominação carismática se baseia na devoção à pessoa carismática.
3 filosofia moderna e iluminista filosofiaDaniele Rubim
A filosofia moderna surgiu com o fim do feudalismo e a ascensão do capitalismo, enfatizando o uso da razão, ciência e liberdade. A Revolução Científica substituiu a visão geocêntrica por uma heliocêntrica, colocando o homem fora do centro do universo. René Descartes estabeleceu métodos científicos através do método cartesiano, enquanto o empirismo inglês defendia a experiência. O Iluminismo expandiu novas ideias racionais e a Enciclop
O documento discute a história da educação na Idade Moderna, especificamente no século XVII. Ele descreve o contexto histórico de implantação do capitalismo e mercantilismo, além do poder absoluto dos reis. Também discute pensadores como Descartes, Bacon, Locke e Galileu e suas contribuições para o pensamento moderno. Finalmente, apresenta alguns dos principais representantes da educação na época, como Comenius e Locke, e os diferentes tipos de instituições educacionais como escolas religiosas e públicas.
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluidoEwerton Gindri
1. O documento discute conceitos da Análise do Discurso como sujeito, forma-sujeito e posição-sujeito e sua relação com a linguagem e história.
2. Aborda também como história e historicidade se inscrevem no discurso e são compreendidas pela AD.
3. Apresenta citações que refletem sobre a produção do conhecimento e sua relação com a luta de classes.
O documento discute três temas principais:
1) A história narrativa, como foi rejeitada no século XIX em favor da objetividade, mas ressurgiu nos anos 1970 valorizando a narrativa e estilo.
2) O materialismo histórico de Marx, focando nas relações de produção, classes sociais e luta de classes.
3) A relação entre história e memória, como a memória foi transformada com a escrita e impressão, e pode ser manipulada para exercer poder.
O documento discute a antropologia como campo de estudo e abordagem. Ele descreve como a antropologia surgiu na Europa no final do século 18 para estudar o homem como objeto científico, e como passou a estudar sociedades não ocidentais e camponeses. Também resume as principais abordagens da antropologia como biológica, pré-histórica, linguística e social/cultural.
O documento discute os principais fatores históricos que levaram ao surgimento da sociologia como disciplina, incluindo a expansão marítima, formação de estados nacionais, reforma protestante e iluminismo. Também apresenta os principais pensadores da sociologia como Augusto Comte, Émile Durkheim e Karl Marx, destacando suas teorias e como abordaram temas relevantes de suas épocas.
1) A historiografia positivista do século XIX se caracterizou por se concentrar na pesquisa exaustiva de fatos através de percepção sensorial e documentação, visando estabelecer leis gerais da história.
2) Os principais positivistas, como Comte, Taine e Renan, deram ênfase aos fatores ambientais, raciais e circunstanciais na análise histórica.
3) No entanto, a abordagem positivista também apresentava limitações como a passividade do historiador e a ênfase
O documento discute a importância do estudo da História, mencionando Heródoto como o pai da História e descrevendo conceitos fundamentais como processo histórico, temporalidade e sujeitos históricos.
O documento descreve o método etnográfico de trabalho de campo desenvolvido por Bronislaw Malinowski. Ele propôs estudos profundos e contínuos de microsociedades não ocidentais por meio da observação direta e interação com os grupos. Isso inclui viver com os trobiandeses nas Ilhas Trobriand para aprender sua língua e cultura sem auxílio externo. O método envolve observação participante, diários de campo e entrevistas para descrever densamente as culturas estudadas.
Os principais representantes da sociologia no Brasil.
Geração de 30: Gilberto Freyre, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda.
Segunda Geração: Darcy Ribeiro, Florestan Fernandes e Paulo Freire.
O documento discute os conceitos fundamentais da antropologia cultural, incluindo: 1) A definição de cultura como um sistema de significados compartilhados que é aprendido socialmente; 2) Os primeiros antropólogos como Tylor e Boas que desenvolveram conceitos de cultura; 3) A importância do relativismo cultural e da etnografia para entender cada cultura em seus próprios termos.
O texto discute a teoria da História e como diferentes abordagens e perspectivas ideológicas influenciam a interpretação dos fatos históricos. Defende que a História é relativa e depende do historiador, sendo influenciada por valores, posições e pressupostos. Aponta que a abordagem pós-modernista questiona a noção de uma única verdade histórica e defende que diferentes grupos esperam coisas diferentes da História.
Este documento fornece uma introdução aos principais conceitos da história, incluindo:
1) A história estuda o homem no transcorrer do tempo, analisando o que fizeram, pensaram e sentiram.
2) Existem diferentes modos de produção ao longo da história, incluindo primitivo, asiático, feudal e capitalista.
3) As fontes históricas incluem documentos escritos e não escritos, e o historiador deve buscar a objetividade ao analisá-las.
O documento discute os conceitos de cultura, mudança cultural, aculturação, assimilação e apropriação cultural. Define cultura como um conjunto de ideias, comportamentos e práticas sociais aprendidos e transmitidos entre gerações. Explica que a cultura é dinâmica e sofre mudanças através da invenção, difusão e descoberta de novos conceitos. Distingue aculturação de assimilação e apropriação cultural, sendo esta última vista de forma mais negativa quando envolve a dominação de uma cultura por outra.
O documento discute a concepção de poder de Michel Foucault, argumentando que: (1) o poder não vem de cima, mas é exercido em todas as relações sociais; (2) o poder não é centralizado, mas múltiplo e reversível; (3) sempre há resistência ao poder, que não vem de um centro revolucionário, mas de focos dispersos na sociedade.
O documento discute os principais conceitos e pensadores da dialética. Aborda a dialética em Hegel, Marx e Engels, enfatizando que para eles a dialética não é apenas um método, mas uma postura ontológica e epistemológica. Também apresenta princípios, características e categorias da dialética marxista, além de discutir a pesquisa dialética e apresentar exemplos de categorias dialetizadas.
O documento resume a obra "Modernidade Líquida" de Zygmunt Bauman, que contrasta a modernidade sólida com a modernidade líquida atual. A modernidade líquida é caracterizada pela impermanência, flexibilidade e gestão de incertezas, em contraste com a permanência, rigidez e administração da modernidade sólida. Bauman argumenta que na modernidade líquida há uma ênfase na individualização que corroeu a cidadania.
O documento discute a periodização da história dividida em Pré-História e História propriamente dita, e como esta é dividida em períodos como a Antiguidade, Idade Média e Idade Moderna/Contemporânea de acordo com marcos como o advento da escrita e queda do Império Romano. Também debate conceitos como positivismo e como a história deve ser constantemente reescrita.
Pierre Nora analisa a distinção entre memória e história. A memória é vivida e afetiva, enquanto a história é uma reconstrução intelectual e crítica do passado. Nora propõe o conceito de "lugares de memória" para se referir a traços do passado preservados em um momento em que a memória vivida está desaparecendo diante da aceleração da história. Esses lugares preservam marcas da identidade de grupos ameaçados pelo esquecimento.
O documento discute os conceitos de Pierre Bourdieu sobre educação e hierarquia social. Bourdieu argumenta que a escola tende a perpetuar desigualdades sociais ao tratar todos os alunos da mesma forma, ignorando suas diferentes origens culturais e sociais. Ele também analisa como o capital cultural adquirido na família influencia o sucesso escolar e como a escola valoriza a cultura das classes dominantes. Por fim, discute como a estrutura escolar funciona para excluir os alunos das classes menos favorecidas.
1) O documento discute a competência narrativa da consciência histórica segundo Jörn Rüsen, propondo quatro tipos de consciência histórica que representam estágios de desenvolvimento;
2) Rüsen argumenta que a aprendizagem histórica envolve o desenvolvimento de três competências - experiência, interpretação e orientação - através de um processo estrutural;
3) A investigação empírica da consciência histórica é desafiadora devido à sua complexidade e múltiplas dimensões, requerendo abordagens qualit
Max Weber analisou três tipos puros de dominação legítima: dominação legal, tradicional e carismática. A dominação legal se baseia na crença em regras objetivas e é encontrada na burocracia moderna. A dominação tradicional se baseia na crença em tradições e poderes antigos. A dominação carismática se baseia na devoção à pessoa carismática.
3 filosofia moderna e iluminista filosofiaDaniele Rubim
A filosofia moderna surgiu com o fim do feudalismo e a ascensão do capitalismo, enfatizando o uso da razão, ciência e liberdade. A Revolução Científica substituiu a visão geocêntrica por uma heliocêntrica, colocando o homem fora do centro do universo. René Descartes estabeleceu métodos científicos através do método cartesiano, enquanto o empirismo inglês defendia a experiência. O Iluminismo expandiu novas ideias racionais e a Enciclop
O documento discute a história da educação na Idade Moderna, especificamente no século XVII. Ele descreve o contexto histórico de implantação do capitalismo e mercantilismo, além do poder absoluto dos reis. Também discute pensadores como Descartes, Bacon, Locke e Galileu e suas contribuições para o pensamento moderno. Finalmente, apresenta alguns dos principais representantes da educação na época, como Comenius e Locke, e os diferentes tipos de instituições educacionais como escolas religiosas e públicas.
A pós modernidade e a forma-sujeito-fluidoEwerton Gindri
1. O documento discute conceitos da Análise do Discurso como sujeito, forma-sujeito e posição-sujeito e sua relação com a linguagem e história.
2. Aborda também como história e historicidade se inscrevem no discurso e são compreendidas pela AD.
3. Apresenta citações que refletem sobre a produção do conhecimento e sua relação com a luta de classes.
O documento discute três temas principais:
1) A história narrativa, como foi rejeitada no século XIX em favor da objetividade, mas ressurgiu nos anos 1970 valorizando a narrativa e estilo.
2) O materialismo histórico de Marx, focando nas relações de produção, classes sociais e luta de classes.
3) A relação entre história e memória, como a memória foi transformada com a escrita e impressão, e pode ser manipulada para exercer poder.
Este documento resume um livro de ensaios escrito por Ciro Flamarion Cardoso sobre teoria e metodologia histórica. O autor discute várias correntes historiográficas como o marxismo, a Escola dos Annales, o pós-modernismo e a História Cultural. Ele também analisa questões como narrativa histórica, religião, identidade nacional, arte e como sociedade e cultura foram entendidas ao longo do tempo.
Este documento apresenta o conceito de História, discutindo:
1) A História estuda os homens no tempo, buscando compreender as relações entre fenômenos sociais em diferentes épocas.
2) O presente orienta os estudos históricos, com os historiadores interrogando o passado a partir de problemas atuais.
3) Os relatos históricos refletem as épocas em que foram escritos e não representam exatamente os fatos passados.
Roger Chartier propõe uma nova abordagem para a história cultural, focando nas representações sociais e práticas culturais ao invés de apenas eventos. Ele argumenta que as representações constroem o sentido do presente e que o historiador deve considerar como os textos são apropriados e lidos. Chartier também discute como conceitos de outros teóricos como Foucault, Certeau e Bourdieu influenciaram seu trabalho.
Roger Chartier propõe uma nova abordagem para a história cultural, focando nas representações sociais e práticas culturais ao invés de apenas eventos. Seu livro discute como as representações constroem o sentido social e como a leitura e apropriação dos textos influenciam o leitor. Chartier também reflete sobre como os historiadores produzem discursos históricos e devem considerar as técnicas narrativas e posições sociais.
O documento discute a importância da teoria literária para a escrita da história. Afirma que a história só pode ser acessada através da linguagem e que a experiência da história está ligada ao discurso sobre ela. Também argumenta que a narrativa sempre foi e continua sendo a forma predominante de escrita da história e que a teoria literária pode ajudar a explicar a persistência da narrativa na historiografia.
Paul Ricoeur - intencionalidade históricacrislautert
O documento discute a distinção entre historiografia e narrativa segundo Paul Ricoeur. Ricoeur argumenta que a ruptura entre os dois afeta três níveis: procedimentos, entidades e temporalidade. A historiografia se diferencia da narrativa nos processos explicativos, entidades analisadas e no conceito de tempo histórico.
O documento discute dois ensaios de Lévi-Strauss sobre a relação entre História e Etnologia. No primeiro ensaio de 1949, Lévi-Strauss argumenta que a Etnologia deve se diferenciar da História focando no presente em vez do passado. No segundo ensaio de 1983, Lévi-Strauss adota uma abordagem mais conciliatória entre as disciplinas.
Este documento discute a representação do passado na historiografia entre o historicismo do século XIX e o narrativismo do século XX. O historicismo enfatizou a pesquisa rigorosa de fontes para construir narrativas individuais, enquanto o narrativismo questionou a referencialidade dos textos históricos. O autor argumenta que esses paradigmas podem ser conciliados em uma abordagem que atenda tanto a filosofia da pesquisa quanto da narrativa histórica.
Este documento fornece uma introdução sobre o estudo e aprendizado da história. Aborda conceitos como períodos históricos, fontes históricas, níveis de desempenho, tempo histórico e a relatividade do conhecimento histórico. O objetivo é compreender a noção de período histórico e reconhecer a diversidade de documentos históricos de forma crítica.
Este documento apresenta uma coletânea de artigos acadêmicos sobre as transformações na disciplina da História nas últimas décadas. Os textos discutem questões teóricas e metodológicas complexas como narrativa, discurso, poder e subjetividade. A coletânea foi organizada com o objetivo de disponibilizar discussões sobre as mudanças epistemológicas na escrita da História para estudantes e público em geral.
Os grandes filósofos edificantes oferecem sátiras e paródias intencionalmente periféricas para destroem ideias para beneficiar sua geração, ao contrário dos filósofos sistemáticos que constroem teorias para a eternidade.
Este artigo discute três pontos principais:
1) A importância de identificar o "lugar de produção" dos textos usados como fontes históricas.
2) Como o conceito de "lugar de produção" foi desenvolvido por Michel de Certeau para analisar a historiografia.
3) A aplicação deste conceito para entender que as fontes históricas também foram produzidas em um contexto específico.
O documento discute o significado da palavra "história" e como o conhecimento histórico é produzido. Ele explica que "História" refere-se à disciplina acadêmica, enquanto "história" refere-se ao objeto de estudo, a experiência humana no tempo. Também discute como o significado de "história" mudou ao longo do tempo e entre sociedades. Finalmente, argumenta que estudar história envolve reconstruir o passado de forma racional através de fontes históricas e evidências.
O tempo presente o trabalho do historiador e a relação passadopresente no est...JONASFERNANDESDELIMA1
O documento discute como o trabalho do historiador envolve questionar o presente para compreender o passado, como as diferentes temporalidades se sobrepõem na História, e como as fontes históricas podem ajudar nesse processo de questionamento e compreensão.
O artigo descreve os métodos de pesquisa utilizados na história da psicologia, discutindo: 1) as relações entre o trabalho histórico, a preservação da memória e a criação de documentos; 2) a existência de diversas abordagens metodológicas dependendo do objeto escolhido; 3) as novas interações entre historiografia, ciências humanas e psicologia, incluindo abordagens interdisciplinares como a psicologia histórica.
Este artigo discute (1) os limites da história como disciplina científica diante das incertezas do futuro e a necessidade de mudanças nos grandes recortes analisados, como civilizações e nações, (2) como essas unidades de análise acabam naturalizadas e projetadas no passado de forma ideológica, obscurecendo outras histórias, e (3) a necessidade de se ter consciência da arbitrariedade dessas formas de análise para se poder produzir visões alternativas do passado.
Este documento discute as relações entre as práticas historiográficas e as novas tecnologias. Analisa como categorias como tempo, espaço e memória são afetadas pelas novas tecnologias de comunicação e como isso exige reflexão sobre como a história é pensada e praticada. Também levanta questões sobre como linguagens e memórias artificiais podem afetar a narrativa histórica.
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Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
1. A HISTÓRIA REPENSADA - CAP. 1
KEITH JENKINS – (1991)
Vítor Vieira Ferreira e Marcia Oliveira dos Santos
2. Introdução
Propósito do livro: refletir sobre o conceito de história
Público alvo: estudantes de história
Crítica quanto à ausência de uma reflexão teórica sobre a História:
―No geral, os historiadores vigorosamente práticos demais ainda fogem de
discursos teóricos, e decerto os textos ocasionais sobre teoria da história não
exercem pressão com o mesmo grau de intensidade que muitos textos de teoria
literária, por exemplo, têm sobre o estudo da literatura‖ (p. 19).
Modernização da história passa por uma reflexão sobre sua própria natureza
3. Capítulo 1 – O que é a História
DA TEORIA
DA PRÁTICA
DA DEFINIÇÃO DE HISTÓRIA
4. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
―História é um discurso sobre o mundo, cujo objeto é o passado‖ (p.
23).
Embora esses discursos não criem o mundo
(aquela coisa física na qual aparentemente
vivemos), eles se apropriam do mundo e lhe
dão todos os significados que têm. (p. 23)
5. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Argumento1
• Há uma relevante
distinção entre passado
e história.
Argumento 2
• Não é possível haver
uma única leitura
histórica do passado.
6. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Distinção entre passado e história
• A palavra “história”: refere-se tanto ao passado em si quanto ao registro desse passado
(historiografia).
Historie (gr. historiê) x Geschichte (al. geschehen)
Se até meados do século XVIII o termo história [Historie] era usado no
plural para designar as diversas narrativas particulares e descosidas
entre si que a tradição historiográfica acumulara (a história da guerra
do Peloponeso, a história de Florença etc.), Koselleck sustenta que, a
partir daquela época, é cada vez mais frequente o uso do termo
História [Geschichte] no singular para designar, de modo confluente,
tanto a sequência unificada dos eventos que constituem a marcha da
humanidade, como o seu relato (a História da civilização ou dos
progressos do espírito humano). (JASMIN, 2006:11)
7. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Distinção entre passado e história
• ―A história (historiografia) é um construto linguístico intertextual‖ (p. 26). É a partir dela que
estabelecemos um contato mediado com o passado. O passado nos chega como narrativa, e
não como “realidade”.
• Exemplos concretos: prova de história, historiografia feminista.
• Diferentes disciplinas produzem diferentes discursos sobre uma mesma realidade.
8. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Distinção entre passado e história
• Infinitude do discurso:
―(...) embora os historiadores e todos os outros não inventem a paisagem (todas aquelas coisas
parecem estar mesmo lá), eles realmente formulam todas as categorias descritivas dessa paisagem e
quaisquer significados que se possa dizer que ela tem. Eles elaboram as ferramentas analíticas e
metodológicas para extrair dessa matéria-prima as suas maneiras próprias de lê-la e falar a seu respeito:
o discurso. É nesse sentido que lemos o mundo como um texto, e tais leituras são, pela lógica, infinitas.
Não quero dizer com isso que nós simplesmente inventamos histórias sobre o mundo ou sobre o
passado (ou seja, que travamos conhecimento do mundo ou do passado e então inventamos narrativas
sobre ele), mas sim que a afirmação é muito mais forte: que o mundo ou o passado sempre nos chegam
como narrativas e que não podemos sair dessas narrativas para verificar se correspondem ao mundo ou
ao passado reais, pois elas constituem a ‗realidade‘ " (p. 28).
9. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Das infinitas leituras da história
―Dada a distinção entre passado e história, o problema para o historiador que de algum modo
quer captar o passado em seu discurso histórico torna-se este: como se conciliam aquelas duas
coisas?‖ (p. 29).
Campos teóricos problemáticos: epistemologia, metodologia e ideologia.
10. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Questão epistemológica
Crítica à pretensão de objetividade do passado
Fragilidade epistemológica da história
A história é inatingível em sua totalidade: “(...) nenhum historiador consegue abarcar e assim recuperar a totalidade dos acontecimentos
passados, porque o "conteúdo" desses acontecimentos é praticamente ilimitado‖ (p. 31).
O passado não corresponde integralmente ao relato e nenhum relato pode ser o único, o primordial: “(...) não existe nenhuma narrativa, nenhuma
história "verdadeira", que, ao fim, nos possibilite confrontar todos os outros relatos com ela — isto é, não existe nenhum texto fundamentalmente
"correto" do qual as outras interpretações sejam apenas variações; o que existe são meras variações” (p. 32).
Vemos sempre o passado com os olhos do presente. ―Assim como somos produtos do passado, assim também o passado conhecido (a história)
é um artefato nosso. Ninguém, não importando quão imerso esteja no passado, consegue despojar-se de seu conhecimento e de suas
pressuposições‖ (p. 33).
Distanciamento com caráter positivo: “(...) graças a possibilidade de ver as coisas em retrospecto, nós de certa maneira sabemos mais sobre o
passado do que as pessoas que viveram lá. Ao traduzir o passado em termos modernos e usar conhecimentos que talvez não estivessem
disponíveis antes, o historiador descobre não só o que foi esquecido sobre o passado, mas também "reconstituí" coisas que, antes, nunca
estiveram constituídas como tal” (p. 34).
11. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Questão metodológica e ideológica
Para alguns historiadores (Geoffrey Elton, E.P. Thompson, A. Marwick) a validade e a legitimidade do conhecimento “advém de
regras e procedimentos metodológicos rígidos‖, sendo ―isso que limita a liberdade interpretativa dos historiadores” (p. 36).
Para o autor, o que determina a interpretação é a ideologia.
Os historiadores concordam que deva haver um método rigoroso. Há, porém, uma grande quantidade destes sem que haja um
“critério consensual para escolhermos dentre eles” (p. 37).
Questão dos “conceitos históricos”
―Não vou argumentar que não se devam "trabalhar" conceitos, mas me preocupo com o fato de que, quando se apresentam esses
conceitos específicos, têm-se a forte impressão de que eles são mesmo óbvios e eternos e constituem os componentes básicos e
universais do conhecimento histórico. No entanto, isso é irônico, pois uma das coisas que a abertura das perspectivas
historiográficas para horizontes mais amplos devia ter feito era justamente historicizar a própria história - ver que todos os relatos
históricos não são prisioneiros do tempo e do espaço e, assim, ver que os conceitos historiográficos não são alicerces universais,
mas expressões localizadas e particulares‖ (p. 38).
12. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Questão metodológica e ideológica
Questão institucional – exemplo da escolha por uma perspectiva negra, marxista e feminista.
Ora, essa vontade de verdade, como os outros sistemas de exclusão, apoia-
se sobre um suporte institucional: é ao mesmo tempo reforçada e
reconduzida por todo um compacto conjunto de práticas como a pedagogia,
é claro, como o sistema dos livros, da edição, das bibliotecas, como as
sociedades de sábios outrora, os laboratórios hoje. Mas ela é também
reconduzida, mais profundamente sem dúvida, pelo modo como o saber é
aplicado em uma sociedade, como é valorizado, distribuído, repartido e de
certo modo atribuído (FOUCAULT, 1996:16-7).
13. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Questão metodológica e ideológica
Importância da ideologia
―(...) parece plausível que as formações sociais específicas querem que seus historiadores
expressem coisas específicas. Também parece plausível que as posições predominantemente
expressas serão do interesse dos blocos dominantes dentro daquelas formações sociais (não
que tais posições surjam automaticamente e depois sejam asseguradas para sempre, ponto-final,
sem sofrerem nenhuma contestação). O fato de que a história propriamente dita seja um
constructo ideológico significa que ela está sendo constantemente retrabalhada e reordenada por
todos aqueles que, em diferentes graus, são afetados pelas relações de poder – pois os
dominados, tanto quanto os dominantes, têm suas próprias versões do passado para legitimar
suas respectivas práticas, versões que precisam ser tachadas de impróprias e assim excluídas de
qualquer posição no projeto do discurso dominante‖ (p. 40).
14. Capítulo 1 – O que é a História – [DA TEORIA]
Questão metodológica e ideológica
Importância da ideologia
Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos
dominantes; em outras palavras, a classe que é o poder material dominante numa determinada
sociedade é também o poder espiritual dominante. A classe que dispõe dos meios da produção
material dispõe também dos meios da produção intelectual, de tal modo que o pensamento
daqueles aos quais são negados os meios de produção intelectual está submetido também à
classe dominante. Os pensamentos dominantes nada mais são do que a expressão ideal das
relações materiais dominantes; eles são essas relações materiais dominantes consideradas sob
forma de idéias, portanto a expressão das relações que fazem de uma classe a classe
dominante; em outras palavras, são as idéias de sua dominação (MARX & ENGELS, 1998:48).
15. Capítulo 1 – O que é a História – [DA PRÁTICA]
Na prática, a história profissional, em sua maioria realizada nas academias,
vincula-se às ideologias dominantes:
“Parece bastante óbvio que, vistos sob uma perspectiva cultural e "histórica"
mais ampla, investimentos institucionais multimilionários como aqueles feitos em
nossas universidades (por exemplo) são essenciais para reproduzir a presente
formação social e, portanto, estão na vanguarda das forças da tutela cultural
(padrões acadêmicos) e do controle ideológico. Seria certo descuido do campo
dominante se as coisas não fossem assim” (p. 44).
16. Capítulo 1 – O que é a História – [DA PRÁTICA]
Existência de pressões acadêmicas na produção prática da história.
Valores, posições e perspectivas ideológicas pessoais
Pressupostos epistemológicos
Metodologia
Trabalho com fontes
Pressões do cotidiano: família, amigos, local de trabalho, editoras, etc.
Questão do consumo
17. Capítulo 1 – O que é a História – [DA PRÁTICA]
A questão do relativismo
“(...) se entendemos que a história é o que fazem os historiadores; que eles a
fazem com base em frágeis comprovações; que a história é inevitavelmente
interpretativa; que há pelo menos meia dúzia de lados em cada discussão e que,
por isso, a história é relativa... Se entendemos tudo isso, então podemos muito
bem pensar: ‗Bom, se a história parece ser só interpretação e ninguém sabe nada
realmente, então para que estudá-la? Se tudo é relativo, para que fazer história?‘
Trata-se de um estado de espírito que poderíamos chamar ‗desventura do
relativismo’” (p. 50).
18. Capítulo 1 – O que é a História – [DA PRÁTICA]
A questão do relativismo
Mesmo com o relativismo, alguns relatos são dominantes e outros ficam à margem.
O conhecimento relaciona-se ao poder – sua análise na prática nos leva à emancipação:
―Desconstruirmos as histórias de outras pessoas é pré-requisito para construirmos a nossa
própria, de maneira que dê a entender que sabemos o que estamos fazendo – ou seja, de maneira
que nos faça lembrar que a história é sempre a história destinada a alguém‖ (p. 51).
19. Capítulo 1 – O que é a História – [DA DEFINIÇÃO DE HISTÓRIA]
―A história é um discurso cambiante e problemático, tendo como pretexto um
aspecto do mundo, o passado, que é produzido por um grupo de trabalhadores
cuja cabeça está no presente (e que, em nossa cultura, são na imensa maioria
historiadores assalariados), que locam seu oficio de maneiras reconhecíveis uns
para os outros (maneiras que estão posicionadas em termos epistemológicos,
metodológicos, ideológicos e práticos) e cujos produtos, uma vez colocados em
circulação, vêem-se sujeitos a uma série de usos e abusos que são teoricamente
infinitos, mas que na realidade correspondem a uma gama de bases de poder que
existem naquele determinado momento e que estruturam e distribuem ao longo
de um espectro do tipo dominantes/marginais os significados das histórias
produzidas‖ (p. 52).
20. BIBLIOGRAFIA
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Edições Loyola: São Paulo, 1996.
JASMIN, Marcelo. Apresentação in KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado contribuição à semântica dos
tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.
JENKINS, Keith; Tradução de Mario Vilela. A história repensada. o Paulo: Contexto, 2001.
MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Martins Fontes, 1998.