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HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO
Prof.ª Dr.ª Ludimila Caliman Campos
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
A História Narrativa
-Nas sociedades antigas, a história não foi nem elaborada e nem observada como a matemática, as
ciências da natureza. A história estava pautada o questionamento e a testemunha. Dessa forma, a
históriase iniciou como uma narração daquele indivíduo que podiadizer “eu vi”, “eu senti”.
-Conforme observou Hayden White, até a Revolução Francesa o historiador era, em última instância,
um narrador de acontecimentos dotado de procedimentos retórico-narrativos. No entanto, em
decorrência de sua busca pela objetividade e pela verdade, boa parte da historiografia do século XIX
aboliu dos estudos da história o recurso às técnicas ficcionais de representação. Assim, o próprio
nascimento da história enquanto disciplina se pautou naquilo que ela não deveria ser – mito, fábula ou
poesia. As concepções de neutralidade e de objetividade, vagamente inspiradas nos modelos
explicativos oriundos das ciências naturais, eram formas de legitimar a pureza e a imparcialidade da
“linguagemcientífica”, que não deveria se aproximar da narrativa literária.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
A História Narrativa
-A historiografia do século XX, até pelos menos a década de setenta, majoritariamente não revalidou o
estatuto narrativo da história.
-Para historiadores como Fernand Braudel, François Furet e Le Rouy Laudurie, a narrativa foi concebida
como um mecanismo representacional não científico, cuja eliminação era essencial para o estatuto
científico da história. Nesse âmbito, vale notar que a historiografia marxista do século XX também refutou
a narrativa, já que esta era, no entender de parte dos historiadores marxistas, insuficiente em termos
ideológicos e científicos. -No primeiro caso pelo fato da narrativa tradicional ressaltar apenas o ponto de
vista das classes dominantes; no segundo, em decorrência da história-narrativa não oferecer subsídios
para que o historiador exponha os processos dialéticos das lutas de classes. De modo geral, a historiografia
do século XX, mesmo com sua diversidade, procurou ocultar e negar a preocupação com a estrutura
narrativa na produção historiográfica, em nome da proeminência do conteúdo estudado.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
A História Narrativa
-A partir da década de 1970, o tema da narratividade voltou à tona no âmbito da história. Frustrados com
os grandes modelos explicativos em voga até então, parte significativa dos historiadores estaria se voltando
a uma valorização dos acontecimentos e da narrativa. Disseminava-se a percepção de que não bastava ao
historiador o rigor metodológico; era preciso que ele conferisse um determinado estilo a sua escrita, isto é,
que ele soubesse não apenas contar, mas tambémsaber como fazê-lo.
-Valendo-se da obra Tempo e narrativa, de Paul Ricoeur, Chartier ressalta que o filósofo francês notou que
a narrativa é fundamental por ter a capacidade de articular os traços da experiência temporal – o tempo
só se mostra inteligível para o homem na medida em que ele é pensado de modo narrativo. Deste modo,
ressalta Chartier, não se trata propriamente de um retorno da narrativa, mas sim de um deslocamento da
prática historiográfica para outras estruturas narrativas não consideradas pela história até então, em
especial aquelas vinculadas à literatura.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
A História Narrativa
-Segundo Peter Gay (1990), o historiador de ofício é ao mesmo tempo um escritor e um leitor que,
em ambos casos, é profissional. Em sua função de escritor, sente-se na difícil obrigação de
proporcionar prazer ao leitor sem comprometer o conteúdo de sua narrativa.
- No entender de Gay, dentre os diversos tipos de estilo existentes, aquele que mais importa à
história é o literário, mesmo porque a produção do historiador geralmente assume formas literárias.
Assim, a maneira de lidar com o encadeamento de frases, com a retórica e com a divisão da
narração são competências também do historiador. Dessa forma, num sentido mais amplo, a forma
de narrar revela mais do que a cultura em que o historiador está inserido; ela explicita a própria
maneira como o historiador concebe a apreensão do real.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
A História Narrativa
- As narrativas históricas contemporâneas não podem perder de vista uma certa
busca pelo verdadeiro. Não aquela verdade absoluta defendida por muitos
durante o século XIX, mas uma verdade passível de alterações. Afinal, a da
historiografia pode ser concebida como um movimento constante de releituras
do passado, o que não significa que haja um acúmulo ou progresso do saber
histórico; há sim uma sequência de reinterpretações narrativas do passado que
são passiveis de perdas, equívocos e revisões.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
O Materialismo Histórico
- O Materialismo histórico é uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade, da
economia e da história que foi pela primeira vez elaborada por Karl Marx e Friedrich
Engels.
-Segundo a tese, a evolução histórica, desde as sociedades mais remotas até à atual, se dá
pelos confrontos entre diferentes classes sociais decorrentes da "exploração do homem pelo
homem". A teoria serve também como forma essencial para explicar as relações entre
sujeitos. Assim, como exemplos apontados por Marx, temos durante o feudalismo os servos
que teriam sido oprimidos pelos senhores, enquanto que no capitalismo seria a classe
operária pela burguesia.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
O Materialismo Histórico
Servos no mundo medieval. Operários na indústria.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
O Materialismo Histórico
- Relações de Produção - é um conceito elaborado por Karl Marx e que recebeu muitas
definições e utilizações posteriores. Resumidamente, as relações de produção são as
formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição
no processo de produção e reprodução da vida material. Segundo a teoria marxista,
nas sociedades de classes, as relações de propriedade são expressões jurídicas das
relações de produção. Assim, as relações de produção são relações entre classes sociais,
proprietários e não-proprietários. As relações de produção, conjuntamente com as
forças produtivas, são os componentes básicos do modo de produção, a base material
da sociedade.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
O Materialismo Histórico
- Meios de produção - é o conjunto formado pelos "meios de trabalho" e pelos "objetos de
trabalho", além da maneira como a sociedade se organiza economicamente. Os meios de
trabalho incluem os "instrumentos de produção", as instalações, as fontes de energia
utilizadas na produção e os meios de transporte. Os "objetos de trabalho" são os
elementos sobre os quais ocorre o trabalho humano. O modo de produção seria uma
espécie de infraestrutura da sociedade, o modelo básico de organização social, sendo as
formas das demais instituições comunitárias reflexo desta organização.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
O Materialismo Histórico
-Classe social - é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos,
especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de
uma dada casta normalmente é impossível mudar de status. Segundo a ótica marxista, em
praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo
desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as
classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social
implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da
humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada
passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e
aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História e Memória
-Filosoficamente, memória refere-se à capacidade mental de armazenamento de informações,
sejam de experimentações ou de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, e de trazer essas
informações à tona quando necessário. Ora, o conhecimento se produz por meio de memórias
de um passado consolidado no presente.
-A memória pode ser entendida como a capacidade de relacionar um evento atual com um
evento passado do mesmo tipo, portanto com uma capacidade de evocar o passado através do
presente.
-Isso é perceptível quando, por exemplo, ao sentir o cheiro de um tempero que percebíamos,
quando crianças, temos a sensação de que voltamos ao passado ou buscamos nossas
lembranças de infância.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História e Memória
-Para Le Goff (2003), os campos científicos que estudam a memória podem contribuir para a
compreensão das características e dos problemas da memória social e histórica. Em contrapartida, os
próprios estudos desenvolvidos por essas variadas ciências têm levado os pesquisadores à necessidade
de aproximar a memória do campo das ciências humanas, na medida em que os resultados das
pesquisas empíricas evidenciam uma relação intrínseca da memória com resultados de sistemas
dinâmicos de organização.
-Os estudos recentes vêm sendo desenvolvidos apontando para uma aproximação da memória com a
linguagem. Ora, antes de uma ideia ser falada ou escrita, precisa primeiramente estar armazenada na
memória. Os pesquisadores observaram que os sentimentos inerentes ao homem, como o desejo, a
afetividade, a censura, podemmanipular a memória individual, consciente ou inconscientemente.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História e Memória
-Le Goff (2003) defende que a cultura dos homens com escrita é diferente da cultura dos povos
sem escrita, todavia, não radicalmente divergente. Os povos sem escrita cultivam suas tradições
por meio de narrativas mitológicas, transmitidas às demais gerações pelos homens – memória,
personagens responsáveis pelo cultivo da história de seu povo. No entanto, essa prática não
lança mão de estratégias de memorização, não é uma prática mecânica, diferentemente da
escrita. E Le Goff acrescenta: que a transmissão de conhecimentos considerados secretos,
vontade de manter em boa forma uma memória mais criadora que repetitiva; não estarão aqui
duas das principais razões da vitalidade da memória coletiva nas sociedades semescrita.
--Em relação à memória coletiva, observaram que esta pode ser manipulada pelos grupos que
objetivamexercer o poder emdeterminados momentos históricos.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História e Memória
-Do período em que se deu o desenvolvimento da memória pela oralidade até o aparecimento da
escrita (da Pré-História até a Antiguidade), Le Goff (2003) afirma que houve uma
“transformação da memória coletiva”, a partir do momento em que os homens passaram a
inscrever suas aventuras, vitórias e conquistas em monumentos epigrafados. No entanto,
quando a escrita passa a ser organizada em documentos escritos, um outro avanço acontece: a
capacidade de registrar, marcar, memorizar, reordenar, reexaminar, etc. Todo esse
desenvolvimento não esteve separado, segundo o autor, do crescimento dos centros urbanos que
ampliaramas necessidades e condições dos homens.
-A escrita, assim, possibilitou o aparecimento, ou melhor, a criação de exercícios de memória.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História e Memória
-Na Idade Média, com o monopólio intelectual da Igreja, a memória coletiva modifica-se,
visto que a religião cristã tem como base de sua fé a memorização, a recordação. Traços
dessa transformação são: o desenvolvimento da memória dos mortos, o papel da memória
no ensino articulando o oral e o escrito, a divisão da memória coletiva entre memória
litúrgica e memória laica, desenvolvimento da memória dos mortos, entre outros.
-Os idosos, pois eram considerados homens-memória. A memória fiel poderia durar até
cem anos. Uma geração passava sua memória para outra e, por meio dos escritos era
possível estender essa memória por muito mais tempo. Os escritos seriam, então, suportes
para a memória e, para sua conservação, surgiram os arquivos.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História e Memória
-O aparecimento da imprensa é um fator que revoluciona a memória ocidental. Antes, dificilmente se
distinguia a transmissão oral e a transmissão escrita. A imprensa trouxe a “[...] exteriorização
progressiva da memória individual [...]” (LE GOFF, 2003, p. 452). Para o autor, sobretudo os tratados
científicos e técnicos acelerarama memorização do saber.
-Entre os diversos traços que evidenciam a imensa revolução trazida pela imprensa, pode-se destacar: a
necessidade de festas nacionais, instrumentos de suportes para comemorações (moedas, medalhas,
etc.), a construção de monumentos de lembrança, a abertura de museus e as fotografias (LE GOFF,
2003).
-Jacques Le Goff, ao abordar os desenvolvimentos contemporâneos da memória, última parte do seu
estudo sobre memória histórica, reflete, enfatizando o século XIX, sobre a incapacidade de a memória
individual abarcartoda a proporção atingidapelosconteúdos das bibliotecas, um imenso arquivo.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História Cultural
-Uma História Cultural seria aquele fazer historiográfico que se preocupa com o olhar dito
antropológico da cultura em questão, perfazendo suas práticas, suas ações, seus atos
inconscientes, suas imagens, seu imaginário, um olhar histórico que faça um mergulho para além
das marés superficiais de determinada sociedade.
-É possível perceber que, de maneira semelhante ao que se deu na historiografia geral desde o
surgimento dos Annales em 1929, a História da Educação também se viu influenciada por uma
renovação em seus pressupostos, buscando, pois, novos objetos, (ou antigos objetos agora
renovados por um novo olhar) em detrimento a uma História da Educação política ou uma
História das ideias pedagógicas. Não sem motivo, entre os indícios desse processo de renovação
estão a recorrência das referências a determinados autores considerados basilares na História
Cultural – principalmente Roger Chartier e seusconceitos de representação e apropriação.
As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação
História Cultural
-Para Roger Chartier, a noção de representação é tão importante, principalmente, por ser este autor
um estudioso do Antigo Regime Francês, momento onde a ideia de representação ganha
centralidade (lembremos, por exemplo, do célebre “L' etat c'est moi”, ou seja, o rei como
representação do Estado). Ao tentar se representar como todo um Estado, o que está em jogo é na
realidade toda uma relação de dominação e subjugação entre representante e representado no afã de
mascarar a violência desta relação. Dessa experiência, resulta a noção de que representação do real
assim construída tende a justificar e a legitimar um determinado lugar social, aspirando à
hegemonia.
-A história cultural, tal como a entendemos, tem por principal objeto identificar o modo como em
diferentes lugares e momentos uma determinadarealidade social é construída, pensada, dadaà ler.
Exercícios
Escreva um pequeno texto (10-15 linhas) sobre sua
trajetória escolar aplicando os seguintes conceitos:
representação, memória, narrativa e cultura.

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História da Educação 2

  • 1. FACELI HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO Prof.ª Dr.ª Ludimila Caliman Campos
  • 2. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação A História Narrativa -Nas sociedades antigas, a história não foi nem elaborada e nem observada como a matemática, as ciências da natureza. A história estava pautada o questionamento e a testemunha. Dessa forma, a históriase iniciou como uma narração daquele indivíduo que podiadizer “eu vi”, “eu senti”. -Conforme observou Hayden White, até a Revolução Francesa o historiador era, em última instância, um narrador de acontecimentos dotado de procedimentos retórico-narrativos. No entanto, em decorrência de sua busca pela objetividade e pela verdade, boa parte da historiografia do século XIX aboliu dos estudos da história o recurso às técnicas ficcionais de representação. Assim, o próprio nascimento da história enquanto disciplina se pautou naquilo que ela não deveria ser – mito, fábula ou poesia. As concepções de neutralidade e de objetividade, vagamente inspiradas nos modelos explicativos oriundos das ciências naturais, eram formas de legitimar a pureza e a imparcialidade da “linguagemcientífica”, que não deveria se aproximar da narrativa literária.
  • 3. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação A História Narrativa -A historiografia do século XX, até pelos menos a década de setenta, majoritariamente não revalidou o estatuto narrativo da história. -Para historiadores como Fernand Braudel, François Furet e Le Rouy Laudurie, a narrativa foi concebida como um mecanismo representacional não científico, cuja eliminação era essencial para o estatuto científico da história. Nesse âmbito, vale notar que a historiografia marxista do século XX também refutou a narrativa, já que esta era, no entender de parte dos historiadores marxistas, insuficiente em termos ideológicos e científicos. -No primeiro caso pelo fato da narrativa tradicional ressaltar apenas o ponto de vista das classes dominantes; no segundo, em decorrência da história-narrativa não oferecer subsídios para que o historiador exponha os processos dialéticos das lutas de classes. De modo geral, a historiografia do século XX, mesmo com sua diversidade, procurou ocultar e negar a preocupação com a estrutura narrativa na produção historiográfica, em nome da proeminência do conteúdo estudado.
  • 4. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação A História Narrativa -A partir da década de 1970, o tema da narratividade voltou à tona no âmbito da história. Frustrados com os grandes modelos explicativos em voga até então, parte significativa dos historiadores estaria se voltando a uma valorização dos acontecimentos e da narrativa. Disseminava-se a percepção de que não bastava ao historiador o rigor metodológico; era preciso que ele conferisse um determinado estilo a sua escrita, isto é, que ele soubesse não apenas contar, mas tambémsaber como fazê-lo. -Valendo-se da obra Tempo e narrativa, de Paul Ricoeur, Chartier ressalta que o filósofo francês notou que a narrativa é fundamental por ter a capacidade de articular os traços da experiência temporal – o tempo só se mostra inteligível para o homem na medida em que ele é pensado de modo narrativo. Deste modo, ressalta Chartier, não se trata propriamente de um retorno da narrativa, mas sim de um deslocamento da prática historiográfica para outras estruturas narrativas não consideradas pela história até então, em especial aquelas vinculadas à literatura.
  • 5. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação A História Narrativa -Segundo Peter Gay (1990), o historiador de ofício é ao mesmo tempo um escritor e um leitor que, em ambos casos, é profissional. Em sua função de escritor, sente-se na difícil obrigação de proporcionar prazer ao leitor sem comprometer o conteúdo de sua narrativa. - No entender de Gay, dentre os diversos tipos de estilo existentes, aquele que mais importa à história é o literário, mesmo porque a produção do historiador geralmente assume formas literárias. Assim, a maneira de lidar com o encadeamento de frases, com a retórica e com a divisão da narração são competências também do historiador. Dessa forma, num sentido mais amplo, a forma de narrar revela mais do que a cultura em que o historiador está inserido; ela explicita a própria maneira como o historiador concebe a apreensão do real.
  • 6. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação A História Narrativa - As narrativas históricas contemporâneas não podem perder de vista uma certa busca pelo verdadeiro. Não aquela verdade absoluta defendida por muitos durante o século XIX, mas uma verdade passível de alterações. Afinal, a da historiografia pode ser concebida como um movimento constante de releituras do passado, o que não significa que haja um acúmulo ou progresso do saber histórico; há sim uma sequência de reinterpretações narrativas do passado que são passiveis de perdas, equívocos e revisões.
  • 7. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação O Materialismo Histórico - O Materialismo histórico é uma abordagem metodológica ao estudo da sociedade, da economia e da história que foi pela primeira vez elaborada por Karl Marx e Friedrich Engels. -Segundo a tese, a evolução histórica, desde as sociedades mais remotas até à atual, se dá pelos confrontos entre diferentes classes sociais decorrentes da "exploração do homem pelo homem". A teoria serve também como forma essencial para explicar as relações entre sujeitos. Assim, como exemplos apontados por Marx, temos durante o feudalismo os servos que teriam sido oprimidos pelos senhores, enquanto que no capitalismo seria a classe operária pela burguesia.
  • 8. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação O Materialismo Histórico Servos no mundo medieval. Operários na indústria.
  • 9. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação O Materialismo Histórico - Relações de Produção - é um conceito elaborado por Karl Marx e que recebeu muitas definições e utilizações posteriores. Resumidamente, as relações de produção são as formas como os seres humanos desenvolvem suas relações de trabalho e distribuição no processo de produção e reprodução da vida material. Segundo a teoria marxista, nas sociedades de classes, as relações de propriedade são expressões jurídicas das relações de produção. Assim, as relações de produção são relações entre classes sociais, proprietários e não-proprietários. As relações de produção, conjuntamente com as forças produtivas, são os componentes básicos do modo de produção, a base material da sociedade.
  • 10. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação O Materialismo Histórico - Meios de produção - é o conjunto formado pelos "meios de trabalho" e pelos "objetos de trabalho", além da maneira como a sociedade se organiza economicamente. Os meios de trabalho incluem os "instrumentos de produção", as instalações, as fontes de energia utilizadas na produção e os meios de transporte. Os "objetos de trabalho" são os elementos sobre os quais ocorre o trabalho humano. O modo de produção seria uma espécie de infraestrutura da sociedade, o modelo básico de organização social, sendo as formas das demais instituições comunitárias reflexo desta organização.
  • 11. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação O Materialismo Histórico -Classe social - é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar de status. Segundo a ótica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.
  • 12. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História e Memória -Filosoficamente, memória refere-se à capacidade mental de armazenamento de informações, sejam de experimentações ou de conhecimentos adquiridos ao longo do tempo, e de trazer essas informações à tona quando necessário. Ora, o conhecimento se produz por meio de memórias de um passado consolidado no presente. -A memória pode ser entendida como a capacidade de relacionar um evento atual com um evento passado do mesmo tipo, portanto com uma capacidade de evocar o passado através do presente. -Isso é perceptível quando, por exemplo, ao sentir o cheiro de um tempero que percebíamos, quando crianças, temos a sensação de que voltamos ao passado ou buscamos nossas lembranças de infância.
  • 13. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História e Memória -Para Le Goff (2003), os campos científicos que estudam a memória podem contribuir para a compreensão das características e dos problemas da memória social e histórica. Em contrapartida, os próprios estudos desenvolvidos por essas variadas ciências têm levado os pesquisadores à necessidade de aproximar a memória do campo das ciências humanas, na medida em que os resultados das pesquisas empíricas evidenciam uma relação intrínseca da memória com resultados de sistemas dinâmicos de organização. -Os estudos recentes vêm sendo desenvolvidos apontando para uma aproximação da memória com a linguagem. Ora, antes de uma ideia ser falada ou escrita, precisa primeiramente estar armazenada na memória. Os pesquisadores observaram que os sentimentos inerentes ao homem, como o desejo, a afetividade, a censura, podemmanipular a memória individual, consciente ou inconscientemente.
  • 14. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História e Memória -Le Goff (2003) defende que a cultura dos homens com escrita é diferente da cultura dos povos sem escrita, todavia, não radicalmente divergente. Os povos sem escrita cultivam suas tradições por meio de narrativas mitológicas, transmitidas às demais gerações pelos homens – memória, personagens responsáveis pelo cultivo da história de seu povo. No entanto, essa prática não lança mão de estratégias de memorização, não é uma prática mecânica, diferentemente da escrita. E Le Goff acrescenta: que a transmissão de conhecimentos considerados secretos, vontade de manter em boa forma uma memória mais criadora que repetitiva; não estarão aqui duas das principais razões da vitalidade da memória coletiva nas sociedades semescrita. --Em relação à memória coletiva, observaram que esta pode ser manipulada pelos grupos que objetivamexercer o poder emdeterminados momentos históricos.
  • 15. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História e Memória -Do período em que se deu o desenvolvimento da memória pela oralidade até o aparecimento da escrita (da Pré-História até a Antiguidade), Le Goff (2003) afirma que houve uma “transformação da memória coletiva”, a partir do momento em que os homens passaram a inscrever suas aventuras, vitórias e conquistas em monumentos epigrafados. No entanto, quando a escrita passa a ser organizada em documentos escritos, um outro avanço acontece: a capacidade de registrar, marcar, memorizar, reordenar, reexaminar, etc. Todo esse desenvolvimento não esteve separado, segundo o autor, do crescimento dos centros urbanos que ampliaramas necessidades e condições dos homens. -A escrita, assim, possibilitou o aparecimento, ou melhor, a criação de exercícios de memória.
  • 16. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História e Memória -Na Idade Média, com o monopólio intelectual da Igreja, a memória coletiva modifica-se, visto que a religião cristã tem como base de sua fé a memorização, a recordação. Traços dessa transformação são: o desenvolvimento da memória dos mortos, o papel da memória no ensino articulando o oral e o escrito, a divisão da memória coletiva entre memória litúrgica e memória laica, desenvolvimento da memória dos mortos, entre outros. -Os idosos, pois eram considerados homens-memória. A memória fiel poderia durar até cem anos. Uma geração passava sua memória para outra e, por meio dos escritos era possível estender essa memória por muito mais tempo. Os escritos seriam, então, suportes para a memória e, para sua conservação, surgiram os arquivos.
  • 17. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História e Memória -O aparecimento da imprensa é um fator que revoluciona a memória ocidental. Antes, dificilmente se distinguia a transmissão oral e a transmissão escrita. A imprensa trouxe a “[...] exteriorização progressiva da memória individual [...]” (LE GOFF, 2003, p. 452). Para o autor, sobretudo os tratados científicos e técnicos acelerarama memorização do saber. -Entre os diversos traços que evidenciam a imensa revolução trazida pela imprensa, pode-se destacar: a necessidade de festas nacionais, instrumentos de suportes para comemorações (moedas, medalhas, etc.), a construção de monumentos de lembrança, a abertura de museus e as fotografias (LE GOFF, 2003). -Jacques Le Goff, ao abordar os desenvolvimentos contemporâneos da memória, última parte do seu estudo sobre memória histórica, reflete, enfatizando o século XIX, sobre a incapacidade de a memória individual abarcartoda a proporção atingidapelosconteúdos das bibliotecas, um imenso arquivo.
  • 18. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História Cultural -Uma História Cultural seria aquele fazer historiográfico que se preocupa com o olhar dito antropológico da cultura em questão, perfazendo suas práticas, suas ações, seus atos inconscientes, suas imagens, seu imaginário, um olhar histórico que faça um mergulho para além das marés superficiais de determinada sociedade. -É possível perceber que, de maneira semelhante ao que se deu na historiografia geral desde o surgimento dos Annales em 1929, a História da Educação também se viu influenciada por uma renovação em seus pressupostos, buscando, pois, novos objetos, (ou antigos objetos agora renovados por um novo olhar) em detrimento a uma História da Educação política ou uma História das ideias pedagógicas. Não sem motivo, entre os indícios desse processo de renovação estão a recorrência das referências a determinados autores considerados basilares na História Cultural – principalmente Roger Chartier e seusconceitos de representação e apropriação.
  • 19. As perspectivas teóricas e práticas da História da Educação História Cultural -Para Roger Chartier, a noção de representação é tão importante, principalmente, por ser este autor um estudioso do Antigo Regime Francês, momento onde a ideia de representação ganha centralidade (lembremos, por exemplo, do célebre “L' etat c'est moi”, ou seja, o rei como representação do Estado). Ao tentar se representar como todo um Estado, o que está em jogo é na realidade toda uma relação de dominação e subjugação entre representante e representado no afã de mascarar a violência desta relação. Dessa experiência, resulta a noção de que representação do real assim construída tende a justificar e a legitimar um determinado lugar social, aspirando à hegemonia. -A história cultural, tal como a entendemos, tem por principal objeto identificar o modo como em diferentes lugares e momentos uma determinadarealidade social é construída, pensada, dadaà ler.
  • 20. Exercícios Escreva um pequeno texto (10-15 linhas) sobre sua trajetória escolar aplicando os seguintes conceitos: representação, memória, narrativa e cultura.