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Quão acuradas são as projeções
financeiras e atuariais do Regime
Geral da Previdência Social?
Rio de Janeiro, IBRE, 20/02/2017
Cláudio Castelo Branco Puty
Faculdade de Economia - Universidade Federal do Pará
Laboratório de Tecnologias Sociais - Programa de Pós-Graduação em
Engenharia Elétrica
1. Desempenho das Projeções de Resultado do RGPS
2. O Modelo utilizado para as projeções
3. Limites do Modelo
As projeções de resultados do Regime Geral da Previdência Social
(RGPS), assim como as projeções demográficas calculadas pelo
IBGE, conformam o conjunto mais importante de previsões
estatísticas de longo prazo produzidas e divulgadas pelo governo
brasileiro
Reformas incrementais do RGPS e RPPS são
rotineiras desde 1991
A partir da sanção das leis 8.212 e 8.213 de 1991
• Nos últimos 18 anos, tivemos uma série de reformas previdenciárias
de diferentes envergaduras, cujo objeto foi tanto o regime geral quanto
do regime próprio dos servidores públicos federais.
• As mais importantes sendo as Emenda Constitucionais nº 20/98,
41/2003, 47/2005, 70/2012, mas também vale mencionar a lei
12.618/12 que cria o Funpresp, e a lei 13134/15 que trata, dentre
outras medidas, das alterações no seguro defeso do pescador artesanal.
Transparência nos dados é fundamental
É de se esperar que os termos do debate sejam acessíveis ao maior
número de pessoas, particularmente para o congresso nacional e
representações dos trabalhadores, os maiores interessados.
Em busca de transparência: A Lei de
Responsabilidade Fiscal e o Anexo IV da LDO
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu que a Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO) deve apresentar um Anexo de Metas Fiscais onde
conste uma avaliação da situação financeira dos regimes geral e próprio
da previdência social (artigo 4º, parágrafo 2º, inciso III da lei
complementar no. 101 de 2000)
• É notável o baixo grau de transparência dos métodos utilizados na
projeção dos resultados previdenciários.
• O modelo descrito no Anexo IV não é replicável, por estar incompleto. Não
há, por outro lado, nenhum outro documento oficial que o descreva, na sua
forma original, ou nas alterações que supostamente sofreu durante essa
década e meia de existência do anexo IV.
• Ano após ano, não há processo de (auto)avaliação da qualidade das
projeções. Cada LDO apresenta novas projeções, sem fazer qualquer menção
aos exercícios de anos anteriores.
• Não há nenhuma normativa oficial em todo governo federal que defina os
parâmetros oficiais, base de dados e métodos específicos para projeções de
tamanha importância, cuja divulgação pauta boa parte do debate acerca do
tema.
Avaliação das Projeções da LDO
Um exercício simples:
Comparação entre o resultado
previdenciário projetado e o
realizado
Diferenças entre despesa projetada e
realizada (LDO 2002-16)
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ERRONADESPESA(BILHÕES)
2012 2013 2014 2015
Diferenças entre despesa projetada e
realizada (LDO 2002-16)
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ERRONADESPESA(BILHÕES)
2012 2013 2014 2015
Diferenças entre receita projetada e realizada
(LDO 2002-16)
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ERRONARECEITA(BILHÕES)
2012 2013 2014 2015
Diferenças entre receita projetada e realizada
(LDO 2002-16)
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ERRONARECEITA(BILHÕES)
2012 2013 2014 2015
Erro de projeção da necessidade de financiamento
do RGPS (LDO 2002-16)
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Erro de projeção da necessidade de
financiamento do RGPS (LDO 2002-16)
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ERRO(BILHÕES)
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As projeções do governo não são bem
sucedidas
• Projeções são sistematicamente viesadas no curto prazo e
apresentam erros consideráveis que as tornam indeterminadas no
longo prazo
• os modelos de projeção têm caráter estatístico, mas seus resultados
são sempre apresentados sem menção a margem de erro de
previsão, como se fossem determinísticos
• Não há avaliação institucional da eficácia dos modelos de projeção,
os resultados publicados na LDO são informalmente revistos, sem
conhecimento do público interessado e impactado pela decisões
orientadas por tais modelos.
Intervalos de Confiança - PIB
Intervalos de Confiança – Receita RGPS
Intervalos de Confiança - Despesa
Intervalos de Confiança – Necessidade de
Financiamento RGPS
Como são feitas as projeções
previdenciárias: o modelo
Três “módulos”: demográfico, receitas e despesas
1- Módulo Demográfico
• O módulo demográfico do modelo é utilizado para calcular tanto
receitas quanto despesas.
• A partir de dados demográficos são calculadas probabilidades de
entrada e saída do sistema e a quantidade de contribuintes.
• Este módulo nos dá as quantidades do modelo, para distintos tipos de
benefícios.
Módulo Demográfico
As entradas do módulo são:
• População;
• A Taxa de urbanização;
• A Taxa de participação;
• A Taxa de desemprego.
As saídas:
Empregados urbanos e rurais (aqueles com carteiras de trabalho
assinadas)
Módulo de Receita
A partir daí podemos, então, calcular a receita.
Para tal, necessitaremos dos preços, cujas entradas são variáveis do
mercado de trabalho e previdenciárias:
• O salário médio;
• As alíquotas previdenciárias
Como resultado, teremos:
• Contribuições
• Receitas
Módulo de Despesas
Este módulo tem por objetivo calcular a quantidade de benefícios concedidos (entradas), cessados
(saídas) e estoques para as espécies de benefícios utilizados no modelo. Todas os cálculos possuem
um ano base ou ano de referência a partir do qual são feitas as projeções até 2060. Em seguida são
calculadas as projeções de despesas baseadas nos estoques estimados.
Entradas:
Parâmetros previdenciários (idade mínima, teto, piso, fator previdenciário e outros)
Probabilidades de um empregado entrar em benefício;
Probabilidades de um benefício acabar (morte do beneficiário);
Valor médio dos benefícios por tipo calculado em cima do salário médio;
Saídas:
Número de concessões de benefícios;
Estoque de benefícios;
Despesa com benefícios.
Algumas limitações do Modelo
Uma maneira de se observar o erro de previsão seria decompô-lo em
variáveis
Demográficas,
Econômicas (mercado de trabalho) e
Previdenciárias
Pop(u,r)=f(popTotal, txUrb)
Emp(u,r)=f(pop(u.r), TxPFT(u.r),Desemp(u,r)
Olhando para o lado da receita por exemplo, as quantidades são
definidas como:
Cont(u,r)=f(Emp(u.r), SalMedio(u,r), Alíquota)
• Ao lermos atentamente as LDOS, notamos que pelo menos as suas últimas oito
versões (a partir de 2010) trabalham com o valor fixo (valores calculados na PNAD
de 2009) das taxa de urbanização, taxa de participação na força de trabalho
(masculina, feminina, urbana e rural) e desemprego e salário médio.
• Ou seja, na prática, o conjunto de equações colapsa, o que torna a projeção uma
simples função basicamente dependente dos movimentos da população total,
independente da dinâmica do mercado de trabalho nos anos referidos.
• Cont(u,r)=f(popTotal)
• Esse fato é confirmado pela observação das planilhas usadas pelo então
Ministério da Previdência, que as tem constantes a partir de 2009
• Esse pressuposto está em conflito com a realidade do mercado de trabalho
brasileiro
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Contribuintes/PIA
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Homens
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Contribuintes/População em Idade Ativa
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Contribuintes/PIA
Idade
Mulheres
2009 2014
Contribuintes/População em Idade Ativa
0
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0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Contribuintes/PIA
Idade
Total
2009 2014
Conclusões
• Falta transparência nas projeções de resultado previdenciário.
• Grave viés na estimativas do governo brasileiro no longo prazo: não
raramente subestimação de receitas e superestimação de déficit,
vinculadas às condições econômicas de curto prazo.
• Problemas podem advir de tratamento de variáveis demográficas, de
mercado de trabalho e previdenciárias. As evidências mais fortes
indicam viés na modelagem do mercado de trabalho (inclusive
produtividade)
• Dados indisponíveis não permitem avaliação dos resultados do
85/95.
Conclusões (cont.)
• Projeções demográfico-atuarias, sabemos, não podem ser
absolutamente acuradas.
• As projeções de longo prazo são realizadas pelo governo brasileiro e
conformam um conjunto de decisões de relevância estratégica para o
país
• Seus limites têm que ser mais claramente explicitados e o uso de
técnicas mais recentes de projeção e construção de cenários devem
ser a base para um sistema de apoio à tomada de decisão mais
robusto e confiável.

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Projeções RGPS: Transparência e Viés

  • 1. Quão acuradas são as projeções financeiras e atuariais do Regime Geral da Previdência Social? Rio de Janeiro, IBRE, 20/02/2017 Cláudio Castelo Branco Puty Faculdade de Economia - Universidade Federal do Pará Laboratório de Tecnologias Sociais - Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica
  • 2. 1. Desempenho das Projeções de Resultado do RGPS 2. O Modelo utilizado para as projeções 3. Limites do Modelo
  • 3.
  • 4. As projeções de resultados do Regime Geral da Previdência Social (RGPS), assim como as projeções demográficas calculadas pelo IBGE, conformam o conjunto mais importante de previsões estatísticas de longo prazo produzidas e divulgadas pelo governo brasileiro
  • 5. Reformas incrementais do RGPS e RPPS são rotineiras desde 1991 A partir da sanção das leis 8.212 e 8.213 de 1991 • Nos últimos 18 anos, tivemos uma série de reformas previdenciárias de diferentes envergaduras, cujo objeto foi tanto o regime geral quanto do regime próprio dos servidores públicos federais. • As mais importantes sendo as Emenda Constitucionais nº 20/98, 41/2003, 47/2005, 70/2012, mas também vale mencionar a lei 12.618/12 que cria o Funpresp, e a lei 13134/15 que trata, dentre outras medidas, das alterações no seguro defeso do pescador artesanal.
  • 6. Transparência nos dados é fundamental É de se esperar que os termos do debate sejam acessíveis ao maior número de pessoas, particularmente para o congresso nacional e representações dos trabalhadores, os maiores interessados.
  • 7. Em busca de transparência: A Lei de Responsabilidade Fiscal e o Anexo IV da LDO A Lei de Responsabilidade Fiscal estabeleceu que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deve apresentar um Anexo de Metas Fiscais onde conste uma avaliação da situação financeira dos regimes geral e próprio da previdência social (artigo 4º, parágrafo 2º, inciso III da lei complementar no. 101 de 2000)
  • 8. • É notável o baixo grau de transparência dos métodos utilizados na projeção dos resultados previdenciários. • O modelo descrito no Anexo IV não é replicável, por estar incompleto. Não há, por outro lado, nenhum outro documento oficial que o descreva, na sua forma original, ou nas alterações que supostamente sofreu durante essa década e meia de existência do anexo IV. • Ano após ano, não há processo de (auto)avaliação da qualidade das projeções. Cada LDO apresenta novas projeções, sem fazer qualquer menção aos exercícios de anos anteriores. • Não há nenhuma normativa oficial em todo governo federal que defina os parâmetros oficiais, base de dados e métodos específicos para projeções de tamanha importância, cuja divulgação pauta boa parte do debate acerca do tema.
  • 10. Um exercício simples: Comparação entre o resultado previdenciário projetado e o realizado
  • 11. Diferenças entre despesa projetada e realizada (LDO 2002-16) -R$275 -R$250 -R$225 -R$200 -R$175 -R$150 -R$125 -R$100 -R$75 -R$50 -R$25 R$0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ERRONADESPESA(BILHÕES) 2012 2013 2014 2015
  • 12. Diferenças entre despesa projetada e realizada (LDO 2002-16) -R$275 -R$250 -R$225 -R$200 -R$175 -R$150 -R$125 -R$100 -R$75 -R$50 -R$25 R$0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ERRONADESPESA(BILHÕES) 2012 2013 2014 2015
  • 13. Diferenças entre receita projetada e realizada (LDO 2002-16) -R$225 -R$200 -R$175 -R$150 -R$125 -R$100 -R$75 -R$50 -R$25 R$0 R$25 R$50 R$75 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ERRONARECEITA(BILHÕES) 2012 2013 2014 2015
  • 14. Diferenças entre receita projetada e realizada (LDO 2002-16) -R$225 -R$200 -R$175 -R$150 -R$125 -R$100 -R$75 -R$50 -R$25 R$0 R$25 R$50 R$75 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ERRONARECEITA(BILHÕES) 2012 2013 2014 2015
  • 15.
  • 16. Erro de projeção da necessidade de financiamento do RGPS (LDO 2002-16) -R$80 -R$70 -R$60 -R$50 -R$40 -R$30 -R$20 -R$10 R$0 R$10 R$20 R$30 R$40 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ERRO(BILHÕES) 2012 2013 2014 2015
  • 17. Erro de projeção da necessidade de financiamento do RGPS (LDO 2002-16) -R$80 -R$70 -R$60 -R$50 -R$40 -R$30 -R$20 -R$10 R$0 R$10 R$20 R$30 R$40 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ERRO(BILHÕES) 2012 2013 2014 2015
  • 18. As projeções do governo não são bem sucedidas • Projeções são sistematicamente viesadas no curto prazo e apresentam erros consideráveis que as tornam indeterminadas no longo prazo • os modelos de projeção têm caráter estatístico, mas seus resultados são sempre apresentados sem menção a margem de erro de previsão, como se fossem determinísticos • Não há avaliação institucional da eficácia dos modelos de projeção, os resultados publicados na LDO são informalmente revistos, sem conhecimento do público interessado e impactado pela decisões orientadas por tais modelos.
  • 20. Intervalos de Confiança – Receita RGPS
  • 22. Intervalos de Confiança – Necessidade de Financiamento RGPS
  • 23. Como são feitas as projeções previdenciárias: o modelo
  • 24. Três “módulos”: demográfico, receitas e despesas 1- Módulo Demográfico • O módulo demográfico do modelo é utilizado para calcular tanto receitas quanto despesas. • A partir de dados demográficos são calculadas probabilidades de entrada e saída do sistema e a quantidade de contribuintes. • Este módulo nos dá as quantidades do modelo, para distintos tipos de benefícios.
  • 25. Módulo Demográfico As entradas do módulo são: • População; • A Taxa de urbanização; • A Taxa de participação; • A Taxa de desemprego. As saídas: Empregados urbanos e rurais (aqueles com carteiras de trabalho assinadas)
  • 26. Módulo de Receita A partir daí podemos, então, calcular a receita. Para tal, necessitaremos dos preços, cujas entradas são variáveis do mercado de trabalho e previdenciárias: • O salário médio; • As alíquotas previdenciárias Como resultado, teremos: • Contribuições • Receitas
  • 27. Módulo de Despesas Este módulo tem por objetivo calcular a quantidade de benefícios concedidos (entradas), cessados (saídas) e estoques para as espécies de benefícios utilizados no modelo. Todas os cálculos possuem um ano base ou ano de referência a partir do qual são feitas as projeções até 2060. Em seguida são calculadas as projeções de despesas baseadas nos estoques estimados. Entradas: Parâmetros previdenciários (idade mínima, teto, piso, fator previdenciário e outros) Probabilidades de um empregado entrar em benefício; Probabilidades de um benefício acabar (morte do beneficiário); Valor médio dos benefícios por tipo calculado em cima do salário médio; Saídas: Número de concessões de benefícios; Estoque de benefícios; Despesa com benefícios.
  • 28. Algumas limitações do Modelo Uma maneira de se observar o erro de previsão seria decompô-lo em variáveis Demográficas, Econômicas (mercado de trabalho) e Previdenciárias
  • 29. Pop(u,r)=f(popTotal, txUrb) Emp(u,r)=f(pop(u.r), TxPFT(u.r),Desemp(u,r) Olhando para o lado da receita por exemplo, as quantidades são definidas como: Cont(u,r)=f(Emp(u.r), SalMedio(u,r), Alíquota)
  • 30. • Ao lermos atentamente as LDOS, notamos que pelo menos as suas últimas oito versões (a partir de 2010) trabalham com o valor fixo (valores calculados na PNAD de 2009) das taxa de urbanização, taxa de participação na força de trabalho (masculina, feminina, urbana e rural) e desemprego e salário médio. • Ou seja, na prática, o conjunto de equações colapsa, o que torna a projeção uma simples função basicamente dependente dos movimentos da população total, independente da dinâmica do mercado de trabalho nos anos referidos. • Cont(u,r)=f(popTotal) • Esse fato é confirmado pela observação das planilhas usadas pelo então Ministério da Previdência, que as tem constantes a partir de 2009 • Esse pressuposto está em conflito com a realidade do mercado de trabalho brasileiro
  • 31. Contribuintes/População em Idade Ativa 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 Contribuintes/PIA Idade Homens 2009 2014
  • 32. Contribuintes/População em Idade Ativa 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 Contribuintes/PIA Idade Mulheres 2009 2014
  • 33. Contribuintes/População em Idade Ativa 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 Contribuintes/PIA Idade Total 2009 2014
  • 34. Conclusões • Falta transparência nas projeções de resultado previdenciário. • Grave viés na estimativas do governo brasileiro no longo prazo: não raramente subestimação de receitas e superestimação de déficit, vinculadas às condições econômicas de curto prazo. • Problemas podem advir de tratamento de variáveis demográficas, de mercado de trabalho e previdenciárias. As evidências mais fortes indicam viés na modelagem do mercado de trabalho (inclusive produtividade) • Dados indisponíveis não permitem avaliação dos resultados do 85/95.
  • 35. Conclusões (cont.) • Projeções demográfico-atuarias, sabemos, não podem ser absolutamente acuradas. • As projeções de longo prazo são realizadas pelo governo brasileiro e conformam um conjunto de decisões de relevância estratégica para o país • Seus limites têm que ser mais claramente explicitados e o uso de técnicas mais recentes de projeção e construção de cenários devem ser a base para um sistema de apoio à tomada de decisão mais robusto e confiável.