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SIMULADO – ENEM
INSTRUÇÃO: Para responder às questões, identifique APENAS UMA alternativa correta e marque a
letra correspondente na Folha de Respostas.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 05 (Opção Inglês)
TEXT I
(NEWSWEEK, U.S., Aug. 8, 2005, p. 3. [Adaptado].)
01. No mundo contemporâneo, construir uma
carreira sólida e de sucesso envolve cada vez
mais desafios. No entanto, nem todos estão
preparados para enfrentá-los. O título do texto
acima expressa uma dúvida de executivos que:
a) pretendem instalar filiais de suas empresas
em outros países;
b) procuram ascensão profissional por meio
de experiência no exterior;
c) querem emigrar para outros países em
busca de fortuna;
d) visam obter estágio profissionalizante em
empresas norte-americanas;
e) escolhem um país estrangeiro para
começar uma nova carreira.
02. A pesquisa sobre a transferência para outro
país demonstrou que:
a) diferenças culturais têm predomínio sobre
outros fatores;
b) a ideia da mudança é descartada por 9%
dos entrevistados;
c) motivos familiares exercem grande
influência na decisão final;
d) o fator climático foi superior às vantagens
financeiras;
e) gastos com mudança são determinantes na
decisão.
TEXT II
(CHART: WHAT'S ON THE WEB AND HOW WE USE IT. http://www.cyc-
net.org/humour/110211laugh.html)
03. Muito se discute hoje em dia sobre a qualidade
dos conteúdos disponíveis na Internet. No caso
da charge, o gráfico:
a) ilustra os principais assuntos acessados
pelos jovens;
b) demonstra que os internautas estão bastante
interessados nas oportunidades oferecidas
pela web de se conectar com outras
pessoas;
c) comprova que a maior parte dos internautas
acessa a rede em busca de conhecimento;
d) revela que há bastante interesse em acessar
videos de conteúdos pouco educativos;
e) mostra que os sites que trazem conteúdos
que colaboram com as transformações
mundiais são acessados com mais
frequência do que os que narram estórias
enriquecedoras.
TEXT III
In relation to the ethnic issue, it is absolutely
necessary that the Brazilian republican society
recognizes the discrimination that happened
since the country's foundation, and proposes
effective solutions to solve this debt.
Nevertheless, solutions restricted to the access
to universities, without being extended to other
institutions and / or spaces of the society in
order to create real opportunity for formation of a
new elite, and ensure the participation of this
contingent in the decision process of the
Brazilian society, seems like a populist
incoherence, or like a demagogic simplification.
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SIMULADO – ENEM
04. Muito se tem debatido sobre o sistema de cotas
nas universidades brasileiras e suas
implicações para a sociedade brasileira. O texto
resume a ideia de que a política de cotas nas
universidades é:
a) desnecessária;
b) insuficiente;
c) excludente;
d) injusta;
e) tendenciosa.
05. Qual pergunta é incoerente com o argumento
apresentado no texto?
a) O que justifica que as cotas não sejam
usadas em outros concursos públicos, para
cargos governamentais por exemplo?
b) Por que outros poderes republicanos são
excluídos das cotas?
c) Como explicar a ausência de cotas raciais na
composição do judiciário?
d) E para os membros do Congresso, aqueles
que deveriam representar o perfil da
sociedade brasileira, onde estão as cotas?
e) Por que nós devemos interferir em um
sistema que vem funcionando bem?
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SIMULADO – ENEM
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 05 (Opção Espanhol)
TEXTO 01
Facebook versus Instagram
Si creíamos
que Facebook era
el gran productor
universal de envidia
y mala sangre,
Instagram ha llegado
para ponernos a
prueba. A estas
alturas del verano su Instagram estará lleno de
pedicuras naranjas, suchis, atardeceres y playas
de ensueño. Lo sentimos. La vida dura y solo
estamos a 1 de Agosto.
Facebook te puede hacer creer que la vida
de los otros es más interesante que la tuya y que,
por contraste, eres un aburrido. Verse a uno
mismo como un a un ser gris es complicado en
cualquier estación del año, en verano es causa de
tratamiento psiquiátrico.
La psicoterapeuta Mariela Michelena en su
libro Me cuesta tanto olvidarte apunta que
Facebook es el escaparate de la exclusión donde
te enteras de todas las fiestas maravillosas a las
que no has sido invitado y te hundes en la miseria
a no ser que tengas una autoestima a prueba de
bomba.
Las tres conductas de riesgo que nos hacen
sentir miserables en Facebook se potencian en
Instagram. Es decir, peregrinar de un perfil a otro
mirando fotos ajenas (en Instagram lo puedes
hacer con mucho menos esfuerzo); tener como
audiencia a un grupo amorfo de personas y
muchos desconocidos (eso te ayuda a imaginar
vidas ideales. No hay nada como conocer a la
gente para bajarla del altar); y difusión de Likes
de modo alocado y superficial.
(Disponível em: (http://blogs.elpais.com/antiguru/2013/08/-
instagram-saca-lo-peor-de-nosotros-sobre-todo-en-
verano.html).)
01.Sabendo-se da influência das redes sociais na
sociedade atual e a partir da leitura do texto,
pode-se afirmar que:
a) o modo como vemos as vidas alheias através
das redes sociais reflete de fato a vida real;
b) é necessário ter uma autoestima elevada para
não se deprimir com o suposto êxito dos
outros;
c) o efeito negativo do Facebook é maior do que
o do Instagram;
d) o Facebook potencializa a exclusão social;
e) conhecer as pessoas faz com que as
admiremos mais.
TEXTO 02
EL NUEVO PAPA
Existe un peligro frente a la apreciación
popular acerca del Papa Francisco: que se le pida
ser lo que él no es. Ha habido una cierta
idolatrización de su persona debido a sus gestos
de despojarse de símbolos e insignias del poder,
y de hacer suya la causa de los más pobres y
olvidados, algo que puede ser hasta normal por la
novedad que entraña en un sucesor de Pedro.
Es cierto, sin embargo, como escribe Clovis
Rossi, uno de los más lúcidos analistas político-
sociales de Brasil, que hasta ahora Francisco “no
ha ofrecido sustancia”. Según él proclamar que la
Iglesia debe estar con los pobres es ya antiguo en
las predicaciones de la Iglesia.
Hay sin embargo una frase de Francisco al
inicio de su pontificado que quizás sí sea
sustancia: cuando dijo en su primer encuentro
con los periodistas en Roma que le gustaría no
sólo una Iglesia “de los pobres” – algo
que en teoría siempre existió – sino también una
“Iglesia pobre”, algo que cada vez existe menos.
Claro que Francisco, al mando de la nave de
Pedro, tiene ahora en sus manos el poder de
hacer ese su deseo realidad, es decir,
“sustancia”.
(Disponível em: http://www.lanacion.com.ar/1607304-el-mundo-
mira-al-papa-asombro-y-elogios-por-el-nuevo-estilo-en-el-
vaticano)
02.Segundo o autor do texto, o que ele considera
substancial no Papa Francisco:
a) sua lucidez;
b) o seu despojamento dos símbolos de poder;
c) a afirmação de que a Igreja deve ser não
somente dos pobres, senão uma Igreja pobre;
d) comandar a Igreja de Pedro;
e) o início vultuoso de seu pontificado.
TEXTO 03
El blog recoge las últimas tendendias
publicitarias y los últimos fenómenos virales de la
televisión e Internet.
Ayudamos a descubrir cuáles son las modas
de Youtube y las nuevas maneras de hacer
publicidad de forma creativa y líquida. Que no
veas la tele no significa que las marcas no lleguen
hasta ti.
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SIMULADO – ENEM
03.A expressão “Vidas Virales”, refere-se:
a) à publicidade televisionada;
b) às pessoas que já foram muito famosas;
c) às marcas da moda;
d) àquilo que faz sucesso na internet e televisão;
e) à divulgação de produtos nas redes sociais.
TEXTO 04
04.É uma ideia presente no texto a de que o twitter:
a) propaga as melhores ideias das pessoas;
b) prejudica a comunicação quando a limita em
excesso
c) difunde informações sempre confiáveis e
importantes;
d) fortalece as relações interpessoais por tempo
indeterminado;
e) é uma ferramenta que ajuda a denunciar os
males da sociedade.
TEXTO 05
La beca para el que la sude
Desde lo más alto de un podio olímpico los
pocos deportistas españoles que hasta ahora lo
han conseguido respiraban no solo la felicidad del
momento único sino la seguridad garantizada de
un sueldo anual de 60.000 euros durante los
cuatro años siguientes. Hasta ahora, claro, pues
esa conquista como tantas otras ha
desaparecido.
El Plan ADO ha anunciado este fin de
semana los nuevos criterios para el cuatrienio
2013-2016 que acabará en Río de Janeiro y la
principal novedad de un articulado que parece
redactado por expertos del FMI a medias con los
autores de la reforma laboral española es la
sustitución de la seguridad de los 60.000 euros
durante cuatro años para los campeones
olímpicos (y 50.500 para los subcampeones y
45.000 para los bronces, hasta 20.500 euros para
los octavos) pasara lo que pasara, lesiones, bajas
formas, retiradas, por un nuevo concepto llamado
fijo + variable, que solo garantiza la beca total los
dos primeros años. Si en el segundo no se
consigue un resultado similar al que generó el
derecho a la beca (un oro en un Mundial, por
ejemplo), en el tercero el deportista solo percibirá
un 80%, y un 60% en el cuarto. Y si el deportista
no logra clasificarse para los siguientes Juegos,
en el momento en que se conozca ese hecho
dejará de recibir cualquier tipo de ayuda.
(Disponível:
http://deportes.elpais.com/deportes/2013/08/04/actualidad/1375
641926_843418.html)
05.No texto, há a seguinte informação:
a) Especialistas do FMI escreveram as novas
regras para acesso ao patrocínio.
b) Independente dos resultados das disputas,
todos terão acesso ao mesmo valor.
c) Se algum esportista apresentar alguma lesão,
o direito ao patrocínio não lhe será negado
d) Apenas os esportistas do Rio de Janeiro que
serão contemplados com a nova regra.
e) O patrocínio aos esportistas será de acordo
com o resultado de cada um.
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SIMULADO – ENEM
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45 (Português)
06.(...) “O termo ‘realismo’ não será usado como
uma tentativa de estabelecer um estilo formal ou
algo semelhante a um movimento ou vertente
artística, fenômenos pouco prováveis numa era
de arte globalizada, mas como um termo
conciliador para demonstrar a grande relação da
produção contemporânea de pintura com a
figuração, e com as questões geradas por um
mundo cada vez mais fundamentado na presença
da imagem. Pretendo construir uma definição ou
delimitação do termo ‘realismo’ que utilizarei nas
fases seguintes deste texto para tratar da pintura
contemporânea.”
(FONTES, Alan. Rumos da pintura na era da imagem
técnica. Disponível em: http.www.bibliotecadigital.ufmg.br.
Acesso em:28 jul.2013)
No século XIX, para o pintor Gustave Courbet
(1819-1877), em seu manifesto realista, a pintura
era uma manifestação essencialmente física e
deveria se ocupar unicamente com a
representação das coisas que podem ser vistas e
tocadas, como na seguinte imagem:
a)
b)
c)
d)
e)
07.Um dos recursos utilizados pelo Padre Antônio
Vieira em seus sermões consiste na “agudeza” –
maneira de conduzir o pensamento que aproxima
objetos e/ou ideias distantes, diferentes, por meio
de um discurso artificioso, que se costuma
chamar de “discurso engenhoso”.
Assinale a alternativa em que o trecho transcrito
do Sermão da Sexagésima, o autor utiliza esse
recurso.
a) “Lede as histórias eclesiásticas, e achá-las-ei
todas cheias de admiráveis efeitos da
pregação da palavra de Deus. Tantos
pecadores convertidos, tanta mudança de
vida, tanta reformação de costumes; os
grandes desprezando a riqueza e vaidades do
Mundo; os reis renunciando o cetros e as
coroas; as mocidades e as gentilezas
metendo-se pelos desertos e pelas covas(...)”
b) “Miseráveis de nós, e miseráveis de nossos
tempos, pois neles se veio a cumprir a profecia
de São Paulo (...) ‘Virá tempo, diz São Paulo,
em que os homens não sofrerão a doutrina
sã.’(...) ‘Mas para seu apetite terão grande
número de pregadores feitos a montão e sem
escolha, os quais não façam mais que adular-
lhes as orelhas.’”
c) “Para um homem se ver a si mesmo são
necessárias três coisas: olhos, espelho e
luz.(...) Que coisa é a conversão de uma alma,
senão entrar um homem dentro de si e ver-se
a si mesmo? Para esta vista são necessários
olhos, é necessária luz e é necessário
espelho. O pregador concorre com o espelho,
que é a doutrina; Deus concorre com a luz,
que é a graça; o homem concorre com os
olhos, que é o conhecimento.”
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SIMULADO – ENEM
d) “Quando Davi saiu a campo com o gigante,
ofereceu-lhe Saul as suas armas, mas ele não
a quis aceitar. Com as armas alheias ninguém
pode vencer, ainda que seja Davi. As armas
de Saul só servem a Saul, e as de Davi a Davi,
e mais aproveita um cajado e uma funda
própria, que a espada e a lança alheia.”
e) “Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos.
Que somos infalíveis. Que não cometemos
nem mesmo o menor deslize. E só não
falamos isso por um pequeno detalhe: seria
uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra
‘mentira’, como acabamos de fazer,
poderíamos optar por um eufemismo. ‘Meia-
verdade’, por exemplo, seria um termo muito
menos agressivo.”
08.“A escravidão foi abordada literariamente pela
poesia brasileira da terceira geração romântica. A
realidade dos escravos africanos, também, foi
tema de pinturas, como Le Diner, do artista
francês Debret (1768-1848), ( ver quadro abaixo):
O poeta baiano Castro Alves construiu uma
poesia caracterizada pelo engajamento em
relação a questões sociais. O inconformismo do
autor com o problema da escravidão fez com que
ele se filiasse ao movimento abolicionista. Com o
objetivo de chamar a atenção para os problemas
e injustiças da pátria, o poeta denuncia o
sofrimento dos escravos como se nota no
seguinte fragmento:
a) “Se a margarida flor
É branca de fato
Qual a cor da Margarida
Que varre o asfalto?”
b) “O racismo que existe,
O racismo que não existe.
O sim que é não,
O não que é sim.
É assim o Brasil
Ou não?¨
c) “Na propaganda enganosa
paraíso racial
hipocrisia faz mal
nosso futuro num saco
sem fundo
a gente vê
e finge que não vê
a ditadura da brancura.”
d) “Se a estrela d’alva os derradeiros raios
Derrama nos jardins do Capuleto
Eu direi, me esquecendo d’alvorada:
“É noite ainda em teu cabelo preto...”
e) “E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual num sonho dantesco as sombras
voam!
Grito, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...”
09.
Canção do Exílio (fragmentos)
(Gonçalves Dias)
“Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida mais amores.”
Hino Nacional Brasileiro (fragmentos
(Joaquim Osório Duque Estrada)
(...)
“Do que a terra mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais
flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida, em teu seio, mais
amores...”
Ao estabelecer um estudo comparativo entre os
textos, conclui-se que:
a) ambos foram produzidos durante o século
passado e com objetivos distintos.
b) os textos de Gonçalves Dias e Duque Estrada
representam, cada um em seu tempo, a
identidade nacional.
c) o segundo texto constitui uma paródia em
relação aos versos de Gonçalves Dias.
d) há, na relação entre os textos de Gonçalves
Dias e Duque Estrada, uma intertextualidade
implícita.
e) o Hino Nacional Brasileiro faz uma
reinterpretação crítica da postura romântica
assumida por Gonçalves Dias.
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SIMULADO – ENEM
10.
O Guarani
(José de Alencar)
(...)
“A moça soltou um grito e achou que o amigo
deveria estar morto àquela hora, confessando ter
sido o motivo da tamanha loucura porque dissera
a Peri que queria ver uma onça viva.
(...)
Mal as janelas da casa tinham sido abertas para
receber a luz do sol, ouvem-se os gritos de D.
Lauriana que aparece à janela toda despenteada,
chamando por Aires Gomes, o escudeiro de D.
Antônio. De espada em riste, o homem procura o
animal, mas não o encontra e só então fica
sabendo tratar-se de medo de D. Lauriana porque
Peri tinha trazido, dia antes, a onça com a qual
teria imaginado agradar sua senhora.
(...)
Com efeito, por entre a ramagem das árvores via-
se a pele negra e marchetada do tigre e os olhos
felinos que brilhavam com seu reflexo pálido.
Os aventureiros levaram o mosquete à face, mas
no momento de puxarem o gatilho, largaram
todos uma risada homérica, e abaixaram as
armas.
– Que é lá isso? Tem medo?
E o destemido escudeiro sem se importar com os
outros, mergulhou por sob as árvores e
apresentou-se arrogante em face do tigre.
Aí, porém, caiu-lhe o queixo de pasmo e de
surpresa.
A onça embalava-se a um galho suspensa pelo
pescoço e enforcada pelo laço que apertando-se
com o seu próprio peso, a estrangulara.
Enquanto viva, um só homem bastara para trazê-
la desde o Paraíba até a floresta, onde tinha sido
caçada, e da floresta até àquele lugar onde havia
expirado.
Peri havia matado o animal... Os homens levaram
a onça até a casa e mostraram-na a D. Lauriana.
Ela pediu que eles a deixassem ali, na porta, a
fim de que D. Antônio visse o perigo que Peri
representava; no entanto, o fidalgo era de todo
grato ao índio que um dia salvara sua filha.”
(www.mundovestibular.com.br)
A partir da leitura da tirinha e do fragmento, é
correto afirmar que:
a) quanto ao amor, o segundo fragmento expõe
uma visão dualista das personagens
românticas, que envolve atração e medo,
desejo e culpa.
b) a postura adolescente, ingênua observada na
tirinha contrasta com a apresentação de
personagens verossímeis, isento das
distorções românticas do texto de Alencar.
c) a valorização do herói forte, idealizado, acima
das limitações humanas é o motivo temático
comum aos dois textos.
d) o texto de José de Alencar e a tirinha se
assemelham no interesse pela exploração das
zonas desconhecidas da mente humana e
pela loucura.
e) a superação de barreiras consideradas
intransponíveis é uma marca característica
compatível com os trechos destacados.
11. Nel mezzo del camin...
“Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada,
E alma de sonhos povoada eu tinha...
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha.
Hoje, segues de novo... Na partida
Nem o pranto os teus olhos emudece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
Vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.”
(BILAC, Olavo. Poesia. 2a
. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1959, p.
56)
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do
caminho
tinha pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
(ANDRADE. Carlos Drummond de. Antologia Poética. 27a
.
ed. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 196)
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SIMULADO – ENEM
O diálogo entre o poema de Drummond e o de
Bilac caracteriza uma intertextualidade. Os
indícios da intertextualidade podem ser
comprovados na:
a) apresentação de formas fixas, métricas
regulares e no preciosismo técnico.
b) total ruptura com as normas oficiais da
gramática tradicional e na incorporação da
linguagem mais espontânea.
c) presença do título, no exagero das repetições
e na constante utilização da ordem inversa.
d) sugestão temática já que ambos franqueiam
múltiplas possibilidades de interpretação.
e) incapacidade de resistir às dificuldades
cotidianas, o que faz do homem um ser
impotente e desiludido.
12.Leia com atenção o seguinte trecho de um
samba-enredo composto por Paulinho da Viola e
responda à questão abaixo:
“Era o tempo do rei
Quando aqui chegou
Um modesto casal feliz pelo recente amor
Leonardo, tornando-se meirinho
Deu a Maria Hortaliça um novo lar
Um pouco de conforto e de carinho
Dessa união, nasceu
Um lindo varão
Que recebeu o mesmo nome do pai
Personagem central da história que contamos
Neste carnaval
Mas um dia Maria
Fez a Leonardo uma ingratidão
Mostrando que não era uma boa companheira
Provocou a separação
Foi assim que o padrinho passou
A ser do menino tutor
A quem lhe deu toda dedicação
Sofrendo uma grande desilusão
Outra figura importante em sua vida
Foi a comadre parteira popular]
Diziam que benzia de quebranto
A beata mais famosa do lugar
Havia nesse tempo aqui no Rio
Tipos que devemos mencionar
Chico Juca era mestre em valentia
E por todos se fazia respeitar
O reverendo amante da cigana
Preso pelo Vidigal
(...)
(http://letras.com.br/portela-rj/480497/)
O recurso da intertextualidade está presente
nesse samba-enredo, apresentado no carnaval
carioca de 1966. Qual é a obra com que essa
composição musical de Paulinho da Viola
dialoga?
a) O romance Cinco Minutos, de José de
Alencar.
b) A peça A queda que as mulheres têm pelos
tolos, de Machado de Assis.
c) A peça Judas em Sábado de Aleluia, de
Martins Pena.
d) O folhetim Memórias de um Sargento de
Milícias, de Manuel Antônio de Almeida.
e) O romance A escrava Isaura, de Bernardo
Guimarães.
13. Geni e o Zepelim
“De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Com os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir
Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifícios
Abriu dois mil orifícios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo – Mudei de idéia
– Quando vi nesta cidade
– Tanto horror e iniquidade
– Resolvi tudo explodir
– Mas posso evitar o drama
– Se aquela formosa dama
– Esta noite me servir
Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
– e isso era segredo dela
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SIMULADO – ENEM
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão
Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni
Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir
Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni.”
(BUARQUE, Chico. CD Ópera do Malandro. São
Paulo: Polygram do Brasil , 1993)
"Geni e o Zepelim" é uma canção brasileira,
composta e cantada por Chico Buarque. Essa
canção fez parte do musical Ópera do Malandro,
do mesmo autor, lançado em 1978, do álbum, de
1079, e do filme, de 1986, todos com o mesmo
nome.
Analisando-se a postura do autor-criador,
percebe-se:
a) um discurso reducionista, que se faz presente
na proposta de construção de uma ordem
social de maneira invertida.
b) a adoção de uma posição conservadora por
conta da necessidade de preservação dos
padrões comportamentais vigentes.
c) uma voz em busca da desconstrução do
utilitarismo que vê nas relações subjetivas
uma forma de lucratividade.
d) a procura de um equilíbrio entre as normas da
sociedade convencional e a conduta
vanguardista assumido pela protagonista.
e) o escarnecimento da figura da mulher na
exposição contundente de toda a sua trajetória
sexual.
14. REFAZENDA
“Abacateiro, acataremos teu ato
Nós também somos do mato como o pato e o
leão
Aguardaremos brincaremos no regato
Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração
Abacateiro, teu recolhimento é justamente
O significado da palavra temporão
Enquanto o tempo não trouxer teu abacate
Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão
Abacateiro, sabes ao que estou me referindo
Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo
Cedo, antes que o janeiro doce manga venha ser
também
Abacateiro, serás meu parceiro solitário
Nesse itinerário da leveza pelo ar
Abacateiro saiba que na refazenda
Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a
namorar
Refazendo tudo
Refazenda
Refazenda toda
Guariroba”
(GIL, Gilberto. Refazenda. Rio de Janeiro: Warner Music,
1976)
O texto de Gil faz algumas insinuações políticas
que podem ser identificadas com um momento
turbulento da história do país. O momento em
evidência é:
a) a Guerra do Paraguai.
b) a proclamação da República.
c) o impeachment de Fernando Collor.
d) o Ato Institucional n
o
. 5.
e) o Ato Institucional n
o
. 4.
15. Folia de multas, apreensões e acidentes
Acompanhamos o trabalho da equipe da Polícia
Rodoviária das 7 da manhã às 7 da noite em
pleno sábado de Carnaval.
(...)
Em frente ao posto policial, os soldados
posicionam cones de modo que só passe por aí
um veículo de cada vez. (...) Um dos motoristas
(cujo carro foi apreendido), que não quis dar
entrevista, anda de um lado para outro,
impaciente. (...) Ele entra na cabine e fala mais de
uma vez: “Não tem como conversar? Estou com
duas crianças no carro”. Irredutível, o oficial o
orienta a procurar alguém que possa levá-los
para casa. Policiais contam que essa abordagem
é comum.
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“Hoje não tem jeitinho brasileiro”, afirmava o
gerente administrativo João Carlos Rodrigues,
que teve o seu Renault Mégane preso por atraso
no licenciamento. “Eu acho bom eles serem
rígidos. Só espero que isso não esteja sendo feito
apenas porque a equipe de reportagem está
aqui”. (...)
(VEJA, 16 de março de 2011)
RAPAZ FOLGADO
(Noel Rosa)
“Deixa de arrastar
o teu tamanco
Pois tamanco nunca
foi sandália
E tira do pescoço
o lenço branco
Compra sapato e gravata
Joga fora esta navalha
que te atrapalha
Com chapéu do lado
deste rata
Da polícia quero que escapes
Fazendo um samba-canção
Já te dei papel e lápis
Arranjo um amor
e um violão
Malandro é palavra
Derrotista
Que só serve pra tirar
Todo o valor do sambista
Proponho ao povo civilizado
Não te chamar de malandro
E sim de rapaz folgado.”
Fazendo uma leitura comparativa entre o texto da
Veja e a canção de Noel Rosa, nota-se:
a) a malandragem, presente nos dois textos,
constitui uma tentativa de burlar regras e
arrumar concessões e auxílios.
b) a malandragem, presente no estereótipo do
povo brasileiro, é uma marca característica da
sociedade contemporânea.
c) “o jeitinho brasileiro” é um mecanismo de
arranjos realçado na canção de Noel Rosa e
abrandado no texto da Veja.
d) ao propor um novo rótulo social para a figura
do malandro, o sujeito poético da canção de
Noel desrespeita um componente histórico de
nossa identidade cultural.
e) há um descompasso entre a seriedade do
assunto e o tom coloquial abordado nos dois
textos.
16.Observe o quadro Caça ao javali, de Frans
Snyders (1579-1657)
O movimento do qual é representativo o quadro
cultua o contraste claro-escuro, a dramatização, a
expressividade. Qual é o nome pelo qual ficou
conhecido esse movimento?
a) Renascimento.
b) Neoclassicismo.
c) Expressionismo.
d) Barroco.
e) Naturalismo.
TEXTO
José Dias amava os superlativos. Era um
modo de dar feição monumental às ideias; não as
havendo, servia a prolongar as frases. Levantou-
se para ir buscar o gamão, que estava no interior
da casa. Cosi-me muito à parede, e vi-o passar
com as suas calças brancas engomadas,
presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos
últimos que usaram presilhas no Rio de Janeiro, e
talvez neste mundo. Trazia as calças curtas para
que lhe ficassem bem esticadas. A gravata de
cetim preto, com um aro de aço por dentro,
imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O
rodaque de chita, veste caseira e leve, parecia
nele uma casaca de cerimônia. Era magro,
chupado, com um princípio de calva; teria os seus
cinquenta e cinco anos. Levantou-se com o passo
vagaroso do costume, não aquele vagar
arrastado dos preguiçosos, mas um vagar
calculado e deduzido, um silogismo completo, a
premissa antes da consequência, a consequência
antes da conclusão. Um dever amaríssimo!
(ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Scipione,
1996.)
17.Aos realistas interessa, antes de tudo, o retrato
fiel da vida cotidiana. Nesse fragmento do
romance Dom Casmurro, tal intento foi obtido
através:
a) da investigação psicológica, demarcando,
desse modo, as fronteiras entre o ter e o haver.
b) da máscara social: o indivíduo, para
sobrevivência, esconde a verdadeira identidade.
c) da cronologia: a demarcação do tempo permite
uma construção singular da personagem.
d) da narrativa lenta: a reunião de datalhes
constrói a imagem física e psíquica da
personagem.
e) da obetividade: a presença da adjetivação
intensifica o estado emocional da personagem.
TEXTO I
Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma
bela e nobre figura de moça. As linhas do perfil
desenham-se distintamente entre o ébano da
caixa do piano, e as bastas madeixas ainda mais
negras do que ele. São tão puras e suaves essas
linhas, que fascinam os olhos, enlevam a mente,
e paralisam toda análise. A tez é como o marfim
do teclado, alva que não deslumbra, embaçada
por uma nuança delicada, que não sabereis dizer
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se é leve palidez ou cor-de-rosa desmaiada. O
colo donoso e do mais puro lavor sustenta com
graça inefável o busto maravilhoso. Os cabelos
soltos e fortemente ondulados se despenham
caracolando pelos ombros em espessos e
luzidios rolos, e como franjas negras escondiam
quase completamente o dorso da cadeira, a que
se achava recostada. Na fronte calma e lisa como
mármore polido, a luz do ocaso esbatia um róseo
e suave reflexo; di-la-íeis misteriosa lâmpada de
alabastro guardando no seio diáfano o fogo
celeste da inspiração.
(GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. Fortaleza:
Verdes Mares, 1998, p. 11.)
TEXTO II
Naquele tempo contava apenas uns quinze ou
dezesseis anos; era talvez a mais atrevida
criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais
voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a
primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo,
porque isto não é romance, em que o autor
sobredoura a realidade e fecha os olhos às
sardas e espinhas; mas também não digo que lhe
maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha,
não. Era bonita, fresca, saía das mãos da
natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno,
que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os
fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era
clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia
de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e
alguma devoção, – devoção, ou talvez medo;
creio que medo.
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In:
Obra completa. Vol. I. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p.
549)
18.Os autores dos textos I e II na construção de seus
perfis femininos:
a) comungam da mesma visão de mundo,
cultivando idênticos valores.
b) tecem um contraponto entre idealização e
captação do real.
c) deformam a imagem da mulher como
estratégia estética.
d) apontam uma associação entre traços físicos e
psicológicos.
e) mostram a mulher como fonte de sedução e
de perdição.
TEXTO I
(GUSTAVE COUBET Os quebradores de pedras, óleo sobre
tela, 1849.)
TEXTO II
A labutação continuava. As lavadeiras tinham
já ido almoçar e tinham voltado de novo para o
trabalho. Agora estavam todas de chapéu de
palha, apesar das toldas que se armaram. Um
calor de cáustico mordia-lhes os toutiços em
brasa e cintilantes de suor. Um estado febril
apoderava-se delas naquele rescaldo; aquela
digestão feita ao sol fermentava-lhes o sangue. A
Machona altercava com uma preta que fora
reclamar um par de meias e destrocar uma
camisa; a Augusta, muito mole sobre a sua tábua
de lavar, parecia derreter-se como sebo; a
Leocádia largava de vez em quando a roupa e o
sabão para coçar as comichões do quadril e das
virilhas, assanhadas pelo mormaço; a Bruxa
monologava, resmungando numa insistência de
idiota, ao lado da Marciana que, com o seu tipo
de mulata velha, um cachimbo ao canto da boca,
cantava toadas monótonas do sertão.
(AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ática, 1994, p. 42.)
19.A leitura desses dois textos nos permite inferir,
corretamente, que:
a) o texto de Aluísio Azevedo, ao contrário de
pintura de Coubet, valoriza o exotismo do
trabalho manual, através do qual o homem
ambiciona riquezas.
b) ambas as composições espelham uma
realidade social, na qual o trabalho é fonte de
exploração, e, assim, o homem se transforma
em instrumento de alienação.
c) nas duas composições, destaca-se a figura do
trabalhador rural, e este vive em perfeita
harmonia com os elementos da paisagem
circundante.
d) a partir de recursos verbais e não verbais, os
autores idealizam a realidade em que o
trabalho implica um caminho para a felicidade
e realização.
e) a expressão artística se faz anunciar tão-
somente na pintura de Coubet, uma vez que
Aluísio Azevedo, na denúncia social, serve-se
de linguagem jornalística.
TEXTO I
(HONORÉ DAUMIER.)
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TEXTO II
LUZIA-HOMEM
Os míseros pequenos, estatelados ao tantálico
suplício da contemplação dessas gulodices,
atiravam-se às cascas de frutas lançadas ao
chão, e se enovelavam, na disputa desses
resíduos misturados com terra, em ferozes
pugilatos. Era indispensável ativa vigilância para
não serem assaltadas e devoradas as provisões à
venda, pela horda de meninos, que não falavam;
não sabiam mais chorar, nem sorrir, e cujos
rostos, polvilhados de descamações cinzentas,
sem músculos, tinham a imobilidade de couro
curtido. Quando contrariados ou afastados pelos
mercadores aos empuxões e pontapés, rugiam e
mostravam os dentes roídos de escorbuto.
(OLÍMPIO, Domingos. Luzia-Homem. Fortaleza: ABC, 1999.)
20.Essas duas composições têm em comum o fato
de que:
a) refletem sobre a tendência natural do homem
à violência.
b) consideram a pobreza uma condição social
imutável.
c) aproximam os seres humanos do
comportamento animal.
d) desenvolvem o tema da doença como
degração do ser.
e) indicam o contraste, no capitalismo, entre as
classes sociais.
A gramática prescritiva ou gramática
normativa explicita as regras determinadas para
uma língua qualquer. Contudo, é basicamente
impossível encontrar um falante que faça uso de
todas as regras gramaticais prescritas, sem
violações. Há méritos nas gramáticas normativas,
sobretudo quanto ao estabelecimento dos
padrões que são compartilhados pelos falantes.
Entretanto, a consulta a uma gramática normativa
deve ser feita criticamente, avaliando-se as
particularidades da linguagem utilizada pelos
falantes. Um exemplo no português brasileiro é o
futuro simples: “Eu buscarei o livro amanhã”. Para
uma grande maioria de falantes do português
brasileiro, o futuro simples não ocorre na língua
falada. Em seu lugar ocorre o futuro composto:
“Eu vou buscar o livro amanhã”. Para uma grande
maioria de falantes do português brasileiro, o
futuro simples não ocorre na língua falada. Em
seu lugar ocorre o futuro composto: “Eu vou
buscar o livro amanhã”. Note, contudo, que o
futuro simples é utilizado na linguagem escrita e
em algumas variantes do português brasileiro (e
certamente do português europeu). Faz-se,
portanto, pertinente registrar a norma que
prescreve o uso do futuro simples. De posse
desta informação falantes podem fazer uso
apropriado do futuro simples se lhes for
necessário.
(SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e Fonologia do
Português. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2003. p. 15)
21.O texto propõe uma reflexão acerca da língua
portuguesa, ressaltando para o leitor a:
a) necessidade de um monitoramento crítico no
processo de leitura das gramáticas
normativas.
b) importância das gramáticas normativas para a
construção da identidade cultural de uma
comunidade.
c) divergência entre as posições de linguistas e
gramáticos a respeito do processo de
formação do futuro no português.
d) importância do reconhecimento e da distinção
dos conceitos de gramática prescritiva e de
gramática normativa.
e) necessidade de obediência às regras
gramaticais em contextos formais de
enunciação.
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(Disponível em <http://universomutum.blogspot.com.br/2009/08/tirinha-0077.html>. Acesso em: 04 ago. 2013)
22.As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de
comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre mãe e filho
neste texto é:
a) a opção pelo emprego da forma verbal “deveria estar estudando” em lugar de “deveria estudar”.
b) a ausência de pronome pessoal antes do verbo “posso”.
c) o emprego da redução “pra” em lugar da forma verbal “para”.
d) o uso da contração “neste” em lugar da expressão “em este”.
e) a utilização do pronome “quando” em início de frase interrogativa.
23. Assiste-se, atualmente, na sociedade brasileira, a um movimento de tomada de consciência de sua
condição pluriétnica. Em 1988, a Constituinte, em um ato extremamente significativo, assegurou, no Artigo 68
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o direito à propriedade da terra às comunidades rurais
afro-brasileiras remanescentes de antigos quilombos. Desde então, vários órgãos do Governo têm-se mostrado
sensíveis a essa problemática. Paralelamente, os movimentos negros e indígenas conquistam, a cada dia,
mais espaço no cenário político. Recentemente, como medida de maior impacto, o Governo Federal e algumas
universidades públicas instituíram cotas étnicas de acesso ao ensino superior, como instrumento de inclusão
social de segmentos historicamente marginalizados. [...]
No plano linguístico, a contribuição dos segmentos indígenas e africanos para a formação da realidade
linguística brasileira tem sido menosprezada, ora por razões ideológicas, determinadas por uma visão de
“superioridade cultural” do colonizador europeu, ora por opções teóricas imanentistas, que circunscrevem à
lógica interna do sistema linguístico as motivações para as suas mudanças. Os obstáculos ideológicos e
teoréticos se somam às dificuldades de realizar pesquisas de campo que possam recolher evidências
empíricas consistentes da ocorrência no português brasileiro de processos de variação e mudança
efetivamente induzidos pelo contato entre línguas, de modo que subsiste a lacuna acerca do real papel dos
segmentos indiodescendentes e afro-brasileiros na história linguística do país.
(LUCHESSI, Dante. Introdução. In: LUCCHESI, Dante; BAXTER, Alan; RIBEIRO, Ilza (Org). O português afro-brasileiro. Salvador:
EDUFBA, 2009. p. 27. Disponível em <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/209/1/O%20Portugues%20Afro-Brasileiro.pdf>. Acesso
em: 04 ago. 2013.)
O texto acima se concentra em determinado movimento de tomada de consciência da condição pluriétnica na
sociedade brasileira. De acordo com a posição crítica assumida pelo autor, essa “consciência”:
a) reflete-se em todos os setores da sociedade brasileira, que se mostra mais crítica e intolerante a
preconceitos sociais e linguísticos.
b) observa-se no comportamento de líderes de movimentos sociais que reivindicaram e reivindicam políticas
de reparação.
c) manifesta-se na valorização da contribuição dos povos africanos e indígenas para a formação da cultura e
da língua do Brasil.
d) aplica-se a certas dimensões da vida social, mas não repercute no plano linguístico.
e) revela-se na preocupação dos linguísticas e estudiosos da cultura em preencher as lacunas técnicas e
teóricas dos discursos sobre a formação da língua portuguesa.
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24.O trecho transcrito a seguir é parte de uma carta de lideranças e organizações indígenas da Articulação dos
Povos Indígenas do Brasil – APIB e distintos povos do Brasil à presidente da República Dilma Rousseff. As
opções linguísticas dos enunciadores da carta mostram que o texto foi elaborado em linguagem:
Nós lideranças indígenas de distintos povos e organizações indígenas das diferentes regiões do Brasil,
reunidos nesta histórica ocasião com a vossa excelência no Palácio de Governo, mesmo em número reduzido,
mas o suficientemente informados e profundamente conhecedores, mais do que ninguém, dos problemas,
sofrimentos, necessidades e aspirações dos nossos povos e comunidades, viemos por este meio manifestar,
depois de tão longa espera, as seguintes considerações e reivindicações, que esperamos sejam atendidas
pelo seu governo como início da superação da dívida social do Estado brasileiro para conosco, após séculos
de interminável colonização, marcados por políticas e práticas de violência, extermínio, esbulho, racismo,
preconceitos e discriminações.
Estamos aqui, uma pequena mas expressiva manifestação da diversidade étnica e cultural do país,
conformada por 305 povos indígenas diferentes falantes de 274 línguas distintas com uma população
aproximada de 900 mil habitantes conforme dados do IBGE.
[...]
(Disponível em <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521837-carta-publica-dos-povos-indigenas-do-brasil-a-presidenta-da-republica-dilma-
rousseff>. Acesso em: 04 ago. 2013)
a) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada.
b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio das culturas indígenas.
c) coloquial, considerando-se que os enunciadores são cidadãos comuns.
d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação.
e) informal, pressupondo o grau de escolaridade e importância social da interlocutora.
(Disponível em <http://www.releituras.com/quadrinhoquadrado07.asp>. Acesso em: 04 ago. 2013)
25.Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma padrão da língua portuguesa é:
a) obedecida por meio do emprego da forma “pra” em “virar lenha pra”.
b) obedecida por meio do emprego da forma “a gente” em “a gente pode virar lenha pra fogueira”.
c) obedecida por meio do emprego do pronome de terceira pessoa “seu” em “Veja o seu avô!”.
d) desobedecida por meio do emprego da forma verbal “Veja” para se referir à segunda pessoal do discurso.
e) desobedecida por meio do emprego do artigo definido “o” antes da forma nominal “prêmio nobel”.
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Textos para a questão 26.
Tangerina
A facilidade do descascamento e o aroma típico desta fruta são os maiores atrativos para o consumo
A facilidade do descascamento e o aroma típico desta fruta são os maiores atrativos para o consumo. A
tangerineira ocupa, provavelmente, a maior faixa de adaptação climática entre os citros. As plantas são
igualmente tolerantes a altas e baixas temperaturas. Os frutos são utilizados para consumo ao natural e para
industrialização, de onde são obtidos diferentes produtos processados, como sucos, óleos essenciais, pectina
e rações.
Nome popular da fruta: Tangerina (bergamota, mexerica)
Nome científico: Citrus reticulata Blanco
Origem: Ásia
(Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-g-a-z/tangerina>. Acesso em: 04 ago. 2013)
Bergamota, tangerina ou mexerica?
Os três termos se referem à mesma fruta. Na região Sul do país, principalmente Rio Grande do Sul e Santa
Catarina é conhecida como bergamota. Já no Sudeste e Nordeste a encontramos como mexerica ou tangerina.
Em Curitiba, ela já é encontrada com outro nome: mimosa. As variedades mais conhecidas são a ponkan,
mexerica, cravo, mandarina e morgote. Encontrada principalmente entre os meses de abril e setembro, é fonte
de vitaminas A, B e C e minerais como ferro, fósforo, cálcio, potássio e sódio. Cada 100 g desta fruta tem em
média 43 kcal.
(Disponível em <http://vilamulher.terra.com.br/alimentos-iguais-nomes-diferentes-11-1-70-150.html>. Acesso em: 04 ago. 2013)
26.De acordo com os texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Citrus reticulata Blanco, nome científico
da tangerina. Esse fenômeno revela que:
a) existem variedades regionais para nomear uma mesma fruta.
b) “tangerina” é nome específico para a espécie existente na Região Sul.
c) “bergamota” é designação específica para a fruta na Região Sudeste.
d) os nomes designam espécies diferentes da fruta, conforme a região.
e) a fruta é nomeada conforme as particularidades que apresenta.
(BROWNE, C. hagar, o horrível. Jornal O GLOBO. Segundo Caderno. 20 fev. 2009)
27.(ENEM - 2009) A linguagem da tirinha revela:
a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.
b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.
c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho.
d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência.
e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.
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Textos para a questão 28.
TEXTO I
O professor deve ser um guia seguro, muito
senhor de sua língua; se outra for a orientação,
vamos cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e
confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio,
recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e
de falso patriotismo. Como havemos de querer
que respeitem a nossa nacionalidade se somos
os primeiros a descuidar daquilo que exprime e
representa o idioma pátrio?
(ALMEIDA, N.M. Gramática metódica da língua
portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).)
TEXTO II
[...] Essa gramática não é uma descrição
exaustiva e detalhada do PB, mas uma exposição
daquilo que constitui conhecimentos necessários
para um trabalho relevante e construtivo da
educação linguística. Sendo a primeira gramática
propositiva de uma pedagogia do português
brasileiro – no sentido de dirigir especificamente à
prática docente –, nela vou me concentrar nos
aspectos mais relevantes para que professores e
professoras se conscientizem dos principais
traços característicos do PB, conscientização
indispensável para quem se ocupa da educação
linguística hoje no Brasil. Essa postura acarreta
algumas decisões eminentemente políticas:
 considerar o português brasileiro como uma
língua plena e autônoma (e não como uma
“variedade” do português europeu), dentro de
um grupo de línguas que vou chamar aqui de
portugalego;
 assumir como válido, aceitável e correto todo e
qualquer uso linguístico que já esteja
plenamente incorporado ao vernáculo geral
brasileiro, falado e escrito, conforme uma vasta
exemplificação da língua que nos esforçamos
aqui em apresentar;
 assumir, graças ao conhecimento desse
vernáculo geral, a existência de uma norma
urbana culta real, radicalmente distinta da
norma-padrão clássica, ideal, prescritiva e
totalmente desvinculada dos usos autênticos do
PB;
 postular que o ensino de língua se faça com
base nessa norma urbana culta real, de modo a
facilitar sua aquisição por parte dos aprendizes
provindos das camadas sociais usuárias de
outras variedades sociolinguísticas; embora
exista uma distância entre essas variedades e a
norma urbana culta real, ela é muito menor do
que a que existe entre essas duas variedades e
a norma-padrão clássica, na qual nem mesmo
os cidadãos urbanos mais letrados se
reconhecem.
(BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português
brasileiro. Introdução. São Paulo: Parábola, 2011. p. 21)
28.Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois
textos, conclui-se que:
a) ambos os textos tratam da questão do ensino
da língua com o objetivo de valorizar a postura
de professores de incorporam a reflexão sobre
os usos concretos da língua ao seu fazer
pedagógico.
b) os dois textos defendem a ideia de que a
modalidade de língua portuguesa praticada no
Brasil é uma deturpação do padrão europeu.
c) os dois textos tratam a questão do português
brasileiro de forma distinta: no primeiro, há
uma depreciação, no segundo, uma
valorização.
d) ambos os textos defendem a autonomia do
idioma brasileiro em relação à língua de
Portugal. A diferença entre eles é que o
primeiro se concentra nas questões da
oralidade e o segundo se volta para as
questões pedagógicas.
e) o primeiro texto prega a irrestrita obediência
ao padrão português, enquanto o segundo
defende a revisão das gramáticas antigas e a
construção de novos manuais para o ensino
da língua portuguesa nas escolas.
Entrevista com Ataliba de Castilho
Revel – Por que será que, mesmo com muitas
pesquisas de qualidade sendo feitas na área do
estudo da linguagem falada, a tradição normativa
da Gramática Tradicional ainda se preocupa
quase que exclusivamente com o ensino e a
descrição da norma escrita da língua?
Ataliba - Há duas questões nessa pergunta:
língua falada versus língua escrita, língua versus
norma escrita.
Os pesquisadores da língua falada jamais
disseram que era para descartar a língua escrita.
O que disseram era que atingiríamos com mais
eficácia a língua escrita se começássemos nossa
prática escolar pela reflexão sobre a língua
falada. O fato é que a língua falada é mais
reveladora que a escrita quanto aos processos
constitutivos da linguagem humana. Quando
falamos não preparamos um rascunho,
verbalizando um script depois de corrigido.
Quando falamos, jogamos tudo para o ar, tanto o
assunto da conversação quanto os processos de
criação linguística que estão sendo
desenvolvidos. Por isso, a reflexão sobre a
linguagem é mais rica quando partimos da
oralidade. Já a língua escrita é uma transposição
da oralidade, com direito a plano prévio, várias
versões e muita borracha sobre o que não deu
certo. Com isto, os caminhos da criação
linguística são omitidos. Isso é ótimo para os
grandes voos da arte literária e do raciocínio
filosófico, e péssimo para quem quer refletir sobre
a linguagem – a função maior de quem ensina a
quem já fala a língua. [...]
[...]
(Disponível em
<http://www.revel.inf.br/files/entrevistas/revel_4_entrevista_ata
liba_teixeira_de_castilho.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2013.)
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SIMULADO – ENEM
29.Ataliba de Castilho, um dos mais importantes
nomes dos Estudos Linguísticos no Brasil, estuda
a língua falada e pesquisa sobre o português
brasileiro em muitas de suas dimensões. Neste
fragmento da entrevista concedida à revista
Revel, Castilho, que é professor senior na
Universidade de São Paulo e professor
colaborador voluntário na Universidade Estadual
de Campinas, defende que:
a) os estudos da língua falada sejam substituídos
pela reflexão sobre a língua escrita.
b) o trabalho com a língua escrita seja iniciado
pela reflexão em torno da língua falada.
c) as práticas de oralidade sejam
gramaticalizadas e colocadas na dimensão
padrão da língua.
d) as práticas de escrita não têm o nível de
complexidade e elaboração da língua falada.
e) a reflexão sobre as produções filosóficas e
literárias parta dos rascunhos dos escritores,
que abrigam a origem dos discursos em sua
pureza.
30.(ENEM – 2012) A substituição do haver por ter
em construções existenciais, no português do
Brasil, corresponde a um dos processos mais
característicos da história da língua portuguesa,
paralelo ao que já ocorrera em relação à
ampliação do domínio de ter na área semântica
de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e
Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre
haver e discute a emergência de ter existencial,
tomando por base a obra pedagógica de João de
Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e
cinquenta do século XVI, encontram-se
evidencias, embora raras, tanto de ter
“existencial”, não mencionado pelos clássicos
estudos de sintaxe histórica, quanto de haver
como verbo existencial com concordância,
lembrado por Ivo Castro, e anotado como
“novidade” no século XVIII por Said Ali.
Como se vê, nada é categórico e um purismo
estreito só revela um conhecimento deficiente da
língua. Há maios perguntas que respostas. Pode-
se conceber uma norma única e prescritiva? É
válido confundir o bom uso e a norma da própria
língua e dessa forma fazer uma avaliação crtica e
hierarquizante de outros usos e, através deles,
dos usuários? Substitui-se uma norma por outra?
(CALLOU,D.A propósito de norma, correção e preconceito
linguístico:do presente para o passado. IN: Cadernos de
Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em : www.uff.br.
Acesso em: 26 fev 2012 (adaptado).)
Para a autora, a substituição de “haver” por “ter”
em diferentes contextos evidencia que:
a) o estabelecimento de uma norma prescinde de
uma pesquisa histórica.
b) os estudos clássicos de sintaxe histórica
enfatizam a variação e a mudança na língua.
c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos
da língua fundamenta a definição da norma.
d) a adoção de uma única norma revela uma
atitude adequada para os estudos linguísticos.
e) os comportamentos puristas são prejudiciais à
compreensão da constituição linguística.
31.A gramática da língua portuguesa se estrutura a
partir da concepção de que os atos enunciados
se produzem a partir de três polos, chamados
“pessoas do discurso”. Essas “pessoas” são três:
a primeira, do enunciador; a segunda, do
interlocutor; a terceira, do referente. Na tirinha
acima, o uso da contração “desse” (de + esse)
manifesta uma:
a) inadequação gramatical, pois desconsidera os
princípios da variedade padrão do português.
b) adequação gramatical, pois a forma
pronominal em análise deve ser utilizada na
referência à segunda pessoa do discurso.
c) inovação linguística, pois o padrão do
português não admite a contração do
demonstrativo “esse” com a preposição “de”
d) ambiguidade, pois não é possível localizar a
que elemento da cena enunciativa o
enunciador se refere.
e) variedade linguística pouco aceita em
situações formais de enunciação e
comunicação.
Nova espécie de ave é descoberta na Grande SP
O Ibama anunciou ontem a descoberta de
uma nova ave, o bicudinho-do-brejo-paulista.
O Stymphalornissp.nov (a terminação indica
que o animal não recebeu a denominação
definitiva da espécie) foi encontrado pelo
professor Luis Fábio Silveira, do Departamento de
Zoologia da USP, em áreas de brejo nos
municípios de Paraitinga e Biritina-Mirim, na
Grande São Paulo, em fevereiro. O pássaro tem
pouco mais de 10 centímetros, capacidade
pequena de voo e penugem escura.
(Disponível em
<http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=36997>. Acesso
em: 04 ago. 2013.)
32.Compreende-se, como princípio de interpretação
textual, que os referentes mais importantes de um
texto são aqueles reativados pelos procedimentos
de progressão referencial. Com base nisso, pode-
se concluir que o texto acima está centrado:
a) no trabalho do Ibama, que pesquisa e
descobre espécies de animais.
b) no bicudinho-do-brejo-paulista, que foi descoberto
na Grande São Paulo pelo Ibama.
15
3
O
SIMULADO – ENEM
c) na dificuldade de denominação das espécies
descobertas no Brasil, que se evidencia na
terminação do nome do bicudinho-do-brejo-
paulista.
d) no trabalho dos professores do Departamento
de Zoologia da USP, que descobrem e
estudam as novas espécies da natureza
brasileira.
e) nas características morfológicas dos pequenos
pássaros, que têm capacidade limitada de
voar.
33
5
10
Criada em 1988, a Fundação Cultural
Palmares é uma instituição pública vinculada
ao Ministério da Cultura que tem a finalidade
de promover e preservar a cultura afro-
brasileira. Preocupada com a igualdade racial
e com a valorização das manifestações de
matriz africana, a Palmares formula e implanta
políticas públicas que potencializam a
participação da população negra brasileira nos
processos de desenvolvimento do País.
15
Fruto do movimento negro brasileiro, a
Fundação Cultural Palmares foi o primeiro
órgão federal criado para promover a
preservação, a proteção e a disseminação da
cultura negra.
(Disponível em <http://www.palmares.gov.br/quem-e-quem/>.
Acesso em: 04 ago. 2013)
No texto acima, a forma pronominal “que” (. 8) é
relativa:
a) ao antecedente “valorização das manifestações
de matriz africana”.
b) à expressão nominal “a Palmares”.
c) à expressão nominal “políticas públicas”.
d) ao termo “a participação da população.
e) ao substantivo “país”.
34.
5
10
O Brasil viveu nas últimas semanas um clima
que há muito tempo não vivia. Chegou-se, em
determinados momentos, a compará-lo com o
clima das Diretas, já! Tudo começou com as
manifestações do Movimento Passe Livre, em
São Paulo, que tinham como foco questionar o
aumento das tarifas de ônibus na capital
paulista. A forma truculenta, desmedida e
despudorada com que a polícia revidou os
manifestantes, mostrando em determinados
momentos que era proibido se manifestar, criou
um clima de insatisfação em todos os cantos do
Brasil.
15
20
Da noite para o dia, várias pessoas foram às
ruas mostrar que aquele espaço era público. E
várias pautas, especialmente voltadas para o
aspecto político e até certo ponto genéricas,
como “mais recursos para a saúde e educação”,
“contra a PEC 37”, “por uma reforma política”,
“abaixo a corrupção brotaram como grama no
pasto”.
Os veículos de comunicação tentaram, nos
primeiros dias, desqualificar e criminalizar, como
25
30
35
40
45
de praxe, as manifestações. O discurso de
Arnaldo Jabor, feito em horário nobre no Jornal
Nacional é um dos maiores emblemas desse
processo. Jabor foi para a televisão, no horário
nobre concedido a ele pela TV Globo, e fez um
discurso chamando os manifestantes de
ignorantes políticos. E disse ainda que os
manifestantes vivem no passado de uma ilusão
e finalizou seu texto afirmando que “os
revoltosos de classe média não valem nem R$
0,20”. Mas de repente, dois dias depois, ocorre
uma virada no discurso e a cobertura da
imprensa muda de linha. Dois fatos mostram
bem essa guinada: a ida do próprio Jabor
ao Jornal Nacional, com outro discurso e
pedindo desculpas pelas palavras do dia anterior
e a capa da Folha de S.Paulo, destacando a
reação violenta da polícia aos protestos. No
meio disso tudo, a repressão violenta da polícia
não atingiu somente os manifestantes. Vários
jornalistas foram agredidos, e aí, de uma vez por
todas, a imprensa jogou uma pá de cal no velho
discurso e saiu em defesa dos manifestantes.
Os pronomes e as expressões de base nominal
são importantes mecanismos de coesão e
progressão temática. Esses mecanismos
linguísticos promovem a conexão entre
segmentos textuais, como aquela que acontece
entre:
a) o relativo “que” (. 6) e a expressão nominal
“Movimento Passe Livre” (. 5)
b) a forma nominal “aquele espaço” (. 15) e o
substantivo “ruas” (. 15)
c) a expressão “desse processo” (. 26/27) e o
termo “discurso” (. 29)
d) o possessivo “seu” (. 32) e a expressão “TV
Globo” (. 28)
e) a expressão “Dois fatos” (. 36) e os termos
“uma virada no discurso” (. 35) e “a cobertura
da imprensa muda de linha” (. 35/36)
TEXTO
Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem
vista da janela,
Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por
serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os
homens presentes, a vida presente.
(Carlos Drummond de Andrade (Poesia e prosa).)
16
3
O
SIMULADO – ENEM
35.O poeta, nos primeiros versos da segunda
estrofe, enumera atitudes que lhe parecem de
escapismo ou de alienação para o passado ou
para o futuro, utilizando um esquema de
enumeração binária: do escuro (= suspiros ao
anoitecer) para o claro (paisagem vista da janela);
da semiconsciência (entorpecentes) para a
inconsciência total (suicida); do particular para o
geral, representado, respectivamente, pelas
palavras:
a) Companheiros / esperança
b) Ilhas / serafins
c) Suspiros / paisagens
d) Mulher / história
e) Cartas / ilhas
36.A linguagem é utilizada, de forma intencional ou
não, com muitas funções. No poema, as funções
da linguagem se alternam de maneira rica e
diversificada, deixando evidente, entretanto, que:
a) embora não seja de forma predominante, há
a função emotiva, levemente utilizada, pois o
enunciador usa a primeira pessoa como
modo de expressar seu sentimento.
b) não há função metalinguística, afinal, em
momento algum, o poeta se volta para o
poema e sua atuação no mundo social.
c) a função apelativa se apresenta no texto a
partir da presença de recursos linguísticos e
poéticos que metaforizam a realidade
apresentada pelo eu-poético.
d) discretamente, a função referencial aparece:
o enunciador prioriza a informação quando
se compromete com a realidade e induz o
receptor a uma atuação engajada.
e) desde a construção do título até o último
verso o enunciador faz uso intenso de
símbolos e figuras de linguagem para
demonstrar o seu compromisso com a
realidade. Utiliza-se também, portanto, da
função poética.
TEXTO
“As ondas amarguradas
Encostam a cabeça na pedra do cais
Até as ondas possuem
Uma pedra para descansar a cabeça.
Eu na verdade possuo
Todas as pedras que há no mundo,
Mas não descanso.”
(Murilo Mendes. Fragmento do Poema “Mas”.)
37.As figuras de linguagem são recursos
intensamente utilizados na construção do texto
poético. Nos quatro primeiros versos do
fragmento acima, nota-se predominância de:
a) antítese, pois há uma oposição entre o termo
“ondas” e a palavra “amargurada”.
b) metonímia, pois o poema traz a ideia de que o
termo “pedras” é a parte do todo que é o
problema.
c) personificação, pois atribuem-se características
humanas a seres inanimados.
d) hipérbole, pois há um exagero quando se
coloca que “até as ondas possuem uma
pedra para descansar a cabeça.”.
e) gradação, pois o sentido do texto ganha
intensidade à medida que as palavras são
colocadas.
38.Em nossos dias o sentimento do belo foi reduzido
à mera apreciação de mercadorias. Ninguém se
preocupa com o que é “belo” para si mesmo, ou
com o que “parece belo”. Dizemos que algo é
bonito sem muita reflexão. Sem grandes
investigações internas e pessoais sobre o modo
como “eu mesmo” sou capaz de formular este
juízo sobre alguma coisa ou mesmo uma pessoa.
Como posso julgar a beleza de algo? E como
posso dizer que alguém é ou não belo, ou
“bonito”? Esta questão nascida com a cultura até
hoje não foi resolvida.
(TIBURI, Márcia. o que é bonito para mim?)
Pelo modo como o fragmento está escrito é
possível classificá-lo como:
a) um parágrafo argumentativo, pois o
enunciador não se posiciona.
b) um trecho descritivo, pois a preocupação é
caracterizar o belo.
c) um fragmento opinativo, pois o enunciador
assume pontos de vista.
d) um parágrafo narrativo, pois há ações e
personagens.
e) um trecho dissertativo, pois parte de um tema
e não traz argumentos.
39.(ENEM/2003 - adaptada) A Propaganda pode ser
definida como divulgação intencional e constante
de mensagens destinadas a um determinado
auditório visando criar uma imagem positiva ou
negativa de determinados fenômenos. A
Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de
manipulação de grandes massas por parte de
pequenos grupos. Alguns princípios da
Propaganda são: o princípio da simplificação, da
saturação, da deformação e da parcialidade.
(Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política)
Segundo o texto, muitas vezes a propaganda:
a) não permite que minorias imponham ideias à
maioria.
b) depende diretamente da qualidade do produto
que é vendido.
c) favorece o controle das massas difundindo as
contradições do produto.
d) está voltada especialmente para os interesses
de quem vende o produto.
e) convida o comprador à reflexão sobre a
natureza do que se propõe vender.
17
3
O
SIMULADO – ENEM
40.Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial
pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica
"A alegria de ser brasileiro", do dramaturgo
Nelson Rodrigues, publicada naquele ano pelo
jornal "Última Hora".
"Agora, com a chegada da equipe imortal, as
lágrimas rolam. Convenhamos que a seleção as
merece.
Merece por tudo: não só pelo futebol, que foi o
mais belo que os olhos mortais já contemplaram,
como também pelo seu maravilhoso índice
disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro
julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava
o inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o
sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e
de uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o
Mundial. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil.
Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos,
russos, davam botinadas em penca. Só o
brasileiro se mantinha ferozmente dentro dos
limites rígidos da esportividade. Então, se
verificou o seguinte: o inglês, tal como o
concebíamos, não existe. O único inglês que
apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos
motivos, vamos perder a vergonha (...), vamos
sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria
ser brasileiro, amigos.”
Além de destacar a beleza do futebol brasileiro,
Nelson Rodrigues quis dizer que o
comportamento dos jogadores dentro do campo:
a) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a
perder a conquista da copa do mundo.
b) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas
qualidades que admiravam nos europeus,
principalmente nos ingleses.
c) ressaltou o sentimento de inferioridade dos
jogadores brasileiros em relação aos
europeus, o que os impediu de revidar as
agressões sofridas.
d) mostrou que o choro poderia aliviar o
sentimento de que os europeus eram
superiores aos brasileiros.
e) mostrou que os brasileiros eram iguais aos
europeus, podendo comportar-se como eles,
que não respeitavam os limites da
esportividade.
41.A crônica muitas vezes constitui um espaço para
reflexão sobre aspectos da sociedade em que
vivemos.
"Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no
meu braço, falou qualquer coisa que não entendi.
Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele
estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria
saber a hora. Talvez não fosse um Menino De
Família, mas também não era um Menino De
Rua. É assim que a gente divide. Menino De
Família é aquele bem-vestido com tênis da moda
e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá
outro se o dele for roubado por um Menino De
Rua. Menino De Rua é aquele que quando a
gente passa perto segura a bolsa com força
porque pensa que ele é pivete, trombadinha,
ladrão. (...) Na verdade não existem meninos De
rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um
menino está NA rua é porque alguém o botou lá.
Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim
como são postos no mundo, durante muitos anos
também são postos onde quer que estejam.
Resta ver quem os põe na rua. E por quê."
(COLASSANTI, Marina. In: "Eu sei, mas não devia". Rio de
Janeiro: Rocco, 1999.)
No terceiro parágrafo em "... não existem meninos
DE rua. Existem meninos NA rua.", a troca de De
pelo Na determina que a relação de sentido entre
"menino" e "rua" seja:
a) de localização e não de qualidade.
b) de origem e não de posse.
c) de origem e não de localização.
d) de qualidade e não de origem.
e) de posse e não de localização.
42.(Enem 2000 - adaptada) O autor do texto abaixo
critica, ainda que em linguagem metafórica, a
sociedade contemporânea em relação aos seus
hábitos alimentares.
"Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram
quando a gente comprava Ieite em garrafa, na
leiteira da esquina? (...)
Mas vocês não se lembram de nada, pô? Vai
ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é leite.
Estou falando isso porque agora mesmo peguei
um pacote de leite – leite em pacote, imagina,
Tereza! – na porta dos fundos e estava escrito
que é pasterizado, ou pasteurizado, sei lá, tem
vitamina, é garantido pela embromatologia, foi
enriquecido e o escambau.
Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz
que leite é outra coisa: 'Líquido branco, contendo
água, proteína, açúcar e sais minerais'. Um
alimento pra ninguém botar defeito. O ser
humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único
alimento só alimento. A carne serve pro animal
andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo
serve pra fazer outra galinha (...) O leite é só leite.
Ou toma ou bota fora.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar
fora. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água
do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar
que nem vaca tem por trás desse negócio.
Depois o pessoal ainda acha estranho que os
meninos não gostem de leite. Mas, como não
gostam? Não gostam como? Nunca tomaram!
Múúúúúúú!"
(FERNANDES, Millôr. "O Estado de S. Paulo", 22 de agosto
de 1999)
A crítica do autor é dirigida:
a) ao desconhecimento, pelas novas gerações,
da importância do leiteiro para a economia
nacional.
b) à diminuição da produção de leite após o
desenvolvimento de tecnologias que têm
substituído os produtos naturais por produtos
artificiais.
18
3
O
SIMULADO – ENEM
c) à artificialização abusiva de alimentos tradicionais, com perda de critério para julgar sua qualidade e sabor.
d) permanência de hábitos alimentares a partir da revolução agrícola e da domesticação de animais iniciada
há 5.000 anos.
e) à importância dada ao pacote de leite para a conservação de um produto perecível e que necessita de
aperfeiçoamento tecnológico.
43.
A conversa entre Mafalda e seus amigos:
a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir.
b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas.
c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes.
d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias.
e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências.
44.A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes:
I. Instituiu-se o "Dia Nacional da Consciência Negra" em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração
do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à
exclusão social.
II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa
entre as diversas etnias.
Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões:
Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu
constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos
de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na
formação do Brasil, adoçando-o."
(Gilberto Freire. "O mundo que o português criou".)
[Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das "raças" em
condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da "população de
cor" que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva.
(Florestan Fernandes. "O negro no mundo dos brancos".)
Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar:
a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes.
b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II.
c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II.
d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes.
e) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes.
45.
Pequenos tormentos da vida
De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas,
O azul convida os meninos,
as nuvens desenrolam-se, lentas como quem vai inventando
preguiçosamente uma história sem fim...
Sem fim é a aula: e nada acontece,
nada... Bocejos e moscas. Se, ao menos, pensa
Margarida, se ao menos um
avião entrasse por uma janela e saísse por outra!
(Mário Quintana. "Poesias")
Na cena retratada no texto, o sentimento do tédio:
a) faz com que os meninos contêm histórias.
b) leva os alunos a produzirem bocejos, em contra a monotonia da aula.
c) acaba estimulando a fantasia, criando a expectativa de algum imprevisto mágico.
d) prevalece de modo absoluto, impedindo até mesmo a distração ou o exercício do pensamento.
e) surge a partir da morosidade da aula, em contraste com o movimento acelerado das nuvens e das moscas
19
3
O
SIMULADO – ENEM
MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 46 a 90
46.
A partir da propaganda mostrada, o desconto
real para compras realizadas no site e pagas no
boleto será de:
a) 17%
b) 18%
c) 19%
d) 20%
e) 21%
47. As maiores pirâmides egípcias são conhecidas
pelo nome de “Pirâmides de Gizé” e estão
situadas nas margens do Nilo. A figura a seguir
representa essas pirâmides: Miquerinos (2470
a.C.), Quéfren (2500 a.C.) e Quéops (2530
a.C.).
A maior e mais antiga é a de Quéops, que tem a
forma aproximada de uma pirâmide de base
quadrada com 230 metros de lado e cujas faces
laterais se aproximam de triângulos equiláteros.
Em matemática, “pirâmide” é um sólido
geométrico. O volume de um sólido com as
dimensões da pirâmide de Quéops é:
a) 3
3
m
3
230
b) 3
3
m
6
2230
c) 3
2
m
4
3230
d) 3
3
m
2
230
e) 3
3
m
2
2230
48. “É possível usar água ou comida para atrair as
aves e observá-las. Muitas pessoas
costumavam usar água com açúcar, por
exemplo, para atrair beija-flores. Mas é
importante saber que, na hora de fazer a
mistura, você deve sempre usar uma parte de
açúcar para cinco partes de água. Além disso,
em dias quentes, precisa trocar a água de duas
a três vezes, pois com o calor ela pode
fermentar e, se for ingerida pela ave, pode
deixá-la doente. O excesso de açúcar, ao
cristalizar, também pode manter o bico da ave
fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso
pode até matá-la.”
(Ciência Hoje das Crianças. FNDE; Instituto Ciência Hoje,
ano 19, n. 166, mar. 1998.)
Pretende-se encher completamente um copo
com a mistura para atrair beija-flores. O copo
tem formato cilíndrico, e suas medidas são 10
cm de altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade
de água que deve ser utilizada na mistura é
cerca de:
Dado:  = 3
a) 20 mL
b) 24 mL
c) 100 mL
d) 120 mL
e) 600 mL
49. Se uma bola de basquete, com circunferência
máxima de 78 cm, for centralizada no aro de
uma cesta com 45 cm de diâmetro, de quanto
será, aproximadamente, a folga x entre a bola e
o arco em toda a volta? (Dado:  = 3,14)
a) 16,29
b) 20
c) 5,04
d) 10,08
e) 1,17
20
3
O
SIMULADO – ENEM
50. Sigmund Sorofsof, artista um tanto eclético e
temperamental, resolveu fazer uma escultura
usando apenas caixas de fósforos (5 cm x 4 cm
x altura = ?). Chamou sua obra de “3 litros”,
justificando que esse era o volume da mesma.
Observando o esquema básico da escultura na
figura a seguir, podemos concluir que a altura h
da escultura é de:
a) 75 cm
b) 15 cm
c) 150 cm
d) 225 cm
e) 450 cm
51. Na construção de um hangar, com a forma de
um paralelepípedo retângulo, que possa abrigar
um Airbus, foram consideradas as medidas
apresentadas a seguir.
A medida do espaço desse hangar, em metros
cúbicos, é no mínimo igual a:
a) 140.392,14 m
3
b) 138.472,14 m
3
c) 136.762,14 m
3
d) 134.882,14 m
3
e) 132.542,14 m
3
52. A Folha de São Paulo, na sua edição de
11/10/2000, revela que o buraco que se abre na
camada de ozônio sobre a Antártida a cada
primavera no Hemisfério Sul formou-se mais
cedo neste ano. É o maior buraco já monitorado
por satélites, com o tamanho recorde de 2,85 .
10
7
km
2
. Em números aproximados, a área de
2,85 . 10
7
km
2
equivale à área de um quadrado
cujo lado mede:
a) 5,338 . 10
2
km
b) 5,338 . 10
3
km
c) 5,338 . 10
4
km
d) 5,338 . 10
5
km
e) 5,338 . 10
6
km
53. O SBT, em parceria com a Nestlé, criou um
novo programa de perguntas e respostas
chamado Um milhão na mesa. Nele, o
apresentador Sílvio Santos faz perguntas sobre
temas escolhidos pelos participantes. O prêmio
máximo é de R$ 1.000.000,00 que fica,
inicialmente, sobre uma mesa distribuídos em
50 pacotes com 1.000 cédulas de R$ 20,00
cada um. Cada cédula de R$ 20,00 é um
retângulo de 14 cm de base por 6,5 de altura.
Considere que todas as cédulas foram
colocadas no piso do palco plano uma ao lado
da outra, sem deixar espaço entre elas e sem
haver sobreposição de cédulas, então a medida
da superfície ocupada por todas as cédulas é
igual a:
a) 415 m
2
b) 420 m
2
c) 425 m
2
d) 455 m
2
e) 475 m
2
54. Camelôs
Apesar da repressão dos organizadores do
carnaval contra os camelôs, um grupo de cerca
de dez ambulantes fez “fortuna” na
concentração do desfile das escolas de samba.
Mesmo sob forte chuva, eles ficaram
posicionados na estrutura de um outdoor
vendendo bebidas para os foliões. O grupo
cobrava R$ 2,00 pela água e R$ 3,00 pela
cerveja.
“Vendi R$ 350,00 somente para as duas
primeiras escolas. Já paguei o aluguel do meu
barraco. Por mim, o carnaval durava o ano
inteiro”, afirmou o pedreiro G. C., de 43 anos,
um dos que escalaram o outdoor para ganhar
um “extra” nos dias de folia.
21
3
O
SIMULADO – ENEM
Suponha agora que nessa situação; o pedreiro G. C. tenha vendido 126 unidades de bebidas, entre água e
cerveja, para as duas primeiras escolas que desfilaram. Logo, G. C. vendeu:
a) 98 latas de cerveja;
b) 78 latas de cerveja;
c) 58 garrafas de água;
d) 46 garrafas de água;
e) 34 garrafas de água.
55. Uma metalúrgica produz uma peça cujas medidas são especificadas na figura a seguir.
A peça é um prisma reto com uma cavidade central e com base compreendida entre dois hexágonos
regulares, conforme a figura.
Considerando que os eixos da peça e da cavidade coincidem, qual o volume da peça?
a) 3640 cm
3
b) 31.280 cm
3
c) 32.560 cm
3
d) 3320 cm
3
e) 31.920 cm
3
56.
Ele ilustra duas funções:
f: a porcentagem de famílias nucleares em função do ano;
g: a porcentagem de famílias resultantes de separações e divórcios, também em função do ano.
Em cada uma dessas funções, o ano é a variável independente e a porcentagem é a variável dependente; o
domínio é o intervalo de tempo de 1987 a 2022 e o contradomínio é o intervalo de 0% a 100%.
De acordo com a reportagem da revista Veja, havia, no Brasil, em 2014, cerca de 17,2 milhões de famílias
resultantes de novas uniões. Aproximadamente, o total de famílias no Brasil nesse ano será de:
a) 39 000 000
b) 40 000 000
c) 42 000 000
d) 45 000 000
e) 46 000 000
22
3
O
SIMULADO – ENEM
57. A tabela abaixo mostra como deveria ser
calculando o imposto de renda (pessoa física)
na Declaração de Ajuste Anual do exercício de
2013, ano calendário de 2012.
Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto
sobre a Renda da Pessoa Física para o exercício de
2013, ano-calendário de 2012.
Base de cálculo
mensal em R$
Alíquota %
Parcela a deduzir
do imposto em
R$
Até 1.637,11 – –
De 1.637,12 até
2.453,50
7,5 122,78
De 2.453,51 até
3.271,38
15,0 306,80
De 3.271,39 até
4.087,65
22,5 552,15
Acima de 4.087,65 27,5 756,53
Se um cidadão, que só deduz o que está
indicado na tabela, teve um rendimento anual
de R$ 36.000,00, deverá pagar de imposto o
correspondente a:
a) R$ 1618,40
b) R$ 1708,40
c) R$ 1712,40
d) R$ 1718,40
e) R$ 1800,40
58. Com um papelão quadrado de 30 cm de lado,
deseja-se construir uma caixa, cortando-se
quatro quadrados de seus cantos, como mostra
a figura. Sendo x a medida dos lados desses
quadrados recortados dos cantos, e sabendo
que a capacidade dessa caixa é dada pelo
produto de três dimensões (comprimento,
largura e altura) uma função v que representa a
capacidade da caixa em função de x é:
a) V = 900x + 120x
2
+ 4x
3
b) V = 900x – 120x
2
– 4x
3
c) V = 900x + 120x
2
– 4x
3
d) V = 900x – 120x
2
+ 4x
3
e) V = 900x – 12x
2
+ 4x
3
59. João possui um terreno de 1.000 m
2
, no qual
pretende construir uma casa. Ao engenheiro
responsável pela planta, ele impõe as seguintes
condições: a área destinada ao lazer (piscina,
churrasqueira etc.) deve ter 200 m
2
, e a área
interna da casa mais a área de lazer devem
ultrapassar 50% da área total do terreno; além
disso, o custo para construir a casa deverá ser
de, no máximo, R$ 200.000,00. Sabendo que o
metro quadrado construído nessa região custa
R$ 500,00, a área interna da casa que o
engenheiro poderá projetar está entre:
a) 100 m
2
e 150 m
2
b) 200 m
2
e 300 m
2
c) 300 m
2
e 400 m
2
d) 400 m
2
e 450 m
2
e) 450 m
2
e 480 m
2
60. Se beber então não dirija, é uma das frases
que todos já se acostumaram a ouvir nas
campanhas de prevenção a acidentes de
trânsito.
O álcool no sangue de um motorista alcançou o
nível de 2 gramas por litro logo depois de ter
bebido uma considerável quantidade de vinho.
Considere que esse nível decresce de acordo
com a fórmula N(t) = 2(0,5)
t
, onde t é o tempo
medido em horas a partir do momento em que o
nível é constatado. Quanto tempo deverá o
motorista esperar antes de dirigir seu veículo, se
o limite permitido de álcool no sangue, para
dirigir com segurança, é de 0,8 gramas por litro?
(log 5 = 0,7)
a) 60 min
b) 70 min
c) 80 min
d) 90 min
e) 100 min
61. A cesta de basquete
O basquete
teve origem nos
Estados Unidos e
foi jogado, pela
primeira vez, com
dois cestos usados
para a colheita de
pêssegos.
As cestas com redes, presas em aros de
ferro, foram adotadas em 1896. Inicialmente
elas eram fechadas porque o ponto só valia
quando a bola permanecia lá dentro. Para retirar
a bola havia uma escada e um bastão ao lado
da rede. Depois, passaram a usar a rede com o
fundo amarrado por um barbante e, quando a
bola entrava, puxava-se o barbante para abri-la.
A cesta aberta, como a conhecemos hoje, é de
1898.
(Fonte: Adaptado do Guia dos Curiosos, Esportes, 1996)
Supondo que o ex-jogador de basquete Oscar
tenha feito 60 arremessos e acertado 45 cestas
e o ex-jogador Pipoca tenha feito 50 arremessos
e acertado 35 cestas, sobre o desempenho
desses atletas constatamos que:
a) Oscar com 75% de erros foi menos eficiente
que Pipoca;
b) Pipoca com 70% de acertos foi mais eficiente
que Oscar;
c) Oscar com 70% de acertos foi mais eficiente
que Pipoca;
d) Oscar e Pipoca tiveram desempenhos iguais;
e) Oscar teve 75% de aproveitamento e Pipoca
teve 70% de aproveitamento.
23
3
O
SIMULADO – ENEM
62. A história do rádio
Os primeiros sinais de radiocomunicação através do ar foram enviados pelo
inventor italiano Guglielmo Marconi, em 1895, revolucionando os meios de
comunicação rápida a longa distância (o telégrafo e o telefone) que utilizavam
cabos.
A primeira emissão radiofônica brasileira fez parte das comemorações do
centenário da independência (1922), mas a radiodifusão só se tornou efetiva em
1923, quando foi ao ar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro.
O rádio já exerceu um papel tão importante no campo do entretenimento quanto
o desempenhado atualmente pela televisão. Da década de 20 à década de 40, as pessoas se reuniam em
volta de aparelhos de rádio todas as noites. Esse período, chamado de fase áurea do rádio, terminou com a
ascensão da televisão na década de 50.
No entanto, o rádio, principalmente devido à sua maior agilidade, conseguiu sobreviver e, no Brasil,
atualmente, durante o dia, tem mais audiência que a televisão.
Supondo que a cidade de Jaguaquara-BA possua duas emissoras de rádio. Uma pesquisa, realizada com
toda a população, apresentou o seguinte resultado: 20% da população ouve a emissora A, 24% ouve a
emissora B e 6% ouve as duas emissoras. Sabendo que a cidade tem 19000 ouvintes, o número de
habitantes dessa cidade é de:
a) 35000
b) 40000
c) 45000
d) 50000
e) 55000
63. CUSTO BRASIL – O país está estruturalmente caro em razão da carga fiscal pesada e da infraestrutura
deficiente. As reduções tributárias foram tímidas, diante da carga total de 36% do PIB que pesa sobre o setor
privado da economia, um valor sem similiares nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, as obras
de infraestrutura custam a sair do papel. A rodada de licitações de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos,
anunciada há um ano, ainda não foi executada. Assim, o governo perdeu a oportunidade de atrair
investidores quando a conjuntura externa e também a interna eram mais favoráveis. Agora será mais difícil
atraí-los.
(24 de julho, 2013. Veja)
(Fontes: Credit Suisse Hedging-Griffo e IBGE)
Suponha que a partir de 2012 o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil comece a crescer baseado na função
f(t) = at + b, em que t = 0 corresponda ao ano de 2012, t = 1 corresponda ao ano de 2013 e assim
sucessivamente. Baseado nessa suposição, o PIB do Brasil em 2014 será de:
a) 3,1%
b) 3,7%
c) 4,0%
d) 4,9%
e) 5,1%
24
3
O
SIMULADO – ENEM
64. Recentemente, mais precisamente às 7h e 45min do dia 21 de julho de 2013, a província de Gansur, na
China, foi surpreendida por um terremoto de magnitude 5,9 N escala Richter deixando 75 mortos, 14
desaparecidos e 600 feridos.
Para medir a força dos terremotos, sua magnitude, Richter usou a fórmula abaixo:
M = log10 A + 3 . log10 [8 . t] – 2,92
M é a magnitude do terremoto; A é a amplitude, em milímetros, e t é o intervalo, em segundos, entre as
ondas.
Um simósgrafo, aparelho que grava as vibrações provocadas por um terremoto, registra um terremoto que
tem amplitude igual a 10 cm e intervalo de tempo entre as ondas de 24 segundos.
Sabendo-se que log 2 = 0,30 e log 3 = 0,48, a magnitude desse terremoto é de:
a) 4,62
b) 5,02
c) 5,92
d) 6,02
e) 9,52
65. Pretende-se que, até o ano de 2020, 30% de toda a energia elétrica consumida num certo Estado brasileiro
sejam de fonte eólica, considerada uma das fontes energéticas que menos impacto causa ao meio ambiente.
O gráfico dado pela reta, representa uma previsão para o consumo total de energia no Estado em função do
ano.
Da análise do gráfico, pode-se afirmar que, em 2020, a energia eólica necessária, em mil MW, para cumprir a
meta estipulada, é igual a:
a) 105
b) 100
c) 95
d) 90
e) 85
25
3
O
SIMULADO – ENEM
66. O sistema decimal é um sistema de numeração
de posição que utiliza a base dez. Esse sistema
utiliza os dez algarismos indo-arábicos (0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), que servem para contar
unidades, dezenas, centenas etc., da direita
para esquerda, por exemplo, na representação
comum, o numeral 345 pode ser escrito como:
3. 10
2
+ 4. 10
1
+ 5. 10
0
(3 centenas, 4 dezenas e
5 unidades).
O sistema binário é um sistema de numeração
decimal em que todas as quantidades se
representam com base em dois algarismos
indo-arábicos: 0 e 1. Esse sistema é utilizado
em computadores digitais, que trabalham com
dois níveis de tensão, denominados de ligado e
desligado. Na representação binária, o numeral
101 pode ser convertido para o sistema decimal
da seguinte forma: 1. 2
2
+ 0. 2
1
+ 1. 2
0
= 4 + 0 + 1
= 5. Portanto, o binário 101 é o decimal 5.
Nos computadores, na entrada, via teclado, os
dados numéricos decimais são convertidos em
binários. Na saída, via monitor, os dados
binários são convertidos em decimais. Assim, a
velocidade 1111, em sistema binário, equivale a
uma velocidade, no sistema decimal, com
unidade em m/s, de:
a) 5
b) 10
c) 15
d) 18
e) 20
67. A duração do efeito de alguns fármacos está
relacionada à sua meia-vida, tempo necessário
para que a quantidade original do fármaco no
organismo se reduza à metade. A cada intervalo
de tempo correspondente a uma meia-vida, a
quantidade de fármaco existente no organismo
no final do intervalo é igual a 50% da
quantidade no início desse intervalo.
O gráfico apresentado representa, de forma
genérica, o que acontece com a quantidade de
fármaco no organismo humano ao longo do
tempo.
(F. D. Fuchs e Cher I. Wannma. Farmacologia Clínica.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992, p. 40.)
A meia-vida do antibiótico amoxicilina é de 1
hora. Assim, se uma dose desse antibiótico for
injetada às 12h em um paciente, o percentual
dessa dose que restará em seu organismo às
13h30min será aproximadamente de:
a) 10%.
b) 15%.
c) 25%.
d) 35%.
e) 50%.
26
3
O
SIMULADO – ENEM
68
Em sua tão aguardada visita ao Brasil, o papa jesuíta de alma franciscana, defensor da humanidade e das
oportunidades aos pobres, espera que suas atitudes e palavras motivem os jovens do mundo e agir como
verdadeiros cristãos.
Analisando o gráfico do senso realizado no ano de 2010 e supondo que com a vinda do papa ao Brasil 40%
dos jovens na faixa etária entre 15 e 24 anos sem religião passem a adotar a religião Católica como sua
religião, o novo gráfico passaria a ser representado por:
a)
b)
c)
d)
e)
27
3
O
SIMULADO – ENEM
69. Para a comemoração do 3
o
aniversário de sua
filha, um professor de Matemática comprou um
bolo de “dois andares”, sendo o 1
o
de chocolate
e o 2
o
de coco. A figura abaixo mostra uma
visão superior desse bolo, após ter sido
demarcado um corte tangente à parte superior
do bolo, com um comprimento de 26 cm,
representado por PQ .
Supondo a vista superior como sendo a de duas
circunferências concêntricas, a parte hachurada
da figura que representa a superfície do “1
o
andar” de chocolate que pode ser vista na
imagem, tem área igual a:
a) 144  cm
2
b) 26  cm
2
c) 484  cm
2
d) 13  cm
2
e) 169  cm
2
70. No dia 22/06/13, na cidade de Salvador, foi
disputado o jogo entre Brasil e Itália pela Copa
das Confederações. Um professor de Física,
analisando digitalmente algumas jogadas dessa
partida, obteve por modelagem a função h(t) = –
2t
2
+ 12t, que descreve a trajetória da bola após
um lançamento do lateral direito Daniel Alves,
que quase culminou em um golaço do atacante
Neymar Jr.. Sendo h a altura atingida pela bola,
em metros, e t o tempo em segundos, a bola
lançada pelo lateral brasileiro atingiu a sua
altura máxima após:
a) 1,5s do lançamento;
b) 2,0s do lançamento;
c) 2,5s do lançamento;
d) 3,0s do lançamento;
e) 3,5s do lançamento.
71. A vinda do Papa Francisco ao Brasil no final do
mês de julho de 2013, provocou grande
comoção por parte dos católicos de todo o país
e de alguns países sul-americanos vizinhos.
Muitas caravanas foram organizadas, partindo
de diferentes localidades, chegando em sua
grande parte à cidade do Rio de Janeiro.
Um ônibus saiu da cidade de Cariacica, no
Espírito Santo, levando 10 fiéis. Esse ônibus
parou numa cidade vizinha, pegando 4 novos
fiéis. Na próxima cidade, pegou mais 7 fiéis.
Chegando na cidade seguinte, subiram outros
10 fiéis. Sabendo que o ônibus, antes de chegar
ao Rio de Janeiro, ainda parou em mais 4
cidades, sempre pegando passageiros cujas
quantidades respeitam à sequência descrita, ao
chegar no seu destino final, o ônibus
transportava um total de:
a) 101 passageiros
b) 111 passageiros
c) 81 passageiros
d) 91 passageiros
e) 121 passageiros
72.
Um dos grandes problemas das principais
capitais brasileiras é a falta de mobilidade
urbana, o que gera engarrafamentos
quilométricos principalmente nos horários de
pico, especialmente em cidades que não
dispõem de um transporte público de qualidade
e de metrôs, a exemplo de Salvador.
Cansado de gastar grande parte do seu dia em
engarrafamentos, João, habitante da capital
baiana, resolveu vender o seu automóvel,
comprado em março de 2012, por um valor de
R$ 48.000,00. Em virtude da desvalorização,
João só conseguiu vendê-lo por um preço de R$
30.000,00. A desvalorização do automóvel de
João, até o momento da sua venda, foi de:
a) 45%
b) 62,5%
c) 50%
d) 37,5%
e) 25,5%
28
3
O
SIMULADO – ENEM
73.
(Noiva na garupa)
São muitos os artesãos brasileiros que
mantêm a tradição da cerâmica. No Nordeste, é
famosa a produção de Mestre Vitalino: ele e
seus seguidores representam com figuras de
argila, cenas e costumes do povo. Também no
interior do estado de São Paulo, no vale do
Paraíba, elaboram-se cerâmicas muito bonitas
pintadas em branco e vermelho; em Minas
Gerais, no vale do Jequitinhonha, faz-se uma
cerâmica com argila clara.
De onde vem a argila
Os Retirantes
Em muitas zonas da Terra, o solo contém
argila, além de outros componentes, como
areia, pedras e húmus. Os oleiros ceramistas
costumam recorrer a canteiras (é o local de
onde se extraem materiais como pedra, areia e
argila.) de argila, que são os lugares onde se
pode encontrá-la mais limpa e sem mistura.
Para participar de uma exposição de esculturas
em argila, um artista plástico elaborou uma peça
formada por três esferas idênticas. Descontente
com o resultado final, o artista desmanchou a
peça e, com a mesma quantidade de argila
utilizada, criou um outra peça, agora com a
forma de um cone circular reto de raio da base 9
cm e altura 4 cm.
O raio de cada esfera que compunha a peça
inicialmente concebida por esse artista plástico,
em metros, era igual a:
a) 0,03
b) 0,02
c) 0,04
d) 0,01
e) 0,05
74. Uma determinada marca de sucos vende os
seus produtos em duas embalagens cilíndricas
A e B com mesma altura. Sabendo que o raio
da embalagem A é o dobro do raio da
embalagem B, então:
a) as capacidade das duas embalagens são
iguais;
b) a capacidade da embalagem A é o dobro da
de B;
c) a capacidade da embalagem B é 25% da de
A;
d) a razão entre as capacidades de A e B é
igual a 2;
e) a capacidade da embalagem A é 25% da de
B.
75. Durante uma aula de Biologia, um professor
comentou sobre o fato de que o maior osso do
corpo humano é o fêmur. O professor falou
ainda que, em um recém-nascido, esse osso
tem aproximadamente 8 cm de comprimento.
Supondo que o comprimento do fêmur de um
adulto seja de 0,32 m, a razão entre os
comprimentos dos fêmures de um recém-
nascido e de um adulto é de:
a) 0,40
b) 0,20
c) 0,25
d) 0,15
e) 0,30
76.
O Brasil ganhou novos estádios com a Copa
das Confederações e outros virão até a Copa do
Mundo, em 2014. Reformadas ou novas, as
arenas exigem um novo comportamento do
torcedor, considerando aspectos como a
proximidade do gramado ou assentos
numerados. Para o psicólogo e professor
Raphael Zaremba, as mudanças na maneira de
torcer não serão drásticas, mas são inevitáveis
no novo cenário.
Na construção do anel superior da Arena Fonte
Nova, foram encarregados 200 operários que,
trabalhando 8 horas diárias, terminariam a obra
em 18 dias. Um dia antes do início da
construção, 50 operários foram demitidos. A Fifa
pressionou os responsáveis pela obra sobre o
prazo para a finalização dessa parte da Arena.
Assim, resolveu-se que os operários restantes
aumentariam 2 horas diárias de trabalho até a
conclusão do anel superior. Dessa forma, o
número mínimo de dias trabalhados por esses
29
3
O
SIMULADO – ENEM
operários até o fechamento dessa parte da
Fonte Nova, admitindo-se o mesmo ritmo
anterior à demissão dos 50 operários, é igual a:
a) 19
b) 20
c) 21
d) 22
e) 23
77. No último mês de julho de 2013, foi disputada
em Lyon, na França, a Copa do Mundo de Para-
Atletismo. Na prova de 1500 m para atletas
cadeirantes, um atleta jamaicano utilizou uma
cadeira de rodas cujo raio de cada roda era de
20 cm. Desta forma, esse atleta completou a
prova após cada roda de sua cadeira ter dado:
(Adote  = 3)
a) 1250 voltas
b) 1200 voltas
c) 1300 voltas
d) 1150 voltas
e) 1000 voltas
78. A empresa de brinquedos “Educar LTDA”
lançou um novo jogo de cartas, que ao invés
das cartas tradicionais de um baralho, traz em
cada carta uma relação trigonométrica diferente.
Três amigos, João, Bruno e Pedro, resolveram
comprar esse jogo para testarem seus
conhecimentos. O jogo consiste em:
 Cada jogador “puxa”, sem conhecer, duas
cartas quaisquer.
 São somados os valores numéricos das duas
cartas “puxadas”.
 Vence o jogador cuja soma dos valores
numéricos associados às relações
trigonométricas das cartas for a maior.
João tirou as cartas tg 135° e sen 90°, Bruno
puxou cos 390° e sen 180°, enquanto Pedro
obteve sen 210° e tg 765°. Dessa forma:
a) Bruno venceu.
b) Pedro venceu.
c) João venceu.
d) Bruno e Pedro empataram.
e) Pedro e João empataram.
79. Para ter condições de viajar ao Rio de Janeiro
para assistir à final da Copa das Confederações
entre Brasil e Espanha no Maracanã, Alberto
pegou um empréstimo de R$ 2.000,00 com seu
amigo Abelardo, sendo que a condição imposta
por Abelardo era de que o valor a ser pago por
Alberto depois de 8 meses a juros simples
deveria ser igual a R$ 2.800,00. A taxa proposta
por Abelardo nesse empréstimo foi de:
a) 10% ao mês.
b) 8% ao mês.
c) 6% ao mês.
d) 3% ao mês.
e) 5% ao mês.
80. Para abrir uma empresa de animações para
festas infantis, Ana, Carolina e Fábia investiram
R$ 12.000,00, R$ 15.000,00 e R$ 18.000,00,
respectivamente. Após um ano de abertura da
empresa, as três sócias resolveram repartir o
lucro de R$ 90.000,00 em partes diretamente
proporcionais às quantias investidas por cada
uma delas. Assim, o valor recebido por Carol foi
igual a:
a) R$ 24.000,00
b) R$ 30.000,00
c) R$ 36.000,00
d) R$ 50.000,00
e) R$ 15.000,00
81. Uma das maneiras
mais simples de
mudar totalmente um
ambiente é pintá-lo de
uma cor diferente.
Tome cuidado apenas
para escolher o tom, já
que cada um pode
impor um clima específico ao cômodo.
Verde: Na fronteira entre o quente e o frio,
representa esperança. Estimula o
silêncio e ajuda a amenizar o estresse.
Amarelo: Alegria e diversão. Ativa o raciocínio
e a comunicação; por isso, é ótimo
para espaços que dependem de
atividades cerebrais, como locais de
estudo ou trabalho.
Azul: Ameniza os ânimos e ajuda a manter a
paciência. Os tons mais fortes levam à
introspecção.
Lilás: Está diretamente associada à intuição.
Como acalma e aconchega, é ideal para
locais de descanso.
Vermelho:Cor do fogo, emoções, e sexo. Em
alguns casos, pode causar irritação.
Branco: Símbolo de paz e pureza, dá a
sensação de limpeza, mas um
ambiente todo branco fica sem graça.
Na embalagem de uma lata de tinta de parede
estão as instruções para a sua diluição:
“Mexer a tinta até a sua perfeita
homogeneização. Em seguida, adicionar água
na proporção de 1,5 parte de água para duas
partes de tinta”
Um pintor adicionou, por engano, água até obter
6 litros de mistura, que ficou composta de
metade de água e metade de tinta. Para acertar
a proporção correta da mistura, deverá
adiocionar:
a) um litro de tinta;
b) um litro de água;
c) meio litro de tinta;
d) meio litro de água e um litro de tinta;
e) meio litro de tinta e um litro de água.
30
Cotas nas universidades são insuficientes
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  • 1. 3 O SIMULADO – ENEM INSTRUÇÃO: Para responder às questões, identifique APENAS UMA alternativa correta e marque a letra correspondente na Folha de Respostas. LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 05 (Opção Inglês) TEXT I (NEWSWEEK, U.S., Aug. 8, 2005, p. 3. [Adaptado].) 01. No mundo contemporâneo, construir uma carreira sólida e de sucesso envolve cada vez mais desafios. No entanto, nem todos estão preparados para enfrentá-los. O título do texto acima expressa uma dúvida de executivos que: a) pretendem instalar filiais de suas empresas em outros países; b) procuram ascensão profissional por meio de experiência no exterior; c) querem emigrar para outros países em busca de fortuna; d) visam obter estágio profissionalizante em empresas norte-americanas; e) escolhem um país estrangeiro para começar uma nova carreira. 02. A pesquisa sobre a transferência para outro país demonstrou que: a) diferenças culturais têm predomínio sobre outros fatores; b) a ideia da mudança é descartada por 9% dos entrevistados; c) motivos familiares exercem grande influência na decisão final; d) o fator climático foi superior às vantagens financeiras; e) gastos com mudança são determinantes na decisão. TEXT II (CHART: WHAT'S ON THE WEB AND HOW WE USE IT. http://www.cyc- net.org/humour/110211laugh.html) 03. Muito se discute hoje em dia sobre a qualidade dos conteúdos disponíveis na Internet. No caso da charge, o gráfico: a) ilustra os principais assuntos acessados pelos jovens; b) demonstra que os internautas estão bastante interessados nas oportunidades oferecidas pela web de se conectar com outras pessoas; c) comprova que a maior parte dos internautas acessa a rede em busca de conhecimento; d) revela que há bastante interesse em acessar videos de conteúdos pouco educativos; e) mostra que os sites que trazem conteúdos que colaboram com as transformações mundiais são acessados com mais frequência do que os que narram estórias enriquecedoras. TEXT III In relation to the ethnic issue, it is absolutely necessary that the Brazilian republican society recognizes the discrimination that happened since the country's foundation, and proposes effective solutions to solve this debt. Nevertheless, solutions restricted to the access to universities, without being extended to other institutions and / or spaces of the society in order to create real opportunity for formation of a new elite, and ensure the participation of this contingent in the decision process of the Brazilian society, seems like a populist incoherence, or like a demagogic simplification. 1
  • 2. 3 O SIMULADO – ENEM 04. Muito se tem debatido sobre o sistema de cotas nas universidades brasileiras e suas implicações para a sociedade brasileira. O texto resume a ideia de que a política de cotas nas universidades é: a) desnecessária; b) insuficiente; c) excludente; d) injusta; e) tendenciosa. 05. Qual pergunta é incoerente com o argumento apresentado no texto? a) O que justifica que as cotas não sejam usadas em outros concursos públicos, para cargos governamentais por exemplo? b) Por que outros poderes republicanos são excluídos das cotas? c) Como explicar a ausência de cotas raciais na composição do judiciário? d) E para os membros do Congresso, aqueles que deveriam representar o perfil da sociedade brasileira, onde estão as cotas? e) Por que nós devemos interferir em um sistema que vem funcionando bem? 2
  • 3. 3 O SIMULADO – ENEM LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 01 a 05 (Opção Espanhol) TEXTO 01 Facebook versus Instagram Si creíamos que Facebook era el gran productor universal de envidia y mala sangre, Instagram ha llegado para ponernos a prueba. A estas alturas del verano su Instagram estará lleno de pedicuras naranjas, suchis, atardeceres y playas de ensueño. Lo sentimos. La vida dura y solo estamos a 1 de Agosto. Facebook te puede hacer creer que la vida de los otros es más interesante que la tuya y que, por contraste, eres un aburrido. Verse a uno mismo como un a un ser gris es complicado en cualquier estación del año, en verano es causa de tratamiento psiquiátrico. La psicoterapeuta Mariela Michelena en su libro Me cuesta tanto olvidarte apunta que Facebook es el escaparate de la exclusión donde te enteras de todas las fiestas maravillosas a las que no has sido invitado y te hundes en la miseria a no ser que tengas una autoestima a prueba de bomba. Las tres conductas de riesgo que nos hacen sentir miserables en Facebook se potencian en Instagram. Es decir, peregrinar de un perfil a otro mirando fotos ajenas (en Instagram lo puedes hacer con mucho menos esfuerzo); tener como audiencia a un grupo amorfo de personas y muchos desconocidos (eso te ayuda a imaginar vidas ideales. No hay nada como conocer a la gente para bajarla del altar); y difusión de Likes de modo alocado y superficial. (Disponível em: (http://blogs.elpais.com/antiguru/2013/08/- instagram-saca-lo-peor-de-nosotros-sobre-todo-en- verano.html).) 01.Sabendo-se da influência das redes sociais na sociedade atual e a partir da leitura do texto, pode-se afirmar que: a) o modo como vemos as vidas alheias através das redes sociais reflete de fato a vida real; b) é necessário ter uma autoestima elevada para não se deprimir com o suposto êxito dos outros; c) o efeito negativo do Facebook é maior do que o do Instagram; d) o Facebook potencializa a exclusão social; e) conhecer as pessoas faz com que as admiremos mais. TEXTO 02 EL NUEVO PAPA Existe un peligro frente a la apreciación popular acerca del Papa Francisco: que se le pida ser lo que él no es. Ha habido una cierta idolatrización de su persona debido a sus gestos de despojarse de símbolos e insignias del poder, y de hacer suya la causa de los más pobres y olvidados, algo que puede ser hasta normal por la novedad que entraña en un sucesor de Pedro. Es cierto, sin embargo, como escribe Clovis Rossi, uno de los más lúcidos analistas político- sociales de Brasil, que hasta ahora Francisco “no ha ofrecido sustancia”. Según él proclamar que la Iglesia debe estar con los pobres es ya antiguo en las predicaciones de la Iglesia. Hay sin embargo una frase de Francisco al inicio de su pontificado que quizás sí sea sustancia: cuando dijo en su primer encuentro con los periodistas en Roma que le gustaría no sólo una Iglesia “de los pobres” – algo que en teoría siempre existió – sino también una “Iglesia pobre”, algo que cada vez existe menos. Claro que Francisco, al mando de la nave de Pedro, tiene ahora en sus manos el poder de hacer ese su deseo realidad, es decir, “sustancia”. (Disponível em: http://www.lanacion.com.ar/1607304-el-mundo- mira-al-papa-asombro-y-elogios-por-el-nuevo-estilo-en-el- vaticano) 02.Segundo o autor do texto, o que ele considera substancial no Papa Francisco: a) sua lucidez; b) o seu despojamento dos símbolos de poder; c) a afirmação de que a Igreja deve ser não somente dos pobres, senão uma Igreja pobre; d) comandar a Igreja de Pedro; e) o início vultuoso de seu pontificado. TEXTO 03 El blog recoge las últimas tendendias publicitarias y los últimos fenómenos virales de la televisión e Internet. Ayudamos a descubrir cuáles son las modas de Youtube y las nuevas maneras de hacer publicidad de forma creativa y líquida. Que no veas la tele no significa que las marcas no lleguen hasta ti. 1
  • 4. 3 O SIMULADO – ENEM 03.A expressão “Vidas Virales”, refere-se: a) à publicidade televisionada; b) às pessoas que já foram muito famosas; c) às marcas da moda; d) àquilo que faz sucesso na internet e televisão; e) à divulgação de produtos nas redes sociais. TEXTO 04 04.É uma ideia presente no texto a de que o twitter: a) propaga as melhores ideias das pessoas; b) prejudica a comunicação quando a limita em excesso c) difunde informações sempre confiáveis e importantes; d) fortalece as relações interpessoais por tempo indeterminado; e) é uma ferramenta que ajuda a denunciar os males da sociedade. TEXTO 05 La beca para el que la sude Desde lo más alto de un podio olímpico los pocos deportistas españoles que hasta ahora lo han conseguido respiraban no solo la felicidad del momento único sino la seguridad garantizada de un sueldo anual de 60.000 euros durante los cuatro años siguientes. Hasta ahora, claro, pues esa conquista como tantas otras ha desaparecido. El Plan ADO ha anunciado este fin de semana los nuevos criterios para el cuatrienio 2013-2016 que acabará en Río de Janeiro y la principal novedad de un articulado que parece redactado por expertos del FMI a medias con los autores de la reforma laboral española es la sustitución de la seguridad de los 60.000 euros durante cuatro años para los campeones olímpicos (y 50.500 para los subcampeones y 45.000 para los bronces, hasta 20.500 euros para los octavos) pasara lo que pasara, lesiones, bajas formas, retiradas, por un nuevo concepto llamado fijo + variable, que solo garantiza la beca total los dos primeros años. Si en el segundo no se consigue un resultado similar al que generó el derecho a la beca (un oro en un Mundial, por ejemplo), en el tercero el deportista solo percibirá un 80%, y un 60% en el cuarto. Y si el deportista no logra clasificarse para los siguientes Juegos, en el momento en que se conozca ese hecho dejará de recibir cualquier tipo de ayuda. (Disponível: http://deportes.elpais.com/deportes/2013/08/04/actualidad/1375 641926_843418.html) 05.No texto, há a seguinte informação: a) Especialistas do FMI escreveram as novas regras para acesso ao patrocínio. b) Independente dos resultados das disputas, todos terão acesso ao mesmo valor. c) Se algum esportista apresentar alguma lesão, o direito ao patrocínio não lhe será negado d) Apenas os esportistas do Rio de Janeiro que serão contemplados com a nova regra. e) O patrocínio aos esportistas será de acordo com o resultado de cada um. 2
  • 5. 3 O SIMULADO – ENEM LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 06 a 45 (Português) 06.(...) “O termo ‘realismo’ não será usado como uma tentativa de estabelecer um estilo formal ou algo semelhante a um movimento ou vertente artística, fenômenos pouco prováveis numa era de arte globalizada, mas como um termo conciliador para demonstrar a grande relação da produção contemporânea de pintura com a figuração, e com as questões geradas por um mundo cada vez mais fundamentado na presença da imagem. Pretendo construir uma definição ou delimitação do termo ‘realismo’ que utilizarei nas fases seguintes deste texto para tratar da pintura contemporânea.” (FONTES, Alan. Rumos da pintura na era da imagem técnica. Disponível em: http.www.bibliotecadigital.ufmg.br. Acesso em:28 jul.2013) No século XIX, para o pintor Gustave Courbet (1819-1877), em seu manifesto realista, a pintura era uma manifestação essencialmente física e deveria se ocupar unicamente com a representação das coisas que podem ser vistas e tocadas, como na seguinte imagem: a) b) c) d) e) 07.Um dos recursos utilizados pelo Padre Antônio Vieira em seus sermões consiste na “agudeza” – maneira de conduzir o pensamento que aproxima objetos e/ou ideias distantes, diferentes, por meio de um discurso artificioso, que se costuma chamar de “discurso engenhoso”. Assinale a alternativa em que o trecho transcrito do Sermão da Sexagésima, o autor utiliza esse recurso. a) “Lede as histórias eclesiásticas, e achá-las-ei todas cheias de admiráveis efeitos da pregação da palavra de Deus. Tantos pecadores convertidos, tanta mudança de vida, tanta reformação de costumes; os grandes desprezando a riqueza e vaidades do Mundo; os reis renunciando o cetros e as coroas; as mocidades e as gentilezas metendo-se pelos desertos e pelas covas(...)” b) “Miseráveis de nós, e miseráveis de nossos tempos, pois neles se veio a cumprir a profecia de São Paulo (...) ‘Virá tempo, diz São Paulo, em que os homens não sofrerão a doutrina sã.’(...) ‘Mas para seu apetite terão grande número de pregadores feitos a montão e sem escolha, os quais não façam mais que adular- lhes as orelhas.’” c) “Para um homem se ver a si mesmo são necessárias três coisas: olhos, espelho e luz.(...) Que coisa é a conversão de uma alma, senão entrar um homem dentro de si e ver-se a si mesmo? Para esta vista são necessários olhos, é necessária luz e é necessário espelho. O pregador concorre com o espelho, que é a doutrina; Deus concorre com a luz, que é a graça; o homem concorre com os olhos, que é o conhecimento.” 3
  • 6. 3 O SIMULADO – ENEM d) “Quando Davi saiu a campo com o gigante, ofereceu-lhe Saul as suas armas, mas ele não a quis aceitar. Com as armas alheias ninguém pode vencer, ainda que seja Davi. As armas de Saul só servem a Saul, e as de Davi a Davi, e mais aproveita um cajado e uma funda própria, que a espada e a lança alheia.” e) “Nós adoraríamos dizer que somos perfeitos. Que somos infalíveis. Que não cometemos nem mesmo o menor deslize. E só não falamos isso por um pequeno detalhe: seria uma mentira. Aliás, em vez de usar a palavra ‘mentira’, como acabamos de fazer, poderíamos optar por um eufemismo. ‘Meia- verdade’, por exemplo, seria um termo muito menos agressivo.” 08.“A escravidão foi abordada literariamente pela poesia brasileira da terceira geração romântica. A realidade dos escravos africanos, também, foi tema de pinturas, como Le Diner, do artista francês Debret (1768-1848), ( ver quadro abaixo): O poeta baiano Castro Alves construiu uma poesia caracterizada pelo engajamento em relação a questões sociais. O inconformismo do autor com o problema da escravidão fez com que ele se filiasse ao movimento abolicionista. Com o objetivo de chamar a atenção para os problemas e injustiças da pátria, o poeta denuncia o sofrimento dos escravos como se nota no seguinte fragmento: a) “Se a margarida flor É branca de fato Qual a cor da Margarida Que varre o asfalto?” b) “O racismo que existe, O racismo que não existe. O sim que é não, O não que é sim. É assim o Brasil Ou não?¨ c) “Na propaganda enganosa paraíso racial hipocrisia faz mal nosso futuro num saco sem fundo a gente vê e finge que não vê a ditadura da brancura.” d) “Se a estrela d’alva os derradeiros raios Derrama nos jardins do Capuleto Eu direi, me esquecendo d’alvorada: “É noite ainda em teu cabelo preto...” e) “E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Qual num sonho dantesco as sombras voam! Grito, ais, maldições, preces ressoam! E ri-se Satanás!...” 09. Canção do Exílio (fragmentos) (Gonçalves Dias) “Minha terra tem palmeiras Onde canta o sabiá As aves que aqui gorjeiam Não gorjeiam como lá. Nosso céu tem mais estrelas Nossas várzeas têm mais flores Nossos bosques têm mais vida Nossa vida mais amores.” Hino Nacional Brasileiro (fragmentos (Joaquim Osório Duque Estrada) (...) “Do que a terra mais garrida, Teus risonhos, lindos campos têm mais flores, Nossos bosques têm mais vida, Nossa vida, em teu seio, mais amores...” Ao estabelecer um estudo comparativo entre os textos, conclui-se que: a) ambos foram produzidos durante o século passado e com objetivos distintos. b) os textos de Gonçalves Dias e Duque Estrada representam, cada um em seu tempo, a identidade nacional. c) o segundo texto constitui uma paródia em relação aos versos de Gonçalves Dias. d) há, na relação entre os textos de Gonçalves Dias e Duque Estrada, uma intertextualidade implícita. e) o Hino Nacional Brasileiro faz uma reinterpretação crítica da postura romântica assumida por Gonçalves Dias. 4
  • 7. 3 O SIMULADO – ENEM 10. O Guarani (José de Alencar) (...) “A moça soltou um grito e achou que o amigo deveria estar morto àquela hora, confessando ter sido o motivo da tamanha loucura porque dissera a Peri que queria ver uma onça viva. (...) Mal as janelas da casa tinham sido abertas para receber a luz do sol, ouvem-se os gritos de D. Lauriana que aparece à janela toda despenteada, chamando por Aires Gomes, o escudeiro de D. Antônio. De espada em riste, o homem procura o animal, mas não o encontra e só então fica sabendo tratar-se de medo de D. Lauriana porque Peri tinha trazido, dia antes, a onça com a qual teria imaginado agradar sua senhora. (...) Com efeito, por entre a ramagem das árvores via- se a pele negra e marchetada do tigre e os olhos felinos que brilhavam com seu reflexo pálido. Os aventureiros levaram o mosquete à face, mas no momento de puxarem o gatilho, largaram todos uma risada homérica, e abaixaram as armas. – Que é lá isso? Tem medo? E o destemido escudeiro sem se importar com os outros, mergulhou por sob as árvores e apresentou-se arrogante em face do tigre. Aí, porém, caiu-lhe o queixo de pasmo e de surpresa. A onça embalava-se a um galho suspensa pelo pescoço e enforcada pelo laço que apertando-se com o seu próprio peso, a estrangulara. Enquanto viva, um só homem bastara para trazê- la desde o Paraíba até a floresta, onde tinha sido caçada, e da floresta até àquele lugar onde havia expirado. Peri havia matado o animal... Os homens levaram a onça até a casa e mostraram-na a D. Lauriana. Ela pediu que eles a deixassem ali, na porta, a fim de que D. Antônio visse o perigo que Peri representava; no entanto, o fidalgo era de todo grato ao índio que um dia salvara sua filha.” (www.mundovestibular.com.br) A partir da leitura da tirinha e do fragmento, é correto afirmar que: a) quanto ao amor, o segundo fragmento expõe uma visão dualista das personagens românticas, que envolve atração e medo, desejo e culpa. b) a postura adolescente, ingênua observada na tirinha contrasta com a apresentação de personagens verossímeis, isento das distorções românticas do texto de Alencar. c) a valorização do herói forte, idealizado, acima das limitações humanas é o motivo temático comum aos dois textos. d) o texto de José de Alencar e a tirinha se assemelham no interesse pela exploração das zonas desconhecidas da mente humana e pela loucura. e) a superação de barreiras consideradas intransponíveis é uma marca característica compatível com os trechos destacados. 11. Nel mezzo del camin... “Cheguei. Chegaste. Vinhas fatigada E triste, e triste e fatigado eu vinha. Tinhas a alma de sonhos povoada, E alma de sonhos povoada eu tinha... E paramos de súbito na estrada Da vida: longos anos, presa à minha A tua mão, a vista deslumbrada Tive da luz que teu olhar continha. Hoje, segues de novo... Na partida Nem o pranto os teus olhos emudece, Nem te comove a dor da despedida. E eu, solitário, volto a face, e tremo, Vendo o teu vulto que desaparece Na extrema curva do caminho extremo.” (BILAC, Olavo. Poesia. 2a . ed. Rio de Janeiro: Agir, 1959, p. 56) No meio do caminho No meio do caminho tinha uma pedra tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra. Nunca me esquecerei desse acontecimento na vida de minhas retinas tão fatigadas. Nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha pedra tinha uma pedra no meio do caminho no meio do caminho tinha uma pedra. (ANDRADE. Carlos Drummond de. Antologia Poética. 27a . ed. Rio de Janeiro: Record, 1991. p. 196) 5
  • 8. 3 O SIMULADO – ENEM O diálogo entre o poema de Drummond e o de Bilac caracteriza uma intertextualidade. Os indícios da intertextualidade podem ser comprovados na: a) apresentação de formas fixas, métricas regulares e no preciosismo técnico. b) total ruptura com as normas oficiais da gramática tradicional e na incorporação da linguagem mais espontânea. c) presença do título, no exagero das repetições e na constante utilização da ordem inversa. d) sugestão temática já que ambos franqueiam múltiplas possibilidades de interpretação. e) incapacidade de resistir às dificuldades cotidianas, o que faz do homem um ser impotente e desiludido. 12.Leia com atenção o seguinte trecho de um samba-enredo composto por Paulinho da Viola e responda à questão abaixo: “Era o tempo do rei Quando aqui chegou Um modesto casal feliz pelo recente amor Leonardo, tornando-se meirinho Deu a Maria Hortaliça um novo lar Um pouco de conforto e de carinho Dessa união, nasceu Um lindo varão Que recebeu o mesmo nome do pai Personagem central da história que contamos Neste carnaval Mas um dia Maria Fez a Leonardo uma ingratidão Mostrando que não era uma boa companheira Provocou a separação Foi assim que o padrinho passou A ser do menino tutor A quem lhe deu toda dedicação Sofrendo uma grande desilusão Outra figura importante em sua vida Foi a comadre parteira popular] Diziam que benzia de quebranto A beata mais famosa do lugar Havia nesse tempo aqui no Rio Tipos que devemos mencionar Chico Juca era mestre em valentia E por todos se fazia respeitar O reverendo amante da cigana Preso pelo Vidigal (...) (http://letras.com.br/portela-rj/480497/) O recurso da intertextualidade está presente nesse samba-enredo, apresentado no carnaval carioca de 1966. Qual é a obra com que essa composição musical de Paulinho da Viola dialoga? a) O romance Cinco Minutos, de José de Alencar. b) A peça A queda que as mulheres têm pelos tolos, de Machado de Assis. c) A peça Judas em Sábado de Aleluia, de Martins Pena. d) O folhetim Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. e) O romance A escrava Isaura, de Bernardo Guimarães. 13. Geni e o Zepelim “De tudo que é nego torto Do mangue e do cais do porto Ela já foi namorada O seu corpo é dos errantes Dos cegos, dos retirantes É de quem não tem mais nada Dá-se assim desde menina Na garagem, na cantina Atrás do tanque, no mato É a rainha dos detentos Das loucas, dos lazarentos Dos moleques do internato E também vai amiúde Com os velhinhos sem saúde E as viúvas sem porvir Ela é um poço de bondade E é por isso que a cidade Vive sempre a repetir Joga pedra na Geni Joga pedra na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni Um dia surgiu, brilhante Entre as nuvens, flutuante Um enorme zepelim Pairou sobre os edifícios Abriu dois mil orifícios Com dois mil canhões assim A cidade apavorada Se quedou paralisada Pronta pra virar geléia Mas do zepelim gigante Desceu o seu comandante Dizendo – Mudei de idéia – Quando vi nesta cidade – Tanto horror e iniquidade – Resolvi tudo explodir – Mas posso evitar o drama – Se aquela formosa dama – Esta noite me servir Essa dama era Geni Mas não pode ser Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni Mas de fato, logo ela Tão coitada e tão singela Cativara o forasteiro O guerreiro tão vistoso Tão temido e poderoso Era dela, prisioneiro Acontece que a donzela – e isso era segredo dela 6
  • 9. 3 O SIMULADO – ENEM Também tinha seus caprichos E a deitar com homem tão nobre Tão cheirando a brilho e a cobre Preferia amar com os bichos Ao ouvir tal heresia A cidade em romaria Foi beijar a sua mão O prefeito de joelhos O bispo de olhos vermelhos E o banqueiro com um milhão Vai com ele, vai Geni Vai com ele, vai Geni Você pode nos salvar Você vai nos redimir Você dá pra qualquer um Bendita Geni Foram tantos os pedidos Tão sinceros, tão sentidos Que ela dominou seu asco Nessa noite lancinante Entregou-se a tal amante Como quem dá-se ao carrasco Ele fez tanta sujeira Lambuzou-se a noite inteira Até ficar saciado E nem bem amanhecia Partiu numa nuvem fria Com seu zepelim prateado Num suspiro aliviado Ela se virou de lado E tentou até sorrir Mas logo raiou o dia E a cidade em cantoria Não deixou ela dormir Joga pedra na Geni Joga bosta na Geni Ela é feita pra apanhar Ela é boa de cuspir Ela dá pra qualquer um Maldita Geni.” (BUARQUE, Chico. CD Ópera do Malandro. São Paulo: Polygram do Brasil , 1993) "Geni e o Zepelim" é uma canção brasileira, composta e cantada por Chico Buarque. Essa canção fez parte do musical Ópera do Malandro, do mesmo autor, lançado em 1978, do álbum, de 1079, e do filme, de 1986, todos com o mesmo nome. Analisando-se a postura do autor-criador, percebe-se: a) um discurso reducionista, que se faz presente na proposta de construção de uma ordem social de maneira invertida. b) a adoção de uma posição conservadora por conta da necessidade de preservação dos padrões comportamentais vigentes. c) uma voz em busca da desconstrução do utilitarismo que vê nas relações subjetivas uma forma de lucratividade. d) a procura de um equilíbrio entre as normas da sociedade convencional e a conduta vanguardista assumido pela protagonista. e) o escarnecimento da figura da mulher na exposição contundente de toda a sua trajetória sexual. 14. REFAZENDA “Abacateiro, acataremos teu ato Nós também somos do mato como o pato e o leão Aguardaremos brincaremos no regato Até que nos tragam frutos teu amor, teu coração Abacateiro, teu recolhimento é justamente O significado da palavra temporão Enquanto o tempo não trouxer teu abacate Amanhecerá tomate e anoitecerá mamão Abacateiro, sabes ao que estou me referindo Porque todo tamarindo tem o seu agosto azedo Cedo, antes que o janeiro doce manga venha ser também Abacateiro, serás meu parceiro solitário Nesse itinerário da leveza pelo ar Abacateiro saiba que na refazenda Tu me ensina a fazer renda que eu te ensino a namorar Refazendo tudo Refazenda Refazenda toda Guariroba” (GIL, Gilberto. Refazenda. Rio de Janeiro: Warner Music, 1976) O texto de Gil faz algumas insinuações políticas que podem ser identificadas com um momento turbulento da história do país. O momento em evidência é: a) a Guerra do Paraguai. b) a proclamação da República. c) o impeachment de Fernando Collor. d) o Ato Institucional n o . 5. e) o Ato Institucional n o . 4. 15. Folia de multas, apreensões e acidentes Acompanhamos o trabalho da equipe da Polícia Rodoviária das 7 da manhã às 7 da noite em pleno sábado de Carnaval. (...) Em frente ao posto policial, os soldados posicionam cones de modo que só passe por aí um veículo de cada vez. (...) Um dos motoristas (cujo carro foi apreendido), que não quis dar entrevista, anda de um lado para outro, impaciente. (...) Ele entra na cabine e fala mais de uma vez: “Não tem como conversar? Estou com duas crianças no carro”. Irredutível, o oficial o orienta a procurar alguém que possa levá-los para casa. Policiais contam que essa abordagem é comum. 7
  • 10. 3 O SIMULADO – ENEM “Hoje não tem jeitinho brasileiro”, afirmava o gerente administrativo João Carlos Rodrigues, que teve o seu Renault Mégane preso por atraso no licenciamento. “Eu acho bom eles serem rígidos. Só espero que isso não esteja sendo feito apenas porque a equipe de reportagem está aqui”. (...) (VEJA, 16 de março de 2011) RAPAZ FOLGADO (Noel Rosa) “Deixa de arrastar o teu tamanco Pois tamanco nunca foi sandália E tira do pescoço o lenço branco Compra sapato e gravata Joga fora esta navalha que te atrapalha Com chapéu do lado deste rata Da polícia quero que escapes Fazendo um samba-canção Já te dei papel e lápis Arranjo um amor e um violão Malandro é palavra Derrotista Que só serve pra tirar Todo o valor do sambista Proponho ao povo civilizado Não te chamar de malandro E sim de rapaz folgado.” Fazendo uma leitura comparativa entre o texto da Veja e a canção de Noel Rosa, nota-se: a) a malandragem, presente nos dois textos, constitui uma tentativa de burlar regras e arrumar concessões e auxílios. b) a malandragem, presente no estereótipo do povo brasileiro, é uma marca característica da sociedade contemporânea. c) “o jeitinho brasileiro” é um mecanismo de arranjos realçado na canção de Noel Rosa e abrandado no texto da Veja. d) ao propor um novo rótulo social para a figura do malandro, o sujeito poético da canção de Noel desrespeita um componente histórico de nossa identidade cultural. e) há um descompasso entre a seriedade do assunto e o tom coloquial abordado nos dois textos. 16.Observe o quadro Caça ao javali, de Frans Snyders (1579-1657) O movimento do qual é representativo o quadro cultua o contraste claro-escuro, a dramatização, a expressividade. Qual é o nome pelo qual ficou conhecido esse movimento? a) Renascimento. b) Neoclassicismo. c) Expressionismo. d) Barroco. e) Naturalismo. TEXTO José Dias amava os superlativos. Era um modo de dar feição monumental às ideias; não as havendo, servia a prolongar as frases. Levantou- se para ir buscar o gamão, que estava no interior da casa. Cosi-me muito à parede, e vi-o passar com as suas calças brancas engomadas, presilhas, rodaque e gravata de mola. Foi dos últimos que usaram presilhas no Rio de Janeiro, e talvez neste mundo. Trazia as calças curtas para que lhe ficassem bem esticadas. A gravata de cetim preto, com um aro de aço por dentro, imobilizava-lhe o pescoço; era então moda. O rodaque de chita, veste caseira e leve, parecia nele uma casaca de cerimônia. Era magro, chupado, com um princípio de calva; teria os seus cinquenta e cinco anos. Levantou-se com o passo vagaroso do costume, não aquele vagar arrastado dos preguiçosos, mas um vagar calculado e deduzido, um silogismo completo, a premissa antes da consequência, a consequência antes da conclusão. Um dever amaríssimo! (ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. São Paulo: Scipione, 1996.) 17.Aos realistas interessa, antes de tudo, o retrato fiel da vida cotidiana. Nesse fragmento do romance Dom Casmurro, tal intento foi obtido através: a) da investigação psicológica, demarcando, desse modo, as fronteiras entre o ter e o haver. b) da máscara social: o indivíduo, para sobrevivência, esconde a verdadeira identidade. c) da cronologia: a demarcação do tempo permite uma construção singular da personagem. d) da narrativa lenta: a reunião de datalhes constrói a imagem física e psíquica da personagem. e) da obetividade: a presença da adjetivação intensifica o estado emocional da personagem. TEXTO I Acha-se ali sozinha e sentada ao piano uma bela e nobre figura de moça. As linhas do perfil desenham-se distintamente entre o ébano da caixa do piano, e as bastas madeixas ainda mais negras do que ele. São tão puras e suaves essas linhas, que fascinam os olhos, enlevam a mente, e paralisam toda análise. A tez é como o marfim do teclado, alva que não deslumbra, embaçada por uma nuança delicada, que não sabereis dizer 8
  • 11. 3 O SIMULADO – ENEM se é leve palidez ou cor-de-rosa desmaiada. O colo donoso e do mais puro lavor sustenta com graça inefável o busto maravilhoso. Os cabelos soltos e fortemente ondulados se despenham caracolando pelos ombros em espessos e luzidios rolos, e como franjas negras escondiam quase completamente o dorso da cadeira, a que se achava recostada. Na fronte calma e lisa como mármore polido, a luz do ocaso esbatia um róseo e suave reflexo; di-la-íeis misteriosa lâmpada de alabastro guardando no seio diáfano o fogo celeste da inspiração. (GUIMARÃES, Bernardo. A Escrava Isaura. Fortaleza: Verdes Mares, 1998, p. 11.) TEXTO II Naquele tempo contava apenas uns quinze ou dezesseis anos; era talvez a mais atrevida criatura da nossa raça, e, com certeza, a mais voluntariosa. Não digo que já lhe coubesse a primazia da beleza, entre as mocinhas do tempo, porque isto não é romance, em que o autor sobredoura a realidade e fecha os olhos às sardas e espinhas; mas também não digo que lhe maculasse o rosto nenhuma sarda ou espinha, não. Era bonita, fresca, saía das mãos da natureza, cheia daquele feitiço, precário e eterno, que o indivíduo passa a outro indivíduo, para os fins secretos da criação. Era isto Virgília, e era clara, muito clara, faceira, ignorante, pueril, cheia de uns ímpetos misteriosos; muita preguiça e alguma devoção, – devoção, ou talvez medo; creio que medo. (ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. In: Obra completa. Vol. I. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1997, p. 549) 18.Os autores dos textos I e II na construção de seus perfis femininos: a) comungam da mesma visão de mundo, cultivando idênticos valores. b) tecem um contraponto entre idealização e captação do real. c) deformam a imagem da mulher como estratégia estética. d) apontam uma associação entre traços físicos e psicológicos. e) mostram a mulher como fonte de sedução e de perdição. TEXTO I (GUSTAVE COUBET Os quebradores de pedras, óleo sobre tela, 1849.) TEXTO II A labutação continuava. As lavadeiras tinham já ido almoçar e tinham voltado de novo para o trabalho. Agora estavam todas de chapéu de palha, apesar das toldas que se armaram. Um calor de cáustico mordia-lhes os toutiços em brasa e cintilantes de suor. Um estado febril apoderava-se delas naquele rescaldo; aquela digestão feita ao sol fermentava-lhes o sangue. A Machona altercava com uma preta que fora reclamar um par de meias e destrocar uma camisa; a Augusta, muito mole sobre a sua tábua de lavar, parecia derreter-se como sebo; a Leocádia largava de vez em quando a roupa e o sabão para coçar as comichões do quadril e das virilhas, assanhadas pelo mormaço; a Bruxa monologava, resmungando numa insistência de idiota, ao lado da Marciana que, com o seu tipo de mulata velha, um cachimbo ao canto da boca, cantava toadas monótonas do sertão. (AZEVEDO, Aluísio. O cortiço. São Paulo: Ática, 1994, p. 42.) 19.A leitura desses dois textos nos permite inferir, corretamente, que: a) o texto de Aluísio Azevedo, ao contrário de pintura de Coubet, valoriza o exotismo do trabalho manual, através do qual o homem ambiciona riquezas. b) ambas as composições espelham uma realidade social, na qual o trabalho é fonte de exploração, e, assim, o homem se transforma em instrumento de alienação. c) nas duas composições, destaca-se a figura do trabalhador rural, e este vive em perfeita harmonia com os elementos da paisagem circundante. d) a partir de recursos verbais e não verbais, os autores idealizam a realidade em que o trabalho implica um caminho para a felicidade e realização. e) a expressão artística se faz anunciar tão- somente na pintura de Coubet, uma vez que Aluísio Azevedo, na denúncia social, serve-se de linguagem jornalística. TEXTO I (HONORÉ DAUMIER.) 9
  • 12. 3 O SIMULADO – ENEM TEXTO II LUZIA-HOMEM Os míseros pequenos, estatelados ao tantálico suplício da contemplação dessas gulodices, atiravam-se às cascas de frutas lançadas ao chão, e se enovelavam, na disputa desses resíduos misturados com terra, em ferozes pugilatos. Era indispensável ativa vigilância para não serem assaltadas e devoradas as provisões à venda, pela horda de meninos, que não falavam; não sabiam mais chorar, nem sorrir, e cujos rostos, polvilhados de descamações cinzentas, sem músculos, tinham a imobilidade de couro curtido. Quando contrariados ou afastados pelos mercadores aos empuxões e pontapés, rugiam e mostravam os dentes roídos de escorbuto. (OLÍMPIO, Domingos. Luzia-Homem. Fortaleza: ABC, 1999.) 20.Essas duas composições têm em comum o fato de que: a) refletem sobre a tendência natural do homem à violência. b) consideram a pobreza uma condição social imutável. c) aproximam os seres humanos do comportamento animal. d) desenvolvem o tema da doença como degração do ser. e) indicam o contraste, no capitalismo, entre as classes sociais. A gramática prescritiva ou gramática normativa explicita as regras determinadas para uma língua qualquer. Contudo, é basicamente impossível encontrar um falante que faça uso de todas as regras gramaticais prescritas, sem violações. Há méritos nas gramáticas normativas, sobretudo quanto ao estabelecimento dos padrões que são compartilhados pelos falantes. Entretanto, a consulta a uma gramática normativa deve ser feita criticamente, avaliando-se as particularidades da linguagem utilizada pelos falantes. Um exemplo no português brasileiro é o futuro simples: “Eu buscarei o livro amanhã”. Para uma grande maioria de falantes do português brasileiro, o futuro simples não ocorre na língua falada. Em seu lugar ocorre o futuro composto: “Eu vou buscar o livro amanhã”. Para uma grande maioria de falantes do português brasileiro, o futuro simples não ocorre na língua falada. Em seu lugar ocorre o futuro composto: “Eu vou buscar o livro amanhã”. Note, contudo, que o futuro simples é utilizado na linguagem escrita e em algumas variantes do português brasileiro (e certamente do português europeu). Faz-se, portanto, pertinente registrar a norma que prescreve o uso do futuro simples. De posse desta informação falantes podem fazer uso apropriado do futuro simples se lhes for necessário. (SILVA, Thaïs Cristófaro. Fonética e Fonologia do Português. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2003. p. 15) 21.O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a: a) necessidade de um monitoramento crítico no processo de leitura das gramáticas normativas. b) importância das gramáticas normativas para a construção da identidade cultural de uma comunidade. c) divergência entre as posições de linguistas e gramáticos a respeito do processo de formação do futuro no português. d) importância do reconhecimento e da distinção dos conceitos de gramática prescritiva e de gramática normativa. e) necessidade de obediência às regras gramaticais em contextos formais de enunciação. 10
  • 13. 3 O SIMULADO – ENEM (Disponível em <http://universomutum.blogspot.com.br/2009/08/tirinha-0077.html>. Acesso em: 04 ago. 2013) 22.As diferentes esferas sociais de uso da língua obrigam o falante a adaptá-la às variadas situações de comunicação. Uma das marcas linguísticas que configuram a linguagem oral informal usada entre mãe e filho neste texto é: a) a opção pelo emprego da forma verbal “deveria estar estudando” em lugar de “deveria estudar”. b) a ausência de pronome pessoal antes do verbo “posso”. c) o emprego da redução “pra” em lugar da forma verbal “para”. d) o uso da contração “neste” em lugar da expressão “em este”. e) a utilização do pronome “quando” em início de frase interrogativa. 23. Assiste-se, atualmente, na sociedade brasileira, a um movimento de tomada de consciência de sua condição pluriétnica. Em 1988, a Constituinte, em um ato extremamente significativo, assegurou, no Artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, o direito à propriedade da terra às comunidades rurais afro-brasileiras remanescentes de antigos quilombos. Desde então, vários órgãos do Governo têm-se mostrado sensíveis a essa problemática. Paralelamente, os movimentos negros e indígenas conquistam, a cada dia, mais espaço no cenário político. Recentemente, como medida de maior impacto, o Governo Federal e algumas universidades públicas instituíram cotas étnicas de acesso ao ensino superior, como instrumento de inclusão social de segmentos historicamente marginalizados. [...] No plano linguístico, a contribuição dos segmentos indígenas e africanos para a formação da realidade linguística brasileira tem sido menosprezada, ora por razões ideológicas, determinadas por uma visão de “superioridade cultural” do colonizador europeu, ora por opções teóricas imanentistas, que circunscrevem à lógica interna do sistema linguístico as motivações para as suas mudanças. Os obstáculos ideológicos e teoréticos se somam às dificuldades de realizar pesquisas de campo que possam recolher evidências empíricas consistentes da ocorrência no português brasileiro de processos de variação e mudança efetivamente induzidos pelo contato entre línguas, de modo que subsiste a lacuna acerca do real papel dos segmentos indiodescendentes e afro-brasileiros na história linguística do país. (LUCHESSI, Dante. Introdução. In: LUCCHESI, Dante; BAXTER, Alan; RIBEIRO, Ilza (Org). O português afro-brasileiro. Salvador: EDUFBA, 2009. p. 27. Disponível em <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/209/1/O%20Portugues%20Afro-Brasileiro.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2013.) O texto acima se concentra em determinado movimento de tomada de consciência da condição pluriétnica na sociedade brasileira. De acordo com a posição crítica assumida pelo autor, essa “consciência”: a) reflete-se em todos os setores da sociedade brasileira, que se mostra mais crítica e intolerante a preconceitos sociais e linguísticos. b) observa-se no comportamento de líderes de movimentos sociais que reivindicaram e reivindicam políticas de reparação. c) manifesta-se na valorização da contribuição dos povos africanos e indígenas para a formação da cultura e da língua do Brasil. d) aplica-se a certas dimensões da vida social, mas não repercute no plano linguístico. e) revela-se na preocupação dos linguísticas e estudiosos da cultura em preencher as lacunas técnicas e teóricas dos discursos sobre a formação da língua portuguesa. 11
  • 14. 3 O SIMULADO – ENEM 24.O trecho transcrito a seguir é parte de uma carta de lideranças e organizações indígenas da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil – APIB e distintos povos do Brasil à presidente da República Dilma Rousseff. As opções linguísticas dos enunciadores da carta mostram que o texto foi elaborado em linguagem: Nós lideranças indígenas de distintos povos e organizações indígenas das diferentes regiões do Brasil, reunidos nesta histórica ocasião com a vossa excelência no Palácio de Governo, mesmo em número reduzido, mas o suficientemente informados e profundamente conhecedores, mais do que ninguém, dos problemas, sofrimentos, necessidades e aspirações dos nossos povos e comunidades, viemos por este meio manifestar, depois de tão longa espera, as seguintes considerações e reivindicações, que esperamos sejam atendidas pelo seu governo como início da superação da dívida social do Estado brasileiro para conosco, após séculos de interminável colonização, marcados por políticas e práticas de violência, extermínio, esbulho, racismo, preconceitos e discriminações. Estamos aqui, uma pequena mas expressiva manifestação da diversidade étnica e cultural do país, conformada por 305 povos indígenas diferentes falantes de 274 línguas distintas com uma população aproximada de 900 mil habitantes conforme dados do IBGE. [...] (Disponível em <http://www.ihu.unisinos.br/noticias/521837-carta-publica-dos-povos-indigenas-do-brasil-a-presidenta-da-republica-dilma- rousseff>. Acesso em: 04 ago. 2013) a) regional, adequada à troca de informações na situação apresentada. b) jurídica, exigida pelo tema relacionado ao domínio das culturas indígenas. c) coloquial, considerando-se que os enunciadores são cidadãos comuns. d) culta, adequando-se ao seu interlocutor e à situação de comunicação. e) informal, pressupondo o grau de escolaridade e importância social da interlocutora. (Disponível em <http://www.releituras.com/quadrinhoquadrado07.asp>. Acesso em: 04 ago. 2013) 25.Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma padrão da língua portuguesa é: a) obedecida por meio do emprego da forma “pra” em “virar lenha pra”. b) obedecida por meio do emprego da forma “a gente” em “a gente pode virar lenha pra fogueira”. c) obedecida por meio do emprego do pronome de terceira pessoa “seu” em “Veja o seu avô!”. d) desobedecida por meio do emprego da forma verbal “Veja” para se referir à segunda pessoal do discurso. e) desobedecida por meio do emprego do artigo definido “o” antes da forma nominal “prêmio nobel”. 12
  • 15. 3 O SIMULADO – ENEM Textos para a questão 26. Tangerina A facilidade do descascamento e o aroma típico desta fruta são os maiores atrativos para o consumo A facilidade do descascamento e o aroma típico desta fruta são os maiores atrativos para o consumo. A tangerineira ocupa, provavelmente, a maior faixa de adaptação climática entre os citros. As plantas são igualmente tolerantes a altas e baixas temperaturas. Os frutos são utilizados para consumo ao natural e para industrialização, de onde são obtidos diferentes produtos processados, como sucos, óleos essenciais, pectina e rações. Nome popular da fruta: Tangerina (bergamota, mexerica) Nome científico: Citrus reticulata Blanco Origem: Ásia (Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/setor/fruticultura/o-setor/frutas-de-g-a-z/tangerina>. Acesso em: 04 ago. 2013) Bergamota, tangerina ou mexerica? Os três termos se referem à mesma fruta. Na região Sul do país, principalmente Rio Grande do Sul e Santa Catarina é conhecida como bergamota. Já no Sudeste e Nordeste a encontramos como mexerica ou tangerina. Em Curitiba, ela já é encontrada com outro nome: mimosa. As variedades mais conhecidas são a ponkan, mexerica, cravo, mandarina e morgote. Encontrada principalmente entre os meses de abril e setembro, é fonte de vitaminas A, B e C e minerais como ferro, fósforo, cálcio, potássio e sódio. Cada 100 g desta fruta tem em média 43 kcal. (Disponível em <http://vilamulher.terra.com.br/alimentos-iguais-nomes-diferentes-11-1-70-150.html>. Acesso em: 04 ago. 2013) 26.De acordo com os texto, há no Brasil uma variedade de nomes para a Citrus reticulata Blanco, nome científico da tangerina. Esse fenômeno revela que: a) existem variedades regionais para nomear uma mesma fruta. b) “tangerina” é nome específico para a espécie existente na Região Sul. c) “bergamota” é designação específica para a fruta na Região Sudeste. d) os nomes designam espécies diferentes da fruta, conforme a região. e) a fruta é nomeada conforme as particularidades que apresenta. (BROWNE, C. hagar, o horrível. Jornal O GLOBO. Segundo Caderno. 20 fev. 2009) 27.(ENEM - 2009) A linguagem da tirinha revela: a) o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas. b) o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua. c) o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho. d) o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência. e) a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles. 13
  • 16. 3 O SIMULADO – ENEM Textos para a questão 28. TEXTO I O professor deve ser um guia seguro, muito senhor de sua língua; se outra for a orientação, vamos cair na “língua brasileira”, refúgio nefasto e confissão nojenta de ignorância do idioma pátrio, recurso vergonhoso de homens de cultura falsa e de falso patriotismo. Como havemos de querer que respeitem a nossa nacionalidade se somos os primeiros a descuidar daquilo que exprime e representa o idioma pátrio? (ALMEIDA, N.M. Gramática metódica da língua portuguesa. Prefácio. São Paulo: Saraiva, 1999 (adaptado).) TEXTO II [...] Essa gramática não é uma descrição exaustiva e detalhada do PB, mas uma exposição daquilo que constitui conhecimentos necessários para um trabalho relevante e construtivo da educação linguística. Sendo a primeira gramática propositiva de uma pedagogia do português brasileiro – no sentido de dirigir especificamente à prática docente –, nela vou me concentrar nos aspectos mais relevantes para que professores e professoras se conscientizem dos principais traços característicos do PB, conscientização indispensável para quem se ocupa da educação linguística hoje no Brasil. Essa postura acarreta algumas decisões eminentemente políticas:  considerar o português brasileiro como uma língua plena e autônoma (e não como uma “variedade” do português europeu), dentro de um grupo de línguas que vou chamar aqui de portugalego;  assumir como válido, aceitável e correto todo e qualquer uso linguístico que já esteja plenamente incorporado ao vernáculo geral brasileiro, falado e escrito, conforme uma vasta exemplificação da língua que nos esforçamos aqui em apresentar;  assumir, graças ao conhecimento desse vernáculo geral, a existência de uma norma urbana culta real, radicalmente distinta da norma-padrão clássica, ideal, prescritiva e totalmente desvinculada dos usos autênticos do PB;  postular que o ensino de língua se faça com base nessa norma urbana culta real, de modo a facilitar sua aquisição por parte dos aprendizes provindos das camadas sociais usuárias de outras variedades sociolinguísticas; embora exista uma distância entre essas variedades e a norma urbana culta real, ela é muito menor do que a que existe entre essas duas variedades e a norma-padrão clássica, na qual nem mesmo os cidadãos urbanos mais letrados se reconhecem. (BAGNO, Marcos. Gramática pedagógica do português brasileiro. Introdução. São Paulo: Parábola, 2011. p. 21) 28.Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois textos, conclui-se que: a) ambos os textos tratam da questão do ensino da língua com o objetivo de valorizar a postura de professores de incorporam a reflexão sobre os usos concretos da língua ao seu fazer pedagógico. b) os dois textos defendem a ideia de que a modalidade de língua portuguesa praticada no Brasil é uma deturpação do padrão europeu. c) os dois textos tratam a questão do português brasileiro de forma distinta: no primeiro, há uma depreciação, no segundo, uma valorização. d) ambos os textos defendem a autonomia do idioma brasileiro em relação à língua de Portugal. A diferença entre eles é que o primeiro se concentra nas questões da oralidade e o segundo se volta para as questões pedagógicas. e) o primeiro texto prega a irrestrita obediência ao padrão português, enquanto o segundo defende a revisão das gramáticas antigas e a construção de novos manuais para o ensino da língua portuguesa nas escolas. Entrevista com Ataliba de Castilho Revel – Por que será que, mesmo com muitas pesquisas de qualidade sendo feitas na área do estudo da linguagem falada, a tradição normativa da Gramática Tradicional ainda se preocupa quase que exclusivamente com o ensino e a descrição da norma escrita da língua? Ataliba - Há duas questões nessa pergunta: língua falada versus língua escrita, língua versus norma escrita. Os pesquisadores da língua falada jamais disseram que era para descartar a língua escrita. O que disseram era que atingiríamos com mais eficácia a língua escrita se começássemos nossa prática escolar pela reflexão sobre a língua falada. O fato é que a língua falada é mais reveladora que a escrita quanto aos processos constitutivos da linguagem humana. Quando falamos não preparamos um rascunho, verbalizando um script depois de corrigido. Quando falamos, jogamos tudo para o ar, tanto o assunto da conversação quanto os processos de criação linguística que estão sendo desenvolvidos. Por isso, a reflexão sobre a linguagem é mais rica quando partimos da oralidade. Já a língua escrita é uma transposição da oralidade, com direito a plano prévio, várias versões e muita borracha sobre o que não deu certo. Com isto, os caminhos da criação linguística são omitidos. Isso é ótimo para os grandes voos da arte literária e do raciocínio filosófico, e péssimo para quem quer refletir sobre a linguagem – a função maior de quem ensina a quem já fala a língua. [...] [...] (Disponível em <http://www.revel.inf.br/files/entrevistas/revel_4_entrevista_ata liba_teixeira_de_castilho.pdf>. Acesso em: 04 ago. 2013.) 14
  • 17. 3 O SIMULADO – ENEM 29.Ataliba de Castilho, um dos mais importantes nomes dos Estudos Linguísticos no Brasil, estuda a língua falada e pesquisa sobre o português brasileiro em muitas de suas dimensões. Neste fragmento da entrevista concedida à revista Revel, Castilho, que é professor senior na Universidade de São Paulo e professor colaborador voluntário na Universidade Estadual de Campinas, defende que: a) os estudos da língua falada sejam substituídos pela reflexão sobre a língua escrita. b) o trabalho com a língua escrita seja iniciado pela reflexão em torno da língua falada. c) as práticas de oralidade sejam gramaticalizadas e colocadas na dimensão padrão da língua. d) as práticas de escrita não têm o nível de complexidade e elaboração da língua falada. e) a reflexão sobre as produções filosóficas e literárias parta dos rascunhos dos escritores, que abrigam a origem dos discursos em sua pureza. 30.(ENEM – 2012) A substituição do haver por ter em construções existenciais, no português do Brasil, corresponde a um dos processos mais característicos da história da língua portuguesa, paralelo ao que já ocorrera em relação à ampliação do domínio de ter na área semântica de “posse”, no final da fase arcaica. Mattos e Silva (2001:136) analisa as vitórias de ter sobre haver e discute a emergência de ter existencial, tomando por base a obra pedagógica de João de Barros. Em textos escritos nos anos quarenta e cinquenta do século XVI, encontram-se evidencias, embora raras, tanto de ter “existencial”, não mencionado pelos clássicos estudos de sintaxe histórica, quanto de haver como verbo existencial com concordância, lembrado por Ivo Castro, e anotado como “novidade” no século XVIII por Said Ali. Como se vê, nada é categórico e um purismo estreito só revela um conhecimento deficiente da língua. Há maios perguntas que respostas. Pode- se conceber uma norma única e prescritiva? É válido confundir o bom uso e a norma da própria língua e dessa forma fazer uma avaliação crtica e hierarquizante de outros usos e, através deles, dos usuários? Substitui-se uma norma por outra? (CALLOU,D.A propósito de norma, correção e preconceito linguístico:do presente para o passado. IN: Cadernos de Letras da UFF, n. 36, 2008. Disponível em : www.uff.br. Acesso em: 26 fev 2012 (adaptado).) Para a autora, a substituição de “haver” por “ter” em diferentes contextos evidencia que: a) o estabelecimento de uma norma prescinde de uma pesquisa histórica. b) os estudos clássicos de sintaxe histórica enfatizam a variação e a mudança na língua. c) a avaliação crítica e hierarquizante dos usos da língua fundamenta a definição da norma. d) a adoção de uma única norma revela uma atitude adequada para os estudos linguísticos. e) os comportamentos puristas são prejudiciais à compreensão da constituição linguística. 31.A gramática da língua portuguesa se estrutura a partir da concepção de que os atos enunciados se produzem a partir de três polos, chamados “pessoas do discurso”. Essas “pessoas” são três: a primeira, do enunciador; a segunda, do interlocutor; a terceira, do referente. Na tirinha acima, o uso da contração “desse” (de + esse) manifesta uma: a) inadequação gramatical, pois desconsidera os princípios da variedade padrão do português. b) adequação gramatical, pois a forma pronominal em análise deve ser utilizada na referência à segunda pessoa do discurso. c) inovação linguística, pois o padrão do português não admite a contração do demonstrativo “esse” com a preposição “de” d) ambiguidade, pois não é possível localizar a que elemento da cena enunciativa o enunciador se refere. e) variedade linguística pouco aceita em situações formais de enunciação e comunicação. Nova espécie de ave é descoberta na Grande SP O Ibama anunciou ontem a descoberta de uma nova ave, o bicudinho-do-brejo-paulista. O Stymphalornissp.nov (a terminação indica que o animal não recebeu a denominação definitiva da espécie) foi encontrado pelo professor Luis Fábio Silveira, do Departamento de Zoologia da USP, em áreas de brejo nos municípios de Paraitinga e Biritina-Mirim, na Grande São Paulo, em fevereiro. O pássaro tem pouco mais de 10 centímetros, capacidade pequena de voo e penugem escura. (Disponível em <http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=36997>. Acesso em: 04 ago. 2013.) 32.Compreende-se, como princípio de interpretação textual, que os referentes mais importantes de um texto são aqueles reativados pelos procedimentos de progressão referencial. Com base nisso, pode- se concluir que o texto acima está centrado: a) no trabalho do Ibama, que pesquisa e descobre espécies de animais. b) no bicudinho-do-brejo-paulista, que foi descoberto na Grande São Paulo pelo Ibama. 15
  • 18. 3 O SIMULADO – ENEM c) na dificuldade de denominação das espécies descobertas no Brasil, que se evidencia na terminação do nome do bicudinho-do-brejo- paulista. d) no trabalho dos professores do Departamento de Zoologia da USP, que descobrem e estudam as novas espécies da natureza brasileira. e) nas características morfológicas dos pequenos pássaros, que têm capacidade limitada de voar. 33 5 10 Criada em 1988, a Fundação Cultural Palmares é uma instituição pública vinculada ao Ministério da Cultura que tem a finalidade de promover e preservar a cultura afro- brasileira. Preocupada com a igualdade racial e com a valorização das manifestações de matriz africana, a Palmares formula e implanta políticas públicas que potencializam a participação da população negra brasileira nos processos de desenvolvimento do País. 15 Fruto do movimento negro brasileiro, a Fundação Cultural Palmares foi o primeiro órgão federal criado para promover a preservação, a proteção e a disseminação da cultura negra. (Disponível em <http://www.palmares.gov.br/quem-e-quem/>. Acesso em: 04 ago. 2013) No texto acima, a forma pronominal “que” (. 8) é relativa: a) ao antecedente “valorização das manifestações de matriz africana”. b) à expressão nominal “a Palmares”. c) à expressão nominal “políticas públicas”. d) ao termo “a participação da população. e) ao substantivo “país”. 34. 5 10 O Brasil viveu nas últimas semanas um clima que há muito tempo não vivia. Chegou-se, em determinados momentos, a compará-lo com o clima das Diretas, já! Tudo começou com as manifestações do Movimento Passe Livre, em São Paulo, que tinham como foco questionar o aumento das tarifas de ônibus na capital paulista. A forma truculenta, desmedida e despudorada com que a polícia revidou os manifestantes, mostrando em determinados momentos que era proibido se manifestar, criou um clima de insatisfação em todos os cantos do Brasil. 15 20 Da noite para o dia, várias pessoas foram às ruas mostrar que aquele espaço era público. E várias pautas, especialmente voltadas para o aspecto político e até certo ponto genéricas, como “mais recursos para a saúde e educação”, “contra a PEC 37”, “por uma reforma política”, “abaixo a corrupção brotaram como grama no pasto”. Os veículos de comunicação tentaram, nos primeiros dias, desqualificar e criminalizar, como 25 30 35 40 45 de praxe, as manifestações. O discurso de Arnaldo Jabor, feito em horário nobre no Jornal Nacional é um dos maiores emblemas desse processo. Jabor foi para a televisão, no horário nobre concedido a ele pela TV Globo, e fez um discurso chamando os manifestantes de ignorantes políticos. E disse ainda que os manifestantes vivem no passado de uma ilusão e finalizou seu texto afirmando que “os revoltosos de classe média não valem nem R$ 0,20”. Mas de repente, dois dias depois, ocorre uma virada no discurso e a cobertura da imprensa muda de linha. Dois fatos mostram bem essa guinada: a ida do próprio Jabor ao Jornal Nacional, com outro discurso e pedindo desculpas pelas palavras do dia anterior e a capa da Folha de S.Paulo, destacando a reação violenta da polícia aos protestos. No meio disso tudo, a repressão violenta da polícia não atingiu somente os manifestantes. Vários jornalistas foram agredidos, e aí, de uma vez por todas, a imprensa jogou uma pá de cal no velho discurso e saiu em defesa dos manifestantes. Os pronomes e as expressões de base nominal são importantes mecanismos de coesão e progressão temática. Esses mecanismos linguísticos promovem a conexão entre segmentos textuais, como aquela que acontece entre: a) o relativo “que” (. 6) e a expressão nominal “Movimento Passe Livre” (. 5) b) a forma nominal “aquele espaço” (. 15) e o substantivo “ruas” (. 15) c) a expressão “desse processo” (. 26/27) e o termo “discurso” (. 29) d) o possessivo “seu” (. 32) e a expressão “TV Globo” (. 28) e) a expressão “Dois fatos” (. 36) e os termos “uma virada no discurso” (. 35) e “a cobertura da imprensa muda de linha” (. 35/36) TEXTO Mãos dadas Não serei o poeta de um mundo caduco. Também não cantarei o mundo futuro. Estou preso à vida e olho meus companheiros. Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças. Entre eles, considero a enorme realidade. O presente é tão grande, não nos afastemos. Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas. Não serei o cantor de uma mulher, de uma história, Não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela, Não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida, Não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins. O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes, a vida presente. (Carlos Drummond de Andrade (Poesia e prosa).) 16
  • 19. 3 O SIMULADO – ENEM 35.O poeta, nos primeiros versos da segunda estrofe, enumera atitudes que lhe parecem de escapismo ou de alienação para o passado ou para o futuro, utilizando um esquema de enumeração binária: do escuro (= suspiros ao anoitecer) para o claro (paisagem vista da janela); da semiconsciência (entorpecentes) para a inconsciência total (suicida); do particular para o geral, representado, respectivamente, pelas palavras: a) Companheiros / esperança b) Ilhas / serafins c) Suspiros / paisagens d) Mulher / história e) Cartas / ilhas 36.A linguagem é utilizada, de forma intencional ou não, com muitas funções. No poema, as funções da linguagem se alternam de maneira rica e diversificada, deixando evidente, entretanto, que: a) embora não seja de forma predominante, há a função emotiva, levemente utilizada, pois o enunciador usa a primeira pessoa como modo de expressar seu sentimento. b) não há função metalinguística, afinal, em momento algum, o poeta se volta para o poema e sua atuação no mundo social. c) a função apelativa se apresenta no texto a partir da presença de recursos linguísticos e poéticos que metaforizam a realidade apresentada pelo eu-poético. d) discretamente, a função referencial aparece: o enunciador prioriza a informação quando se compromete com a realidade e induz o receptor a uma atuação engajada. e) desde a construção do título até o último verso o enunciador faz uso intenso de símbolos e figuras de linguagem para demonstrar o seu compromisso com a realidade. Utiliza-se também, portanto, da função poética. TEXTO “As ondas amarguradas Encostam a cabeça na pedra do cais Até as ondas possuem Uma pedra para descansar a cabeça. Eu na verdade possuo Todas as pedras que há no mundo, Mas não descanso.” (Murilo Mendes. Fragmento do Poema “Mas”.) 37.As figuras de linguagem são recursos intensamente utilizados na construção do texto poético. Nos quatro primeiros versos do fragmento acima, nota-se predominância de: a) antítese, pois há uma oposição entre o termo “ondas” e a palavra “amargurada”. b) metonímia, pois o poema traz a ideia de que o termo “pedras” é a parte do todo que é o problema. c) personificação, pois atribuem-se características humanas a seres inanimados. d) hipérbole, pois há um exagero quando se coloca que “até as ondas possuem uma pedra para descansar a cabeça.”. e) gradação, pois o sentido do texto ganha intensidade à medida que as palavras são colocadas. 38.Em nossos dias o sentimento do belo foi reduzido à mera apreciação de mercadorias. Ninguém se preocupa com o que é “belo” para si mesmo, ou com o que “parece belo”. Dizemos que algo é bonito sem muita reflexão. Sem grandes investigações internas e pessoais sobre o modo como “eu mesmo” sou capaz de formular este juízo sobre alguma coisa ou mesmo uma pessoa. Como posso julgar a beleza de algo? E como posso dizer que alguém é ou não belo, ou “bonito”? Esta questão nascida com a cultura até hoje não foi resolvida. (TIBURI, Márcia. o que é bonito para mim?) Pelo modo como o fragmento está escrito é possível classificá-lo como: a) um parágrafo argumentativo, pois o enunciador não se posiciona. b) um trecho descritivo, pois a preocupação é caracterizar o belo. c) um fragmento opinativo, pois o enunciador assume pontos de vista. d) um parágrafo narrativo, pois há ações e personagens. e) um trecho dissertativo, pois parte de um tema e não traz argumentos. 39.(ENEM/2003 - adaptada) A Propaganda pode ser definida como divulgação intencional e constante de mensagens destinadas a um determinado auditório visando criar uma imagem positiva ou negativa de determinados fenômenos. A Propaganda está muitas vezes ligada à ideia de manipulação de grandes massas por parte de pequenos grupos. Alguns princípios da Propaganda são: o princípio da simplificação, da saturação, da deformação e da parcialidade. (Adaptado de Norberto Bobbio, et al. Dicionário de Política) Segundo o texto, muitas vezes a propaganda: a) não permite que minorias imponham ideias à maioria. b) depende diretamente da qualidade do produto que é vendido. c) favorece o controle das massas difundindo as contradições do produto. d) está voltada especialmente para os interesses de quem vende o produto. e) convida o comprador à reflexão sobre a natureza do que se propõe vender. 17
  • 20. 3 O SIMULADO – ENEM 40.Em 1958, a seleção brasileira foi campeã mundial pela primeira vez. O texto foi extraído da crônica "A alegria de ser brasileiro", do dramaturgo Nelson Rodrigues, publicada naquele ano pelo jornal "Última Hora". "Agora, com a chegada da equipe imortal, as lágrimas rolam. Convenhamos que a seleção as merece. Merece por tudo: não só pelo futebol, que foi o mais belo que os olhos mortais já contemplaram, como também pelo seu maravilhoso índice disciplinar. Até este Campeonato, o brasileiro julgava-se um cafajeste nato e hereditário. Olhava o inglês e tinha-lhe inveja. Achava o inglês o sujeito mais fino, mais sóbrio, de uma polidez e de uma cerimônia inenarráveis. E, súbito, há o Mundial. Todo mundo baixou o sarrafo no Brasil. Suecos, britânicos, alemães, franceses, checos, russos, davam botinadas em penca. Só o brasileiro se mantinha ferozmente dentro dos limites rígidos da esportividade. Então, se verificou o seguinte: o inglês, tal como o concebíamos, não existe. O único inglês que apareceu no Mundial foi o brasileiro. Por tantos motivos, vamos perder a vergonha (...), vamos sentar no meio-fio e chorar. Porque é uma alegria ser brasileiro, amigos.” Além de destacar a beleza do futebol brasileiro, Nelson Rodrigues quis dizer que o comportamento dos jogadores dentro do campo: a) foi prejudicial para a equipe e quase pôs a perder a conquista da copa do mundo. b) mostrou que os brasileiros tinham as mesmas qualidades que admiravam nos europeus, principalmente nos ingleses. c) ressaltou o sentimento de inferioridade dos jogadores brasileiros em relação aos europeus, o que os impediu de revidar as agressões sofridas. d) mostrou que o choro poderia aliviar o sentimento de que os europeus eram superiores aos brasileiros. e) mostrou que os brasileiros eram iguais aos europeus, podendo comportar-se como eles, que não respeitavam os limites da esportividade. 41.A crônica muitas vezes constitui um espaço para reflexão sobre aspectos da sociedade em que vivemos. "Eu, na rua, com pressa, e o menino segurou no meu braço, falou qualquer coisa que não entendi. Fui logo dizendo que não tinha, certa de que ele estava pedindo dinheiro. Não estava. Queria saber a hora. Talvez não fosse um Menino De Família, mas também não era um Menino De Rua. É assim que a gente divide. Menino De Família é aquele bem-vestido com tênis da moda e camiseta de marca, que usa relógio e a mãe dá outro se o dele for roubado por um Menino De Rua. Menino De Rua é aquele que quando a gente passa perto segura a bolsa com força porque pensa que ele é pivete, trombadinha, ladrão. (...) Na verdade não existem meninos De rua. Existem meninos NA rua. E toda vez que um menino está NA rua é porque alguém o botou lá. Os meninos não vão sozinhos aos lugares. Assim como são postos no mundo, durante muitos anos também são postos onde quer que estejam. Resta ver quem os põe na rua. E por quê." (COLASSANTI, Marina. In: "Eu sei, mas não devia". Rio de Janeiro: Rocco, 1999.) No terceiro parágrafo em "... não existem meninos DE rua. Existem meninos NA rua.", a troca de De pelo Na determina que a relação de sentido entre "menino" e "rua" seja: a) de localização e não de qualidade. b) de origem e não de posse. c) de origem e não de localização. d) de qualidade e não de origem. e) de posse e não de localização. 42.(Enem 2000 - adaptada) O autor do texto abaixo critica, ainda que em linguagem metafórica, a sociedade contemporânea em relação aos seus hábitos alimentares. "Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava Ieite em garrafa, na leiteira da esquina? (...) Mas vocês não se lembram de nada, pô? Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e estava escrito que é pasterizado, ou pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau. Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: 'Líquido branco, contendo água, proteína, açúcar e sais minerais'. Um alimento pra ninguém botar defeito. O ser humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único alimento só alimento. A carne serve pro animal andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) O leite é só leite. Ou toma ou bota fora. Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse negócio. Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite. Mas, como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!" (FERNANDES, Millôr. "O Estado de S. Paulo", 22 de agosto de 1999) A crítica do autor é dirigida: a) ao desconhecimento, pelas novas gerações, da importância do leiteiro para a economia nacional. b) à diminuição da produção de leite após o desenvolvimento de tecnologias que têm substituído os produtos naturais por produtos artificiais. 18
  • 21. 3 O SIMULADO – ENEM c) à artificialização abusiva de alimentos tradicionais, com perda de critério para julgar sua qualidade e sabor. d) permanência de hábitos alimentares a partir da revolução agrícola e da domesticação de animais iniciada há 5.000 anos. e) à importância dada ao pacote de leite para a conservação de um produto perecível e que necessita de aperfeiçoamento tecnológico. 43. A conversa entre Mafalda e seus amigos: a) revela a real dificuldade de entendimento entre posições que pareciam convergir. b) desvaloriza a diversidade social e cultural e a capacidade de entendimento e respeito entre as pessoas. c) expressa o predomínio de uma forma de pensar e a possibilidade de entendimento entre posições divergentes. d) ilustra a possibilidade de entendimento e de respeito entre as pessoas a partir do debate político de ideias. e) mostra a preponderância do ponto de vista masculino nas discussões políticas para superar divergências. 44.A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I. Instituiu-se o "Dia Nacional da Consciência Negra" em 20 de novembro, ao invés da tradicional celebração do 13 de maio. Essa nova data é o aniversário da morte de Zumbi, que hoje simboliza a crítica à segregação e à exclusão social. II. Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias. Também sobre essa questão, estudiosos fazem diferentes reflexões: Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunhã, pela índia (...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o." (Gilberto Freire. "O mundo que o português criou".) [Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das "raças" em condições de igualdade social. O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os segmentos da "população de cor" que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. "O negro no mundo dos brancos".) Considerando as atitudes expostas acima e os pontos de vista dos estudiosos, é correto aproximar: a) a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes. b) a posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II. c) a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II. d) somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes. e) somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes. 45. Pequenos tormentos da vida De cada lado da sala de aula, pelas janelas altas, O azul convida os meninos, as nuvens desenrolam-se, lentas como quem vai inventando preguiçosamente uma história sem fim... Sem fim é a aula: e nada acontece, nada... Bocejos e moscas. Se, ao menos, pensa Margarida, se ao menos um avião entrasse por uma janela e saísse por outra! (Mário Quintana. "Poesias") Na cena retratada no texto, o sentimento do tédio: a) faz com que os meninos contêm histórias. b) leva os alunos a produzirem bocejos, em contra a monotonia da aula. c) acaba estimulando a fantasia, criando a expectativa de algum imprevisto mágico. d) prevalece de modo absoluto, impedindo até mesmo a distração ou o exercício do pensamento. e) surge a partir da morosidade da aula, em contraste com o movimento acelerado das nuvens e das moscas 19
  • 22. 3 O SIMULADO – ENEM MATEMÁTICA E SUAS TECNOLOGIAS Questões de 46 a 90 46. A partir da propaganda mostrada, o desconto real para compras realizadas no site e pagas no boleto será de: a) 17% b) 18% c) 19% d) 20% e) 21% 47. As maiores pirâmides egípcias são conhecidas pelo nome de “Pirâmides de Gizé” e estão situadas nas margens do Nilo. A figura a seguir representa essas pirâmides: Miquerinos (2470 a.C.), Quéfren (2500 a.C.) e Quéops (2530 a.C.). A maior e mais antiga é a de Quéops, que tem a forma aproximada de uma pirâmide de base quadrada com 230 metros de lado e cujas faces laterais se aproximam de triângulos equiláteros. Em matemática, “pirâmide” é um sólido geométrico. O volume de um sólido com as dimensões da pirâmide de Quéops é: a) 3 3 m 3 230 b) 3 3 m 6 2230 c) 3 2 m 4 3230 d) 3 3 m 2 230 e) 3 3 m 2 2230 48. “É possível usar água ou comida para atrair as aves e observá-las. Muitas pessoas costumavam usar água com açúcar, por exemplo, para atrair beija-flores. Mas é importante saber que, na hora de fazer a mistura, você deve sempre usar uma parte de açúcar para cinco partes de água. Além disso, em dias quentes, precisa trocar a água de duas a três vezes, pois com o calor ela pode fermentar e, se for ingerida pela ave, pode deixá-la doente. O excesso de açúcar, ao cristalizar, também pode manter o bico da ave fechado, impedindo-a de se alimentar. Isso pode até matá-la.” (Ciência Hoje das Crianças. FNDE; Instituto Ciência Hoje, ano 19, n. 166, mar. 1998.) Pretende-se encher completamente um copo com a mistura para atrair beija-flores. O copo tem formato cilíndrico, e suas medidas são 10 cm de altura e 4 cm de diâmetro. A quantidade de água que deve ser utilizada na mistura é cerca de: Dado:  = 3 a) 20 mL b) 24 mL c) 100 mL d) 120 mL e) 600 mL 49. Se uma bola de basquete, com circunferência máxima de 78 cm, for centralizada no aro de uma cesta com 45 cm de diâmetro, de quanto será, aproximadamente, a folga x entre a bola e o arco em toda a volta? (Dado:  = 3,14) a) 16,29 b) 20 c) 5,04 d) 10,08 e) 1,17 20
  • 23. 3 O SIMULADO – ENEM 50. Sigmund Sorofsof, artista um tanto eclético e temperamental, resolveu fazer uma escultura usando apenas caixas de fósforos (5 cm x 4 cm x altura = ?). Chamou sua obra de “3 litros”, justificando que esse era o volume da mesma. Observando o esquema básico da escultura na figura a seguir, podemos concluir que a altura h da escultura é de: a) 75 cm b) 15 cm c) 150 cm d) 225 cm e) 450 cm 51. Na construção de um hangar, com a forma de um paralelepípedo retângulo, que possa abrigar um Airbus, foram consideradas as medidas apresentadas a seguir. A medida do espaço desse hangar, em metros cúbicos, é no mínimo igual a: a) 140.392,14 m 3 b) 138.472,14 m 3 c) 136.762,14 m 3 d) 134.882,14 m 3 e) 132.542,14 m 3 52. A Folha de São Paulo, na sua edição de 11/10/2000, revela que o buraco que se abre na camada de ozônio sobre a Antártida a cada primavera no Hemisfério Sul formou-se mais cedo neste ano. É o maior buraco já monitorado por satélites, com o tamanho recorde de 2,85 . 10 7 km 2 . Em números aproximados, a área de 2,85 . 10 7 km 2 equivale à área de um quadrado cujo lado mede: a) 5,338 . 10 2 km b) 5,338 . 10 3 km c) 5,338 . 10 4 km d) 5,338 . 10 5 km e) 5,338 . 10 6 km 53. O SBT, em parceria com a Nestlé, criou um novo programa de perguntas e respostas chamado Um milhão na mesa. Nele, o apresentador Sílvio Santos faz perguntas sobre temas escolhidos pelos participantes. O prêmio máximo é de R$ 1.000.000,00 que fica, inicialmente, sobre uma mesa distribuídos em 50 pacotes com 1.000 cédulas de R$ 20,00 cada um. Cada cédula de R$ 20,00 é um retângulo de 14 cm de base por 6,5 de altura. Considere que todas as cédulas foram colocadas no piso do palco plano uma ao lado da outra, sem deixar espaço entre elas e sem haver sobreposição de cédulas, então a medida da superfície ocupada por todas as cédulas é igual a: a) 415 m 2 b) 420 m 2 c) 425 m 2 d) 455 m 2 e) 475 m 2 54. Camelôs Apesar da repressão dos organizadores do carnaval contra os camelôs, um grupo de cerca de dez ambulantes fez “fortuna” na concentração do desfile das escolas de samba. Mesmo sob forte chuva, eles ficaram posicionados na estrutura de um outdoor vendendo bebidas para os foliões. O grupo cobrava R$ 2,00 pela água e R$ 3,00 pela cerveja. “Vendi R$ 350,00 somente para as duas primeiras escolas. Já paguei o aluguel do meu barraco. Por mim, o carnaval durava o ano inteiro”, afirmou o pedreiro G. C., de 43 anos, um dos que escalaram o outdoor para ganhar um “extra” nos dias de folia. 21
  • 24. 3 O SIMULADO – ENEM Suponha agora que nessa situação; o pedreiro G. C. tenha vendido 126 unidades de bebidas, entre água e cerveja, para as duas primeiras escolas que desfilaram. Logo, G. C. vendeu: a) 98 latas de cerveja; b) 78 latas de cerveja; c) 58 garrafas de água; d) 46 garrafas de água; e) 34 garrafas de água. 55. Uma metalúrgica produz uma peça cujas medidas são especificadas na figura a seguir. A peça é um prisma reto com uma cavidade central e com base compreendida entre dois hexágonos regulares, conforme a figura. Considerando que os eixos da peça e da cavidade coincidem, qual o volume da peça? a) 3640 cm 3 b) 31.280 cm 3 c) 32.560 cm 3 d) 3320 cm 3 e) 31.920 cm 3 56. Ele ilustra duas funções: f: a porcentagem de famílias nucleares em função do ano; g: a porcentagem de famílias resultantes de separações e divórcios, também em função do ano. Em cada uma dessas funções, o ano é a variável independente e a porcentagem é a variável dependente; o domínio é o intervalo de tempo de 1987 a 2022 e o contradomínio é o intervalo de 0% a 100%. De acordo com a reportagem da revista Veja, havia, no Brasil, em 2014, cerca de 17,2 milhões de famílias resultantes de novas uniões. Aproximadamente, o total de famílias no Brasil nesse ano será de: a) 39 000 000 b) 40 000 000 c) 42 000 000 d) 45 000 000 e) 46 000 000 22
  • 25. 3 O SIMULADO – ENEM 57. A tabela abaixo mostra como deveria ser calculando o imposto de renda (pessoa física) na Declaração de Ajuste Anual do exercício de 2013, ano calendário de 2012. Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física para o exercício de 2013, ano-calendário de 2012. Base de cálculo mensal em R$ Alíquota % Parcela a deduzir do imposto em R$ Até 1.637,11 – – De 1.637,12 até 2.453,50 7,5 122,78 De 2.453,51 até 3.271,38 15,0 306,80 De 3.271,39 até 4.087,65 22,5 552,15 Acima de 4.087,65 27,5 756,53 Se um cidadão, que só deduz o que está indicado na tabela, teve um rendimento anual de R$ 36.000,00, deverá pagar de imposto o correspondente a: a) R$ 1618,40 b) R$ 1708,40 c) R$ 1712,40 d) R$ 1718,40 e) R$ 1800,40 58. Com um papelão quadrado de 30 cm de lado, deseja-se construir uma caixa, cortando-se quatro quadrados de seus cantos, como mostra a figura. Sendo x a medida dos lados desses quadrados recortados dos cantos, e sabendo que a capacidade dessa caixa é dada pelo produto de três dimensões (comprimento, largura e altura) uma função v que representa a capacidade da caixa em função de x é: a) V = 900x + 120x 2 + 4x 3 b) V = 900x – 120x 2 – 4x 3 c) V = 900x + 120x 2 – 4x 3 d) V = 900x – 120x 2 + 4x 3 e) V = 900x – 12x 2 + 4x 3 59. João possui um terreno de 1.000 m 2 , no qual pretende construir uma casa. Ao engenheiro responsável pela planta, ele impõe as seguintes condições: a área destinada ao lazer (piscina, churrasqueira etc.) deve ter 200 m 2 , e a área interna da casa mais a área de lazer devem ultrapassar 50% da área total do terreno; além disso, o custo para construir a casa deverá ser de, no máximo, R$ 200.000,00. Sabendo que o metro quadrado construído nessa região custa R$ 500,00, a área interna da casa que o engenheiro poderá projetar está entre: a) 100 m 2 e 150 m 2 b) 200 m 2 e 300 m 2 c) 300 m 2 e 400 m 2 d) 400 m 2 e 450 m 2 e) 450 m 2 e 480 m 2 60. Se beber então não dirija, é uma das frases que todos já se acostumaram a ouvir nas campanhas de prevenção a acidentes de trânsito. O álcool no sangue de um motorista alcançou o nível de 2 gramas por litro logo depois de ter bebido uma considerável quantidade de vinho. Considere que esse nível decresce de acordo com a fórmula N(t) = 2(0,5) t , onde t é o tempo medido em horas a partir do momento em que o nível é constatado. Quanto tempo deverá o motorista esperar antes de dirigir seu veículo, se o limite permitido de álcool no sangue, para dirigir com segurança, é de 0,8 gramas por litro? (log 5 = 0,7) a) 60 min b) 70 min c) 80 min d) 90 min e) 100 min 61. A cesta de basquete O basquete teve origem nos Estados Unidos e foi jogado, pela primeira vez, com dois cestos usados para a colheita de pêssegos. As cestas com redes, presas em aros de ferro, foram adotadas em 1896. Inicialmente elas eram fechadas porque o ponto só valia quando a bola permanecia lá dentro. Para retirar a bola havia uma escada e um bastão ao lado da rede. Depois, passaram a usar a rede com o fundo amarrado por um barbante e, quando a bola entrava, puxava-se o barbante para abri-la. A cesta aberta, como a conhecemos hoje, é de 1898. (Fonte: Adaptado do Guia dos Curiosos, Esportes, 1996) Supondo que o ex-jogador de basquete Oscar tenha feito 60 arremessos e acertado 45 cestas e o ex-jogador Pipoca tenha feito 50 arremessos e acertado 35 cestas, sobre o desempenho desses atletas constatamos que: a) Oscar com 75% de erros foi menos eficiente que Pipoca; b) Pipoca com 70% de acertos foi mais eficiente que Oscar; c) Oscar com 70% de acertos foi mais eficiente que Pipoca; d) Oscar e Pipoca tiveram desempenhos iguais; e) Oscar teve 75% de aproveitamento e Pipoca teve 70% de aproveitamento. 23
  • 26. 3 O SIMULADO – ENEM 62. A história do rádio Os primeiros sinais de radiocomunicação através do ar foram enviados pelo inventor italiano Guglielmo Marconi, em 1895, revolucionando os meios de comunicação rápida a longa distância (o telégrafo e o telefone) que utilizavam cabos. A primeira emissão radiofônica brasileira fez parte das comemorações do centenário da independência (1922), mas a radiodifusão só se tornou efetiva em 1923, quando foi ao ar a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro. O rádio já exerceu um papel tão importante no campo do entretenimento quanto o desempenhado atualmente pela televisão. Da década de 20 à década de 40, as pessoas se reuniam em volta de aparelhos de rádio todas as noites. Esse período, chamado de fase áurea do rádio, terminou com a ascensão da televisão na década de 50. No entanto, o rádio, principalmente devido à sua maior agilidade, conseguiu sobreviver e, no Brasil, atualmente, durante o dia, tem mais audiência que a televisão. Supondo que a cidade de Jaguaquara-BA possua duas emissoras de rádio. Uma pesquisa, realizada com toda a população, apresentou o seguinte resultado: 20% da população ouve a emissora A, 24% ouve a emissora B e 6% ouve as duas emissoras. Sabendo que a cidade tem 19000 ouvintes, o número de habitantes dessa cidade é de: a) 35000 b) 40000 c) 45000 d) 50000 e) 55000 63. CUSTO BRASIL – O país está estruturalmente caro em razão da carga fiscal pesada e da infraestrutura deficiente. As reduções tributárias foram tímidas, diante da carga total de 36% do PIB que pesa sobre o setor privado da economia, um valor sem similiares nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, as obras de infraestrutura custam a sair do papel. A rodada de licitações de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, anunciada há um ano, ainda não foi executada. Assim, o governo perdeu a oportunidade de atrair investidores quando a conjuntura externa e também a interna eram mais favoráveis. Agora será mais difícil atraí-los. (24 de julho, 2013. Veja) (Fontes: Credit Suisse Hedging-Griffo e IBGE) Suponha que a partir de 2012 o PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil comece a crescer baseado na função f(t) = at + b, em que t = 0 corresponda ao ano de 2012, t = 1 corresponda ao ano de 2013 e assim sucessivamente. Baseado nessa suposição, o PIB do Brasil em 2014 será de: a) 3,1% b) 3,7% c) 4,0% d) 4,9% e) 5,1% 24
  • 27. 3 O SIMULADO – ENEM 64. Recentemente, mais precisamente às 7h e 45min do dia 21 de julho de 2013, a província de Gansur, na China, foi surpreendida por um terremoto de magnitude 5,9 N escala Richter deixando 75 mortos, 14 desaparecidos e 600 feridos. Para medir a força dos terremotos, sua magnitude, Richter usou a fórmula abaixo: M = log10 A + 3 . log10 [8 . t] – 2,92 M é a magnitude do terremoto; A é a amplitude, em milímetros, e t é o intervalo, em segundos, entre as ondas. Um simósgrafo, aparelho que grava as vibrações provocadas por um terremoto, registra um terremoto que tem amplitude igual a 10 cm e intervalo de tempo entre as ondas de 24 segundos. Sabendo-se que log 2 = 0,30 e log 3 = 0,48, a magnitude desse terremoto é de: a) 4,62 b) 5,02 c) 5,92 d) 6,02 e) 9,52 65. Pretende-se que, até o ano de 2020, 30% de toda a energia elétrica consumida num certo Estado brasileiro sejam de fonte eólica, considerada uma das fontes energéticas que menos impacto causa ao meio ambiente. O gráfico dado pela reta, representa uma previsão para o consumo total de energia no Estado em função do ano. Da análise do gráfico, pode-se afirmar que, em 2020, a energia eólica necessária, em mil MW, para cumprir a meta estipulada, é igual a: a) 105 b) 100 c) 95 d) 90 e) 85 25
  • 28. 3 O SIMULADO – ENEM 66. O sistema decimal é um sistema de numeração de posição que utiliza a base dez. Esse sistema utiliza os dez algarismos indo-arábicos (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9), que servem para contar unidades, dezenas, centenas etc., da direita para esquerda, por exemplo, na representação comum, o numeral 345 pode ser escrito como: 3. 10 2 + 4. 10 1 + 5. 10 0 (3 centenas, 4 dezenas e 5 unidades). O sistema binário é um sistema de numeração decimal em que todas as quantidades se representam com base em dois algarismos indo-arábicos: 0 e 1. Esse sistema é utilizado em computadores digitais, que trabalham com dois níveis de tensão, denominados de ligado e desligado. Na representação binária, o numeral 101 pode ser convertido para o sistema decimal da seguinte forma: 1. 2 2 + 0. 2 1 + 1. 2 0 = 4 + 0 + 1 = 5. Portanto, o binário 101 é o decimal 5. Nos computadores, na entrada, via teclado, os dados numéricos decimais são convertidos em binários. Na saída, via monitor, os dados binários são convertidos em decimais. Assim, a velocidade 1111, em sistema binário, equivale a uma velocidade, no sistema decimal, com unidade em m/s, de: a) 5 b) 10 c) 15 d) 18 e) 20 67. A duração do efeito de alguns fármacos está relacionada à sua meia-vida, tempo necessário para que a quantidade original do fármaco no organismo se reduza à metade. A cada intervalo de tempo correspondente a uma meia-vida, a quantidade de fármaco existente no organismo no final do intervalo é igual a 50% da quantidade no início desse intervalo. O gráfico apresentado representa, de forma genérica, o que acontece com a quantidade de fármaco no organismo humano ao longo do tempo. (F. D. Fuchs e Cher I. Wannma. Farmacologia Clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1992, p. 40.) A meia-vida do antibiótico amoxicilina é de 1 hora. Assim, se uma dose desse antibiótico for injetada às 12h em um paciente, o percentual dessa dose que restará em seu organismo às 13h30min será aproximadamente de: a) 10%. b) 15%. c) 25%. d) 35%. e) 50%. 26
  • 29. 3 O SIMULADO – ENEM 68 Em sua tão aguardada visita ao Brasil, o papa jesuíta de alma franciscana, defensor da humanidade e das oportunidades aos pobres, espera que suas atitudes e palavras motivem os jovens do mundo e agir como verdadeiros cristãos. Analisando o gráfico do senso realizado no ano de 2010 e supondo que com a vinda do papa ao Brasil 40% dos jovens na faixa etária entre 15 e 24 anos sem religião passem a adotar a religião Católica como sua religião, o novo gráfico passaria a ser representado por: a) b) c) d) e) 27
  • 30. 3 O SIMULADO – ENEM 69. Para a comemoração do 3 o aniversário de sua filha, um professor de Matemática comprou um bolo de “dois andares”, sendo o 1 o de chocolate e o 2 o de coco. A figura abaixo mostra uma visão superior desse bolo, após ter sido demarcado um corte tangente à parte superior do bolo, com um comprimento de 26 cm, representado por PQ . Supondo a vista superior como sendo a de duas circunferências concêntricas, a parte hachurada da figura que representa a superfície do “1 o andar” de chocolate que pode ser vista na imagem, tem área igual a: a) 144  cm 2 b) 26  cm 2 c) 484  cm 2 d) 13  cm 2 e) 169  cm 2 70. No dia 22/06/13, na cidade de Salvador, foi disputado o jogo entre Brasil e Itália pela Copa das Confederações. Um professor de Física, analisando digitalmente algumas jogadas dessa partida, obteve por modelagem a função h(t) = – 2t 2 + 12t, que descreve a trajetória da bola após um lançamento do lateral direito Daniel Alves, que quase culminou em um golaço do atacante Neymar Jr.. Sendo h a altura atingida pela bola, em metros, e t o tempo em segundos, a bola lançada pelo lateral brasileiro atingiu a sua altura máxima após: a) 1,5s do lançamento; b) 2,0s do lançamento; c) 2,5s do lançamento; d) 3,0s do lançamento; e) 3,5s do lançamento. 71. A vinda do Papa Francisco ao Brasil no final do mês de julho de 2013, provocou grande comoção por parte dos católicos de todo o país e de alguns países sul-americanos vizinhos. Muitas caravanas foram organizadas, partindo de diferentes localidades, chegando em sua grande parte à cidade do Rio de Janeiro. Um ônibus saiu da cidade de Cariacica, no Espírito Santo, levando 10 fiéis. Esse ônibus parou numa cidade vizinha, pegando 4 novos fiéis. Na próxima cidade, pegou mais 7 fiéis. Chegando na cidade seguinte, subiram outros 10 fiéis. Sabendo que o ônibus, antes de chegar ao Rio de Janeiro, ainda parou em mais 4 cidades, sempre pegando passageiros cujas quantidades respeitam à sequência descrita, ao chegar no seu destino final, o ônibus transportava um total de: a) 101 passageiros b) 111 passageiros c) 81 passageiros d) 91 passageiros e) 121 passageiros 72. Um dos grandes problemas das principais capitais brasileiras é a falta de mobilidade urbana, o que gera engarrafamentos quilométricos principalmente nos horários de pico, especialmente em cidades que não dispõem de um transporte público de qualidade e de metrôs, a exemplo de Salvador. Cansado de gastar grande parte do seu dia em engarrafamentos, João, habitante da capital baiana, resolveu vender o seu automóvel, comprado em março de 2012, por um valor de R$ 48.000,00. Em virtude da desvalorização, João só conseguiu vendê-lo por um preço de R$ 30.000,00. A desvalorização do automóvel de João, até o momento da sua venda, foi de: a) 45% b) 62,5% c) 50% d) 37,5% e) 25,5% 28
  • 31. 3 O SIMULADO – ENEM 73. (Noiva na garupa) São muitos os artesãos brasileiros que mantêm a tradição da cerâmica. No Nordeste, é famosa a produção de Mestre Vitalino: ele e seus seguidores representam com figuras de argila, cenas e costumes do povo. Também no interior do estado de São Paulo, no vale do Paraíba, elaboram-se cerâmicas muito bonitas pintadas em branco e vermelho; em Minas Gerais, no vale do Jequitinhonha, faz-se uma cerâmica com argila clara. De onde vem a argila Os Retirantes Em muitas zonas da Terra, o solo contém argila, além de outros componentes, como areia, pedras e húmus. Os oleiros ceramistas costumam recorrer a canteiras (é o local de onde se extraem materiais como pedra, areia e argila.) de argila, que são os lugares onde se pode encontrá-la mais limpa e sem mistura. Para participar de uma exposição de esculturas em argila, um artista plástico elaborou uma peça formada por três esferas idênticas. Descontente com o resultado final, o artista desmanchou a peça e, com a mesma quantidade de argila utilizada, criou um outra peça, agora com a forma de um cone circular reto de raio da base 9 cm e altura 4 cm. O raio de cada esfera que compunha a peça inicialmente concebida por esse artista plástico, em metros, era igual a: a) 0,03 b) 0,02 c) 0,04 d) 0,01 e) 0,05 74. Uma determinada marca de sucos vende os seus produtos em duas embalagens cilíndricas A e B com mesma altura. Sabendo que o raio da embalagem A é o dobro do raio da embalagem B, então: a) as capacidade das duas embalagens são iguais; b) a capacidade da embalagem A é o dobro da de B; c) a capacidade da embalagem B é 25% da de A; d) a razão entre as capacidades de A e B é igual a 2; e) a capacidade da embalagem A é 25% da de B. 75. Durante uma aula de Biologia, um professor comentou sobre o fato de que o maior osso do corpo humano é o fêmur. O professor falou ainda que, em um recém-nascido, esse osso tem aproximadamente 8 cm de comprimento. Supondo que o comprimento do fêmur de um adulto seja de 0,32 m, a razão entre os comprimentos dos fêmures de um recém- nascido e de um adulto é de: a) 0,40 b) 0,20 c) 0,25 d) 0,15 e) 0,30 76. O Brasil ganhou novos estádios com a Copa das Confederações e outros virão até a Copa do Mundo, em 2014. Reformadas ou novas, as arenas exigem um novo comportamento do torcedor, considerando aspectos como a proximidade do gramado ou assentos numerados. Para o psicólogo e professor Raphael Zaremba, as mudanças na maneira de torcer não serão drásticas, mas são inevitáveis no novo cenário. Na construção do anel superior da Arena Fonte Nova, foram encarregados 200 operários que, trabalhando 8 horas diárias, terminariam a obra em 18 dias. Um dia antes do início da construção, 50 operários foram demitidos. A Fifa pressionou os responsáveis pela obra sobre o prazo para a finalização dessa parte da Arena. Assim, resolveu-se que os operários restantes aumentariam 2 horas diárias de trabalho até a conclusão do anel superior. Dessa forma, o número mínimo de dias trabalhados por esses 29
  • 32. 3 O SIMULADO – ENEM operários até o fechamento dessa parte da Fonte Nova, admitindo-se o mesmo ritmo anterior à demissão dos 50 operários, é igual a: a) 19 b) 20 c) 21 d) 22 e) 23 77. No último mês de julho de 2013, foi disputada em Lyon, na França, a Copa do Mundo de Para- Atletismo. Na prova de 1500 m para atletas cadeirantes, um atleta jamaicano utilizou uma cadeira de rodas cujo raio de cada roda era de 20 cm. Desta forma, esse atleta completou a prova após cada roda de sua cadeira ter dado: (Adote  = 3) a) 1250 voltas b) 1200 voltas c) 1300 voltas d) 1150 voltas e) 1000 voltas 78. A empresa de brinquedos “Educar LTDA” lançou um novo jogo de cartas, que ao invés das cartas tradicionais de um baralho, traz em cada carta uma relação trigonométrica diferente. Três amigos, João, Bruno e Pedro, resolveram comprar esse jogo para testarem seus conhecimentos. O jogo consiste em:  Cada jogador “puxa”, sem conhecer, duas cartas quaisquer.  São somados os valores numéricos das duas cartas “puxadas”.  Vence o jogador cuja soma dos valores numéricos associados às relações trigonométricas das cartas for a maior. João tirou as cartas tg 135° e sen 90°, Bruno puxou cos 390° e sen 180°, enquanto Pedro obteve sen 210° e tg 765°. Dessa forma: a) Bruno venceu. b) Pedro venceu. c) João venceu. d) Bruno e Pedro empataram. e) Pedro e João empataram. 79. Para ter condições de viajar ao Rio de Janeiro para assistir à final da Copa das Confederações entre Brasil e Espanha no Maracanã, Alberto pegou um empréstimo de R$ 2.000,00 com seu amigo Abelardo, sendo que a condição imposta por Abelardo era de que o valor a ser pago por Alberto depois de 8 meses a juros simples deveria ser igual a R$ 2.800,00. A taxa proposta por Abelardo nesse empréstimo foi de: a) 10% ao mês. b) 8% ao mês. c) 6% ao mês. d) 3% ao mês. e) 5% ao mês. 80. Para abrir uma empresa de animações para festas infantis, Ana, Carolina e Fábia investiram R$ 12.000,00, R$ 15.000,00 e R$ 18.000,00, respectivamente. Após um ano de abertura da empresa, as três sócias resolveram repartir o lucro de R$ 90.000,00 em partes diretamente proporcionais às quantias investidas por cada uma delas. Assim, o valor recebido por Carol foi igual a: a) R$ 24.000,00 b) R$ 30.000,00 c) R$ 36.000,00 d) R$ 50.000,00 e) R$ 15.000,00 81. Uma das maneiras mais simples de mudar totalmente um ambiente é pintá-lo de uma cor diferente. Tome cuidado apenas para escolher o tom, já que cada um pode impor um clima específico ao cômodo. Verde: Na fronteira entre o quente e o frio, representa esperança. Estimula o silêncio e ajuda a amenizar o estresse. Amarelo: Alegria e diversão. Ativa o raciocínio e a comunicação; por isso, é ótimo para espaços que dependem de atividades cerebrais, como locais de estudo ou trabalho. Azul: Ameniza os ânimos e ajuda a manter a paciência. Os tons mais fortes levam à introspecção. Lilás: Está diretamente associada à intuição. Como acalma e aconchega, é ideal para locais de descanso. Vermelho:Cor do fogo, emoções, e sexo. Em alguns casos, pode causar irritação. Branco: Símbolo de paz e pureza, dá a sensação de limpeza, mas um ambiente todo branco fica sem graça. Na embalagem de uma lata de tinta de parede estão as instruções para a sua diluição: “Mexer a tinta até a sua perfeita homogeneização. Em seguida, adicionar água na proporção de 1,5 parte de água para duas partes de tinta” Um pintor adicionou, por engano, água até obter 6 litros de mistura, que ficou composta de metade de água e metade de tinta. Para acertar a proporção correta da mistura, deverá adiocionar: a) um litro de tinta; b) um litro de água; c) meio litro de tinta; d) meio litro de água e um litro de tinta; e) meio litro de tinta e um litro de água. 30