A entrevista apresenta a escritora Bettina Muradás e seu livro "A Reportagem - Nos rastros da corrupção: uma história de sangue e paixão no Brasil". A obra aborda temas como corrupção política e relacionamentos intensos em meio a um cenário de escândalos no Brasil. A autora descreve os desafios na construção do enredo e como criou os personagens principais Gisele e Matthew, inspirados no balé Giselle e no ator Paul Newman.
2. Sangue, paixão e corrupção
em “A Reportagem”, livro de
Bettina Muradás - Pág. 07
Sumário
PORTUGAL
Joana Reis..............................................................................................15
JoãoBettencourt.....................................................................................19
BRASIL
Almir Neves...........................................................................................26
Almir Santos..........................................................................................30
Ana Paula Q. Bastos de Jesus.................................................................36
Carmen Lúcia Hussein...........................................................................41
Fernando Jacques de M. Pimenta - JAX................................................44
Helder Moura........................................................................................50
João Pedro S. dos Santos........................................................................56
JhonathanMoreira..................................................................................60
Margot Weide.........................................................................................67
Michel Ibrahim Khouri Filho.................................................................72
Ricardo Brown.......................................................................................77
Sandra Wernek.......................................................................................83
Sergio Fragoso.......................................................................................92
Vanessa Cruz..........................................................................................97
capa
Solar de Poetas – José Sepúlveda......................17
Poetas Povoeiros – Fátima Veloso.................18
Mercado Literário – Léo Vieira.........................87
EntrevistasColunasGiuliano de Méroe................................................12
Estevão de Sousa..................................................24
Rosa Maria Santos.................................................28
Helena Santos.......................................................34
José Lopes da Nave..............................................33
Noka.....................................................................40
Marcos Freitas......................................................43
Roberto Patzlaff...................................................48
Gil Sabino..............................................................54
Letícia A. Ucha.....................................................58
Arnaldo Teixeira Santos.......................................64
Maira M. Trentin..................................................70
Pedro Santos.........................................................71
Marta Maria Niemeyer.........................................76
Jô Ramos..............................................................81
Isidro Sousa..........................................................88
Nell Morato.........................................................96
Participação
Especial
Cleverson Garrett.............................................104
Rô Mierling.......................................................105
Lorena Zago......................................................107
JackMichel...................................................108
Paula Laranjo.....................................................110
Ana Faria...........................................................111
Palmira Heine......,,,,,,,,,,,,,,,,..............................112
M.Books............,,,,,,,,,,,.....................................114
Livros em Foco
DIVULGA ESCRITOR
Ironi Jaeger..............................................................101
FábioGabriel...........................................................103
3. DIVULGA ESCRITOR
Revista Divulga Escritor
Revista Literária da Lusofonia
Ano V
Nº 26
Edição -abr/mai 2017
Publicação:
Bimestral
Editora Responsável:
Shirley M. Cavalcante
DRT: 2664
Diagramação
EstampaPB
Para Anunciar
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55 – 83 – 9 9121-4094
Para ler edições
anteriores acesse
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Os artigos de opinião são de
inteira responsabilidade dos
colunistas que os assinam, não
expressando necessariamente o
pensamento da Divulga Escritor.
ISSN 2358-0119
Shirley M. Cavalcante
(SMC)
Editora e Coordenadora
do projeto Divulga Escritor
www.divulgaescritor.com
26ª edição da Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia é apre-
sentada com enorme orgulho e satisfação a você leitor.
Divulga Escritor é a maior revista literária da lusofonia, com conteúdo
exclusivamente literário, o editorial se destaca por sua qualidade e profis-
sionalismo.
Nesta edição temos como destaque a autora Bettina Muradás, apre-
sentando em matéria de capa “A Reportagem”
A edição de N. 26 está composta por mais de 40 autores participantes,
divulgando entrevistas, livros, textos em prosa e em versos... LITERATURA.
Vamos juntos ler e divulgar a Revista Literária da Lusofonia, apoiar os
nossos escritores e escritoras contemporâneas.
Muito obrigada equipe Divulga Escritor, administradores dos grupos:
Obrigada, Jose Sepúlveda, apoio em Portugal.
Obrigada Amy Dine, apoio em Portugal.
Obrigada, Helena Santos, apoio em Portugal.
Obrigada, José Lopes da Nave, apoio Portugal.
Obrigada, Giuliano de Méroe, apoio Brasil.
Obrigada, Ilka Cristina, apoio Brasil.
Obrigada, a cada um dos escritores que participam contribuindo com
suas maravilhosas trajetórias literárias, apresentadas em entrevistas.
Obrigada, colunistas, que mantém o projeto vivo!
MUITO OBRIGADA, por juntos estarmos Divulgando LITERATU-
RA. por juntos estarmos dizendo ao mundo, EU SOU ESCRITOR, EU ES-
TOU AQUI.
Divulga Escritor: Revista Literária da Lusofonia, uma Revista ela-
borada por escritores, com distribuição gratuita para leitores de todo
o mundo.
Boa Leitura!
4.
5.
6. 6 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Sangue, paixão e
corrupção em
“A Reportagem”, livro
de Bettina Muradás
Somos jornalistas, mulheres.
As relações não vão além...
Posso dizer que Gisele é a
heroína que me conquistou.”
Nascida em Curitiba- PR, a jornalista Bettina Muradás foi desde cedo seduzida
pelo universo das palavras. Foi repórter e colunista no jornal “Correio de
Notícias” e na “Singular Agência de Notícias”. Redatora e editora premiada na
agência de publicidade “Umuarama”, decidiu assumir sua paixão pelo campo
e enfrentar um novo desafio no meio rural. Como diretora da Jatobá Pecuária,
contribuiu para o aperfeiçoamento do plantel de gado Nelore da empresa e a
conquista do tricampeonato como melhor criador de gado Nelore do Brasil em
2008. A carreira como escritora teve início junto com sua primeira filha. Horas e
dias de permanência em casa entre fraldas e mamadeiras a levaram a produzir
o primeiro manuscrito “Inverno no Vale”. Além de escritora, empresária e tenista
amadora, atua também como vice-presidente do Instituto TMO - Associação Alirio
Pfiffer de apoio ao Transplante de Medula Ossea e encara a atividade do terceiro
setor com seriedade profissional e incansável dedicação.
Boa leitura!
ENTREVISTA
8. 8 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Em que momento pensou em es-
crever “A Reportagem – Nos ras-
tros da corrupção: uma história de
sangue e paixão no Brasil”?
Bettina Muradás - A cena política
brasileira já vivia em ebulição. O es-
cândalo do Mensalão era o assunto
preferido na mídia. Era apenas mais
um escândalo numa fileira que tei-
mava em crescer. Este cenário de
corrupção fora de controle forneceu
o pano de fundo necessário para
uma história de paixão e crime que
deu vida às personagens que exis-
tiam no meu universo de escritora.
Quais os principais desafios para
construção do enredo que compõe
a obra?
Bettina Muradás - O maior desa-
fio é a criação de fatos que levem a
trama a uma determinada situação,
sem deixar que a história escape por
caminhos tortos ou se afaste da vida
das personagens.
Como foi a escolha dos nomes
8 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
9. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 9
DIVULGA ESCRITOR
para os principais personagens
que compõe a obra?
Bettina Muradás - Gisele Coelho
foi batizada em homenagem ao balé
Giselle. Assim como a jornalista Gi-
sele Coelho, a Giselle do balé é uma
mulher forte, capaz de salvar o ho-
mem que ama, e ao mesmo tempo
romântica a ponto de morrer por
amor. Matthew Newman ganhou
seu nome de Paul Newman, um íco-
ne do cinema que conseguia deixar
transparecer a rebeldia na pessoa
do bom moço de olhos penetrantes.
A Gisele Coelho, personagem
principal da obra e você, autora
da obra, são jornalistas, além de
exercerem a mesma profissão exis-
te alguma relação entre você e a
Gisele?
Bettina Muradás - Somos jornalis-
tas, mulheres. As relações não vão
além... Posso dizer que Gisele é a
heroína que me conquistou.
O que mais a encanta em “A Re-
portagem”?
Bettina Muradás - As colisões e en-
contros que levam as personagens a
entrelaçar suas histórias e viver uma
trama cinematográfica.
Se pudesse descrever o livro em
duas palavras quais seriam?
Bettina Muradás - Paixão. Poder.
A quem indica leitura do livro?
Bettina Muradás - Qualquer leitor
que queira se aventurar na leitura
de uma história envolvente em rit-
mo acelerado.
Com relação ao cenário, quais ci-
dades estão sendo apresentadas
através do enredo que compõe “A
Reportagem”?
Bettina Muradás - Em busca de
pistas e provas, as per-
sonagens percorrem
várias cidades: Curiti-
ba, Brasília, Nova York,
Miami e as ilhas Grand
Cayman.
Podes nos apresentar
um trecho do livro
para apreciação de
nossos leitores?
Bettina Muradás – “Os
dados estavam lança-
dos. As apostas esta-
vam fechadas. Já eram
21 horas quando Gisele
resolveu voltar ao ho-
tel Blue Tree Towers.
Ela sentia um enorme
vazio interior. Cabeças
começavam a rolar e
ela ainda não sabia se
deveria comemorar ou
não. Talvez este fosse o
começo de uma nova
atitude política, mas ela não tinha
certeza.
O Presidente da República havia
sido impedido de exercer o cargo
pelos parlamentares. A votação não
tinha sido arrasadora como que-
riam os oposicionistas, mas ainda
assim o impeachment saíra vitorio-
so. Quase 500 deputados haviam
votado a favor do julgamento do
presidente pelo Senado Nacional,
além do seu afastamento imediato.
Euforia e crises de choro se segui-
ram à votação. Nas ruas, o som das
batucadas lembrava uma noite de
carnaval. O Presidente seria agora
julgado pelo Senado. O líder go-
vernista no Senado acabava de re-
nunciar ao cargo. Gisele só queria
ir para casa. Estivera longe tempo
demais. Milagrosamente, Pedro
Mello havia conseguido uma reser-
va num vôo para São Paulo no dia
seguinte. Um grupo de repórteres
de televisão ofereceu-lhe uma ca-
rona na van que os aguardava no
estacionamento. Seria impossível
encontrar um táxi. Marcaram um
horário para a saída da van e foram
para as últimas entrevistas daque-
la noite. Quinze minutos antes da
hora marcada, Gisele saiu do pré-
dio do Congresso. Com dificuldade
percorreu cinco metros em direção
ao estacionamento. Num relance
percebeu a presença de um homem
baixo e magro que se esgueirava
com agilidade em meio a multidão.
A massa cada vez mais compacta e
gente impedia que os olhos de Gise-
le se fixassem no homem. Ela se vi-
rou tentando puxar a maleta de seu
laptop que teimava em se enroscar
nas pessoas. Foi neste instante que
sentiu uma pontada em algum lu-
gar de seu corpo. Instintivamente,
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levou as mãos aonde suas termina-
ções nervosas indicavam. Ao seu
lado, uma senhora gorda gritava
desesperadamente, pedindo ‘So-
corro’. Gisele tentava compreender
o que estava acontecendo quando
olhou para suas mãos e viu o sangue
que escorria pelos seus dedos e tin-
gia de vermelho sua camisa branca
numa rapidez surpreendente. Os
gritos aumentaram de intensidade,
sua respiração ficou difícil e o céu
ganhou uma claridade inesperada.”
Qual o tipo de textos que gostas de
ler?
Bettina Muradás – Gosto de me
envolver nos Thrillers em ritmo
frenético de autores que constróem
seus textos sem descuidar da nar-
rativa, e ainda conseguem trazer à
tona questões intrínsecas à nossa
realidade.
O que mais a encanta na leitura
destes tipos de textos?
Bettina Muradás – Me encantam
as histórias que me obrigam a virar
a página. Que me desafiam a ler o
próximo parágrafo.
Bettina, você é vice-presidente do
Instituto TMO - Associação Alirio
Pfiffer de apoio ao Transplante de
Medula Ossea, conte-nos um pouco
sobre o Instituto, quais os objetivos.
Bettina Muradás – O Instituto TMO
tem 28 anos de história de apoio ao
STMO. Nesse tempo, fizemos a do-
ação de equipamentos ao Hospital
de Clínicas do Paraná e a reforma
das instalações para melhor atender
os pacientes. Patrocinamos vários
projetos de pesquisa e qualificação
profissional. Em 2016 inauguramos
a Casa Malice que hospeda pacien-
tes e seus acompanhantes que che-
Chiado Editora
https://www.chiadoeditora.com/
autores/bettina-muradas
ONDE
COMPRAR
gam de todos os cantos do Brasil,
sem condições de se manter em
Curitiba durante o período de pré e
pós-transplante.
De que forma os nossos leitores
podem ajudar o Instituto TMO.
Bettina Muradás – Através do pro-
jeto Adote um Leito na Casa Ma-
lice, doações diretas, voluntariado
ou a realização de ação em prol do
ITMO. www.institutotmo.org.br
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom co-
nhecer melhor a escritora Bettina
Muradás. Agradecemos sua par-
ticipação no projeto Divulga Es-
critor. Que mensagem você deixa
para nossos leitores?
Bettina Muradás - Espero que mer-
gulhem nas páginas do livro e se en-
treguem ao prazer de viver esta his-
tória pela ótica da sua câmera.
DIVULGA ESCRITOR
10 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
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Editor da Revista
Acadêmica On-line
Giuliano de Méroe
Apresentação da Revista
Acadêmica On-line
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
A Revista Acadêmica On-line,
editada pela SMC Comunicação
Humana - Divulga Escritor, é um
veículo de comunicação direciona-
do a divulgar textos literários e aca-
dêmicos, filosóficos, artísticos e de
atividades profissionais, de amplo
interesse, com a finalidade de inter-
ligar os povos e compartilhar seus
saberes, mantendo contato e inter-
câmbio com centros de pesquisa,
nacionais e estrangeiros.
Nossa Revista destina-se a pes-
quisadores independentes, profes-
sores, graduandos, mestrandos,
doutorandos, profissionais liberais
(áreas de Administração, Econo-
mia, Direito, Educação, etc), que
pretendam divulgar seus artigos,
periódicos, estudos de casos e tex-
tos de reflexão teórica-conceitual.
Demais estudiosos e profissionais
não abrangidos pela descrição bási-
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ca, poderão ser admitidos, median-
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rial da Revista Acadêmica Online.
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lato sensu, mediante a divulgação
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públicas e privadas.
A equipe propõe-se a publicar
artigos científicos de pesquisadores
– professores ou alunos – brasilei-
ros, servindo como um espaço para
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pos de estudiosos e seus respecti-
vos campos. Dispõem-se, também,
a publicar resenhas e monografias,
dissertações, teses e ensaios teóri-
cos.
Nosso foco é divulgar o traba-
lho acadêmico, para um maior nú-
mero de leitores, não temos Qualis
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te acadêmicos, somos uma revista
acadêmica com foco Divulgacional.
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O periódico comporta publica-
ção em diversas categorias de tra-
balhos como: Artigos, Antologias,
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saios Teóricos, Monografias, Dis-
sertações e Teses. Não haverá limite
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lhos que mencionem as fontes uti-
lizadas em pesquisa, independen-
temente do veículo: livros, artigos,
teses, revistas científicas, sites de
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timídia.
Os trabalhos, quanto à forma-
tação, deverão respeitar as especifi-
cações técnicas da Associação Bra-
sileira de Normas Técnicas (tipo e
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tre linhas, margens e parágrafos; ci-
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tográfico-gramaticais e quanto a
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autores descrevam sucintamente do
que se trata a pesquisa, mencionan-
do o objetivo e qual metodologia
adotada.
DIVULGA ESCRITOR
15. DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 15
ENTREVISTA
ESCRITORA
JOANA REIS Este livro reflecte
a hipocrisia, que
por vezes se
esconde atrás de
falsos brilhantes,
mas que escon-
dem segredos
nefastos, que
nem o brilho do
ouro consegue
ocultar.”
Joana Reis é natural do Algarve, desde muito cedo desenvolveu
uma enorme paixão pela leitura.
Incentivada pela professora da escola primária, que percebeu a
facilidade com que escrevia pequenos guiões, aceitou o desafio
que esta lhe fez e, nas festas de fim de cada ano, escrevia
e dirigia pequenas peças de teatro que eram aplaudidas com
entusiasmo pela plateia.
Com o passar dos anos, e ao contrário do que é usual acontecer
com as paixões, a sua paixão pela literatura criou raízes
profundas.
Escreveu vários livros, mas, a dificuldade em encontrar os meios
necessários para editar, obrigou-a a guardá-los, na esperança de
um dia realizar o sonho de editar.
Embora “Jet-Set” não seja o seu primeiro livro escrito, é o
primeiro a ser editado.
A editora, Capital Books, editou o livro, tornando realidade este
sonho.
Boa leitura!
DIVULGA ESCRITOR
16. DIVULGA ESCRITOR
16 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
Escritora Joana Reis é um prazer
contarmos com a sua participação
na Revista Divulga escritor, con-
te-nos o que a motivou a ter gosto
pela escrita literária?
Joana Reis - O prazer é todo meu.
É um privilégio ser entrevistada por
voçês. O meu gosto pela literatu-
ra, começou quando eu ainda era
criança. Escrevia contos que povo-
ava a minha imaginação.
O que mais a encanta na arte lite-
rária?
Joana Reis - È a liberdade de dar
vida a personagem que se transfor-
mam de acordo com a minha inspi-
ração e isso fascina-me.
Como surgiu o romance Jet Set?
Joana Reis - Este romance surgiu
após eu ter lido uma entrevista sobre
uma figura importante da socieda-
de portuguesa, na qual ela relatou,
que sofria de violência doméstica.
Como foi a escolha do título?
Joana Reis - foi uma coincidência
em relação a uma conversa banal
entre duas amigas, sobre as mulhe-
res aparentemente bem sucedidas
da nossa sociedade e que são capa
de revista várias vezes .
Comente sobre a obra para que
nossos leitores possam melhor co-
nhecê-la
Joana Reis - Jet Set desmistifica o
glamour de algumas celebridades,
que as revistas cor de rosa vendem.
Este livro reflecte a hipocrisia , que
por vezes se esconde atrás de falsos
brilhantes, mas que escondem se-
gredos nefastos, que nem o brilho
do ouro consegue ocultar.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Quais os principais desafios para a
construção do enredo que compõe
a obra?
Joana Reis - Foi muito desafiador,
transportar para a “realidade” a
vida dupla, que muitas figuras pú-
blicas vivem e se sujeitam em prol
da sua imagem.
De que formas estes desafios fo-
ram superados?
Joana Reis - Consegui superar os
desafios , quando os personagens
embora imaginários deram vida
á história que muitas vezes, nada
mais é do que verdades escondidas
do grande público que consome as
revistas cor de rosa.
Dizem que as personagens têm
muito do autor. Qual dos perso-
nagens de “Jet - Set” tem mais de
você? Por quê?
Joana Reis - Rita é a personagem
central. Ela tem muito de mim fi-
cou orfã muito cedo, assim como
eu e como eu, ela foi educada por
familiares que não a amaram genui-
namente. Rita tornou-se uma força
da natureza e não permitiu que os
obstáculos a impedissem de atingir
os objectivos a que se propôs. Eu
também sou assim.
Quais os seus principais objetivos
como escritora?
Joana Reis - O meu grande sonho é
ser reconhecida pelo meu trabalho
como escritora e ver o meu livro ser
traduzido para vários idiomas.
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom co-
nhecer melhor o romance “Jet
– Set” da escritora Joana Reis.
Agradecemos a sua participação
na Revista Divulga escritor. Que
mensagem voçê deixa para os
nossos leitores?
Joana Reis - Jet-set é uma história
envolvente, em que o leitor tem a
possibilidade de viver a sua pró-
pria história. assim desafio todos
os amantes da leitura e todos os
que são loucos por livros a entrar
na história e que sintam o sabor da
paixão ao conhecer cada um dos
personagens, assim como eu tam-
bém vivi essa mesma paixão ao es-
crever este romance.
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ONDE
COMPRAR
17. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 17
Por José Sepúlveda
SOLAR DOS POETAS
DIVULGA ESCRITOR
Ao fim de sete anos, se-
guindo um percurso nem
sempre fácil, depois de mui-
tos líderes terem passado
pela sua Administração,
saindo muitas vezes para
dar origem a outros grupos
de poesia, a Administração
do Solar de Poetas decide
apresentar aos seus leitores e
amigos a Segunda de Coletâ-
nea de Poesia, com a chance-
la do seu nome, de novo em
conjunto com a Modocromia Edito-
ra que tem vindo ao longo de alguns
anos a ser a sua parceira editorial.
A primeira teve lugar em 2014
e foi uma referência no espetro lite-
rário de então, sendo referenciada
por muita gente ligada à arte literária
e que contou com participantes de
prestígio reconhecido.
A segunda, editada agora, re-
dunda igualmente num grande êxito
editorial, com a presença de 94 au-
tores, muitos deles com nome feito
nestas lides e que prestigiaram muito
a edição.
Alargados uma vez mais os hori-
zontes e espectativas, ei-la integrando
um bom número de autores portu-
gueses, residentes e da diáspora por-
tuguesa no mundo, brasileiros e ita-
lianos, não tendo ido mais longe por
dificuldades diversas surgidas com
autores doutros países lusófonos.
A Reportagem do evento do lan-
çamento na carismática Biblioteca
do Diana Bar, na Póvoa de Varzim,
já publicada em e-book, atesta bem
da singularidade e êxito do evento
que se pautou por uma noite cheia
de alegria que teve para a animar
na componente musical o Grupo de
Cantigas Regionais da Universidade
Sénior do Rotary Club da Póvoa de
Varzim que coim o seu prestigio e
qualidade abrilhantou a noite com
música regional de relevo e que teve
ainda a cobertura em fotografia e ví-
deo da Informédia, Rádio e Tv.
Estas duas edições juntam-se as-
sim a muitas outras temáticas, publi-
cadas em e-book ao longo dos anos
e que versaram temas tão diversos
como maus tratos, mulher, poesia,
natal, desporto e muitos outros.
O Solar de Poetas cresceu e ao
longo dos anos teve necessida-
de de setorizar a sua atividade,
criando dois novos grupos:
Solarte, a Arte no Solar; e So-
lar-si-dó, a música no Solar,
além de mais dois canais de
divulgação: Canal de Divulga-
ção do Solar (Casa do Poeta) e
SolarTv online.
Graças ao dinamismo do
seu grupo de Administradores
e do Corpo de Comentadores,
o grupo tem crescido em nú-
mero e prestígio.
Continuou com as suas relevan-
tes parcerias com Divulga Escritor,
Modocromia Editora e três progra-
mas de rádio semanais, cujo tema é
a poesia: Hora de Poesia (Rádio Vi-
zela); Conversando com as Palavras
(Radio Matosinhos online) e Cultu-
rando (Informédia, Rádio e Tv).
Outras virão em breve para que
o prestígio do grupo possa assim ser
cada vez mais reconhecido.
Saúdo a Rosa Maria Santos, Ad-
ministradora executiva do Grupo
Solar e a Maria Esther, diretora da
Modocromia Editora, como as gran-
des obreiras desta coletânea, a quem
se deve o êxito desta publicação. Saú-
do também grupo Divulga Escritor e
as Rádios parceiras que não se can-
saram de divulgar esta edição.
Como Fundador e Coordena-
dor do Grupo, a minha gratidão.
SOLAR DE POETAS, COLETÂNEA II
UM MARCO NA VIDA DO SOLAR DE POETAS
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 17
18. 18 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Por Fátima Veloso
POETAS POVEIROS
DIVULGA ESCRITOR
DA PALAVRA POÉTICA
Falo da ESCRITA como refúgio para
desconvocar a angústia que nos enrola em
embaraço e medo. Falo da PALAVRA que
respira em ritmos ondulantes e se des-
prende do seu vazio interior para terçar o
perfume, o sabor e o brilho, naufragando
em inventários de sentidos, formas, so-
noridades e sintaxes translúcidas.
Falo da POESIA onde o verso se ajei-
ta e adormece, e se agasalha do escuro da
noite.
Falo do POEMA como voz dispersa
no vazio, perdida em furores visionários,
em travessias e quedas sustentadas pelo
verso.
E falo do SILÊNCIO como linguagem
da memória que repousa no papel como
um grito que anseia a Luz.
A língua é constituída por palavras
(signos) que controlam, que têm algo de
pré-concebido, daí a urgência da palavra
poética que sulca o territótrio inquietante
das emoções, da sinonimia, do trabalho
de modelação, lapidação e escultura da
palavra.
Ama-se a palavra poética, ama-se a
escrita e parte-se em voos peregrinos, em
busca da luz, embarcando na ousadia de
traçar uma verve única, na ânsia de tocar
o inédito e o Belo.
18 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
19. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 19
DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
ESCRITOR
JOÃO
BETTENCOURT Junta cada pena
em teu camin-
ho, permite-te
conhecer a
mensagem de
cada uma, para
construires as
asas que te farão
voar na leveza
do encontro com
teu propósito e
missão…”
João Bettencourt é o pseudónimo de Mário José Matos de
Sousa. Nasceu em 20 de Março de 1970 na bela cidade de
Viana do Castelo. Com cerca de um ano foi com seus pais
para a ex-colónia portuguesa de Moçambique, voltando a
Portugal cerca de cinco anos mais tarde, logo, após o 25 de
Abril de 1974. Hoje, vive na freguesia cheia de tradição de
Santa Marta de Portuzelo - Viana do Castelo, com sua mulher
e dois filhos. A nível formativo iniciou o seu percurso escolar
com grande dificuldade de adaptação, chegando a terminar o
Curso Completar de Electrotécnia, numa fase de trabalhador/
estudante no ensino nocturno. Apesar de ter tido outras
formações, sua escola mais preciosa foi a vida. E é dessa
Vida feita de humilhações, tropeços, perdas, desamores mas,
também, de afectos, alegrias e amores que retira inspiração
para as suas obras.
Boa leitura!
DIVULGA ESCRITOR
20. DIVULGA ESCRITOR
20 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
Escritor João Bettencourt é um
prazer contarmos com a sua par-
ticipação na Revista Divulga Es-
critor, uma das nossas primeiras
curiosidades é como foi a escolha
do seu pseudônimo “João Betten-
court”?
João Bettencourt - O prazer é todo
meu, é uma honra e um privilégio
ser entrevistado pela Revista Di-
vulga Escritor de tanto prestígio e
é com profunda gratidão que me
dirijo a vós pelo muito que fazem
em prol da cultura literaria. Res-
pondendo à sua pergunta, no iní-
cio, tive o desejo de manter o ano-
nimato sobre quem era o autor da
obra. Mais do que a pessoa que está
por detrás daquilo que foi escrito,
interessava-me que fossem as pala-
vras a tocar o leitor. Quando escolhi
o nome e como acredito que nada
acontece por acaso, tive o cuidado
de homenagear todos aqueles que
foram importantes no meu cami-
nho, então criei um nome completo
João José de Oliveira Bettencourt.
Bettencourt escolhi em homena-
gem ao Dr. Eduardo Bettencourt
que foi um mestre que revolucionou
minha vida, inclusive, esteve na mi-
nha ligação com a escrita. Depois,
escolhi Oliveira que é o nome da
família de minha esposa Cristiana,
que é a mulher da minha vida e da
sua família que tem sido um berço
de apoio e proteção na vida. O José,
que faz parte do meu nome real,
como homenagem ao meu pai, mi-
nha mãe, irmã e toda a família, sem
eles nada seria! E o João, que foi o
nome que me surgiu quando fechei
os olhos e pedi a Deus que ele me
fosse dado, numa forma de agrade-
cer à espiritualidade tudo na minha
jornada terrena. Engraçado
é que vi, mais tarde, que
era um nome com vibração
numerologica de escritor.
Coincidências? Nada acon-
tece por acaso!
O que o motivou a ter gos-
to pela escrita literária?
João Bettencourt - Tendo
sido um jovem um pouco
inadaptado a este mundo
denso, meu gosto pela es-
crita literária surgiu tarde,
próximo dos trinta anos.
Numa primeira fase, foi
o Dr. Bettencourt que me
instigou à leitura de livros
superinteressantes sobre os
segredos da vida, romances
filosóficos e espirituais (devorava-os
com prazer). A segunda fase que é a
da escrita, devo-a a Deus e à minha
mulher. Completamente apaixona-
do quis oferecer a ela um bouquet de
flores e nele coloquei um cartão com
uma imagem bela e a palavra amo-te
(impressa). Com uma sinceridade
que adoro nela, ela teve a coragem
de dizer «Só isto impresso sem nada
que seja teu, uma palavra…um ges-
to sei lá!». Fiquei triste e ruborizado,
dizendo-lhe que não tinha jeito para
a escrita mas aquela palavra Amo-
-te, siginificava muito para mim e
que por mais palavras que eu colo-
casse elas não a iriam definir…mas,
disse-lhe que iria escrever para ela.
A partir daí, entreguei-me e deixei
que meu coração falasse sobre a for-
ma escrita, enchia de SMS, cartões
e mensagens de amor e não parei.
Anos mais tarde, apercebi-me que
para além de a amar, a escrita era
também, uma paixão que nascera
graças ao citilante véu luminoso do
amor verdadeiro que acabaria por
revelar minha essência.
Em que momento pensou em es-
crever o romance “PEGASUS - O
Cofre da Sensibilidade”?
João Bettencourt - Por volta dos
quarenta anos, fiz as primeiras ten-
tativas. É como se estivessemos a
aprender a conduzir, com muito
cuidado para que nada falhe (re-
ceios e exigências) mas depois olha-
va para o resultado final e via que a
escrita não era fluída. Portanto, foi
necessário “andar com o carro” para
perder o medo e chegar a um des-
tino que já existia, em mim, sendo
que, precisei de descobrir a estrada
misteriosa para lá chegar. Depois,
de uns manuscritos incompletos,
uma obra arrumada na gaveta, fez-
-se luz e comecei a criar o romance/
diário que é o “PEGASUS – O Cofre
da Sensibilidade”.
Como foi a escolha do título para
esta obra?
João Bettencourt - Ela veio em for-
ma de sonho, literalmente!... Tinha
uma ideia de que o livro iria ser um
diário, onde o personagem iria ex-
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
21. DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 21
plorar os desafios da sua existência,
no dia-a-dia. Sabia que o persona-
gem iria falar com seu diário como
se fosse uma entidade viva mas não
sabia que título lhe dar. Adormeci
com a vontade de encontrar um tí-
tulo e tive um sonho, onde um li-
vro aberto gerava umas asas e delas
surgia um lindo Pegasus cheio de
luz, a partir daí, senti que esse seria
o título. Fiz umas investigações so-
bre os mitos antigos, e descobri que
Pegasus nascera dentro da barriga
da medusa de sete cabeças depois
de morta. Isso revelava a mensagem
principal do meu romance, vencer
o nosso mal interior para que se
revele a luz do bem. Uns dias mais
tarde, vendo um corso carnavalesco
e já com enredo do livro na minha
cabeça, olho em frente e vejo um
carro alegórico com um Pegasus
enorme, branco…escusado será
dizer que deixei cair umas lágrimas-
…o universo fazia aquilo em que eu
acredito, falava comigo!
Quais os principais desafios para
escrita do enredo que compõe
“PEGASUS - O Cofre da Sensibi-
lidade”
João Bettencourt - Tive muita pre-
ocupação em criar um livro que
fosse de leitura simples e agradavél.
Era importante, que o leitor ficasse
agarrado ao enredo e sempre com
vontade de saber o que viria a se-
guir, pois foram este tipo de livros
que criaram a minha paixão pela
leitura. Ao falar de assuntos sérios
tentei usar a vida como pano de
fundo, a ironia e o humor. Este é
um livro que fala sobre a vida e os
desafios diários que todos temos,
nossas dificuldades finaceiras, emo-
cionais, do país e a nivel mundial,
bem como, sobre a morte, a vida
para além da vida, a educação dos
filhos… a vida é um tema
muito vasto e por isso, foi
um grande desafio.
De que forma estes desa-
fios foram superados?
João Bettencourt - Crian-
do um personagem que é
um segurança de um edi-
fício municipal que é uma
biblioteca/arquivo muni-
cipal e que dispõe das lon-
gas noites solitárias para
escrever um diário onde
conta suas histórias e re-
flete sobre a vida. O facto
de ter aproveitado estar
próximo de tantos livros e
sua leitura, também, per-
mitiu que colocasse no
que escrevia conhecimentos que
eram fonte daquilo que já lera. Des-
te modo, cada capítulo é uma his-
tória e pode ser lido dessa forma,
sendo que todas elas se interligam à
vida do personagem. É um livro que
pode ser lido no metro, no comboio,
no autocarro e em cada capítulo o
leitor pode fazer uma reflexão, reti-
rar uma mensagem sendo que, ha-
verá sempre a curiosidade do que
poderá vir a seguir.
Como foi a escolha dos textos para
compor o seu livro “In_Versus”?
João Bettencourt - Costumo dizer
que gerei duas crias e as amo incon-
dicionalmente. Uma é o romance
“Pegasus…” e a outra, é o livro de
poesias “In_Versus”, cada uma com
a sua personalidade, com corpos
diferentes (um em formato papel,
outro em digital). O “In-Versus” é
um livro de mensagens, onde a po-
esia com suas metáforas nos leva ao
nosso mundo interior. Quando o
poeta se entrega, para receber ins-
piração para seus poemas, sabe que
a recebe vindo de algo superior. É,
esse lado, do mestre interior que
todos nós trazemos dentro de nós
que exploro nos textos. “In” prefi-
xo de dentro; “Versus” do poema;
Universo (Único Verso, no prínci-
pio era o verbo); ou Inversos quan-
do somos confrontados no espelho
com o nosso reflexo e incapacidade
pessoal.
Quais temáticas estão sendo abor-
dadas através dos textos poéticos
apresentados nessa obra.
João Bettencourt - É um livro de
sonetos simples, não decassilábicos,
que pega num objecto normal para
nos colocar perante uma caracteris-
tica emocional e a desnuda no sen-
tido de colocar o leitor numa refle-
xão e um possível despertar. Todo
o livro é um apelo ao despertar do
amor incondicional dentro de nós.
Qual a mensagem que você quer
transmitir ao leitor através dos
textos que compõe a obra?
João Bettencourt - Somente, aquele
22. 22 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
_________________
Divulga Escritor: Unindo Você ao
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O “PEGASUS – O Cofre da Sensibilidade”
http://www.sedaeditora.pt/pesquisa/?q=Jo%-
C3%A3o%20Bettencourt%20Pegasus%20-%20
O%20Cofre%20da%20Sensibilidade
http://joaojobettencourt.wixsite.com/pegasus
http://joaojobettencourt.wixsite.com/pegasus/
contact
O “In_Versus” só pode ser lido on-line e é um
livro-oferta (gratuito)
http://www.bookess.com/read/28145-in-ver-
sus/
e_mail: joao.j.o.bettencourt@sapo.pt
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court.9822
ONDE COMPRAR
que se ama por aquilo que é (Ser e
não Ter/Querer), pode amar incon-
dicionalmente, porque não irá co-
brar nada do que foi dado, nem se
sentirá em dívida pelo que foi rece-
bido. Para isso, precisamos de uma
viagem profunda ao nosso interior,
elevando a nossa consciência atra-
vés do auto-conhecimento e depois,
ação.
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom co-
nhecer melhor o escritor João
Bettencourt. Agradecemos sua
participação na Revista Divulga
Escritor. Qual mensagem você
deixa para nossos leitores?
João Bettencourt - Junta cada pena
em teu caminho, permite-te conhe-
cer a mensagem de cada uma, para
construires as asas que te farão voar
na leveza do encontro com teu pro-
pósito e missão… faz o voo da es-
sência e da felicidade que gera um
legado! Sei que são capazes, basta
amar e sonhar, vou adorar ver-vos
voar!...
24. DIVULGA ESCRITOR
24
Escritor
Estevão
de Sousa
Crônicas de um
tempo distante
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
DIVULGA ESCRITOR
Quando, em mil novecentos e
cinquenta e sete, após quatro anos
de permanência em Angola fiquei
livre do serviço militar, na inspeção,
em Nova Lisboa, hoje Huambo, não
previa o que quatro anos mais tarde
se iria passar a nível bélico, naquele
território.
Por não ter sido apurado para o
serviçomilitar,aminhavivêncianos
acontecimentos de mil novecentos
e sessenta e um, e subsequentes, foi
praticamente de observador privi-
legiado. Digo privilegiado, porque
por diversas vezes tive ocasião de
acompanhar, muito de perto, ope-
rações das nossas tropas.
No ano de mil novecentos e
sessenta e um, então com a idade
de vinte e quatro anos, fui surpre-
endido - bem como todos os res-
tantes portugueses e angolanos que
não estavam ligados aos chamados
movimentos de libertação - com as
chacinas no norte de Angola.
Por esta altura residia em Ro-
bert Williams, hoje Caála, - locali-
zada no centro do território - onde
era funcionário público.
Alertado pelos acontecimen-
tos, o Administrador do Concelho,
temendo que os mesmos pudessem
vir a acontecer na, então, vila Ro-
bert Williams, convocou todos os
homens válidos a quem entregou
algumas armas, pertença da admi-
nistração; algumas tão velhas que
as balas, quando eram disparadas,
em vez de irem direitas, na sua tra-
jetória, iam de lado! A todos foram
indicados postos, onde ficaram
na noite de sábado para domingo
de Páscoa, de vigia. Aqueles para
quem as armas não chegaram, fo-
ram munidos de paus. Estava as-
sim constituída a defesa da vila!
Eu, por exemplo, como não tinha
sido tropa, nem na arma sabia pe-
gar. Mas… era necessário mostrar
firmeza!
Por volta do ano de mil nove-
centos e sessenta e quatro, fui colo-
cado em Salazar, hoje N’Dalatando.
Aí, tive oportunidade de, devido
24 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
25. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 25
DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR
à minha função - funcionário da
JAEA - percorrer todo o distrito do
Cuanza Norte, nomeadamente as
vilas de Quiculungo, Bula Atumba,
Pango Aluquém, Terreiro, Muca-
ba e margens do rio Dange, onde,
por serem zonas bélicas, convivi
muito de perto com as nossas tro-
pas; bastas vezes, até integrado em
colunas militares. Em todas estas
zonas existiam fazendas de café,
algumas recuperadas após terem,
em 1961, sido atacadas de surpre-
sa, e todos os seus proprietários e
trabalhadores - pretos ou brancos
- chacinados. Na altura em que por
ali andei, em todas,
sem exceção, haviam
sido construídas tor-
res, (autênticas forta-
lezas, com ameias e
tudo), onde em caso
de novos perigos, os
trabalhadores, se po-
deriam refugiar.
Cerca de seis
anos depois, - após
ter estado dois anos
e meio em Novo Re-
dondo, hoje Sumbe,
com todo o distrito
do Cuanza Sul em paz, - fui coloca-
do em Carmona, na altura, capital
do distrito do Uíge.
No Uíge, já a coisa mudava de
figura! Aqui, a maior parte do distri-
to vivia sob a ameaça das interven-
ções dos chamados “libertadores” -
como se os que por lá mourejavam,
tentando granjear o seu sustento,
sujeitos a todos os sacrifícios, fos-
sem opressores! - Transitar pelas
estradas e picadas do Uíge era ex-
tremamente perigoso, requerendo
muitas vezes proteção militar.
Nestas situações, fui algumas
vezes testemunha de quão difícil
era a vida das nossas tropas. Di-
fícil e arriscada! Não posso dizer
que tenha alguma vez presenciado
cenários de luta, mas que andei por
sítios em que nos sujeitávamos a, de
um momento para o outro, sermos
alvo de emboscadas, lá isso andei!
Se tive medo? Claro que tive!
Lembro-me de viagens por pi-
cadas, em que dos lados, só existia
mata e capim com dois metros de
altura, onde era impossível ver o
que quer que fosse, para além do
mesmo - por onde só se transitava,
com um mínimo de segurança, in-
tegrado em coluna militar - e, em
que o piso era de tal ordem irre-
gular que não nos permitia andar
a mais de dez à hora. Lembro-me
ainda de chegar a Nova Caipemba
e as autoridades militares me não
deixarem sair da povoação por, no
dia anterior, terem assassinado e es-
quartejado uma fazendeira holan-
desa e os seus empregados, ali a dois
quilómetros, quando circulavam na
estrada Nova Caipemba - Zalala.
Lembro-me de chegar ao Bem-
be e encontrar uma vila-fantasma,
onde não existia qualquer morador
civil por, numa noite, terem sido
mortos esquartejados e esventra-
dos durante um inesperado ataque
do inimigo; sendo os únicos habi-
tantes, os soldados de uma com-
panhia de tropas portuguesas que,
havia ido substituir outra, por essa
ter sido dizimada num ataque no-
turno à vila; e, onde os utentes do
salão do clube, eram... um rebanho
de cabras!
Dos muitos milhares de qui-
lómetros que percorri por aquela
Angola e do muito que vi, esta foi
a imagem que talvez mais me te-
nha marcado. Imaginem chegarem
a uma cidade fantasma, de um fil-
me do Oeste Americano, em que,
durante o dia, se não vê viva alma,
onde todas as casas se encontram
desertas. Por ali pairou
a morte!
Lembro-me ain-
da que, numa viagem
a Sacandica - pequena
povoação comercial
junto da fronteira com
o Congo - ter que atra-
vessar um rio, fazendo
equilibrismo ao longo
de um tronco, por no
dia anterior, o camion
berliet que, seguia car-
regado com mantimen-
tos, para a companhia
aquartelada em Sacandica, ter par-
tido a ponte e caído ao rio, onde
ainda se encontrava, morrendo o
motorista e perdendo-se todo o car-
regamento.
Uma das imediatas consequ-
ências deste acidente foi, chegada a
hora do almoço, - o qual nos ia ser
servido no quartel da companhia
estacionada em Sacandica - dada a
escassez de mantimentos, o que era
para ter sido bacalhau com batatas,
acabou por ser só, batatas com...Ba-
tatas!
Estes episódios e outros como
estes, constituem as “crónicas de
um tempo distante”.
26. DIVULGA ESCRITOR
26 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
Escritor Amir Neves é um prazer contarmos mais uma vez com a sua
participação na Revista Divulga Escritor, conte-nos em que momento
pensou em escrever “O Príncipe dos anjos e Raonke o aprendiz”?
Almir Neves - Foi um pedido de minha esposa que além dos poemas que
crio escrevesse também estória pratiquei, assim escrevendo estória infantil,
após, enquanto estudava a estrutura da prosa – dar vida aos personagens:
principal e antagonista; e ao meio que iria influenciar para o desenvolvi-
mento da trama - fui construindo o assunto que mais me impressionava
no momento.
ENTREVISTA
ESCRITOR
ALMIR
NEVES Que é possível
construir uma
humanidade pelo
ensinamento do
AMOR universal.
Viver a harmonia
tão desejada por
muitos.”
Almir neves nasceu, trabalhou e estudou
em Catanduva-sp, onde cursou até o
primeiro ano da Faculdade de Ciência e
Letras. Lá, residiu até meados de agosto
de 1991. Após, radicado em Araraquara-
sp, reside com a sua família e onde
trabalha atualmente.
Boa leitura!
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
27. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 27
DIVULGA ESCRITOR
Conte-nos um pouco sobre o en-
redo que compõe o livro?
Almir Neves - Um possível San-
tuário no espaço imaginário onde
Anjos vivem e auxilia os seres hu-
manos em sua jornada. Trazer pro-
teção e orientação a esses ao enfren-
tar os desafios da vida. Para isso foi
escolhido um aprendiz pelo mérito
de seu caráter como vinculo do tra-
balho do bem a ser desenvolvido na
terra.
Como foi a escolha dos nomes
para os principais personagens?
Almir Neves - A partir de três sons
vocálicos místicos criei o nome do
Raonke (o aprendiz) e Angélica
(seu amor platônico) para expressar
beleza angelical.
Qual a mensagem que deseja
transmitir ao leitor através do en-
redo que compõe a obra?
Almir Neves - Que é possível cons-
truir uma humanidade pelo ensina-
mento do AMOR universal. Viver a
harmonia tão desejada por muitos.
A quem indica leitura?
Almir Neves - A todos que desejam
um mundo melhor.
Se pudesse descrever o seu livro
“O Príncipe dos anjos e Raonke o
aprendiz”, em duas palavras, quais
palavras seriam?
Almir Neves - Amor e Bem.
O que mais o encanta nesta obra?
Almir Neves - Ser a minha primeira
estória em prosa. Colocar mais um
tijolo na construção do bem que de-
sejamos consciente ou inconsciente,
apesar de tratar-se obra de ficção. E
a luta do Raonke pelo não- violên-
cia vencer e afastar o mau aparente.
Você já participou de várias an-
tologias e coletâneas, qual a par-
ticipação que mais o cativou, por
quê?
Almir Neves - Revista do Grupo de
Poesia ‘Guilherme de Almeida’. Por
ser onde tudo começou: Catandu-
va-sp, minha querida terra natal.
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom
conhecer melhor “O Príncipe
dos anjos e Raonke o aprendiz”
do autor Almir Neves. Agra-
decemos sua participação na
Revista Divulga Escritor. Que
mensagem você deixa para nos-
sos leitores?
Almir Neves - Agradecer por vossa
simpatia e dedicação a divulgação
de novos escritores. Que toda obra
literária tem os seus leitores, são es-
ses que busco alcançar.
Versão impressa.
https://www.clubedeautores.com.br/book/
194884--O_Principe_dos_anjos_e_Raonke_o_
aprendiz?topic=arvores#.WKmSw9IrK1s
e-book:
https://www.amazon.com.br/dp/B015U1NNAM
ONDE
COMPRAR
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Mundo através da Literatura.
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28. 28 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
Escritora
Rosa
Maria
Santos
Vem Amor…
DIVULGA ESCRITOR
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
- Que frio!
Lucrécia olhou uma vez mais
para o seu leito vazio. - Desperdício
- pensava ela, desiludida e apaixo-
nada.
Esta cinzenta quarta feira esta-
va a terminar. O dia começara bem,
tinha o António a seu lado… Este
esboçou um largo sorriso e foi em-
bora. Até quando?
Olha agora a cama ainda por fa-
zer, os lençóis amarrotados e, triste,
cantarolava: - António, António, no
silêncio sepulcral daquele quarto
vazio.
As horas passavam lentas. O dia
correu de feição embora chovesse
torrencialmente. Nesse cantarolar,
meio tolo, olhava o sol que, sorra-
teiro, entrava pela janela e esprei-
tava afetuosamente, beijando-lhe o
rosto. Nada nem ninguém lhe podia
roubar o bom humor. Sim o efeito
António fazia as horas do dia cor-
rer sem percalços. Sem se aperce-
ber, largou um suspiro longo como
se quisesse respirar profundamente
aquele suave perfume que ficara ali
no ar. Todo o seu ser gritava por
António, o olhar percorria o quarto
de lés a lés, em busca de algo que
pudesse lembrar-lhe o seu amado,
algo que os ligasse fortemente, nes-
sa solidão imensa.
As horas passaram. Eram já 18
horas. Regressou a casa, deixando
para trás o raiado de um por de sol
lindo que ficara junto ao mar. Escu-
recera.
Em casa, sozinha, queria desli-
gar-se do mundo exterior e entrar
no seu mundo mágico, um mundo
dos sonhos, quiçá, o sonho doce do
olhar de António. Queria ouvir a
sua voz suave, sentir os seus arden-
tes beijos, entrar no seu paraíso e,
quem sabe, cometer loucuras, mo-
mentos de amor.
Despiu-se à pressa e deitou-se.
Tentava ainda absorver o fulgor do
seu corpo nos lençóis frios e amar-
rotados daquela cama agora ainda
cheia de solidão. No seu silêncio,
sentia ainda a sua presença. Imagi-
nava as suas mãos calejadas percor-
rendo-lhe o corpo suavemente, com
doçura. Arrepiou-se. Ufff, suspirou.
Entrou nos recantos proibidos
da sua memória, sentiu o seu desejo
erótico, amor proibido. Ai António,
vem, amor. Estou aqui.
Absorvida com os pensamentos
da noite anterior, fechou os olhos e
acabou adormecida.
Acordou estremunhada, de re-
pente, passado um tempo que nem
soube medir. Deixara o mundo lou-
co dos sonhos. Tudo na memória se
dissipou. Na sua lembrança, apenas
a imagem de António.
Ouviu passos. Saltou da cama
e correu para a sala. Não, não pode
ser!
O mesmo perfume. Era ele.
- Antóniooooo – chama. A por-
ta abre-se. E ele abraça-a com cari-
nho.
Que saudades, amor! Chegaste?
Vem, amo-te!
28 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
30. 30 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
ENTREVISTA
ESCRITOR
ALMIR
SANTOS ...os meus
personagens, tem
de tudo, de todas
as fraquezas
humanas, mais
tem sua vida
limitada pelo meu
caráter.”
Bispo Almir Nunes Santos, casado com Maria Angela
Candido Marques Nunes.
Cidade de origem, Rio de Janeiro, psicanalista,
bacharel em teologia, terminando o mestrado
em janeiro próximo; terapeuta reikiano, consultor
educacional; Ucamprominas e faculdade ISEIB;
cursa pós pela mesma em antropologia; Pastor em
Cristalina Góias, da Igreja de Cristo, é presidente
estadual da COMEM (Convenção dos Ministros
Evangélicos Mundial; cujo bispo primaz é George
Lima;) escritor já há alguns anos, com sete obras
lançada no “Clube de Autores” e antes de tudo isso,
apenas servo de Deus, sem Ele isso tudo é nada, a
quem é grato por tudo que fez em sua vida, pelos
filhos, pela família, e pelos verdadeiros amigos, pois
ninguém faz nada sozinho.
trabalha atualmente.
Boa leitura!
31. DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 31
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
Escritor Bispo Almir Santos é um
prazer contarmos com a sua parti-
cipação na Revista Divulga Escri-
tor, conte-nos o que o motivou a
ter gosto pela escrita literária?
Almir Santos - Uma mente fér-
til desde criança, contava historias
para meus irmãos mais novos, e
percebi com o passar dos anos, que
poderia passar isso tudo para o pa-
pel, tive também ainda novo, em
quem me inspirar, minha mãe, ela
vivia me contando historias; tenho
em cadernos; historias e muita coi-
sa escrita que ainda não tive tempo
para passar para o computador, es-
crever para mim, é uma terapia,
Em que momento surgiu inspira-
ção para escrita de seu romance
“Mariana – Em busca de um gran-
de amor”?
Almir Santos - Eu conheci há mui-
tos anos, uma amiga, que tinha uma
historia parecida, eu só criei algo há
mais, e mudei a cidade de sua ori-
gem, no meu livro, ela nasceu em
campo alegre de Goiás;
Comente um pouco sobre a obra?
Almir Santos - O romance “ maria-
na em busca de um grande amor” é
na verdade uma novela escrita, com
varias personagens, é a historia de
uma jovem do interior de Goiás, na
cidade de campo alegre, e que tinha
um sonho de se casar com um prín-
cipe encantado, estuda, se prepara
para o seu trabalho, e descobre a
sua vocação na policia federal, vai
para são Paulo, e lá começa seu pri-
meiro caso como agente, e de forma
inocente já se apaixona, e no fim,
descobre que as vezes o príncipe
na verdade é um sapo. E volta para
perto de sua cidade e tem vários
momentos em Brasília, uma cidade
corrupta e perigosa;
Quais os principais desafios para
construção dos principais perso-
nagens que compõe o enredo de
“Mariana – Em busca de um gran-
de amor”?
Almir Santos - Manter cada uma
das personagens, na linha que você
criou para cada uma, os seus per-
sonagens tem que sair de dentro de
você como um filho, e cada um vai
dizer a que veio, cada personagem
herda muito do que o romancista
tem por dentro, em tudo é preciso
haver limites, tanto na ficção, como
no real, quando você vê uma nove-
la televisionada, a maior parte das
personagens, mostra o caráter e as
escolhas do roteirista; posso falar
de amor, de sexo, de dinheiro, de
política, de família, sem perder ao
meus valores e a essência da alma,
e não me vender para fazer suces-
so; os meus personagens, tem de
tudo, de todas as fraquezas huma-
nas, mais tem sua vida limitada pelo
meu caráter.
32. DIVULGA ESCRITOR
32 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
Qual a mensagem que você quer
transmitir ao leitor através do en-
redo que compõe o livro?
Almir Santos - Nessa vida, nem
tudo é o que parece; pensar antes de
se apaixonar, pense antes de se casar,
e quando entrar em qualquer área
da vida, seja política, seja religião,
ou na vida amorosa, não se venda,
não vale apena, pois tudo nessa vida
tem um preço, eu vou colher lá na
frente, o que plantar aqui hoje.
A quem você indica leitura?
Almir Santos - A todos, é um livro
leve, com pequenas doses de tudo
que nós seres humanos procura-
mos, amor, carinho, dinheiro, famí-
lia, paixões, e dignidade, nesse ro-
mance poderão ler e descobrir que
eu faço o meu destino, eu escolho
como eu quero o resultado final da
minha vida, e esse é só o um, ainda
tem o segundo fascículo, onde ela
vai voltar a suas origens, mais não
será fácil.
Quais os seus principais objetivos
como escritor?
Almir Santos - O que todo escritor
sonha, um livro que venha fazer a
diferença na vida de alguém, eu es-
taria sendo hipócrita se dissesse que
não gostaria de um best-seller que
me trouxesse fama e dinheiro, mais
não é isso que busco, isso pode até
vir a acontecer, mais se eu souber
que um dos meus livros ajudou al-
guém, ajudou uma família, mudou
um casamento, resgatou filhos, eu
me sentiria sim realizado, eu não
escrevo para conta bancarias, eu es-
crevo para vidas,
_________________
Divulga Escritor: Unindo Você ao
Mundo através da Literatura.
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www.divulgaescritor.com
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom co-
nhecer melhor o escritor Bispo
Almir Santos. Agradecemos sua
participação no projeto Divulga
Escritor. Que mensagem você dei-
xa para nossos leitores?
Almir Santos - Leia; busque co-
nhecimento, pois as pessoas podem
até lutar para tirar algo da sua vida,
seja dinheiro, casa, bens mátrias, e
até pessoas, mais o que jamais al-
guém pode tirar de dentro de você,
é CONHECIMENTO, estudar,
pesquisar, será sempre útil para to-
dos, existem duas arma poderosas
usada pelo homem, um revolver e
uma caneta, os dois podem matar,
mais só um pode trazer de volta a
vida, A CANETA USADA NAS
MÃOS CERTAS, PODE MUDAR O
MUNDO; UM REVOLVER TODO
MUNDO PODE USAR, MAIS
UMA CANETA . SÓ OS HOMENS
INTELIGENTES.
Clube de autores: é só entra no site
www.clubedeautores.com, e clicar
BISPO ALMIR NUNES
Lá tem vários livros já publicado; livros na área
teológica, na área da psicanálise, e romance
ONDE COMPRAR
33. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 33
DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 33
Escritor
José
Lopes
da Nave
BRAÇADO DE FLORES
DIVULGA ESCRITOR
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
Criança,
quando
ao longe te vejo,
caminhando
graciosamente,
com
um braçado de flores
que
te perfumam o rosto
e
no campo,
delicadamente,
recolheste,
azuis, róseas,
a enaltecer –te a face,
angelical,
meu olhar
em ti se detêm,
te acompanha
no passo,
embevecidamente.
Criança és a suavidade da natureza.
Criança, és a continuidade do presente.
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 33
Sequiosas
são as penas de amor,
a acompanhar
os dias floridos de azul
embriagantes de cor,
mas vividos em soledade.
Sequiosos
são os dias perdidos,
reflectindo o futuro apartado,
dorido que me acompanha,
desde o sol nascer,
até ao anoitecer.
Sequiosas
são as noites de solidão
vividas no isolamento,
em profunda meditação,
na esperança do porvir
auspicioso, que me contente.
Assim, existem dias!
E, impassível me sinto.
IMPASSIBILIDADE
34. 34 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Escritora
Helena
Santos
VIVER O PRESENTE
DIVULGA ESCRITOR
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
A vida só sabe correr
O Tempo não perde tempo
O que foi perdido, não será recupe-
rado
Mas pouco se aprende
Amarramo-nos ao passado
E perdemos o presente
Quem nos entende?
O ontem apenas serve de ensinamen-
to
Já nada muda
E se não estivermos atentos
Embrulha-nos em sofrimento
Ignorar um amor de sempre
Que está mesmo à sua frente
Agarrando-se a mágoas de antigamente
Só de alguém que tem medo do que sente
E prefere esconder-se
A assumir que o amor
Continua efervescente
E que na fuga ou rejeição
Encontra o porto seguro
Quanto engano e ilusão
É próprio de quem não controla
Nem o corpo, nem a mente
Tampouco o coração
Se o passado é dor
O futuro enganador
Apostemos no presente
É nele que mora o Amor!
www.divulgaescritor.com | abr/mai 201734
35. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 35
DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR
O dia amanheceu sem cor,
deixei de vislumbrar o meu amor
e senti-me a perder fulgor
Ainda que assaltada pelo desanimo,
decidi salvar o dia, pintando-o de alegria
e por arrasto, também eu ganharia
Pelas frestas das janelas,
o perfume das rosas do meu canteiro
invadiu o minha alma
e algo de bom se adivinhava
Como a rua por mim esperava
vesti-me do jeito que gostava,
simples e prática, com sapatilhas a condizer
e um lindo laçarote prata
que contrastava com o meu cabelo negro
agora curto, mas que muito me encanta
E tanta luz iluminou o meu olhar,
que tinha acordado sem vontade de brilhar
Maquilhada já estava
com a minha beleza natural
e com a confiança que me é peculiar
saí e enfrentei a vida com passos firmes
Andei sem destino, apenas me soltei
ciente de que uma batalha estava ganha
e de que a guerra não me iria escapar
De repente o céu apresentou-se multicor
no horizonte descobri o meu amor
e os sorrisos, ai os sorrisos
rasgaram-me os lábios e nem senti dor
Quem se atreveria a estragar um dia
sabendo que me teria como adversária
habituada a lutar e a vencer,
tendo como armas
apenas o amor, simplicidade e a harmonia?
Assim,
em vez de perder, salvei e desfrutei de mais um dia
SALVE-SE O DIA
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 35
36. 36 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
36
ENTREVISTA
ESCRITORA
ANA PAULA
QUINTANILHA
BASTOS DE
JESUS Os mais difíceis
é recepcionar
esses alunos e
o professor não
está preparado
para receber em
sua turma, esse
é um grande
entrave da
inclusão.”
Ana Paula Quintanilha Bastos de Jesus, mestranda em
Ciências da Educação pela UNIVERSITY UNIGRENDAL,
graduada em Letras pela Unisa, Pós-Graduada em Educação
Especial Inclusiva pela FGF – Faculdade Integrada da
Grande Fortaleza, Complementação Pedagógica em Artes
Visuais pela Faculdade Uni-Ítalo. Tem sua experiência
voltada para Educação Especial, Professora de Espanhol
pela Prefeitura Municipal de Embu das Artes e de Artes no
Estado de São Paulo. Apresentou um trabalho intitulado: Os
Entraves da Inclusão dos Alunos Surdos no Ensino Regular,
no Congresso da Faculdade Polis das Artes, tendo como
titulo “Compartilhando Saberes: Sonhos, Experiências
e Possibilidades”, no Embu das Artes. Desenvolveu um
trabalho voltado para Inclusão na SAED – Sala de Apoio ao
Estudante com Deficiência, preparando material pedagógico
para que os alunos possam interagir com todos (Inclusão
Social).
Boa leitura!
37. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 37
DIVULGA ESCRITOR
Escritora Ana Paula Bastos, seja
bem-vinda à Revista Acadêmica
Online. Pode-nos dizer os moti-
vos do seu profundo interesse nas
Ciências da Educação?
Ana Paula - O meu interesse é po-
der contribuir com a formação dos
professores.
Algum fato da vida cotidiana ou
ideologia contribuem para sua
dedicação?
Ana Paula - O fato foi ao ingressar
no Município de Embu das Artes e
me deparei com a inclusão e quis
me aprofundar nas pesquisas sobre
inclusão.
O que é a Educação Inclusiva?
Ana Paula - A educação inclusiva
é uma ação educacional humanísti-
ca, democrática, amorosa, mas não
piedosa, que percebe o sujeito em
sua singularidade e que tem como
objetivos o crescimento, a satisfação
pessoal e a inserção social de todos.
Muito, pois o benefício seria fazer
parte de todo o processo de ensino
aprendizagem sem prejuízo, bem
como todo o tipo de inclusão.
Conte-nos sobre o seu novo livro:
“Inclusão sem Medo - Uma Co-
letânea de artigos”. Como surgiu
essa ideia?
Ana Paula - Bem o livro surgiu
após várias pesquisas para compor
minha dissertação do mestrado
juntei os artigos para dividir mi-
nhas pesquisas com as pessoas que
procura aprender um pouco mais
sobre a inclusão é ainda tem um
pouco de receio.
Como está organizada a estrutura
do seu livro. Onde nossos leitores
poderão encontra-lo? Informe-
Por Giuliano de Méroe
-nos os endereços disponíveis, por
favor.
AnaPaula- O livro foi selecionados
4 artigos sobre inclusão e pode ser
encontrado pelo site: www.agbook.
com.br logo mais estará disponível
nas livrarias.
Os estudos do seu livro apontam
determinados problemas à Edu-
cação Inclusiva, no tocante ao En-
sino Fundamental e Superior. Na
sua observação como escritora,
quais são os mais difíceis?
Ana Paula - Os mais difíceis é re-
cepcionar esses alunos e o professor
não está preparado para receber em
sua turma, esse é um grande entra-
ve da inclusão. Outro ponto seria a
família também não está preparada
para ter um ente com limitações, e
assim dificulta o trabalho da escola.
38. DIVULGA ESCRITOR
38 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
Observamos em suas matérias,
também como nossa Colunista,
que menciona com frequência al-
guns documentos como: Declara-
ção de Salamanca (1994), a Cons-
tituição de 1988, o ECA (Estatuto
da Criança e do Adolescente) e a
Declaração Internacional de Mon-
treal (2001). Por quê essas confe-
rências internacionais são tão ne-
cessárias à Educação?
Ana Paula - São essas leis que ga-
rantem os direitos dos deficientes
hoje, pois muitas das vezes temos
que recorrer as lei para ter seus di-
reitos garantidos e assim fazerem
parte do processo de inclusão.
Na prática, como é realizado o tra-
balho de Inclusão dos alunos com
necessidades especiais, em sala de
aula?
Ana Paula - Primeiro o professor
deve estar qualificado para atender
esse aluno, o mesmo deve fazer par-
te de todas as atividades dentro das
suas limitações.
Sobre os estudantes surdos, em
sua opinião quais as práticas de
ensino, e pedagogias adequadas,
alcançam os melhores resultados
à aprendizagem?
Ana Paula - As praticas devem ser
adaptada para os alunos surdos, esse
aluno deve ter contado com as duas
línguas que ainda e uma raridade
acontecer, pois requer adequações e
interprete de libras para todos que
necessitam.
No seu dia a dia como educadora,
você pode notar certas precauções
mesquinhas contra os portadores
de necessidades especiais?
Ana Paula - Às vezes noto princi-
palmente dizerem que são capazes
de fazer sem ao menos deixar tentar
desenvolver o que lhe foi proposto.
Como pesquisadora no Mestrado
em Ciências da Educação, quais
os autores que se afinam com seu
modo de pensar?
Ana Paula - GLAT R, FERNAN-
DES EF. Da Educação Segregada à
Educação Inclusiva: uma Breve Re-
flexão sobre os Paradigmas Educa-
cionais no Contexto da Educação
Especial Brasileira. Revista Inclu-
são: MEC/SEESP. 2005; 1(1). LIMA
PA. Educação Inclusiva e igualda-
de social. São Paulo; AVERCAMP,
2002. PAULINO, Marcos Moreira;
SANTOS, Mônica Pereira dos. In-
clusão em educação: culturas, polí-
ticas e práticas. São Paulo: Cortez,
2008. MITTLER P. Educação Inclu-
siva: Contextos sociais. 1ª. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2003. Indico esses
autores para futuros pesquisadores
A Revista Acadêmica Online
agradece sua participação. Esta-
mos gratos em conhecer um pou-
co mais de sua área e suas ativida-
des afins. O que recomendaria aos
professores iniciantes, e àqueles
que almejam os mesmos passos
como educadores?
Ana Paula - Bem aos incitantes re-
comendo que façam sempre pes-
quisas e procurem sanar todas as
duvidas que tiverem ao receber um
aluno com deficiência, procura sem
entregar esse alunos em todas as
atividades respeitando suas limita-
ções excluir jamais.
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41. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
41
ENTREVISTA
ESCRITORA
CARMEN
LÚCIA
HUSSEIN A arte literária
necessita
de muita
dedicação para
ser elaborada
e criada com
beleza e a
pesquisa
científica
precisa
também.”
Autora de 21 livros, Carmen Lúcia Hussein, é destaque na literatura
internacional.
Carmen Lúcia Hussein é poeta e professora universitária . Doutora e
com Pós-doutorado em Psicologia Escolar no Instituto de Psicologia na
USP. Tem 21 livros de poesia sendo 1 livro traduzido em italiano, francês,
inglês e espanhol e outro em espanhol. Participou em 129 Antologias
tendo 68 divulgadas no exterior sendo 36 nos países lusófonos e 15
nos países latinos (espanhol). Pertence a Academias (9) e associações
(4) no exterior (-Lisboa, - Galiza, - Valparaiso,NLABA-Buenos Aires; Divine
Académie-Paris- Grande Embaixadora; ALB-Suíça; Coninter-RJ; DelMundo-
Santiago,CEMD-Diáspora (Mo); ACIMA-Milão; WPS-Canadá. E a entidades
(11) e associações(3) nacionais. Prêmios nacionais e no exterior
recentes. Prêmio “Melhores Obras Do Mundo“ a poesia (Ser objeto) pela
Rebra na Antologia comemorativa de 18 anos. Medalha de Confreira da
Cultura Coninter - Artes. Prêmio Machado de Assis de Honra ao Mérito
Cultural L-Lisboa-Pt. Altas Insígnias outorgadas pela Divine Académie
- (Paris). Menção Honrosa a Poesia (Eternidade) no III Prêmio Varal do
Brasil em Genebra. Prêmio Excelência pelo CEMD (Diáspora Mo)..e CIEE-
GalíciaTem livros divulgados em Lisboa e em Santiago de Compostela,
Galícia Mora hoje em São Paulo e nasceu em Taubaté.
Boa leitura!
42. 42 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Escritora Camen Lúcia Hussein,
é um prazer contarmos com a sua
participação na Revista Divulga
Escritor, conte-nos o que mais a
encanta na arte literária?
Carmen Hussein - Gosto de poeti-
zar com poucas palavras e com be-
leza.
Hoje, você tem um grande núme-
ro de livros publicados abordan-
do diferentes temáticas. Como foi
surgindo estes diferentes gostos
literários?
Carmen Hussein - Tenho 2 livros
profissionais. E depois surgiram os
de poesia. Tenho 21 livros de poe-
sias
De forma geral qual a mensagem
que você quer transmitir aos leito-
res através da sua escrita literária?
Carmen Hussein - Quero transmi-
tir na poesia os dramas e a beleza da
existência. Nos livros de Psicologia
Educacional a verdade da ciência.
Qual o livro que demorou mais
tempo para ser escrito e publica-
do? Quais os principais desafios
para escrita deste livro?
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Carmen Hussein - O livro mais
difícil foi ”A Casa Amarela” que é
a vida minha, do meu marido e fi-
lhos. O principal desafio foi escre-
ver sobre a doença e morte do meu
filho.
Qual o livro que demorou menos
tempo para ser escrito e publica-
do?
Carmen Hussein - O livro que de-
morou menos tempo para ser escri-
to e publicado foi “ A Casa da Rua
XV-Versos.”
O que a motivou a escrevê-lo de
forma mais intensa que os demais
livros publicados? Comente sobre
o livro
Carmen Hussein - È um livro de
poesias sobre a minha infância e ju-
ventude na minha c idade Natal que
é Taubaté.
Qual o livro que alcançou um
maior número de vendas? O que
mais a encanta nesta obra?
Carmen Hussein - Os livros mais
divulgados foram os livros de poesia
meditativa e religiosa como” Medita-
ções”,” Poemas Contemplativos “e O
ypê roxo no jardim.”. Gosto deles por
darem novos ângulos de vida..
Você já participou de várias anto-
logias e coletâneas, qual a partici-
pação que mais a cativou, por quê?
Carmen Hussein - Foram as An-
tologias iniciais já que descobri na-
quela ocasião que era poeta.
Se pudesses descrever sua carreira
literária em duas palavras quais
seriam?
Carmen Hussein - A minha carrei-
ra literária me possibilitou a realiza-
ção e a satisfação de criar poesia e
textos científicos de psicologia.
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom co-
nhecer melhor a escritora Carmen
Lúcia Hussein. Agradecemos sua
participação na Revista Divulga
Escritor. Que mensagem você dei-
xa para nossos leitores?
Carmen Hussein - A arte literária
necessita de muita dedicação para
ser elaborada e criada com beleza
e a pesquisa científica precisa tam-
bém.
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DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 43
Escritor
Marcos
Freitas
DIVULGA ESCRITOR
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 43
QUADRA DA ESPERANÇA
o vento do mar
o roçar do chão
a semente lançada
agonias e solidão
ano após ano
a mesma ilusão
promessas de chuva
e nada no sertão
O TEMPO SEM QUANDOS
quando vim para cá
o tempo espichou o sol.
a noite acabrunhou-se calada.
a chuva que chovia, deu-se a chover sem parar.
a noite tornou-se dia, de tanta água a transbordar,
das sarjetas e bueiros, primeiro,
das ruas, casas e lagos, após.
quando vim para cá
o tempo espichou o sol
e a mim, corpo-estrito, sem os meus, sem quandos.
LILÁS
na seca caatinga
leveza e beleza:
outono de jitiranas
MARCOS FREITAS – nasceu em Teresina, Piauí, 1963.
Engenheiro e Poeta. Professor Universitário. Publicou os
livros “A vida sente a si mesma”, “A terceira margem sem
rio”, “Na curva de um rio, mungubas”, “Inquietudes de
horas e flores”, “Na tarde que se avizinha e outros poe-
mas”, “Sentimento oceânico”, “Que venha a seca”, dentre
outros. Filiado à Associação Nacional de Escritores -
ANE e à União Brasileira de Escritores – UBE. Página na
web: www.emversoeprosa.blogspot.com
TEMPOS EPÍGEOS
no endorso do tempo
(hilo distante)
a quebra da dormência tegumentar:
sementes de novos sonhos?
escarificações e embebecimentos
para a água da vida.
enquanto o povo dorme,
nova plântula germina.
44. 44
DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
ENTREVISTA
ESCRITOR
FERNANDO
JACQUES DE M.
PIMENTA - JAX
Além da criação
de personagens
e situações, a
prática literária
oferece-me
oportunidade
de comunicar-
me com outras
pessoas. Essa
possibilidade de
comunicação foi
especialmente
importante na
infância e na
adolescência,
dada minha
relativa timidez.”
JAX, ESCRITOR-CARTUNISTA, COM DIPLOMACIA
SE DESTACA NA ARTE LITERÁRIA
Autor Fernando Jacques de Magalhães Pimenta, publica sob
o pseudônimo JAX, nascido na cidade do Rio de Janeiro, em
2 de junho de 1952
Filho de Jacques da Costa Pimenta e Malvina Magalhães
Pimenta. Neto do cidadão português Fernando da Costa
Pimenta Formado pelo Instituto Rio-Branco, do Ministério das
Relações Exteriores (Diplomacia) e pela Universidade Federal
do Rio de Janeiro (Direito). Mestrado de Ciência Política,
Universidade George Washington, EUA. Exerceu funções do
Serviço Exterior brasileiro em Luanda (1976-77), Washington,
DC (1978-82), Bruxelas (1990-93), Montevidéu (1993-95),
Montreal (1999-2004), Vancouver (2007-11), Assunção
(2011-16) e São José (2016-...). Autor dos livros Traços e
Troças (2015) e Ibitinema e Outras Histórias (2016).
Apreciador de cinema, música, literatura e HQ.
Boa leitura!
45. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 45
DIVULGA ESCRITOR
Escritor JAX, para nós é uma hon-
ra contarmos com a sua participa-
ção na Revista Divulga Escritor,
conte-nos o que o motivou a ter
gosto pela escrita literária?
JAX - Sempre gostei muito de ler e,
desde as primeiras leituras, sentia
vontade de também produzir mi-
nhas próprias histórias. Ainda as-
sim, demorei a pôr em prática esse
projeto de escrever. Inicialmente,
meu passatempo resumia-se a de-
senhar histórias em quadrinhos.
Comecei a fazê-las e a criar meus
personagens já a partir de uns cinco
anos de idade. No caso da literatu-
ra, os primeiros textos surgiram na
adolescência. O pioneiro, uma crô-
nica intitulada Sonhos de Rei, data
de 1968, sendo seguida por várias
outras histórias. Houve longo inter-
valo nessa “produção” no início dos
anos oitenta (também no caso das
HQ). Em 2011, voltei a dedicar-me
à elaboração de textos e desenhos.
O que mais o encanta na arte lite-
rária?
JAX - Tudo que representa criação
exerce grande atrativo em mim.
Como nunca tive a menor inclina-
ção ou talento para outras formas
de criação, como a música, minha
tendência foi apegar-me ao que
conseguia produzir e agradar ao pú-
blico próximo - parentes e amigos
que liam meus textos e desenhos,
estimulando-me a prosseguir. Além
da criação de personagens e situa-
ções, a prática literária oferece-me
oportunidade de comunicar-me
com outras pessoas. Essa possibili-
dade de comunicação foi especial-
mente importante na infância e na
adolescência, dada minha relativa
timidez.
Por Shirley M. Cavalcante (SMC) Como foi a escolha do títu-
lo para o seu livro “Traços
e troças”?
JAX - Eu planejava chamar
o futuro livro de “Rabiscos”,
até saber que um amigo ha-
via lançado obra com de-
nominação quase idêntica.
Mantendo a ideia de um
trabalho iniciante, em que o
autor meio que rabisca suas
criações, a opção Traços e
Troças pareceu-me adequa-
da, ainda mais porque guar-
daria perfeita relação com
os traços dos desenhos e com o fato
de boa parte do conteúdo do livro
pertencer ao domínio do humor.
Quando me reuni pela primeira vez
com os responsáveis pela Editora
Lamparina Luminosa, eles também
reagiram favoravelmente ao título
proposto e assim ficou.
Comente sobre o livro
JAX - Sendo minha primeira aven-
tura de publicação, procurei reunir,
no livro, textos e desenhos diversos,
de variadas épocas, que possam ofe-
recer um espectro amplo de ideias e
experiências que vivi, presenciei ou
simplesmente imaginei, embora, no
último caso, sempre relacionadas a
algo o mais próximo da realidade. A
temática cobre desde situações mais
corriqueiras, do cotidiano - como
o “drama” de um cidadão com sua
doméstica, que não coincide com
seu senso de arrumação -, até casos
que refletem o absurdo da existên-
cia humana, em especial a aparente
incapacidade das pessoas de alte-
rarem seu destino, sua realidade,
como o homem que foi andando até
descobrir que estava sem pernas.
Qual a mensagem que você quer
transmitir ao leitor através dos
textos que compõe “Traços e tro-
ças”?
JAX - É difícil resumir, mas em ge-
ral espero transmitir mensagens
positivas, como o valor do amor e
da amizade, a necessidade de tole-
rância, de compreensão em relação
ao próximo, sem prejuízo, natural-
mente, da igual necessidade de re-
voltar-se ante a injustiça e os com-
portamentos desumanos. Procuro
apontar, igualmente, a conveniência
de encarar a vida com bom humor
(desesperar, jamais, como prega
uma célebre canção brasileira). Em-
bora meu senso de humor possa
assumir, ocasionalmente, matizes
de sátira contundente, no mais das
vezes busco enfoques mais amenos
e descontraídos, em provável sinto-
nia com a relativa ingenuidade dos
anos cinquenta e sessenta, tão caros
para mim.
Quais os principais desafios para
escrita do seu livro “Ibitinema e
Outras Histórias”?
JAX - No caso do conto principal,
Ibitinema, transformar memórias
dos tempos da infância em maté-
ria de interesse para quem vier a
ler, pela identificação de circuns-
tâncias ou de personalidades que
46. 46 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
não se limitam a um ambiente fa-
miliar único. Nem sempre é viável
dar universalidade a tudo. Procurei
equilibrar-me entre o muito espe-
cífico e o que poderia representar
um ou outro aspecto mais geral. Os
demais textos foram talvez menos
desafiantes. Dão continuidade ao
meu propósito de narrar situações e
sentimentos variados, além de pres-
tar certo tributo a pessoas (sempre
com nomes fictícios) e a lugares que
prezo, como o Rio de Janeiro e o
bairro da Tijuca, Arraial do Cabo,
Pirapetinga e Ibitinema.
De que forma estes desafios foram
superados?
JAX - Da forma mais simples possí-
vel: relendo e repensando o que es-
crevia, para evitar erros narrativos
e, sobretudo, interpretações equivo-
cadas. Quando se trata de pessoas,
sobretudo de pessoas queridas, é
importante tomar cuidado para não
incorrer em depreciações ou em ju-
ízos precipitados. Como gosto, em
geral, de dar um tempo para que a
narração “decante”, não encontro
dificuldade em reler e, quando ne-
cessário, refazer o que escrevi antes.
O que mais o encanta nesta obra?
JAX - O fato de dois de meus filhos
haverem participado com ilustra-
ções. Além disso, “Ibitinema e Ou-
tras Histórias” causaram-me tanta
satisfação quanto “Traços e Troças”.
São duas obras que evocam sau-
dosas lembranças de amigos e dos
tempos vividos nos lugares por
onde passei, com destaque para Rio
(Tijuca), Ibitinema, Pirapetinga e
Arraial do Cabo. Representam, am-
bas, a concretização do sonho de
ser escritor. O segundo livro ainda
me permitiu o prazer de lançá-lo no
sítio onde se desenrola o conto cen-
tral, hoje uma bela casa de eventos,
o Engenho (pertencente a minhas
primas Amélia e Wilmary), e numa
linda cerimônia, da Academia de
Letras de Pirapetinga, MG.
O que o motivou a escrever crô-
nicas?
JAX - A crônica é um gênero lite-
rário que logo figurou em minhas
primeiras leituras e que sempre me
agradou pela singeleza, bem como
pela graça da maioria dos textos
lidos. Como carioca que sou, sinto
as crônicas indelevelmente associa-
_________________
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das à minha cidade (embora céle-
bres cronistas brasileiros não sejam
oriundos do Rio). Esse sentimento
terá certamente influenciado minha
preferência pelo gênero, ao lado da
minha tendência à concisão.
Pois bem, estamos chegando ao fim
da entrevista. Muito bom conhecer
melhor o escritor JAX. Agradece-
mos sua participação na Revista
Divulga Escritor. Que mensagem
você deixa para nossos leitores?
JAX - Desejo agradecer à Revista a
oportunidade de apresentar-me a
seus leitores e solicitar àqueles que se
interessarememlerqualquerumadas
duas obras a gentileza de encaminhar
eventuais comentários diretamente
à editora. Como escritor-cartunista
precavido que sou, permito-me en-
carecer, de antemão, que, por favor,
não insultem minha santa mãezinha,
nem o meu querido Fluminense F.C.,
o melhor time de futebol do mundo.
48. 48 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Palestrante
Roberto
Patzlaff
NEUROVENDAS
DIVULGA ESCRITOR
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
www.divulgaescritor.com | abr/mai 201748
Durante muitas décadas estudos neu-
rocientíficos tiveram um aumento significa-
tivo procurando entender de maneira mais
clara de que forma o cérebro influência nos
comportamentos dos seres humanos. Dentro
deste contexto podemos dizer que as neuro-
ciências estudam a relação do cérebro com
o comportamento e trata-se também de um
campo interdisciplinar como várias outras
disciplinas; neuroimagem, neuroquímica,
neuroanatomia, neurofisiologia, genética,
psiquiatria, psicologia, pedagogia e neurolo-
gia. Todas essas disciplinas formam as “neu-
rociências”.
Neurociência é o estudo do sistema
nervoso. Sua estrutura, seu desenvolvimen-
O cérebro para resultados
to, funcionamento, evolução, relação com o
comportamento e a mente e também suas
alterações.
Existem várias maneiras de estudar o
sistema nervoso que é um dos mais comple-
xos, desde microscopicamente até as relações
corpo e ambiente, comportamental como
andar e falar ou comportamentos encobertos
como pensar, imaginar e sonhar.
Neurovendas é o estudo do comporta-
mento do consumidor, o que faz com que ele
tome a decisão de compra.
Nossa neurologia inclui não apenas os
processos mentais invisíveis, mas também as
reações fisiológicas a ideias e acontecimen-
tos. Uns refletem os outros no nível físico.
49. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 49
DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 49
Corpo e mente formam uma unida-
de inseparável, um ser humano.
80% das decisões de compra
são tomadas de forma inconsciente.
O ser humano processa grande par-
te dos estímulos sensoriais no nível
inconsciente e já foi inclusive com-
parado a um iceberg.
O ser humano compra com a
emoção e justifica com a razão. A
maioria das nossas decisões estão
ligadas as nossas emoções, memó-
rias, crenças, valores e identidade.
As nossas emoções constituem um
rigoroso sistema de sinais a respeito
de nossas relações com nosso mun-
do interno, com o nosso mundo
externo, com o outro e com nossos
grupos sociais e isto se dá num nível
inconsciente.
Você sabia que algumas lojas de
roupas mantêm o ar-condicionado
numa temperatura mais elevada
durante o inverno, para que o clien-
te tenha a sensação de que o tem-
po está ainda mais frio e, com isso,
convencê-lo a comprar agasalhos? E
que algumas lanchonetes borrifam
aroma de bacon em seu ambiente
para aguçar o paladar dos clientes?
Ou ainda que a música de uma loja
ou a essência que os consumidores
sentem ao entrar nela podem não
ser por acaso?
A esses recursos utilizado por
muitas empresas, principalmente
no setor do varejo, damos o nome
de marketing sensorial, ele tem
como propósito, despertar os dese-
jos, impulsos, motivações e reações
para então fixar a marca, o produ-
to ou o serviço, criando sensações
através dos 5 sentidos humanos,
formando assim um vínculo emo-
cional com o consumidor e estimu-
lando sua percepção para os produ-
tos nas gôndolas”.
Como os consumidores tomam decisões de compra?
Dentro da estrutura fisiológica do cérebro, existe internamente, uma
representação de 3 cérebros que é chamado por muitos de cérebro triádico.
O cérebro está organizado em três partes e que atuam como órgãos
separados, com diferentes estruturas e funções celulares diferentes.
O tronco cerebral fica na parte superior da coluna vertebral, na base
do crânio. Essa camada é chamada o “cérebro reptiliano” assim chamada
porque a partir de todos os vertebrados, répteis a mamíferos têm um. Esta
é a estrutura do cérebro que controla em última análise, ações e decisões.
As pesquisas em neurociências demonstram que, embora os três cére-
bros comunicam uns com os outros, cada um tem uma função especiali-
zada:
• O “cérebro analítico” córtex. Pensa. Ele processa os dados racionais e
suas partes deduções com os outros dois cérebros.
• O “cérebro emocional” límbico. Sente. Ele processa emoções e intui-
ções e também compartilha suas descobertas com os outros dois cére-
bros.
• O “cérebro decisório” reptiliano. Decide. É preciso a entrada de outros
dois cérebros, mas ele controla a tomada de decisão final do processo.
Depois de saber que o verdadeiro decisor é o cérebro reptiliano, suas
vendas inteiras e estratégias de marketing devem aplicar os princípios de
comunicação completamente direcionados para este, a fim de ser mais im-
pactante e eficaz os seus resultados.
Quer saber mais sobre “NEUROVENDAS”?
Participe de um curso específico sobre “Neurovendas”
no Instituto Humanos. www.institutohumanos.com.br
50. DIVULGA ESCRITOR
50 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
ENTREVISTA
ESCRITOR
HELDER
MOURA
Mas, não posso
negar que me
diverti muito com
a Turma da Língua
Impiedosa, que
não é exatamente
um personagem,
mas que expressa
o fenômeno da
comunicação como
algo tão inerente
ao humano, em
qualquer época ou
circunstância.”
Nascido em 1957, em Campina Grande (Paraíba),
Hélder Moura ingressou no jornalismo em 1983
na Gazeta do Sertão, onde se tornou editor-chefe,
atuando sempre no colunismo político. Venceu
alguns prêmios de poesia e, em 1985, lançou
o livro Coração de Cedro. Já em João Pessoa,
se tornou colunista do jornal Correio da Paraíba,
desde 1992 e, em seguida, apresentador da
TV Correio (Rede Record), onde ganhou vários
prêmios de Imprensa. É também professor
universitário do Instituto Federal da Paraíba, onde
leciona sobre algoritmos e lógica. Atualmente,
edita blog no Jornal da Paraíba (Rede Globo),
sobre política e também sobre viagens, humor e
literatura.
Boa leitura!
51. DIVULGA ESCRITOR
www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 51
Escritor Helder Moura é um
prazer contarmos com a sua
participação na Revista Di-
vulga Escritor, conte-nos o
que mais o encanta na arte
de escrever?
Helder Moura – Respondo
me apropriando das palavras
do personagem Aparício, no
contexto de “Dom Agápi-
to”: “A criação é um processo
tormentoso. Quem se dispõe
a essa aventura, sabe como é
sofrer para parir a sua cria. É
um parto do qual não se esca-
pa impune. Deixa marcas, fe-
ridas profundas, cicatrizes que
o infeliz é obrigado a carregar
pelo resto da vida. Mas, ape-
sar da perversidade das do-
res, também traz uma alegria
sublime. Criar é quase como
brincar de Deus. Talvez até
seja. Quem sabe não seríamos todos
nós partes integrantes de um grande
romance, escrito por ordem superior,
sem, obviamente, termos a consciên-
cia perfeita disso.”
Em que momento surgiu inspi-
ração para escrita do enredo que
compõe o seu livro “O Incrível
Testamento de Dom Agápito”?
Helder Moura – Na minha ado-
lescência de leitor ávido, eu havia
encontrado referências a Óbidos
num livro de memórias de Érico
Veríssimo, “Solo de Clarineta”, fi-
quei fascinado pelo castelo e de-
cidi, um dia, conhecer a cidade.
Aconteceu muito tempo depois,
durante uma viagem a Portugal,
em 2004, creio. Então, enquanto
andava pelas muralhas, vendo do
alto as ruas e travessas e as pessoas
indo e voltando, toda a história me
Por Shirley M. Cavalcante (SMC)
ocorreu, assim, de repente. Mas,
como eu não tinha à época preten-
sões literárias, quando cheguei ao
hotel apenas rabisquei uma espé-
cie de esqueleto, um projeto de li-
vro e esqueci. Só que, anos depois,
em 2011, o demônio da literatura
me fez encontrar o material e de-
cidi encarar o desafio de escrever
o romance. O livro foi lançado,
em Lisboa, em julho de 2012, pela
Editora Chiado, de Portugal. Logo
depois, também na Bienal de São
Paulo. Em janeiro de 2013, voltei a
Portugal e, a convite do Conselho
Municipal (Prefeitura), lancei tam-
bém em Óbidos. O livro esgotou
ao longo daquele ano, foi quan-
do fiz contrato com Editora Miró,
que lançou a 2ª edição. No final de
2016, fui a Óbidos para participar
do Folio (Festival Literário Inter-
nacional) e lançar a 4ª edição.
Quais os principais desafios
para escrita do enredo que
compõe a obra?
Helder Moura - Primei-
ro deles foi ter uma ideia.
Ideias não se vendem em
gôndolas de supermercado.
Depois, claro, começar. Co-
meçar e obstinar para pros-
seguir com os bons ventos
da inspiração. Afinal, não
são raros os momentos em
que sobrevém uma terrível
calmaria. Tudo para. Faltam
palavras, sobra desânimo.
E se não houver obstinação
realmente, naufraga. De-
pois, vem a publicação, que
também é um desafio e tan-
to. Por fim, encontrar quem
leia. Livro é para ser lido.
Senão, de que valeria con-
tar uma história, se não há
quem escute?
Dizem que os personagens têm
muito do autor. Qual dos perso-
nagens de “O Incrível Testamen-
to de Dom Agápito” tem mais de
você? Por quê?
Helder Moura - Bem, eu poderia
dizer que todos os personagens
têm muito de mim, e nenhum
deles em especial tem mais. Foi
a sensação que tive ao escrever.
Mas, não posso negar que me di-
verti muito com a Turma da Lín-
gua Impiedosa, que não é exata-
mente um personagem, mas que
expressa o fenômeno da comuni-
cação como algo tão inerente ao
humano, em qualquer época ou
circunstância.
Se pudesses descrever o livro em
duas palavras, quais seriam?
Helder Moura - Malícia e cobiça.
52. 52 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Quais os principais hobbies do es-
critor Helder Moura?
Helder Moura – Ler, ler e ler. De-
pois, viajar.
Você é um dos coordenadores do
projeto “Sol das Letras” um even-
to literário de referência na cida-
de de João Pessoa, conte-nos um
pouco sobre o projeto.
Helder Moura – A ideia do proje-
to surgiu durante lançamento de
“Dom Agápito” na Feira de Livros
deFrankfurt,em2013.Naqueleano,
o evento era dedicado à literatura
brasileira. O Ministério da Cultura
organizou um grupo com 70 escri-
tores de todo o País, mas, lamenta-
velmente, nenhum da Paraíba. Eu
viajei a convite do Governo alemão.
Lá, em conversas com outros escri-
tores, percebi que praticamente não
conheciam a literatura contempo-
rânea produzida na Paraíba, e isto
muito me desencantou. Eles só fala-
vam de Zé Lins, Ariano Suassuna e
Augusto dos Anjos, no máximo Zé
Américo. E nós temos uma produ-
ção de excelente qualidade. Então,
no retorno, convidei alguns amigos
e propus a criação da Confraria Sol
das Letras, que teve como primei-
ro projeto do Por do Sol Literário,
atualmente na sua 38ª edição, um
evento felizmente consolidado, que
visa exatamente projetar a literatura
produzida na Paraíba, tanto para os
próprios paraibanos, quanto para
fora do Estado.
Quais seus principais objetivos
como escritor?
Helder Moura – Minha única am-
bição como escritor é continuar es-
crevendo e publicando. E, se possí-
vel, sendo lido.
Pois bem, estamos chegando ao
fim da entrevista. Muito bom co-
nhecer melhor o escritor Helder
Moura. Agradecemos sua partici-
pação na Revista Divulga Escritor.
Que mensagem você deixa para
nossos leitores?
Helder Moura – Primeiro, destacar
o trabalho desenvolvido pela revis-
ta. Extraordinário. Fascinante. So-
bretudo oportuno, num cenário de
tantas dificuldades porque passam
os escritores, especialmente nestas
latitudes, para ter alguma visibili-
dade. E quem não quer? O escritor
não escreve para si, afinal. Depois,
torcer que esse trabalho estimule
o surgimento de novos talentos. E
certamente estimulará. Finalmente,
agradecer pela deferência da entre-
vista. E por fim mesmo, declarar
que não existe nenhum povo, tribo,
nação. Nunca existiu e certamente
nunca existirá, que não tenha sua
expressão através da narrativa. Tem
sido assim desde que os primórdios.
A literatura é, portanto, a identida-
de de uma gente. A gente em torno
de uma fogueira para ouvir e contar
suas histórias.
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Miró Editorial
www.miroeditorial.com.br/
As edições em inglês, italiano e
espanhol estão a caminho, mas
ainda indisponíveis.
ONDE
COMPRAR
54. 54 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
DIVULGA ESCRITOR
Gil Sabino
DIVULGA ESCRITOR
PARTICIPAÇÃO
ESPECIAL
por um mundo melhor
O projeto AGENDA VIVA foi
lançado com a proposta de produ-
zir conteúdo sobre arte e cultura,
promovendo artistas paraibanos em
suas diversas áreas de atuação como
música, literatura, teatro, cinema,
dança, fotografia, artes plásticas, e
também turismo.
Inicialmente atuando no Esta-
do da Paraíba, onde tem já realizado
laboratório havia um ano de expe-
riência, com publicação da fanpage
AGENDA VIVA e grupo responsi-
vo, com grande impacto de progra-
mação com a presença e apoio de
importantes artistas, nomes consa-
grados como as atores Zezita Matos
e Marcio Tadeu, ambos da TV Glo-
bo, cantores Zé e Elba Ramalho,
Chico César, e também os novos
Val Donato, Nathalia Bellar, Érica
Maria, Seu Pereira, Totonho e mui-
to outros.
A Paraíba teve sempre uma
cena cultural muito forte desde Au-
gusto dos Anjos, José Lins do Rego,
José Américo de Almeida, Ariano
Suassuna, Pedro Américo, Anayde
Beiriz, Celso Furtado entre outros.
O atual momento cultural é muito
rico, muito presente, inclusive, nos
planos nacional e internacional,
projetando artistas no cinema, na
música, na literatura, HQ, nas artes
em geral.
Segundo Gil Sabino “O projeto
54 www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017
55. www.divulgaescritor.com | abr/mai 2017 55
DIVULGA ESCRITORDIVULGA ESCRITOR
AGENDA VIVA tem foco na cena alternativa,
mesmo sem esquecer a grande mídia. Foi ob-
servando todo esse quadro atual que decidimos
abrir espaço para comunicar as artes. É respon-
sabilidade nossa, não podemos nos furtar em
promove-la.”
De maneira geral o AGENDA Viva propõe
interligar mercados, uma como que interface
ampliando a relação entre produtores, gestores,
empresários, patrocinadores, artistas, consumi-
dores, público em geral. Uma plataforma na in-
ternet, um network com uma agenda interativa
viva, muito viva. Com mídia digital, entrevistas
itinerantes em teatros, cafés, ateliers, feiras, con-
gressos, espaços onde houver cultura; e exibição
de clipes musicais, poemas, traillers de filmes,
making off, etc. Assim, os públicos tanto dos ar-
tistas como dos espaços culturais, formam uma
grande comunidade consumidora do produto
artístico. É esse o conceito que a Agenda Viva
segue buscando atingir objetivos de mercado.
Outra estratégia de ação é a realização de
eventos próprios e apoio ao trabalho de tercei-
ros. Com Projetos Especiais, trabalho de marke-
ting, branding, valorização da marca AGENDA
VIVA e também os artistas, cuidando da ima-
gem, da autoestima, ampliando possibilidades,
participando, inovando, abrindo mercados.
De início o projeto conta já com apoio de
importantes nomes como Walter Santos (Gru-
po WSCOM), Juca Pontes (Sol das Letras), Al-
berto Arcela (Oficina de Propaganda), Kalline
Almeida (Porta Cênica Produções Artísticas),
Guy Joseph, Carlos Aranha (APL – Associação
Paraibana de Letras), Mayara Almeida (PSI),
Shirley Cavalcante (Portal Literário), e outros;
a parceria de alguns veículos de comunicação e
também patrocínio e espaços de cultura, mar-
cas e produtos.
Ainda Gil Sabino, conclui afirmando pen-
sar e acreditar inovar através de novos canais e
estratégias para dialogar e ganhar liberdade de
expressão. Por isso um projeto vivo, uma comu-
nidade onde a música, a literatura, cinema, artes
em geral, tornem o mundo melhor.
GIL SABINO é paraibano, jornalista,
gestor de marketing, e Diretor de Cul-
tura da API – Associação Paraibana
de Imprensa. Atua em consultoria nas
áreas de produção, atendimento e cap-
tação de recursos para grandes projetos.
Atualmente produz o AGENDA VIVA,
um projeto cultural destacando mídias
sociais, eventos, branding (marca), e pro-
jetos especiais em parceria com o Portal
WSCOM; criando uma grande comuni-
dade consumidora de arte e cultura.
Autor de blog sobre cultura e negócios
no portal WSCOM; começou na área
de comunicação nos anos 70, produziu
programas para as rádios Tabajara, Ara-
puan e Correio, e foi um dos primeiros
DJ´s do Estado. Nos anos 70/80 produziu
shows de Chico César, Bráulio Tavares,
Cida Lobo, Dida Fialho, e com o ator e
diretor Fernando Teixeira, a Coletiva
SEXTA FEIRA 13, no Teatro Santa Roza.
Dirigiu em 1995 a programação da rádio
Arapuan AM – FM, abrindo espaço para
tocar artistas paraibanos como Elba e Zé
Ramalho, Cátia de França, Limusine 58,
Erick Von Sosthen e outros .
Representou as grandes gravadoras
multinacionais como EMI , BMG Ario-
la, SONY Music, e também as nacionais
Atração Fonográfica e Polydisc, e traba-
lhou com artistas de renome como Gon-
zaguinha, Clara Nunes, Nando Cordel,
Michael Sullivan, Jorge Vercilo, e outros.
De volta à Paraíba, está novamente em
cena com o projeto Agenda Viva, parce-
ria com a WSCOM, que cria uma grande
comunidade virtual consumidora de arte
e cultura.
facebook.com/agendaviva
www.agendavivapb.com.br
(83) 9 9949 1886
g.sabino@uol.com.br
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