SlideShare uma empresa Scribd logo
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
29Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
Aula Nº 4 – O “Milagre”
Econômico e o II PND
Objetivos da aula:
Compreendereanalisardoismomentosimportantesdaeconomiabrasileira
durante o regime autoritário: o “milagre” econômico (1968-73) e o II PND
(1975-79).
O “Milagre” econômico
Quando se fala em ditadura militar, as pessoas logo pensam em repressão,
censura, prisões arbitrárias, deportações, desaparecimentos, torturas
e uma série outros fatos que todos desejamos esquecer. Mas, por mais
contraditório que isso possa parecer para alguns, foi justamente nesse
período de cerceamento das liberdades individuais que a economia
brasileira teve o melhor desempenho da sua história. Estamos falando do
“milagre” econômico.
Para entender o “milagre”, vamos ter de retroceder até a gestão Castello
Branco(1964-66).Comojáfoivistonaaulaanterior,esseperíodofoimarcado
pela implementação do Paeg, plano de estabilização e reformas estruturais.
Apesar do sucesso do Plano no que diz respeito aos seus próprios objetivos
(estabilização e reformas), o pais continuava preso a um crescimento
medíocre e errático (normalmente chamado de stop and go).
Em 1967, sob a administração agora do presidente Costa e Silva, há uma
mudança radical na condução da economia. O novo presidente nomeia o
Prof. Delfim Netto como Ministro da Fazenda. Havia naquele período uma
forte necessidade de se legitimar o regime militar. O objetivo dos militares
era o de justificar o golpe, de mostrar para que vieram, ou ainda, o de
convencer a sociedade de que o novo governo era melhor que o deposto. E
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
30Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
isso somente seria possível através de crescimento econômico.
Com a mudança da política econômica implementada por Delfim Netto, o
crescimento tão cobiçado aconteceu. O “milagre” econômico ocorreu entre
1968-1973, durante os governos Costa e Silva e Médici. Nesses seis anos, o
Brasil cresceu a uma taxa média de 11% ao ano. Crescer seis anos seguidos
a uma taxa dessa já seria o suficiente para chamar esse período de milagre.
Mas, além disso, o Brasil conseguiu a enorme façanha de conciliar esse
crescimento vigoroso com inflação baixa e equilíbrio no setor externo.
Crescimento, Inflação e Equilíbrio Externo
Conciliar certos objetivos de política macroeconômica não é uma tarefa
muito fácil. Pelo menos desde a década de 1950, já se sabe que existe uma
certa dificuldade em se conseguir ao mesmo tempo inflação baixa e nível
de emprego elevado. Atualmente sabemos também que quando uma
economia cresce a um ritmo muito forte existe uma tendência de aceleração
inflacionária e desequilíbrio externo.
Você já ouviu alguma vez a expressão “crescimento sustentável”? Este
conceito está bastante relacionado com o que estamos tratando aqui.
Quando um país está crescendo a um ritmo muito acelerado, costuma-se
dizer que aquele crescimento não é sustentável no longo prazo e que em
determinado momento o governo deverá “frear” a economia. Se o governo
não o fizer, é bastante possível que uma crise inflacionária ou do setor
externo aborte o crescimento. Portanto, a Teoria Macroeconômica ensina
que é melhor crescer mais lentamente, mas de forma contínua, que ter um
crescimento rápido, mas que não se sustenta. Os economista até costumam
dizer o seguinte: o crescimento não pode ser como um “vôo de galinha”, ou
seja, algo que não se sustenta.
Por que quando a economia cresce existe essa tendência de inflação e
desequilíbrio externo? Bem, essa é uma questão complexa, que envolve
algumas noções de Macroeconomia. Vamos tentar entender. Se a economia
crescemuitorapidamente,algunsfatoresdeproduçãopodemficarescassos.
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
31Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
Por exemplo, se a economia começa a crescer aceleradamente, o fator de
produção mão-de-obra pode ficar escasso. Nesse caso, o que irá acontecer
com os salários? Deverão aumentar. Porém salários maiores representam
aumento no custo de produção, o que pode significar aumento de preços.
Compreendeu? E se o fator de produção matéria-prima se tornar escasso?
O raciocínio é o mesmo.
Alémdisso,ocrescimentomuitoaceleradopodegerardesequilíbriodosetor
externo. Vejamos como isso acontece. Quando a economia cresce, a renda
dos consumidores também cresce, logo o consumo agregado aumenta.
Esse aumento do consumo ocorre tanto em relação a produtos nacionais
como importados. Portanto, pode-se concluir que quando a economia
cresce, as importações crescem. Por outro lado, com relação as exportações,
as coisas não acontecem necessariamente dessa forma. Para exportar mais,
é necessário que a demanda externa cresça. Compreendeu o problema?
O crescimento econômico gera aumento de importações, mas não de
exportações. Consequentemente, há uma tendência de desequilíbrio nas
contas externas. Você entendeu agora por que o “milagre” econômico tem
esse nome? Seis anos seguidos de crescimento vigoroso com baixa inflação
e sem desequilíbrio externo é realmente um milagre.
Concentração de Renda, Desequilíbrio Inter-
setorial e Dependência Externa
Até o milagre teve o seu “calcanhar de Aquiles”. Apesar das incríveis taxas
de crescimento, associadas a inflação baixa e equilíbrio externo, o “milagre”
tinha suas limitações. A principal crítica que se faz ao milagre econômico
diz respeito à concentração de renda. Houve nessa época um aumento da
desigualdade entre ricos e pobres. O vigoroso crescimento da economia
não trouxe melhoria na qualidade de vida para todos os extratos sociais. Por
isso a famosa frase atribuída ao presidente Médici. Ao ser indagado sobre a
economia, teria respondido “a economia vai bem, mas o povo vai mal”.
Esse aumento na concentração da renda tem um conjunto de explicações.
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
32Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
Primeiramente, com o crescimento econômico, houve um forte aumento
da demanda por trabalhadores qualificados (engenheiros, administradores,
economistas,etc.).Masnãohouveumcrescimentosignificativodademanda
por trabalhadores pouco qualificados. Em suma, o “milagre” fez com que a
renda dos mais qualificados crescesse proporcionalmente mais que a dos
poucos qualificados, gerando concentração na renda.
Outro fator que deve ser levado em conta para compreender esse aumento
dedesigualdadederendafoiacontençãosalarialimpostapeloregimemilitar.
Com o objetivo de controlar a inflação, o governo militar fazia um rigoroso
controle dos aumentos salariais e reprimia violentamente as manifestações
de trabalhadores. Essa contenção (ou arrocho) salarial também contribuiu
para aumentar o fosso entre ricos e pobres.
Além disso, o milagre gerou um desequilíbrio entre os diferentes setores
da indústria. Os investimentos realizados durante o período do ”milagre”
se concentraram principalmente no setor de bens de consumo duráveis.
Logo, começou a se formar um desequilíbrio entre os diferentes setores da
indústria. A produção no setor de bens duráveis crescia a um ritmo mais
acelerado que nos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos)
e bens intermediários (petróleo, fertilizantes, produtos químicos, etc.). Com
o passar do tempo, esse desequilíbrio inter-setorial iria gerar um problema
de dependência externa. Ou seja, o país, por não ter o setor de bens de
produção (de capital e intermediários) suficientemente desenvolvido,
dependia da importação desses produtos.
O Choque de Petróleo e a Crise Internacional
Essasituaçãodedependênciaexternairiaficarmuitomaiscomplicadaapartir
do primeiro choque do petróleo. Você se lembra quando nós discutimos
a importância de se estudar fatos internacionais para se compreender os
rumos da nossa economia? Bem, aqui nós teremos uma outra excelente
oportunidade para verificar como isso é realmente verdade.
No final de 1973, os países membros da Opep (Organização dos Países
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
33Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
Exportadores de Petróleo) tomaram a decisão radical de reduzir a oferta
mundial desse produto, provocando o aumento do seu preço. Essa decisão
estava relacionada a um problema geopolítico envolvendo a guerra entre
árabes e israelenses. À crise que se inicia a partir daí, convencionou-se
chamar de “primeiro choque do petróleo”, o segundo choque iria ocorrer
em 1979, a partir da guerra civil do Irã.
O Brasil tinha, como já vimos, um problema de dependência externa. O
país precisava importar bens de capital e bens intermediários (petróleo,
principalmente), uma vez que essa indústria era pouco desenvolvida. Com
a crise, essa dependência se torna um problema crítico. O que fazer diante
de uma situação como essa? O governo brasileiro tinha duas alternativas.
A primeira possibilidade seria promover um ajuste recessivo. Conforme já
dissemos, quando o país cresce menos, as importações diminuem. Logo, se
a economia crescesse a um ritmo mais lento (ajuste recessivo), o gasto com
importações diminuiria. A outra estratégia seria implementar um ajuste
estrutural: Ou seja, realizar mais investimentos e diminuir a dependência
por importações. Essa segunda estratégia era muito mais ousada, pois
implicava aumentar o desequilíbrio externo em um primeiro momento
para colher seus benefícios somente anos depois.
Conforme já dissemos, o regime militar buscava sua legitimação e para isso
deveria fazer o país crescer. Além disso, havia na sociedade (principalmente
entre empresários e banqueiros) uma pressão por um ajuste não-recessivo.
Pressionado, e necessitando justificar o golpe militar, o governo opta
pelo ajuste estrutural (não recessivo). É justamente a partir dessa decisão
de aprofundar o processo de substituição importações em meio a uma
crise econômica internacional que nasce o II PND (Plano Nacional de
Desenvolvimento Econômico).
O II PND
Se existiu um II PND, provavelmente deve ter existido também um I PND,
correto? Bem, o I PND foi implementado entre 1972-1974, durante a gestão
Médici, porém não costuma ser muito estudado por não ter tido um papel
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
34Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
muito importante na determinação dos rumos da economia nacional. O
II PND, por sua vez, foi posto em prática ente 1975-79, durante a gestão
Geisel. Esse plano é considerado a mais ampla experiência de planejamento
econômico no Brasil depois do Plano de Metas e teve uma importância
fundamental na consolidação do processo de substituição de importações
ocorrido no Brasil.
Um dos objetivos do II PND era o de solucionar o problema de dependência
externa decorrente do desequilíbrio inter-setorial. Por isso comportava uma
série de investimentos no setor de bens de capital e de bens intermediários.
Todavia, para realizar todos os investimentos exigidos pelo II PND, seriam
necessários, logicamente, recursos financeiros. Você se lembra que em
economia“nãoexistealmoçográtis”,nãoémesmo?Poisbem,essesrecursos
viriam principalmente dos chamados “petrodólares”.
Com o aumento do preço do petróleo ocorrido a partir de 1973, o valor
das exportações dos países produtores do bem cresceu significativamente.
Como não havia muitas opções para se aplicar esses recursos nesses países,
a maior parte desses dólares foi depositada em bancos de países ricos.
A partir disso, surgem os famosos petrodólares. Com o II PND, o Brasil se
transformou em um dos maiores tomadores de recursos (petrodólares) no
mercado financeiro internacional.
A avaliação que se faz do II PND costuma ser positiva. De modo geral,
pode-se dizer que os objetivos de mudança estrutural que motivaram
o Plano foram alcançados. Contudo, os resultados concretos só vieram a
acontecer entre 83-84, com a maturação dos investimentos realizados.
Entre esses resultados, três merecem destaque: i) a reversão do saldo da
balança comercial, que se tornou superavitária, ii) uma dependência menor
das importações de petróleo, iii) uma maior diversificação na pauta de
exportações do país, com predomínio de bens manufaturados (no lugar de
bens primários, como era no passado).
AnálisedaConjunturaEconômicaNacional
Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND
35Faculdade On-Line UVB
Anotações do Aluno
uvb
Síntese
Nessa aula, você aprendeu que o “milagre” econômico é considerado o
períododemelhordesempenhoeconômicodahistóriarecentedoBrasil,por
conseguir aliar crescimento vigoroso, com inflação moderada e equilíbrio
no setor externo. Você viu também que o II PND foi uma ousada estratégia
de desenvolvimento adotada em meio à crise internacional gerada pelo
choque do petróleo.
Referência Bibliográfica
HERMANN, Jennifer. Auge e declínio do modelo de crescimento com
endividamento: o II PND e a crise da dívida externa. In: GIAMBIAGI, Fábio
et al. Economia brasileira contemporânea (1945-2004). Rio de Janeiro:
Elsevier, 2005.
REGO, José Márcio; MARQUES, Rosa Maria (Org.). Economia brasileira. São
Paulo: Saraiva, 2005.
VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de et al. Economia brasileira
contemporânea. São Paulo: Atlas, 1999.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Plano cruzado i e ii
Plano cruzado i e iiPlano cruzado i e ii
Plano cruzado i e ii
Karina Marques
 
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve históricoEconomia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Lucas Andrade
 
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERALCOMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
Fernando Alcoforado
 
A crise de 29
A crise de 29A crise de 29
A crise de 29
simaodmn
 
Jornalismo econômico
Jornalismo econômico Jornalismo econômico
Jornalismo econômico
Genize
 
Jornalismo Econômico
Jornalismo EconômicoJornalismo Econômico
Economia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoEconomia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflação
Felipe Leo
 
Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15
Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15
Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15
Fernando Monteiro D'Andrea
 
A economia brasileira na epoca do regime militar
A economia brasileira na epoca do regime militarA economia brasileira na epoca do regime militar
A economia brasileira na epoca do regime militar
fernandesrafael
 
Carta desenvolvimentista
Carta desenvolvimentistaCarta desenvolvimentista
Carta desenvolvimentista
Gusthavo Santana
 
Manual (1)
Manual (1)Manual (1)
Manual (1)
Lena Nabais
 
Ch02 4e t
Ch02 4e tCh02 4e t
Ch02 4e t
cideni
 
Economia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do Brasil
Economia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do BrasilEconomia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do Brasil
Economia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do Brasil
Vinicius Spader
 
Aula 1 objetivos da macroeconomia
Aula 1 objetivos da macroeconomiaAula 1 objetivos da macroeconomia
Aula 1 objetivos da macroeconomia
Babi Kramer
 
Cap1 introdução 13_14_set
Cap1 introdução 13_14_setCap1 introdução 13_14_set
Cap1 introdução 13_14_set
Carlos Souza Messias
 
O Que é a Macroeconomia?
O Que é a Macroeconomia?O Que é a Macroeconomia?
O Que é a Macroeconomia?
elliando dias
 
Conjuntura econômica
Conjuntura econômicaConjuntura econômica
Conjuntura econômica
Guilherme de Oliveira
 
Poticas neoliberais no brasil
Poticas neoliberais no brasilPoticas neoliberais no brasil
Poticas neoliberais no brasil
Funvic - Fundação de Ensino de Mococa
 
Economia – a economia intertemporal parte 3
Economia – a economia intertemporal parte 3Economia – a economia intertemporal parte 3
Economia – a economia intertemporal parte 3
Felipe Leo
 
Fundamentos da Economia - Noções de Macroeconomia
Fundamentos da Economia - Noções de MacroeconomiaFundamentos da Economia - Noções de Macroeconomia
Fundamentos da Economia - Noções de Macroeconomia
Diego Sampaio
 

Mais procurados (20)

Plano cruzado i e ii
Plano cruzado i e iiPlano cruzado i e ii
Plano cruzado i e ii
 
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve históricoEconomia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
Economia nacional entre 1945 a 1989 - breve histórico
 
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERALCOMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
COMO SUPERAR A CRISE ECONÔMICA MUNDIAL ATUAL DO CAPITALISMO NEOLIBERAL
 
A crise de 29
A crise de 29A crise de 29
A crise de 29
 
Jornalismo econômico
Jornalismo econômico Jornalismo econômico
Jornalismo econômico
 
Jornalismo Econômico
Jornalismo EconômicoJornalismo Econômico
Jornalismo Econômico
 
Economia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflaçãoEconomia – introdução às teorias da inflação
Economia – introdução às teorias da inflação
 
Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15
Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15
Macroeconomia, pib, pnb, per capta - Aula 15
 
A economia brasileira na epoca do regime militar
A economia brasileira na epoca do regime militarA economia brasileira na epoca do regime militar
A economia brasileira na epoca do regime militar
 
Carta desenvolvimentista
Carta desenvolvimentistaCarta desenvolvimentista
Carta desenvolvimentista
 
Manual (1)
Manual (1)Manual (1)
Manual (1)
 
Ch02 4e t
Ch02 4e tCh02 4e t
Ch02 4e t
 
Economia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do Brasil
Economia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do BrasilEconomia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do Brasil
Economia Brasileira - Aula 01 - Formação Econômica do Brasil
 
Aula 1 objetivos da macroeconomia
Aula 1 objetivos da macroeconomiaAula 1 objetivos da macroeconomia
Aula 1 objetivos da macroeconomia
 
Cap1 introdução 13_14_set
Cap1 introdução 13_14_setCap1 introdução 13_14_set
Cap1 introdução 13_14_set
 
O Que é a Macroeconomia?
O Que é a Macroeconomia?O Que é a Macroeconomia?
O Que é a Macroeconomia?
 
Conjuntura econômica
Conjuntura econômicaConjuntura econômica
Conjuntura econômica
 
Poticas neoliberais no brasil
Poticas neoliberais no brasilPoticas neoliberais no brasil
Poticas neoliberais no brasil
 
Economia – a economia intertemporal parte 3
Economia – a economia intertemporal parte 3Economia – a economia intertemporal parte 3
Economia – a economia intertemporal parte 3
 
Fundamentos da Economia - Noções de Macroeconomia
Fundamentos da Economia - Noções de MacroeconomiaFundamentos da Economia - Noções de Macroeconomia
Fundamentos da Economia - Noções de Macroeconomia
 

Destaque

II PND (1974 - 1984)
II PND (1974 - 1984)II PND (1974 - 1984)
II PND (1974 - 1984)
Carlos Hayashi
 
Desenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de Ação
Desenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de AçãoDesenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de Ação
Desenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de Ação
glauber_alien
 
Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...
Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...
Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...
CEEMPRE
 
Aula de macro
Aula de macroAula de macro
Aula de macro
Vanessa Alves
 
15. produção e consumo
15. produção e consumo15. produção e consumo
15. produção e consumo
Atividades Diversas Cláudia
 
Papanicolau
PapanicolauPapanicolau
Curva de phillips
Curva de phillipsCurva de phillips
Curva de phillips
Jorge Carvalho
 
Aula12 macro economia monetária
Aula12   macro economia monetáriaAula12   macro economia monetária
Aula12 macro economia monetária
Vanessa Alves
 
Aula politicas publicas e desenvolvimento rural
Aula politicas publicas e desenvolvimento ruralAula politicas publicas e desenvolvimento rural
Aula politicas publicas e desenvolvimento rural
Cris Godoy
 
Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011
Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011
Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011
AgroTalento
 
Aula06 operações com mercadorias
Aula06 operações com mercadoriasAula06 operações com mercadorias
Aula06 operações com mercadorias
contacontabil
 
Microeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomiaMicroeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomia
destakcursos
 
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregadaEconomia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Felipe Leo
 
Macroeconomia
MacroeconomiaMacroeconomia
Macroeconomia
Admer Barrios Urbina
 
Mankiw, n. gregory macroeconomía
Mankiw, n. gregory   macroeconomíaMankiw, n. gregory   macroeconomía
Mankiw, n. gregory macroeconomía
Oberon666
 
Introdução à Macroeconomia
Introdução à MacroeconomiaIntrodução à Macroeconomia
Introdução à Macroeconomia
Yuri Silver
 
Macroeconomia -aula 1
Macroeconomia -aula  1Macroeconomia -aula  1
Macroeconomia -aula 1
Na Silva
 
Estruturas de mercado - Macroeconomia e Microeconomia
Estruturas de mercado -  Macroeconomia e Microeconomia Estruturas de mercado -  Macroeconomia e Microeconomia
Estruturas de mercado - Macroeconomia e Microeconomia
Na Silva
 
Solucionario macroeconomía - josé de gregorio.
Solucionario macroeconomía  - josé de gregorio.Solucionario macroeconomía  - josé de gregorio.
Solucionario macroeconomía - josé de gregorio.
jackn15g
 
402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos
402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos
402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos
Ronne Seles
 

Destaque (20)

II PND (1974 - 1984)
II PND (1974 - 1984)II PND (1974 - 1984)
II PND (1974 - 1984)
 
Desenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de Ação
Desenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de AçãoDesenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de Ação
Desenvolvimento Regional - Políticas e Instrumentos de Ação
 
Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...
Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...
Apresentação sobre a área de Gestão de Pessoas - Soluções Consultoria - CEEMP...
 
Aula de macro
Aula de macroAula de macro
Aula de macro
 
15. produção e consumo
15. produção e consumo15. produção e consumo
15. produção e consumo
 
Papanicolau
PapanicolauPapanicolau
Papanicolau
 
Curva de phillips
Curva de phillipsCurva de phillips
Curva de phillips
 
Aula12 macro economia monetária
Aula12   macro economia monetáriaAula12   macro economia monetária
Aula12 macro economia monetária
 
Aula politicas publicas e desenvolvimento rural
Aula politicas publicas e desenvolvimento ruralAula politicas publicas e desenvolvimento rural
Aula politicas publicas e desenvolvimento rural
 
Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011
Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011
Nelson Dalcanale: Coletiva de imprensa JBS 19-dez-2011
 
Aula06 operações com mercadorias
Aula06 operações com mercadoriasAula06 operações com mercadorias
Aula06 operações com mercadorias
 
Microeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomiaMicroeconomia e macroeconomia
Microeconomia e macroeconomia
 
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregadaEconomia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
Economia em exercícios – o modelo de oferta agregada e demanda agregada
 
Macroeconomia
MacroeconomiaMacroeconomia
Macroeconomia
 
Mankiw, n. gregory macroeconomía
Mankiw, n. gregory   macroeconomíaMankiw, n. gregory   macroeconomía
Mankiw, n. gregory macroeconomía
 
Introdução à Macroeconomia
Introdução à MacroeconomiaIntrodução à Macroeconomia
Introdução à Macroeconomia
 
Macroeconomia -aula 1
Macroeconomia -aula  1Macroeconomia -aula  1
Macroeconomia -aula 1
 
Estruturas de mercado - Macroeconomia e Microeconomia
Estruturas de mercado -  Macroeconomia e Microeconomia Estruturas de mercado -  Macroeconomia e Microeconomia
Estruturas de mercado - Macroeconomia e Microeconomia
 
Solucionario macroeconomía - josé de gregorio.
Solucionario macroeconomía  - josé de gregorio.Solucionario macroeconomía  - josé de gregorio.
Solucionario macroeconomía - josé de gregorio.
 
402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos
402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos
402 macroeconomia-i-caderno-de-exercicios-para-exame-resolvidos
 

Semelhante a 2 pnd

Exercício
 Exercício Exercício
Exercício
sergiofukuda
 
A crise econômica no brasil
A crise econômica no brasilA crise econômica no brasil
A crise econômica no brasil
Diego Guilherme
 
O mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clinton
O mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clintonO mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clinton
O mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clinton
Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 
Introdução às Teorias da Inflação
Introdução às Teorias da InflaçãoIntrodução às Teorias da Inflação
Introdução às Teorias da Inflação
Webber Stelling
 
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2) SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
Kelly Ariane Buás Bráz
 
Artigo plano real
Artigo plano realArtigo plano real
Artigo plano real
Daiane Silva
 
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
Macroplan
 
Aula - Capitalismo no final do século XX.pptx
Aula - Capitalismo no final do século XX.pptxAula - Capitalismo no final do século XX.pptx
Aula - Capitalismo no final do século XX.pptx
valdiroliveira69
 
Do crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívidaDo crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívida
Marcelo Lieuthier
 
Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)
Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)
Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)
Fundação de Economia e Estatística
 
O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...
O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...
O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...
Prime Assessoria
 
Cinco Dúvidas sobre o Ajuste Fiscal
Cinco Dúvidas sobre o Ajuste FiscalCinco Dúvidas sobre o Ajuste Fiscal
Cinco Dúvidas sobre o Ajuste Fiscal
Grupo de Economia Política IE-UFRJ
 
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
Dl assessoria 18
 
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
Dl assessoria 18
 
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...
DL assessoria 30
 
Apresentação inflação
Apresentação inflaçãoApresentação inflação
Apresentação inflação
Ivanildo Moreira
 
Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...
Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...
Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...
A. Rui Teixeira Santos
 
O Período Militar - Geografia
O Período Militar - GeografiaO Período Militar - Geografia
O Período Militar - Geografia
Lucas Castro
 
O futuro do capitalismo
O futuro do capitalismoO futuro do capitalismo
O futuro do capitalismo
Fernando Alcoforado
 
Lições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
Lições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira SantosLições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
Lições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
A. Rui Teixeira Santos
 

Semelhante a 2 pnd (20)

Exercício
 Exercício Exercício
Exercício
 
A crise econômica no brasil
A crise econômica no brasilA crise econômica no brasil
A crise econômica no brasil
 
O mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clinton
O mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clintonO mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clinton
O mito da contração fiscal expansionista nos EUA durante o governo clinton
 
Introdução às Teorias da Inflação
Introdução às Teorias da InflaçãoIntrodução às Teorias da Inflação
Introdução às Teorias da Inflação
 
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2) SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
SLIDES DE MACROECONOMIA (AULA 2)
 
Artigo plano real
Artigo plano realArtigo plano real
Artigo plano real
 
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
A crise econômica mundial: impactos sobre a economia capixaba a médio e longo...
 
Aula - Capitalismo no final do século XX.pptx
Aula - Capitalismo no final do século XX.pptxAula - Capitalismo no final do século XX.pptx
Aula - Capitalismo no final do século XX.pptx
 
Do crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívidaDo crescimento forçado a crise da dívida
Do crescimento forçado a crise da dívida
 
Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)
Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)
Contexto atual do comércio mundial - André Cunha (Professor da UFRGS)
 
O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...
O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...
O Plano Real que o ministro Fernando Henrique Cardoso prometia não teria nada...
 
Cinco Dúvidas sobre o Ajuste Fiscal
Cinco Dúvidas sobre o Ajuste FiscalCinco Dúvidas sobre o Ajuste Fiscal
Cinco Dúvidas sobre o Ajuste Fiscal
 
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
 
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024MAPA - CENÁRIOS ECONÔMICOS - 51/2024
 
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...
PROBLEMATIZAÇÃO: Quais eram os objetivos do presidente Itamar Franco com a im...
 
Apresentação inflação
Apresentação inflaçãoApresentação inflação
Apresentação inflação
 
Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...
Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...
Curso de Direito Financeiro e de Finanças Públicas para a Licenciatura da Dir...
 
O Período Militar - Geografia
O Período Militar - GeografiaO Período Militar - Geografia
O Período Militar - Geografia
 
O futuro do capitalismo
O futuro do capitalismoO futuro do capitalismo
O futuro do capitalismo
 
Lições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
Lições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira SantosLições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
Lições de Finanças Públicas 2012/13 Prof. Doutor Rui Teixeira Santos
 

Último

CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdfCADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
NatySousa3
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
KeilianeOliveira3
 
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptxFato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
MariaFatima425285
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
enpfilosofiaufu
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
jbellas2
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
RenanSilva991968
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
TomasSousa7
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
carlaslr1
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Biblioteca UCS
 
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
WelidaFreitas1
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
analuisasesso
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Acrópole - História & Educação
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
profesfrancleite
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Mary Alvarenga
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
LucianaCristina58
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
sthefanydesr
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
DanielCastro80471
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
Escola Municipal Jesus Cristo
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
LuizHenriquedeAlmeid6
 

Último (20)

CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdfCADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
CADERNO DE CONCEITOS E ORIENTAÇÕES DO CENSO ESCOLAR 2024.pdf
 
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...proposta curricular  ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
proposta curricular ou plano de cursode lingua portuguesa eja anos finais ( ...
 
Química orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptxQuímica orgânica e as funções organicas.pptx
Química orgânica e as funções organicas.pptx
 
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptxFato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
Fato X Opinião (Língua Portuguesa 9º Ano).pptx
 
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfCaderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
 
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slidesSócrates e os sofistas - apresentação de slides
Sócrates e os sofistas - apresentação de slides
 
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdfAPOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
APOSTILA DE TEXTOS CURTOS E INTERPRETAÇÃO.pdf
 
Fernão Lopes. pptx
Fernão Lopes.                       pptxFernão Lopes.                       pptx
Fernão Lopes. pptx
 
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdfCaderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
Caderno de Formação_PORTUGUÊS ESTRAN.pdf
 
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...
 
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptxLIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
LIÇÃO 9 - ORDENANÇAS PARA UMA VIDA DE SANTIFICAÇÃO.pptx
 
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de CarvalhoO sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
O sentimento nacional brasiliero, segundo o historiador Jose Murlo de Carvalho
 
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da AlemanhaUnificação da Itália e a formação da Alemanha
Unificação da Itália e a formação da Alemanha
 
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do AssaréFamílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
Famílias Que Contribuíram Para O Crescimento Do Assaré
 
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.Caça-palavras    ortografia M antes de P e B.
Caça-palavras ortografia M antes de P e B.
 
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
- TEMPLATE DA PRATICA - Psicomotricidade.pptx
 
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdfEgito antigo resumo - aula de história.pdf
Egito antigo resumo - aula de história.pdf
 
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdfEspecialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
Especialidade - Animais Ameaçados de Extinção(1).pdf
 
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docxPROPOSTA CURRICULAR  EDUCACAO FISICA.docx
PROPOSTA CURRICULAR EDUCACAO FISICA.docx
 
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptxSlides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
Slides Lição 9, Betel, Ordenança para uma vida de santificação, 2Tr24.pptx
 

2 pnd

  • 1. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 29Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Aula Nº 4 – O “Milagre” Econômico e o II PND Objetivos da aula: Compreendereanalisardoismomentosimportantesdaeconomiabrasileira durante o regime autoritário: o “milagre” econômico (1968-73) e o II PND (1975-79). O “Milagre” econômico Quando se fala em ditadura militar, as pessoas logo pensam em repressão, censura, prisões arbitrárias, deportações, desaparecimentos, torturas e uma série outros fatos que todos desejamos esquecer. Mas, por mais contraditório que isso possa parecer para alguns, foi justamente nesse período de cerceamento das liberdades individuais que a economia brasileira teve o melhor desempenho da sua história. Estamos falando do “milagre” econômico. Para entender o “milagre”, vamos ter de retroceder até a gestão Castello Branco(1964-66).Comojáfoivistonaaulaanterior,esseperíodofoimarcado pela implementação do Paeg, plano de estabilização e reformas estruturais. Apesar do sucesso do Plano no que diz respeito aos seus próprios objetivos (estabilização e reformas), o pais continuava preso a um crescimento medíocre e errático (normalmente chamado de stop and go). Em 1967, sob a administração agora do presidente Costa e Silva, há uma mudança radical na condução da economia. O novo presidente nomeia o Prof. Delfim Netto como Ministro da Fazenda. Havia naquele período uma forte necessidade de se legitimar o regime militar. O objetivo dos militares era o de justificar o golpe, de mostrar para que vieram, ou ainda, o de convencer a sociedade de que o novo governo era melhor que o deposto. E
  • 2. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 30Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb isso somente seria possível através de crescimento econômico. Com a mudança da política econômica implementada por Delfim Netto, o crescimento tão cobiçado aconteceu. O “milagre” econômico ocorreu entre 1968-1973, durante os governos Costa e Silva e Médici. Nesses seis anos, o Brasil cresceu a uma taxa média de 11% ao ano. Crescer seis anos seguidos a uma taxa dessa já seria o suficiente para chamar esse período de milagre. Mas, além disso, o Brasil conseguiu a enorme façanha de conciliar esse crescimento vigoroso com inflação baixa e equilíbrio no setor externo. Crescimento, Inflação e Equilíbrio Externo Conciliar certos objetivos de política macroeconômica não é uma tarefa muito fácil. Pelo menos desde a década de 1950, já se sabe que existe uma certa dificuldade em se conseguir ao mesmo tempo inflação baixa e nível de emprego elevado. Atualmente sabemos também que quando uma economia cresce a um ritmo muito forte existe uma tendência de aceleração inflacionária e desequilíbrio externo. Você já ouviu alguma vez a expressão “crescimento sustentável”? Este conceito está bastante relacionado com o que estamos tratando aqui. Quando um país está crescendo a um ritmo muito acelerado, costuma-se dizer que aquele crescimento não é sustentável no longo prazo e que em determinado momento o governo deverá “frear” a economia. Se o governo não o fizer, é bastante possível que uma crise inflacionária ou do setor externo aborte o crescimento. Portanto, a Teoria Macroeconômica ensina que é melhor crescer mais lentamente, mas de forma contínua, que ter um crescimento rápido, mas que não se sustenta. Os economista até costumam dizer o seguinte: o crescimento não pode ser como um “vôo de galinha”, ou seja, algo que não se sustenta. Por que quando a economia cresce existe essa tendência de inflação e desequilíbrio externo? Bem, essa é uma questão complexa, que envolve algumas noções de Macroeconomia. Vamos tentar entender. Se a economia crescemuitorapidamente,algunsfatoresdeproduçãopodemficarescassos.
  • 3. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 31Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Por exemplo, se a economia começa a crescer aceleradamente, o fator de produção mão-de-obra pode ficar escasso. Nesse caso, o que irá acontecer com os salários? Deverão aumentar. Porém salários maiores representam aumento no custo de produção, o que pode significar aumento de preços. Compreendeu? E se o fator de produção matéria-prima se tornar escasso? O raciocínio é o mesmo. Alémdisso,ocrescimentomuitoaceleradopodegerardesequilíbriodosetor externo. Vejamos como isso acontece. Quando a economia cresce, a renda dos consumidores também cresce, logo o consumo agregado aumenta. Esse aumento do consumo ocorre tanto em relação a produtos nacionais como importados. Portanto, pode-se concluir que quando a economia cresce, as importações crescem. Por outro lado, com relação as exportações, as coisas não acontecem necessariamente dessa forma. Para exportar mais, é necessário que a demanda externa cresça. Compreendeu o problema? O crescimento econômico gera aumento de importações, mas não de exportações. Consequentemente, há uma tendência de desequilíbrio nas contas externas. Você entendeu agora por que o “milagre” econômico tem esse nome? Seis anos seguidos de crescimento vigoroso com baixa inflação e sem desequilíbrio externo é realmente um milagre. Concentração de Renda, Desequilíbrio Inter- setorial e Dependência Externa Até o milagre teve o seu “calcanhar de Aquiles”. Apesar das incríveis taxas de crescimento, associadas a inflação baixa e equilíbrio externo, o “milagre” tinha suas limitações. A principal crítica que se faz ao milagre econômico diz respeito à concentração de renda. Houve nessa época um aumento da desigualdade entre ricos e pobres. O vigoroso crescimento da economia não trouxe melhoria na qualidade de vida para todos os extratos sociais. Por isso a famosa frase atribuída ao presidente Médici. Ao ser indagado sobre a economia, teria respondido “a economia vai bem, mas o povo vai mal”. Esse aumento na concentração da renda tem um conjunto de explicações.
  • 4. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 32Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Primeiramente, com o crescimento econômico, houve um forte aumento da demanda por trabalhadores qualificados (engenheiros, administradores, economistas,etc.).Masnãohouveumcrescimentosignificativodademanda por trabalhadores pouco qualificados. Em suma, o “milagre” fez com que a renda dos mais qualificados crescesse proporcionalmente mais que a dos poucos qualificados, gerando concentração na renda. Outro fator que deve ser levado em conta para compreender esse aumento dedesigualdadederendafoiacontençãosalarialimpostapeloregimemilitar. Com o objetivo de controlar a inflação, o governo militar fazia um rigoroso controle dos aumentos salariais e reprimia violentamente as manifestações de trabalhadores. Essa contenção (ou arrocho) salarial também contribuiu para aumentar o fosso entre ricos e pobres. Além disso, o milagre gerou um desequilíbrio entre os diferentes setores da indústria. Os investimentos realizados durante o período do ”milagre” se concentraram principalmente no setor de bens de consumo duráveis. Logo, começou a se formar um desequilíbrio entre os diferentes setores da indústria. A produção no setor de bens duráveis crescia a um ritmo mais acelerado que nos setores de bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens intermediários (petróleo, fertilizantes, produtos químicos, etc.). Com o passar do tempo, esse desequilíbrio inter-setorial iria gerar um problema de dependência externa. Ou seja, o país, por não ter o setor de bens de produção (de capital e intermediários) suficientemente desenvolvido, dependia da importação desses produtos. O Choque de Petróleo e a Crise Internacional Essasituaçãodedependênciaexternairiaficarmuitomaiscomplicadaapartir do primeiro choque do petróleo. Você se lembra quando nós discutimos a importância de se estudar fatos internacionais para se compreender os rumos da nossa economia? Bem, aqui nós teremos uma outra excelente oportunidade para verificar como isso é realmente verdade. No final de 1973, os países membros da Opep (Organização dos Países
  • 5. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 33Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Exportadores de Petróleo) tomaram a decisão radical de reduzir a oferta mundial desse produto, provocando o aumento do seu preço. Essa decisão estava relacionada a um problema geopolítico envolvendo a guerra entre árabes e israelenses. À crise que se inicia a partir daí, convencionou-se chamar de “primeiro choque do petróleo”, o segundo choque iria ocorrer em 1979, a partir da guerra civil do Irã. O Brasil tinha, como já vimos, um problema de dependência externa. O país precisava importar bens de capital e bens intermediários (petróleo, principalmente), uma vez que essa indústria era pouco desenvolvida. Com a crise, essa dependência se torna um problema crítico. O que fazer diante de uma situação como essa? O governo brasileiro tinha duas alternativas. A primeira possibilidade seria promover um ajuste recessivo. Conforme já dissemos, quando o país cresce menos, as importações diminuem. Logo, se a economia crescesse a um ritmo mais lento (ajuste recessivo), o gasto com importações diminuiria. A outra estratégia seria implementar um ajuste estrutural: Ou seja, realizar mais investimentos e diminuir a dependência por importações. Essa segunda estratégia era muito mais ousada, pois implicava aumentar o desequilíbrio externo em um primeiro momento para colher seus benefícios somente anos depois. Conforme já dissemos, o regime militar buscava sua legitimação e para isso deveria fazer o país crescer. Além disso, havia na sociedade (principalmente entre empresários e banqueiros) uma pressão por um ajuste não-recessivo. Pressionado, e necessitando justificar o golpe militar, o governo opta pelo ajuste estrutural (não recessivo). É justamente a partir dessa decisão de aprofundar o processo de substituição importações em meio a uma crise econômica internacional que nasce o II PND (Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico). O II PND Se existiu um II PND, provavelmente deve ter existido também um I PND, correto? Bem, o I PND foi implementado entre 1972-1974, durante a gestão Médici, porém não costuma ser muito estudado por não ter tido um papel
  • 6. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 34Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb muito importante na determinação dos rumos da economia nacional. O II PND, por sua vez, foi posto em prática ente 1975-79, durante a gestão Geisel. Esse plano é considerado a mais ampla experiência de planejamento econômico no Brasil depois do Plano de Metas e teve uma importância fundamental na consolidação do processo de substituição de importações ocorrido no Brasil. Um dos objetivos do II PND era o de solucionar o problema de dependência externa decorrente do desequilíbrio inter-setorial. Por isso comportava uma série de investimentos no setor de bens de capital e de bens intermediários. Todavia, para realizar todos os investimentos exigidos pelo II PND, seriam necessários, logicamente, recursos financeiros. Você se lembra que em economia“nãoexistealmoçográtis”,nãoémesmo?Poisbem,essesrecursos viriam principalmente dos chamados “petrodólares”. Com o aumento do preço do petróleo ocorrido a partir de 1973, o valor das exportações dos países produtores do bem cresceu significativamente. Como não havia muitas opções para se aplicar esses recursos nesses países, a maior parte desses dólares foi depositada em bancos de países ricos. A partir disso, surgem os famosos petrodólares. Com o II PND, o Brasil se transformou em um dos maiores tomadores de recursos (petrodólares) no mercado financeiro internacional. A avaliação que se faz do II PND costuma ser positiva. De modo geral, pode-se dizer que os objetivos de mudança estrutural que motivaram o Plano foram alcançados. Contudo, os resultados concretos só vieram a acontecer entre 83-84, com a maturação dos investimentos realizados. Entre esses resultados, três merecem destaque: i) a reversão do saldo da balança comercial, que se tornou superavitária, ii) uma dependência menor das importações de petróleo, iii) uma maior diversificação na pauta de exportações do país, com predomínio de bens manufaturados (no lugar de bens primários, como era no passado).
  • 7. AnálisedaConjunturaEconômicaNacional Aula04-O“Milagre”EconômicoeoIIPND 35Faculdade On-Line UVB Anotações do Aluno uvb Síntese Nessa aula, você aprendeu que o “milagre” econômico é considerado o períododemelhordesempenhoeconômicodahistóriarecentedoBrasil,por conseguir aliar crescimento vigoroso, com inflação moderada e equilíbrio no setor externo. Você viu também que o II PND foi uma ousada estratégia de desenvolvimento adotada em meio à crise internacional gerada pelo choque do petróleo. Referência Bibliográfica HERMANN, Jennifer. Auge e declínio do modelo de crescimento com endividamento: o II PND e a crise da dívida externa. In: GIAMBIAGI, Fábio et al. Economia brasileira contemporânea (1945-2004). Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. REGO, José Márcio; MARQUES, Rosa Maria (Org.). Economia brasileira. São Paulo: Saraiva, 2005. VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de et al. Economia brasileira contemporânea. São Paulo: Atlas, 1999.