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AMBIENTE E
DESENVOLVIMENTO RURAL
MÓDULO 13 - Agricultura e
Desenvolvimento Rural Sustentável
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
"É um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do
presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras
satisfazerem as suas próprias necessidades“.
(Relatório Brundtland, 1987)
Proteção do meio ambiente
Crescimento económico
Igualdade social
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Uma sociedade sustentável
atenta na geração equitativa de bens
e serviços, numa linha de
desenvolvimento económico, sem
prejudicar o ambiente,
proporcionando aos seus cidadãos, o
necessário para ter uma vida com
qualidade, onde todos tenham
acesso a alimentação, vestuário,
moradia, educação, informação,
garantindo iguais condições às
gerações futuras.
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em Portugal, estas reflexões, documentos e estratégias, constituíram a fonte de inspiração
da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável, constante na Resolução
de Conselho de Ministros n.º 19/2007, de 20 de Agosto.
Os 10 princípios de Sustentabilidade:
1. Governância
2. Gestão Local para a Sustentabilidade
3. Bens Comuns Naturais
4. Consumo Responsável e Opções de Estilo de Vida
5. Planeamento e Desenho Urbano
6. Melhor Mobilidade Menos Tráfego
7. Ação Local para a Saúde
8. Economia Local Dinâmica e Sustentável
9. Equidade e Justiça Social
10. Do Local para o Global
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
A agricultura sustentável é uma componente do
desenvolvimento sustentável, sendo ainda designada por:
agricultura durável, produção integrada, agricultura
alternativa, agricultura regenerativa, agricultura biológica ou,
ainda, ecológica, orgânica, natural, input, low-input e,
recentemente, em França, agriculture raisonnée.
Em definição proposta pela FAO, em 1992, refere-se que “um
desenvolvimento durável da agricultura, da silvicultura e das
pescas deve preservar a terra, a água e os recursos genéticos
vegetais e animais, não degradar o ambiente e ser tecnicamente
apropriado, economicamente viável e socialmente aceitável”
Segundo Ikerd, em 1993, a agricultura sustentável
deve ser capaz de “manter indefinidamente a sua
produtividade e utilidade para a sociedade.
Tal agricultura deve usar sistemas agrícolas que
conservem os recursos, protejam o ambiente,
produzam eficientemente, compitam comercialmente
e melhorem a qualidade de vida dos agricultores e da
sociedade como um todo”.
A agricultura é sustentável quando é ecologicamente
equilibrada, economicamente viável, socialmente justa,
culturalmente apropriada e orientada por um enfoque
científico.
A agricultura utiliza
como fatores de
produção um
conjunto de recursos
naturais que lhe são
essenciais: o solo, a
água, o ar e o
património genético.
A agricultura industrializada mede o seu
sucesso apenas em termos de aumento da
produtividade e da rentabilidade.
A agricultura sustentável pretende produzir
alimentos saudáveis, por pessoas saudáveis,
num ambiente saudável.
Capital Natural
O Capital Natural é o valor da natureza para as
pessoas, a sociedade, as empresas e a
economia.
É o stock de recursos físicos e biológicos e a
capacidade dos ecossistemas fornecerem um
conjunto de serviços que contribuem para o
bem-estar humano e para o desenvolvimento
sustentável.
Considera o desenvolvimento
simultâneo de cinco tipos de capitais:
Capital natural – corresponde a todos os seres
vivos e não-vivos e processos naturais, que podem
ser valorizados na agricultura sustentável;
Capital social – corresponde às normas,
valores e regras que permitem a coesão
social; a cooperação efetiva.
Na agricultura sustentável a interação entre
produtores e outros agentes geralmente é
melhorada, visando a justiça social;
Capital humano – corresponde às capacidades
físicas e intelectuais de cada indivíduo. Como a
agricultura sustentável exige aprendizagem e
adaptação o capital humano é aumentado;
Capital físico – corresponde a todas as
infraestruturas, que permitem melhorar a
atividade agrícola;
Capital financeiro – corresponde aos valores
monetários. Uma agricultura sustentável tem que
ser economicamente viável.
A Abordagem da Sustentabilidade no
Contexto Nacional
- Estratégia Nacional do Desenvolvimento
Sustentável (ENDS): traça os domínios estratégicos
rumo à sustentabilidade, as metas e os instrumentos
sectoriais disponíveis, apostando já num conjunto de
indicadores (ambientais, económicos, sociais e institucionais).
- Proposta para um Sistema de Indicadores de
Desenvolvimento Sustentável: concretiza os
indicadores a utilizar, as fontes de informação e a metodologia para
o seu cálculo, estabelece a ponte com os princípios estabelecidos
na Agenda 21 e, finalmente, ilustra a situação do País.
Aprovados em Resolução de Conselho de Ministros em 28 de Dezembro de 2006.
A Estratégia Nacional do Desenvolvimento Sustentável
para o horizonte 2005-2015 tem como metas:
- colocar Portugal num patamar de
desenvolvimento económico mais próximo da
média europeia;
- melhorar a posição do País no Índice de
Desenvolvimento Humano;
- reduzir o défice ecológico em 10%.
Objetivos intermédios:
• Preparar Portugal para a Sociedade do Conhecimento.
• Crescimento Sustentado, Competitividade e Eficiência Energética.
• Melhor Ambiente e Valorização do Património Natural.
• Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social.
• Melhor Conectividade e Valorização Equilibrada do Território.
• Papel Ativo na Construção Europeia e Cooperação Internacional.
• Administração Pública Mais Eficiente e Moderna.
A produção integrada e a agricultura biológica são duas
modalidades de agricultura sustentável com exigências
similares em relação a um “núcleo duro”:
• a estabilidade dos ecossistemas;
• a biodiversidade;
• a fertilidade do solo;
• o ciclo dos nutrientes;
• o bem-estar dos animais;
• os parâmetros ecológicos da qualidade;
• os níveis de produção;
• a poluição e a qualidade de vida;
• formação do agricultor.
Agricultura biológica Vs Produção integrada
A agricultura biológica dá maior ênfase em relação ao solo
evidenciada, por exemplo, pela utilização prioritária do composto; e
pela proibição da utilização de adubos químicos e de pesticidas
químicos com exceção de feromonas químicas, por não serem
aplicadas diretamente ao solo ou sobre a planta.
A produção integrada permite a utilização de adubos e pesticidas
químicos, de modo a não afetar o Homem e o ambiente, e
evidencia, até, maiores precauções na defesa dos auxiliares,
agredidos em agricultura biológica por inseticidas “naturais” (as
plantas inseticidas,) mas tóxicos para os auxiliares.
Por que motivo é a agricultura
importante para o ambiente?
Em Portugal, a atividade agrícola
e florestal desenvolve-se em
cerca de 80% do território,
sendo indispensável para a
manutenção da qualidade do
ambiente.
É fundamental conservar o solo e a
água, enquanto principais recursos
naturais sobre os quais se exerce a
pressão da atividade agrícola.
Recordando o solo…
Produtividade do solo – capacidade do solo para
sustentar o crescimento vegetal sob uma técnica cultural
específica. Depende do clima e das características físicas,
químicas e biológicas do solo.
Fertilidade do solo – capacidade que o solo tem de
fornecer os elementos essenciais às plantas, nas quantidades e
proporções necessárias para determinada espécie.
A fertilidade e a produtividade do solo dependem de um
conjunto de características que se relacionam entre si, como
textura, estrutura, disponibilidade em matéria orgânica e
nutrientes, e reação do solo.
A CONSERVAÇÃO DO SOLO
A grande maioria dos solos do Continente são pobres, o que
associado ao acidentado do relevo aumenta o risco da sua
degradação.
A causa mais importante da degradação do solo em Portugal
Continental é a erosão provocada pela água da chuva,
resultando daí a perda de partículas das suas camadas
superficiais, reduzindo a espessura e a fertilidade da terra arável.
Mas a erosão pode ser agravada pela atividade agrícola, como
consequência da aplicação de práticas culturais incorretas.
Práticas agrícolas incorretas que
promovem a degradação dos solos:
• Rotações culturais
desajustadas às características
do solo e/ou do clima,
inexistência de rotações ou
permanência do solo sem
cobertura durante a época das
chuvas.
Esta situação é mais grave
nos sistemas de
monocultura intensiva.
Excesso de mobilização do solo - operações
demasiado frequentes ou utilização de equipamentos
que pulverizam excessivamente o solo e não deixam
resíduos da cultura anterior na superfície.
Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
Mobilização do solo segundo a linha de
maior declive em terrenos inclinados.
Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
Execução de operações
culturais quando o solo
apresenta condições de
humidade inadequadas.
Instalação “ao alto” de pomares,
olivais ou vinhas em terrenos de
declive acentuado, sem proteção
do solo durante a época das
c h u v a s.
Uso de métodos de rega inadequados às condições do terreno
e má gestão da água, sobretudo em parcelas onduladas.
Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
Deficiente
distribuição das
culturas pelas
diferentes parcelas
da exploração
agrícola.
Melhorar a fertilidade do solo
O solo é o principal fornecedor de nutrientes e de água às plantas,
dependendo o nível de fertilidade das suas características físicas, químicas e
biológicas. É fundamental:
fertilizar racionalmente as culturas
corrigir a acidez do solo
Funções da matéria orgânica no solo
• Favorece a estrutura do solo, levando à formação de agregados mais
estáveis que facilitam uma boa circulação da água e do ar no solo, bem
como a penetração das raízes, e diminuem os riscos de erosão.
• Aumenta a capacidade de retenção da água no solo, tornando-o
menos sensível à secura, o que é particularmente importante em solos
de textura ligeira.
• Constitui fonte de azoto, de enxofre e de outros nutrientes para as
plantas e melhora a capacidade de retenção destes elementos no solo;
• Aumenta a capacidade do solo na fixação de certos elementos tóxicos
para as plantas que, assim, os absorvem em menores quantidades;
• Serve de suporte à
atividade biológica do
solo que é assegurada
pela fauna e um
grande número de
microrganismos que
fazem do solo um meio
vivo.
• Contribui para a fixação de dióxido de carbono (CO2), reduzindo
a sua concentração na atmosfera.
Enriquecer o solo em matéria orgânica
O teor de matéria orgânica do solo deve ser melhorado, na medida do possível, para
valores não inferiores a 2%.
Métodos de incorporação periódica de corretivos orgânicos:
• Corretivos orgânicos provenientes das
explorações agrícolas, como os estrumes, os
chorumes ou os resíduos da atividade agrícola,
desde que em boas condições fitossanitárias;
• Compostos de resíduos sólidos urbanos,
vulgarmente designados por RSU.
• Lamas provenientes do tratamento de efluentes de diferentes origens.
Nas condições climáticas do país, a solução para o aumento do
teor de matéria orgânica nas áreas destinadas a culturas
arvenses, pastagens e forragens deve ser encontrada, no
próprio sistema de produção:
- aumentar a quantidade de resíduos devolvidos
ao solo e, ao mesmo tempo, reduzir a velocidade
de decomposição (taxa de mineralização).
NOTA: Para diminuir a taxa de mineralização é necessária
uma redução acentuada da mobilização do solo, excluindo a
charrua.
Precauções básicas na aplicação de
corretivos orgânicos:
• I n c o r p ore os corretivos orgânicos no solo imediatamente a
seguir à sua distribuição sobre o terreno, a fim de prevenir a perda
de azoto durante a época das chuvas.
• A distribuição deve ser uniforme na parcela a beneficiar.
• Nas áreas designadas como zonas vulneráveis à poluição com
nitratos, as quantidades a aplicar estão limitadas pelos
montantes máximos de azoto orgânico. Aplicar ao solo apenas as
quantidades permitidas nos respetivos programas de ação.
Lembram-se do que é a eutrofização?
• Fora daquelas zonas, e a título preventivo, não aplique anualmente
mais de 210 kg por hectare de azoto de origem orgânica.
• Consulte o diploma legal que regulamenta a quantidade máxima de
lamas de depuração que pode ser aplicada em solos ácidos, bem como os
níveis máximos de metais pesados (cobre, zinco, etc.) permitidos em tais
solos.
• Sempre que pretender
aplicar lamas ao solo, faça
previamente análises ao
solo e às lamas.
• Quando aplicar chorumes provenientes de suínos, controle
periodicamente os teores de cobre e de zinco no solo, através de
análises realizadas pelo menos de três em três anos.
Fertilizar racionalmente as culturas
A prática da fertilização racional exige que se
conheça:
• Quais as disponibilidades do solo em nutrientes;
• Que nutrientes existem na água de rega ;
• Quanto é que cada cultura necessita de cada nutriente para
atingir determinada produção ou nível de qualidade;
• Quando é que cada cultura necessita dos nutrientes;
• Como devem ser aplicados os fertilizantes.
O plano de fertilização
Não esquecer que a análise de água de rega é também
importante para conhecer os possíveis contaminantes do
solo que ela contenha e que podem limitar o seu uso, por
exemplo, por causa dos riscos de salinização.
Corrigir a acidez do solo
Em solos muito ácidos é frequente as plantas apresentarem
sintomas de toxicidade ou de carência em elementos
nutritivos.
Nestes solos existe um elevado risco das culturas
absorverem em excesso os metais pesados incorporados
através de adubos ou de corretivos orgânicos, originando
problemas de toxicidade.
A correção do excesso de acidez da terra é efetuada
através da calagem (calcário), ou seja, da aplicação de um
corretivo que permita a subida dos valores do pH do solo.
Medidas a tomar:
Defender o solo contra a ero s ã o
Distribuição das culturas na exploração
Nas explorações agrícolas em que existam parcelas com diferentes
características, como o tipo de solo, o declive, etc., a distribuição adequada
das culturas pelas várias parcelas pode contribuir para a prevenção dos
processos de erosão.
A existência de sebes vivas em torno das
parcelas favorece a fixação do solo,
contribuindo para reduzir os processos de
ero s ã o, sobretudo em zonas de
precipitação elevada.
O mesmo objetivo pode ser atingido
distribuindo as culturas em faixas
segundo as curvas de nível.
Disposição das culturas na exploração
Rotações culturais
Fatores a considerar na seleção das culturas e as rotações culturais:
― a dimensão da exploração;
- os objetivos do produtor;
- a natureza do solo;
- as condições climáticas;
- as culturas tradicionais na região.
Aspetos a considerar na rotação de culturas
- Inclua culturas que mantenham o solo revestido durante a
época das chuvas;
- As rotações que incluam cereais de Outono/Inverno devem
ser tanto mais longas quanto maior for o risco de erosão da
parcela;
- Em terrenos declivosos, com risco de erosão elevado, ao
cereal deve seguir-se uma pastagem semeada à base de
leguminosas, que disponibiliza alimento para o gado e serve de
coberto vegetal protetor do solo durante a época das chuvas;
- Esta pastagem deve estar no solo um mínimo de 5 anos, findos os quais se
segue o cereal.
Qual a vantagem do uso desta cultura?
- As rotações culturais
poderão ser encurtadas e as
pastagens substituídas por
leguminosas para produção
de grão ou, nos solos mais
férteis, por oleaginosas,
Racionalizar a mobilização do solo
Uma das práticas culturais que
mais contribui para a erosão
do solo é a mobilização
frequente com equipamentos
que pulverizam
as camadas superficiais do
solo, facilitando o seu
arrastamento
pela água das chuvas.
Regras básicas na mobilização do solo
• Reduza as mobilizações do solo, sobretudo
durante o Outono;
• Evite pulverizar demasiado o solo;
• Use técnicas de mobilização mínima (observe a
regularidade do terreno - quanto mais regular o terreno, menos profunda
será a mobilização.)
• Utilize máquinas e alfaias leves que não
enterrem os resíduos a cultura anterior.
Prefira a utilização de escarificadores ;
- Recorra a técnicas de sementeira diretas sempre que haja
experiência local com bons resultados
• Execute as mobilizações do solo e a
sementeira de acordo com a
orientação das curvas de nível, o
que é tanto mais importante quanto
mais acentuada a inclinação do terre
n o ;
• Adapte as técnicas culturais e
orientação das mobilizações ao
funcionamento dos sistemas de rega
usados para diminuir o escoamento
superficial da água.
Quanto maior o risco de erosão do solo mais
restritivo deve ser o sistema de mobilização.
A utilização da charrua ou de alfaias rotativas
deve ser muito bem ponderada, uma vez que
conduzem a um maior risco de perda de solo por
ero s ã o .
Pomares, olivais e vinhas
Na maior parte das situações, os pomares, os olivais e as vinhas estão
instalados em parcelas declivosas onde os solos apresentam maiores riscos
de ero s ã o .
Por outro lado, muitos desses
solos encontram-se
compactados, frequentemente
devido à passagem das
máquinas agrícolas
• Evite a instalação destas culturas em encostas
com declives superiores a 20%;
• Proteja o solo da entrelinha com um coberto
herbáceo, pelo menos durante o Inverno e até à
rebentação, que poderá ser semeado ou
constituído pela vegetação espontânea;
• Nas regiões com chuvas mais abundantes, a
vegetação deverá ser mantida na entrelinha,
constituindo um coberto vegetal permanente
semeado à base de gramíneas e leguminosas.
Se tiver necessidade de destruir a vegetação da
entrelinha siga os seguintes conselhos:
• Aplique herbicida devidamente autorizado,
deixando a manta morta sobre o terreno,
protegendo o solo e evitando a perda de água;
• Se cortar a vegetação mecanicamente deixe-a
também sobre o terreno.
Adaptar as técnicas de regadio
A aplicação da água de rega a uma taxa superior à que é
capaz de se infiltrar no solo favorece o escoamento
superficial, provocando o arrastamento das partículas do solo
e, portanto, a erosão.
Utilize métodos de rega por gravidade em terrenos planos e
métodos de rega sob pressão em terrenos mais declivosos.
Em zonas mais declivosas, utilize
técnicas culturais alternativas (faixas de
proteção do solo, valas de drenagem,
etc.) que permitam reduzir a
velocidade da água, e técnicas de
mobilização do solo que mantenham
grandes quantidades dos resíduos da
cultura anterior na superfície do solo.
A aplicação destas técnicas permite que
o solo arrastado pela água se deposite
ainda dentro da mesma parcela.
Evitar a compactação do solo
A compactação dos solos agrícolas é consequência da degradação da sua
estrutura, resultante, na maioria dos casos, da circulação de máquinas em
solos com excesso de humidade ou da sua pulverização excessiva devida a
operações inadequadas de mobilização do solo ou, ainda, do sobrepastoreio.
Como resultado, os solos tornam-se menos
permeáveis, com maiores riscos de escoamento
superficial das águas ficando, assim, mais expostos
aos processos de erosão.
Redução da compactação do solo
O sobrepastoreio das pastagens provoca:
• A degradação da pastagem, no que diz
respeito à sua composição.
• A compactação do solo, por excesso de
pisoteio, sobretudo se o pastoreio se
verifica quando o solo se encontra
demasiado húmido.
O sobre p a s t o reio pode ser resultante:
• De cargas pecuárias excessivas para a capacidade forrageira das
pastagens;
• Das pastagens serem percorridas pelo gado de forma
desequilibrada.
Consumo e desperdício de água
Práticas agrícolas e conservação da água
A agricultura é, no
nosso país, o principal
utilizador da água,
sendo responsável por
cerca de 70% do seu
consumo.
Em Portugal, a distribuição da chuva ao longo do ano é muito irregular e,
além disso, a quantidade anual de chuva varia significativamente de ano
para ano.
A importância da conservação da água
A área de regadio ocupa mais
de 600.000 hectares e irá
aumentar nos próximos anos.
Embora a agricultura não seja o principal agente poluidor da
água, as práticas culturais utilizadas têm que garantir a
proteção da sua qualidade ou, quando necessário, melhorá-la.
Utilizar racionalmente a água de rega
Um bom uso da água de rega permite poupar um recurso escasso (a água).
Menor quantidade de água para obter a mesma produção.
Permite alargar a área de regadio da exploração.
Reduz-se os custos de produção e aumenta-se a rentabilidade económica.
Objetivos da rega racional
O objetivo principal é saber quando
e quanto regar, por forma a adaptar,
o mais possível, a época e a
quantidade de água de rega às
necessidades das culturas, evitando
perdas desnecessárias.
A água deve ser fornecida à cultura com uma boa eficiência, reduzindo ao
mínimo as perdas que se verificam ao longo do sistema de distribuição e na
aplicação na parcela.
A aplicação da água deve ser uniforme em toda a parcela de rega.
COMO REGAR?
A técnica como a água é aplicada às culturas chama-se
método de rega e pode ser de superfície (ou gravidade), por
aspersão, ou localizada (microrrega). Além da eficiência de
rega deve ser considerada, como fator de qualidade, a
uniformidade da distribuição e a produtividade da água.
Produtividade da água – razão entre a quantidade de produto ou serviço produzido e
a quantidade de água usada para sua obtenção.
Em produção integrada, procura-se aplicar a água de forma tão
uniforme quanto possível e evitar zonas com excesso de água que
possam originar escoamentos superficiais ou infiltrações
profundas.
REGA de SUPERFÍCIE
Na rega de superfície, a água é aplicada às parcelas de terreno por canteiros,
sulcos, faixas, regadeiras de nível ou espalhamento da água.
A rega por canteiros consiste em distribuir a água por parcelas,
geralmente retangulares, com declive quase nulo, circundadas por pequenas
barreiras de terra, que impedem que a água passe para outros campos. Os
canteiros podem ser à rasa ou armados em camalhões (por exemplo, no arroz).
Os sulcos são pequenos canais
equidistantes, abertos no sentido do maior
comprimento do terreno, a distâncias
determinadas pela largura de trabalho das
máquinas e condicionadas pela capacidade da
água se infiltrar. Os sulcos devem ter declive
suave e uniforme e comprimento, geralmente,
entre 200 e 400 metros
Na rega por faixas, a água é
distribuída por parcelas retangulares
estreitas e compridas, semelhantes a
canteiros ladeados por pequenas
barreiras de terra. É utilizada em terrenos
de declive suave e com infiltração média a
baixa. A água aplicada escorre ao longo do
seu comprimento, ao mesmo tempo que
se infiltra.
REGA POR ASPERSÃO
A constante inovação em aspersores e outros equipamentos de aspersão
tem permitido adaptar este método, com sucesso, a todos os tipos de solo,
topografia, culturas e clima. É utilizado em 10% das áreas agrícolas.
O sistema de rega por aspersão integra os seguintes componentes:
• bomba – eleva a água a partir da origem (reservatório, poço ou
curso de água) e fornece-a ao sistema de rega, com pressão necessária
ao funcionamento dos aspersores;
• condutas – uma conduta principal fixa (de aço galvanizado,
fibrocimento ou plástico) ou móvel (em liga leve de alumínio ou
plástico), que conduz a água da bomba às condutas secundárias e
estas às rampas;
• rampas – condutas fixas, geralmente enterradas, ou móveis onde
estão montados os aspersores;
• aspersores – aplicam a água sobre o solo e cultura em pequenas
gotas, semelhantes a chuva e são determinantes na conceção dos
sistemas de rega e na qualidade do seu desempenho
MICRORREGA
A rega localizada ou microrrega consiste na rega sob
pressão, em que a água é aplicada apenas nas zonas do solo
onde se desenvolvem as raízes das plantas
A aplicação da água em microrrega, à semelhança da aspersão, exige
uma rede de condutas principais, condutas secundárias, porta-rampas
e rampas, habitualmente dispostas sobre o terreno.
Sistemas de rega localizada
• rega de gotejamento ou gota-a-gota, em que a
água é aplicada lentamente à superfície do solo através
de pequenos orifícios emissores, chamados
gotejadores, com caudais de apenas 2 a 8 litros por
hora;
• microaspersão, em que a água é pulverizada
sobre a superfície do solo, em áreas pequenas,
com 1 a 5 metros de diâmetro, através de
emissores, com débitos de 50 a 150 litros por
hora, designados genericamente por
microaspersores;
• rega a jorros, em que pequenos jorros de água são aplicados a
pequenos reservatórios (caldeiras) à superfície do solo, através de
emissores especiais, designados jorradores ou golfadores, que debitam
a água por impulsos, com caudais de 100 a 150 litros por hora;
• rega subsuperficial, em que a
água é aplicada através de
emissores integrados em rampas
colocadas abaixo da superfície do
solo e em que, geralmente, toda a
rede é enterrada.
Nutrição das plantas
Os nutrientes indispensáveis à vida das plantas dividem-se em
macro e micronutrientes.
AZOTO
O azoto é um nutriente determinante para as produções
agrícolas, por ser constituinte de vários compostos orgânicos, em
especial proteínas, molécula de clorofila e compostos azotados.
No solo, o azoto está sujeito a um vasto conjunto de
transformações, pelo que a fertilização azotada e todas as
técnicas culturais, devem ser conduzidas por forma a evitar o
risco de contaminação dos lençóis freáticos e cursos de água
com nitratos.
FÓSFORO
O fósforo tem funções energéticas e estruturais na planta: é
fundamental para o metabolismo, pela sua função de acumulação
e transporte de energia, é componente de compostos bioquímicos
como ácidos nucleicos, fosfoproteínas e fosfolípidos. É essencial ao
desenvolvimento do sistema radicular e induz maturidade e
precocidade.
O fósforo encontra-se no solo como componente da matéria
orgânica, na forma mineral adsorvido na matriz do solo e na
solução do solo, e em compostos orgânicos solúveis.
Carências e excessos de nutrientes
Os micronutrientes são necessários às plantas em pequenas quantidades e,
quando assimilados em quantidades superiores às necessárias, podem causar
toxicidade.
Regras para a gestão equilibrada da água
- Faça análises de terra para conhecer a capacidade de armazenamento do
solo nas diferentes parcelas a regar;
- Adapte o método de rega à
cultura, tipo de solo e inclinação
do terreno, melhorando a
eficiência de rega. Em solos
arenosos utilize a rega sob
pressão, de preferência rega
gota-a-gota;
- Avalie as necessidades de água da cultura em função das condições
climáticas locais;
- Calcule as necessidades
de rega, anuais e de
ponta, através de um
balanço hídrico;
- Faça o revestimento dos canais de rega
para transporte de água ou use tubagem
estanque para evitar perdas;
- Utilize os métodos de rega localizada,
quando forem adequados;
- Avalie periodicamente os sistemas de rega
instalados. Melhore a sua adequação às
exigências das culturas, aumentando a eficácia e
a uniformidade da rega;
- Avalie periodicamente as estações de bombagem, por forma a adequar o seu
funcionamento às exigências dos equipamentos;
- Racionalize o uso da energia e da água, melhorando a uniformidade da rega;
- Reutilize na rega a água perdida por escoamento superficial, evitando a sua
saída da exploração agrícola;
- Mantenha os equipamentos em bom estado de manutenção para evitar
fugas e possibilitar a regulação do débito pretendido.
Proteger a qualidade da água da
poluição com fertilizantes
A contaminação das águas com nitratos deve ser evitada, pois pode ter
consequências graves para a saúde humana e para o ambiente.
- A prevenção da poluição das
águas superficiais e
subterrâneas com nitratos está
relacionada com a quantidade
de fertilizantes azotados
aplicada ao solo, e com a
técnica e época da sua
aplicação.
E a contaminação das águas subterrâneas é particularmente grave.
Época e as técnicas de aplicação
dos adubos azotados
- Fracione a quantidade de azoto recomendado, aplicando os fertilizantes
nas épocas em que as culturas mais necessitam;
- Consulte sempre os serviços meteoro l ó g i c o s e não aplique adubos
azotados se a previsão for de chuva nas 48 horas s e g u i n t e s ;
- Não aplique adubos sólidos azotados antes
de regar;
- Não aplique adubos azotados pelo menos
durante os meses de dezembro e janeiro, à
exceção das hortícolas.
Controlar os nitratos do solo entre
duas culturas sucessivas
Utilizar racionalmente os efluentes da pecuária
Vantagens:
Os chorumes são constituídos por uma mistura de fezes, urina e água, com quantidades
diminutas de material utilizado para a cama dos animais, como palhas e fenos (teor de
resíduo seco de cerca de 10%).
Os estrumes são constituídos por fezes, urina e quantidades significativas de material
utilizado para a cama dos animais (teor de resíduo seco na ordem dos 25%).
Armazenar e manusear corretamente os adubos
Os adubos sólidos e, sobretudo os líquidos, devem ser
armazenados em locais secos e impermeabilizados, situados a
mais de 10 metros de distância dos rios e ribeiras, de valas ou
condutas de drenagem, de poços, furos ou nascentes.
Armazenar corretamente os efluentes
da pecuária produzidos na exploração
É importante reduzir as perdas de nutrientes (azoto) ao mínimo, a fim de manter o seu
valor como fertilizante e reduzir os riscos de poluição do ambiente.
Proteger a qualidade da água da poluição
com produtos fitofarmacêuticos
Proteger os rios e as ribeiras
Os nossos rios e ribeiras constituem um meio natural que tem várias funções
importantes:
Muitos agricultores, em vastas zonas do país, estão
dependentes de um aproveitamento intensivo dos solos dos
vales férteis dos rios e das ribeiras. Isso implica:
- Assegurar uma boa drenagem dos campos
adjacentes, mantendo o plano de água a níveis
relativamente baixos;
- Prevenir os efeitos destrutivos das
cheias, ou seja, evitar que no Outono e
Inverno estas provoquem alterações
dramáticas do traçado dos rios e das
ribeiras.
É SEMPRE necessário manter limpo o leito do rio
ou da ribeira, ou seja, combater o assoreamento do
leito e controlar o crescimento da vegetação no
interior do mesmo (fundo do leito e talude).
Promova a conservação da vegetação ribeirinha existente e a instalação de
nova vegetação, utilizando as espécies características da região (salgueiros,
amieiros, ulmeiros, freixos, choupos, tamujo, sevadilha, tamargueiras, etc.)
para proteção das margens.
Quando tiver que cortar vegetação, arbustiva e arbórea dos
taludes, faça uma seleção da mesma:
• Dê prioridade à remoção das árvores
doentes ou mortas;
• Remova prioritariamente árvores e
arbustos de espécies exóticas que
podem tornar-se infestantes;
• Mantenha tanto quanto possível a
maior diversidade de espécies ;
• Não esqueça que a vegetação herbácea
tem, também, um papel fundamental
na estabilização do talude.
Limpe pequenos troços em cada ano, ou então, limpe
alternadamente uma margem em cada ano em troços mais
extensos;
Deixe pequenos trechos de talude por limpar (aproximadamente 10 m
em cada 30 metros limpos), com o objetivo de manter refúgios e
facilitar a recolonização animal e vegetal;
Execute os trabalhos nos meses de Verão (junho a setembro).
No entanto, se tiver que realizar os trabalhos dentro do leito,
concentre-os nos meses de agosto e setembro para não afetar os
peixes na época de reprodução;
Tenha cuidados acrescidos na limpeza dos cursos de água permanentes, já que é
naturalmente nestes que existe uma vida aquática mais rica (peixes e anfíbios).
A destruição da vegetação na margem, mesmo que
localizadamente, pode no Inverno seguinte, levar ao
rebentamento das margens e ter consequências catastróficas
sobre as culturas instaladas.
O modo de produção biológico
O Modo de Produção Biológico é um
sistema global de gestão das explorações
agrícolas e de produção de géneros
alimentícios que combina as melhores
práticas ambientais, um elevado nível de
biodiversidade, a preservação dos recursos
naturais, a aplicação de normas exigentes
em matéria de bem-estar dos animais e
método de produção em sintonia com a
preferência de certos consumidores por
produtos obtidos utilizando substâncias e
processos naturais.
Fonte: www.dgadr.mamaot.pt/sustentavel/ap-tec-reconh-tecnicos/producao-biologica
Produção integrada
A produção integrada é um sistema agrícola de produção de produtos
agrícolas e géneros alimentícios de qualidade, baseado em boas práticas
agrícolas, com gestão racional dos recursos naturais e privilegiando a
utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de fatores
de produção, contribuindo, deste modo, para uma agricultura sustentável.
Fonte: www.dgadr.mamaot.pt/sustentavel/producao-integrada
O Decreto-Lei n.º 256/2009, de 24 de setembro estabelece os princípios e
orientações para a prática da proteção integrada e produção integrada, bem como o
regime das normas técnicas aplicáveis à proteção integrada, produção integrada e
modo de produção biológico, e cria, igualmente, um regime de reconhecimento de
técnicos em proteção integrada, produção integrada e modo de produção biológico,
no âmbito da produção agrícola primária
A produção integrada tem por base os seguintes princípios:
• Regulação do ecossistema, importância do bem-estar
dos animais e preservação dos recursos naturais;
• Exploração agrícola no seu conjunto, como a unidade
de implementação da produção integrada;
• Atualização regular dos conhecimentos dos agricultores
sobre produção integrada;
• Manutenção da estabilidade dos ecossistemas agrários;
• Equilíbrio do ciclo dos nutrientes, reduzindo as perdas ao
mínimo;
• Preservação e melhoria da fertilidade intrínseca do solo;
• Fomento da biodiversidade;
• Entendimento da qualidade dos produtos agrícolas como
tendo por base parâmetros ecológicos, assim como
critérios usuais de qualidade, externos e internos;
• Proteção das plantas tendo obrigatoriamente por base os
objetivos e as orientações da proteção integrada;
• Minimização de alguns dos efeitos secundários
decorrentes das atividades agrícolas.
O exercício da produção integrada implica,
pela parte dos agricultores, determinadas
obrigações e compromissos que devem ser
registados em caderno próprio
denominado caderno de campo.
Proteção integrada e componente vegetal
• O material destinado à plantação ou sementeira deve ser
certificado de acordo com as normas oficiais em vigor,
garantindo nomeadamente a sua homogeneidade e estado
sanitário;
• A densidade de plantação ou sementeira deve ser adequada às
características edafoclimáticas da região;
• As culturas permanentes devem ser podadas de modo a obter-
se um desenvolvimento uniforme e equilibrado.
• A estratégia de fertilização e rega deve ser orientada para a nutrição
adequada das culturas. Pelo que deve estabelecer-se para a exploração agrícola,
um plano de fertilização e um plano de rega, por parcela homogénea e cultura, no
caso das culturas perenes, ou por rotação, no caso das culturas anuais, no qual são
definidos, os tipos, as quantidades, as épocas e as técnicas de aplicação dos
fertilizantes e água, os quais devem ser revistos periodicamente em função das
análises de solo e água e da planta.
• Os fertilizantes a aplicar devem obedecer às normas legais vigentes,
devendo, em especial, ser isentos ou possuir teores muito baixos de metais
pesados ou de outras substâncias perigosas para o ambiente, e ser apenas
usados fertilizantes com micronutrientes quando a sua necessidade for
tecnicamente reconhecida.
• A proteção fitossanitária das culturas em produção integrada rege-se pelos
princípios da proteção integrada.
Normas de Proteção Integrada (componente vegetal):
www.dgadr.mamaot.pt/sustentavel/producao-integrada/normas-de-prodi
Proteção integrada e componente animal:
É necessária a aplicação de técnicas que
estabelecem um adequado equilíbrio e
salvaguarda do bem-estar animal,
devendo ter em conta, nomeadamente:
- o maneio;
- a alimentação animal;
- a profilaxia e saúde animal;
- a gestão de efluentes de
origem animal.
Normas de Proteção Integrada (componente animal): http://www.dgv.min-
agricultura.pt/xeov21/attachfileu.jsp?look_parentBoui=144711&att_display=n&att_download=y
DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES NA
EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA
Objetivos
Estimular o desenvolvimento de
atividades não agrícolas nas
explorações agrícolas, criando novas
fontes de rendimento e de emprego,
contribuindo diretamente para a
manutenção ou melhoria do
rendimento do agregado familiar, a
fixação da população, a ocupação do
território e o reforço da economia
rural.
Esta ação visa o apoio à criação ou desenvolvimento na
exploração agrícola, de atividades económicas de natureza não
agrícola, nomeadamente as que contribuam para a
diversificação da oferta turística, como sejam:
• o agroturismo e os
parques de campismo;
• o turismo de natureza;
• as atividades de recreação e lazer, incluindo as pedagógicas
relacionadas com atividades na exploração agrícola;
• as operações relacionadas com produção de energia para
venda e/ou uso próprio, utilizando fontes renováveis e
alternativas (eólica, foto voltaica, hídrica, biomassa, etc.).
TRABALHO DE PESQUISA
TEMA: A diversificação de atividades na
exploração agrícola
NORMAS GERAIS:
- Trabalho de grupo (2 a 4 elementos);
- Trabalho escrito + apresentação oral (cerca de 30 min.)
- Data de entrega e apresentação (a combinar)
Tópicos de referência:
- Vantagens e desvantagens da diversificação de
atividades na exploração agrícola.
- Diversidade de atividades a desenvolver na
exploração agrícola e possibilidade de apoios.
– Prestação de serviços de carácter ambiental
– Desenvolvimento de produtos tradicionais de qualidade, valorização de construções rurais
– de traça tradicional
– Dinamização de espaços agroflorestais para fins lúdicos e/ou pedagógicos relacionados
– com o meio rural
– Criação de espaços museológicos de temática rural
– Exploração cinegética integrada
– Outros exemplos
- Exemplos na região alentejana.
Proposta de fontes para consulta:
-http://www.dgadr.mamaot.pt/diversificacao
- http://guiaexploracoes.dgadr.pt/index.php/8-agricola?start=15
- http://www.proder.pt/conteudo.aspx?menuid=453
- http://www.rederural.pt/index.php/pt/homepage
-http://www.rederural.pt/index.php/pt/centro-de-recursos
- http://guiaexploracoes.dgadr.pt/
-http://www.adritem.pt/index.php?id=1029
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Instrumentos de Política Agrícola e de
Desenvolvimento Rural em vigor
Em 2014 iniciou-se um novo período de
programação de fundos comunitários, nos quais
se insere o apoio ao desenvolvimento agrícola e
rural a financiar pelo Fundo Europeu Agrícola de
Desenvolvimento Rural (FEADER).
A PAC tornou possível garantir cidadãos aos europeus
segurança no abastecimento de produtos alimentares,
bem como a sustentação económica do mundo rural que
marca uma das faces distintivas da Europa. Fez 50 anos
em 2012.
Saber mais em: www.pdr-2020.pt/site
O FEADER contribui para a realização da
estratégia Europa 2020, através da promoção
do desenvolvimento rural sustentável em toda
a União, em complementaridade com os outros
instrumentos da PAC, a política de coesão e a
política comum das pescas.
Saber mais em: https://infoeuropa.eurocid.pt/registo/000057517/
-www.portugal2020.pt/Portal2020/o-fundo-europeu-de-
desenvolvimento-regional-feder-faz-40-anos
O FEDER - Fundo Europeu de
Desenvolvimento - apoia ações nos países e
territórios em desenvolvimento no sentido de
promover o desenvolvimento económico,
social e humano, bem como a cooperação
regional.
- http://eur-lex.europa.eu/legal-
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Agricultura Sustentável e Desenvolvimento Rural

  • 1. AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO RURAL MÓDULO 13 - Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável
  • 2. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL "É um desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades“. (Relatório Brundtland, 1987) Proteção do meio ambiente Crescimento económico Igualdade social
  • 3. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Uma sociedade sustentável atenta na geração equitativa de bens e serviços, numa linha de desenvolvimento económico, sem prejudicar o ambiente, proporcionando aos seus cidadãos, o necessário para ter uma vida com qualidade, onde todos tenham acesso a alimentação, vestuário, moradia, educação, informação, garantindo iguais condições às gerações futuras.
  • 4. DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Em Portugal, estas reflexões, documentos e estratégias, constituíram a fonte de inspiração da Estratégia Nacional para o Desenvolvimento Sustentável, constante na Resolução de Conselho de Ministros n.º 19/2007, de 20 de Agosto.
  • 5. Os 10 princípios de Sustentabilidade: 1. Governância 2. Gestão Local para a Sustentabilidade 3. Bens Comuns Naturais 4. Consumo Responsável e Opções de Estilo de Vida 5. Planeamento e Desenho Urbano 6. Melhor Mobilidade Menos Tráfego 7. Ação Local para a Saúde 8. Economia Local Dinâmica e Sustentável 9. Equidade e Justiça Social 10. Do Local para o Global
  • 6. AGRICULTURA SUSTENTÁVEL A agricultura sustentável é uma componente do desenvolvimento sustentável, sendo ainda designada por: agricultura durável, produção integrada, agricultura alternativa, agricultura regenerativa, agricultura biológica ou, ainda, ecológica, orgânica, natural, input, low-input e, recentemente, em França, agriculture raisonnée. Em definição proposta pela FAO, em 1992, refere-se que “um desenvolvimento durável da agricultura, da silvicultura e das pescas deve preservar a terra, a água e os recursos genéticos vegetais e animais, não degradar o ambiente e ser tecnicamente apropriado, economicamente viável e socialmente aceitável”
  • 7. Segundo Ikerd, em 1993, a agricultura sustentável deve ser capaz de “manter indefinidamente a sua produtividade e utilidade para a sociedade. Tal agricultura deve usar sistemas agrícolas que conservem os recursos, protejam o ambiente, produzam eficientemente, compitam comercialmente e melhorem a qualidade de vida dos agricultores e da sociedade como um todo”.
  • 8. A agricultura é sustentável quando é ecologicamente equilibrada, economicamente viável, socialmente justa, culturalmente apropriada e orientada por um enfoque científico. A agricultura utiliza como fatores de produção um conjunto de recursos naturais que lhe são essenciais: o solo, a água, o ar e o património genético.
  • 9. A agricultura industrializada mede o seu sucesso apenas em termos de aumento da produtividade e da rentabilidade. A agricultura sustentável pretende produzir alimentos saudáveis, por pessoas saudáveis, num ambiente saudável.
  • 10. Capital Natural O Capital Natural é o valor da natureza para as pessoas, a sociedade, as empresas e a economia. É o stock de recursos físicos e biológicos e a capacidade dos ecossistemas fornecerem um conjunto de serviços que contribuem para o bem-estar humano e para o desenvolvimento sustentável.
  • 11. Considera o desenvolvimento simultâneo de cinco tipos de capitais: Capital natural – corresponde a todos os seres vivos e não-vivos e processos naturais, que podem ser valorizados na agricultura sustentável; Capital social – corresponde às normas, valores e regras que permitem a coesão social; a cooperação efetiva. Na agricultura sustentável a interação entre produtores e outros agentes geralmente é melhorada, visando a justiça social;
  • 12. Capital humano – corresponde às capacidades físicas e intelectuais de cada indivíduo. Como a agricultura sustentável exige aprendizagem e adaptação o capital humano é aumentado; Capital físico – corresponde a todas as infraestruturas, que permitem melhorar a atividade agrícola; Capital financeiro – corresponde aos valores monetários. Uma agricultura sustentável tem que ser economicamente viável.
  • 13. A Abordagem da Sustentabilidade no Contexto Nacional - Estratégia Nacional do Desenvolvimento Sustentável (ENDS): traça os domínios estratégicos rumo à sustentabilidade, as metas e os instrumentos sectoriais disponíveis, apostando já num conjunto de indicadores (ambientais, económicos, sociais e institucionais). - Proposta para um Sistema de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável: concretiza os indicadores a utilizar, as fontes de informação e a metodologia para o seu cálculo, estabelece a ponte com os princípios estabelecidos na Agenda 21 e, finalmente, ilustra a situação do País. Aprovados em Resolução de Conselho de Ministros em 28 de Dezembro de 2006.
  • 14. A Estratégia Nacional do Desenvolvimento Sustentável para o horizonte 2005-2015 tem como metas: - colocar Portugal num patamar de desenvolvimento económico mais próximo da média europeia; - melhorar a posição do País no Índice de Desenvolvimento Humano; - reduzir o défice ecológico em 10%.
  • 15. Objetivos intermédios: • Preparar Portugal para a Sociedade do Conhecimento. • Crescimento Sustentado, Competitividade e Eficiência Energética. • Melhor Ambiente e Valorização do Património Natural. • Mais Equidade, Igualdade de Oportunidades e Coesão Social. • Melhor Conectividade e Valorização Equilibrada do Território. • Papel Ativo na Construção Europeia e Cooperação Internacional. • Administração Pública Mais Eficiente e Moderna.
  • 16. A produção integrada e a agricultura biológica são duas modalidades de agricultura sustentável com exigências similares em relação a um “núcleo duro”: • a estabilidade dos ecossistemas; • a biodiversidade; • a fertilidade do solo; • o ciclo dos nutrientes; • o bem-estar dos animais; • os parâmetros ecológicos da qualidade; • os níveis de produção; • a poluição e a qualidade de vida; • formação do agricultor.
  • 17. Agricultura biológica Vs Produção integrada A agricultura biológica dá maior ênfase em relação ao solo evidenciada, por exemplo, pela utilização prioritária do composto; e pela proibição da utilização de adubos químicos e de pesticidas químicos com exceção de feromonas químicas, por não serem aplicadas diretamente ao solo ou sobre a planta. A produção integrada permite a utilização de adubos e pesticidas químicos, de modo a não afetar o Homem e o ambiente, e evidencia, até, maiores precauções na defesa dos auxiliares, agredidos em agricultura biológica por inseticidas “naturais” (as plantas inseticidas,) mas tóxicos para os auxiliares.
  • 18. Por que motivo é a agricultura importante para o ambiente? Em Portugal, a atividade agrícola e florestal desenvolve-se em cerca de 80% do território, sendo indispensável para a manutenção da qualidade do ambiente.
  • 19. É fundamental conservar o solo e a água, enquanto principais recursos naturais sobre os quais se exerce a pressão da atividade agrícola.
  • 20. Recordando o solo… Produtividade do solo – capacidade do solo para sustentar o crescimento vegetal sob uma técnica cultural específica. Depende do clima e das características físicas, químicas e biológicas do solo. Fertilidade do solo – capacidade que o solo tem de fornecer os elementos essenciais às plantas, nas quantidades e proporções necessárias para determinada espécie.
  • 21. A fertilidade e a produtividade do solo dependem de um conjunto de características que se relacionam entre si, como textura, estrutura, disponibilidade em matéria orgânica e nutrientes, e reação do solo.
  • 22. A CONSERVAÇÃO DO SOLO A grande maioria dos solos do Continente são pobres, o que associado ao acidentado do relevo aumenta o risco da sua degradação.
  • 23. A causa mais importante da degradação do solo em Portugal Continental é a erosão provocada pela água da chuva, resultando daí a perda de partículas das suas camadas superficiais, reduzindo a espessura e a fertilidade da terra arável. Mas a erosão pode ser agravada pela atividade agrícola, como consequência da aplicação de práticas culturais incorretas.
  • 24. Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos: • Rotações culturais desajustadas às características do solo e/ou do clima, inexistência de rotações ou permanência do solo sem cobertura durante a época das chuvas. Esta situação é mais grave nos sistemas de monocultura intensiva.
  • 25. Excesso de mobilização do solo - operações demasiado frequentes ou utilização de equipamentos que pulverizam excessivamente o solo e não deixam resíduos da cultura anterior na superfície. Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
  • 26. Mobilização do solo segundo a linha de maior declive em terrenos inclinados. Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
  • 27. Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos: Execução de operações culturais quando o solo apresenta condições de humidade inadequadas. Instalação “ao alto” de pomares, olivais ou vinhas em terrenos de declive acentuado, sem proteção do solo durante a época das c h u v a s.
  • 28. Uso de métodos de rega inadequados às condições do terreno e má gestão da água, sobretudo em parcelas onduladas. Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos:
  • 29. Práticas agrícolas incorretas que promovem a degradação dos solos: Deficiente distribuição das culturas pelas diferentes parcelas da exploração agrícola.
  • 30. Melhorar a fertilidade do solo O solo é o principal fornecedor de nutrientes e de água às plantas, dependendo o nível de fertilidade das suas características físicas, químicas e biológicas. É fundamental: fertilizar racionalmente as culturas corrigir a acidez do solo
  • 31. Funções da matéria orgânica no solo • Favorece a estrutura do solo, levando à formação de agregados mais estáveis que facilitam uma boa circulação da água e do ar no solo, bem como a penetração das raízes, e diminuem os riscos de erosão. • Aumenta a capacidade de retenção da água no solo, tornando-o menos sensível à secura, o que é particularmente importante em solos de textura ligeira. • Constitui fonte de azoto, de enxofre e de outros nutrientes para as plantas e melhora a capacidade de retenção destes elementos no solo; • Aumenta a capacidade do solo na fixação de certos elementos tóxicos para as plantas que, assim, os absorvem em menores quantidades;
  • 32. • Serve de suporte à atividade biológica do solo que é assegurada pela fauna e um grande número de microrganismos que fazem do solo um meio vivo. • Contribui para a fixação de dióxido de carbono (CO2), reduzindo a sua concentração na atmosfera.
  • 33. Enriquecer o solo em matéria orgânica O teor de matéria orgânica do solo deve ser melhorado, na medida do possível, para valores não inferiores a 2%. Métodos de incorporação periódica de corretivos orgânicos: • Corretivos orgânicos provenientes das explorações agrícolas, como os estrumes, os chorumes ou os resíduos da atividade agrícola, desde que em boas condições fitossanitárias; • Compostos de resíduos sólidos urbanos, vulgarmente designados por RSU. • Lamas provenientes do tratamento de efluentes de diferentes origens.
  • 34. Nas condições climáticas do país, a solução para o aumento do teor de matéria orgânica nas áreas destinadas a culturas arvenses, pastagens e forragens deve ser encontrada, no próprio sistema de produção: - aumentar a quantidade de resíduos devolvidos ao solo e, ao mesmo tempo, reduzir a velocidade de decomposição (taxa de mineralização). NOTA: Para diminuir a taxa de mineralização é necessária uma redução acentuada da mobilização do solo, excluindo a charrua.
  • 35. Precauções básicas na aplicação de corretivos orgânicos: • I n c o r p ore os corretivos orgânicos no solo imediatamente a seguir à sua distribuição sobre o terreno, a fim de prevenir a perda de azoto durante a época das chuvas. • A distribuição deve ser uniforme na parcela a beneficiar. • Nas áreas designadas como zonas vulneráveis à poluição com nitratos, as quantidades a aplicar estão limitadas pelos montantes máximos de azoto orgânico. Aplicar ao solo apenas as quantidades permitidas nos respetivos programas de ação. Lembram-se do que é a eutrofização? • Fora daquelas zonas, e a título preventivo, não aplique anualmente mais de 210 kg por hectare de azoto de origem orgânica.
  • 36. • Consulte o diploma legal que regulamenta a quantidade máxima de lamas de depuração que pode ser aplicada em solos ácidos, bem como os níveis máximos de metais pesados (cobre, zinco, etc.) permitidos em tais solos. • Sempre que pretender aplicar lamas ao solo, faça previamente análises ao solo e às lamas. • Quando aplicar chorumes provenientes de suínos, controle periodicamente os teores de cobre e de zinco no solo, através de análises realizadas pelo menos de três em três anos.
  • 37. Fertilizar racionalmente as culturas A prática da fertilização racional exige que se conheça: • Quais as disponibilidades do solo em nutrientes; • Que nutrientes existem na água de rega ; • Quanto é que cada cultura necessita de cada nutriente para atingir determinada produção ou nível de qualidade; • Quando é que cada cultura necessita dos nutrientes; • Como devem ser aplicados os fertilizantes.
  • 38. O plano de fertilização
  • 39.
  • 40. Não esquecer que a análise de água de rega é também importante para conhecer os possíveis contaminantes do solo que ela contenha e que podem limitar o seu uso, por exemplo, por causa dos riscos de salinização.
  • 41. Corrigir a acidez do solo Em solos muito ácidos é frequente as plantas apresentarem sintomas de toxicidade ou de carência em elementos nutritivos. Nestes solos existe um elevado risco das culturas absorverem em excesso os metais pesados incorporados através de adubos ou de corretivos orgânicos, originando problemas de toxicidade. A correção do excesso de acidez da terra é efetuada através da calagem (calcário), ou seja, da aplicação de um corretivo que permita a subida dos valores do pH do solo.
  • 43.
  • 44.
  • 45. Defender o solo contra a ero s ã o Distribuição das culturas na exploração Nas explorações agrícolas em que existam parcelas com diferentes características, como o tipo de solo, o declive, etc., a distribuição adequada das culturas pelas várias parcelas pode contribuir para a prevenção dos processos de erosão. A existência de sebes vivas em torno das parcelas favorece a fixação do solo, contribuindo para reduzir os processos de ero s ã o, sobretudo em zonas de precipitação elevada. O mesmo objetivo pode ser atingido distribuindo as culturas em faixas segundo as curvas de nível.
  • 46. Disposição das culturas na exploração
  • 47.
  • 48.
  • 49. Rotações culturais Fatores a considerar na seleção das culturas e as rotações culturais: ― a dimensão da exploração; - os objetivos do produtor; - a natureza do solo; - as condições climáticas; - as culturas tradicionais na região.
  • 50. Aspetos a considerar na rotação de culturas - Inclua culturas que mantenham o solo revestido durante a época das chuvas; - As rotações que incluam cereais de Outono/Inverno devem ser tanto mais longas quanto maior for o risco de erosão da parcela; - Em terrenos declivosos, com risco de erosão elevado, ao cereal deve seguir-se uma pastagem semeada à base de leguminosas, que disponibiliza alimento para o gado e serve de coberto vegetal protetor do solo durante a época das chuvas; - Esta pastagem deve estar no solo um mínimo de 5 anos, findos os quais se segue o cereal. Qual a vantagem do uso desta cultura?
  • 51. - As rotações culturais poderão ser encurtadas e as pastagens substituídas por leguminosas para produção de grão ou, nos solos mais férteis, por oleaginosas,
  • 52. Racionalizar a mobilização do solo Uma das práticas culturais que mais contribui para a erosão do solo é a mobilização frequente com equipamentos que pulverizam as camadas superficiais do solo, facilitando o seu arrastamento pela água das chuvas.
  • 53. Regras básicas na mobilização do solo • Reduza as mobilizações do solo, sobretudo durante o Outono; • Evite pulverizar demasiado o solo; • Use técnicas de mobilização mínima (observe a regularidade do terreno - quanto mais regular o terreno, menos profunda será a mobilização.)
  • 54. • Utilize máquinas e alfaias leves que não enterrem os resíduos a cultura anterior. Prefira a utilização de escarificadores ; - Recorra a técnicas de sementeira diretas sempre que haja experiência local com bons resultados
  • 55. • Execute as mobilizações do solo e a sementeira de acordo com a orientação das curvas de nível, o que é tanto mais importante quanto mais acentuada a inclinação do terre n o ; • Adapte as técnicas culturais e orientação das mobilizações ao funcionamento dos sistemas de rega usados para diminuir o escoamento superficial da água.
  • 56. Quanto maior o risco de erosão do solo mais restritivo deve ser o sistema de mobilização. A utilização da charrua ou de alfaias rotativas deve ser muito bem ponderada, uma vez que conduzem a um maior risco de perda de solo por ero s ã o .
  • 57. Pomares, olivais e vinhas Na maior parte das situações, os pomares, os olivais e as vinhas estão instalados em parcelas declivosas onde os solos apresentam maiores riscos de ero s ã o . Por outro lado, muitos desses solos encontram-se compactados, frequentemente devido à passagem das máquinas agrícolas
  • 58. • Evite a instalação destas culturas em encostas com declives superiores a 20%;
  • 59. • Proteja o solo da entrelinha com um coberto herbáceo, pelo menos durante o Inverno e até à rebentação, que poderá ser semeado ou constituído pela vegetação espontânea; • Nas regiões com chuvas mais abundantes, a vegetação deverá ser mantida na entrelinha, constituindo um coberto vegetal permanente semeado à base de gramíneas e leguminosas.
  • 60. Se tiver necessidade de destruir a vegetação da entrelinha siga os seguintes conselhos: • Aplique herbicida devidamente autorizado, deixando a manta morta sobre o terreno, protegendo o solo e evitando a perda de água; • Se cortar a vegetação mecanicamente deixe-a também sobre o terreno.
  • 61. Adaptar as técnicas de regadio A aplicação da água de rega a uma taxa superior à que é capaz de se infiltrar no solo favorece o escoamento superficial, provocando o arrastamento das partículas do solo e, portanto, a erosão.
  • 62. Utilize métodos de rega por gravidade em terrenos planos e métodos de rega sob pressão em terrenos mais declivosos. Em zonas mais declivosas, utilize técnicas culturais alternativas (faixas de proteção do solo, valas de drenagem, etc.) que permitam reduzir a velocidade da água, e técnicas de mobilização do solo que mantenham grandes quantidades dos resíduos da cultura anterior na superfície do solo. A aplicação destas técnicas permite que o solo arrastado pela água se deposite ainda dentro da mesma parcela.
  • 63. Evitar a compactação do solo A compactação dos solos agrícolas é consequência da degradação da sua estrutura, resultante, na maioria dos casos, da circulação de máquinas em solos com excesso de humidade ou da sua pulverização excessiva devida a operações inadequadas de mobilização do solo ou, ainda, do sobrepastoreio. Como resultado, os solos tornam-se menos permeáveis, com maiores riscos de escoamento superficial das águas ficando, assim, mais expostos aos processos de erosão.
  • 65.
  • 66. O sobrepastoreio das pastagens provoca: • A degradação da pastagem, no que diz respeito à sua composição. • A compactação do solo, por excesso de pisoteio, sobretudo se o pastoreio se verifica quando o solo se encontra demasiado húmido. O sobre p a s t o reio pode ser resultante: • De cargas pecuárias excessivas para a capacidade forrageira das pastagens; • Das pastagens serem percorridas pelo gado de forma desequilibrada.
  • 68. Práticas agrícolas e conservação da água A agricultura é, no nosso país, o principal utilizador da água, sendo responsável por cerca de 70% do seu consumo. Em Portugal, a distribuição da chuva ao longo do ano é muito irregular e, além disso, a quantidade anual de chuva varia significativamente de ano para ano.
  • 69.
  • 70. A importância da conservação da água A área de regadio ocupa mais de 600.000 hectares e irá aumentar nos próximos anos. Embora a agricultura não seja o principal agente poluidor da água, as práticas culturais utilizadas têm que garantir a proteção da sua qualidade ou, quando necessário, melhorá-la.
  • 71. Utilizar racionalmente a água de rega Um bom uso da água de rega permite poupar um recurso escasso (a água). Menor quantidade de água para obter a mesma produção. Permite alargar a área de regadio da exploração. Reduz-se os custos de produção e aumenta-se a rentabilidade económica.
  • 72. Objetivos da rega racional O objetivo principal é saber quando e quanto regar, por forma a adaptar, o mais possível, a época e a quantidade de água de rega às necessidades das culturas, evitando perdas desnecessárias. A água deve ser fornecida à cultura com uma boa eficiência, reduzindo ao mínimo as perdas que se verificam ao longo do sistema de distribuição e na aplicação na parcela. A aplicação da água deve ser uniforme em toda a parcela de rega.
  • 73. COMO REGAR? A técnica como a água é aplicada às culturas chama-se método de rega e pode ser de superfície (ou gravidade), por aspersão, ou localizada (microrrega). Além da eficiência de rega deve ser considerada, como fator de qualidade, a uniformidade da distribuição e a produtividade da água. Produtividade da água – razão entre a quantidade de produto ou serviço produzido e a quantidade de água usada para sua obtenção.
  • 74. Em produção integrada, procura-se aplicar a água de forma tão uniforme quanto possível e evitar zonas com excesso de água que possam originar escoamentos superficiais ou infiltrações profundas.
  • 75. REGA de SUPERFÍCIE Na rega de superfície, a água é aplicada às parcelas de terreno por canteiros, sulcos, faixas, regadeiras de nível ou espalhamento da água. A rega por canteiros consiste em distribuir a água por parcelas, geralmente retangulares, com declive quase nulo, circundadas por pequenas barreiras de terra, que impedem que a água passe para outros campos. Os canteiros podem ser à rasa ou armados em camalhões (por exemplo, no arroz).
  • 76. Os sulcos são pequenos canais equidistantes, abertos no sentido do maior comprimento do terreno, a distâncias determinadas pela largura de trabalho das máquinas e condicionadas pela capacidade da água se infiltrar. Os sulcos devem ter declive suave e uniforme e comprimento, geralmente, entre 200 e 400 metros Na rega por faixas, a água é distribuída por parcelas retangulares estreitas e compridas, semelhantes a canteiros ladeados por pequenas barreiras de terra. É utilizada em terrenos de declive suave e com infiltração média a baixa. A água aplicada escorre ao longo do seu comprimento, ao mesmo tempo que se infiltra.
  • 77. REGA POR ASPERSÃO A constante inovação em aspersores e outros equipamentos de aspersão tem permitido adaptar este método, com sucesso, a todos os tipos de solo, topografia, culturas e clima. É utilizado em 10% das áreas agrícolas.
  • 78. O sistema de rega por aspersão integra os seguintes componentes: • bomba – eleva a água a partir da origem (reservatório, poço ou curso de água) e fornece-a ao sistema de rega, com pressão necessária ao funcionamento dos aspersores; • condutas – uma conduta principal fixa (de aço galvanizado, fibrocimento ou plástico) ou móvel (em liga leve de alumínio ou plástico), que conduz a água da bomba às condutas secundárias e estas às rampas; • rampas – condutas fixas, geralmente enterradas, ou móveis onde estão montados os aspersores; • aspersores – aplicam a água sobre o solo e cultura em pequenas gotas, semelhantes a chuva e são determinantes na conceção dos sistemas de rega e na qualidade do seu desempenho
  • 79. MICRORREGA A rega localizada ou microrrega consiste na rega sob pressão, em que a água é aplicada apenas nas zonas do solo onde se desenvolvem as raízes das plantas A aplicação da água em microrrega, à semelhança da aspersão, exige uma rede de condutas principais, condutas secundárias, porta-rampas e rampas, habitualmente dispostas sobre o terreno.
  • 80. Sistemas de rega localizada • rega de gotejamento ou gota-a-gota, em que a água é aplicada lentamente à superfície do solo através de pequenos orifícios emissores, chamados gotejadores, com caudais de apenas 2 a 8 litros por hora; • microaspersão, em que a água é pulverizada sobre a superfície do solo, em áreas pequenas, com 1 a 5 metros de diâmetro, através de emissores, com débitos de 50 a 150 litros por hora, designados genericamente por microaspersores;
  • 81. • rega a jorros, em que pequenos jorros de água são aplicados a pequenos reservatórios (caldeiras) à superfície do solo, através de emissores especiais, designados jorradores ou golfadores, que debitam a água por impulsos, com caudais de 100 a 150 litros por hora; • rega subsuperficial, em que a água é aplicada através de emissores integrados em rampas colocadas abaixo da superfície do solo e em que, geralmente, toda a rede é enterrada.
  • 82. Nutrição das plantas Os nutrientes indispensáveis à vida das plantas dividem-se em macro e micronutrientes.
  • 83.
  • 84. AZOTO O azoto é um nutriente determinante para as produções agrícolas, por ser constituinte de vários compostos orgânicos, em especial proteínas, molécula de clorofila e compostos azotados. No solo, o azoto está sujeito a um vasto conjunto de transformações, pelo que a fertilização azotada e todas as técnicas culturais, devem ser conduzidas por forma a evitar o risco de contaminação dos lençóis freáticos e cursos de água com nitratos.
  • 85. FÓSFORO O fósforo tem funções energéticas e estruturais na planta: é fundamental para o metabolismo, pela sua função de acumulação e transporte de energia, é componente de compostos bioquímicos como ácidos nucleicos, fosfoproteínas e fosfolípidos. É essencial ao desenvolvimento do sistema radicular e induz maturidade e precocidade. O fósforo encontra-se no solo como componente da matéria orgânica, na forma mineral adsorvido na matriz do solo e na solução do solo, e em compostos orgânicos solúveis.
  • 86.
  • 87. Carências e excessos de nutrientes
  • 88.
  • 89.
  • 90. Os micronutrientes são necessários às plantas em pequenas quantidades e, quando assimilados em quantidades superiores às necessárias, podem causar toxicidade.
  • 91. Regras para a gestão equilibrada da água - Faça análises de terra para conhecer a capacidade de armazenamento do solo nas diferentes parcelas a regar; - Adapte o método de rega à cultura, tipo de solo e inclinação do terreno, melhorando a eficiência de rega. Em solos arenosos utilize a rega sob pressão, de preferência rega gota-a-gota;
  • 92. - Avalie as necessidades de água da cultura em função das condições climáticas locais; - Calcule as necessidades de rega, anuais e de ponta, através de um balanço hídrico; - Faça o revestimento dos canais de rega para transporte de água ou use tubagem estanque para evitar perdas;
  • 93. - Utilize os métodos de rega localizada, quando forem adequados; - Avalie periodicamente os sistemas de rega instalados. Melhore a sua adequação às exigências das culturas, aumentando a eficácia e a uniformidade da rega; - Avalie periodicamente as estações de bombagem, por forma a adequar o seu funcionamento às exigências dos equipamentos; - Racionalize o uso da energia e da água, melhorando a uniformidade da rega; - Reutilize na rega a água perdida por escoamento superficial, evitando a sua saída da exploração agrícola; - Mantenha os equipamentos em bom estado de manutenção para evitar fugas e possibilitar a regulação do débito pretendido.
  • 94. Proteger a qualidade da água da poluição com fertilizantes A contaminação das águas com nitratos deve ser evitada, pois pode ter consequências graves para a saúde humana e para o ambiente. - A prevenção da poluição das águas superficiais e subterrâneas com nitratos está relacionada com a quantidade de fertilizantes azotados aplicada ao solo, e com a técnica e época da sua aplicação. E a contaminação das águas subterrâneas é particularmente grave.
  • 95. Época e as técnicas de aplicação dos adubos azotados - Fracione a quantidade de azoto recomendado, aplicando os fertilizantes nas épocas em que as culturas mais necessitam; - Consulte sempre os serviços meteoro l ó g i c o s e não aplique adubos azotados se a previsão for de chuva nas 48 horas s e g u i n t e s ; - Não aplique adubos sólidos azotados antes de regar; - Não aplique adubos azotados pelo menos durante os meses de dezembro e janeiro, à exceção das hortícolas.
  • 96.
  • 97.
  • 98.
  • 99. Controlar os nitratos do solo entre duas culturas sucessivas
  • 100. Utilizar racionalmente os efluentes da pecuária Vantagens: Os chorumes são constituídos por uma mistura de fezes, urina e água, com quantidades diminutas de material utilizado para a cama dos animais, como palhas e fenos (teor de resíduo seco de cerca de 10%). Os estrumes são constituídos por fezes, urina e quantidades significativas de material utilizado para a cama dos animais (teor de resíduo seco na ordem dos 25%).
  • 101.
  • 102. Armazenar e manusear corretamente os adubos Os adubos sólidos e, sobretudo os líquidos, devem ser armazenados em locais secos e impermeabilizados, situados a mais de 10 metros de distância dos rios e ribeiras, de valas ou condutas de drenagem, de poços, furos ou nascentes.
  • 103. Armazenar corretamente os efluentes da pecuária produzidos na exploração É importante reduzir as perdas de nutrientes (azoto) ao mínimo, a fim de manter o seu valor como fertilizante e reduzir os riscos de poluição do ambiente.
  • 104.
  • 105. Proteger a qualidade da água da poluição com produtos fitofarmacêuticos
  • 106. Proteger os rios e as ribeiras Os nossos rios e ribeiras constituem um meio natural que tem várias funções importantes:
  • 107.
  • 108.
  • 109. Muitos agricultores, em vastas zonas do país, estão dependentes de um aproveitamento intensivo dos solos dos vales férteis dos rios e das ribeiras. Isso implica: - Assegurar uma boa drenagem dos campos adjacentes, mantendo o plano de água a níveis relativamente baixos; - Prevenir os efeitos destrutivos das cheias, ou seja, evitar que no Outono e Inverno estas provoquem alterações dramáticas do traçado dos rios e das ribeiras.
  • 110. É SEMPRE necessário manter limpo o leito do rio ou da ribeira, ou seja, combater o assoreamento do leito e controlar o crescimento da vegetação no interior do mesmo (fundo do leito e talude).
  • 111. Promova a conservação da vegetação ribeirinha existente e a instalação de nova vegetação, utilizando as espécies características da região (salgueiros, amieiros, ulmeiros, freixos, choupos, tamujo, sevadilha, tamargueiras, etc.) para proteção das margens.
  • 112. Quando tiver que cortar vegetação, arbustiva e arbórea dos taludes, faça uma seleção da mesma: • Dê prioridade à remoção das árvores doentes ou mortas; • Remova prioritariamente árvores e arbustos de espécies exóticas que podem tornar-se infestantes; • Mantenha tanto quanto possível a maior diversidade de espécies ; • Não esqueça que a vegetação herbácea tem, também, um papel fundamental na estabilização do talude.
  • 113. Limpe pequenos troços em cada ano, ou então, limpe alternadamente uma margem em cada ano em troços mais extensos; Deixe pequenos trechos de talude por limpar (aproximadamente 10 m em cada 30 metros limpos), com o objetivo de manter refúgios e facilitar a recolonização animal e vegetal;
  • 114. Execute os trabalhos nos meses de Verão (junho a setembro). No entanto, se tiver que realizar os trabalhos dentro do leito, concentre-os nos meses de agosto e setembro para não afetar os peixes na época de reprodução; Tenha cuidados acrescidos na limpeza dos cursos de água permanentes, já que é naturalmente nestes que existe uma vida aquática mais rica (peixes e anfíbios).
  • 115. A destruição da vegetação na margem, mesmo que localizadamente, pode no Inverno seguinte, levar ao rebentamento das margens e ter consequências catastróficas sobre as culturas instaladas.
  • 116. O modo de produção biológico O Modo de Produção Biológico é um sistema global de gestão das explorações agrícolas e de produção de géneros alimentícios que combina as melhores práticas ambientais, um elevado nível de biodiversidade, a preservação dos recursos naturais, a aplicação de normas exigentes em matéria de bem-estar dos animais e método de produção em sintonia com a preferência de certos consumidores por produtos obtidos utilizando substâncias e processos naturais. Fonte: www.dgadr.mamaot.pt/sustentavel/ap-tec-reconh-tecnicos/producao-biologica
  • 117. Produção integrada A produção integrada é um sistema agrícola de produção de produtos agrícolas e géneros alimentícios de qualidade, baseado em boas práticas agrícolas, com gestão racional dos recursos naturais e privilegiando a utilização dos mecanismos de regulação natural em substituição de fatores de produção, contribuindo, deste modo, para uma agricultura sustentável. Fonte: www.dgadr.mamaot.pt/sustentavel/producao-integrada O Decreto-Lei n.º 256/2009, de 24 de setembro estabelece os princípios e orientações para a prática da proteção integrada e produção integrada, bem como o regime das normas técnicas aplicáveis à proteção integrada, produção integrada e modo de produção biológico, e cria, igualmente, um regime de reconhecimento de técnicos em proteção integrada, produção integrada e modo de produção biológico, no âmbito da produção agrícola primária
  • 118. A produção integrada tem por base os seguintes princípios: • Regulação do ecossistema, importância do bem-estar dos animais e preservação dos recursos naturais; • Exploração agrícola no seu conjunto, como a unidade de implementação da produção integrada; • Atualização regular dos conhecimentos dos agricultores sobre produção integrada; • Manutenção da estabilidade dos ecossistemas agrários;
  • 119. • Equilíbrio do ciclo dos nutrientes, reduzindo as perdas ao mínimo; • Preservação e melhoria da fertilidade intrínseca do solo; • Fomento da biodiversidade; • Entendimento da qualidade dos produtos agrícolas como tendo por base parâmetros ecológicos, assim como critérios usuais de qualidade, externos e internos; • Proteção das plantas tendo obrigatoriamente por base os objetivos e as orientações da proteção integrada; • Minimização de alguns dos efeitos secundários decorrentes das atividades agrícolas.
  • 120. O exercício da produção integrada implica, pela parte dos agricultores, determinadas obrigações e compromissos que devem ser registados em caderno próprio denominado caderno de campo.
  • 121. Proteção integrada e componente vegetal • O material destinado à plantação ou sementeira deve ser certificado de acordo com as normas oficiais em vigor, garantindo nomeadamente a sua homogeneidade e estado sanitário; • A densidade de plantação ou sementeira deve ser adequada às características edafoclimáticas da região; • As culturas permanentes devem ser podadas de modo a obter- se um desenvolvimento uniforme e equilibrado.
  • 122. • A estratégia de fertilização e rega deve ser orientada para a nutrição adequada das culturas. Pelo que deve estabelecer-se para a exploração agrícola, um plano de fertilização e um plano de rega, por parcela homogénea e cultura, no caso das culturas perenes, ou por rotação, no caso das culturas anuais, no qual são definidos, os tipos, as quantidades, as épocas e as técnicas de aplicação dos fertilizantes e água, os quais devem ser revistos periodicamente em função das análises de solo e água e da planta. • Os fertilizantes a aplicar devem obedecer às normas legais vigentes, devendo, em especial, ser isentos ou possuir teores muito baixos de metais pesados ou de outras substâncias perigosas para o ambiente, e ser apenas usados fertilizantes com micronutrientes quando a sua necessidade for tecnicamente reconhecida. • A proteção fitossanitária das culturas em produção integrada rege-se pelos princípios da proteção integrada. Normas de Proteção Integrada (componente vegetal): www.dgadr.mamaot.pt/sustentavel/producao-integrada/normas-de-prodi
  • 123. Proteção integrada e componente animal: É necessária a aplicação de técnicas que estabelecem um adequado equilíbrio e salvaguarda do bem-estar animal, devendo ter em conta, nomeadamente: - o maneio; - a alimentação animal; - a profilaxia e saúde animal; - a gestão de efluentes de origem animal. Normas de Proteção Integrada (componente animal): http://www.dgv.min- agricultura.pt/xeov21/attachfileu.jsp?look_parentBoui=144711&att_display=n&att_download=y
  • 124. DIVERSIFICAÇÃO DE ATIVIDADES NA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA Objetivos Estimular o desenvolvimento de atividades não agrícolas nas explorações agrícolas, criando novas fontes de rendimento e de emprego, contribuindo diretamente para a manutenção ou melhoria do rendimento do agregado familiar, a fixação da população, a ocupação do território e o reforço da economia rural.
  • 125. Esta ação visa o apoio à criação ou desenvolvimento na exploração agrícola, de atividades económicas de natureza não agrícola, nomeadamente as que contribuam para a diversificação da oferta turística, como sejam: • o agroturismo e os parques de campismo; • o turismo de natureza; • as atividades de recreação e lazer, incluindo as pedagógicas relacionadas com atividades na exploração agrícola; • as operações relacionadas com produção de energia para venda e/ou uso próprio, utilizando fontes renováveis e alternativas (eólica, foto voltaica, hídrica, biomassa, etc.).
  • 126. TRABALHO DE PESQUISA TEMA: A diversificação de atividades na exploração agrícola NORMAS GERAIS: - Trabalho de grupo (2 a 4 elementos); - Trabalho escrito + apresentação oral (cerca de 30 min.) - Data de entrega e apresentação (a combinar)
  • 127. Tópicos de referência: - Vantagens e desvantagens da diversificação de atividades na exploração agrícola. - Diversidade de atividades a desenvolver na exploração agrícola e possibilidade de apoios. – Prestação de serviços de carácter ambiental – Desenvolvimento de produtos tradicionais de qualidade, valorização de construções rurais – de traça tradicional – Dinamização de espaços agroflorestais para fins lúdicos e/ou pedagógicos relacionados – com o meio rural – Criação de espaços museológicos de temática rural – Exploração cinegética integrada – Outros exemplos - Exemplos na região alentejana.
  • 128. Proposta de fontes para consulta: -http://www.dgadr.mamaot.pt/diversificacao - http://guiaexploracoes.dgadr.pt/index.php/8-agricola?start=15 - http://www.proder.pt/conteudo.aspx?menuid=453 - http://www.rederural.pt/index.php/pt/homepage -http://www.rederural.pt/index.php/pt/centro-de-recursos - http://guiaexploracoes.dgadr.pt/ -http://www.adritem.pt/index.php?id=1029 -http://www.adritem.pt/index.php?id=1031 - http://www.adritem.pt/index.php?id=1017 -http://www.adritem.pt/index.php?id=1016
  • 129. Instrumentos de Política Agrícola e de Desenvolvimento Rural em vigor Em 2014 iniciou-se um novo período de programação de fundos comunitários, nos quais se insere o apoio ao desenvolvimento agrícola e rural a financiar pelo Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER). A PAC tornou possível garantir cidadãos aos europeus segurança no abastecimento de produtos alimentares, bem como a sustentação económica do mundo rural que marca uma das faces distintivas da Europa. Fez 50 anos em 2012. Saber mais em: www.pdr-2020.pt/site
  • 130. O FEADER contribui para a realização da estratégia Europa 2020, através da promoção do desenvolvimento rural sustentável em toda a União, em complementaridade com os outros instrumentos da PAC, a política de coesão e a política comum das pescas. Saber mais em: https://infoeuropa.eurocid.pt/registo/000057517/ -www.portugal2020.pt/Portal2020/o-fundo-europeu-de- desenvolvimento-regional-feder-faz-40-anos O FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento - apoia ações nos países e territórios em desenvolvimento no sentido de promover o desenvolvimento económico, social e humano, bem como a cooperação regional. - http://eur-lex.europa.eu/legal- content/PT/TXT/?uri=URISERV%3Ar12102 Saber mais em: