3. Origens e Sustentabilidade da Agricultura
20.000 aC - Coleta de cevada e trigo selvagem
15.000 aC - Uso da pedra de moer
10-12.000 aC - Início da agri-cultura
7.000 aC - Fermentação de bebidas
3.000 aC - Uso de biofertilizantes na Índia
2.000 aC - milho de boa produtividade na América
Central
1.200 aC - Arado de boi
450 aC - Maias, cidade de 50.000 habitantes
300 aC - Astecas, cidade de 100.000 habitantes
4. Origens e Sustentabilidade da Agricultura
Séculos XII a XIX - Revolução Agrícola
- Fusão da agricultura com a pecuária
- Rotação de terras
1840 - Justus Von Liebig demonstra a nutrição mineral
por substâncias químicas no solo
- Desprezo pelo papel da Matéria Orgânica no solo
1865 - Mendel descobre as Leis da Hereditariedade
- Melhoramento genético
1930 - Surgimento do milho híbrido
5. Origens e Sustentabilidade da Agricultura
1940-50 - Revolução Verde
- Variedades de arroz, trigo e milho de alta resposta a
insumos
- Pós-Guerra - Agrotóxicos
6. “Passagem de um estado de coisas para
outro diferente”
Transição:
do que e
para onde onde?
Transição
7. Primeira Transição na Agricultura
no Século XX
Pressupostos:
Tecnologias genéricas
Homogeneização
Produtivismo
Agricultura Agricultura
Tradicional Moderna
8. O PAPEL DO CRÉDITO NA IMPLANTAÇÃO DO MODELO
CONVENCIONAL DE AGRICULTURA
Evolução do volume de recursos para financiamentos de Crédito
Rural no Brasil – 1969-97 (valores em R$, corrigidos para 1997)
0
5000
10000
15000
20000
25000
30000
35000
40000
69 72 75 78 81 84 87 90 93 96
anos
milhõesdereais
FONTE: adaptado do Anuário Estatístico (IBGE, 1998)
9. Distribuição de crédito agropecuário por categoria de
produtor no Brasil, no período de 1966-76
0
10
20
30
40
50
60
66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76
ano
PEQUENO
M ÉDIO
GRANDE
FONTE: adaptado de GONÇALVES NETO (1997)
10. Distribuição do crédito no Brasil por
macrorregião geográfica:
C-S = Centro-Sul N-NE = Norte-Nordeste
FONTE: Banco Mundial (adaptado de GONÇALVES
NETO, 1997)
0 %
50 %
1 00 %
66 67 68 69 70 7 1 72 7 3 7 4 7 5 7 6
an o s
C-S
N-NE
11. Características da Agricultura
Tradicional:
-Rotação de terras
- Policultivos
- Uso de adubos orgânicos
- Conservação de alimentos (diversas formas)
- Integração entre produção vegetal e criação
animal
- Variedades adaptadas (crioulas)
- Mercado mais interno
- Uso de tração animal
- Exploração de madeira
13. Por que a agricultura convencional não é
Sustentável:
-Aumento no consumo de energias não renováveis
- Erosão do solo
- Perda da biodiversidade (erosão genética)
- Contaminação por agrotóxicos
- Aumento do número de espécies consideradas
"pragas" (em 1938: 7 espécies de insetos; em 1984: 477
espécies de insetos)
- Desmatamento acelerado
- Êxodo rural (29,5 mi em 30 anos)
- Perda da diversidade cultural
- Descaso com a produção de subsistência
(comprometimento da segurança alimentar)
14. Sintese da Estrutura Fundiária, Brasil (2003):
Grupos de
Área Total
Área Média
(Ha)
Nº
Imóveis
%
Imóveis
Área (Ha) %
Área
Pequena
Até 200 ha
31,60 3.985.968 91,90 122.948.252 29,20
Média
200 a 2000 ha
531,20 310.158 7,13 164.765.509 39,20
Grande
+ de 2000 ha.
4.110,80 32.264 0,80 132.631.509 31,60
Fonte: INCRA (Org. A.V. Oliveira)
15. Por que a agricultura convencional não é Sustentável:
“É difícil, para não dizer impossível, sustentar
um planejamento de crescimento com
eqüidade se se seguem modelos, estratégias e
procedimentos visível e reconhecidamente
concentradores e excludentes”
(FAO - Desarollo Agropecuário: de la dependência al
protagonismo del agricultor, 1993)
16. Por que a agricultura convencional não é Sustentável:
Artificialização dos Sistemas de Produção na Agricultura
“Ora, imaginem se o bovino dissesse a si mesmo: ‘Para mim é
muito monótono ter de perambular e me dedicar a mastigar
essas plantas. Isto pode ser feito para mim por outro animal!’
Então o bovino começaria a comer outro bovino. Mas ele pode
produzir ele mesmo essa carne! O que acontece, portanto,
quando em vez de vegetais ele se alimenta de carne? A
energia que se perde no corpo animal não se perde
simplesmente. O animal se congestiona todo com essa
energia, que faz nele algo diferente do que produzir carne a
partir de plantas.”
17. Pobreza Rural em Países Ricos:
Reportagem do New York sob o título “Drogas, Pobreza e
Crime assolam o Campo nos EUA”:
Segundo o censo de 2000, a porcentagem de pessoas
vivendo abaixo da linha de pobreza nas zonas rurais dos
EUA é quase 30% maior que nas cidades.
“A frustração e o desespero levam não só ao êxodo mas
ao álcool e à droga. Há uma verdadeira epidemia de
metanfetamina, droga que já superou o crack. Fabricada
ilegalmente a partir de fertilizante, ela alimenta uma onda
de crimes e é responsável por uma taxa de homicídios e
assaltos a bancos em municípios rurais mais elevada que
a da cidade de Nova Iorque!”
Fonte: Artigo A Miséria Rural Dos Ricos,
Rubens Ricúpero - Rev. Globo Rural (mar/2003)
18. Por que a agricultura convencional não é
Sustentável: ustentável:
Artificialização dos Sistemas de Produção na
Agricultura
“... E isso que a energia faz é produzir muito urato.
Portanto, ao começar a ingerir carne o bovino iria encher-
se de substâncias nocivas – ou seja, de uratos e sais de
uréia.
•Mas os uratos também têm seus vícios. Os vícios
especiais dos uratos são o fato deles terem uma
fraqueza pelo cérebro e pelo sistema neuro-
sensorial.”
19. Por que a agricultura convencional não é Sustentável:
Artificialização dos Sistemas de Produção na Agricultura
“...O resultado disso seria que quando o bovino comesse
carne diretamente, a ponto de se formarem grandes
quantidades de uratos, estes iriam ao cérebro e o bovino
ficaria louco.
Se alimentássemos o bovino com pombas, teríamos um
rebanho maluco; mesmo sendo as pombas tão mansas,
as vacas ficariam loucas.”
Rudolf Steiner (Uber
Gesundtheit und Krankheit – Sobre Saúde e Doença. 4. Ed.
Dornach: Rudolf Steiner Verlag, 1997), citado por Alexandre
Harkaly no prefácio do Livro A Dissociação entre Homem e
Natureza (Miklós, A.A.W., Coord.)
20. Por que a agricultura convencional não é Sustentável:
“Se o que foi modelado pela tecnologia, e continua a ser,
parece estar doente, seria talvez conveniente dar uma
olhada na própria tecnologia. Se a tecnologia é vista
como cada vez mais desumana, talvez fosse preferível
examinarmos se não tem alguma coisa melhor - uma
tecnologia com fisionomia humana”
(E.F. Schumacher - Small is Beautifull;
O Négócio é Ser Pequeno)
21. Movimentos contestatórios da Agricultura
Convencional - Raízes científicas
Charles Darwin - importância das minhocas na produção
de Humus Vegetal (The Formation of Vegetable
Moulds trough the Action of Worms, 1881),
Londres
A. B. Frank - Estudos sobre micorrizas (“raízes
fúngicas”), 1885, Londres
R.H. King - Estudo sobre sustentabilidade da agricultura
oriental (Farmers of Forty Centuries, 1911)
Albert Howard - 1935 - Compostagem - “Método de
Indore”, Índia; An Agricultural Testament, 1940
22. Movimentos contestatórios da Agricultura
Convencional - Os Matizes do Verde
Agricultura Biodinâmica
Rudolf Steiner, década de 20
Agricultura Orgânica
Sir Albert Hovard - 1925-30
Jerome Rodale - década de 40, EUA
Agricultura Biológica - década de 60
Hans Müller - Alemanha
Claude Aubert- França
Agricultura Natural - Mokiti Okada - Japão, 1935;
Masanobu Fukuoka
23. Movimentos contestatórios da Agricultura
Convencional - Os Matizes do Verde
Permacultura
Bill Mollison - Austrália
Outras designações:
- Agricultura Alternativa - década de 80
ONGs - AS-PTA; Relatório NRC, EUA - 1980
- Agricultura Regenerativa
- Agricultura Ecológica
- Agricultura Energética
- “Low-input agriculture”
24. Segunda Transição na
Agricultura no Século XX
Pressupostos:
Processo de ecologização
Heterogeneidade
Produção sustentável no tempo
Agricultura Agricultura
Moderna Sustentável ou
de Base Ecológica
25. Agroecologia
Ecologia Co-evolução
social e ecológica
Estudos Camponeses
Antropologia
Sociologia
D R Sustentável
Crítica ao DR Convencional
Metodologias Participativas
Economia Ecológica
História Ecológica,
do Meio Ambiente e
Local
Ecologia Co-evolução
social e ecológica
Fonte: elaboração própria a partir de Sevilla Gusmán, 2000
26. Agroecologia e Estilos
Alternativos de Agricultura
A Agroecologia não se confunde com nem segue
nenhuma corrente em particular de agricultura
alternativa, mas expressa um campo de
conhecimento científico que oferece um conjunto
de princípios e metododologias para o manejo
ecológico dos agroecossistemas que não devem
ser confundidos com determinadas normas de
produção.
27. Agroecologia e Estilos Alternativos
de Agricultura
O enfoque agroecológico não se restringe aos
aspectos técnico-agronômicos propriamente ditos,
mas propõe também uma abordagem que inclui a
valorização e o resgate do saber camponês
tradicional historicamente forjado por estes, ao
longo de gerações, através da observação e da
relação direta com a natureza.
Por essas razões, agricultura convencional e
Agroecologia são incomparáveis.
28. “A estratégia agroecológica pode ser definida
como o manejo ecológico de recursos naturais que,
incorporado a uma ação social coletiva de caráter
participativo, permita projetar métodos de
desenvolvimento sustentável. Em tal estratégia, o
papel central da dimensão local é como portadora de
um potencial endógeno que, através da articulação do
conhecimento camponês com o científico, permita a
implementação de sistemas de agricultura
alternativos, potenciadores da biodiversidade
ecológica e sócio-cultural”
Guzmán, E. 1997
29. “A transição agroecológica refere-se a um processo
gradual de mudança, através do tempo, nas formas
de manejo dos agroecossistemas, tendo-se como
meta a passagem de um modelo agroquímico de
produção para outro modelo ou estilos de
agricultura que incorporem princípios, métodos e
tecnologias de base ecológica.
Refere-se a um processo de evolução contínua,
multilinear, e crescente no tempo, sem ter um
momento final determinado.”
Costabeber, 1988
Transição Agroecológica
30. Sistema funcional de relações entre
organismos vivos e meio, com o qual trocam
matéria e energia.
Compreende componentes bióticos (plantas,
animais, microorganismos) e abióticos
(água, minerais, etc.) que interagem para
formar uma estrutura e uma função.
ECOSSISTEMA
31. ESTRUTURA: resulta da interação e arranjo dos
componentes do sistema
FUNÇÃO: é definida pelo processo de receber
entradas e produzir saídas
-> fluxos de energia e matéria
-> ciclos biogeoquímicos
ECOSSISTEMA
32. “Sistema ecológico e sócioeconômico que
compreende plantas e animais domesticados e
as pessoas que nele vivem, com o propósito
de produzir alimentos, fibras ou outros
produtos agrícolas”
(Conway, 1997)
AGROECOSSISTEMA
33. DIFERENÇAS ENTRE ECOSSISTEMAS E
AGROECOSSISTEMAS
Ecossistema Agroecossistema
Produtividade líquida Média Alta
Interações tróficas Mais complexas Simples, lineares
Diversidade de espécies Alta Baixa
Diversidade genética Alta Baixa
Ciclos de nutrientes Fechados Abertos
Estabilidade (resiliência) Alta Baixa
Controle humano Independente Dependente
Permanência temporal Longa Curta
Heterogeneidade do habitat Complexa Simples
Fonte: adaptado de Odum (1969
35. Quanto mais um agroecossistema se
parece, em termos de estrutura e função,
com o ecossistema da região
biogeográfica em que se encontra, maior
será a probabilidade de que este
agroecossistema seja sustentável.
Princípio Geral:
37. Solo sem vida Solo com vida
A vida que existe sobre o solo depende da vida
que existe no solo
Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
SOLO COMO ORGANISMO
39. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
BIODIVERSIDADE
Escala Global - é maior nos trópicos
*É menor nos ambientes extremos (escala local)
Riqueza e Diversidade de Espécies:
A RIQUEZA é função do número de populações que
compõe a comunidade
A DIVERSIDADE leva em conta a distribuição das
populações no espaço
Diversidade mais alta:
Maior complexidade, maior variabilidade, maior
estabilidade (porém maior fragilidade dinâmica)
41. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
Biodiversidade e Interações Ecológicas
A ênfase maior tem sido no estudo das interações
ecológicas negativas (tipo planta hospedeira-
patógenos), mas a grande maioria das interações
ecológicas que ocorrem é do tipo positiva.
Exemplos de interações ecológicas positivas:
- Bactérias fixadoras de N do gênero Rhyzobium com
leguminosas
- Micorrizas com a maioria das plantas cultivadas
42. DIMENSÕES DA DIVERSIDADE ECOLÓGICA
______________________________________________
Dimensão Descrição______________________________________________________________________________________________________________
Espécies Nº de diferentes espécies no sistema
Genética Grau de variabilidade genética
(intra ou entre espécies
Vertical Nº de distantas camadas ou níveis
horizontais no sistema
Horizontal Padrão de distribuição espacial
Estrutural Nº de locais (nichos, cadeias tróficas)
Funcional Complexidade de interação, fluxo de
energia e ciclagem de materiais
Temporal Grau de heterogeneidade das mudanças
cíclicas (diárias, sazonais, etc.)
______________________________________________
Fonte: adaptado de Gliessman (2000)
43. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
TROFOBIOSE
Plantas doentes pelo uso de agrotóxicos
Dificuldades de controle, “fracassos de
tratamento” ou, às vezes, “ineficácia de
produtos” em geral significam apenas uma
sensibibilização da planta às moléstias,
produzida pelo próprio agrotóxico
44. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
TROFOBIOSE
Desequilíbrios biológicos em seguida a
tratamentos de folhas com agrotóxicos:
Proliferação de pragas
Ácaros
Pulgões
Cochonilhas, nematóides, etc
Desenvolvimento de doenças fúngicas
45. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
Trofobiose e agrotóxicos
“O agrotóxico, mesmo não provocando
queimaduras ou fenômenos de fitotoxidade
aparentes, pode mostrar-se tóxico para a planta,
com todas as conseqüências que isto pode causar
sobre a resistência a seus agressores, sejam eles
fungos, bactérias, insetos ou mesmo vírus.”
F. Chabossou, 1987
46. Trofobiose
Fatores capazes de agir sobre a proteossíntese e,
portanto, sobre a resistência das plantas:
Fatores intrínsecos da planta:
- Espécie e variedade
- Idade dos órgãos ou da planta
Fatores abióticos
- clima (energia solar, temperatura, umidade)
Fatores culturais
- solo
- fertilização
- prática da enxertia
- tratamentos com agrotóxicos
47. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
Trofobiose
Princípio básico:
estímulo da proteossíntese, através:
- redução do estresse da planta
- correção de carências (adubação equilibrada,
emprego de oligoelementos)
48. A JANELA AMBIENTAL
Nutrientes
Radiação(ºC) Umidade
∗ Essas interações determinam as as características
básicas da fauna e da flora
∗∗∗∗∗∗∗∗ Quanto maior o conhecimento do histórico do local,
maior a quantidade de informações que um indicador
biológico poderá fornecer
49. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
TÉCNICAS DE CULTIVO:
•Plantio em épocas corretas e com variedades
adaptadas ao clima e ao solo da região.
•Consorciação de culturas e manejo seletivo dos
insos.
•Fazer uso da adubação orgânica.
•Rotação de culturas e adubação verde.
•Cobertura morta e plantio direto.
•Plantio de variedades e espécies resistentes às
pragas e doenças.
50. Fundamentos Ecológicos para uma Agricultura Sustentável
TÉCNICAS DE CULTIVO:
• Fazer uso de adubos minerais pouco solúveis
• Uso de plantas que atuem como "quebra
ventos" ou como "faixas protetoras".
• Nutrição equilibrada das plantas com
macronutrientes e micronutrientes.
• Conservação dos fragmentos florestais
existentes na região
52. NÍVEIS DE TRANSIÇÃO (segundo
Gliessman, 2000):
Nível 1. Racionalização do uso de insumos
Aumento da eficiência no uso e consumo de insumos
convencionais.
Nível 2. Substituição de insumos e práticas
convencionais por práticas e insumos alternativos.
3. Redesenho de Agroecossistemas
Neste nível, parte-se para o redesenho do
agroecossistema, de forma que ele funcione em um
novo conjunto de processos ecológicos.
55. “O importante é manter uma paisagem
equilibrada, onde cada componente
(árvore, animal, água, pássaro, horta,
pomar, lavoura...), incluindo o próprio ser
humano, seja como uma parte harmônica
de um todo, contribuindo assim para
manter a saúde e a vitalidade do
agroecossistema.”
57. TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA NO RS ORIENTADA PELA
EMATER-RS/ASCAR
ANTECEDENTES
- Década de 80 em diante: Experiências pontuais no estado
- Em 1999: estímulo e orientação oficial para a transição
agroecológica
Mudança de Missão e Objetivos:
Composição do Conselho Deliberativo - participação dos
Movimentos Sociais
Formação Técnico Social:
Cursos de Desenvolvimento Rural Sustentável
Diagnósticos Participativos
Sistematização de Experiências.
58. TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA ORIENTADA PELA EMATER/RS
RESULTADOS ALCANÇADOS NOV/2003 PRINCIPAIS GRÃOS
Agricultores
Assistidos (nº) Área assistida (Ha)
Cultura Conven- Transição Redesenho Conven- Transição Redesenho
cional cional
Arroz 2.012 2.012 224 23.152 3.768 327
Feijão 13.797 13.797 1.360 18.435 3.738 1.054
Milho 45.575 45.575 1.795 218.204 30.439 5.765
Soja 22.198 22198 479 298.785 29.083 1.606
Trigo 6.125 1.698 202 53.649 8.823 711
FONTE: Levantamento realizado pela ASCAR/Emater-RS (nov 2003)
Obs.: 19% dos agricultores assistidos ( = 12% da área assistida nas quatro principais
culturas de grãos de verão: arroz, milho, feijão e soja) estão em processo de transição.
59. TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA ORIENTADA PELA EMATER/RS
RESULTADOS ALCANÇADOS - ALHO, BATATA, CEBOLA E TOMATE
Agricultores
Assistidos (nº) Área assistida (Ha)
Cultura Conven- Transição Redesenho Conven- Transição Redesenho
cional cional
Alho 705 276 89 710 45 12
Batata 1.790 514 149 1.944 160 60
Cebola 1.507 520 1.795 902 198 58
Tomate 1.095 412 285 559 93 57
FONTE: Levantamento realizado pela ASCAR/Emater-RS (nov 2003)
Obs.: 34% dos agricultores assistidos que correspondem a 16% da área
assistida nas quatro culturas (alho, batata, cebola e tomate) estão em
processo de transição.
60. TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA ORIENTADA PELA EMATER/RS
RESULTADOS ALCANÇADOS - FRUTICULTURA
Agricultores
Assistidos (nº) Área assistida (Ha)
Cultura Conven- Transição Redesenho Conven- Transição Redesenho
cional cional
Banana 1.403 253 153 4.716 792 327
Bergamota 1.079 1.140 285 2.382 1.684 639
Figo 403 270 69 293 299 54
Laranja 3.262 1.915 518 4.828 2.399 788
Morango 708 216 71 158 47 17,5
Pêssego 1.345 693 77 2.061 1.306 54
Uva 6.363 2.775 532 12.300 3.154 420
FONTE: Levantamento realizado pela ASCAR/Emater-RS (nov 2003)
Obs.: 60% dos agricultores assistidos que correspondem a 30% da área assistida em
fruticultura, estão em processo de transição
61. TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA ORIENTADA PELA EMATER/RS
CRIAÇÕES
Bovinocultura de Leite:
27.769 agricultores assistidos em 294 municípios
11.695 agricultores assistidos com produção de
leite a pasto (pastoreio rotativo ) - 42%
6.169 agricultores assistidos usam produtos
fitoterápicos - 22%
62. TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA ORIENTADA PELA EMATER/RS
AÇÕES EM QUALIDADE DE VIDA E CIDADANIA
Envolvimento em programas de educação ambiental:
54.301 famílias, 1534 escolas e 2.647 comunidades
Melhoria da qualidade da água para consumo: 36.525
famílias envolvidas
Cultivo de plantas medicinais: 18.519 famílias e 3.019
hortos
Destinação dos esgotos domésticos: 21.132 famílias
64. TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
• Pressupõe um processo educativo, requerendo
maior tempo para transição, do que a simples
aquisição e substituição de insumos.
• Exige maior conhecimento por parte de técnicos e
agricultores (interações ecológicas, características
dos agroecossistemas locais, adaptação de épocas
de plantio, cultivares, etc..)
65. TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Pressupõe a viabilização e o fortalecimento da
Agricultura Familiar
• Exige sensibilidade social dos atores sociais
envolvidos
• Estratégias de Conservação dos Recursos
Naturais
• Exige o entendimento de toda a sociedade -
Força sócio-ambiental
• Processo de Ecologização não dispensa o
progresso técnico e o avanço científico
66. TRANSIÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE:
DESAFIOS E POSSIBILIDADES
Diagnósticos e metodologias participativas como
ferramentas indispensáveis de trabalho,
permitindo:
Conhecer o histórico das comunidades que
vivem no ambiente
Identificar a “lógica” de uso dos recursos
naturais e os agroecossistemas resultantes
Identificar possíveis intervenções que otimizem o
uso desses recursos e permitam o seu manejo
em bases sustentáveis (econômica, social e
ambientalmente) e culturalmente aceitas
67. Todas as flores do futuro estão nas
sementes de hoje.” (Provérbio Chinês)
Muito Obrigado!
gpaulus@emater.tche.br