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i
Sérgio Alfredo Macore
Demonstrações Financeiras como base para concessão de crédito: Caso MM Integrated Steel
Mills Mozambique, Lda 2014 – 2015.
(Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria)
Universidade Pedagógica
Nampula
2017
i
Sérgio Alfredo Macore
Demonstrações Financeiras Como Base Para Concessão de Crédito: Caso MM Integrated
Steel Mills Mozambique, Lda 2014 – 2015
Monografia Cientifica a ser apresentada no
Departamento da Escola Superior de
Contabilidade e Gestão da UP – Delegação de
Nampula, para Obtenção do Grau Académico
De Licenciatura em Contabilidade com
Habilitações em Auditoria.
Supervisor
Msc.
Universidade Pedagógica
Nampula
2017
ii
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS .....................................................................................................................v
LISTA DE GRÁFICOS ..................................................................................................................vi
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................vii
LISTA DE ABREVIATURAS ..................................................................................................... viii
DECLARAÇÃO .............................................................................................................................ix
DEDICATÓRIA ..............................................................................................................................x
AGRADECIMENTO......................................................................................................................xi
RESUMO .......................................................................................................................................xii
CAPITULO I – INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
11.Introdução............................................................................................................................... 1
1.2.Objectivo do estudo............................................................................................................... 2
1.2.1.Objectivo Geral............................................................................................................... 2
1.2.2.Objectivos Específicos.................................................................................................... 2
1.3.Justificativas.......................................................................................................................... 2
1.4.Problema de estudo ............................................................................................................... 3
1.5.Hipóteses ............................................................................................................................... 4
1.5.1.Hipótese Básica .............................................................................................................. 4
1.5.2.Hipóteses Secundárias .................................................................................................... 4
1.6.Delimitação do tema.............................................................................................................. 4
1.7.Estrutura do trabalho ............................................................................................................. 5
CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA............................................................................ 6
2.1.Demonstrações Financeiras................................................................................................... 6
2.1.1.Balanços.......................................................................................................................... 6
2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício ...................................................................... 7
2.1.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................................ 7
2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras......................................................................... 8
2.2.Utilizadores da Análise Financeira ..................................................................................... 10
2.3.Procedimentos Preliminares à Análise ................................................................................ 11
2.3.1.Técnicas de Análise ...................................................................................................... 12
2.3.2.Análise Vertical ............................................................................................................ 12
iii
2.3.3.Análise Horizontal........................................................................................................ 13
2.3.4.Rácios Financeiros e Económicos ................................................................................ 13
2.3.4.1.Rácios Financeiros ........................................................................................................ 13
2.3.4.2.Principais rácios Económicos .................................................................................... 15
2.3.4.3.Rácios de Funcionamento.......................................................................................... 17
2.4.Tipos de demonstrações financeiras.................................................................................... 18
2.4.1.Balanço Patrimonial...................................................................................................... 18
2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício .................................................................... 19
2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados..................................................... 19
2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido ................................................... 20
2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ................................................. 20
2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa................................................................................. 20
2.5.Conceito de crédito.............................................................................................................. 20
2.5.1.Conceito de risco .......................................................................................................... 21
2.5.2.Factores de risco. .......................................................................................................... 21
2.5.3.Garantias ....................................................................................................................... 22
2.6.Tipos de garantias................................................................................................................ 23
2.6.1.Aval............................................................................................................................... 23
2.6.2.Caução de duplicatas .................................................................................................... 23
2.6.3.Caução de cheques........................................................................................................ 24
2.7.Os C’s do Crédito................................................................................................................ 26
2.7.1.Os C’s Tradicionais do Crédito .................................................................................... 26
2.7.2.Os C’s Modernos do Crédito ........................................................................................ 26
2.8.Os Três Novos C’s do Crédito ............................................................................................ 27
2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito ............................................... 27
CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 28
3.1.Tipo de pesquisa.................................................................................................................. 28
3.2.Método de procedimento..................................................................................................... 28
3.3.Método de abordagem: indutivo ......................................................................................... 28
3.4.Técnica de colecta de dados................................................................................................ 29
3.5. Universo e Amostra da Pesquisa........................................................................................ 29
iv
3.5.1.Universo........................................................................................................................ 30
3.5.2.Amostra da Pesquisa..................................................................................................... 30
3.6.Instrumentos de processamento de dados ........................................................................... 30
CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ............ 31
4.1.Breve Historial .................................................................................................................... 31
4.1.1.Objectivos estratégicos ................................................................................................. 33
4.1.2.Visão ............................................................................................................................. 33
4.1.3.Missão........................................................................................................................... 33
4.1.6. Análise do ambiente........................................................................................................ 35
4.1.6.1. Variáveis do macro e micro ambiente ...................................................................... 35
4.1.6.2. Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças ......................................................... 38
4.1.6.2.1. Pontos fortes: ......................................................................................................... 38
4.1.6.2.2. Pontos fracos:......................................................................................................... 38
4.2.Apresentação de dados........................................................................................................ 38
4.2.2.Calculo de Rácios Financeiros...................................................................................... 38
4.3.2.Dados da empresa............................................................................................................. 45
4.3.3.Objectivos da empresa.................................................................................................. 47
4.3.4. Dados financeiros............................................................................................................ 48
4.3.4.1.Conceito de crédito .................................................................................................... 48
4.4.Verificação de hipótese ....................................................................................................... 51
4.4.1.Hipóteses Secundárias .................................................................................................. 51
CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES...................................................................... 52
5.1.Conclusão............................................................................................................................ 52
5.2.Sugestão .............................................................................................................................. 53
Bibliografias.................................................................................................................................. 54
APÊNDICES
ANEXOS
v
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated Steel Mills 31/12/2013 a 31/12/2014 .......... 18
Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício31/12/2013 a 31/12/2014 da empresa MM
Integrated Stell Mills..................................................................................................................... 19
Tabela 3: Necessidade de capital de giro ...................................................................................... 38
Tabela 4: Valor da dívida.............................................................................................................. 40
Tabela 5: Retorno sobre activo ..................................................................................................... 40
Tabela 6: ROI................................................................................................................................ 40
Tabela 7: WACC........................................................................................................................... 41
Tabela 8: GAF – Grau de Alavancagem Financeira ..................................................................... 41
Tabela 9: Indicadores da empresa MM Steel Integrated............................................................... 41
Tabela 10: Valor económico agregado pelo Retorno sobre Investimento .................................... 42
Tabela 11: VEA agregado pelo LL Operacional .......................................................................... 42
vi
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores ................................................................................................ 43
Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores ............................................................................. 43
Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores ..................................................................................... 44
Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores................................................. 44
Gráfico 5: Tipo de empresa........................................................................................................... 45
Gráfico 6: Ramo de actividade...................................................................................................... 45
Gráfico 7:Facturamento ................................................................................................................ 46
Gráfico 8: Número de trabalhadores............................................................................................. 46
Gráfico 9: Composição da empresa .............................................................................................. 47
Gráfico 10:Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações
financeiras da empresa? ................................................................................................................ 48
Gráfico 11: A empresa possui provisões no que concerne ao pagamento de salário?.................. 48
Gráfico 12: Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos?............................... 49
Gráfico 13: Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro? ............. 49
Gráfico 14: Usa-se a análise vertical nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder
crédito?.......................................................................................................................................... 50
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Vista frontal da empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda...................... 33
Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda ............. 34
viii
LISTA DE ABREVIATURAS
DF Demonstrações financeiras
DC Demonstrações Contabilísticas
CC Concessão de Crédito
VAL Valor Actual Líquido
RE Reembolsos de Empréstimos
FC Fluxo de Caixa
UP Universidade Pedagógica
NPC Normas de Procedimentos Contabilístico
ix
DECLARAÇÃO
Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e das
orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão
devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final.
Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção
de qualquer grau académico.
Nampula, _______ de ____________________ de 2017
_____________________________________________
/ Sérgio Alfredo Macore/
Supervisor
_______________________________________
/ Msc. /
x
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais .
xi
AGRADECIMENTO
Aos meus pais.
Aos amigos e demais familiares, pela força e coragem que deram para a realização deste
trabalho.
Muito obrigado.
xii
RESUMO
A presente monografia apresenta uma análise sobre a eficiência do modelo de concessão de
crédito para as empresas, pesquisado em uma empresa localizada no distrito de Nacala Porto,
verificando questões como a adequação dos empréstimos oferecidos e o comportamento dos
tomadores. A metodologia utilizada foi uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória, a
partir do estudo de casos múltiplos com empresas do mesmo porte, além de pesquisa documental
realizada no âmbito da empresa. Através de entrevista pessoal com a aplicação de um roteiro de
perguntas estruturadas pode-se desenvolver uma análise de dois grupos distintos de empresas,
separados por critérios comportamentais dos últimos anos, onde um grupo apresentou maiores
dificuldades para honrar os compromissos financeiros assumidos, ao contrário do outro grupo,
mais sólido financeiramente. Questões abordando os perfis dos administradores entrevistados, as
estruturas organizacionais e práticas financeiras das empresas, associado ao processo de
concessão de crédito utilizado na agência bancária pesquisada, permitiram identificar ao final
deste estudo características distintas entre os dois grupos de clientes, ambos, porém, sujeitos a
uma mesma rotina de análise e concessão de crédito. Por fim, foram propostas melhorias no
processo de análise, visando uma melhor adequação das linhas de empréstimos ofertadas, com
base na destinação efectiva dos recursos solicitados e nas características dos pretendentes ao
crédito.
Palavras-chave: Demonstrações Financeiras, Concessão de Crédito, Rácios Financeiros.
1
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
11.Introdução
A presente monografia científica é realizada no âmbito de culminação do curso de Contabilidade
com habilitações em Auditoria, onde aborda sobre as Demonstrações Financeiras, cujo tema é
‘’Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito. Caso MM Integrated Steel
Mills Mozambique, Lda – 2014 – 2015’’.
Na verdade, as decisões que acercam as instituições financeiras são sempre objecto de muito
cuidado por parte dos gerentes de crédito, uma decisão tomada hoje poderá causar uma série de
efeitos no futuro, embora se tenha grande dificuldade em estabelecer estes efeitos ou mesmo
identificá-los e quantificá-los, estas situações são tanto mais difíceis de serem tratadas quanto
maiores forem os riscos e as incertezas do cenário económico. Pode-se considerar que os bancos
e outras instituições financeiras, em geral, como emprestadores de capital e financiadores de
bens de capital pelas empresas, representam o principal grupo de usuários das demonstrações
financeiras das empresas.
Em Moçambique a análise de crédito era feita somente através do estudo do cadastro, isto até a
década de 60. Tal análise consistia no processo de troca de informações sobre pontualidade em
saldar dívidas, valores das operações efectuadas e outras informações dessa natureza. A vinda de
bancos estrangeiros fortaleceu o uso das análises mais aprimoradas. A boa prática bancária
exclui que seja feita somente análise cadastral e coloque em risco os recursos administrados
emprestando-os para empresas que não estejam dispostas a fornecer dados contabilísticos e
apresentar informações fidedignas sobre sua situação financeira.
Mesmo em políticas de crédito a curto prazo, deve-se admitir que, como política de
relacionamento comercial com o cliente, uma análise que considerasse também aspectos de
longo prazo, em face da possibilidade de renovação daquelas operações. Este estudo discorrerá
sobre o método de análise financeira através de índices, de maneira prática e sucinta, do
contrário seria muito oneroso e gastaria tempo demasiadamente aos encarregados da carteira de
crédito em fazer análises minuciosas e que talvez não fossem suficientes para a tomada de
decisão rápida e segura, impossibilitando uma aplicação prática e objectiva.
2
1.2.Objectivo do estudo
Objectivo constitui a intenção do pesquisador daquilo que pretende alcançar e nesta ordem de
ideias os mesmos podem ser tanto geral como especifico conforme ilustramos a continuação:
1.2.1.Objectivo Geral
 Analisar as demonstrações financeiras das empresas como base para concessão de
crédito, em particular na MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda – 2014 – 2015.
1.2.2.Objectivos Específicos
 Identificar as demonstrações financeiras usadas na Empresa nomeadamente Balanço
Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.
 Avaliar a capacidade de pagamento em um exemplo prático. Analisando as
demonstrações contabilísticas e comparando os resultados dos índices financeiros.
 Apresentar soluções para tomada de decisão no momento da solicitação do crédito, por
meio da análise de índices financeiros, proporcionando condições para analisar situações
de empréstimos.
1.3.Justificativas
A eleição deste tema foi motivada pelo facto do autor ter se deparado frequentemente com casos
de solicitação de financiamentos da Empresa em estudo e que muita das vezes para a sua
aprovação sempre era necessário ter presente o balanço patrimonial e a demonstração de
resultado, ou seja em outras palavras, conciliar a teoria e a prática. Por esta razão, preferiu
escolher este tema para o trabalho de culminação do curso.
Mas por outro lado, a presente monografia é muito imprescindível, uma vez que, possibilitará
aos gestores financeiros ou ao encarregado da carteira de crédito, tomar decisões com maior
rapidez e que minimizem os riscos das operações financeiras, pois as decisões em operações de
tomada de recursos são sempre delicadas, seja para a parte dos executivos ou pela parte dos
gerentes de instituições financeiras que tomarão a decisão de deferir, modificar ou indeferir a
solicitação dos recursos.
3
Por outro lado, em condições limites poderá significar o fracasso ou o sucesso de uma instituição
financeira. O acto de decidir é a mais importante função do gerente, pois este é o responsável por
garantir a agilidade, continuidade, qualidade e a segurança dos activos que administra. Através
de uma orientação geral que envolve o processo decisório de crédito, todos aqueles que estejam a
ele ligados, directa ou indirectamente, devem buscar informações adequadas para uma avaliação
do potencial de crédito do cliente, no caso do gerente que deferirá ou não a solicitação e no caso
da empresa tomadora, o administrador financeiro.
Geralmente, ao solicitar um empréstimo, seja em qualquer instituição financeira, há um tempo
relativamente longo até sua decisão. Tal fato ocorre principalmente, em virtude de cadastros mal
elaborados e análises superficiais por parte das instituições financeiras, desconhecendo ou não
dando a devida importância ao Balanço Patrimonial e as Demonstrações Contabilísticas da
empresa solicitante. Sendo assim, é fundamental um estudo em análise de crédito de pessoas
jurídicas; pois, trará benefícios a ambas as partes, no processo decisório, e garantirá uma melhor
obtenção de recursos possíveis, de acordo com seus demonstrativos contabilísticos.
1.4.Problema de estudo
O presente trabalho científico é de estrema importância que os gestores / administradores tenham
em primeira mão as informações correntes e actualizadas, capazes de reduzir as suas incertezas,
podendo auxiliá-los nas tomadas de decisões. Suas necessidades de informação não dizem
respeito apenas aos processos tecnológicos e suas inovações, mas, também, a todo o
desenvolvimento do cenário político-social, económico e financeiro.
Actualmente as empresas operam num ambiente bastante competitivo e exigente o que torna o
processo de gestão bastante desafiador, obrigando os gestores, accionistas e credores a terem
cada vez mais necessidade de tomarem decisões mais rápidas e com o mínimo de margem de
erros para que as organizações possam sobreviver à agressividade do mercado.
4
Com o intuito a cima explanado, coloca-se como pergunta de partida:
 Até que ponto os indicadores financeiros extraídos a partir do balanço patrimonial e
demonstração de resultado da MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda fornecem
mecanismos para a tomada de decisão e assegura por parte dos gestores das instituições
financeiras?
1.5.Hipóteses
Hipótese constitui uma resposta antecipada do problema em estudo. Assim sendo, propomos a
hipótese básica e a secundária conforme ilustramos a continuação:
1.5.1.Hipótese Básica
 Por meio das demonstrações financeiras das empresas os gestores das instituições
financeiras poderão ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo.
1.5.2.Hipóteses Secundárias
 H1: Com a análise de índices ou rácios poder-se-á fazer com baixa margem de risco,
operações de concessão de créditos para empresa.
 H2: A análise vertical e horizontal das demonstrações financeiras poderá induzir aos
gestores das instituições financeiras a ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir
um empréstimo.
1.6.Delimitação do tema
O presente trabalho foi realizado no distrito de Nacala Porto, província de Nampula
concretamente na Empresa MM Intergrated Steel Mills Mozambique, Lda abrangido o período
compreendido entre 2014 a 2015.
5
1.7.Estrutura do trabalho
Para que este trabalho tenha uma sequência lógica, além das partes pré-textuais e pós-textuais,
está estruturado em 5 (cinco) capítulos de acordo com os objectivos pré-definidos.
No Capítulo I, encontramos a introdução, os objectivos do estudo, a justificativa, a definição do
problema hipóteses do estudo e a sua delimitação.
No Capítulo II, encontramos a revisão da literatura de autores que publicaram seus trabalhos
sobre as demonstrações contabilísticas e concessão de crédito, versando a literatura teórica.
No Capítulo III, encontramos a metodologia, concentram os métodos e procedimentos usados
para o presente estudo,
No capítulo IV, encontramos a apresentação, análise e interpretação de dados, dados estes que
foram obtidos através dos questionários dirigidos aos trabalhadores da MM Integrated Steel
Mills Mozambique, Lda.
Por fim ou seja no capítulo V, apresenta as conclusões, recomendações / sugestões e as
referências bibliográficas.
6
CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA
2.1.Demonstrações Financeiras
Segundo RIBEIRO (1999, p. 40) “Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos
que contém dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o sistema
contabilístico de uma entidade.” Os registos contabilísticos realizados periodicamente pélas
empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das Demonstrações Financeiras.
As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam suas
operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais são os
aspectos fortes e fracos apresentados em suas actividades operacionais e não operacionais, bem
como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão.
2.1.1.Balanços
De acordo FRANCO (1989, p.39) “Balanço Patrimonial é a representação sintética dos
elementos que formam o património, evidenciando a diferencial que completa a equação entre
seus valores positivos e negativos.”
SANTOS et al. (2003, p.77) diz que “balanço patrimonial é uma demonstração contabilística,
obrigatória, sendo uma apresentação sintética e ordenada do saldo monetário de todos os valores
integrantes do património da companhia, em determinada data, num sentido estático.”
Segundo RIBEIRO (2008, p.39), “balanço patrimonial é uma demonstração financeira
(contabilística) que evidência de forma qualitativa e quantitativa, em uma determinada data, a
situação patrimonial e financeira de uma entidade.”Ross et al. (1998, p.38), “balanço patrimonial
é um retracto instantâneo da empresa. É um modo conveniente de organizar e sintetizar o que
uma empresa possui (seus activos), o que uma empresa deve (suas exigibilidades), num dado
momento.”
Assim, compreendemos que o balanço patrimonial é a peça contabilística que retracta a posição
(saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período
terem sido feitos, após todos os provisionamentos (depreciação, devedores duvidosos, etc.) e
ajustes, bem como após o encerramento das contas de receita e despesa também terem sido
7
executados, ou seja, o Balanço Patrimonial é resultado de uma serie de eventos que ocorreram no
património da entidade e que foram sintetizados numa demonstração.
De acordo MARION (2006. P 42) o balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a
situação financeira e patrimonial da entidade em determinado período, e é composto por três
elementos básicos: Activo, Passivo e Património Liquido.
2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício
LUDICIBUS (2000), diz que a demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma
demonstração contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido
em um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados, apuradas segundo o
contabilístico do regime de competência.
De acordo Fernandes et al. (2012: 38), a demonstração de resultado é o documento que divulga o
montante dos resultados obtidos, bem como os componentes que contribuem para a sua formação
(rendimentos e gastos).
Assim, a demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos resultados
operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas
anualmente para fins legais de divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins
administrativos e, trimestralmente para fins fiscais.
2.1.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa
Segundo FERNANDES et al. (2012, p.48) A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem como
principal objectivo elucidar os utentes da informação financeira sobre o modo como a empresa
gera e utiliza o dinheiro num determinado período (normalmente um ano), em termos de fluxos
gerados na entidade pélas actividades desenvolvidas.
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), procura explicar a forma como é gerado e utilizado
o dinheiro evidenciando os fluxos de recebimentos e de pagamentos de determinada entidade no
exercício económico, e reconciliando o saldo inicial e final de caixa e seus equivalentes.
8
2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras
Conforme entendimento de Silva (2010, p. 6), análise financeira “consiste num exame minucioso
dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e
exógenas que a afectam financeiramente, com o objectivo de verificar sua performance
económico-financeira.”
Como dados financeiros disponíveis, pode-se incluir demonstrações contabilísticas, programas
de investimentos, projecções de vendas e projecção de fluxo de caixa, por exemplo. Como
condições endógenas, analisa-se estrutura organizacional, capacidade de gestão e nível
tecnológico da empresa. Como condições exógenas, relaciona-se os factores de ordem política e
económica, concorrência e fenómenos naturais, entre outros. Desse modo, a análise financeira
transcende as demonstrações contabilísticas.
As demonstrações contabilísticas são apenas canais de informação sobre a empresa, tendo como
objectivo principal subsidiar a tomada de decisão. Estão implícitos que devemos trabalhar com
informações de boa qualidade para chegarmos a um relatório de análise com o esmero
necessário.
Análise das demonstrações contabilísticas, segundo IUDICIBUS (1998:20) é: "a arte de saber
extrair relações úteis, para o objectivo económico que tivermos em mente, dos relatórios
contabilísticos tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso".
Para LOPES DE SA (1991:16) "Análise contabilística é um estudo das partes dos demonstrativos
para conhecer-se uma situação ou diversas situações de uma empresa".
A análise das demonstrações contabilística é um processo que objectiva ultrapassar as fronteiras
dos dados e relatórios obtidos péla contabilidade, transformando dados em informações úteis e
de fácil entendimento, que possam facilitar a vida de empresários, gerentes e demais gestores
(MATARAZZO, 1998, p.18).
Para ASSAF NETO (2010. P.35) “a análise de balanços visa relatar, com base nas informações
contabilísticas fornecidas pélas empresas, a posição económico-financeira actual, as causas que
determinaram a evolução apresentada e as tendências futura.”
9
Em outras palavras, através da análise de balanços extraem-se informações sobre a posição
passada, sobre a posição actual, e fornece subsídios para a projecção da posição futura da
empresa.
MATARAZZO (2010, p. 1) afirma que “a Análise de Balanços objectiva extrair informações das
Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.” As demonstrações financeiras fornecem
uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contabilística. A Análise de Balanços
transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientes quanto melhores informações
produzir.
A análise das Demonstrações Contabilísticas, portanto, têm por objectivo observar e confrontar
os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento minucioso de
sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os factores
antecedentes e determinantes da situação actual, e, também, servir de ponto de partida para
delinear o comportamento futuro da empresa.
É importante ressaltar que a análise das demonstrações contabilística, amplamente aceite no
meio académico e empresarial, compreende duas categorias distintas:
 A Análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa, seu
grau de liquidez e capacidade de solvência; e
 A Análise Económica, que possibilita a interpretação das variações do património e da
riqueza gerada por sua movimentação.
A análise económica e financeira consiste numa metodologia, ou conjunto de técnicas e
processos previamente determinados que apoiam o gestor no momento de definição de políticas,
acções e metas que compõem o planeamento estratégico da organização.
Tanto a análise financeira quanto a económica, são elaboradas e avaliadas sob vários pontos de
vistas distintos, conforme a necessidade e amplitude de cada usuário.
Conforme FERNANDES et al. (2012, p.23) Análise Financeira esta vocacionada para a recolha
de informação de cariz eminentemente económico-financeiro, para o seu tratamento e o seu
estudo, de forma a fornecer dados e informações financeiras que sirvam de base para a tomada
de decisões por parte dos gestores financeiros.
10
Por conseguinte, a análise visa determinar em que medida são conseguidos os objectivos gerais e
particulares que correspondem ao conjunto das tarefas integrantes da função financeira. Quando
feita internamente, é vista numa perspectiva previsional e voltada para o controlo de gestão.
2.2.Utilizadores da Análise Financeira
O estudo da situação económico-financeiro das empresas interessa a todos os stakeholders das
empresas, dado que todos eles necessitam de informação financeira que seja útil para o apoio à
tomada de decisão. De facto, o diagnóstico financeiro pode ser utilizado tanto a nível interno
como externo, já que informação financeira e a sua interpretação constituem o objecto essencial
de comunicação entre a empresa e o meio envolvente.
Apresentam-se de seguida, e de forma resumida, alguns dos grupos de stakeholders e suas
respectivas necessidades da informação:
 Gestores – necessitam da informação económico-financeira, a fim de puderem tomar
decisões, por exemplo, acerca dos financiamentos e investimentos, bem como as medidas
correctoras da situação financeira ou económica financeira.
 Accionistas ou sócios – esta classe de investidores preocupa-se essencialmente com o
risco inerente ao seu investimento, bem como com a realidade que este lhe proporciona.
Precisam, de informação que os ajude a tomar a decisão quanto à aquisição, manutenção,
ou venda de uma determinada participação numa empresa.
 Clientes - necessitam da informação capaz de lhes permitir aferir sobre a probabilidade
de continuidade da empresa, essencialmente se fazem importantes adiantamentos ou
estão muito dependentes de uma determinada empresa.
 Fornecedores - a perspectiva da análise da empresa é essencialmente de curto prazo,
preocupando-se com a capacidade da empresa pagar as suas dívidas nas respectivas datas
de vencimento.
 Credores - para o caso desses intervenientes, como sejam as instituições financeiras e os
obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar a capacidade da
empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos juros.
 Trabalhadores e sindicatos - estes stakeholders estão particularmente interessados em
analisar a estabilidade financeira, e a rendibilidade da empresa, que se reflectira na
11
capacidade da empresas pagar as respectivas remunerações, oferecer benefícios e criar
oportunidades de emprego.
 Administração fiscal - a informação será útil, por exemplo, por razoes fiscais
(tributação) e para fins de elaboração de estatísticas.
2.3.Procedimentos Preliminares à Análise
Todas as demonstrações financeiras são documentos essencialmente históricos, que informam o
que ocorreu em períodos passados. A análise das demonstrações financeiras envolve a selecção
cuidadosa dos dados neles apresentados, visando a utilização desses dados para fins de tomada
de decisão.
Para que a tomada de decisão ocorra de maneira adequada, se faz necessário o cumprimento de
procedimentos preliminares ao processo de análise. Como primeiro procedimento pode-se
destacar a definição dos objectivos da análise.
Verifica-se que usuários diferentes tem objectivos diferentes com relação as informações geradas
pela análise das demonstrações financeiras. Dessa forma, percebe-se que os accionistas se voltam
para lucratividade e dividendos futuros; os credores se preocupam com a capacidade de
pagamentos; os gestores analisam as alternativas de investimento e opções de financiamento
disponíveis. É preciso que, antes de se iniciar os procedimentos de análise, sejam bem
delimitados os objectivos da análise e a quais stakeholders serão direccionados os resultados
desta análise.
Finalmente, para que a análise das demonstrações financeiras gere informações úteis para
tomada de decisão pode ser necessário a adopção de procedimentos de reclassificação.
Reclassificação significa um reagrupamento de algumas contas das demonstrações financeiras. A
reclassificação efectua ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise.
Como procedimentos de reclassificação podem ser citados:
 Padronização de forma de apresentação e nomenclaturas das demonstrações financeiras;
 A conta “duplicatas descontadas” que é representada como redutora do Activo Circulante
deve ser reclassificada para o Passivo Circulante, devido as peculiaridades da operação
que a originou;
12
 A conta “despesas do exercício seguinte” que é representada no Activo Circulante e a
única desse grupo que não se convertera em dinheiro, devendo ser reclassificada
deduzindo o Património Liquido; e
 As demonstrações financeiras analisadas foram elaboradas com o conceito contabilístico
de curto prazo (circulante) e longo prazo (não circulante). Alguns objectivos da análise
poderão exigir que operações com valores a receber ou a pagar sejam reclassificadas pelo
conceito financeiro de curto prazo e longo prazo.
2.3.1.Técnicas de Análise
A análise das demonstrações financeira, é feita essencialmente a partir da análise horizontal e
vertical e dos índices.
Conforme Ribeiro (1997) a Análise Vertical e a Análise Horizontal devem ser usadas em
conjunto e servem para complementar as observações efectuadas através da Análise por
Quocientes. Enquanto a Análise por Quocientes apresenta dados que resultam da comparação
entre itens ou grupos da DRE e BP, as Análises Vertical e Horizontal dão mais detalhes,
envolvem todos os itens das demonstrações, e revelam falhas responsáveis pelas situações de
anormalidade.
2.3.2.Análise Vertical
Conforme RIBEIRO (1997, p. 173): A Análise Vertical, também denominada por alguns
analistas Análise por Coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um dos elementos
do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a percentagem de participação de
cada elemento no conjunto.
De acordo BLATT (2001) a Análise Vertical tem por objectivo determinar a relevância de cada
uma das contas em relação ao total. No BP toma-se por base o capital total e calcula-se a
participação relativa de cada conta. Na DR o valor base é o valor da Receita Operacional
Líquida.
Na análise do Activo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do
Activo. O Total do Activo é a base de cálculo para todas as contas do Activo.Na análise do
Passivo mais Património Liquido, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão
13
ajudando a financiar seus Activos. O Total do Passivo mais Património Liquido é a base de
cálculo para todas as contas que representam origens de recursos (que sempre tem o mesmo total
que o Activo).
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu
das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Liquida de Vendas ou Vendas
Liquidas é a base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados.
2.3.3.Análise Horizontal
A Análise horizontal para BLATT (2001, p.60) Tem por objectivo demonstrar o crescimento ou
queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contabilísticas em períodos
consecutivos. A análise horizontal compara percentuais ao longo de períodos, ao passo que a
análise vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é feita olhando se
horizontalmente ao longo dos anos nas demonstrações financeiras e nos indicadores. A Análise
Horizontal mostra a evolução de cada conta ao longo de períodos seguidos e permitir conclusões
a respeito da empresa.
2.3.4.Rácios Financeiros e Económicos
A análise Económica - financeira a partir do método dos rácios, consiste fundamentalmente no
estabelecimento de uma série de relações entre diferentes rubricas das demonstrações
financeiras. Ao estabelecer a relação entre diferentes rubricas, os rácios fornecem informação
bastante mais expressiva do que a que se obteria considerando essas rubricas em valor absoluto.
A análise dos rácios permite aos empresários medir quais as fraquezas e as forças económicas -
financeiras existentes no negócio de modo a poderem ser tomadas medidas apropriadas
(CRAVEIRO, 2006)
2.3.4.1.Rácios Financeiros
1.1 Índices de Liquidez
Liquidez geral ou Índice de Liquidez corrente - expressa a capacidade da empresa satisfazer
as suas obrigações a curto prazo com os activos circulantes. Um valor superior a 1, significa que
a empresa pode utilizar activos líquidos para pagar as dívidas a curto prazo. Um valor inferior a
14
1, significa que a empresa tem dificuldades de tesouraria para o pagamento das obrigações. A
liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo `a
medida que vencem. Englobam o relacionamento entre contas do Balanço Patrimonial; Mostram
a capacidade da empresa de honrar seus compromissos, principalmente os de curto prazo.
corrente)
(Passivo
CP
de
Dividas
Circulante
Activo
Geral
Liquidez 
Índice de Liquidez Seca: Elimina o risco associado à incerteza da venda de stocks
corrente)
(Passivo
CP
de
Dividas
Stocks
-
Circulante
Activo
Seca
Liquidez 
Solvabilidade total - expressa a capacidade da empresa para satisfazer os compromissos com
terceiros, à medida que se vão vencendo. Um valor superior a 1, significa que o valor do
património é suficiente para cobrir todas as dívidas da empresa. Um valor inferior a 1, significa
que a empresa está impossibilitada de satisfazer todos os seus compromissos com meios
próprios.
Total
Passivo
Proprio
Capital
Total
ade
Solvabilid 
Autonomia financeira - expressa a participação do capital próprio no financiamento da
empresa. Um valor inferior a 1/3, significa uma excessiva dependência de capitais alheios. Um
valor maior ou igual a 1/3, representa um bom grau de autonomia financeira.
Liquido
Activo
Proprio
Capital
Financeira
Autonomia 
Dependência financeira ou endividamento geral - expressa a participação dos capitais alheios
no financiamento da empresa, ou seja, o nível de endividamento. Rácio de autonomia + Rácio de
dependência = 1.
15
Total
Activo
Passivo
Financeira
a
Dependenci 
Índice de Cobertura de Juros: mede a capacidade de efectuar os pagamentos de juros previstos
em contrato.
Juros
Renda
de
Imposto
e
Juros
de
Antes
Juros
Juros
de
Cobertura
de
Indece 
2.3.4.2.Principais rácios Económicos
Rendibilidade do capital próprio ou Retorno do Capital Próprio (ROE) - relaciona o lucro
obtido num determinado exercício com o capital próprio da empresa. Permite ao accionista
avaliar a taxa de retorno do capital que investiu, podendo compará-la com outras remunerações
oferecidas no mercado de capitais.
Proprio
Capital
Liquido
Resultado
proprio
Capital
de
ade
Rendibilid 
Rendibilidade do activo total ou Retorno do Activo Total (ROA) - relaciona o lucro obtido
num determinado exercício com o activo total da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa
por cada unidade monetária investida, ou seja, a rendibilidade do investimento realizado.
Liquido
Activo
Liquido
Resultado
Total
Activo
do
ade
Rendibilid 
Rendibilidade das vendas - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o valor
das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária de
vendas.
Vendas
Liquido
Resultado
Venda
das
ade
Rendibilid 
16
Rotação do activo total - relaciona o valor das vendas com o activo total da empresa. Mede o
grau de eficácia na utilização dos activos.
Total
Activo
Vendas
Total
Activo
do
Rotacao 
Margem de lucro Bruto
Vendas
Lucrobruto/
Vendas
vendidos
Produtos
dos
Custo
-
Vendas
bruto
Lucro
de
Margem 

Margem de Lucro Operacional
Vendas
l
operaciona
Lucro
l
Operaciona
Lucro
de
Margem 
Margem de Lucro Liquido
Vendas
ordinarios
s
accionista
aos
disponivel
Lucro
Liquido
Lucro
de
Margem 
Lucro por Acção:
Ordinarias
Accoes
de
Nr
ordinarios
s
accionista
aos
disponivel
Lucro
(LPA)
Accao
por
Lucro 
17
2.3.4.3.Rácios de Funcionamento
Prazo médio de pagamento, ou idade média das contas a pagar, é calculado da mesma maneira
que o prazo médio de recebimento.
pagar/360)
a
(conpras
:
pagar
a
Contas
Medias
Diarias
Compras
pagar
a
Contas
pagamento
de
Medio
Prazo 

Prazo médio de recebimentos: Uma forma simples de calcular o tempo médio de recebimentos
(medido em dias ou meses), consiste em dividir o valor que os clientes devem à empresa num
determinado momento pelo valor das vendas anuais. Para obter o rácio em dias multiplica-se o
valor por 365; para obter o valor em meses multiplicamos por 12. A fórmula deste rácio é a
seguinte:
X365
Vendas
Clientes
o
Recebiment
de
Medio
Prazo 
No cálculo deste rácio, normalmente, o saldo de clientes obtido a partir dos dados da
contabilidade, inclui o IVA, enquanto, o valor das vendas é líquido deste imposto. Para corrigir
eventuais distorções no cálculo e análise deste rácio, devemos adicionar o IVA ao denominador.
Índices do valor do Mercado: relacionam o valor do mercado da empresa, medido pelo preço
corrente de acção a certos valores contabilísticos.
ordinarias
accoes
de
Nr
ordinaria
accao
da
mercado
do
preco
(P/L)
Lucro
o
sobre
Preço
de
Índice 
ordinarias
accoes
de
Nr
ordinarios
s
accionista
dos
Patrimonio
Ordinaria
Accao
da
l
Patrimonia
Valor 
ordinaria
accao
da
l
Patrimonia
Valor
ordinario
accao
de
mercado
do
Preco
(P/V)
l
Patrimonia
Valor
Preco/
de
Ind. 
18
2.4.Tipos de demonstrações financeiras
Segundo a IAS as Demonstrações Financeiras são o conjunto de informações que devem ser
elaboradas pelas empresas e demais entidades com o objectivo de proporcionar informações
sobre a posição financeira, o desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e
que seja útil a um conjunto alargado de utilizadores para tomarem decisões económicas. Para dar
uma maior clareza sobre as demonstrações Contabilísticas serão elencadas de forma sucinta cada
uma delas, no intuito de apresentar uma visão geral das mesmas, conforme a seguir:
2.4.1.Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a estrutura
contabilística e os seus elementos directamente relacionados com a mensuração do balanço são
os activos, passivos e capital próprio. Conforme exposto por Kroetz (2000:36), “nele se sintetiza,
na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de ferramenta para análises e
controles, objectivando estudar o comportamento e tendências do património”.
Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated Steel Mills 31/12/2013 a 31/12/2014
ACTIVO 31-dez-2014 31-Dez-2013
Activo não corrente
Activos tangíveis 331.200,84 183.690
Depreciações acumuladas - 72.251,28 -31.171
Total do activo não corrente 258.949,56 152.519
Activo corrente
Outros devedores 70.059,60 -------
Bancos 1.108.579,63 133.491
Total do activo corrente 1.178.639,23 133.491
TOTAL DO ACTIVO 1.437.588,79 286.010
CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
Capital social 20.000,00 20.000,00
Resultados transitados 141.047 --------
Resultado liquido do exercício 972.672,50 141.047
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO 1.133.674,50 161.047
Passivo corrente
Impostos a pagar 106.614,34 33.777
Outros credores 197.299,93 91.186
TOTAL DO PASSIVO 303.914,27 124.963
19
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 1.437.588,79 286.010
Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills
2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contabilística que apresenta a gestão
económica e financeira de uma empresa. ConformeAssaf Neto (2001:75), esse demonstrativo
“visa a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela
empresa em determinado exercício social”.
Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício31/12/2013 a 31/12/2014 da empresa
MM Integrated Stell Mills
DESCRIÇÃO 2014 2013
PROVEITOS OPERACIONAIS
Prestação de serviços 3.138.170,05 768.420
Total dos proveitos operacionais 3.138.170,05 768.420
CUSTOS OPERACIONAIS
Gastos com o pessoal 672.000,00 91.500
Fornecimento e serviços de terceiros 1.253.252,27 504.702
Depreciação do período 41.081,28 31.170,98
Total dos custos operacionais 1.966.333,55 627.372,98
Resultado antes do imposto 1.171.836,50 141.047,02
Imposto sobre rendimento -199.209 ------
Resultado liquido do exercício 972.627,50 141.047,02
Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills
2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados
Esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos no
saldo da conta lucros e prejuízos acumulados. Em função das informações referentes a estes
demonstrativos estarem inseridas na Demonstração das Mutações do Património Líquido,
quando a empresa optar pela elaboração deste último, não terá obrigação de elaborar a
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
20
2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido
De acordo com Reis (2003), a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das
contas integrantes do grupo património líquido. Assim, englobando a Demonstração de Lucros e
Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração.
2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
Corresponde assim como o Balanço Patrimonial, a uma demonstração da movimentação liquida
da entrada (origem) e da saída (aplicação) de recursos. Origina-se basicamente de umaanálise das
variações ocorridas na posição financeira da empresa (activos e passivos circulantes), cuja
diferença representa o “capital circulante líquido”.
2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa
Além destas demonstrações, a Demonstração de Fluxo de Caixa, mesmo não sendo obrigatória,
as empresas vem publicando com o objectivo de fornecer informações sobre a movimentação das
disponibilidades da empresa e demonstrar o impacto final de tal movimentação nesse grupo de
contas, tendo como objectivo principal explica a variação da disponibilidade imediata da
empresa.
2.5.Conceito de crédito
Segundo SCHRICKEL (2000) – crédito é todo acto de vontade ou disposição de alguém destacar
ou ceder, temporariamente, parte de seu património a um terceiro, com expectativa de que esta
parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado.
Esta parte do património pode estar materializada por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens
(empréstimos para uso, ou venda com pagamento parcelado, ou a prazo). Pelo facto de esta
cessão patrimonial envolver expectativas quanto ao recebimento da parte cedida, é imperativo
reconhecer que a qualquer crédito está associada a noção risco, portanto o gerente de crédito
deve lembrar-se que, ao vender um crédito, está automaticamente comprando um risco com
todos os problemas e benefícios que a transacção envolve.
21
Numa visão macroeconómica, o crédito cumpre importante papel económico e social, pois
possibilita às empresas aumentarem seu nível de actividade, estimula o consumo, influenciando
assim a demanda, ajuda as pessoas a obterem moradia, facilita a efectivação de projectos para os
quais as empresas não disponham de recursos suficientes. Por outro lado, o crédito pode tornar
empresas e pessoas físicas altamente endividadas, como pode ser forte componente de um
processo inflacionário.
2.5.1.Conceito de risco
Risco significa incerteza, imponderável, imprevisível, e isto situa-se necessariamente no futuro.
Assim, embora a análise de crédito deva lidar com eventos passados do tomador de empréstimos,
as decisões de crédito devem considerar primordialmente o futuro desse mesmo tomador.
O risco sempre estará presente em qualquer empréstimo Não há empréstimo sem risco. Porém, o
risco deve ser razoável e compatível ao negócio da instituição financeira e à sua receita mínima
almejada.
A incerteza quanto ao futuro torna a análise de crédito, e por consequência o risco, extremamente
desafiador e exige capacitação técnica específica, tornando-a mais que certamente dependente do
elemento humano, não podendo jamais ser substituída por qualquer meio cibernético, melhor
dizendo; não existem modelos matemáticos que eliminem o risco, será sempre indispensável o
parecer do comité de crédito.
2.5.2.Factores de risco.
Os factores identificados como responsáveis pelas perdas bancárias em concessões de créditos,
usualmente são divididos em duas partes: internos e externos.
A fraca qualidade no processo de análise de crédito (factor interno) e o agravamento da situação
macroeconómica (factor externo), podem resultar na escassez de tomadores saudáveis. Essa
situação tende a influenciar na maior concentração de empréstimos com tomadores de alto risco,
o que pode resultar na diminuição da receita e da lucratividade. Factores internos independem da
economia e estão relacionados com as características de uma empresa.
22
Os factores internos são decorrência de:
 Profissionais desqualificados;
 Controlo de Política de crédito;
 Volatilidade das taxas de juros;
 Taxa de inflação;
 Carácter dos tomadores;
 Taxa de desemprego.
 Riscos inadequados;
 Ausência de modelos estatísticos;
 Concentração de empréstimos em tomadores de alto risco.
Factores externos estão directamente ligados a situação económica, os quais determinam o nível
de actividade económica e de taxa de juros. Os factores externos são decorrência de:
2.5.3.Garantias
A finalidade da garantia é evitar que factores imprevisíveis, ocorridos após a concessão do
crédito, impossibilitem a liquidação do empréstimo, por mais que a parte tomadora seja idónea
com suas obrigações, sempre haverá o risco, seja por factores climáticos, cambiais, política
fiscal, morte do principal dirigente da empresa, incêndio, entre outras causas. A garantia é
considerada pelo Banco Central, como uma das regras de boa técnica bancária, e estabelece que
os bancos comerciais, na realização de operações de crédito, exijam uma garantia adequada ao
crédito.
Para as instituições financeiras, as melhores garantias são aquelas que possuem maior liquidez,
ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito
independem de sentença judicial, mesmo assim os gerentes de instituições financeiras nunca
deve considerar a concessão de um empréstimo exclusivamente em função da garantia. Em toda
concessão de crédito, o gerente deverá ter a convicção de que não será necessário utilizar a
garantia para liquidar o empréstimo.
23
2.6.Tipos de garantias
2.6.1.Aval
O aval é uma garantia oferecida por um terceiro, que por este ato se torna devedor solidário do
devedor principal. A relação que se estabelece entre o avalista e o avalizado é pessoal, directa e
intransferível. Diz-se comummente que o avalista, ao dar sua garantia, constitui-se no principal
pagador da obrigação, dada a solidariedade estabelecida entre o devedor e seu garantidor em
relação ao emprestador. (SCHRICKEL, P. 165)
O aval é caracterizado por ser uma garantia pessoal, ou seja, se o tomador da dívida não cumprir
com suas obrigações, quem responderá será a pessoal que assinou como avalista. O aval é
normalmente atrelado a todas as operações de crédito, por ser a forma de garantia mais comum.
Para a instituição financeira o aval é de boa norma bancária no que se refere a diminuição do
risco em casos de inadimplência do cliente ou de concordata ou falência da empresa devedora,
existem casos em que o avalista é o dono ou sócio da empresa, se esta pede falência, o dono
responderá de mesma forma sobre suas dívidas, porém na posição de pessoa física, como
avalista.
O aval garante apenas o valor que está expresso no título de crédito avalizado. Muitos bancos
após executarem o tomador e seu avalista pretendem que eles assumam também as
responsabilidades por obrigações que vão além das previstas na promissória, o que, às vezes
pode funcionar nos tribunais.
O que o responsável pela carteira de crédito deve tomar cuidado ao exigir assinatura de um
avalista é atentar para que o título esteja legível e bem formalizado, conferir, além da assinatura,
os poderes de quem assinou (mediante procuração, estatuto ou contrato social), que o avalista e
os dados sejam os mesmos citados no contrato e que o valor do título de crédito seja suficiente
para cobrir o valor do crédito, com os respectivos encargos.
2.6.2.Caução de duplicatas
Duplicata é um título de crédito que se extrai em consequência de uma factura de venda
mercantil ou prestação de serviços. A caução de duplicatas só produz efeitos a partir da efectiva
24
entrega dos títulos ao credor. Portanto, na caução de duplicatas, somente podemos considerar a
existência da garantia, a partir do momento em que os títulos forem entregues ao banco.
(SANTOS, P. 37).
2.6.3.Caução de cheques
O contrato de empréstimo pode ter como forma de garantia a vinculação de cheques, o prazo
para a apresentação de cheques, para o pagamento, é de 30 dias a partir de sua emissão, quando
for emitido na praça (cidade) onde deve ser pago, e de 60 dias quando emitido em outra praça.
O prazo de prescrição do cheque (perda do direito de cobrar judicialmente) é de seis meses a
contar do final do prazo de apresentação.
A análise de crédito é um processo que exige ampla habilidade do analista em observar
informações inerentes ao universo do cliente, com vistas à tomada de decisões relativas ao
crédito. Tais decisões devem estar rescaldadas em elementos de convicção consistentes. Mesmo
utilizando o feeling e bom senso, características importantes do analista, durante a análise é
necessário um retrato da situação real da empresa, visto em suas demonstrações contabilístico e
indicadores de desempenho delas extraídas e outras informações que norteiam a decisão de
crédito.
Segundo Schrickel (2000, p.27):
A análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão de
crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações
e informações incompletas. Esta habilidade depende da
capacidade de analisar logicamente situações, não raro,
complexas, e chegar a uma conclusão clara, prática e factível de
ser implementada.
A análise de crédito é um instrumento essencial para um bom resultado de uma decisão de
crédito. A análise de crédito proporciona uma visão geral da empresa demandante, fornecendo de
forma clara e objectiva o seu desempenho económico-financeiro. O levantamento da situação da
empresa é feito com base na análise de suas demonstrações financeiras, do grupo e sector em que
faz parte e também de aspectos políticos e económicos.
Segundo Matarazzo (2003, p. 17):
25
O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações
financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em
informações que permitam concluir se a empresa merece ou não
crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não
condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem
evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir
ou se continuará operando.
Blatt (1999, p. 38) apresenta os seis pilares da concessão de crédito:
 Informação creditícia: Indica que as decisões de crédito são embaçadas nas informações
colectadas, as quais devem ser de fontes confiáveis e íntegras.
 Histórico de Pagamento: Neste pilar é analisado o histórico de pagamento do cliente em
relação a outros fornecedores. Uma vez que o cliente possui uma boa conduta de
pagamento com os credores actuais aumenta a probabilidade de ser um bom pagador
futuro.
 Identificação do Cliente: Neste pilar deve-se conhecer o cliente e a sua rede de
relacionamento.
 Análise das Demonstrações Financeiras: Neste pilar serão analisadas a demonstrações
financeiras da empresa, a fim de apurar sua saúde financeira e influenciar a decisão de
crédito.
 Qualidade de Cobrança: A qualidade no momento da análise de crédito será fundamental
em caso de futuras acções de cobrança.
 Fortalecimento da Venda a Crédito: O analista de crédito, além de ser responsável por
reduzir o risco de crédito e aumento do fluxo de caixa da cobrança, também é responsável
por gerar a venda a crédito.
Ainda Blatt (1999, p. 40), apresenta os elementos fundamentais na concessão de crédito:
Segurança: O credor ao conceder crédito, aceita correr um risco,
por confiar no cliente... Para saber se o cliente merece ou não, tem
que se analisar seu carácter e capacidade por meio da ficha
cadastral e sua capacidade e capital mediante seus demonstrativos
contabilísticas. Liquidez: é a sua capacidade de pagamento... Esta
certeza é reforçado pela análise da situação financeira e
capacidade de pagamento.
26
2.7.Os C’s do Crédito
Em se tratando de análise de crédito é indispensável citar os C’s do Crédito. A seguir será
demonstrada a definição de cada “C” e também uma divisão proposta por Blatt (1999), onde cita,
além dos C’s Tradicionais do Crédito, os C’s Modernos do Crédito e os Três Novos C’s do
Crédito.
2.7.1.Os C’s Tradicionais do Crédito
Os C’s tradicionais são: Carácter, Capacidade, Capital, Colateral, Condições e Conglomerado. A
avaliação dos C’s do Crédito fornece informações que serão necessárias para identificar uma
possível perda no processo de concessão de crédito. Segundo Blatt (1999, p. 42): “Os C’s de
crédito fornecem uma visão da complexidade que uma avaliação de crédito pode assumir. Tal
complexidade frequentemente implica um grau de subjectividade elevado no que tange a decisão
propriamente dita.”
Quanto ao primeiro ‘’C’’ do crédito, Carácter, baseia-se ao risco moral. Indica a intenção do
tomador em honrar ou não o compromisso que foi assumido junto à instituição financeira. A
tendência é que as pessoas (físicas ou jurídicas) tendem a ser honestas principalmente quando os
negócios em que actuam estão prosperando. Porém, neste quesito é avaliado o compromisso do
tomador em pagar suas dívidas em tempos de crise. Segundo Blatt (1999, p.43), ‘’ a pergunta-
chave do ‘’carácter’’: a pessoa ou empresa tem reputação de honestidade a ponto de fazer
esforço para pagar suas obrigações?’’
Quanto ao segundo ‘’C’’ do crédito, Capacidade, segundo os autores que tratam desse assunto,
avaliar a capacidade do tomador de crédito é muito subjectivo e por isso é difícil de mensurar. A
capacidade avalia a habilidade de gestão do cliente, ou seja, no caso de empresas avalia a
habilidade administrativa de seus dirigentes em lidar com as constantes mudanças do cenário
económico em que faz parte.
2.7.2.Os C’s Modernos do Crédito
Segundo Blatt (1999), ainda existem mais três “C’s” que podem ser avaliados no processo
decisório de crédito gerando mais informações no processo da análise. O primeiro é
Consistência, que indica a escolha do alvo de mercado, estando directamente ligada a política do
27
credor, da conjuntura económica, etc. O segundo é a Comunicação, que se refere à agilidade na
obtenção e análise das informações necessárias ao processo de concessão crédito. E por último o
Controlo, que trata basicamente da gestão do crédito que foi concedido.Supervisionar
constantemente a situação do cliente para evitar problemas futuros.
2.8.Os Três Novos C’s do Crédito
Ainda segundo Blatt (1999), existem os três novos C’s do crédito que estão adequados à
realidade actual. O primeiro é Concorrência, em que o credor irá avaliar se o tomador é
competitivo no mercado em que actua. O segundo é Custos, onde será analisado se o cliente
possui uma gestão de custos dequalidade. E o terceiro Caixa. Neste quesito é verificado se o
cliente gera caixa.
2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito
Várias razões levam a analisar as demonstrações financeiras das empresas, uma delas é a
verificação da capacidade de manutenção e aquisição de créditos junto a instituições financeiras.
Segundo Assaf Neto (2010, p.40):
Os intermediários financeiros, basicamente bancos comerciais e
de investimento, constituem-se tradicionalmente no principal
usuário da análise de balanços... Os interesses dos bancos, em
geral, incluem o conhecimento da posição de curto e longo prazo
da empresa.
A análise das demonstrações financeiras engloba um conjunto de instrumentos e métodos que
permitem diagnosticar a situação financeira de uma empresa e também prever seu desempenho
futuro, tornado então uma ferramenta essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de
qual será o limite máximo de empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente.
28
CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1.Tipo de pesquisa
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa,
tendo em vista que se pretende, por meio da análise crítica, descrever a importância das
informações contabilísticas no processo decisório naquilo que seria a concessão de crédito.
A pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registá-los, analisá-los, classificá-los e
interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenómenos do mundo físico e
humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador.
Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenómeno que está
sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio
de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último.
3.2.Método de procedimento
Usou-se como método de procedimento o estudo de caso que consiste na “observação detalhada
de um contexto ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento
específico”.
Usou-se também o método comparativo, realiza comparações com finalidade de verificar
semelhanças e explicar divergências. É um método usado tanto para comparações de grupos no
presente, no passado ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou
de diferentes estágios de desenvolvimento.
Método estatístico: consiste na transformação de dados quantitativos em estatísticos, facilitando
a sua apresentação em gráficos.
3.3.Método de abordagem: indutivo
O método indutivo é um método científico que obtém conclusões gerais a partir de premissas
individuais. Caracteriza-se por quatro etapas básicas: a observação e o registo de todos os factos,
a análise e a classificação dos factos.
29
3.4.Técnica de colecta de dados
A entrevista como uma forma de interacção social mas especificamente, é uma forma de diálogo
assimétrico, em que uma das partes busca colectar dados e a outra se apresenta como fonte de
informação.
Segundo a ideia apresentada pelo autor, o pesquisador se apoiou na entrevista como técnica de
colecta de dados.
Terá também o questionário e a observação que são definidos como:
 Questionário é uma técnica de investigação composta por um número grande ou
pequeno de questões apresentadas por escrito que tem por objectivo propiciar
determinado conhecimento ao pesquisador; e
 Observação é uma solução para o estudo de fenómenos complexos e institucionalizados,
quando se pretende realizar análises descritivas e exploratórias ou quando se tem o
objectivo de inferir sobre um fenómeno que remeta a certas regularidades, passíveis de
generalizações.
 A entrevista e a observação são técnicas interactivas visto que a entrevista conduz o
pesquisador para a observação, enquanto as observações podem sugerir os
aprofundamentos necessários para as entrevistas.
Para além dessas técnicas o pesquisador apoiara-se pela consulta documental, que é realizada a
partir de documentos contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente
autênticos.
3.5. Universo e Amostra da Pesquisa
O universo ou População é conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo
menos uma característica em comum.
Por outras palavras, o universo é o conjunto de elementos ou fenómenos que possuem
determinadas características comuns.
30
3.5.1.Universo
Na verdade, este estudo não abrange toda Empresa mas sim uma parte dos funcionários dos
Sectores que a seguir destacamos: sector financeiro, Administrativo, Contabilidade e tesouraria,
num total de15 funcionários.
3.5.2.Amostra da Pesquisa
Reconhecendo que Amostra é uma parte da população em estudo ou constitui parte
representativa da população, onde a partir dela se insere os resultados desta população, para este
trabalho tem como amostra 10 (dez) funcionários de diferentes sectores distribuídos da seguinte
forma: 1(um) financeiro, 1 (um) director executivo, 2 (dois) auxiliares administrativos, 3 (três)
analistas de créditos, 2 (dois) contabilistas, 1 (uma) tesoureira.
3.6.Instrumentos de processamento de dados
O Software (SPSS), é um programa apropriado para a elaboração de análises estatísticas de
matrizes de dados. O seu uso permite gerar relatórios tabulados, gráficos e dispersões de
distribuições utilizados na realização de análises descritivas e de correlação entre variáveis.
31
CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
4.1.Breve Historial
A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Limitada, foi criada em 16 de Março de 2010 como
assenta a publicação que por escritura de dezasseis de Março de dois mil e dez, lavrada de folhas
cento e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diverso número I traço quarenta e cinco,
do Cartório Notarial de Nampula, foi constituída uma sociedade por quotas de responsabilidade
limitada entre os sócios Kumar Vinodrai Pujara, Subhash Motibhai Patel e Vishnu Rooptal
Wadhawan, onde o capital subscrito e realizado em dinheiro foi de cinquenta mil meticais, sendo
uma quota no valor de trinta e cinco mil meticais, correspondente a setenta porcento do capital
social, pertencente ao sócio Subhash M. Patel e duas quotas iguais de sete mil e quinhentos
meticais cada uma, correspondente a quinze porcento do capital social cada, pertencentes aos
sócios Kumar V. Pujara e Vishnu R. Wadhawan e publicado no Boletim da República nº 13, III
série de segunda-feira de 5 de Abril de 2010.
A origem da empresa esta directamente relacionada com o facto de o sócio maioritário o Sr.
Subhash M. Patel ser o fundador e presidente do Grupo Motisun que é um conglomerado de
negócios diversificado privado com sede na Tanzânia e com várias empresas de fabricação de
materiais de construção, como aço, produtos de cobertura, cimento, tanques de plástico, tubos,
tintas etc. No alcance geográfico abrange Sul, Centro Leste de África onde tem próprias fábricas
localizadas na Tanzânia, Moçambique, Zâmbia e Uganda.
A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda. tem como objecto a produção e
comercialização de chapas de zinco e seus derivados, com importação e exportação, mas
inicialmente ela estava focada na compra e venda de chapas de zinco, ainda não tinha iniciado a
produção.
Em acta da assembleia-geral de 27 de Setembro de 2012 a empresa agendou e decidiu sobre a
divisão e cessão de quotas, entrada de novos sócios, alteração do pacto social, mudança da sede
para a cidade de Nacala Porto. Quando a empresa passa a estar sediada na cidade portuária de
Nacala Porto regista grandes investimentos, requer e é certificada como empresa de Zona
Económica Especial, e goza dos incentivos fiscais e garantias estabelecidas na Lei nº 3/93, de 24
de Junho (Lei de Investimento) e respectivo regulamento, e no código dos benefícios fiscais,
32
aprovado pela Lei nº 4/2009, de 12 de Janeiro, e outra legislação complementar, e pelos termos
específicos da autorização; passando desde já a ser empresa de grande dimensão.
Depois do projecto ter sido aprovado pelo Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento
Acelerado (Gazeda) e pelo Banco de Moçambique a empresa solicita um financiamento junto a
Corporação Financeira Internacional (IFC), do grupo Banco Mundial a fim de apoiar o
desenvolvimento da indústria em Moçambique.
De acordo com o extracto da conservatória dos registos de Nampula de 04 de Dezembro de 2014
a empresa passou a ter a seguinte estrutura accionista e respectivo capital social que foi subscrito
e realizado em dinheiro:
 Subhash Motibhai Patel……………….. 180.000.000,00MT correspondente a 60%
 Girdharbhai Meghji Ratna Pindolia …… 60.000.000,00MT correspondente a 20%
 Beekay Universal Impex Pvt. Ltd……… 60.000.000,00MT correspondente a 20%
A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os
restantes Moçambicanos e esta representada nas seguintes sucursais do país:
 Nampula;
 Pemba;
 Quelimane;
 Tete,
 Beira; e
 Maputo.
A nível sectorial é neste momento o único produtor nacional de chapas de zinco em termos de
processamento e ainda comercializa outros produtos tais como Varrão, cantoneiras, pregos,
arame de ligação, tubos, e diverso material de construção.
33
Figura 1: Vista frontal da empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda
Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016
4.1.1.Objectivos estratégicos
A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e
produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo. Esta
perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais
trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de
forma rentável no futuro brilhante de Moçambique.
4.1.2.Visão
Para ser um reconhecido como líder de produção de chapas e seus derivados em Moçambique e
na região, comprometidos com nossos povos, clientes, fornecedores e stakeholders.
4.1.3.Missão
Somos movidos por e ficar para os nossos funcionários, clientes, fornecedores, partes
interessados e as comunidades em que actuamos. Para proporcionar uma experiência excepcional
ao cliente em todos os nossos negócios e países através da qualidade superior do produto, serviço
e valor.
34
4.1.4.Valores
 Qualidade
 Inovação
 Foco no cliente
 Transparência
 Respeito
 Integridade
4.1.5.Ambiente interno
O ambiente interno é a estrutura que compõe o ambiente da empresa para viabilizar o
funcionamento, a destacar:
 Recursos físicos: A empresa esta localizada na Província de Nampula, Cidade de Nacala
– Porto, Bairro de Muanona, Zona Industrial II, possui instalações próprias e vasto
conjunto de equipamentos de produção e administrativo.
 Recursos humanos: A empresa conta com um total de 240 trabalhadores.
Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda
Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016
35
4.1.6. Análise do ambiente
4.1.6.1. Variáveis do macro e micro ambiente
A análise do ambiente compõe um conjunto de factores internos e externos que afectam a
empresa como um todo. O ambiente externo da MMI foi analisado pelas variáveis do macro
ambiente (económicos, tecnológicos, sociais, legais, politicas, culturais, demográficas e
ecológicos) e do ambiente interno foi analisado pelas variáveis do micro ambiente (fornecedores,
clientes, concorrentes e agências reguladoras). A seguir estão as variáveis estão as variáveis do
macro e micro ambiente, que impactam na empresa pesquisada objecto desse estudo:
 Variáveis económicas: a empresa opera no ramo industrial, no seguimento metal e
depende de um mercado aquecido como está actualmente o da construção civil.
 Variáveis tecnológicas: a empresa busca acompanhar as novas tecnologias e investir em
equipamentos para agilidade nos processos produtivos, sendo este um factor importante
que resultará na melhoria dos produtos, na redução dos custos e na redução dos prazos de
entrega. A empresa faz uso das seguintes ferramentas de comunicação: correio
electrónico (email), telefone/fax, skype, msn e internet.
 Variáveis sociais: quanto maior o poder aquisitivo da população, maior o poder de
compra. Por exemplo, a aquisição de chapas de zinco de baixo valor por parte da
população; significa um maior poder aquisitivo, ou seja, mais a empresa irá lucrar.
 Variáveis legais: composto por um conjunto de leis, decretos e outros instrumentos
legais que um país utiliza para regular determinado comportamento da organização, como
por exemplo, a legislação fiscal, a lei do trabalho e ambiental.
Na lei fiscal, pode-se mencionar o regulamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA)
aprovado pela lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro, o regulamento do código do imposto sobre o
rendimento das pessoas colectivas (CIRPC), aprovado pelo decreto nº 9/2008, de 16 de Abril e
regulamento do código dos benefícios fiscais, regido pelo decreto nº 56/2009, de 7 de Outubro.
Na lei do trabalho, o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) a
consolidação da lei do trabalho de acordo com a lei nº 23/2007, de 1 de Agosto.
Na lei ambiental, pode-se citar o decreto nº 45/2004 - Regulamento Sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental, que estabelece directrizes sobre a área de gestão ambiental
36
dentro das empresas e o decreto nº 18/2004 – Regulamento Sobre Padrões de Qualidade
Ambiental e de Emissão de Efluentes.
 Variáveis políticas: a empresa procura acompanhar as ocorrências e acontecimentos para
decidir estrategicamente em seu negócio. As mudanças adoptadas pelo governo e
legislações influenciam o ambiente da empresa, uma vez que essas medidas devem ser
cumpridas (como por exemplo, a obrigatoriedade de emissão de facturas ou documentos
equivalentes nas suas vendas e o cumprimento do código dos benefícios fiscais, jornada
de trabalho de no máximo de 08 horas de diárias.
 Variáveis culturais: corresponde a um conjunto de ideias, conhecimentos, técnicas e
padrões de atitudes e comportamentos que caracterizam a sociedade, geralmente
relacionada com a principal actividade económica do município, do distrito, da província
e do país em geral. Nacala - Porto vai gradualmente caracterizando-se como um
município/distrito industrial.
 Variáveis demográficas: uma população crescente significa necessidades crescentes a
serem satisfeitas e dependendo do seu poder aquisitivo, isto pode também significar
oportunidades crescentes de mercado. Nacala – Porto apresenta um crescimento
populacional, segundo o INE (2008), um dos grandes factores é a imigração de pessoas
em busca de empregos, por ser uma cidade com grandes indústrias.
 Variáveis ecológicas: os clientes estão cada vez mais exigentes, tanto em relação aos
produtos quanto à ética e responsabilidade das empresas.
Por isso, a produção deve estar de acordo, não apenas com as necessidades dos clientes, mas
também com normas de protecção ao meio ambiente que estabelece directrizes sobre a área
de gestão ambiental nas empresas. As preocupações e providências que a empresa vem
adoptando em relação à poluição e preservação ambiental e a destinação dos resíduos de
processo produtivo e do lixo gerado.
Em relação ao micro ambiente ou meio específico a empresa analisa o seu ambiente
organizacional interno para que possa identificar suas forças e fraquezas. A empresa precisa
conhecer seu ambiente para acompanhar seus pontos fracos e fortes e como é seu funcionamento
e organização. Este ambiente é constituído por diferentes empresas, como: fornecedores,
clientes, concorrentes e agências reguladoras.
37
a) Fornecedores: a empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda; tem sua
fabricação voltada para os produtos: chapas de zinco, varão, cantoneiras, pregos, arame
de ligação, tubos e diverso material de construção. Para isso, trabalha com fornecedores
qualificados, onde a qualidade, os preços e os prazos de entrega são factores importantes
no momento da compra. Os principais fornecedores são: Salzgitter Mannesmann
International Gmbh da Alemanha, Nizi International do Luxemburgo, Ase Metal N.V. da
Bélgica, Steel Resources LLC dos Estados Unidos da América e Tangshan Jiaxi Trading
da China.
b) Principais clientes: a empresa busca fornecer produtos de qualidade, tem como principais
clientes: Cogef Trading, Lda com sede em Maputo e representado em mais de quatro
províncias, Casa Barato de Nacala – Porto, Sallu Trading de Lichinga, Muza
Investimentos de Mocuba, Agro Itnoa de Nampula, Organizações Carlitos & Irmãos com
sede em Nacala, Afriken International Ltd localizado no Kenya e Atomic Hard Ware Ltd
do Malawi.
c) Concorrentes: dentre os principais destacam-se as empresas Intertelha de Moçambique,
Lda localizada em Nampula, Dong Comercial situada em Nampula, a Ferpinta, Lda
localizada na Beira, a Ferro Moçambique de Nacala e a Ever Green, Lda (Goodone)
localizado em Nampula e Pemba.
d) Agências reguladoras: são fiscalizadas por órgãos do governo – Ministério do Trabalho,
Emprego e Segurança Social (MITESS), Ministério da Industria e Comercio, através da
Inspecção de Actividades Económicas, Ministério da Economia e Finanças, através da
Autoridade Tributaria de Moçambique, assim como a consolidação as Leis do Trabalho e
legislação – código de defesa do consumidor.
Conforme Chiavenato (2000), as empresas não vivem no vácuo, isoladas e totalmente Auto –
Suficientes, mas funcionam dentro de um contexto, do qual dependem para sobreviver e crescer.
É do ambiente que as empresas obtêm os recursos e informações necessárias para subsistência e
funcionamento, e é no ambiente que colocam os resultados de suas operações.
38
4.1.6.2. Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças
4.1.6.2.1. Pontos fortes:
 Empresa multinacional
 Projectos específicos
 Envolvimento da direcção na finalização da venda
 Equipe qualificada
4.1.6.2.2. Pontos fracos:
 Estrutura física da empresa
 Não divulgação da empresa
4.1.6.2.3.Oportunidades
 Pouca concorrência;
 Ramo de actividade em crescimento;
 Flexibilidade nas decisões;
 Facilidade de crédito
4.1.6.2.4.Ameaças
 Falta de mão-de-obra especializada no mercado;
 Novos concorrentes no mercado;
 Crise económica.
4.2.Apresentação de dados
4.2.2.Calculo de Rácios Financeiros
Tabela 3: Necessidade de capital de giro
Necessidade de capital de giro
2013 2014 2015
A. Circulante
Operacional
295.380,00 MT 335.791,73 MT 727.511,90 MT
P. Circulante Operacional 132.609,96 MT 156.398,83 MT 206.752,08 MT
39
N.de Capital de giro 162.770,64 MT 179.392,90 MT 520.759,82 MT
2013 2014 2015
Vendas 2.875.661,79 MT 3.180.211,73 MT 3.220.134,94 MT
CCL 321.095,44 MT 110.780,29 MT 387.725,62 MT
NCG 162.770,64 MT 179.392,90 MT 520.759,82 MT
Saldo de Tesouraria 158.324,80 MT - 68.612,61 MT - 133.034,20 MT
Situação total Bom Insuficiente Insuficiente
Resultado projectado a partir do grau de desempenho do 1º semestre de 2015
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
Como se pode ver, a empresa apresenta o valor de CCL maior que a NCG apenas no ano de
2013. Daí que, apresenta uma situação sólida, enquanto em 2014 e 2015 a situação foi invertida e
a situação ficou insuficiente.
O caso foi provocado, quando a empresa começou a fazer investimentos, passando por uma
grande expansão e como o CGL existente não era credível e suficiente, logo ocorreu para o
crescimento da NCG.
O accionista maioritário da empresa, em companhia com os proprietários ou seja sócios optaram
por buscar recursos de terceiros para poder financiar e melhorar o desempenho da empresa e do
seu negócio.
Proposta caracterizada na seguinte perspectiva:
Valor proposto: 95.000,00 MT
Juros: 20.363,20 MT
Valor das parcelas: 2.403,40 MT
Números de parcelas por mês: 47
Captado: Agosto de 2014
Fonte: adaptado pelo autor, 2016
Verificando-se assim que o valor do passivo foi de 116.923,35 MT que foi encontrado da
seguinte maneira: Dívida em 2014 + empréstimos bancários BIM (95.000,00 + 21.923,35) e o
valor de 111.006,71 encontrado: valor de empréstimos do balanço de 2014 + dinheiro de
terceiros (109.006,71 + 2.000,00).
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Tabela 4: Valor da dívida
Valor da divida (Passivo oneroso / Despesas financeiras)
Despesas
financeiras
Imposto Renda DespFin Livre
IR
Passivo Oneroso Ki
2013 - 24,40% - -
2014 1.696,96 27,06% 1.237,80 116.923,35 1,06%
2015 5.090,88 26,88% 3.722,45 111.066,71 3,35%
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
Como podemos ver o quadro da firma adquiriu o Capital de terceiros no ano de 2014 e os valores
a partir daquele ano e pode-se ver que o valor da dívida evoluiu de 2014 para 2015 o que
significa que já levou o empréstimo no meio de 2014 pagando o mesmo apenas por um semestre.
No cálculo de ROI fui considerando os valores de LL Operacional extraído das DRE, livre das
DF do financiamento.
Tabela 5: Retorno sobre activo
Retorno sobre activo
LLOP Activo RSA
2013 135.975,12 515.208,34 26,39%
2014 285.812,89 857,719,94 33,32%
2015 174.557,90 838.576,57 20,82%
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
Conforme o quadro, o Retorno sobre o activo ajuda verificar o quão é rentável o negócio,
todavia, os cálculos feitos conclui-se que de 2013 para 2014 a firma teve um aumento maior,
enquanto de 2014 para 2015 verificou-se uma queda na rentabilidade da empresa.
Tabela 6: ROI
Retorno de investimento
LL operacional Imposto renda LLOP Livre Investimento ROI
24,40% 27,06% 26,88%
2013 135.975,12 33.177,93 102.797,19 382.598,48 26,87%
2014 285.812,89 77.334,05 208.478,84 709.237,75 29,39%
2015 174.557,90 46.921,16 127.636,74 768.998,84 16,60%
41
Aqui nota-se que a taxa de retorno caiu nos períodos em análise, na verdade após a tomada de
capital, como se pode ver pelo quadro, isso foi devido pela participação dos juros e elevado de
outras despesas que podemos considerar como operacionais.
Também, o comportamento da taxa de retorno explica a variação do WACC que caiu entre os 1ºs
anos e superou entre os últimos períodos, como podemos ver o quadro a baixo:
Tabela 7: WACC
Custo médio ponderado de capital (PL% x Ke) + (FLP% Ki)
PL% x Ke% Passivo% x Ki%
2013 - 26,86% - 26,86%
2014 - 22,43% 0,17% 22,61%
2015 - 22,99% 0,48% 23,47%
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
Tabela 8: GAF – Grau de Alavancagem Financeira
GAF – Grau de Alavancagem Financeira
GAF = LLOP / (LLOP – DF)
LLOP DF LLOP - DF GAF
2013 135.975,12 - 135.975,12 1.000,00
2014 287.509,85 1.696,96 285.812,89 1.006,00
2015 179.648,78 5.090,88 174.557,90 1.029,00
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
Tabela 9: Indicadores da empresa MM Steel Integrated
2013 2014 2015
GAF – Grau de Alavancagem Financeira 1,00 1,006,00 1,03
Retorno sobre activo 26,39% 33,32% 20,82%
Valor da divida 0,00% 1,06% 3,35%
RPL – Retorno sobre o Património Liquido 26,86% 35,41% 18,44%
ROI – Retorno sobre Investimento 26,87% 29,39% 16,60%
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
42
Conforme os dados do quadro, pode-se concluir que a firma está a passar numa fase de
Alavancagem muito positivo comparativamente com os outros anos, ou seja o GAF apresenta
crescimento apesar de ser muito baixo.
Mas também, uma vez que a alavancagem foi positivo, no último período em análise verificou-se
uma grande descapitalização por parte da empresa mas tudo isso no valor económico da firma,
conforme os dados abaixo:
Tabela 10: Valor económico agregado pelo Retorno sobre Investimento
VEA = (ROI – WACC) x Investimento
ROI WAACC (ROI – WACC) Investimentos VEA
2013 26,87% 26,86% 0,01% 382.598,48 20,11
2014 29,39% 22,61% 6,79% 709.237,75 48.128,16
2015 16,60% 23,47% - 6,87% 768.998,84 - 52.841,54
Fonte: adaptado pelo autor, 2017
Tabela 11: VEA agregado pelo LL Operacional
LL Operacional do IR x (WACC x Investimento)
Lucro Op Livre
IR
WACC Investimento WACC X
Investimento
VEA
2013 102.797,19 26,86% 382.598,48 102.777,08 20,11
2014 208.478,84 22,61% 709.237,75 160.350,68 48.128,16
2015 127.636,74 23,47% 768.998,84 180.478,28 - 52.841,54
Fonte: adaptado pelo autor, 2016
Como podemos ver, os quadros acima ilustrados, afirma-se que o resultado do valor económico
representa um valor para o desempenho da empresa. Daí que, tira-se conclusões de que o ano de
2013 para 2014 a firma agregou valor, enquanto no de 2014 para 2015 a empresa desagregou
valor.
Embora o VEA seja insatisfatório, pois desagregou valor da firma, deve-se levar em conta que
todo investimento tem um tempo natural para dar retorno. Daí que, a empresa MM steel
Integrated deverá ocorrer em breve, pois as vendas estão crescentes e as despesas operacionais
adicionais se retrairão.
43
Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
De acordo o gráfico, ilustra uma grande percentagem do pessoal com sexo masculino, dai que
pode-se concluir que na empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda tem mais
colaboradores do sexo masculino com 70% em relação do sexo feminino com 30%.
Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Com base no gráfico tira-se conclusões de que a maioria dos trabalhadores daquela empresa a
maior percentagem é do ensino médio. Dai que a selecção da amostra dos trabalhadores que
responderam deu-se de acordo com a característica de terem maior ou menor dificuldade na
percepção dos factos.
Masculino Feminino
Sexo 70% 30%
0%
20%
40%
60%
80%
Axis
Title
Basico Medio Instituto
Licenciatu
ra
Mestrado
Nivel academico 30% 40% 20% 5% 5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
Axis
Title
44
Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Como se pode ver pelo gráfico com uma percentagem de 50% esta entre 31 a 60 anos naquilo
que seria a faixa etária dos trabalhadores que responderam o questionário. E 30% varia entre 18
anos a 30 anos respectivamente.
Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
O aspecto quanto ao tempo de experiência no ramo de actividade trouxe um dado no mínimo
interessante. Os integrantes da empresa MM Integrated S. M. Mozambique de Nacala, que
mostrou maior dificuldade financeira nos últimos anos, são os que possuem mais experiência
dentro do ramo de actividade no qual actuam, a maioria com mais de 10 anos no sector
empresarial, chegando a mais de 20 anos em alguns casos.
Quanto às idades médias e tempo de experiência no ramo de actividade, os respondentes da
empresa MM Integrated são mais novos, porém com maior escolaridade. Aqui ficou bem
evidenciado na entrevista com trabalhadores da MM Integrated S. M. Mozambique, que essa
18 a 30 anos 31 a 60 anos 61 a 80 anos Outro
Anos de idade 30% 50% 5% 15%
0%
20%
40%
60%
Axis
Title
Menos de 1
anos
2 a 7 anos 8 a 15 aos Outro
Experiencia no ramo de
actividade
30% 60% 5% 5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Axis
Title
45
experiência maior no ramo não significa necessariamente maior domínio administrativo das
empresas.
Essa experiência refere-se ao sector produtivo, de onde todos se originaram. E sendo empresas
familiares, onde o administrador responde pela parte produtiva, comercial, administrativa e
financeira na maioria dos casos, pesa a questão da escolaridade na condução dos negócios,
segundo os próprios. Eles não têm o tempo nem o conhecimento necessários para dedicarem-se
como deveriam à gestão financeira principalmente, o que impacta de alguma forma no controle
de caixa. Detém grande experiência e conhecimento do processo produtivo.
4.3.2.Dados da empresa
Gráfico 5: Tipo de empresa
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Não há dúvida em afirmar que a empresa em estudo é privada de capital estrangeiro.
Gráfico 6: Ramo de actividade
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Como base no gráfico, ficou por saber que 50% dos trabalhadores que responderam o
questionário afirmam disseram que a empresa em estudo quanto o ramo de actividade é uma
0%
100%
Publica Privada
Industria Fabrica
Componente
s
Servicos
Ramo de actividade 30% 50% 10% 20%
0%
20%
40%
60%
Axis
Title
46
fabrica de zinco assim como outros bens feitos na empresa. Mas por diante, afirma-se que é uma
indústria de bens e serviços onde a maior parte se destaca grande procura por parte dos residentes
do distrito de Nacala, e salientar que a empresa tem sucursais por quase todo o país.
Gráfico 7:Facturamento
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Para seleccionar a amostra dos trabalhadores pesquisados a questão do histórico de facturamento
e endividamento dos últimos anos, além da existência de restrições, foi o que mais prevaleceu. A
tabela 7 acima nos relata alguns dados interessantes, como por exemplo, o maior aumento de
facturamento na empresas MM Integrated S. M Mozambique, Lda; tanto nominal quanto
percentual, na comparação com as outras empresas. O total de facturamento na ordem de 2,4
milhões, porém, dois anos mais tarde, enquanto as empresas doutro ramo da mesma actividade
saltaram para 4,6 milhões, as empresas do outro grupo alcançaram tão-somente 3,6 milhões, uma
diferença de 1 milhão a menos no período, o que representou 41,1% a menos de crescimento.
Gráfico 8: Número de trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Menos de
50.000,00 MT
Ate 100.000,00
MT
Ate
300.000,00MT
Outro
Facturamento 0% 10% 10% 80%
0%
50%
100%
Axis
Title
0 a 10 11 a 20 21 a 50 Outro
Numero de trabalhadores 5% 10% 10% 75%
0%
20%
40%
60%
80%
Axis
Title
47
A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os
restantes Moçambicanos.
Gráfico 9: Composição da empresa
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Com esse gráfico, nota-se uma experiência onde se refere ao sector produtivo, de onde todos se
originaram. E sendo empresas familiares, onde o administrador responde pela parte produtiva,
comercial, administrativa e financeira na maioria dos casos, pesa a questão da escolaridade na
condução dos negócios, segundo os próprios.
Eles não têm o tempo nem o conhecimento necessários para dedicarem-se como deveriam à
gestão financeira principalmente, o que impacta de alguma forma no controle de caixa. Detém
grande experiência e conhecimento do processo produtivo.
4.3.3.Objectivos da empresa
A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e
produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo.
Esta perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais
trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de
forma rentável no futuro brilhante de Moçambique.
Familia
Empresari
o
individual
Socios
familiares
Outros
Composicao da empresa 10% 20% 15% 55%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
Axis
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Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito

  • 1. i Sérgio Alfredo Macore Demonstrações Financeiras como base para concessão de crédito: Caso MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda 2014 – 2015. (Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria) Universidade Pedagógica Nampula 2017
  • 2. i Sérgio Alfredo Macore Demonstrações Financeiras Como Base Para Concessão de Crédito: Caso MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda 2014 – 2015 Monografia Cientifica a ser apresentada no Departamento da Escola Superior de Contabilidade e Gestão da UP – Delegação de Nampula, para Obtenção do Grau Académico De Licenciatura em Contabilidade com Habilitações em Auditoria. Supervisor Msc. Universidade Pedagógica Nampula 2017
  • 3. ii ÍNDICE LISTA DE TABELAS .....................................................................................................................v LISTA DE GRÁFICOS ..................................................................................................................vi LISTA DE FIGURAS....................................................................................................................vii LISTA DE ABREVIATURAS ..................................................................................................... viii DECLARAÇÃO .............................................................................................................................ix DEDICATÓRIA ..............................................................................................................................x AGRADECIMENTO......................................................................................................................xi RESUMO .......................................................................................................................................xii CAPITULO I – INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1 11.Introdução............................................................................................................................... 1 1.2.Objectivo do estudo............................................................................................................... 2 1.2.1.Objectivo Geral............................................................................................................... 2 1.2.2.Objectivos Específicos.................................................................................................... 2 1.3.Justificativas.......................................................................................................................... 2 1.4.Problema de estudo ............................................................................................................... 3 1.5.Hipóteses ............................................................................................................................... 4 1.5.1.Hipótese Básica .............................................................................................................. 4 1.5.2.Hipóteses Secundárias .................................................................................................... 4 1.6.Delimitação do tema.............................................................................................................. 4 1.7.Estrutura do trabalho ............................................................................................................. 5 CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA............................................................................ 6 2.1.Demonstrações Financeiras................................................................................................... 6 2.1.1.Balanços.......................................................................................................................... 6 2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício ...................................................................... 7 2.1.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa............................................................................ 7 2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras......................................................................... 8 2.2.Utilizadores da Análise Financeira ..................................................................................... 10 2.3.Procedimentos Preliminares à Análise ................................................................................ 11 2.3.1.Técnicas de Análise ...................................................................................................... 12 2.3.2.Análise Vertical ............................................................................................................ 12
  • 4. iii 2.3.3.Análise Horizontal........................................................................................................ 13 2.3.4.Rácios Financeiros e Económicos ................................................................................ 13 2.3.4.1.Rácios Financeiros ........................................................................................................ 13 2.3.4.2.Principais rácios Económicos .................................................................................... 15 2.3.4.3.Rácios de Funcionamento.......................................................................................... 17 2.4.Tipos de demonstrações financeiras.................................................................................... 18 2.4.1.Balanço Patrimonial...................................................................................................... 18 2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício .................................................................... 19 2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados..................................................... 19 2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido ................................................... 20 2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos ................................................. 20 2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa................................................................................. 20 2.5.Conceito de crédito.............................................................................................................. 20 2.5.1.Conceito de risco .......................................................................................................... 21 2.5.2.Factores de risco. .......................................................................................................... 21 2.5.3.Garantias ....................................................................................................................... 22 2.6.Tipos de garantias................................................................................................................ 23 2.6.1.Aval............................................................................................................................... 23 2.6.2.Caução de duplicatas .................................................................................................... 23 2.6.3.Caução de cheques........................................................................................................ 24 2.7.Os C’s do Crédito................................................................................................................ 26 2.7.1.Os C’s Tradicionais do Crédito .................................................................................... 26 2.7.2.Os C’s Modernos do Crédito ........................................................................................ 26 2.8.Os Três Novos C’s do Crédito ............................................................................................ 27 2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito ............................................... 27 CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................................. 28 3.1.Tipo de pesquisa.................................................................................................................. 28 3.2.Método de procedimento..................................................................................................... 28 3.3.Método de abordagem: indutivo ......................................................................................... 28 3.4.Técnica de colecta de dados................................................................................................ 29 3.5. Universo e Amostra da Pesquisa........................................................................................ 29
  • 5. iv 3.5.1.Universo........................................................................................................................ 30 3.5.2.Amostra da Pesquisa..................................................................................................... 30 3.6.Instrumentos de processamento de dados ........................................................................... 30 CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ............ 31 4.1.Breve Historial .................................................................................................................... 31 4.1.1.Objectivos estratégicos ................................................................................................. 33 4.1.2.Visão ............................................................................................................................. 33 4.1.3.Missão........................................................................................................................... 33 4.1.6. Análise do ambiente........................................................................................................ 35 4.1.6.1. Variáveis do macro e micro ambiente ...................................................................... 35 4.1.6.2. Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças ......................................................... 38 4.1.6.2.1. Pontos fortes: ......................................................................................................... 38 4.1.6.2.2. Pontos fracos:......................................................................................................... 38 4.2.Apresentação de dados........................................................................................................ 38 4.2.2.Calculo de Rácios Financeiros...................................................................................... 38 4.3.2.Dados da empresa............................................................................................................. 45 4.3.3.Objectivos da empresa.................................................................................................. 47 4.3.4. Dados financeiros............................................................................................................ 48 4.3.4.1.Conceito de crédito .................................................................................................... 48 4.4.Verificação de hipótese ....................................................................................................... 51 4.4.1.Hipóteses Secundárias .................................................................................................. 51 CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES...................................................................... 52 5.1.Conclusão............................................................................................................................ 52 5.2.Sugestão .............................................................................................................................. 53 Bibliografias.................................................................................................................................. 54 APÊNDICES ANEXOS
  • 6. v LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated Steel Mills 31/12/2013 a 31/12/2014 .......... 18 Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício31/12/2013 a 31/12/2014 da empresa MM Integrated Stell Mills..................................................................................................................... 19 Tabela 3: Necessidade de capital de giro ...................................................................................... 38 Tabela 4: Valor da dívida.............................................................................................................. 40 Tabela 5: Retorno sobre activo ..................................................................................................... 40 Tabela 6: ROI................................................................................................................................ 40 Tabela 7: WACC........................................................................................................................... 41 Tabela 8: GAF – Grau de Alavancagem Financeira ..................................................................... 41 Tabela 9: Indicadores da empresa MM Steel Integrated............................................................... 41 Tabela 10: Valor económico agregado pelo Retorno sobre Investimento .................................... 42 Tabela 11: VEA agregado pelo LL Operacional .......................................................................... 42
  • 7. vi LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores ................................................................................................ 43 Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores ............................................................................. 43 Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores ..................................................................................... 44 Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores................................................. 44 Gráfico 5: Tipo de empresa........................................................................................................... 45 Gráfico 6: Ramo de actividade...................................................................................................... 45 Gráfico 7:Facturamento ................................................................................................................ 46 Gráfico 8: Número de trabalhadores............................................................................................. 46 Gráfico 9: Composição da empresa .............................................................................................. 47 Gráfico 10:Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações financeiras da empresa? ................................................................................................................ 48 Gráfico 11: A empresa possui provisões no que concerne ao pagamento de salário?.................. 48 Gráfico 12: Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos?............................... 49 Gráfico 13: Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro? ............. 49 Gráfico 14: Usa-se a análise vertical nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder crédito?.......................................................................................................................................... 50
  • 8. vii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista frontal da empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda...................... 33 Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda ............. 34
  • 9. viii LISTA DE ABREVIATURAS DF Demonstrações financeiras DC Demonstrações Contabilísticas CC Concessão de Crédito VAL Valor Actual Líquido RE Reembolsos de Empréstimos FC Fluxo de Caixa UP Universidade Pedagógica NPC Normas de Procedimentos Contabilístico
  • 10. ix DECLARAÇÃO Declaro que esta Monografia Científica é resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu supervisor, o seu conteúdo é original e todas as fontes consultadas estão devidamente mencionadas no texto, nas notas e na bibliografia final. Declaro ainda que este trabalho não foi apresentado em nenhuma outra instituição para obtenção de qualquer grau académico. Nampula, _______ de ____________________ de 2017 _____________________________________________ / Sérgio Alfredo Macore/ Supervisor _______________________________________ / Msc. /
  • 12. xi AGRADECIMENTO Aos meus pais. Aos amigos e demais familiares, pela força e coragem que deram para a realização deste trabalho. Muito obrigado.
  • 13. xii RESUMO A presente monografia apresenta uma análise sobre a eficiência do modelo de concessão de crédito para as empresas, pesquisado em uma empresa localizada no distrito de Nacala Porto, verificando questões como a adequação dos empréstimos oferecidos e o comportamento dos tomadores. A metodologia utilizada foi uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória, a partir do estudo de casos múltiplos com empresas do mesmo porte, além de pesquisa documental realizada no âmbito da empresa. Através de entrevista pessoal com a aplicação de um roteiro de perguntas estruturadas pode-se desenvolver uma análise de dois grupos distintos de empresas, separados por critérios comportamentais dos últimos anos, onde um grupo apresentou maiores dificuldades para honrar os compromissos financeiros assumidos, ao contrário do outro grupo, mais sólido financeiramente. Questões abordando os perfis dos administradores entrevistados, as estruturas organizacionais e práticas financeiras das empresas, associado ao processo de concessão de crédito utilizado na agência bancária pesquisada, permitiram identificar ao final deste estudo características distintas entre os dois grupos de clientes, ambos, porém, sujeitos a uma mesma rotina de análise e concessão de crédito. Por fim, foram propostas melhorias no processo de análise, visando uma melhor adequação das linhas de empréstimos ofertadas, com base na destinação efectiva dos recursos solicitados e nas características dos pretendentes ao crédito. Palavras-chave: Demonstrações Financeiras, Concessão de Crédito, Rácios Financeiros.
  • 14. 1 CAPITULO I – INTRODUÇÃO 11.Introdução A presente monografia científica é realizada no âmbito de culminação do curso de Contabilidade com habilitações em Auditoria, onde aborda sobre as Demonstrações Financeiras, cujo tema é ‘’Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito. Caso MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda – 2014 – 2015’’. Na verdade, as decisões que acercam as instituições financeiras são sempre objecto de muito cuidado por parte dos gerentes de crédito, uma decisão tomada hoje poderá causar uma série de efeitos no futuro, embora se tenha grande dificuldade em estabelecer estes efeitos ou mesmo identificá-los e quantificá-los, estas situações são tanto mais difíceis de serem tratadas quanto maiores forem os riscos e as incertezas do cenário económico. Pode-se considerar que os bancos e outras instituições financeiras, em geral, como emprestadores de capital e financiadores de bens de capital pelas empresas, representam o principal grupo de usuários das demonstrações financeiras das empresas. Em Moçambique a análise de crédito era feita somente através do estudo do cadastro, isto até a década de 60. Tal análise consistia no processo de troca de informações sobre pontualidade em saldar dívidas, valores das operações efectuadas e outras informações dessa natureza. A vinda de bancos estrangeiros fortaleceu o uso das análises mais aprimoradas. A boa prática bancária exclui que seja feita somente análise cadastral e coloque em risco os recursos administrados emprestando-os para empresas que não estejam dispostas a fornecer dados contabilísticos e apresentar informações fidedignas sobre sua situação financeira. Mesmo em políticas de crédito a curto prazo, deve-se admitir que, como política de relacionamento comercial com o cliente, uma análise que considerasse também aspectos de longo prazo, em face da possibilidade de renovação daquelas operações. Este estudo discorrerá sobre o método de análise financeira através de índices, de maneira prática e sucinta, do contrário seria muito oneroso e gastaria tempo demasiadamente aos encarregados da carteira de crédito em fazer análises minuciosas e que talvez não fossem suficientes para a tomada de decisão rápida e segura, impossibilitando uma aplicação prática e objectiva.
  • 15. 2 1.2.Objectivo do estudo Objectivo constitui a intenção do pesquisador daquilo que pretende alcançar e nesta ordem de ideias os mesmos podem ser tanto geral como especifico conforme ilustramos a continuação: 1.2.1.Objectivo Geral  Analisar as demonstrações financeiras das empresas como base para concessão de crédito, em particular na MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda – 2014 – 2015. 1.2.2.Objectivos Específicos  Identificar as demonstrações financeiras usadas na Empresa nomeadamente Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.  Avaliar a capacidade de pagamento em um exemplo prático. Analisando as demonstrações contabilísticas e comparando os resultados dos índices financeiros.  Apresentar soluções para tomada de decisão no momento da solicitação do crédito, por meio da análise de índices financeiros, proporcionando condições para analisar situações de empréstimos. 1.3.Justificativas A eleição deste tema foi motivada pelo facto do autor ter se deparado frequentemente com casos de solicitação de financiamentos da Empresa em estudo e que muita das vezes para a sua aprovação sempre era necessário ter presente o balanço patrimonial e a demonstração de resultado, ou seja em outras palavras, conciliar a teoria e a prática. Por esta razão, preferiu escolher este tema para o trabalho de culminação do curso. Mas por outro lado, a presente monografia é muito imprescindível, uma vez que, possibilitará aos gestores financeiros ou ao encarregado da carteira de crédito, tomar decisões com maior rapidez e que minimizem os riscos das operações financeiras, pois as decisões em operações de tomada de recursos são sempre delicadas, seja para a parte dos executivos ou pela parte dos gerentes de instituições financeiras que tomarão a decisão de deferir, modificar ou indeferir a solicitação dos recursos.
  • 16. 3 Por outro lado, em condições limites poderá significar o fracasso ou o sucesso de uma instituição financeira. O acto de decidir é a mais importante função do gerente, pois este é o responsável por garantir a agilidade, continuidade, qualidade e a segurança dos activos que administra. Através de uma orientação geral que envolve o processo decisório de crédito, todos aqueles que estejam a ele ligados, directa ou indirectamente, devem buscar informações adequadas para uma avaliação do potencial de crédito do cliente, no caso do gerente que deferirá ou não a solicitação e no caso da empresa tomadora, o administrador financeiro. Geralmente, ao solicitar um empréstimo, seja em qualquer instituição financeira, há um tempo relativamente longo até sua decisão. Tal fato ocorre principalmente, em virtude de cadastros mal elaborados e análises superficiais por parte das instituições financeiras, desconhecendo ou não dando a devida importância ao Balanço Patrimonial e as Demonstrações Contabilísticas da empresa solicitante. Sendo assim, é fundamental um estudo em análise de crédito de pessoas jurídicas; pois, trará benefícios a ambas as partes, no processo decisório, e garantirá uma melhor obtenção de recursos possíveis, de acordo com seus demonstrativos contabilísticos. 1.4.Problema de estudo O presente trabalho científico é de estrema importância que os gestores / administradores tenham em primeira mão as informações correntes e actualizadas, capazes de reduzir as suas incertezas, podendo auxiliá-los nas tomadas de decisões. Suas necessidades de informação não dizem respeito apenas aos processos tecnológicos e suas inovações, mas, também, a todo o desenvolvimento do cenário político-social, económico e financeiro. Actualmente as empresas operam num ambiente bastante competitivo e exigente o que torna o processo de gestão bastante desafiador, obrigando os gestores, accionistas e credores a terem cada vez mais necessidade de tomarem decisões mais rápidas e com o mínimo de margem de erros para que as organizações possam sobreviver à agressividade do mercado.
  • 17. 4 Com o intuito a cima explanado, coloca-se como pergunta de partida:  Até que ponto os indicadores financeiros extraídos a partir do balanço patrimonial e demonstração de resultado da MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda fornecem mecanismos para a tomada de decisão e assegura por parte dos gestores das instituições financeiras? 1.5.Hipóteses Hipótese constitui uma resposta antecipada do problema em estudo. Assim sendo, propomos a hipótese básica e a secundária conforme ilustramos a continuação: 1.5.1.Hipótese Básica  Por meio das demonstrações financeiras das empresas os gestores das instituições financeiras poderão ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo. 1.5.2.Hipóteses Secundárias  H1: Com a análise de índices ou rácios poder-se-á fazer com baixa margem de risco, operações de concessão de créditos para empresa.  H2: A análise vertical e horizontal das demonstrações financeiras poderá induzir aos gestores das instituições financeiras a ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo. 1.6.Delimitação do tema O presente trabalho foi realizado no distrito de Nacala Porto, província de Nampula concretamente na Empresa MM Intergrated Steel Mills Mozambique, Lda abrangido o período compreendido entre 2014 a 2015.
  • 18. 5 1.7.Estrutura do trabalho Para que este trabalho tenha uma sequência lógica, além das partes pré-textuais e pós-textuais, está estruturado em 5 (cinco) capítulos de acordo com os objectivos pré-definidos. No Capítulo I, encontramos a introdução, os objectivos do estudo, a justificativa, a definição do problema hipóteses do estudo e a sua delimitação. No Capítulo II, encontramos a revisão da literatura de autores que publicaram seus trabalhos sobre as demonstrações contabilísticas e concessão de crédito, versando a literatura teórica. No Capítulo III, encontramos a metodologia, concentram os métodos e procedimentos usados para o presente estudo, No capítulo IV, encontramos a apresentação, análise e interpretação de dados, dados estes que foram obtidos através dos questionários dirigidos aos trabalhadores da MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda. Por fim ou seja no capítulo V, apresenta as conclusões, recomendações / sugestões e as referências bibliográficas.
  • 19. 6 CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA 2.1.Demonstrações Financeiras Segundo RIBEIRO (1999, p. 40) “Demonstrações Financeiras são relatórios ou quadros técnicos que contém dados extraídos dos livros, registos e documentos que compõem o sistema contabilístico de uma entidade.” Os registos contabilísticos realizados periodicamente pélas empresas são a fonte dos dados para o processo de elaboração das Demonstrações Financeiras. As demonstrações financeiras de uma empresa apresentam informações que revelam suas operações por um período de tempo, e quando analisadas permitem detectar quais são os aspectos fortes e fracos apresentados em suas actividades operacionais e não operacionais, bem como suas potencialidades, auxiliando assim, a tomada de decisão. 2.1.1.Balanços De acordo FRANCO (1989, p.39) “Balanço Patrimonial é a representação sintética dos elementos que formam o património, evidenciando a diferencial que completa a equação entre seus valores positivos e negativos.” SANTOS et al. (2003, p.77) diz que “balanço patrimonial é uma demonstração contabilística, obrigatória, sendo uma apresentação sintética e ordenada do saldo monetário de todos os valores integrantes do património da companhia, em determinada data, num sentido estático.” Segundo RIBEIRO (2008, p.39), “balanço patrimonial é uma demonstração financeira (contabilística) que evidência de forma qualitativa e quantitativa, em uma determinada data, a situação patrimonial e financeira de uma entidade.”Ross et al. (1998, p.38), “balanço patrimonial é um retracto instantâneo da empresa. É um modo conveniente de organizar e sintetizar o que uma empresa possui (seus activos), o que uma empresa deve (suas exigibilidades), num dado momento.” Assim, compreendemos que o balanço patrimonial é a peça contabilística que retracta a posição (saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período terem sido feitos, após todos os provisionamentos (depreciação, devedores duvidosos, etc.) e ajustes, bem como após o encerramento das contas de receita e despesa também terem sido
  • 20. 7 executados, ou seja, o Balanço Patrimonial é resultado de uma serie de eventos que ocorreram no património da entidade e que foram sintetizados numa demonstração. De acordo MARION (2006. P 42) o balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a situação financeira e patrimonial da entidade em determinado período, e é composto por três elementos básicos: Activo, Passivo e Património Liquido. 2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício LUDICIBUS (2000), diz que a demonstração do resultado do exercício (DRE) é uma demonstração contabilística dinâmica que se destina a evidenciar a formação do resultado líquido em um exercício, através do confronto das receitas, custos e resultados, apuradas segundo o contabilístico do regime de competência. De acordo Fernandes et al. (2012: 38), a demonstração de resultado é o documento que divulga o montante dos resultados obtidos, bem como os componentes que contribuem para a sua formação (rendimentos e gastos). Assim, a demonstração do resultado do exercício oferece uma síntese financeira dos resultados operacionais e não operacionais de uma empresa em certo período. Embora sejam elaboradas anualmente para fins legais de divulgação, em geral são feitas mensalmente para fins administrativos e, trimestralmente para fins fiscais. 2.1.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa Segundo FERNANDES et al. (2012, p.48) A Demonstração dos Fluxos de Caixa tem como principal objectivo elucidar os utentes da informação financeira sobre o modo como a empresa gera e utiliza o dinheiro num determinado período (normalmente um ano), em termos de fluxos gerados na entidade pélas actividades desenvolvidas. A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), procura explicar a forma como é gerado e utilizado o dinheiro evidenciando os fluxos de recebimentos e de pagamentos de determinada entidade no exercício económico, e reconciliando o saldo inicial e final de caixa e seus equivalentes.
  • 21. 8 2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras Conforme entendimento de Silva (2010, p. 6), análise financeira “consiste num exame minucioso dos dados financeiros disponíveis sobre a empresa, bem como das condições endógenas e exógenas que a afectam financeiramente, com o objectivo de verificar sua performance económico-financeira.” Como dados financeiros disponíveis, pode-se incluir demonstrações contabilísticas, programas de investimentos, projecções de vendas e projecção de fluxo de caixa, por exemplo. Como condições endógenas, analisa-se estrutura organizacional, capacidade de gestão e nível tecnológico da empresa. Como condições exógenas, relaciona-se os factores de ordem política e económica, concorrência e fenómenos naturais, entre outros. Desse modo, a análise financeira transcende as demonstrações contabilísticas. As demonstrações contabilísticas são apenas canais de informação sobre a empresa, tendo como objectivo principal subsidiar a tomada de decisão. Estão implícitos que devemos trabalhar com informações de boa qualidade para chegarmos a um relatório de análise com o esmero necessário. Análise das demonstrações contabilísticas, segundo IUDICIBUS (1998:20) é: "a arte de saber extrair relações úteis, para o objectivo económico que tivermos em mente, dos relatórios contabilísticos tradicionais e de suas extensões e detalhamentos, se for o caso". Para LOPES DE SA (1991:16) "Análise contabilística é um estudo das partes dos demonstrativos para conhecer-se uma situação ou diversas situações de uma empresa". A análise das demonstrações contabilística é um processo que objectiva ultrapassar as fronteiras dos dados e relatórios obtidos péla contabilidade, transformando dados em informações úteis e de fácil entendimento, que possam facilitar a vida de empresários, gerentes e demais gestores (MATARAZZO, 1998, p.18). Para ASSAF NETO (2010. P.35) “a análise de balanços visa relatar, com base nas informações contabilísticas fornecidas pélas empresas, a posição económico-financeira actual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futura.”
  • 22. 9 Em outras palavras, através da análise de balanços extraem-se informações sobre a posição passada, sobre a posição actual, e fornece subsídios para a projecção da posição futura da empresa. MATARAZZO (2010, p. 1) afirma que “a Análise de Balanços objectiva extrair informações das Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões.” As demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contabilística. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações e será tanto mais eficientes quanto melhores informações produzir. A análise das Demonstrações Contabilísticas, portanto, têm por objectivo observar e confrontar os elementos patrimoniais e os resultados das operações, visando o conhecimento minucioso de sua composição qualitativa e de sua expressão quantitativa, de modo a revelar os factores antecedentes e determinantes da situação actual, e, também, servir de ponto de partida para delinear o comportamento futuro da empresa. É importante ressaltar que a análise das demonstrações contabilística, amplamente aceite no meio académico e empresarial, compreende duas categorias distintas:  A Análise Financeira, que possibilita a interpretação da saúde financeira da empresa, seu grau de liquidez e capacidade de solvência; e  A Análise Económica, que possibilita a interpretação das variações do património e da riqueza gerada por sua movimentação. A análise económica e financeira consiste numa metodologia, ou conjunto de técnicas e processos previamente determinados que apoiam o gestor no momento de definição de políticas, acções e metas que compõem o planeamento estratégico da organização. Tanto a análise financeira quanto a económica, são elaboradas e avaliadas sob vários pontos de vistas distintos, conforme a necessidade e amplitude de cada usuário. Conforme FERNANDES et al. (2012, p.23) Análise Financeira esta vocacionada para a recolha de informação de cariz eminentemente económico-financeiro, para o seu tratamento e o seu estudo, de forma a fornecer dados e informações financeiras que sirvam de base para a tomada de decisões por parte dos gestores financeiros.
  • 23. 10 Por conseguinte, a análise visa determinar em que medida são conseguidos os objectivos gerais e particulares que correspondem ao conjunto das tarefas integrantes da função financeira. Quando feita internamente, é vista numa perspectiva previsional e voltada para o controlo de gestão. 2.2.Utilizadores da Análise Financeira O estudo da situação económico-financeiro das empresas interessa a todos os stakeholders das empresas, dado que todos eles necessitam de informação financeira que seja útil para o apoio à tomada de decisão. De facto, o diagnóstico financeiro pode ser utilizado tanto a nível interno como externo, já que informação financeira e a sua interpretação constituem o objecto essencial de comunicação entre a empresa e o meio envolvente. Apresentam-se de seguida, e de forma resumida, alguns dos grupos de stakeholders e suas respectivas necessidades da informação:  Gestores – necessitam da informação económico-financeira, a fim de puderem tomar decisões, por exemplo, acerca dos financiamentos e investimentos, bem como as medidas correctoras da situação financeira ou económica financeira.  Accionistas ou sócios – esta classe de investidores preocupa-se essencialmente com o risco inerente ao seu investimento, bem como com a realidade que este lhe proporciona. Precisam, de informação que os ajude a tomar a decisão quanto à aquisição, manutenção, ou venda de uma determinada participação numa empresa.  Clientes - necessitam da informação capaz de lhes permitir aferir sobre a probabilidade de continuidade da empresa, essencialmente se fazem importantes adiantamentos ou estão muito dependentes de uma determinada empresa.  Fornecedores - a perspectiva da análise da empresa é essencialmente de curto prazo, preocupando-se com a capacidade da empresa pagar as suas dívidas nas respectivas datas de vencimento.  Credores - para o caso desses intervenientes, como sejam as instituições financeiras e os obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar a capacidade da empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos juros.  Trabalhadores e sindicatos - estes stakeholders estão particularmente interessados em analisar a estabilidade financeira, e a rendibilidade da empresa, que se reflectira na
  • 24. 11 capacidade da empresas pagar as respectivas remunerações, oferecer benefícios e criar oportunidades de emprego.  Administração fiscal - a informação será útil, por exemplo, por razoes fiscais (tributação) e para fins de elaboração de estatísticas. 2.3.Procedimentos Preliminares à Análise Todas as demonstrações financeiras são documentos essencialmente históricos, que informam o que ocorreu em períodos passados. A análise das demonstrações financeiras envolve a selecção cuidadosa dos dados neles apresentados, visando a utilização desses dados para fins de tomada de decisão. Para que a tomada de decisão ocorra de maneira adequada, se faz necessário o cumprimento de procedimentos preliminares ao processo de análise. Como primeiro procedimento pode-se destacar a definição dos objectivos da análise. Verifica-se que usuários diferentes tem objectivos diferentes com relação as informações geradas pela análise das demonstrações financeiras. Dessa forma, percebe-se que os accionistas se voltam para lucratividade e dividendos futuros; os credores se preocupam com a capacidade de pagamentos; os gestores analisam as alternativas de investimento e opções de financiamento disponíveis. É preciso que, antes de se iniciar os procedimentos de análise, sejam bem delimitados os objectivos da análise e a quais stakeholders serão direccionados os resultados desta análise. Finalmente, para que a análise das demonstrações financeiras gere informações úteis para tomada de decisão pode ser necessário a adopção de procedimentos de reclassificação. Reclassificação significa um reagrupamento de algumas contas das demonstrações financeiras. A reclassificação efectua ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise. Como procedimentos de reclassificação podem ser citados:  Padronização de forma de apresentação e nomenclaturas das demonstrações financeiras;  A conta “duplicatas descontadas” que é representada como redutora do Activo Circulante deve ser reclassificada para o Passivo Circulante, devido as peculiaridades da operação que a originou;
  • 25. 12  A conta “despesas do exercício seguinte” que é representada no Activo Circulante e a única desse grupo que não se convertera em dinheiro, devendo ser reclassificada deduzindo o Património Liquido; e  As demonstrações financeiras analisadas foram elaboradas com o conceito contabilístico de curto prazo (circulante) e longo prazo (não circulante). Alguns objectivos da análise poderão exigir que operações com valores a receber ou a pagar sejam reclassificadas pelo conceito financeiro de curto prazo e longo prazo. 2.3.1.Técnicas de Análise A análise das demonstrações financeira, é feita essencialmente a partir da análise horizontal e vertical e dos índices. Conforme Ribeiro (1997) a Análise Vertical e a Análise Horizontal devem ser usadas em conjunto e servem para complementar as observações efectuadas através da Análise por Quocientes. Enquanto a Análise por Quocientes apresenta dados que resultam da comparação entre itens ou grupos da DRE e BP, as Análises Vertical e Horizontal dão mais detalhes, envolvem todos os itens das demonstrações, e revelam falhas responsáveis pelas situações de anormalidade. 2.3.2.Análise Vertical Conforme RIBEIRO (1997, p. 173): A Análise Vertical, também denominada por alguns analistas Análise por Coeficientes, é aquela através da qual se compara cada um dos elementos do conjunto em relação ao total do conjunto. Ela evidencia a percentagem de participação de cada elemento no conjunto. De acordo BLATT (2001) a Análise Vertical tem por objectivo determinar a relevância de cada uma das contas em relação ao total. No BP toma-se por base o capital total e calcula-se a participação relativa de cada conta. Na DR o valor base é o valor da Receita Operacional Líquida. Na análise do Activo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do Activo. O Total do Activo é a base de cálculo para todas as contas do Activo.Na análise do Passivo mais Património Liquido, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão
  • 26. 13 ajudando a financiar seus Activos. O Total do Passivo mais Património Liquido é a base de cálculo para todas as contas que representam origens de recursos (que sempre tem o mesmo total que o Activo). Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Liquida de Vendas ou Vendas Liquidas é a base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados. 2.3.3.Análise Horizontal A Análise horizontal para BLATT (2001, p.60) Tem por objectivo demonstrar o crescimento ou queda ocorrida em itens que constituem as demonstrações contabilísticas em períodos consecutivos. A análise horizontal compara percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é feita olhando se horizontalmente ao longo dos anos nas demonstrações financeiras e nos indicadores. A Análise Horizontal mostra a evolução de cada conta ao longo de períodos seguidos e permitir conclusões a respeito da empresa. 2.3.4.Rácios Financeiros e Económicos A análise Económica - financeira a partir do método dos rácios, consiste fundamentalmente no estabelecimento de uma série de relações entre diferentes rubricas das demonstrações financeiras. Ao estabelecer a relação entre diferentes rubricas, os rácios fornecem informação bastante mais expressiva do que a que se obteria considerando essas rubricas em valor absoluto. A análise dos rácios permite aos empresários medir quais as fraquezas e as forças económicas - financeiras existentes no negócio de modo a poderem ser tomadas medidas apropriadas (CRAVEIRO, 2006) 2.3.4.1.Rácios Financeiros 1.1 Índices de Liquidez Liquidez geral ou Índice de Liquidez corrente - expressa a capacidade da empresa satisfazer as suas obrigações a curto prazo com os activos circulantes. Um valor superior a 1, significa que a empresa pode utilizar activos líquidos para pagar as dívidas a curto prazo. Um valor inferior a
  • 27. 14 1, significa que a empresa tem dificuldades de tesouraria para o pagamento das obrigações. A liquidez de uma empresa é medida por sua capacidade de cumprir as obrigações de curto prazo `a medida que vencem. Englobam o relacionamento entre contas do Balanço Patrimonial; Mostram a capacidade da empresa de honrar seus compromissos, principalmente os de curto prazo. corrente) (Passivo CP de Dividas Circulante Activo Geral Liquidez  Índice de Liquidez Seca: Elimina o risco associado à incerteza da venda de stocks corrente) (Passivo CP de Dividas Stocks - Circulante Activo Seca Liquidez  Solvabilidade total - expressa a capacidade da empresa para satisfazer os compromissos com terceiros, à medida que se vão vencendo. Um valor superior a 1, significa que o valor do património é suficiente para cobrir todas as dívidas da empresa. Um valor inferior a 1, significa que a empresa está impossibilitada de satisfazer todos os seus compromissos com meios próprios. Total Passivo Proprio Capital Total ade Solvabilid  Autonomia financeira - expressa a participação do capital próprio no financiamento da empresa. Um valor inferior a 1/3, significa uma excessiva dependência de capitais alheios. Um valor maior ou igual a 1/3, representa um bom grau de autonomia financeira. Liquido Activo Proprio Capital Financeira Autonomia  Dependência financeira ou endividamento geral - expressa a participação dos capitais alheios no financiamento da empresa, ou seja, o nível de endividamento. Rácio de autonomia + Rácio de dependência = 1.
  • 28. 15 Total Activo Passivo Financeira a Dependenci  Índice de Cobertura de Juros: mede a capacidade de efectuar os pagamentos de juros previstos em contrato. Juros Renda de Imposto e Juros de Antes Juros Juros de Cobertura de Indece  2.3.4.2.Principais rácios Económicos Rendibilidade do capital próprio ou Retorno do Capital Próprio (ROE) - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o capital próprio da empresa. Permite ao accionista avaliar a taxa de retorno do capital que investiu, podendo compará-la com outras remunerações oferecidas no mercado de capitais. Proprio Capital Liquido Resultado proprio Capital de ade Rendibilid  Rendibilidade do activo total ou Retorno do Activo Total (ROA) - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o activo total da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária investida, ou seja, a rendibilidade do investimento realizado. Liquido Activo Liquido Resultado Total Activo do ade Rendibilid  Rendibilidade das vendas - relaciona o lucro obtido num determinado exercício com o valor das vendas da empresa. Mostra o lucro obtido pela empresa por cada unidade monetária de vendas. Vendas Liquido Resultado Venda das ade Rendibilid 
  • 29. 16 Rotação do activo total - relaciona o valor das vendas com o activo total da empresa. Mede o grau de eficácia na utilização dos activos. Total Activo Vendas Total Activo do Rotacao  Margem de lucro Bruto Vendas Lucrobruto/ Vendas vendidos Produtos dos Custo - Vendas bruto Lucro de Margem   Margem de Lucro Operacional Vendas l operaciona Lucro l Operaciona Lucro de Margem  Margem de Lucro Liquido Vendas ordinarios s accionista aos disponivel Lucro Liquido Lucro de Margem  Lucro por Acção: Ordinarias Accoes de Nr ordinarios s accionista aos disponivel Lucro (LPA) Accao por Lucro 
  • 30. 17 2.3.4.3.Rácios de Funcionamento Prazo médio de pagamento, ou idade média das contas a pagar, é calculado da mesma maneira que o prazo médio de recebimento. pagar/360) a (conpras : pagar a Contas Medias Diarias Compras pagar a Contas pagamento de Medio Prazo   Prazo médio de recebimentos: Uma forma simples de calcular o tempo médio de recebimentos (medido em dias ou meses), consiste em dividir o valor que os clientes devem à empresa num determinado momento pelo valor das vendas anuais. Para obter o rácio em dias multiplica-se o valor por 365; para obter o valor em meses multiplicamos por 12. A fórmula deste rácio é a seguinte: X365 Vendas Clientes o Recebiment de Medio Prazo  No cálculo deste rácio, normalmente, o saldo de clientes obtido a partir dos dados da contabilidade, inclui o IVA, enquanto, o valor das vendas é líquido deste imposto. Para corrigir eventuais distorções no cálculo e análise deste rácio, devemos adicionar o IVA ao denominador. Índices do valor do Mercado: relacionam o valor do mercado da empresa, medido pelo preço corrente de acção a certos valores contabilísticos. ordinarias accoes de Nr ordinaria accao da mercado do preco (P/L) Lucro o sobre Preço de Índice  ordinarias accoes de Nr ordinarios s accionista dos Patrimonio Ordinaria Accao da l Patrimonia Valor  ordinaria accao da l Patrimonia Valor ordinario accao de mercado do Preco (P/V) l Patrimonia Valor Preco/ de Ind. 
  • 31. 18 2.4.Tipos de demonstrações financeiras Segundo a IAS as Demonstrações Financeiras são o conjunto de informações que devem ser elaboradas pelas empresas e demais entidades com o objectivo de proporcionar informações sobre a posição financeira, o desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e que seja útil a um conjunto alargado de utilizadores para tomarem decisões económicas. Para dar uma maior clareza sobre as demonstrações Contabilísticas serão elencadas de forma sucinta cada uma delas, no intuito de apresentar uma visão geral das mesmas, conforme a seguir: 2.4.1.Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a estrutura contabilística e os seus elementos directamente relacionados com a mensuração do balanço são os activos, passivos e capital próprio. Conforme exposto por Kroetz (2000:36), “nele se sintetiza, na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de ferramenta para análises e controles, objectivando estudar o comportamento e tendências do património”. Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated Steel Mills 31/12/2013 a 31/12/2014 ACTIVO 31-dez-2014 31-Dez-2013 Activo não corrente Activos tangíveis 331.200,84 183.690 Depreciações acumuladas - 72.251,28 -31.171 Total do activo não corrente 258.949,56 152.519 Activo corrente Outros devedores 70.059,60 ------- Bancos 1.108.579,63 133.491 Total do activo corrente 1.178.639,23 133.491 TOTAL DO ACTIVO 1.437.588,79 286.010 CAPITAL PROPRIO E PASSIVO Capital social 20.000,00 20.000,00 Resultados transitados 141.047 -------- Resultado liquido do exercício 972.672,50 141.047 TOTAL DO CAPITAL PROPRIO 1.133.674,50 161.047 Passivo corrente Impostos a pagar 106.614,34 33.777 Outros credores 197.299,93 91.186 TOTAL DO PASSIVO 303.914,27 124.963
  • 32. 19 TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 1.437.588,79 286.010 Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills 2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contabilística que apresenta a gestão económica e financeira de uma empresa. ConformeAssaf Neto (2001:75), esse demonstrativo “visa a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social”. Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício31/12/2013 a 31/12/2014 da empresa MM Integrated Stell Mills DESCRIÇÃO 2014 2013 PROVEITOS OPERACIONAIS Prestação de serviços 3.138.170,05 768.420 Total dos proveitos operacionais 3.138.170,05 768.420 CUSTOS OPERACIONAIS Gastos com o pessoal 672.000,00 91.500 Fornecimento e serviços de terceiros 1.253.252,27 504.702 Depreciação do período 41.081,28 31.170,98 Total dos custos operacionais 1.966.333,55 627.372,98 Resultado antes do imposto 1.171.836,50 141.047,02 Imposto sobre rendimento -199.209 ------ Resultado liquido do exercício 972.627,50 141.047,02 Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills 2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados Esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos no saldo da conta lucros e prejuízos acumulados. Em função das informações referentes a estes demonstrativos estarem inseridas na Demonstração das Mutações do Património Líquido, quando a empresa optar pela elaboração deste último, não terá obrigação de elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
  • 33. 20 2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido De acordo com Reis (2003), a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das contas integrantes do grupo património líquido. Assim, englobando a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração. 2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Corresponde assim como o Balanço Patrimonial, a uma demonstração da movimentação liquida da entrada (origem) e da saída (aplicação) de recursos. Origina-se basicamente de umaanálise das variações ocorridas na posição financeira da empresa (activos e passivos circulantes), cuja diferença representa o “capital circulante líquido”. 2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa Além destas demonstrações, a Demonstração de Fluxo de Caixa, mesmo não sendo obrigatória, as empresas vem publicando com o objectivo de fornecer informações sobre a movimentação das disponibilidades da empresa e demonstrar o impacto final de tal movimentação nesse grupo de contas, tendo como objectivo principal explica a variação da disponibilidade imediata da empresa. 2.5.Conceito de crédito Segundo SCHRICKEL (2000) – crédito é todo acto de vontade ou disposição de alguém destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu património a um terceiro, com expectativa de que esta parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado. Esta parte do património pode estar materializada por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens (empréstimos para uso, ou venda com pagamento parcelado, ou a prazo). Pelo facto de esta cessão patrimonial envolver expectativas quanto ao recebimento da parte cedida, é imperativo reconhecer que a qualquer crédito está associada a noção risco, portanto o gerente de crédito deve lembrar-se que, ao vender um crédito, está automaticamente comprando um risco com todos os problemas e benefícios que a transacção envolve.
  • 34. 21 Numa visão macroeconómica, o crédito cumpre importante papel económico e social, pois possibilita às empresas aumentarem seu nível de actividade, estimula o consumo, influenciando assim a demanda, ajuda as pessoas a obterem moradia, facilita a efectivação de projectos para os quais as empresas não disponham de recursos suficientes. Por outro lado, o crédito pode tornar empresas e pessoas físicas altamente endividadas, como pode ser forte componente de um processo inflacionário. 2.5.1.Conceito de risco Risco significa incerteza, imponderável, imprevisível, e isto situa-se necessariamente no futuro. Assim, embora a análise de crédito deva lidar com eventos passados do tomador de empréstimos, as decisões de crédito devem considerar primordialmente o futuro desse mesmo tomador. O risco sempre estará presente em qualquer empréstimo Não há empréstimo sem risco. Porém, o risco deve ser razoável e compatível ao negócio da instituição financeira e à sua receita mínima almejada. A incerteza quanto ao futuro torna a análise de crédito, e por consequência o risco, extremamente desafiador e exige capacitação técnica específica, tornando-a mais que certamente dependente do elemento humano, não podendo jamais ser substituída por qualquer meio cibernético, melhor dizendo; não existem modelos matemáticos que eliminem o risco, será sempre indispensável o parecer do comité de crédito. 2.5.2.Factores de risco. Os factores identificados como responsáveis pelas perdas bancárias em concessões de créditos, usualmente são divididos em duas partes: internos e externos. A fraca qualidade no processo de análise de crédito (factor interno) e o agravamento da situação macroeconómica (factor externo), podem resultar na escassez de tomadores saudáveis. Essa situação tende a influenciar na maior concentração de empréstimos com tomadores de alto risco, o que pode resultar na diminuição da receita e da lucratividade. Factores internos independem da economia e estão relacionados com as características de uma empresa.
  • 35. 22 Os factores internos são decorrência de:  Profissionais desqualificados;  Controlo de Política de crédito;  Volatilidade das taxas de juros;  Taxa de inflação;  Carácter dos tomadores;  Taxa de desemprego.  Riscos inadequados;  Ausência de modelos estatísticos;  Concentração de empréstimos em tomadores de alto risco. Factores externos estão directamente ligados a situação económica, os quais determinam o nível de actividade económica e de taxa de juros. Os factores externos são decorrência de: 2.5.3.Garantias A finalidade da garantia é evitar que factores imprevisíveis, ocorridos após a concessão do crédito, impossibilitem a liquidação do empréstimo, por mais que a parte tomadora seja idónea com suas obrigações, sempre haverá o risco, seja por factores climáticos, cambiais, política fiscal, morte do principal dirigente da empresa, incêndio, entre outras causas. A garantia é considerada pelo Banco Central, como uma das regras de boa técnica bancária, e estabelece que os bancos comerciais, na realização de operações de crédito, exijam uma garantia adequada ao crédito. Para as instituições financeiras, as melhores garantias são aquelas que possuem maior liquidez, ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito independem de sentença judicial, mesmo assim os gerentes de instituições financeiras nunca deve considerar a concessão de um empréstimo exclusivamente em função da garantia. Em toda concessão de crédito, o gerente deverá ter a convicção de que não será necessário utilizar a garantia para liquidar o empréstimo.
  • 36. 23 2.6.Tipos de garantias 2.6.1.Aval O aval é uma garantia oferecida por um terceiro, que por este ato se torna devedor solidário do devedor principal. A relação que se estabelece entre o avalista e o avalizado é pessoal, directa e intransferível. Diz-se comummente que o avalista, ao dar sua garantia, constitui-se no principal pagador da obrigação, dada a solidariedade estabelecida entre o devedor e seu garantidor em relação ao emprestador. (SCHRICKEL, P. 165) O aval é caracterizado por ser uma garantia pessoal, ou seja, se o tomador da dívida não cumprir com suas obrigações, quem responderá será a pessoal que assinou como avalista. O aval é normalmente atrelado a todas as operações de crédito, por ser a forma de garantia mais comum. Para a instituição financeira o aval é de boa norma bancária no que se refere a diminuição do risco em casos de inadimplência do cliente ou de concordata ou falência da empresa devedora, existem casos em que o avalista é o dono ou sócio da empresa, se esta pede falência, o dono responderá de mesma forma sobre suas dívidas, porém na posição de pessoa física, como avalista. O aval garante apenas o valor que está expresso no título de crédito avalizado. Muitos bancos após executarem o tomador e seu avalista pretendem que eles assumam também as responsabilidades por obrigações que vão além das previstas na promissória, o que, às vezes pode funcionar nos tribunais. O que o responsável pela carteira de crédito deve tomar cuidado ao exigir assinatura de um avalista é atentar para que o título esteja legível e bem formalizado, conferir, além da assinatura, os poderes de quem assinou (mediante procuração, estatuto ou contrato social), que o avalista e os dados sejam os mesmos citados no contrato e que o valor do título de crédito seja suficiente para cobrir o valor do crédito, com os respectivos encargos. 2.6.2.Caução de duplicatas Duplicata é um título de crédito que se extrai em consequência de uma factura de venda mercantil ou prestação de serviços. A caução de duplicatas só produz efeitos a partir da efectiva
  • 37. 24 entrega dos títulos ao credor. Portanto, na caução de duplicatas, somente podemos considerar a existência da garantia, a partir do momento em que os títulos forem entregues ao banco. (SANTOS, P. 37). 2.6.3.Caução de cheques O contrato de empréstimo pode ter como forma de garantia a vinculação de cheques, o prazo para a apresentação de cheques, para o pagamento, é de 30 dias a partir de sua emissão, quando for emitido na praça (cidade) onde deve ser pago, e de 60 dias quando emitido em outra praça. O prazo de prescrição do cheque (perda do direito de cobrar judicialmente) é de seis meses a contar do final do prazo de apresentação. A análise de crédito é um processo que exige ampla habilidade do analista em observar informações inerentes ao universo do cliente, com vistas à tomada de decisões relativas ao crédito. Tais decisões devem estar rescaldadas em elementos de convicção consistentes. Mesmo utilizando o feeling e bom senso, características importantes do analista, durante a análise é necessário um retrato da situação real da empresa, visto em suas demonstrações contabilístico e indicadores de desempenho delas extraídas e outras informações que norteiam a decisão de crédito. Segundo Schrickel (2000, p.27): A análise de crédito envolve a habilidade de fazer uma decisão de crédito, dentro de um cenário de incertezas e constantes mutações e informações incompletas. Esta habilidade depende da capacidade de analisar logicamente situações, não raro, complexas, e chegar a uma conclusão clara, prática e factível de ser implementada. A análise de crédito é um instrumento essencial para um bom resultado de uma decisão de crédito. A análise de crédito proporciona uma visão geral da empresa demandante, fornecendo de forma clara e objectiva o seu desempenho económico-financeiro. O levantamento da situação da empresa é feito com base na análise de suas demonstrações financeiras, do grupo e sector em que faz parte e também de aspectos políticos e económicos. Segundo Matarazzo (2003, p. 17):
  • 38. 25 O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando. Blatt (1999, p. 38) apresenta os seis pilares da concessão de crédito:  Informação creditícia: Indica que as decisões de crédito são embaçadas nas informações colectadas, as quais devem ser de fontes confiáveis e íntegras.  Histórico de Pagamento: Neste pilar é analisado o histórico de pagamento do cliente em relação a outros fornecedores. Uma vez que o cliente possui uma boa conduta de pagamento com os credores actuais aumenta a probabilidade de ser um bom pagador futuro.  Identificação do Cliente: Neste pilar deve-se conhecer o cliente e a sua rede de relacionamento.  Análise das Demonstrações Financeiras: Neste pilar serão analisadas a demonstrações financeiras da empresa, a fim de apurar sua saúde financeira e influenciar a decisão de crédito.  Qualidade de Cobrança: A qualidade no momento da análise de crédito será fundamental em caso de futuras acções de cobrança.  Fortalecimento da Venda a Crédito: O analista de crédito, além de ser responsável por reduzir o risco de crédito e aumento do fluxo de caixa da cobrança, também é responsável por gerar a venda a crédito. Ainda Blatt (1999, p. 40), apresenta os elementos fundamentais na concessão de crédito: Segurança: O credor ao conceder crédito, aceita correr um risco, por confiar no cliente... Para saber se o cliente merece ou não, tem que se analisar seu carácter e capacidade por meio da ficha cadastral e sua capacidade e capital mediante seus demonstrativos contabilísticas. Liquidez: é a sua capacidade de pagamento... Esta certeza é reforçado pela análise da situação financeira e capacidade de pagamento.
  • 39. 26 2.7.Os C’s do Crédito Em se tratando de análise de crédito é indispensável citar os C’s do Crédito. A seguir será demonstrada a definição de cada “C” e também uma divisão proposta por Blatt (1999), onde cita, além dos C’s Tradicionais do Crédito, os C’s Modernos do Crédito e os Três Novos C’s do Crédito. 2.7.1.Os C’s Tradicionais do Crédito Os C’s tradicionais são: Carácter, Capacidade, Capital, Colateral, Condições e Conglomerado. A avaliação dos C’s do Crédito fornece informações que serão necessárias para identificar uma possível perda no processo de concessão de crédito. Segundo Blatt (1999, p. 42): “Os C’s de crédito fornecem uma visão da complexidade que uma avaliação de crédito pode assumir. Tal complexidade frequentemente implica um grau de subjectividade elevado no que tange a decisão propriamente dita.” Quanto ao primeiro ‘’C’’ do crédito, Carácter, baseia-se ao risco moral. Indica a intenção do tomador em honrar ou não o compromisso que foi assumido junto à instituição financeira. A tendência é que as pessoas (físicas ou jurídicas) tendem a ser honestas principalmente quando os negócios em que actuam estão prosperando. Porém, neste quesito é avaliado o compromisso do tomador em pagar suas dívidas em tempos de crise. Segundo Blatt (1999, p.43), ‘’ a pergunta- chave do ‘’carácter’’: a pessoa ou empresa tem reputação de honestidade a ponto de fazer esforço para pagar suas obrigações?’’ Quanto ao segundo ‘’C’’ do crédito, Capacidade, segundo os autores que tratam desse assunto, avaliar a capacidade do tomador de crédito é muito subjectivo e por isso é difícil de mensurar. A capacidade avalia a habilidade de gestão do cliente, ou seja, no caso de empresas avalia a habilidade administrativa de seus dirigentes em lidar com as constantes mudanças do cenário económico em que faz parte. 2.7.2.Os C’s Modernos do Crédito Segundo Blatt (1999), ainda existem mais três “C’s” que podem ser avaliados no processo decisório de crédito gerando mais informações no processo da análise. O primeiro é Consistência, que indica a escolha do alvo de mercado, estando directamente ligada a política do
  • 40. 27 credor, da conjuntura económica, etc. O segundo é a Comunicação, que se refere à agilidade na obtenção e análise das informações necessárias ao processo de concessão crédito. E por último o Controlo, que trata basicamente da gestão do crédito que foi concedido.Supervisionar constantemente a situação do cliente para evitar problemas futuros. 2.8.Os Três Novos C’s do Crédito Ainda segundo Blatt (1999), existem os três novos C’s do crédito que estão adequados à realidade actual. O primeiro é Concorrência, em que o credor irá avaliar se o tomador é competitivo no mercado em que actua. O segundo é Custos, onde será analisado se o cliente possui uma gestão de custos dequalidade. E o terceiro Caixa. Neste quesito é verificado se o cliente gera caixa. 2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito Várias razões levam a analisar as demonstrações financeiras das empresas, uma delas é a verificação da capacidade de manutenção e aquisição de créditos junto a instituições financeiras. Segundo Assaf Neto (2010, p.40): Os intermediários financeiros, basicamente bancos comerciais e de investimento, constituem-se tradicionalmente no principal usuário da análise de balanços... Os interesses dos bancos, em geral, incluem o conhecimento da posição de curto e longo prazo da empresa. A análise das demonstrações financeiras engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem diagnosticar a situação financeira de uma empresa e também prever seu desempenho futuro, tornado então uma ferramenta essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de qual será o limite máximo de empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente.
  • 41. 28 CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1.Tipo de pesquisa O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, tendo em vista que se pretende, por meio da análise crítica, descrever a importância das informações contabilísticas no processo decisório naquilo que seria a concessão de crédito. A pesquisa descritiva preocupa-se em observar os fatos, registá-los, analisá-los, classificá-los e interpretá-los, e o pesquisador não interfere neles. Assim, os fenómenos do mundo físico e humano são estudados, mas não são manipulados pelo pesquisador. Na pesquisa qualitativa concebem-se análises mais profundas em relação ao fenómeno que está sendo estudado. A abordagem qualitativa visa destacar características não observadas por meio de um estudo quantitativo, haja vista a superficialidade deste último. 3.2.Método de procedimento Usou-se como método de procedimento o estudo de caso que consiste na “observação detalhada de um contexto ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico”. Usou-se também o método comparativo, realiza comparações com finalidade de verificar semelhanças e explicar divergências. É um método usado tanto para comparações de grupos no presente, no passado ou entre os existentes e os do passado, quanto entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de desenvolvimento. Método estatístico: consiste na transformação de dados quantitativos em estatísticos, facilitando a sua apresentação em gráficos. 3.3.Método de abordagem: indutivo O método indutivo é um método científico que obtém conclusões gerais a partir de premissas individuais. Caracteriza-se por quatro etapas básicas: a observação e o registo de todos os factos, a análise e a classificação dos factos.
  • 42. 29 3.4.Técnica de colecta de dados A entrevista como uma forma de interacção social mas especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes busca colectar dados e a outra se apresenta como fonte de informação. Segundo a ideia apresentada pelo autor, o pesquisador se apoiou na entrevista como técnica de colecta de dados. Terá também o questionário e a observação que são definidos como:  Questionário é uma técnica de investigação composta por um número grande ou pequeno de questões apresentadas por escrito que tem por objectivo propiciar determinado conhecimento ao pesquisador; e  Observação é uma solução para o estudo de fenómenos complexos e institucionalizados, quando se pretende realizar análises descritivas e exploratórias ou quando se tem o objectivo de inferir sobre um fenómeno que remeta a certas regularidades, passíveis de generalizações.  A entrevista e a observação são técnicas interactivas visto que a entrevista conduz o pesquisador para a observação, enquanto as observações podem sugerir os aprofundamentos necessários para as entrevistas. Para além dessas técnicas o pesquisador apoiara-se pela consulta documental, que é realizada a partir de documentos contemporâneos ou retrospectivos, considerados cientificamente autênticos. 3.5. Universo e Amostra da Pesquisa O universo ou População é conjunto de seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica em comum. Por outras palavras, o universo é o conjunto de elementos ou fenómenos que possuem determinadas características comuns.
  • 43. 30 3.5.1.Universo Na verdade, este estudo não abrange toda Empresa mas sim uma parte dos funcionários dos Sectores que a seguir destacamos: sector financeiro, Administrativo, Contabilidade e tesouraria, num total de15 funcionários. 3.5.2.Amostra da Pesquisa Reconhecendo que Amostra é uma parte da população em estudo ou constitui parte representativa da população, onde a partir dela se insere os resultados desta população, para este trabalho tem como amostra 10 (dez) funcionários de diferentes sectores distribuídos da seguinte forma: 1(um) financeiro, 1 (um) director executivo, 2 (dois) auxiliares administrativos, 3 (três) analistas de créditos, 2 (dois) contabilistas, 1 (uma) tesoureira. 3.6.Instrumentos de processamento de dados O Software (SPSS), é um programa apropriado para a elaboração de análises estatísticas de matrizes de dados. O seu uso permite gerar relatórios tabulados, gráficos e dispersões de distribuições utilizados na realização de análises descritivas e de correlação entre variáveis.
  • 44. 31 CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS 4.1.Breve Historial A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Limitada, foi criada em 16 de Março de 2010 como assenta a publicação que por escritura de dezasseis de Março de dois mil e dez, lavrada de folhas cento e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diverso número I traço quarenta e cinco, do Cartório Notarial de Nampula, foi constituída uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada entre os sócios Kumar Vinodrai Pujara, Subhash Motibhai Patel e Vishnu Rooptal Wadhawan, onde o capital subscrito e realizado em dinheiro foi de cinquenta mil meticais, sendo uma quota no valor de trinta e cinco mil meticais, correspondente a setenta porcento do capital social, pertencente ao sócio Subhash M. Patel e duas quotas iguais de sete mil e quinhentos meticais cada uma, correspondente a quinze porcento do capital social cada, pertencentes aos sócios Kumar V. Pujara e Vishnu R. Wadhawan e publicado no Boletim da República nº 13, III série de segunda-feira de 5 de Abril de 2010. A origem da empresa esta directamente relacionada com o facto de o sócio maioritário o Sr. Subhash M. Patel ser o fundador e presidente do Grupo Motisun que é um conglomerado de negócios diversificado privado com sede na Tanzânia e com várias empresas de fabricação de materiais de construção, como aço, produtos de cobertura, cimento, tanques de plástico, tubos, tintas etc. No alcance geográfico abrange Sul, Centro Leste de África onde tem próprias fábricas localizadas na Tanzânia, Moçambique, Zâmbia e Uganda. A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda. tem como objecto a produção e comercialização de chapas de zinco e seus derivados, com importação e exportação, mas inicialmente ela estava focada na compra e venda de chapas de zinco, ainda não tinha iniciado a produção. Em acta da assembleia-geral de 27 de Setembro de 2012 a empresa agendou e decidiu sobre a divisão e cessão de quotas, entrada de novos sócios, alteração do pacto social, mudança da sede para a cidade de Nacala Porto. Quando a empresa passa a estar sediada na cidade portuária de Nacala Porto regista grandes investimentos, requer e é certificada como empresa de Zona Económica Especial, e goza dos incentivos fiscais e garantias estabelecidas na Lei nº 3/93, de 24 de Junho (Lei de Investimento) e respectivo regulamento, e no código dos benefícios fiscais,
  • 45. 32 aprovado pela Lei nº 4/2009, de 12 de Janeiro, e outra legislação complementar, e pelos termos específicos da autorização; passando desde já a ser empresa de grande dimensão. Depois do projecto ter sido aprovado pelo Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (Gazeda) e pelo Banco de Moçambique a empresa solicita um financiamento junto a Corporação Financeira Internacional (IFC), do grupo Banco Mundial a fim de apoiar o desenvolvimento da indústria em Moçambique. De acordo com o extracto da conservatória dos registos de Nampula de 04 de Dezembro de 2014 a empresa passou a ter a seguinte estrutura accionista e respectivo capital social que foi subscrito e realizado em dinheiro:  Subhash Motibhai Patel……………….. 180.000.000,00MT correspondente a 60%  Girdharbhai Meghji Ratna Pindolia …… 60.000.000,00MT correspondente a 20%  Beekay Universal Impex Pvt. Ltd……… 60.000.000,00MT correspondente a 20% A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os restantes Moçambicanos e esta representada nas seguintes sucursais do país:  Nampula;  Pemba;  Quelimane;  Tete,  Beira; e  Maputo. A nível sectorial é neste momento o único produtor nacional de chapas de zinco em termos de processamento e ainda comercializa outros produtos tais como Varrão, cantoneiras, pregos, arame de ligação, tubos, e diverso material de construção.
  • 46. 33 Figura 1: Vista frontal da empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016 4.1.1.Objectivos estratégicos A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo. Esta perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de forma rentável no futuro brilhante de Moçambique. 4.1.2.Visão Para ser um reconhecido como líder de produção de chapas e seus derivados em Moçambique e na região, comprometidos com nossos povos, clientes, fornecedores e stakeholders. 4.1.3.Missão Somos movidos por e ficar para os nossos funcionários, clientes, fornecedores, partes interessados e as comunidades em que actuamos. Para proporcionar uma experiência excepcional ao cliente em todos os nossos negócios e países através da qualidade superior do produto, serviço e valor.
  • 47. 34 4.1.4.Valores  Qualidade  Inovação  Foco no cliente  Transparência  Respeito  Integridade 4.1.5.Ambiente interno O ambiente interno é a estrutura que compõe o ambiente da empresa para viabilizar o funcionamento, a destacar:  Recursos físicos: A empresa esta localizada na Província de Nampula, Cidade de Nacala – Porto, Bairro de Muanona, Zona Industrial II, possui instalações próprias e vasto conjunto de equipamentos de produção e administrativo.  Recursos humanos: A empresa conta com um total de 240 trabalhadores. Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016
  • 48. 35 4.1.6. Análise do ambiente 4.1.6.1. Variáveis do macro e micro ambiente A análise do ambiente compõe um conjunto de factores internos e externos que afectam a empresa como um todo. O ambiente externo da MMI foi analisado pelas variáveis do macro ambiente (económicos, tecnológicos, sociais, legais, politicas, culturais, demográficas e ecológicos) e do ambiente interno foi analisado pelas variáveis do micro ambiente (fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras). A seguir estão as variáveis estão as variáveis do macro e micro ambiente, que impactam na empresa pesquisada objecto desse estudo:  Variáveis económicas: a empresa opera no ramo industrial, no seguimento metal e depende de um mercado aquecido como está actualmente o da construção civil.  Variáveis tecnológicas: a empresa busca acompanhar as novas tecnologias e investir em equipamentos para agilidade nos processos produtivos, sendo este um factor importante que resultará na melhoria dos produtos, na redução dos custos e na redução dos prazos de entrega. A empresa faz uso das seguintes ferramentas de comunicação: correio electrónico (email), telefone/fax, skype, msn e internet.  Variáveis sociais: quanto maior o poder aquisitivo da população, maior o poder de compra. Por exemplo, a aquisição de chapas de zinco de baixo valor por parte da população; significa um maior poder aquisitivo, ou seja, mais a empresa irá lucrar.  Variáveis legais: composto por um conjunto de leis, decretos e outros instrumentos legais que um país utiliza para regular determinado comportamento da organização, como por exemplo, a legislação fiscal, a lei do trabalho e ambiental. Na lei fiscal, pode-se mencionar o regulamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) aprovado pela lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro, o regulamento do código do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (CIRPC), aprovado pelo decreto nº 9/2008, de 16 de Abril e regulamento do código dos benefícios fiscais, regido pelo decreto nº 56/2009, de 7 de Outubro. Na lei do trabalho, o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) a consolidação da lei do trabalho de acordo com a lei nº 23/2007, de 1 de Agosto. Na lei ambiental, pode-se citar o decreto nº 45/2004 - Regulamento Sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental, que estabelece directrizes sobre a área de gestão ambiental
  • 49. 36 dentro das empresas e o decreto nº 18/2004 – Regulamento Sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes.  Variáveis políticas: a empresa procura acompanhar as ocorrências e acontecimentos para decidir estrategicamente em seu negócio. As mudanças adoptadas pelo governo e legislações influenciam o ambiente da empresa, uma vez que essas medidas devem ser cumpridas (como por exemplo, a obrigatoriedade de emissão de facturas ou documentos equivalentes nas suas vendas e o cumprimento do código dos benefícios fiscais, jornada de trabalho de no máximo de 08 horas de diárias.  Variáveis culturais: corresponde a um conjunto de ideias, conhecimentos, técnicas e padrões de atitudes e comportamentos que caracterizam a sociedade, geralmente relacionada com a principal actividade económica do município, do distrito, da província e do país em geral. Nacala - Porto vai gradualmente caracterizando-se como um município/distrito industrial.  Variáveis demográficas: uma população crescente significa necessidades crescentes a serem satisfeitas e dependendo do seu poder aquisitivo, isto pode também significar oportunidades crescentes de mercado. Nacala – Porto apresenta um crescimento populacional, segundo o INE (2008), um dos grandes factores é a imigração de pessoas em busca de empregos, por ser uma cidade com grandes indústrias.  Variáveis ecológicas: os clientes estão cada vez mais exigentes, tanto em relação aos produtos quanto à ética e responsabilidade das empresas. Por isso, a produção deve estar de acordo, não apenas com as necessidades dos clientes, mas também com normas de protecção ao meio ambiente que estabelece directrizes sobre a área de gestão ambiental nas empresas. As preocupações e providências que a empresa vem adoptando em relação à poluição e preservação ambiental e a destinação dos resíduos de processo produtivo e do lixo gerado. Em relação ao micro ambiente ou meio específico a empresa analisa o seu ambiente organizacional interno para que possa identificar suas forças e fraquezas. A empresa precisa conhecer seu ambiente para acompanhar seus pontos fracos e fortes e como é seu funcionamento e organização. Este ambiente é constituído por diferentes empresas, como: fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras.
  • 50. 37 a) Fornecedores: a empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda; tem sua fabricação voltada para os produtos: chapas de zinco, varão, cantoneiras, pregos, arame de ligação, tubos e diverso material de construção. Para isso, trabalha com fornecedores qualificados, onde a qualidade, os preços e os prazos de entrega são factores importantes no momento da compra. Os principais fornecedores são: Salzgitter Mannesmann International Gmbh da Alemanha, Nizi International do Luxemburgo, Ase Metal N.V. da Bélgica, Steel Resources LLC dos Estados Unidos da América e Tangshan Jiaxi Trading da China. b) Principais clientes: a empresa busca fornecer produtos de qualidade, tem como principais clientes: Cogef Trading, Lda com sede em Maputo e representado em mais de quatro províncias, Casa Barato de Nacala – Porto, Sallu Trading de Lichinga, Muza Investimentos de Mocuba, Agro Itnoa de Nampula, Organizações Carlitos & Irmãos com sede em Nacala, Afriken International Ltd localizado no Kenya e Atomic Hard Ware Ltd do Malawi. c) Concorrentes: dentre os principais destacam-se as empresas Intertelha de Moçambique, Lda localizada em Nampula, Dong Comercial situada em Nampula, a Ferpinta, Lda localizada na Beira, a Ferro Moçambique de Nacala e a Ever Green, Lda (Goodone) localizado em Nampula e Pemba. d) Agências reguladoras: são fiscalizadas por órgãos do governo – Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), Ministério da Industria e Comercio, através da Inspecção de Actividades Económicas, Ministério da Economia e Finanças, através da Autoridade Tributaria de Moçambique, assim como a consolidação as Leis do Trabalho e legislação – código de defesa do consumidor. Conforme Chiavenato (2000), as empresas não vivem no vácuo, isoladas e totalmente Auto – Suficientes, mas funcionam dentro de um contexto, do qual dependem para sobreviver e crescer. É do ambiente que as empresas obtêm os recursos e informações necessárias para subsistência e funcionamento, e é no ambiente que colocam os resultados de suas operações.
  • 51. 38 4.1.6.2. Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças 4.1.6.2.1. Pontos fortes:  Empresa multinacional  Projectos específicos  Envolvimento da direcção na finalização da venda  Equipe qualificada 4.1.6.2.2. Pontos fracos:  Estrutura física da empresa  Não divulgação da empresa 4.1.6.2.3.Oportunidades  Pouca concorrência;  Ramo de actividade em crescimento;  Flexibilidade nas decisões;  Facilidade de crédito 4.1.6.2.4.Ameaças  Falta de mão-de-obra especializada no mercado;  Novos concorrentes no mercado;  Crise económica. 4.2.Apresentação de dados 4.2.2.Calculo de Rácios Financeiros Tabela 3: Necessidade de capital de giro Necessidade de capital de giro 2013 2014 2015 A. Circulante Operacional 295.380,00 MT 335.791,73 MT 727.511,90 MT P. Circulante Operacional 132.609,96 MT 156.398,83 MT 206.752,08 MT
  • 52. 39 N.de Capital de giro 162.770,64 MT 179.392,90 MT 520.759,82 MT 2013 2014 2015 Vendas 2.875.661,79 MT 3.180.211,73 MT 3.220.134,94 MT CCL 321.095,44 MT 110.780,29 MT 387.725,62 MT NCG 162.770,64 MT 179.392,90 MT 520.759,82 MT Saldo de Tesouraria 158.324,80 MT - 68.612,61 MT - 133.034,20 MT Situação total Bom Insuficiente Insuficiente Resultado projectado a partir do grau de desempenho do 1º semestre de 2015 Fonte: adaptado pelo autor, 2017 Como se pode ver, a empresa apresenta o valor de CCL maior que a NCG apenas no ano de 2013. Daí que, apresenta uma situação sólida, enquanto em 2014 e 2015 a situação foi invertida e a situação ficou insuficiente. O caso foi provocado, quando a empresa começou a fazer investimentos, passando por uma grande expansão e como o CGL existente não era credível e suficiente, logo ocorreu para o crescimento da NCG. O accionista maioritário da empresa, em companhia com os proprietários ou seja sócios optaram por buscar recursos de terceiros para poder financiar e melhorar o desempenho da empresa e do seu negócio. Proposta caracterizada na seguinte perspectiva: Valor proposto: 95.000,00 MT Juros: 20.363,20 MT Valor das parcelas: 2.403,40 MT Números de parcelas por mês: 47 Captado: Agosto de 2014 Fonte: adaptado pelo autor, 2016 Verificando-se assim que o valor do passivo foi de 116.923,35 MT que foi encontrado da seguinte maneira: Dívida em 2014 + empréstimos bancários BIM (95.000,00 + 21.923,35) e o valor de 111.006,71 encontrado: valor de empréstimos do balanço de 2014 + dinheiro de terceiros (109.006,71 + 2.000,00).
  • 53. 40 Tabela 4: Valor da dívida Valor da divida (Passivo oneroso / Despesas financeiras) Despesas financeiras Imposto Renda DespFin Livre IR Passivo Oneroso Ki 2013 - 24,40% - - 2014 1.696,96 27,06% 1.237,80 116.923,35 1,06% 2015 5.090,88 26,88% 3.722,45 111.066,71 3,35% Fonte: adaptado pelo autor, 2017 Como podemos ver o quadro da firma adquiriu o Capital de terceiros no ano de 2014 e os valores a partir daquele ano e pode-se ver que o valor da dívida evoluiu de 2014 para 2015 o que significa que já levou o empréstimo no meio de 2014 pagando o mesmo apenas por um semestre. No cálculo de ROI fui considerando os valores de LL Operacional extraído das DRE, livre das DF do financiamento. Tabela 5: Retorno sobre activo Retorno sobre activo LLOP Activo RSA 2013 135.975,12 515.208,34 26,39% 2014 285.812,89 857,719,94 33,32% 2015 174.557,90 838.576,57 20,82% Fonte: adaptado pelo autor, 2017 Conforme o quadro, o Retorno sobre o activo ajuda verificar o quão é rentável o negócio, todavia, os cálculos feitos conclui-se que de 2013 para 2014 a firma teve um aumento maior, enquanto de 2014 para 2015 verificou-se uma queda na rentabilidade da empresa. Tabela 6: ROI Retorno de investimento LL operacional Imposto renda LLOP Livre Investimento ROI 24,40% 27,06% 26,88% 2013 135.975,12 33.177,93 102.797,19 382.598,48 26,87% 2014 285.812,89 77.334,05 208.478,84 709.237,75 29,39% 2015 174.557,90 46.921,16 127.636,74 768.998,84 16,60%
  • 54. 41 Aqui nota-se que a taxa de retorno caiu nos períodos em análise, na verdade após a tomada de capital, como se pode ver pelo quadro, isso foi devido pela participação dos juros e elevado de outras despesas que podemos considerar como operacionais. Também, o comportamento da taxa de retorno explica a variação do WACC que caiu entre os 1ºs anos e superou entre os últimos períodos, como podemos ver o quadro a baixo: Tabela 7: WACC Custo médio ponderado de capital (PL% x Ke) + (FLP% Ki) PL% x Ke% Passivo% x Ki% 2013 - 26,86% - 26,86% 2014 - 22,43% 0,17% 22,61% 2015 - 22,99% 0,48% 23,47% Fonte: adaptado pelo autor, 2017 Tabela 8: GAF – Grau de Alavancagem Financeira GAF – Grau de Alavancagem Financeira GAF = LLOP / (LLOP – DF) LLOP DF LLOP - DF GAF 2013 135.975,12 - 135.975,12 1.000,00 2014 287.509,85 1.696,96 285.812,89 1.006,00 2015 179.648,78 5.090,88 174.557,90 1.029,00 Fonte: adaptado pelo autor, 2017 Tabela 9: Indicadores da empresa MM Steel Integrated 2013 2014 2015 GAF – Grau de Alavancagem Financeira 1,00 1,006,00 1,03 Retorno sobre activo 26,39% 33,32% 20,82% Valor da divida 0,00% 1,06% 3,35% RPL – Retorno sobre o Património Liquido 26,86% 35,41% 18,44% ROI – Retorno sobre Investimento 26,87% 29,39% 16,60% Fonte: adaptado pelo autor, 2017
  • 55. 42 Conforme os dados do quadro, pode-se concluir que a firma está a passar numa fase de Alavancagem muito positivo comparativamente com os outros anos, ou seja o GAF apresenta crescimento apesar de ser muito baixo. Mas também, uma vez que a alavancagem foi positivo, no último período em análise verificou-se uma grande descapitalização por parte da empresa mas tudo isso no valor económico da firma, conforme os dados abaixo: Tabela 10: Valor económico agregado pelo Retorno sobre Investimento VEA = (ROI – WACC) x Investimento ROI WAACC (ROI – WACC) Investimentos VEA 2013 26,87% 26,86% 0,01% 382.598,48 20,11 2014 29,39% 22,61% 6,79% 709.237,75 48.128,16 2015 16,60% 23,47% - 6,87% 768.998,84 - 52.841,54 Fonte: adaptado pelo autor, 2017 Tabela 11: VEA agregado pelo LL Operacional LL Operacional do IR x (WACC x Investimento) Lucro Op Livre IR WACC Investimento WACC X Investimento VEA 2013 102.797,19 26,86% 382.598,48 102.777,08 20,11 2014 208.478,84 22,61% 709.237,75 160.350,68 48.128,16 2015 127.636,74 23,47% 768.998,84 180.478,28 - 52.841,54 Fonte: adaptado pelo autor, 2016 Como podemos ver, os quadros acima ilustrados, afirma-se que o resultado do valor económico representa um valor para o desempenho da empresa. Daí que, tira-se conclusões de que o ano de 2013 para 2014 a firma agregou valor, enquanto no de 2014 para 2015 a empresa desagregou valor. Embora o VEA seja insatisfatório, pois desagregou valor da firma, deve-se levar em conta que todo investimento tem um tempo natural para dar retorno. Daí que, a empresa MM steel Integrated deverá ocorrer em breve, pois as vendas estão crescentes e as despesas operacionais adicionais se retrairão.
  • 56. 43 Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 De acordo o gráfico, ilustra uma grande percentagem do pessoal com sexo masculino, dai que pode-se concluir que na empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda tem mais colaboradores do sexo masculino com 70% em relação do sexo feminino com 30%. Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Com base no gráfico tira-se conclusões de que a maioria dos trabalhadores daquela empresa a maior percentagem é do ensino médio. Dai que a selecção da amostra dos trabalhadores que responderam deu-se de acordo com a característica de terem maior ou menor dificuldade na percepção dos factos. Masculino Feminino Sexo 70% 30% 0% 20% 40% 60% 80% Axis Title Basico Medio Instituto Licenciatu ra Mestrado Nivel academico 30% 40% 20% 5% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% Axis Title
  • 57. 44 Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Como se pode ver pelo gráfico com uma percentagem de 50% esta entre 31 a 60 anos naquilo que seria a faixa etária dos trabalhadores que responderam o questionário. E 30% varia entre 18 anos a 30 anos respectivamente. Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 O aspecto quanto ao tempo de experiência no ramo de actividade trouxe um dado no mínimo interessante. Os integrantes da empresa MM Integrated S. M. Mozambique de Nacala, que mostrou maior dificuldade financeira nos últimos anos, são os que possuem mais experiência dentro do ramo de actividade no qual actuam, a maioria com mais de 10 anos no sector empresarial, chegando a mais de 20 anos em alguns casos. Quanto às idades médias e tempo de experiência no ramo de actividade, os respondentes da empresa MM Integrated são mais novos, porém com maior escolaridade. Aqui ficou bem evidenciado na entrevista com trabalhadores da MM Integrated S. M. Mozambique, que essa 18 a 30 anos 31 a 60 anos 61 a 80 anos Outro Anos de idade 30% 50% 5% 15% 0% 20% 40% 60% Axis Title Menos de 1 anos 2 a 7 anos 8 a 15 aos Outro Experiencia no ramo de actividade 30% 60% 5% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Axis Title
  • 58. 45 experiência maior no ramo não significa necessariamente maior domínio administrativo das empresas. Essa experiência refere-se ao sector produtivo, de onde todos se originaram. E sendo empresas familiares, onde o administrador responde pela parte produtiva, comercial, administrativa e financeira na maioria dos casos, pesa a questão da escolaridade na condução dos negócios, segundo os próprios. Eles não têm o tempo nem o conhecimento necessários para dedicarem-se como deveriam à gestão financeira principalmente, o que impacta de alguma forma no controle de caixa. Detém grande experiência e conhecimento do processo produtivo. 4.3.2.Dados da empresa Gráfico 5: Tipo de empresa Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Não há dúvida em afirmar que a empresa em estudo é privada de capital estrangeiro. Gráfico 6: Ramo de actividade Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Como base no gráfico, ficou por saber que 50% dos trabalhadores que responderam o questionário afirmam disseram que a empresa em estudo quanto o ramo de actividade é uma 0% 100% Publica Privada Industria Fabrica Componente s Servicos Ramo de actividade 30% 50% 10% 20% 0% 20% 40% 60% Axis Title
  • 59. 46 fabrica de zinco assim como outros bens feitos na empresa. Mas por diante, afirma-se que é uma indústria de bens e serviços onde a maior parte se destaca grande procura por parte dos residentes do distrito de Nacala, e salientar que a empresa tem sucursais por quase todo o país. Gráfico 7:Facturamento Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Para seleccionar a amostra dos trabalhadores pesquisados a questão do histórico de facturamento e endividamento dos últimos anos, além da existência de restrições, foi o que mais prevaleceu. A tabela 7 acima nos relata alguns dados interessantes, como por exemplo, o maior aumento de facturamento na empresas MM Integrated S. M Mozambique, Lda; tanto nominal quanto percentual, na comparação com as outras empresas. O total de facturamento na ordem de 2,4 milhões, porém, dois anos mais tarde, enquanto as empresas doutro ramo da mesma actividade saltaram para 4,6 milhões, as empresas do outro grupo alcançaram tão-somente 3,6 milhões, uma diferença de 1 milhão a menos no período, o que representou 41,1% a menos de crescimento. Gráfico 8: Número de trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Menos de 50.000,00 MT Ate 100.000,00 MT Ate 300.000,00MT Outro Facturamento 0% 10% 10% 80% 0% 50% 100% Axis Title 0 a 10 11 a 20 21 a 50 Outro Numero de trabalhadores 5% 10% 10% 75% 0% 20% 40% 60% 80% Axis Title
  • 60. 47 A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os restantes Moçambicanos. Gráfico 9: Composição da empresa Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Com esse gráfico, nota-se uma experiência onde se refere ao sector produtivo, de onde todos se originaram. E sendo empresas familiares, onde o administrador responde pela parte produtiva, comercial, administrativa e financeira na maioria dos casos, pesa a questão da escolaridade na condução dos negócios, segundo os próprios. Eles não têm o tempo nem o conhecimento necessários para dedicarem-se como deveriam à gestão financeira principalmente, o que impacta de alguma forma no controle de caixa. Detém grande experiência e conhecimento do processo produtivo. 4.3.3.Objectivos da empresa A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo. Esta perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de forma rentável no futuro brilhante de Moçambique. Familia Empresari o individual Socios familiares Outros Composicao da empresa 10% 20% 15% 55% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Axis Title