SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 66
Baixar para ler offline
1
Sérgio Alfredo Macore
Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira:
Caso do Corredor de Desenvolvimento do Norte 2013 - 2015
(Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira)
Universidade pedagógica
Nampula
2017
i
Sérgio Alfredo Macore
Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira:
Caso do Corredor de Desenvolvimento do Norte 2013 – 2015
Monografia a ser apresentada no
Departamento da ESCOG, como requisito
Para a obtenção do grau de licenciatura em
Gestão de empresas com habilitações em
Gestão financeira.
Supervisor:
Msc.
Universidade pedagógica
Nampula
2017
ii
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................v
LISTA DE GRAFICOS ...............................................................................................vi
LISTA DE FIGURAS.................................................................................................vii
LISTA DE ABREVIATURAS...................................................................................viii
DECLARAÇÃO..........................................................................................................ix
DEDICATORIA...........................................................................................................x
AGRADECIMENTOS.................................................................................................xi
RESUMO ...................................................................................................................xii
CAPITULO I – INTRODUÇÃO...................................................................................1
1.1.Introdução ...........................................................................................................1
1.2.Objectivos do trabalho .........................................................................................2
1.2.1.Objectivo Geral.............................................................................................2
1.2.2.Objectivos Específicos ..................................................................................2
1.3. Justificativa ........................................................................................................2
1.4. Definição do Problema .......................................................................................3
1.5. Hipóteses de Estudo............................................................................................3
1.5.1.Hipótese básica .............................................................................................3
1.6. Delimitação do Estudo........................................................................................4
1.7.Estrutura do trabalho............................................................................................4
CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA............................................................5
2.1. Introdução ..........................................................................................................5
2.2. A Origem da Contabilidade ................................................................................5
2.2.1. Da Arte da Inscrição para a Técnica dos Registos.........................................6
2.2.2. O Desenvolvimento da Contabilidade como Ramo do Conhecimento...........6
2.2.3. A Contabilidade no Mundo Antigo...............................................................6
2.2.4. A Contabilidade na Era da Sistematização....................................................7
2.2.5. A Contabilidade na Era da Literatura............................................................8
2.2.6. A Contabilidade na Era Científica ................................................................9
2.2.7. Cenário Actual e Futuro da Contabilidade .................................................. 10
2.3. Controlo Interno ............................................................................................... 10
2.3.1. Conceito de Controlo Interno .....................................................................10
2.3.2. Auditoria Interna vs Controlo Interno......................................................... 11
2.3.3.Tipos de Controlo Interno............................................................................ 11
iii
2.3.4. A importância do Controlo Interno............................................................. 11
2.3.5. Objectivos do Controlo Interno ..................................................................12
2.3.6. Relação entre o Controlo Interno e o Controlo Externo............................... 12
2.4. Reconciliação Bancária..................................................................................... 12
2.4.1. Condição para Reconciliação Bancária....................................................... 13
2.4.1.1. Confirmações .......................................................................................... 13
2.4.2. Aspectos Gerais da Reconciliação Bancária................................................ 14
2.4.3. Reconciliações Bancárias: A Importância da Verificação Diária................. 16
2.4.4.Vantagens da Reconciliação Bancária ......................................................... 16
2.4.5. Princípios Fundamentais ............................................................................ 17
2.4.6. Procedimentos de Reconciliação Bancária.................................................. 19
CAPÍTULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................. 20
3.1. Introdução ........................................................................................................20
3.2. Desenho da Pesquisa......................................................................................... 20
3.3. Método de Abordagem da Pesquisa ..................................................................20
3.4. A Pesquisa quanto ao Objectivo........................................................................20
3.4.1. Procedimento Técnico da Pesquisa............................................................. 21
3.5. Definição da População de Estudo ....................................................................21
3.5.1. Universo.....................................................................................................21
3.5.2. Amostra .....................................................................................................21
3.6. Método de Colecta de Dados ............................................................................ 21
3.6.1. Dados Primários......................................................................................... 21
3.6.2. Dados Secundários..................................................................................... 22
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS
...................................................................................................................................23
4.1. Breve Historial do Corredor de Desenvolvimento do Norte............................... 23
4.2. Objectivos do CDN .......................................................................................... 24
4.2.1. Missão........................................................................................................24
4.2.2.Visão........................................................................................................... 24
4.2.3.Valores........................................................................................................24
4.3. Apresentação de Dados..................................................................................... 25
4.4. Análise e Interpretação de Dados......................................................................32
4.5.Validação de Hipóteses...................................................................................... 40
CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES ..................................................... 42
iv
5.1. Conclusões .......................................................................................................42
5.2. Sugestões.......................................................................................................... 43
Referência bibliográfica .............................................................................................. 44
APÊNDICES
ANEXOS
v
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Pendências...................................................................................................14
Tabela 2: Exemplo de Reconciliação Bancária ............................................................ 17
Tabela 3: Respostas dadas pelos colaboradores ........................................................... 25
Tabela 4: Exemplo de Livro de Controlo Bancário de 2014......................................... 28
Tabela 5: Exemplo de Extracto Bancário do CDN....................................................... 34
Tabela 6: Entendimento acerca do controlo interno do CDN .......................................36
vi
LISTA DE GRAFICOS
Gráfico 1: A empresa está alistada nas BVM?............................................................. 32
Gráfico 2: Números de Trabalhadores......................................................................... 32
Gráfico 3: Qual é o lucro da Empresa (Valores em Milhões)? .....................................33
Gráfico 4: Qual é o ganho da Empresa (Valores em Milhões)?....................................33
Gráfico 5: Perfil dos Entrevistados na População de Estudo........................................34
Gráfico 6: A empresa aplica a amostragem nos trabalhos referentes a auditoria? ......... 36
Gráfico 7: Quais são os softwares usados na reconciliação bancária? .......................... 37
Gráfico 8: Elaboração de trabalho nas entidades auditadas .......................................... 37
Gráfico 9: Quais são os testes utilizados no CDN? ...................................................... 38
Gráfico 10: Como classifica o software usado para a reconciliação bancária?.............. 38
Gráfico 11: Qual é o período de realização da Reconciliação bancária no CDN?......... 39
Gráfico 12: Qual é o período de solicitação do extracto bancário no CDN? ................. 39
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Rede Ferroviária do Norte............................................................................ 25
viii
LISTA DE ABREVIATURAS
Qt - Quantidade
RC - Reconciliação Bancária
SCC - Saldo da Conta Cliente
SR - Saldo Reconciliado
SF - Saldo Final
SB - Saldo do Banco
SE - Saldo da Empresa
SNR – Saldo Não Reconciliado
CDN - Corredor do Desenvolvimento do Norte
CP – Contabilidade Pública
NPL - Nampula
UP - Universidade Pedagógica
MZ - Moçambique
FC – Fluxo de Caixa
ix
DECLARAÇÃO
Declaro que a presente monografia científica é o resultado da minha investigação
pessoal e das orientações do meu ilustre supervisor. O seu conteúdo é devidamente
original e todas as fontes consultadas estão meramente mencionadas no texto e na
bibliografia final.
Declaro ainda, que esta monografia nunca foi apresentada em nenhuma outra instituição
de ensino para obtenção de qualquer grau académico.
Nampula, aos _____ / ___________________ / 2017
Nome do autor
________________________________________________
/ Sérgio Alfredo Macore/
Nome do supervisor
__________________________________________________
/ …………………………….. /
x
DEDICATORIA
“O Senhor é meu Pastor, nada me faltará”.
À Ele dedico este trabalho, pela iluminação espiritual dos meus estudos.
À minha Namorada Emília Maria das Neves Gaveta.
À todos familiares e aqueles que sempre acreditaram e confiaram em mim na matéria
de tornar-me um Gestor de Empresa.
xi
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço a Deus todo-poderoso pelo Dom da vida que me concedeu.
Em segundo lugar, agradeço aos meus pais que aceitaram realizar o projecto de Deus
pelo facto de me trazerem ao mundo e me educarem carinhosamente.
Agradeço aos meus docentes que incansavelmente não pouparam seus esforços para
transmitirem os conhecimentos científicos.
Um especial agradecimento e admiração vão para MA Armando Agostinho Tomás, meu
supervisor, pela paciência, generosidade, abertura e humildade que disponibilizou e me
ajudou a ultrapassar as dificuldades na elaboração deste trabalho.
Estendo os agradecimentos aos meus colegas da faculdade e do serviço Corredor de
Desenvolvimento do Norte, em particular os de Departamentos Financeiro,
Contabilidade, Remunerações e Benefícios que colaboraram na elaboração deste
trabalho; aos amigos e familiares que me apoiaram durante a minha formação humana e
académica.
Por tudo e todos o meu muito Obrigado! Koxukhuro!
xii
RESUMO
O presente trabalho com o tema sobre Importância da Reconciliação Bancária Como
Método de Integração. A reconciliação é importante, já que o fluxo de saídas e entradas
de dinheiro é frequente. Assim, ter controlo sobre esses processos evitará prejuízos e
perdas. É com a reconciliação bancária que a empresa poderá detectar incoerências no
seu fluxo de caixa. As fraudes serão identificadas, como dinheiro depositado a menos, e
haverá a verificação se os cheques recebidos foram descontados. Com esse
acompanhamento feito de forma rigorosa, o sector de contabilidade tem a seu alcance as
informações necessárias para entender todas as movimentações financeiras quando
realizar o fechamento de caixa no fim do mês. Diante desta necessidade e da busca de
resultados cada vez mais satisfatórios para a organização, surge dentro dos métodos de
controlo a reconciliação bancária, um processo Sistemático de comparação entre os
ajustes contabilísticos de uma conta corrente realizada pelo banco e a conta de bancos
correspondentes na contabilidade de uma empresa, explicando as diferenças
encontradas. Portanto, coloca-se em evidência a seguinte questão da importância da
reconciliação bancária praticada diariamente na tesouraria de uma empresa de grande
porte no apuramento do saldo final dos extractos. O termo reconciliação bancária pode
parecer algo estranho à primeira vista ou totalmente desconhecido, principalmente se
você não tem muita intimidade com terminologias da área financeira. Mas a verdade é
que é muito mais simples do que o próprio nome sugere. Toda empresa realiza
transacções financeiras no seu dia-a-dia como pagamentos, recebimentos,
transferências, investimentos, entre outros, e dependendo do volume destas transacções
os saldos bancários demonstrados pela contabilidade da empresa podem não reflectir
com exactidão a sua posição financeira no período.
Palavras-chave: Contabilidade. Controlo Interno. Reconciliação Bancária.
1
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
1.1.Introdução
A presente monografia cujo tema é Importância da Reconciliação Bancária Como
Método de Integração Financeira, caso do Corredor de desenvolvimento do Norte
2013-2015, enquadra-se no trabalho de culminação do curso de Gestão de Empresas na
UP - Delegação de Nampula.
Tem sido pouco significativa a ênfase dada pelas escolas de contabilidade ao estudo e à
análise das reconciliações bancárias nas empresas. Sabe-se também que somente
empresas de médio e grande porte podem oferecer oportunidade de se preparar
reconciliações bancárias expressivas. As empresas de pequeno porte (EPP) e as
microempresas (ME), geralmente, fazem anotações nos canhotos dos talões de cheque e
não formalizam as pendências existentes. Elas simplesmente separam os canhotos cujos
cheques não tenham sido ainda compensados. Isso, efectivamente, não caracteriza
reconciliação bancária, mas sim anotações de saldos e controlo de cheques emitidos.
Dai que, a reconciliação bancária consiste na comparação do saldo de uma conta
bancária de movimento com uma informação externa à contabilidade (extracto
bancário), de maneira que se possa ter certeza quanto à exactidão do saldo em análise,
em determinada data. Realiza-se a composição do saldo, analisando-se os lançamentos
não realizados (tacto pelo banco, no extracto, quando pela contabilidade interna, no
razão) ou divergentes (valores diferentes) e cheques não compensados.
Com base nesta primeira reconciliação bancária, realiza-se (caso for) os lançamentos
complementares, estornos ou reclassificações. Na verdade, hoje em dia habitualmente, e
para facilitar a apuramento e registo das diferenças entre os saldos contabilísticos e
bancários, elaboram-se planilhas de reconciliação, demonstrando, linha a linha, as
diferenças e os ajustes necessário, partindo-se do saldo contabilístico e somando-
se/diminuindo-se os valores apontados até chegar ao saldo do extracto. Ao lado de
cada valor especifica-se, em coluna própria, se houve regularização do lançamento,
posteriormente à referida reconciliação. Todas as divergências verificadas deverão
constar de um relatório, de quais os erros e ocorrências anormais deverão ser corrigidos
ou investigados (auditoria) com urgência.
2
1.2.Objectivos do trabalho
O presente trabalho tem como objectivos principais em apresentar aos proprietários das
empresas assim como os credores e investidores como se encontra a posição financeira
da empresa e tendo em conta a visão geral e especifica dos documentos contabilísticos
usados.
1.2.1.Objectivo Geral
 Analisar a importância da reconciliação bancária como método de integração
financeira, em particular no corredor de desenvolvimento do norte.
1.2.2.Objectivos Específicos
 Descrever os princípios fundamentais na elaboração da reconciliação bancária
em particular no CDN;
 Identificar as vantagens e desvantagens na reconciliação bancária nas empresas,
em particular no CDN;
 Evidenciar os objectivos da reconciliação bancária e sua importância numa
empresa;
 Analisar o contributo para o desempenho das empresas com base na
reconciliação bancária.
1.3. Justificativa
Durante a minha formação académica e pelo gosto da cadeira de contabilidade e
auditoria fez com que me apaixona-se pelo tema em estudo. Onde, na minha óptica o
tema é pouco tratado e menos praticado nas aulas. Dai que, o interesse de aprofundar o
tema ficou motivado na escolha do mesmo. Na verdade, o tema em questão foi
escolhido porque a reconciliação bancária apresenta uma elevada importância pois a
partir dela obtém se a informação dos saldos disponíveis nos extractos bancários que
deve ser igual ao livro ou controlo bancário para que possam tomar decisões quanto ao
controlo bancário da empresa.
Contudo, são três os principais pilares nos quais o presente trabalho baseia-se, visando
justificar sua viabilidade: necessidade de controlo interno, a padronização de processos
de trabalho, e a confiabilidade nos dados obtidos. Durante muito tempo se pode ver
3
empresas tentando aplicar um método de controlo interno, muitas vezes de forma
inadequada com relação a sua utilização.
Um controle interno utilizado de forma correcta traz segurança para a empresa na
tomada de decisão, para os clientes que utilizam dessa organização para devidos fins,
diante dessa afirmação verifica a necessidade de um controle interno para o sector
financeiro, pois é onde é gerado informações diárias de como esta a saúde financeira da
empresa garantindo sua sobrevivência. E tendo um bom controlo interno financeiro a
contabilidade da organização terá dados mais confiáveis para gerar informações.
1.4. Definição do Problema
A reconciliação bancária, que é uma componente de grande relevância no controlo de
fluxo de caixa corrente de uma determinada empresa. A reconciliação bancária consiste
na conferência dos movimentos do banco com o controlo financeiro interno da empresa,
com objectivo de controlar internamente os dados constatados nos extractos através dos
lançamentos efectuados com os referidos dados constatados nos documentos.
Na verdade, as empresas precisam efectuar a reconciliação bancária para evitar criar
alguns problemas no sistema financeiro, razão pela qual a pergunta que se faz é a
seguinte:
 Ate que ponto a reconciliação bancária é um método eficaz na integração
financeira, em particular no CDN?
1.5. Hipóteses de Estudo
A reconciliação bancária é um procedimento de conferências de extractos referente a
movimentação das contas bancárias e de mais movimentos que visam a redução da
chance de erros no saldo.
1.5.1.Hipótese básica
 Hipótese 1: A reconciliação bancária apresenta uma situação financeira realista
da empresa, extremamente necessária para que várias decisões importantes
sejam tomadas.
 Hipótese 2: Por meio de uma reconciliação bancária é possível ter uma melhor
previsão do fluxo de caixa e fazer um planeamento orçamentário mais efectivo.
4
1.6. Delimitação do Estudo
O presente trabalho de pesquisa realizou-se na empresa corredor de desenvolvimento do
norte (CDN) Nampula, no período de 2013 a 2015. Onde irá debruçar sobre
Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira.
1.7.Estrutura do trabalho
O presente trabalho de pesquisa esta estruturado em cinco capítulos:
No primeiro encontrados a introdução, os objectivos a serem alcançados, problema da
pesquisa, justificativa, hipóteses e delimitação do tema.
No segundo capítulo aborda-se a revisão de literatura onde vários autores debruçam
sobre Reconciliação Bancária.
No terceiro capítulo aparece a metodologia usada, as técnicas de colectas de dados,
amostras, população e software usado.
No quarto capítulo é imprescindível a apresentação, analise e interpretação de dados e
por fim quinto capítulo encontramos as conclusões, recomendações e as referencias
consultadas.
5
CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Introdução
Para uma melhor contextualização no que diz respeito a reconciliação bancária a nível
das empresas, este capítulo traz uma base para melhor compreensão. Assim, de forma
criteriosa recorreu-se à aspectos bibliográficos através da literatura teórica, empírica e
focalizada de modo a trazer as diversas abordagens discutidas em torno deste tema ao
nível da conjuntura internacional e nacional.
2.2. A Origem da Contabilidade
Schmidt (2000, p.11) pondera que embora se tenha por costume considerar a obra La
Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá do Frei Luca Pacioli
como o nascimento da Contabilidade, uma série de descobertas arqueológicas vem
alterando esse pensamento, levando-nos a reflectir a Contabilidade como advinda da era
pré-histórica, juntamente com a origem das civilizações. Baseado no Atlas da História
do Mundo (1995), as primeiras civilizações foram surgindo há aproximadamente 6.000
anos, partindo das diversas regiões agrícolas existentes nos contrafortes montanhosos do
Médio-oriente. A primeira foi a da Mesopotâmia, aproximadamente, em 3.500 a.C.
Com o desenvolvimento técnico da irrigação nas cidades, surgiram excedentes agrícolas
que possibilitaram o emprego de parte da população em outras actividades como a
manufactura e o comércio.
Jaime Pinsky (2003) deduz em seus estudos, que durante o período Neolítico, a
transmissão oral das actividades apreendidas era possível dentro de um pequeno grupo,
porém, em agrupamentos maiores tornava-se importante encontrar novas formas de
transmissão. Um sinal qualquer deixado por alguém não podia ficar sujeito a diferentes
interpretações, precisava ter um significado específico. Surgiram assim os primeiros
símbolos que eram praticamente auto-explicativos, os pictogramas.
Para os antigos, esse é o início da escrita. Decorrido algum tempo ocorreu uma evolução
do processo, os símbolos foram usados para sons, passando as imagens a adquirir
formas e significados. Conforme o Atlas da História do Mundo (1995) os signos foram
sendo simplificados. Um bem-sucedido sistema desenvolveu-se na Mesopotâmia, que
consistia em escrever em plaquetas de argila com um estilete em forma de cunha, daí o
nome de escrita cuneiforme. Ocorreu processo semelhante com a numeração.
6
2.2.1. Da Arte da Inscrição para a Técnica dos Registos
Assim, nasceram os registos contabilísticos, porque se quantificava e evidenciava a
riqueza patrimonial do indivíduo ou da família. Tais registos eram feitos em peças de
argila. O “meu” e o “seu” deram, na época, a origem dos registos de “débito” e
“crédito”. No Egipto, o “papiro” deu origem aos livros contabilísticas, utilizando-se o
sistema baseado em lógica matemática.
 Matematicamente: A = B
 Conta bilmente: débito = crédito
 Logicamente: efeito = causa
Com a invenção da escrita, desenvolver-se-ia o sistema de registos e, vários estudiosos
da questão, acreditam que foi a escrita contabilística que deu origem à escrita comum e
não o inverso.
2.2.2. O Desenvolvimento da Contabilidade como Ramo do Conhecimento
Melis (Apud SÁ, 1997, p. 13-4) divide o desenvolvimento da Contabilidade em quatro
grandes períodos assim denominados por ele:
 Mundo Antigo: dos primórdios da história até o ano de 1202 da era cristã;
 Sistematização: de 1202, por causa da formação do processo das partidas
dobradas, até o ano de 1494;
 Literatura: de 1494, com a publicação da obra de Luca Pacioli, até 1840;
 Científico: de 1840, com a obra de Francesco Villa, até os dias actuais
2.2.3. A Contabilidade no Mundo Antigo
Iudícibus e Marion (2002) afirmam que o desenvolvimento da Contabilidade foi muito
lento ao longo dos séculos. Chamam a primeira etapa de fase empírica da
Contabilidade, durante a qual foram utilizados desenhos, figuras e imagens para
identificar o património. Como ciência, propriamente dita, chegou apenas no início do
século XIX. “Em 1836, a Academia de Ciências da França adoptou a Contabilidade
como ciência social, e assim também entenderam grandes pensadores modernos de
nossa disciplina, ” (SÁ, 2002, p. 41-2).
Para Lopes de SÁ (1997, p. 12) “a escrituração contabilística nasceu antes mesmo que a
escrita comum aparecesse, ou seja, o registo da riqueza antecedeu aos demais, como
7
comprovam os estudos realizados sobre a questão, na antiga Suméria”. Quando se
adentra na história da contabilidade, 4.000 anos a.C., aproximadamente, numa época em
que não havia moeda, escrita formal e até os números, observa-se o homem pastor,
executando uma contabilidade rudimentar, tentando reflectir quanto aumentou seu
rebanho de um inverno para o outro, comparando o número de pedrinhas entre os dois
períodos.
No que se refere às dúvidas sobre a autoria dos métodos contabilísticos, apesar de
alguns estudiosos entenderem que foram os templos religiosos os responsáveis pelos
processos de registo por controlarem a escrituração contabilística e a economia, por toda
a história e evolução da Mesopotâmia e todos os seus legados, como o sistema decimal,
o calendário, os pesos e medidas, e até o impulso para o surgimento do actual alfabeto,
não falta apoio à hipótese de a Contabilidade ter dado seus primeiros passos nessa
região. “Apuramento de custos, revisões de contas, controlos gerências de
produtividade, orçamentos, tudo isso já era praticado em registos feitos em pranchas de
argila, nas civilizações da Suméria e da Babilónia (Mesopotâmia) ” (SÁ, 1997, p. 25).
No Egipto, o uso do papiro e do cálamo influenciou o desenvolvimento e
aperfeiçoamento da escrita contabilística. Naquele país o escriba era considerado como
o „máximo profissional‟. “Os egípcios deram um grande passo no desenvolvimento da
Contabilidade ao escriturar as contas com base no valor de sua moeda, o shat de ouro ou
de prata”. “Com o surgimento da moeda e das medidas de valor, o sistema de contas
ficou completo, sendo possível determinar as contas contabilísticas representantes do
património e seus respectivos valores” (SCHMIDT, 2000, p. 22).
2.2.4. A Contabilidade na Era da Sistematização
Existem muitas hipóteses sobre o nascimento da técnica das partidas dobradas e a
primeira delas vem de tempos remotos e é apenas citada como uma primeira intenção da
ideia. Schmidt (2000) relata que em sítios arqueológicos localizados em Israel, Síria,
Iraque, Turquia e Irã foram encontradas, datadas de 8.000 a 3.000 a.C., fichas de barro,
com os mais variados formatos, incisões e perfurações, listando na maioria das vezes
rebanhos de carneiro. O mesmo autor afirma ainda que depois de 3.250 a.C. essas fichas
eram armazenadas em envelopes de barro. Do lado de fora era impresso um registo para
que fosse possível identificar o conteúdo de cada envelope e depois era colocado um
lacre de segurança.
8
De forma bem rudimentar, dado que ainda não existiam escrita nem livros
contabilísticos, o acto de colocar as fichas nos envelopes significava o registo das
quantidades de vários activos (actual débito de entrada) e o acto de imprimir em seu
exterior os dados pertinentes a cada ficha pode ser considerado uma contra entrada
(actual entrada de crédito) de sistema contabilístico. António Lopes de SÁ (1997),
citando Melis, considera ter ocorrido o nascimento das partidas dobradas na região de
Toscana, na Itália, entre os anos 1250 e 1280 da era cristã. Schmidt (2000) aponta dois
grandes motivos que podem ter sido propulsores das partidas dobradas: o
desenvolvimento económico de alguns centros comerciais da Itália, como Veneza,
Gênova e Florença e o início da tecnologia de impressão de livros na Alemanha bem
como sua rápida dispersão pelos grandes centros comerciais da Europa, principalmente
o norte da Itália.
Schmidt (2000) afirma também, que a difusão das partidas dobradas acompanhou o
desenrolar das actividades desenvolvidas do decorrer do último período medieval na
Europa, propiciando a passagem para um novo estágio histórico. O Renascimento, que
visou renovar além das artes plásticas e das letras a organização política e económica
das sociedades, junto com o capitalismo, criou novas realidades sociais, possibilitando
propagar o acúmulo de bens e riquezas.
2.2.5. A Contabilidade na Era da Literatura
Facto digno de nota desse marco divisório entre os períodos da Contabilidade, é a
publicação do primeiro livro impresso que apresentava o sistema contabilístico. Foi
impresso em 1494, em Veneza, na Itália, e é de autoria do frei franciscano Luca Pacioli,
que tornou Veneza “imortal” para o estudo da Contabilidade. Segundo Paulo Schmidt
(2000), alguns historiadores consideram que a Contabilidade passou por um longo
período de estagnação causado, principalmente, pela publicação do trabalho de Pacioli.
Após a publicação de La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et
Proportionalitá (escrita em italiano e não em latim, como era costume) a Contabilidade
viveu uma evolução sem precedentes, no entanto, um certo tempo foi necessário para
que o mundo contabilístico conseguisse se adaptar a essa realidade.
Antes da publicação, pode-se dizer que a Contabilidade centrava-se no cálculo
comercial e na escrituração, sendo a arte de ter e contar, como afirma Giannesi (Apud
SCHMIDT, 2000, p. 49), essencialmente porque a escrituração realizada naquela época
9
era apresentada de forma fragmentada e desvinculada, cujo objectivo era, somente, o
registo mecânico da conta com determinado valor. Com o advento do método das
partidas dobradas tornara-se possível organizar os dados contábeis e fornecer resumos
da posição corrente dos negócios.
O livro de Luca Pacioli era uma obra de aritmética que continha apenas um tratado,
composto por 36 capítulos, falando sobre a parte contabilística, sendo a distinção IX,
tratado XI, denominado Tractarus de computis et scripturis, que tratava do processo das
partidas dobradas, conhecido na época como o método de Veneza.
Desse tratado, como descreve Paulo Schmidt (2000), surgiram alguns legados de suma
importância para a Contabilidade, como a definição de inventário e explicações sobre
como realizar os registos; a organização dos lançamentos contabilísticos no memoriale
(livro no qual as operações eram registadas à medida que iam ocorrendo), no giornale
(livro diário) e no quaderno (livro razão) e a autenticação desses livros como meio para
evitar fraudes nos registos; o registo de despesas e receitas e proposta de resultado
financeiro levantado no final do ano; o confronto entre os lançamentos da razão e do
diário; o sistema de partidas dobradas, entre outros, sem esquecer que evidenciava que
primeiro deveria vir o devedor e depois o credor.
A partir do século XVI, período já considerado para o estudo da Contabilidade como
pré-científico, é importante ressaltar a obra do monge beneditino Ângelo Pietra,
Indirizzo degli economi, publicada em 1586, na qual percebe-se a preocupação do autor
em não apenas expor como o registo dos fatos deveria ser feito, mas também em buscar
as razões dos conceitos. É reconhecido como o precursor do Contismo que é a primeira
corrente de pensamentos contabilístico.
2.2.6. A Contabilidade na Era Científica
Na busca de estabelecer teorias, a Contabilidade passou por inúmeras etapas, da
observação passou à organização dos raciocínios, dela aos conceitos que por sua vez
produziram enunciados ou teoremas que geraram, finalmente, as teorias. As correntes
científicas surgem quando vários mestres formam suas próprias teorias, que são
semelhantes entre si. Assim, surgiu uma série de escolas do pensamento contabilístico,
cada uma sucedendo à outra, fornecendo cada vez mais conhecimentos que
influenciaram no estabelecimento definitivo da Contabilidade como ciência.
10
A primeira grande escola que se destaca nesse período é a Administrativa ou Lombarda,
denominada assim por sua localização, a Lombardia, no norte da Itália. Defende a
Contabilidade como sendo um conjunto de “noções económicas e administrativas
aplicadas à arte de escriturar os livros e registar as contas. É preciso que o contador
tenha um perfeito conhecimento de gestão da entidade e não domine apenas técnicas de
registo contabilístico” (SCHMIDT, 2000, p.54). Para Schmidt seu precursor é
Francesco Villa, com sua obra La contabilitá applicata alle amministrazione private e
publiche publicada no ano de 1840. Italiano, nascido em Milão, foi um dos primeiros
autores a reconhecer que o controle era um dos objectivos da Contabilidade.
2.2.7. Cenário Actual e Futuro da Contabilidade
No que se refere ao cenário mundial actual, Lopes de SÁ (2002) afirma que hoje em dia
há uma crescente preocupação por parte dos vários países em harmonizar as normas
contabilísticas para facilitar as transacções internacionais bem como melhorar o fluxo
de informações, permitindo a comparabilidade e contabilidade das informações de
natureza económico-financeira em nível internacional. Neste sentido, foi promulgada
pela SEC (Securities and Exchange Commission), em 2002, depois de ocorrerem vários
escândalos contabilísticos como o da Enron e da Wordcom, uma lei de reforma
corporativa denominada Lei Sarbanes-Oxley que tem como objectivo “coibir a conduta
antiética de administradores e auditores” (LIMA, 2004, p. 2). O mesmo autor afirma
que essa lei surgiu para restabelecer a confiabilidade nas demonstrações financeiras e
contabilísticas, incentivando, dessa forma, o investimento nas Bolsas de Valores.
2.3. Controlo Interno
2.3.1. Conceito de Controlo Interno
O Controlo Interno constitui uma forma de organização que pressupõe a existência de
um plano e de sistemas coordenados, destinados a prevenir a ocorrência de erros e
irregularidades ou a minimizar as suas consequências e ainda, a maximizar o
desempenho da entidade na qual se insere.
Segundo COSO, o Controlo Interno é definido como sendo um processo levado a cabo
pelo Conselho de Administração, Direcção e outros membros de uma organização, com
o objectivo de proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos
11
seguintes objectivos: eficácia e eficiência dos recursos, fiabilidade da informação
financeira e cumprimento das leis e normas estabelecidas.
2.3.2. Auditoria Interna vs Controlo Interno
A auditoria, por seu turno, é uma actividade desenvolvida com técnicas próprias e
peculiares, constituindo-se em especialização profissional, tendo ampla abrangência e
pode dividir-se em externa e interna, segundo a forma de actuação e as relações com a
organização auditada.
A auditoria interna é uma actividade desenvolvida por técnicos do quadro permanente
da organização, cujo escopo de trabalho tem maior amplitude em relação à auditoria
externa, abrangendo o estudo e a avaliação permanente do sistema de Controlo Interno,
a sua adequação e desempenho.
É equivocado, portanto, tratar-se auditoria interna como sinónimo de Controlo Interno.
Enquanto este engloba um conjunto de métodos e medidas que visam assegurar o
funcionamento óptimo da entidade, aquela é uma actividade cuja principal missão é
assegurar o funcionamento dos controlos.
2.3.3.Tipos de Controlo Interno
Geralmente, destacam-se dois tipos de controlo interno:
 Controlo Interno Contabilístico – o qual visa garantir a fiabilidade dos registos,
facilitar a revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a
salvaguarda dos activos.
 Controlo Interno Administrativo – que compreende o controlo hierárquico e dos
procedimentos e registos relacionados com o processo de tomada de decisões e,
portanto, planos, políticas e objectivos definidos pelos responsáveis.
2.3.4. A importância do Controlo Interno
O Controlo Interno dá ao administrador suporte e confiança na gestão do património do
Estado. Este compreende uma relevante ferramenta no domínio do controlo preventivo,
detectivo e correctivo, que deve ser operado com todo rigor e independência, a fim de
cumprir as finalidades a que se propõe.
12
Assim, um Sistema de Controlo Interno deve, prioritariamente: definir a área a controlar
(em termos de orçamento-programa: a actividade ou projecto); definir o período em que
as informações devem ser prestadas: um mês, uma semana, definir quem informa a
quem, ou seja, o nível hierárquico que deve prestar informações e o que deve recebê-las,
analisá-las e providenciar medidas; definir o que deve ser informado, ou seja, o
objectivo da informação; por exemplo: o asfaltamento de tantos metros quadrados de
estrada a custo de tantas unidades monetárias.
2.3.5. Objectivos do Controlo Interno
Constituem principais objectivos do Controlo Interno os que a seguir se enunciam:
 Fiscalizar a correcta utilização de recursos públicos e a exactidão e fidelidade
dos dados contabilísticos;
 Garantir, através da fiscalização, a uniformização da aplicação das regras e
métodos contabilísticos; e
 Verificar o cumprimento das normas legais e procedimentos aplicáveis.
2.3.6. Relação entre o Controlo Interno e o Controlo Externo
É de se esperar que o Controlo Interno, mediante um fluxo de informações ininterruptas,
viabilize um dos objectos centrais do controlo externo, que é o de acompanhar, de forma
actualizada, a realização das contas públicas. Pela sua própria natureza, o Controlo
Interno, nas suas diversas modalidades, tem condições de realizar esse trabalho, por
estar localizado nas instituições.
Por sua vez, a eficácia do sistema externo aumentaria sensivelmente se o interno, em
tempo útil, o mantivesse de igual modo informado de ocorrências questionáveis, abusos,
irregularidades e desvios porventura constatados durante a execução dos programas
governamentais.
2.4. Reconciliação Bancária
A reconciliação bancária é uma forma de controlo administrativo e contabilístico em
uso nas organizações bancárias, de seus saldos bancários em dinheiro mantidos em
contas correntes de instituições financeiras ou bancos.
13
O objectivo principal da reconciliação bancária é corresponder os saldos das contas
contabilísticas de Bancos - Conta-Movimento ou similares, tanto no Razão quanto no
Livro-diário, com o demonstrado no respectivo extracto bancário da conta corrente.
Haverá divergências como a dos "Cheques a Compensar", que se darão em função do
intervalo de tempo entre a data da emissão do cheque e a do efectivo saque do mesmo
na conta corrente. Todas as divergências verificadas deverão constar de um relatório,
nas quais os erros e ocorrências anormais deverão ser corrigidos (análise contabilística)
ou investigados (auditoria) com urgência.
2.4.1. Condição para Reconciliação Bancária
 Lançamento e movimentos feitos na mesma conta.
 Natureza do lançamento invertida com relação à natureza do movimento.
 Mesma Operação.
2.4.1.1. Confirmações
 Datas diferentes;
 Valores diferentes;
 Lançamento já relacionado a outro movimento.
Para que a reconciliação bancária se efectiva de acordo com as normas da organização a
fim de evitar riscos, é importante que todos os elementos da mesma estejam em
consonância com os extractos dos activos da organização bancária.
Entende-se, portanto, que a reconciliação bancária é realizada através da confrontação
de saldos. E para que se atinjam os objectivos é imprescindível que os aspectos gerais
da mesma estejam em consonância com os objectivos da administração que entre estes
podemos citar: o conhecimento da estrutura e as contas contabilísticas do plano de
contas; apurar as inconsistências; verificar o documento/contrato que originou o
lançamento, quanto a sua finalidade; promover a regularização através de
complementação de valor ou conta, transferência ou estorno.
14
Tabela 1: Pendências
SITUAÇÃO ENCONTRADA MEDIDA
Irregularidade nos lançamentos efectuados nos
controlos internos (data, valor, histórico, etc)
Sempre se deve resgatar o documento original que
comprova a movimentação e em cima deste
efectuar a correcção igualando com o extracto
bancário.
Lançamento INDEVIDO por parte do banco
O banco pode se esquecer e acabar efectuando
débitos ou créditos na conta corrente da empresa
que não conferem com os controles internos.
Transacções ainda não finalizadas (cheques
não compensados e transferências em
processamento)
Estas transacções devem ser mantidas nos
controlos internos em aberto até que sejam
efectuadas
Tarifas bancárias e recebimentos de aplicações
Estas movimentações geralmente não estão
identificadas nos controlos internos, devendo ser
reconhecido quando ocorrem e imediatamente
lançadas nestes controlos.
Depósito sem identificação
Muito comuns de ocorrer nas empresas, os
depósitos não identificados são entradas em que se
desconhece o originador do crédito.
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
2.4.2. Aspectos Gerais da Reconciliação Bancária
A Contabilidade actua em diversos ramos da administração do património, seja ele de
pessoa física ou jurídica. Essa afirmação é corroborada por Oliveira (2003, p. 19) ao
afirmar que a Contabilidade é a Ciência que estuda e pratica as funções de orientação,
controle e registo relativos aos actos e fatos da administração económica.
Para Teixeira (2010) não basta que o contador apenas evite os procedimentos viciosos
para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a contabilidade da
empresa e para isso deverá conciliar a contabilidade com os documentos e os diversos
relatórios dos demais sectores que dão suporte aos lançamentos contabilísticos, bem
assim elaborar planilhas, relatórios e composição dos saldos das contas contabilísticas,
isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correcção dos saldos existentes na
contabilidade.
Ainda segundo o autor em sua obra intitulada Manual Prático de Auditoria Gerencial
(2010) o mesmo esclarece que:
15
Em Contabilidade, conciliação corresponde à correlação dos saldos das contas
patrimoniais com os saldos verificados em controlos contabilísticos produzidos
internamente ou em documentos externos, oficiais ou não oficiais. A conciliação se
distingue da análise de contas, na qual um analista confere a consistência dos
lançamentos registados, decompondo-os e identificando suas naturezas (TEIXEIRA,
2010). Segundo Petry (2009, p. 35) mensalmente cada conta contabilística deve ser
conciliada e ter a sua composição de saldo. Composição de saldo é na verdade um
controle interno, em que o Contabilista ou qualquer outro usuário da Contabilidade
acesso o que contém discriminadamente em cada conta contabilística.
Petry (2009) ainda esclarece que:
A composição de saldo pode ser relatório emitido pela própria Contabilidade ou por
outro sector, desde que o saldo seja o mesmo ou demonstradas as diferenças. A
Contabilidade deve ter o controlo absoluto dos valores registados, sem nenhuma
excepção. A Contabilidade necessariamente deve manter o controlo dos registos, até
mesmo para não duplicar lançamentos, receitas, despesas ou apurar impostos
incorrectamente. Caso contrário, a empresa pagará impostos a maior ou sofrerá
autuações fiscais.
Os Principais elementos de uma conciliação bancária envolvem:
 Controlo de cheques emitidos e não compensados;
 Conferência de entradas referentes às vendas com cartão (crédito e débito);
 Conferência de entradas referentes às vendas com boleto bancário;
 Verificação dos débitos de tarifas bancárias;
 Controlo dos depósitos não identificados;
 Controlo das antecipações de recebimentos.
Portanto, uma conciliação bancária constitui-se em uma prestação de contas, assim
sendo, a origem ou destino dos recursos transitados pela conta corrente deve ser
rigorosamente comprovado, principalmente no que se refere aos aspectos do auto
atendimento bancário.
Visto que esse tipo de transação com o advento das novas tecnologias se tornou uma
prática comum nas instituições bancárias, as áreas responsáveis pelos controles no que
se refere à reconciliação contabilística do auto atendimento bancário, devem estar
16
atentas aos riscos nessas transações, especificamente, por estar imerso num ambiente
fortemente regulado. O sector bancário também apresenta inovações que surgem
determinadas por leis e regulações.
2.4.3. Reconciliações Bancárias: A Importância da Verificação Diária
A reconciliação bancária é de suma importância para a saúde financeira de uma
empresa, pois através dos saldos bancários demonstrados pela contabilidade os
administradores tomarão decisões estratégicas para o negócio. A reconciliação realizada
diariamente fará com que os saldos estejam sempre em conformidade com os valores
reais que a empresa possui e evitarão que decisões sejam tomadas em cima de valores
distorcidos da realidade financeira da entidade.
Percebe-se a importância do processo de reconciliar as contas bancárias da empresa
todos os dias com o máximo de cuidado e atenção possíveis, pois pequenos erros ou
distorções podem acarretar grandes prejuízos.
2.4.4.Vantagens da Reconciliação Bancária
O módulo de reconciliação bancária é um Sistema Integrado de Planeamento e Gestão
Fiscal - foi concebido para ser utilizado como ferramenta de apoio aos trabalhos
contabilísticos de reconciliação bancária, com o intuito de automatizar os
procedimentos antes feitos manualmente, proporcionando assim, uma melhora na
qualidade das informações financeiras prestadas.
Esse módulo possui atributos que permitem ao usuário:
 Fazer a correspondência entre os valores existentes nos extractos bancários com
os lançamentos contabilísticos da ficha razão para todos os domicílios bancários
cadastrados na Unidade Gestora;
 Conciliar os lançamentos a débito e a crédito ocorridos apenas nos extractos
bancários ou fichas de razão sendo estes provenientes de estornos bancários,
rotinas e ajustes contabilísticos;
 Melhorar a qualidade das informações contabilísticas da conciliação bancária
prestadas a terceiros, por meio da impressão dos relatórios contabilísticos e
financeiros.
17
Tabela 2: Exemplo de Reconciliação Bancária
Moeda
Descrição Data Montante
parcial
Bank Balance as at 31-12-204 4.197.930,16
(+) Companhy‟s Deposits not recorded by Bank
(-) Companhy‟s Payment not recorded by Bank 1.252.925,45
BN303 1059/NPL14 10-08-2014 4.080,00
BN303 1089/NPL14 10-08-2014 5.750,00
BN303 1232/NPL14 11-05-2014 25.312,60
BN303 1465/NPL14 26-11-2014 2.400,00
BN303 1538/NPL14 27-11-2014 14.397,96
BN303 1548/NPL14 12-09-2014 1.102.282,04
BN303 1549/NPL14 12-09-2014 34.952,85
NPF N 1867/NPL14 31-12-2014 60.000,00
BN303 1554/NPL14 31-12-2014 3.750,00
(+) Débito do banco não lançado na empresa
(-) Crédito do banco não lançado na empresa
Balance as per cash book 31-12-2014 2.945.004,71
Opening balance difference 31-12-2014 2.945.004,71
Fonte: Adaptado pelo autor (2017) a partir dos relatórios do CDN 2014
2.4.5. Princípios Fundamentais
Os Princípios Fundamentais são uma estrutura de padrões mínimos para práticas sólidas
de supervisão e são considerados universalmente aplicáveis. O Comité elaborou os
Princípios Fundamentais e a Metodologia como sua contribuição para o fortalecimento
do sistema financeiro global. Debilidades no sistema bancário de um país, desenvolvido
ou não, podem ameaçar a estabilidade financeira tanto dentro do país como
internacionalmente. O Comité acredita que a implementação dos Princípios
Fundamentais por todos os países seria um passo significativo na direcção de melhorar a
estabilidade financeira doméstica e internacional além de fornecer uma boa base para o
posterior desenvolvimento de sistemas efectivos de supervisão.
18
Os Princípios Fundamentais definem princípios que são necessários para que um
sistema de supervisão seja efectivo. Esses princípios podem ser separados em sete
grupos que são:
Princípio 1 – Objectivos, independência, poderes, transparência e cooperação: Um
sistema efectivo de supervisão bancária terá as responsabilidades e os objectivos de
cada autoridade envolvida na supervisão de organizações bancárias claramente
definidas. Cada uma dessas autoridades deve possuir independência operacional,
processos transparentes, governança sólida e recursos adequados, e deve ser
responsabilizada pelo desempenho de suas atribuições.
Princípio 2 – Actividades permitidas: As actividades que serão permitidas às
instituições que são autorizadas a funcionar como bancos e estão sujeitas à supervisão
precisam ser claramente definidas e o uso da palavra “banco” em nomes deve ser
controlado da melhor forma possível.
Princípio 3 – Critério para autorização de funcionamento: A autoridade que
concede permissão de funcionamento deve ter o poder de determinar critérios e rejeitar
requerimentos de estabelecimentos que não atinjam o padrão determinado.
Princípio 4 – Transferência significativa de propriedade: O supervisor tem o poder
de revisar e rejeitar qualquer proposta de transferência significativa de propriedade ou
controle de interesses mantidos directa ou indirectamente pelos bancos para terceiros.
Princípio 5 – Grandes aquisições: O supervisor tem o poder de revisar, usando
critérios pré-estabelecidos, grandes aquisições ou investimentos que um banco pretenda
fazer, incluindo o estabelecimento de operações no exterior, assegurando que filiais ou
estruturas corporativas não exponham o banco a riscos indevidos ou dificultem uma
supervisão efectiva.
Princípio 6 – Adequação de capital: Os supervisores devem estabelecer requerimentos
mínimos prudentes e apropriados de adequação de capital aos bancos, que reflictam os
riscos aos quais o banco está submetido, e devem definir os componentes de capital,
tendo em mente sua habilidade de absorver perdas.
Princípio 7 – Processo de gestão de riscos: Os supervisores precisam de se assegurar
que os bancos e grupos bancários adoptam um processo abrangente de gestão de riscos
19
(incluindo participação do Conselho e da alta administração) para identificar, avaliar,
monitorar e controlar ou mitigar todos os riscos materiais e para verificar a adequação
de seu capital frente ao seu perfil de risco. Esses processos devem ser proporcionais ao
porte e à complexidade da instituição.
2.4.6. Procedimentos de Reconciliação Bancária
A reconciliação bancária é a simples conferência das contas bancárias com o controlo
financeiro interno.
A reconciliação bancária tem como objectivo verificar se está tudo correcto no controle
interno ou se há inconsistências de dados. Ela verifica se o saldo bancário do controlo
interno, os lançamentos e suas datas estão idênticos ao extracto do banco.
1º Passo: Lançar as movimentações diariamente
A empresa precisa controlar diariamente todas as movimentações de entradas e saídas
financeiras, informando todas as contas bancárias envolvidas.
2º Passo: Verificar saldo no extracto bancário
Conferir se os saldos iniciais e final do controle interno e os saldos no extracto bancário
batem.
3º Passo: Conferir detalhes dos lançamentos
Ver se todos os lançamentos do extracto bancário estão sendo feitos na data correcta e
com os valores correctos no controle financeiro da empresa.
4º Passo: Se houver diferenças nos lançamentos, corrigir
Verificar as divergências de valores ou a falta dos mesmos, procurando saber aonde isto
ocorreu. Em seguida, corrigir as diferenças no controlo interno, para que todos os
lançamentos estejam reflectidos e o saldo esteja idêntico.
Como no final de cada mês é preciso enviar os documentos para a contabilidade, não se
esqueça de guardar: comprovantes de pagamentos, notas fiscais, boletos bancários e
extractos bancários.
20
CAPÍTULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1. Introdução
Neste capítulo dá-se uma visão relativamente ao critério de abordagem da pesquisa, dos
métodos e das técnicas recorridas. Entretanto, iniciou-se por uma integração do desenho
da pesquisa, procurando clarificar o método, tipo e procedimentos técnicos de pesquisa
utilizados. Posteriormente, a população na qual a pesquisa incidiu e os critérios usados
para a escolha da mesma.
Uma vez que o processo todo envolveu um procedimento para a colecta de dados, o
capítulo revela o método usado para o efeito e o tratamento destes e por fim a forma
como foram analisados. De referir que, esta componente da dissertação é de extrema
importância, pois qualquer pesquisa para ser considerada científica a metodologia usada
deve estar bem clara.
3.2. Desenho da Pesquisa
Seguindo assim a metodologia do trabalho científico, a definição do tema da presente
pesquisa sobre a Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração
Financeira, caso do Corredor de desenvolvimento do Norte 2013-2015, iniciou-se pela
recolha de chuvas de ideias e de discussão com estudantes e profissionais da área de
gestão e contabilidade.
Depois desta fase, o pesquisador em mente o que realmente pretendia pesquisar e mais
uma vez de modo a recorrer a métodos científicos adequados a pesquisa, ao problema e
aos objectivos traçados, classificou a pesquisa da seguinte forma:
3.3. Método de Abordagem da Pesquisa
A pesquisa é considerada como sendo qualitativa. Esta classificação deve-se à natureza
desta, isto é, foram colhidos de forma aprofundada uma série de informações
relacionadas com questões de gestão e tomada das decisões financeiras nas empresas
pelos administradores utilizando determinadas ferramentas de contabilidade.
3.4. A Pesquisa quanto ao Objectivo
O tema em questão é novo e pouco desenvolvido a nível das empresas e das instituições
de ensino. Uma vez que procurou-se aprofundar mais sobre o tema considera-se ser uma
pesquisa exploratória.
21
3.4.1. Procedimento Técnico da Pesquisa
A identificação do procedimento técnico da pesquisa de carácter qualitativa é bastante
complicada. Pois, a título de exemplo, aqui foram usadas as diversas linhas para
pesquisar, como a bibliografia e a análise documental, isto é, desde o momento da
familiarização com o tema, recorreram-se livros de contabilidade e administração
financeira e ainda nos artigos científicos.
3.5. Definição da População de Estudo
No entanto, atendendo e considerando que o tema em questão versa reconciliação
bancária e cuja aplicação é apenas recomendável e obrigatória a nível de médias e
grandes empresas cujas características foram apresentadas no capítulo anterior, a
escolha da população da presente pesquisa foi precedida por uma avaliação da dimensão
e por fim da situação económica no CDN - Nampula. A avaliação económica, tinha por
objectivo o conhecimento dos resultados obtidos na empresa durante o período em
estudo.
3.5.1. Universo
Esta pesquisa abrange os colaboradores dos departamentos financeiro, contabilidade e
da administração da empresa CDN, num total de 18 colaboradores.
3.5.2. Amostra
Para melhor facilitar a colecta de dados, a pesquisa será dirigida a dez (10)
colaboradores, que compõem 4 do departamento financeiro, 4 de contabilidade e 2 da
administração do CDN.
3.6. Método de Colecta de Dados
Para a colecta de dados primários aplicou-se o questionário que consiste em saber como
é que os colaboradores do CDN pensam acerca de reconciliação bancária e para os
dados secundários aplicou-se a observação, de modo a permitir uma recolha de
informações e confrontar com os documentos existentes na empresa em análise.
3.6.1. Dados Primários
Conciliando esta afirmação à finalidade da pesquisa, os dados primários foram
colectados por via de entrevista semi-estruturada, com questões fechadas e abertas. Com
22
a entrevista semi-estruturada pretendia-se adequar a roteiro elaborado, isto é, este tipo
de entrevista permite que as questões que são colocadas sejam flexíveis e facilmente
alteradas conforme o desenrolar da entrevista bem como com as respostas que forem a
se obter e consequentemente facilitando o alcance dos objectivos traçados.
Em relação a questões fechadas pretendia-se obter evidências relacionadas com o
processo de elaboração ou não de determinados mapas contabilísticos de modo a
confirmar se as empresas pesquisadas estão a integrar no seu sistema de contabilidade
os demonstrativos financeiros preconizados pelo decreto 70/2009, isto no período em
análise.
3.6.2. Dados Secundários
Observação documental é uma metodologia de investigação particularmente apropriada
quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos
complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos factores. Este método é
adequado quando pretendemos definir os tópicos de investigação de forma abrangente,
quando queremos considerar a influência do contexto de ocorrência do fenómeno em
estudo e quando queremos socorrermo-nos de múltiplas fontes de evidências (dados).
Os dados secundários foram levantados por via de observação documental, cujo
objectivo era exactamente preparar a entrevista realizada na empresa e enriquecer a
pesquisa. Não só, o sucesso de uma comunicação no processo de entrevista está em
conhecer a empresa, isto é, a sua natureza, mas também o nível de desempenho e
execução, entre outros aspectos.
No capítulo seguinte far-se-á a apresentação, análise e interpretação de dados.
23
CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE
DADOS
No presente capítulo estão apresentados os dados recolhidos a partir das respostas da
entrevista feita aos trabalhadores do CDN. Neste, também são analisados e interpretados
os resultados.
4.1. Breve Historial do Corredor de Desenvolvimento do Norte
O CDN – Corredor de Desenvolvimento do Norte, é uma sociedade anónima constituída
e registada em Moçambique, cujo objectivo é a gestão, reabilitação e exploração
comercial de forma integrada das infra-estruturas do Porto de Nacala e da rede
ferroviária do norte de Moçambique. Integra-se no Projecto Corredor Nacala, que
engloba a região norte de Moçambique, o Malawi e a Zâmbia. Interliga o Porto de
Nacala com o sistema ferroviário do norte que permite a ligação ao Malawi, criando um
serviço eficiente e de custo efectivo, de forma a integrar sinergias entre os sistemas
intermodais de transporte, não descurando os aspectos ambientais, fundamentais para
um desenvolvimento sustentável.
A Politica de Transportes aprovada pela resolução no 5/96 de 2 de Abril preconiza entre
outros, a participação do capital privado na reabilitação, exploração e gestão da
infraestrutura e serviços ferro-portuários.
Neste contexto foi criado um consórcio de investidores privados e entre estes foi
constituída uma sociedade privada moçambicana, denominada Sociedade de
Desenvolvimento do Corredor de Nacala, SA (SDCN).
A SDCN em parceria com a empresa Portos e Caminho-de-ferro de Moçambique, EP
(CFM) criaram uma empresa privada denominada Corredor de Desenvolvimento do
Norte, SA cujo objectivo principal é o uso, gestão, financiamento, manutenção,
optimização das infraestruturas e serviços ferro-portuários, bem como o
desenvolvimento e operação dessas mesmas infraestruturas. Nos termos dos Decretos
20/2000 e 21/2000, ambos datados de 25 de Julho, foram aprovados os termos da
Concessão do Porto de Nacala e da Linha Férrea do Norte, respectivamente, tendo sido
o CDN outorgado à qualidade de concessionária ferro-portuária.
Para materialização dos Decretos acima referidos foram no dia 29 de Setembro de 2000,
celebrados entre o Governo da República de Moçambique na qualidade de Autoridade
24
Concedente, o CDN na qualidade de Concessionária e os CFM, na qualidade de
empresa pública gestora dos bens e serviços portuários os contratos de concessão do
Porto de Nacala e da Linha Férrea do Norte válidos por um período de 15 anos contados
a partir da data do início das actividades do CDN.
No dia 10 de Janeiro de 2005, o CDN cuja estrutura accionista é detida por 51% das
acções à SDCN e 49% pelos CFM iniciou a gestão e operação do Porto de Nacala e
Linha Férrea do Norte que engloba o troço Nacala-Porto / Nampula/Cuamba / Entre
Lagos e o troço Cuamba Lichinga. Para atender as novas demandas de carga geral e
carvão, o Contrato de concessão da Linha férrea foi prorrogado por um período
adicional de 15 anos, estando o seu termo previsto para o dia 10 de Janeiro de 2035.
4.2. Objectivos do CDN
O principal objectivo do CDN é a prestação de serviços ferroviários e portuários de alta
qualidade, eficiência e segurança nas infraestruturas e concessões atribuídas a empresa,
servindo com eficácia do mercado nacional e regional. Para além disso, a empresa
procura modernizar toda a sua infraestrutura, bem como o seu modelo de gestão, de
forma a garantir a melhoria do serviço e tornar-se uma empresa competitiva e
sustentável. O objectivo final é melhorar a circulação ferroviária e portuária,
expandindo e modernizando a frota existente, com especial atenção às questões de
segurança operacional, garantindo a segurança dos seus funcionários, passageiros e
equipamento.
4.2.1. Missão
Transporte ferroviário de mercadorias e passageiros, e operações marítimo-portuárias
com segurança, qualidade e eficiência
4.2.2.Visão
Ser uma solução ferro-portuária de referência na África Austral.
4.2.3.Valores
 Valor à vida: saúde, segurança, bem-estar.
 Cuidar do meio ambiente e das comunidades: respeito ao meio ambiente e à
diversidade cultural.
25
 Ser ético: transparência, responsabilidade, integridade, honestidade,
cumprimento de normas, imparcialidade e autenticidade.
 Melhorar continuamente: profissionalismo, compromisso e uso racional de
recursos.
 Valorizar o colaborador: reconhecimento, desenvolvimento, ambiente desafiador
e inspirador.
Figura 1: Rede Ferroviária do Norte
Fonte: Corredor de Desenvolvimento do Norte (2016)
4.3. Apresentação de Dados
Chegada esta fase, o autor traz as contribuições através de resultados colhidos no campo
de pesquisa no que tange à compreensão da realidade do Auto entendimento sobre
reconciliação bancária e analisando quais políticas de melhorias as instituições
bancárias podem desenvolver para que os colaboradores do CDN gerem resultados que
foram propostos.
Tabela 3: Respostas dadas pelos colaboradores
No PERGUNTAS RESPOSTAS RESPOSTAS
Não % Sim %
1
Dadas as respostas dos colaboradores, 40%
afirmaram que a reconciliação bancária é o
procedimento que visa assegurar que as
transacções financeiras de uma empresa sejam
4 40% 6 60%
26
O que é
reconciliação
bancária?
devidamente registadas na sua contabilidade.
60% de entrevistados disseram que é um
procedimento de controlo interno muito
importante que ajuda a detectar fraudes e erros,
por isso, deve ser efectuado periodicamente.
Segundo eles, a reconciliação bancária deve
resultar num relatório que identifica claramente as
diferenças encontradas entre os extractos
bancários e contabilísticos com as respectivas
justificações.
É do conhecimento geral que os indivíduos e
empresas devem manter um registo preciso de
todas as suas transacções bancárias.
2
O processo de
interligação das
informações das
DF‟s, utilizado
pelos
administradores na
tomada de decisões
financeiras é usado
de forma prudente
e eficaz?
Assim como os fluxos de caixa e o demonstrativo
dos resultados do exercício, a reconciliação
bancária é uma ferramenta essencial para qualquer
empresa. A partir dessa acção é possível realizar
as conferências de entradas referentes às vendas
com cartões e aquelas relacionadas às vendas com
boleto bancário, por exemplo. Em outras palavras,
empresas que lidam directamente com comércio
são, para o seu próprio bem, praticamente
obrigadas a fazer esse tipo de monitoramento que
pode ser feito semanal, mensal, semestral ou
anualmente, dependendo da necessidade de
avaliação da organização.
5 50% 5 50%
3
Quais são os
princípios para
elaboração da
reconciliação
bancária?
As respostas dadas para esta questão foram
positivas, quando os funcionários do CDN foram
unânimes em afirmar que os princípios da
reconciliação bancária são:
Princípio 1: Objectivos, independência, poderes,
transparência e cooperação
Princípio 2: Actividades permitidas
Princípio 3: Critério para autorização de
funcionamento
Princípio 4: Transferência significativa de
Propriedade
Princípio 5: Grandes aquisições
Princípio 6: Adequação de capital
Princípio 7: Processo de gestão de riscos
7 70% 3 30%
4
Como se faz a
Segundo os colaboradores do CDN, são passos
para a realização de reconciliação bancária:
1º Passo: Lançar as movimentações diariamente;
27
reconciliação
bancária no CDN?
2º Passo: Verificar saldo no extracto bancário
mensalmente;
3º Passo: Conferir detalhes dos lançamentos;
4º Passo: Se houver diferenças nos lançamentos,
corrigir.
6 60% 4 40%
5
Qual é a
importância dos
registos financeiros
na tomada de
decisões
financeiras?
Uma reconciliação bancária consiste em se fazer a
comparação física entre o saldo das contas
bancárias com o controle financeiro interno de
uma empresa. Mas ainda que essa seja uma
actividade de extrema importância para qualquer
negócio, muitas empresas abrem mão dessa
prática tão importante. Na verdade, a
reconciliação bancária é de certa forma
subestimada por muitas empresas e escritórios que
não se dão conta da sua importância,
principalmente para o sector contabilístico e
financeiro.
2 20% 8 80%
6
Como Funciona a
reconciliação
bancária no CDN?
Do ponto de vista contabilístico, as informações
apuradas com maior rigor e precisão garantirão
relatórios contabilísticos mais fidedignos o que,
além de contribuir para o controlo patrimonial,
também favorecerá a elaboração de demonstrações
contabilísticas seguras para o Fisco.
Vale lembrar, ainda, que actualmente muitas
empresas fecham as portas por conta do
desequilíbrio financeiro e, principalmente, por
uma má gestão interna de ferramentas básicas,
como os fluxos de caixa e a própria reconciliação
bancária.
Por isso, adopte esse tipo de prática dentro dos
procedimentos padrões da sua empresa, contando
com o suporte de profissionais qualificados e,
ainda, de tecnologias que possibilitam a
automatização de processos, como os softwares de
gestão financeira.
3 30% 7 70%
7
Qual é o objectivo
da reconciliação
bancária?
A reconciliação bancária tem como objectivo
principal a acção de confronto entre saldos,
entradas e saídas de uma conta no banco com a
movimentação esperada de receita e despesa de
sua empresa. Na verdade, esta actividade consiste
em comparar, por exemplo, os lançamentos nos
extractos bancários com os do controle financeiro
de pedidos de venda e contas a pagar.
3 30% 7 70%
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
28
Tabela 4: Exemplo de Livro de Controlo Bancário de 2014
Data
Diár
io
Nr
Diário
Descrição Debito Credito Saldo Doc
Nr
Doc
Lançamento: 000
121321 – Standarbanks C/1131059811011
Saldos anteriores (débito, crédito e saldo) 620.803.410,19 591.598.265,92
29.205.144,27D
01/12 PR2
6
120.04
2
BN303 Nr
1555/NPL14
823.750,00 30.028.894,2
7D
BN30
3
1555
01/12 PR2
6
120.04
4
BN303 Nr
1555/NPL14
12.000,00 30.040.894,2
7D
BN30
3
1556
01/12 PR2
6
120.04
5
BN303 Nr
1555/NPL14
24.000,00 30.064.894,2
7D
BN30
3
1557
01/12 PR2
6
120.46 BN303 Nr
1555/NPL14
3.872,87 30.040.837,2
7D
BN30
3
1558
01/12 PR2
6
120.04
7
BN303 Nr
1555/NPL14
66.838,00 30.090.809,2
7D
BN30
3
1559
01/12 PR2
6
120.00
1
BN303 Nr
1555/NPL14
156.800,00 30.650.889,2
7D
BN30
3
1560
02/12 PR2
6
120.00
2
BN303 Nr
1555/NPL14
15.569,84 30.340.867,2
7D
BN30
3
1542
02/12 PR2
6
120.00
3
BN303 Nr
1555/NPL14
767,00 30.040.874,2
7D
BN30
3
1543
02/12 PR2
6
120.00
4
BN303 Nr
1555/NPL14
934.71,66 29.760.894,2
7D
BN30
3
1544
02/12 PR2
6
120.00
5
BN303 Nr
1555/NPL14
22.413,43 29.980.674,2
7D
BN30
3
1545
02/12 PR2
6
120.00
6
BN303 Nr
1555/NPL14
1.067.996,59 29.120.094,2
7D
BN30
3
1546
02/12 PR2
6
120.00
7
BN303 Nr
1555/NPL14
33.865,43 28.450.784,2
7D
BN30
3
1547
05/12 PR2
2
120.00
8
BN303 Nr
1555/NPL14
432.875,95 28.350.344,2
7D
BN30
3
134
05/12 PR2
2
120.00
9
BN303 Nr
1555/NPL14
2.044,00 27.980.674,2
7D
BN30
3
135
05/12 PR2
2
120.01
0
BN303 Nr
1555/NPL14
3.893.883,57 27.670.874,2
7D
BN30
3
136
05/12 PR2
2
120.01
1
NPF Nr
1555/NPL14
432.875,95 27.140.234,2
7D
BN30
3
137
05/12 PR2
2
120.01
2
Trpr Nr 1555/NPL14 120.889,89 23.540.094,2
7D
BN30
3
1745
08/12 P26 120.01
3
BN303 Nr
1555/NPL14
9.101.359,68 23.740.674,2
7D
BN30
3
41
09/12 PR2
5
120.01
4
BN303 Nr
1555/NPL14
17.100.000,0
0
23.640.454,2
7D
BN30
3
1548
09/12 PR2
6
120.01
5
BN303 Nr
1555/NPL14
1.102.282,04 11.235.222,8
3C
BN30
3
1549
09/12 PR2 120.01 BN303 Nr 34.952,85 11.122.472,8 BN30 1550
29
6 6 1555/NPL14 3C 3
09/12 PR2
6
120.01
7
NPF Nr
1555/NPL14
13.154.097,5
8
12.056.760,4
6C
BN30
3
1551
09/12 PR2
6
120.01
8
NPF Nr
1555/NPL14
640.305,00 12.103.803,5
3C
BN30
3
1552
14/12 PR2
6
120.01
9
NPF Nr
1555/NPL14
5.000.000,00 11.122.472,8
3C
BN30
3
1764
14/12 PR2
6
120.02
0
NPF Nr
1555/NPL14
62.104,00 11.122.472,8
3C
BN30
3
1767
14/12 PR2
6
120.02
1
NPF Nr
1764/NPL14
1.948.050,00 10.122.472,8
3C
BN30
3
1768
14/12 PR2
6
120.02
2
NPF Nr
1764/NPL14
2.158.650,00 1.122.472,83
C
BN30
3
1769
14/12 PR2
6
120.02
3
NPF Nr
1764/NPL14
1.868.263,91 1.122.472,83
C
BN30
3
1771
14/12 PR2
6
120.02
4
NPF Nr
1764/NPL14
22.760,00 2.122.472,83
C
BN30
3
1778
14/12 PR2
6
120.02
5
NPF Nr
1764/NPL14
147.768,99 3.122.472,83
C
BN30
3
1834
27/12 PR2
6
120.02
6
NPF Nr
1764/NPL14
34.679.000,5
6
4.122.472,83
C
BN30
3
1846
27/12 PR2
6
120.02
7
NPF Nr
1764/NPL14
6.645.901,19 6.122.472,83
C
BN30
3
1779
31/12 F90 120.02
8
NPF Nr
1764/NPL14
160.00 5.122.472,83
C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.02
9
NPF Nr
1764/NPL14
1.550,00 7.122.472,83
C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
0
NPF Nr
1764/NPL14
600,00 90.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
1
NPF Nr
1764/NPL14
22.070,00 45.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
2
NPF Nr
1764/NPL14
7.250,00 89.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
3
NPF Nr
1764/NPL14
868.263,00 45.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
4
NPF Nr
1764/NPL14
68.263,09 11.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
5
NPF Nr
1764/NPL14
8.263,00 11.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
6
NPF Nr
1764/NPL14
868.003,00 11.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
7
NPF Nr
1764/NPL14
868.000,91 11.122.472,8
3C
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
8
NPF Nr
1764/NPL14
1.868.263,91 6.260.339,36
D
BN30
3
1211
31/12 F90 120.03
9
NPF Nr
1764/NPL14
8.263,91 5.260.339,36
D
BN30
3
1211
31/12 F90 120.04
0
NPF Nr
1764/NPL14
868.263,00 4.260.339,36
D
BN30
3
1211
30
31/12 F90 120.04
1
NPF Nr
1764/NPL14
945.654,00 6.260.339,36
D
BN30
3
1211
31/12 F90 120.04
2
NPF Nr
1764/NPL14
60.000,00 3.260.339,36
D
BN30
3
1211
31/12 F90 120.04
3
NPF Nr
1764/NPL14
198.000,00 2.260.339,36
D
BN30
3
1211
31/12 F90 120.04
4
Pacote
Indeterminado
58.427,65 1.260.339,36
D
BN30
3
1211
31/12 F90 120.04
5
Pacote
Indeterminado
3.700,00 5.260.339,36
D
BN30
3
45
31/12 F90 120.04
6
Pacote
Indeterminado
160.000,00 7.260.339,36
D
BN30
3
40
31/12 F90 120.04
7
Pacote
Indeterminado
41.369,66 9.260.339,36
D
BN30
3
43
31/12 F90 120.04
8
Pacote
Indeterminado
1.400,00 5.260.339,36
D
BN30
3
44
31/12 F90 120.04
9
Pacote
Indeterminado
7.810,00 1.260.339,36
D
BN30
3
1553
31/12 F90 120.05
0
Pacote
Indeterminado
125.312,60 2.260.339,36
D
BN30
3
1774
31/12 F90 120.06
2
Pacote
Indeterminado
105.750,00 6.260.339,36
D
BN30
3
1775
31/12 F90 120.06
2
Pacote
Indeterminado
3.350,00 4.260.339,36
D
BN30
3
1776
31/12 F90 120.06
2
Pacote
Indeterminado
2.589.213,35 6.260.309,06
D
BN30
3
1777
31/12 F90 120.06
2
Pacote
Indeterminado
7.287.650,38 2.260.199,00
D
BN30
3
1821
31/12 F90 120.06
2
Pacote
Indeterminado
6.039,06 6.260.239,06
D
BN30
3
1829
31/12 F90 120.06
2
TRPR1 Nr
1850/NPL14
13.000.000,0
0
2.260.130,86
D
BN30
3
1837
31/12 F90 120.06
2
TRPR1 Nr
1850/NPL14
17.000.000,0
0
9.260.139,56
D
BN30
3
1839
31/12 F90 120.06
2
TRPR1 Nr
1850/NPL14
8.500,000,00 7.260.139,76
D
BN30
3
1841
31/12 F90 120.06
2
TRPR1 Nr
1850/NPL14
17.500.000,0
0
6.260.339,36
D
BN30
3
1841
31/12 F90 120.02
4
BN303 Nr
1850/NPL14
968.400,00 5.260.739,46
D
BN30
3
1841
31/12 F90 120.02
5
NPF Nr
1850/NPL14
94.261,68 4.260.139,66
D
NPF 1841
31/12 F90 120.02
6
NPF Nr
1850/NPL14
1.004.242,36 3.260.136,06
D
NPF 1841
31/12 F90 120.02
7
NPF Nr
1850/NPL14
198.100,00 2.260.139,16
D
NPF 1841
31/12 F90 120.02
8
NPF Nr1850/NPL14 58.427,65 2.260.109,26
D
NPF 1841
31/12 F90 120.02 NPF Nr 1.668.513,60 1.260.179,76 NPF 1841
31
9 1850/NPL14 D
31/12 F90 120.03
0
NPF Nr
1850/NPL14
3.997.230,43 9.260.149,06
D
NPF 1841
31/12 F90 120.03
2
NPF Nr
1850/NPL14
1.535.457,20 8.260.139,00
D
NPF 1841
31/12 F90 120.06
0
NPF Nr
1850/NPL14
616.255,87 6.260.139,11
D
NPF 1841
31/12 F90 120.06
1
NPF Nr
1850/NPL14
58.427,65 7.260.139,56
D
NPF 1841
31/12 F90 120.06
2
NPF Nr
1850/NPL14
945.781,20 8.260.169,34
D
NPF 1841
31/12 F90 120.06
3
NPF Nr
1850/NPL14
2.888.830,77 4.260.139,56
D
NPF 1845
31/12 F90 120.06
4
NPF Nr
1850/NPL14
1.176.649,50 11.260.139,5
6D
NPF 1850
31/12 F90 120.04
0
NPF Nr
1850/NPL14
60.000,00 23.260.139,5
6D
NPF 1867
31/12 F90 120.04
1
BN303 Nr
1850/NPL14
3.750,00 26.260.139,5
6D
NPF 1554
31/12 F90 120.04
8
NPF Nr
1944/NPL14
13.008.163,8
9
3.283.573,43
D
NPF 1944
31/12 F90 120.04
9
BN104 Nr 6/NPL14 160.000,00 3.123.578,43
D
BN30
3
6
31/12 F90 120.05
0
BN104 Nr 7/NPL14 178.573,72 2.945.004,71
D
BN30
3
7
SBank C/ Nr
1131059811011
Total período
74.187.260,8
7
100.447.400,
43
26.260.139,5
6D
Total acumulado 694.990.671.
06
692.045.666,
35
2.945.004,71
D
Fonte: Adaptado pelo autor (2017) a partir do Livro de Controlo Bancário do CDN de
2014
Esta tabela demonstra os movimentos e/ou registos internos referentes ao controlo
bancário. Tem como objectivo controlar as entradas, saídas e apuramento de saldos
contabilísticos. A não existência deste livro de controlo bancário não é possível realizar-
se a reconciliação bancária e a empresa fica sujeita a vários riscos financeiros, que
podem motivar a falência da empresa, por se encontrar descontrolada.
32
4.4. Análise e Interpretação de Dados
Gráfico 1: A empresa está alistada nas BVM?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Como se pode ver pelo gráfico, a percentagem máxima de 80% indica que a empresa
CDN, ainda não está alistada nas Bolsas de Valores de Moçambique, segundo as
respostas dadas pelos colaboradores assim como o gerente geral de controlo e finanças,
Mcs. Riaz.
Gráfico 2: Números de Trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
De acordo com o gráfico acima, em termos de números de colaboradores do CDN
variam entre 250 a 500 trabalhadores, isto é, referentes às oportunidades que a empresa
dá de forma a ajudar a população onde a empresa está inserida.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
SIM
NÃO
Título do Eixo
TítulodoEixo
Alistada na BVM
Menos de 250 250 - 500 Mais de 500
Números de Trabalhadores 35% 60% 5%
0%
20%
40%
60%
80%
TítulodoEixo
Números de Trabalhadores
33
Gráfico 3: Qual é o lucro da Empresa (Valores em Milhões)?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
No que tange aos lucros da empresa, os representantes do CDN não puderam dar a
informação como se pode ver pelo gráfico – Não se Aplica (N/A), mas segundo
algumas fontes dadas pelos trabalhadores o lucro da empresa varia entre 500 a 1000
milhões de meticais.
Gráfico 4: Qual é o ganho da Empresa (Valores em Milhões)?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Quanto aos ganhos da empresa, não ficou tão claro, como se disse anteriormente que os
chefes do topo não puderam dar a informação sobre os ganhos em valores de milhões,
segundo eles, N/A ou seja esse tipo de informações só pode ser dado a nível central.
Menos de
500
500 - 1,275
Mais de
1,275
N/A
Lucro da Empresa 20% 10% 10% 60%
0%
20%
40%
60%
80%
TítulodoEixo
Lucro da Empresa
Menos de
500
500 - 1,275
Mais de
1,275
N/A
Ganhos do CDN - Valores
em Milhões
30% 15% 5% 50%
0%
20%
40%
60%
TítulodoEixo
Ganhos do CDN - Valores em Milhões
34
Gráfico 5: Perfil dos Entrevistados na População de Estudo
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
O estudo, como foi anteriormente referido, teve como alvo a uma empresa
moçambicana localizada na Província de Nampula, designada por CDN – Corredor de
Desenvolvimento do Norte.
No CDN, foram recolhidos dados primários e secundários, através da entrevista e
análise documental, respectivamente. Para o efeito, a entrevista foi dirigida aos
colaboradores das áreas de gestão financeira e de contabilidade e finanças. O
responsável pela área de gestão financeira tem formação superior nesta área e uma
certificação internacional em Contabilidade enquanto os gestores pela administração e
finanças, embora com formação superior em economia e gestão, têm uma formação
técnico médio profissional em Contabilidade e trabalham nesta área há mais de 10 anos.
Tabela 5: Exemplo de Extracto Bancário do CDN
DATA VALOR REFERENCIA DEBITO CREDITO SALDO
Saldo em 01 de Julho de 2014 15.642.122,36
19-12-
2014
19-12-2014 FT1435302320/N01 277,90 15.641.844,46
19-12-
2014
19-12-2014 FT1435302320/N01 314,90 15.327.535,66
19-12-
2014
19-12-2014 FT1435302320/N01 8.500.000,00 23.827.535,66
19-12-
2014
19-12-2014 TT1435303198/N01 160.000,00 23.667.535,66
Contabilida
de
Gestão
Financeira
Produção
Direcção
Geral
Estudos e
projectos
Aprovisiona
mento
Sector de actividade dos
entrevistados
20% 30% 10% 10% 10% 20%
0%
10%
20%
30%
40%
TítulodoEixo
Sector de actividade dos entrevistados
35
22-12-
2014
22-12-2014 FT1435302320/N01 277,90 23.667.535,66
22-12-
2014
22-12-2014 FT1435302320/N01 1.668.513,60 21.998.744,16
22-12-
2014
22-12-2014 TT1435303198/N01 277,90 21.998.744,16
22-12-
2014
22-12-2014 FT1435302320/N01 3.997.230,43 18.001.235,83
24-12-
2014
09-12-2014 TT1435303198/N01 640.305,00 17.360.930,83
24-12-
2014
09-12-2014 FT1435302320/N01 13.154.097,58 4.206.833,25
Saldo em 01 de Julho de 2014 4.206.833,25
30-12-
2014
30-12-2014 TT1435303198/N01 13.000.000,00 17.206.833,25
30-12-
2014
30-12-2014 CD1436400568/N01 13.008.168,89 4.198.669,36
31-12-
2014
01-01-2015 1131059811011.MTD 4.197.930,16
Saldo em 31-12-2014 4.197.930,16
Fonte: Adaptado pelo autor (2017) a partir de relatórios do CDN de 2014
A tabela 7 apresenta um Exemplo de Extracto Bancário do CDN, onde se encontram
reportados todos os movimentos de entradas, saídas e respectivo saldo bancário
disponível em 31 de Dezembro de 2014. É documento emitido pelo banco e espelha
toda situação financeira duma empresa. Este joga com o livro de controlo bancário da
empresa. Na ausência de um deles (livro de controlo bancário e extracto bancário)
vejamos os transtornos: não haverá confrontação de saldos; não é possível identificar as
pendências e finalmente, não se faz a reconciliação bancária.
36
Tabela 6: Entendimento acerca do controlo interno do CDN
No
Questionário de Controlo Interno do CDN Respostas
Questões Concordo Discordo
1 Existe auditoria interna, funcionando com efectividade. 6 60% 4 40%
2
Na empresa são utilizados relatórios para a direcção
acompanhar a evolução dos saldos da empresa.
7 70% 3 30%
3
Há análises que permitem a direcção detectar transacções
anormais.
6 60% 4 40%
4
Os extractos são assinados por uma pessoa competente do
banco.
7 70% 3 30%
5 A contabilidade tem livro de controlo bancário. 8 80% 2 20%
6 O período de reconciliação bancária é mensal. 6 60% 4 40%
7 O extracto bancário solicita-se mensalmente. 6 60% 4 40%
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Nesta tabela estão expostas algumas afirmações apresentadas aos colaboradores do
CDN para confirmação ou refutação, segundo o conhecimento de cada um.
Nas questões arroladas na tabela 6, as respostas positivas ganham um ponto alto em
relação as negativas. Quer dizer, da questão 1 a 7 as positivas estão em número de 6, 7,
6, 7, 8, 6 e 6, correspondentes a 60%, 70%, 60%, 70%, 80%, 60% e 60%,
respectivamente, contra 4, 3, 4, 3, 2, 4 e 4, correspondentes a 40%, 30%, 40%, 30%,
20%, 40% e 40%, respectivamente.
Gráfico 6: A empresa aplica a amostragem nos trabalhos referentes a auditoria?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Como se pode ver pelo gráfico quanto a amostragem nos trabalhos de auditoria,
percebe-se que há tanta aplicação, porque nada adianta quando se quer se fazer
70%
30%
SIM
NÃO
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
37
trabalhos de auditoria, não se usar a amostragem com o objectivo de ver qual será a
margem de erro provável para se poder analisar claramente e tomar decisões objectivas.
Gráfico 7: Quais são os softwares usados na reconciliação bancária?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Relativamente aos softwares usados na reconciliação bancária, na verdade ficou muito
difícil para obter as respostas no momento de entrevista aos funcionários. Segundo eles
os softwares que foram citados acima, são muito importantes mas difícil de manejar, dai
que precisa de capacitar alguns colaboradores para o seu uso devido. Mas 50% dos
funcionários disseram que a Microsoft Excel tem sido um dos softwares muito
exaustivo no apuramento de resultado de contabilidade assim como para a reconciliação
bancária entre vários fins.
Gráfico 8: Elaboração de trabalho nas entidades auditadas
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Quanto a elaboração de programas de trabalhos de auditoria às entidades, isso tem sido
feito constantemente, por isso, a percentagem máxima foi de 60% dos que responderam
15%
10%
50%
25%
Acess
ACL
Microsoft Excel
IDEA
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%
Software usado na reconciliação bancária
60%
40%
SIM
NÃO
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Elaboração de programas de trabalho nas entidades
auditadas
38
positivamente, mas por outro lado, outros funcionários se mostraram indecisos nas suas
respostas pautadas a esta pergunta, por isso concluíram que não existe.
Gráfico 9: Quais são os testes utilizados no CDN?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
O gráfico 9 apresenta a percentagem máxima de 70% e a mínima de 10%. Portanto, sete
(7) colaboradores responderam que o teste mais utilizado pela empresa CDN para o
controlo bancário é a reconciliação bancária. Quanto aos testes que são realizados no
Corredor de Desenvolvimento do Norte ficou por se concluir que a reconciliação
bancária tem sido um dos testes mais importantes naquela empresa, comparativamente
ao da conferência de cálculos, que são feitos no programa ou seja no software de Excel,
assim como ao da confirmação externa. Assim, 10% dos funcionários alegaram que, um
dos testes usados usualmente no CDN tem sido o exame e contagem física.
Gráfico 10: Como classifica o software usado para a reconciliação bancária?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
10%
10%
70%
10%
Exame e contagem física
Confirmaçãoexterna
Reconciliação
Conferênciade cálculos
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
Testes utilizados pela empresa
15%
10%
40%
35%
Mau
Satisfatório
Muito Bom
Bom
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%
Classificação do software usado para a reconciliação bancária
39
Na classificação de software usado na reconciliação bancária no CDN o Microsoft
Excel foi considerado como o melhor e nas respostas, segundo o gráfico, está avaliado
em muito bom, com 40% dentre as demais ferramentas que tem sido usadas para o
mesmo fim.
Gráfico 11: Qual é o período de realização da Reconciliação bancária no CDN?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
Como se pode ver pelo gráfico 11, fica mais fácil perceber o período de realização da
reconciliação bancária no Corredor de Desenvolvimento do Norte. Segundo as respostas
dadas pelos colaboradores, seis (6) correspondentes a 60% afirmaram que é feita
mensalmente para não deixar passar muito tempo e com risco de haver muita
complicação quando se pretende fazer a reconciliação bancária. Mas por outro lado,
quatro (4), correspondente a 40% deram respostas diferentes, segundo amostra o
gráfico, no qual dois (2) disseram que é feita anualmente, um (1) semestralmente e um
(1) trimestralmente. Contudo, segundo os relatórios dados conclui-se que é feita
mensalmente.
Gráfico 12: Qual é o período de solicitação do extracto bancário no CDN?
Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
60%
10%
10%
20%
Mensal
Trimestral
Semestral
Annual
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Período de realização de Reconciliação bancária
10%
60%
10%
20%
Semanal
Trimestral
0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70%
Período de solicitação do extracto bancário
40
A solicitação de extracto bancário tem sido solicitado mensalmente, conforme o
ilustrado no gráfico 12, onde seis (6) colaboradores correspondentes a 60% afirmaram
que a solicitação do extracto bancário é mensal enquanto os quatro (4) restantes deram
respostas diferentes. Na realização da reconciliação obedece algumas normas para a sua
execução, razão pela qual os revisores oficiais de contabilidade quando pretendem fazer
algo, eles solicitam os extractos do banco assim como da empresa para poderem
comparar e assim tomar as suas decisões para andamento da empresa.
4.5.Validação de Hipóteses
São validadas as hipóteses formuladas, para aprovação ou rejeição, de acordo com as
respostas das questões arroladas no questionário.
Foi adoptado o critério segundo o qual e em conformidade com as respostas dadas pelos
inquiridos, se a percentagem do indicador for abaixo de 50%, rejeita-se a hipótese, caso
contrário, a hipótese fica aprovada.
Hipótese 1: A reconciliação bancária apresenta uma situação financeira realista da
empresa, extremamente necessária para que várias decisões importantes sejam
tomadas. Fica aprovada, de acordo com os resultados respondidas positivamente no
momento do questionário com uma percentagem de 60%. Por tanto este método
consiste na comparação entre o saldo de uma conta bancária e todas as informações
externas à contabilidade, no caso, os extractos bancários e é uma maneira de garantir a
exactidão de um saldo que foi apurado internamente, em determinado período.
E dizer que, apesar de ser uma actividade extremamente importante dentro de qualquer
organização, principalmente para os sectores contabilísticos e financeiro. Por conta
disso, corre-se o risco de perder o controlo do capital disponível para o
desenvolvimento de suas actividades diárias ou, ainda, para o cumprimento de
obrigações, como empréstimos, financiamentos bancários e parcelamentos com
fornecedores.
41
Hipótese 2: Por meio de uma reconciliação bancária é possível ter uma melhor
previsão do fluxo de caixa e fazer um planeamento orçamentário mais efectivo. Fica
aprovada, de acordo com os resultados respondidas positivamente no momento do
questionário com uma percentagem de 60%, mostrando que é através dela que se pode
identificar algum débito indevido na conta corrente.
Pode ser uma tarifa indevida ou um débito automático não autorizado, portanto evita-se
também o pagamento de multas por atraso no cumprimento de compromissos
financeiros, dai que é possível descobrir que fazer o fluxo de caixa se tornará bem mais
simples com a reconciliação bancária pronta e actualizada.
No capítulo a seguir estão apresentadas a conclusão e sugestões referentes ao presente
trabalho de pesquisa.
42
CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES
No presente capítulo estão apresentados a conclusão e sugestões que emergiram
aquando da apresentação, análise e interpretação de dados desta pesquisa.
5.1. Conclusões
Concluído o trabalho de pesquisa, fica evidente que o controlo financeiro de uma
empresa é muito importante para que tudo funcione correctamente e ela não arque com
erros e prejuízos. Quando a gestão não acontece de forma eficiente numa organização,
pode causar até a sua falência.
 Dai que, o saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da Demonstração do
Resultado do Exercício pode estar errado para mais (+) ou para menos (-).
Devido a este risco, todas as contas da contabilidade devem ser testadas para
mais (+) e para subavaliação (-). A experiência tem demonstrado que é mais
fácil dirigir os testes principais de subavaliação para as contas devedoras
(normalmente, as contas do activo e despesa) e os de subavaliação para as contas
credoras (geralmente contas de passivo e receitas). Devido ao facto de as
transacções na contabilidade serem registadas pelo sistema de partidas dobradas,
quando se testam as contas devedoras para subavaliação, as contas credoras
também estão sendo testadas indirectamente nesta mesma direcção.
 Da mesma forma quando se testam as contas credoras para subavaliação, as
contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direcção.
Por exemplo, por ocasião da auditoria da conta credora de fornecedores a pagar
(testada para subavaliação), o auditor descobre que uma factura de compra de
matéria-prima não foi registada na contabilidade; consequentemente, as contas
de fornecedores a pagar e matéria-prima (conta devedora classificada no grupo
de stock do Activo Circulante) estão subavaliadas.
 Ao realizar os lançamentos deve-se ter em conta que nem todas as despesas do
extracto devem ser lançadas em Despesas Bancárias pois existem outras
despesas que aparecem nos extractos como IOF e juros que devem ser
contabilizadas como tal. Embora estas também sejam despesas, não poderão ser
incluídas no mesmo grupo de despesas, sendo estas lançadas em Despesas com
IOF e Despesas com Juros respectivamente.
43
5.2. Sugestões
Relativamente ao assunto tratado nesta pesquisa, sobre Reconciliação Bancária, sugere-
se que as empresas:
 Registem diariamente todas as entradas e saídas das contas do banco, não se
esquecendo dos juros e tarifas. Tal prestação de contas deve ser feita de forma
organizada e detalhada;
 Controlem diariamente todas as movimentações de entradas e saídas financeiras,
informando todas as contas bancárias envolvidas;
 Confiram os saldos (inicial e final) do controlo interno e os saldos no extracto
bancário se batem;
 Vejam se todos os lançamentos do extracto bancário estão sendo feitos na data
correcta e com os valores correctos no controlo financeiro da empresa;
 Verifiquem as divergências de valores ou a falta dos mesmos, procurando saber
aonde isto ocorreu. Para em seguida, corrigir as diferenças no controlo interno,
para que todos os lançamentos estejam reflectidos e o saldo esteja idêntico.
44
Referência bibliográfica
ARAÚJO, A. M. P.& ASSAF, A. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Editora
Atlas, 2004.
NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do Capital de
Giro. 2ª Edição. São Paulo: Atlas, 1997.
Atlas, S. A., 2003.
BORGES, A. at al. Elementos de Contabilidade Geral. 25ª Ed. Lisboa: Áreas Editora,
2010.
BRIGHAM, E. F & EHRHARDT, M. C. Administração Financeira: Teoria e Prática.
São
Paulo: Lengage, 2010.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6ª ed., Rio de
Janeiro,
2000.
COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC
03.
CREPALDI, Sílvio Aparecido. Contabilidade Gerência: teoria e prática. São Paulo:
Atlas,
1998.
DA COSTA, C.B & ALVES, G. C. Contabilidade Financeira. Lisboa: 8ª Ed. Editora
Rei dos
Livros, 2013.
DA COSTA, C.B & ALVES, G. C. Contabilidade Financeira. Lisboa: 7ª Ed. Editora
Rei dos
Livros, 2008.
DA SILVA, E. L. & MENEZES, M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de
Dissertação.
Florianópolis: 4ª Ed. Actual., UFSC, 2005.
IUDÍCIBUS, S. de et al. Dicionário de Termos de Contabilidade. 2ª Ed. São Paulo:
Editora
Atlas, S.A. 2003
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerência. 6ª Edição. São Paulo: Atlas, 1998.
DRUCKER, Peter Ademar: Administrando para o futuro. São Paulo: pioneira, 1992.
45
FLICK, U. Métodos Qualitativos na Investigação Científica. 1ª Ed. Lisboa: Monitor,
Projectos
e Edições, Lda, 2005.
GARCIAS, Neves, ARISTIDES, Francisco. Controlo Interno: Inibidor de erros. Revista
Pensar
Contável. n 2ª . Rio de Janeiro: 1998.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 12a Ed. São Paulo: Pearson
Prentice
Hall, 2010.
GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10a
Ed. São Paulo: Pearson
Addison
Wesley, 2004.
LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Técnicas de Pesquisa.7ª Ed. São Paulo: Atlas,
2010.
LUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdução à Ciência da
Contabilidade. 3ª.
Edição-São Paulo : Atlas, 2002.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 1998.
MORAIS, Georgina; MARTINS, Isabel. In Auditoria Interna, Funções e Processo, 2.ª
edição, Áreas Editora, 2003.
NEVES, da Silvério e VICENCONTI, E.V. Paulo. Contabilidade Avançada. São Paulo:
Editora Frase Lda., 1998.
OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. Métodos e Técnicas de Pesquisa em
Contabilidade. São
Paulo: Saraiva, 2003.
PADOVEZE, Clóvis Luiz. Sistemas de Informações Contáveis. São Paulo: Atlas, 1988.
PALE, António Luís. “O Tribunal Administrativo à Luz da Lei n.º 5/92, de 6 de Maio,
Maputo, Dezembro, 1997.
SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade, 4º edição, São Paulo, Atlas, 2002.
SHMIDT, Paulo. História do Pensamento Contábil, Bookman, 2000.
46
APÊNDICES
47
BOM DIA/ BOA TARDE!
Tal como foi inicialmente comunicado, esta constitui um instrumento de uma pesquisa a
ser remetida a comissão julgadora da Universidade pedagógica que tem como objectivo
de apresentar aos proprietários das empresas assim como os credores e investidores
como se encontra a posição financeira da empresa e tendo em conta a visão geral e
especifica dos documentos contabilísticos e visa responder às seguintes perguntas:
1.O que é reconciliação bancária
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
2.A empresa esta lista nas bolsas de valores de Moçambique?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
3.As DF‟s usadas na CDN para tomada de decisões são: (DFC, DRE, Balanço e
Alteração de capital).
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
5.O processo de interligação das informações das DF‟s, utilizado pelos administradores
na tomada de decisões financeiras é usado de forma prudente e eficaz.
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
6.Quais são os princípios para elaboração da reconciliação bancária?
______________________________________________________________________
7.Como se faz a reconciliação bancária na CDN?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
8.Qual é a importância dos registos financeiros na tomada de decisões financeiras?
48
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
9.Como Funciona a reconciliação bancária na CDN?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
10.Qual é o melhor demonstrativo financeiro para a tomada de decisões financeiras?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
11.Como é que os administradores podem utilizar as informações das DF‟s de forma
conjunta para auxiliar as suas decisões?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
12.Qual é o objectivo da reconciliação bancária?
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
13.Qual é o período que se faz a reconciliação bancária na CDN?
[ ] Diário
[ ] Mensal
[ ] Semestral
[ ] Trimestral
[ ] Anual
14.Qual é o período solicitado o extracto bancário?
[ ] Mensal
[ ] Semestral
[ ] Trimestral
[ ] Anual
Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira
Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira
Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira
Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira
Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Conceito de empresas e tipos de sociedade comerciais
Conceito de empresas e tipos de sociedade comerciaisConceito de empresas e tipos de sociedade comerciais
Conceito de empresas e tipos de sociedade comerciaisUniversidade Pedagogica
 
Apostila introdução à contabilidade i
Apostila introdução à contabilidade iApostila introdução à contabilidade i
Apostila introdução à contabilidade iReila Márcia Rezende
 
Contabilidade internacional, normalização e harmonização contabilística
Contabilidade internacional, normalização e harmonização contabilísticaContabilidade internacional, normalização e harmonização contabilística
Contabilidade internacional, normalização e harmonização contabilísticaUniversidade Pedagogica
 
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - GabaritosExercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - GabaritosGJ MARKETING DIGITAL
 
O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)
O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)
O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)Universidade Pedagogica
 
Técnicas E Procedimentos De Auditoria
Técnicas E Procedimentos De AuditoriaTécnicas E Procedimentos De Auditoria
Técnicas E Procedimentos De AuditoriaMarlon de Freitas
 
Contabilidade basica
Contabilidade basicaContabilidade basica
Contabilidade basicajfsead
 
Manual de formação ege snc - módulo 6214
Manual de formação ege   snc - módulo 6214Manual de formação ege   snc - módulo 6214
Manual de formação ege snc - módulo 6214Pedagogy
 
Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]mimififi
 
Aula 1 - Perícia Contábil
Aula 1 - Perícia ContábilAula 1 - Perícia Contábil
Aula 1 - Perícia ContábilSouza Neto
 
PPT FINAL UFCD 6216.pptx
PPT FINAL UFCD 6216.pptxPPT FINAL UFCD 6216.pptx
PPT FINAL UFCD 6216.pptxCarinaReis23
 
Organização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdfOrganização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdfAmélia Martins
 
SEJARAH PERKEMBANGAN AKUNTANSI
SEJARAH PERKEMBANGAN  AKUNTANSISEJARAH PERKEMBANGAN  AKUNTANSI
SEJARAH PERKEMBANGAN AKUNTANSIdoniefendi
 
Nivel de crescimento economico das pme's - Monografia
Nivel de crescimento economico das pme's - MonografiaNivel de crescimento economico das pme's - Monografia
Nivel de crescimento economico das pme's - MonografiaUniversidade Pedagogica
 

Mais procurados (20)

Conceito de empresas e tipos de sociedade comerciais
Conceito de empresas e tipos de sociedade comerciaisConceito de empresas e tipos de sociedade comerciais
Conceito de empresas e tipos de sociedade comerciais
 
Apostila introdução à contabilidade i
Apostila introdução à contabilidade iApostila introdução à contabilidade i
Apostila introdução à contabilidade i
 
Contabilidade internacional, normalização e harmonização contabilística
Contabilidade internacional, normalização e harmonização contabilísticaContabilidade internacional, normalização e harmonização contabilística
Contabilidade internacional, normalização e harmonização contabilística
 
Activos tangíveis ncrf 13
Activos tangíveis  ncrf 13Activos tangíveis  ncrf 13
Activos tangíveis ncrf 13
 
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - GabaritosExercícios de Auditoria - Gabaritos
Exercícios de Auditoria - Gabaritos
 
O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)
O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)
O estado (operações contabilísticas no apuramento do iva)
 
Técnicas E Procedimentos De Auditoria
Técnicas E Procedimentos De AuditoriaTécnicas E Procedimentos De Auditoria
Técnicas E Procedimentos De Auditoria
 
TIR, VAL, PAYBACK
TIR, VAL, PAYBACKTIR, VAL, PAYBACK
TIR, VAL, PAYBACK
 
Contabilidade basica
Contabilidade basicaContabilidade basica
Contabilidade basica
 
Manual de formação ege snc - módulo 6214
Manual de formação ege   snc - módulo 6214Manual de formação ege   snc - módulo 6214
Manual de formação ege snc - módulo 6214
 
Sistema financeiro Moçambicano
Sistema financeiro MoçambicanoSistema financeiro Moçambicano
Sistema financeiro Moçambicano
 
PGC - NIRF
PGC - NIRFPGC - NIRF
PGC - NIRF
 
Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]Sebenta tp[1]
Sebenta tp[1]
 
Aula 1 - Perícia Contábil
Aula 1 - Perícia ContábilAula 1 - Perícia Contábil
Aula 1 - Perícia Contábil
 
Av2 contabilidade básica
Av2 contabilidade básicaAv2 contabilidade básica
Av2 contabilidade básica
 
PPT FINAL UFCD 6216.pptx
PPT FINAL UFCD 6216.pptxPPT FINAL UFCD 6216.pptx
PPT FINAL UFCD 6216.pptx
 
Organização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdfOrganização formal do SNC .pdf
Organização formal do SNC .pdf
 
SEJARAH PERKEMBANGAN AKUNTANSI
SEJARAH PERKEMBANGAN  AKUNTANSISEJARAH PERKEMBANGAN  AKUNTANSI
SEJARAH PERKEMBANGAN AKUNTANSI
 
Nivel de crescimento economico das pme's - Monografia
Nivel de crescimento economico das pme's - MonografiaNivel de crescimento economico das pme's - Monografia
Nivel de crescimento economico das pme's - Monografia
 
Procedimentos analiticos de auditoria
Procedimentos analiticos de auditoriaProcedimentos analiticos de auditoria
Procedimentos analiticos de auditoria
 

Semelhante a Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira

O papel das empresas no âmbito da responsabilidade social
O papel das empresas no âmbito da responsabilidade socialO papel das empresas no âmbito da responsabilidade social
O papel das empresas no âmbito da responsabilidade socialUniversidade Pedagogica
 
Monografia 2017 o impacto da liderança no desempenho das organizações
Monografia 2017  o impacto da liderança no desempenho das organizaçõesMonografia 2017  o impacto da liderança no desempenho das organizações
Monografia 2017 o impacto da liderança no desempenho das organizaçõesUniversidade Pedagogica
 
Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito
Demonstrações financeiras como base para concessão de créditoDemonstrações financeiras como base para concessão de crédito
Demonstrações financeiras como base para concessão de créditoUniversidade Pedagogica
 
Monografia contabilização de contrato de construção
Monografia   contabilização de contrato de construçãoMonografia   contabilização de contrato de construção
Monografia contabilização de contrato de construçãoUniversidade Pedagogica
 
Dissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdf
Dissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdfDissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdf
Dissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdfFabrcioFernandes22
 
A contabilizacao e controlo das despesas publicas
A contabilizacao e controlo das despesas publicasA contabilizacao e controlo das despesas publicas
A contabilizacao e controlo das despesas publicasUniversidade Pedagogica
 
Plano de negócios
Plano de negóciosPlano de negócios
Plano de negóciosluizcln
 
E-Book Plano de Negócios para Empresas na Internet
E-Book Plano de Negócios para Empresas na InternetE-Book Plano de Negócios para Empresas na Internet
E-Book Plano de Negócios para Empresas na InternetInstituto Desenvolve T.I
 
Plano De Negócios Para Empresas Na Internet
Plano De Negócios Para Empresas Na InternetPlano De Negócios Para Empresas Na Internet
Plano De Negócios Para Empresas Na InternetLuiz Piovesana
 
Análise da evolução das receitas e despesas públicas estudo de caso conselh...
Análise da evolução das receitas e despesas públicas   estudo de caso conselh...Análise da evolução das receitas e despesas públicas   estudo de caso conselh...
Análise da evolução das receitas e despesas públicas estudo de caso conselh...Universidade Pedagogica
 
Administracao financeira e orcamentaria ii
Administracao financeira e orcamentaria iiAdministracao financeira e orcamentaria ii
Administracao financeira e orcamentaria iizeramento contabil
 
Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1Moisesaw07
 
Relatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdf
Relatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdfRelatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdf
Relatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdfJonas899232
 
Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...
Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...
Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...Universidade Pedagogica
 
NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.
NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.
NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.Profe Raul
 
Fipecafi port net
Fipecafi port netFipecafi port net
Fipecafi port netMenanes
 
O impacto da liderança no desempenho das organizações
O impacto da liderança no desempenho das organizaçõesO impacto da liderança no desempenho das organizações
O impacto da liderança no desempenho das organizaçõesUniversidade Pedagogica
 
Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...
Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...
Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...Universidade Pedagogica
 

Semelhante a Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira (20)

O papel das empresas no âmbito da responsabilidade social
O papel das empresas no âmbito da responsabilidade socialO papel das empresas no âmbito da responsabilidade social
O papel das empresas no âmbito da responsabilidade social
 
Monografia 2017 o impacto da liderança no desempenho das organizações
Monografia 2017  o impacto da liderança no desempenho das organizaçõesMonografia 2017  o impacto da liderança no desempenho das organizações
Monografia 2017 o impacto da liderança no desempenho das organizações
 
Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito
Demonstrações financeiras como base para concessão de créditoDemonstrações financeiras como base para concessão de crédito
Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito
 
Monografia contabilização de contrato de construção
Monografia   contabilização de contrato de construçãoMonografia   contabilização de contrato de construção
Monografia contabilização de contrato de construção
 
Dissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdf
Dissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdfDissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdf
Dissertação - Alessandro Andreatini Neto - 2015.pdf
 
A contabilizacao e controlo das despesas publicas
A contabilizacao e controlo das despesas publicasA contabilizacao e controlo das despesas publicas
A contabilizacao e controlo das despesas publicas
 
Plano de negócios
Plano de negóciosPlano de negócios
Plano de negócios
 
Abc bplan
Abc bplanAbc bplan
Abc bplan
 
E-Book Plano de Negócios para Empresas na Internet
E-Book Plano de Negócios para Empresas na InternetE-Book Plano de Negócios para Empresas na Internet
E-Book Plano de Negócios para Empresas na Internet
 
Plano De Negócios Para Empresas Na Internet
Plano De Negócios Para Empresas Na InternetPlano De Negócios Para Empresas Na Internet
Plano De Negócios Para Empresas Na Internet
 
Análise da evolução das receitas e despesas públicas estudo de caso conselh...
Análise da evolução das receitas e despesas públicas   estudo de caso conselh...Análise da evolução das receitas e despesas públicas   estudo de caso conselh...
Análise da evolução das receitas e despesas públicas estudo de caso conselh...
 
Manual fundef
Manual fundefManual fundef
Manual fundef
 
Administracao financeira e orcamentaria ii
Administracao financeira e orcamentaria iiAdministracao financeira e orcamentaria ii
Administracao financeira e orcamentaria ii
 
Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1Manual caged 2010_versao_aci10-1
Manual caged 2010_versao_aci10-1
 
Relatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdf
Relatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdfRelatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdf
Relatorio Inicial - MoviWorld-VFF.pdf
 
Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...
Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...
Análise da qualidade de serviços prestados na administração pública no âmbito...
 
NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.
NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.
NBCAS - Normas Brasileira de Contabilidade aplicadas ao setor público.
 
Fipecafi port net
Fipecafi port netFipecafi port net
Fipecafi port net
 
O impacto da liderança no desempenho das organizações
O impacto da liderança no desempenho das organizaçõesO impacto da liderança no desempenho das organizações
O impacto da liderança no desempenho das organizações
 
Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...
Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...
Fluxo de caixa como instrumento no processo de tomada de decisão nas pequenas...
 

Mais de Universidade Pedagogica

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Universidade Pedagogica
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Universidade Pedagogica
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Universidade Pedagogica
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxUniversidade Pedagogica
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxUniversidade Pedagogica
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxUniversidade Pedagogica
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Universidade Pedagogica
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdfUniversidade Pedagogica
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfUniversidade Pedagogica
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfUniversidade Pedagogica
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxUniversidade Pedagogica
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docxUniversidade Pedagogica
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxUniversidade Pedagogica
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoUniversidade Pedagogica
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Universidade Pedagogica
 

Mais de Universidade Pedagogica (20)

Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
Gestão de Pessoas na Administração Pública Uma Análise das Práticas de Gestão...
 
Sistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docxSistema respiratório humano.docx
Sistema respiratório humano.docx
 
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
Importancia Da Gestao Participativa Como Pressuposto Para o Desenvolvimento D...
 
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
Importncia da gestao participativa como pressuposto para o desenvolvimento da...
 
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docxGestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
Gestao e Governacao Participativa Caso de Municipio Da Cidade de Pemba.docx
 
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docxPresenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
Presenca do estado nas autarquias Mocambicanas...docx
 
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docxPresenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
Presenca Do Estado Nas Autarquias Mocambicanas.docx
 
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
Autarquias Locais Em Mocambique Um Olhar Sobre Sua Autonomia e Tutela Adminis...
 
Gestao participativa.docx
Gestao participativa.docxGestao participativa.docx
Gestao participativa.docx
 
Individual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdfIndividual Evaluation Assessment.pdf
Individual Evaluation Assessment.pdf
 
Individual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docxIndividual Evaluation Assessment.docx
Individual Evaluation Assessment.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdfDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.pdf
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdfImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.pdf
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdfAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).pdf
 
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docxImportância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
Importância das Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação.docx
 
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docxDesafios da sociologia geral em tempos de  isolamento social em Moçambique.docx
Desafios da sociologia geral em tempos de isolamento social em Moçambique.docx
 
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docxAs Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
As Formas de tratamento no Português (Nominais, Pronominais e verbais).docx
 
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechadoHorticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
Horticultura de alface num ambiente controlado ou fechado
 
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
Tipos de relações nos projectos de desenvolvimento local (filantrópica, trans...
 
Teorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leituraTeorias de desenvolvimento da leitura
Teorias de desenvolvimento da leitura
 

Importância da reconciliação bancária como método de integração financeira

  • 1. 1 Sérgio Alfredo Macore Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira: Caso do Corredor de Desenvolvimento do Norte 2013 - 2015 (Licenciatura em Gestão de Empresas com Habilitações em Gestão Financeira) Universidade pedagógica Nampula 2017
  • 2. i Sérgio Alfredo Macore Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira: Caso do Corredor de Desenvolvimento do Norte 2013 – 2015 Monografia a ser apresentada no Departamento da ESCOG, como requisito Para a obtenção do grau de licenciatura em Gestão de empresas com habilitações em Gestão financeira. Supervisor: Msc. Universidade pedagógica Nampula 2017
  • 3. ii ÍNDICE LISTA DE TABELAS ..................................................................................................v LISTA DE GRAFICOS ...............................................................................................vi LISTA DE FIGURAS.................................................................................................vii LISTA DE ABREVIATURAS...................................................................................viii DECLARAÇÃO..........................................................................................................ix DEDICATORIA...........................................................................................................x AGRADECIMENTOS.................................................................................................xi RESUMO ...................................................................................................................xii CAPITULO I – INTRODUÇÃO...................................................................................1 1.1.Introdução ...........................................................................................................1 1.2.Objectivos do trabalho .........................................................................................2 1.2.1.Objectivo Geral.............................................................................................2 1.2.2.Objectivos Específicos ..................................................................................2 1.3. Justificativa ........................................................................................................2 1.4. Definição do Problema .......................................................................................3 1.5. Hipóteses de Estudo............................................................................................3 1.5.1.Hipótese básica .............................................................................................3 1.6. Delimitação do Estudo........................................................................................4 1.7.Estrutura do trabalho............................................................................................4 CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA............................................................5 2.1. Introdução ..........................................................................................................5 2.2. A Origem da Contabilidade ................................................................................5 2.2.1. Da Arte da Inscrição para a Técnica dos Registos.........................................6 2.2.2. O Desenvolvimento da Contabilidade como Ramo do Conhecimento...........6 2.2.3. A Contabilidade no Mundo Antigo...............................................................6 2.2.4. A Contabilidade na Era da Sistematização....................................................7 2.2.5. A Contabilidade na Era da Literatura............................................................8 2.2.6. A Contabilidade na Era Científica ................................................................9 2.2.7. Cenário Actual e Futuro da Contabilidade .................................................. 10 2.3. Controlo Interno ............................................................................................... 10 2.3.1. Conceito de Controlo Interno .....................................................................10 2.3.2. Auditoria Interna vs Controlo Interno......................................................... 11 2.3.3.Tipos de Controlo Interno............................................................................ 11
  • 4. iii 2.3.4. A importância do Controlo Interno............................................................. 11 2.3.5. Objectivos do Controlo Interno ..................................................................12 2.3.6. Relação entre o Controlo Interno e o Controlo Externo............................... 12 2.4. Reconciliação Bancária..................................................................................... 12 2.4.1. Condição para Reconciliação Bancária....................................................... 13 2.4.1.1. Confirmações .......................................................................................... 13 2.4.2. Aspectos Gerais da Reconciliação Bancária................................................ 14 2.4.3. Reconciliações Bancárias: A Importância da Verificação Diária................. 16 2.4.4.Vantagens da Reconciliação Bancária ......................................................... 16 2.4.5. Princípios Fundamentais ............................................................................ 17 2.4.6. Procedimentos de Reconciliação Bancária.................................................. 19 CAPÍTULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA ................................................. 20 3.1. Introdução ........................................................................................................20 3.2. Desenho da Pesquisa......................................................................................... 20 3.3. Método de Abordagem da Pesquisa ..................................................................20 3.4. A Pesquisa quanto ao Objectivo........................................................................20 3.4.1. Procedimento Técnico da Pesquisa............................................................. 21 3.5. Definição da População de Estudo ....................................................................21 3.5.1. Universo.....................................................................................................21 3.5.2. Amostra .....................................................................................................21 3.6. Método de Colecta de Dados ............................................................................ 21 3.6.1. Dados Primários......................................................................................... 21 3.6.2. Dados Secundários..................................................................................... 22 CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS ...................................................................................................................................23 4.1. Breve Historial do Corredor de Desenvolvimento do Norte............................... 23 4.2. Objectivos do CDN .......................................................................................... 24 4.2.1. Missão........................................................................................................24 4.2.2.Visão........................................................................................................... 24 4.2.3.Valores........................................................................................................24 4.3. Apresentação de Dados..................................................................................... 25 4.4. Análise e Interpretação de Dados......................................................................32 4.5.Validação de Hipóteses...................................................................................... 40 CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES ..................................................... 42
  • 5. iv 5.1. Conclusões .......................................................................................................42 5.2. Sugestões.......................................................................................................... 43 Referência bibliográfica .............................................................................................. 44 APÊNDICES ANEXOS
  • 6. v LISTA DE TABELAS Tabela 1: Pendências...................................................................................................14 Tabela 2: Exemplo de Reconciliação Bancária ............................................................ 17 Tabela 3: Respostas dadas pelos colaboradores ........................................................... 25 Tabela 4: Exemplo de Livro de Controlo Bancário de 2014......................................... 28 Tabela 5: Exemplo de Extracto Bancário do CDN....................................................... 34 Tabela 6: Entendimento acerca do controlo interno do CDN .......................................36
  • 7. vi LISTA DE GRAFICOS Gráfico 1: A empresa está alistada nas BVM?............................................................. 32 Gráfico 2: Números de Trabalhadores......................................................................... 32 Gráfico 3: Qual é o lucro da Empresa (Valores em Milhões)? .....................................33 Gráfico 4: Qual é o ganho da Empresa (Valores em Milhões)?....................................33 Gráfico 5: Perfil dos Entrevistados na População de Estudo........................................34 Gráfico 6: A empresa aplica a amostragem nos trabalhos referentes a auditoria? ......... 36 Gráfico 7: Quais são os softwares usados na reconciliação bancária? .......................... 37 Gráfico 8: Elaboração de trabalho nas entidades auditadas .......................................... 37 Gráfico 9: Quais são os testes utilizados no CDN? ...................................................... 38 Gráfico 10: Como classifica o software usado para a reconciliação bancária?.............. 38 Gráfico 11: Qual é o período de realização da Reconciliação bancária no CDN?......... 39 Gráfico 12: Qual é o período de solicitação do extracto bancário no CDN? ................. 39
  • 8. vii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Rede Ferroviária do Norte............................................................................ 25
  • 9. viii LISTA DE ABREVIATURAS Qt - Quantidade RC - Reconciliação Bancária SCC - Saldo da Conta Cliente SR - Saldo Reconciliado SF - Saldo Final SB - Saldo do Banco SE - Saldo da Empresa SNR – Saldo Não Reconciliado CDN - Corredor do Desenvolvimento do Norte CP – Contabilidade Pública NPL - Nampula UP - Universidade Pedagógica MZ - Moçambique FC – Fluxo de Caixa
  • 10. ix DECLARAÇÃO Declaro que a presente monografia científica é o resultado da minha investigação pessoal e das orientações do meu ilustre supervisor. O seu conteúdo é devidamente original e todas as fontes consultadas estão meramente mencionadas no texto e na bibliografia final. Declaro ainda, que esta monografia nunca foi apresentada em nenhuma outra instituição de ensino para obtenção de qualquer grau académico. Nampula, aos _____ / ___________________ / 2017 Nome do autor ________________________________________________ / Sérgio Alfredo Macore/ Nome do supervisor __________________________________________________ / …………………………….. /
  • 11. x DEDICATORIA “O Senhor é meu Pastor, nada me faltará”. À Ele dedico este trabalho, pela iluminação espiritual dos meus estudos. À minha Namorada Emília Maria das Neves Gaveta. À todos familiares e aqueles que sempre acreditaram e confiaram em mim na matéria de tornar-me um Gestor de Empresa.
  • 12. xi AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus todo-poderoso pelo Dom da vida que me concedeu. Em segundo lugar, agradeço aos meus pais que aceitaram realizar o projecto de Deus pelo facto de me trazerem ao mundo e me educarem carinhosamente. Agradeço aos meus docentes que incansavelmente não pouparam seus esforços para transmitirem os conhecimentos científicos. Um especial agradecimento e admiração vão para MA Armando Agostinho Tomás, meu supervisor, pela paciência, generosidade, abertura e humildade que disponibilizou e me ajudou a ultrapassar as dificuldades na elaboração deste trabalho. Estendo os agradecimentos aos meus colegas da faculdade e do serviço Corredor de Desenvolvimento do Norte, em particular os de Departamentos Financeiro, Contabilidade, Remunerações e Benefícios que colaboraram na elaboração deste trabalho; aos amigos e familiares que me apoiaram durante a minha formação humana e académica. Por tudo e todos o meu muito Obrigado! Koxukhuro!
  • 13. xii RESUMO O presente trabalho com o tema sobre Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração. A reconciliação é importante, já que o fluxo de saídas e entradas de dinheiro é frequente. Assim, ter controlo sobre esses processos evitará prejuízos e perdas. É com a reconciliação bancária que a empresa poderá detectar incoerências no seu fluxo de caixa. As fraudes serão identificadas, como dinheiro depositado a menos, e haverá a verificação se os cheques recebidos foram descontados. Com esse acompanhamento feito de forma rigorosa, o sector de contabilidade tem a seu alcance as informações necessárias para entender todas as movimentações financeiras quando realizar o fechamento de caixa no fim do mês. Diante desta necessidade e da busca de resultados cada vez mais satisfatórios para a organização, surge dentro dos métodos de controlo a reconciliação bancária, um processo Sistemático de comparação entre os ajustes contabilísticos de uma conta corrente realizada pelo banco e a conta de bancos correspondentes na contabilidade de uma empresa, explicando as diferenças encontradas. Portanto, coloca-se em evidência a seguinte questão da importância da reconciliação bancária praticada diariamente na tesouraria de uma empresa de grande porte no apuramento do saldo final dos extractos. O termo reconciliação bancária pode parecer algo estranho à primeira vista ou totalmente desconhecido, principalmente se você não tem muita intimidade com terminologias da área financeira. Mas a verdade é que é muito mais simples do que o próprio nome sugere. Toda empresa realiza transacções financeiras no seu dia-a-dia como pagamentos, recebimentos, transferências, investimentos, entre outros, e dependendo do volume destas transacções os saldos bancários demonstrados pela contabilidade da empresa podem não reflectir com exactidão a sua posição financeira no período. Palavras-chave: Contabilidade. Controlo Interno. Reconciliação Bancária.
  • 14. 1 CAPITULO I – INTRODUÇÃO 1.1.Introdução A presente monografia cujo tema é Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira, caso do Corredor de desenvolvimento do Norte 2013-2015, enquadra-se no trabalho de culminação do curso de Gestão de Empresas na UP - Delegação de Nampula. Tem sido pouco significativa a ênfase dada pelas escolas de contabilidade ao estudo e à análise das reconciliações bancárias nas empresas. Sabe-se também que somente empresas de médio e grande porte podem oferecer oportunidade de se preparar reconciliações bancárias expressivas. As empresas de pequeno porte (EPP) e as microempresas (ME), geralmente, fazem anotações nos canhotos dos talões de cheque e não formalizam as pendências existentes. Elas simplesmente separam os canhotos cujos cheques não tenham sido ainda compensados. Isso, efectivamente, não caracteriza reconciliação bancária, mas sim anotações de saldos e controlo de cheques emitidos. Dai que, a reconciliação bancária consiste na comparação do saldo de uma conta bancária de movimento com uma informação externa à contabilidade (extracto bancário), de maneira que se possa ter certeza quanto à exactidão do saldo em análise, em determinada data. Realiza-se a composição do saldo, analisando-se os lançamentos não realizados (tacto pelo banco, no extracto, quando pela contabilidade interna, no razão) ou divergentes (valores diferentes) e cheques não compensados. Com base nesta primeira reconciliação bancária, realiza-se (caso for) os lançamentos complementares, estornos ou reclassificações. Na verdade, hoje em dia habitualmente, e para facilitar a apuramento e registo das diferenças entre os saldos contabilísticos e bancários, elaboram-se planilhas de reconciliação, demonstrando, linha a linha, as diferenças e os ajustes necessário, partindo-se do saldo contabilístico e somando- se/diminuindo-se os valores apontados até chegar ao saldo do extracto. Ao lado de cada valor especifica-se, em coluna própria, se houve regularização do lançamento, posteriormente à referida reconciliação. Todas as divergências verificadas deverão constar de um relatório, de quais os erros e ocorrências anormais deverão ser corrigidos ou investigados (auditoria) com urgência.
  • 15. 2 1.2.Objectivos do trabalho O presente trabalho tem como objectivos principais em apresentar aos proprietários das empresas assim como os credores e investidores como se encontra a posição financeira da empresa e tendo em conta a visão geral e especifica dos documentos contabilísticos usados. 1.2.1.Objectivo Geral  Analisar a importância da reconciliação bancária como método de integração financeira, em particular no corredor de desenvolvimento do norte. 1.2.2.Objectivos Específicos  Descrever os princípios fundamentais na elaboração da reconciliação bancária em particular no CDN;  Identificar as vantagens e desvantagens na reconciliação bancária nas empresas, em particular no CDN;  Evidenciar os objectivos da reconciliação bancária e sua importância numa empresa;  Analisar o contributo para o desempenho das empresas com base na reconciliação bancária. 1.3. Justificativa Durante a minha formação académica e pelo gosto da cadeira de contabilidade e auditoria fez com que me apaixona-se pelo tema em estudo. Onde, na minha óptica o tema é pouco tratado e menos praticado nas aulas. Dai que, o interesse de aprofundar o tema ficou motivado na escolha do mesmo. Na verdade, o tema em questão foi escolhido porque a reconciliação bancária apresenta uma elevada importância pois a partir dela obtém se a informação dos saldos disponíveis nos extractos bancários que deve ser igual ao livro ou controlo bancário para que possam tomar decisões quanto ao controlo bancário da empresa. Contudo, são três os principais pilares nos quais o presente trabalho baseia-se, visando justificar sua viabilidade: necessidade de controlo interno, a padronização de processos de trabalho, e a confiabilidade nos dados obtidos. Durante muito tempo se pode ver
  • 16. 3 empresas tentando aplicar um método de controlo interno, muitas vezes de forma inadequada com relação a sua utilização. Um controle interno utilizado de forma correcta traz segurança para a empresa na tomada de decisão, para os clientes que utilizam dessa organização para devidos fins, diante dessa afirmação verifica a necessidade de um controle interno para o sector financeiro, pois é onde é gerado informações diárias de como esta a saúde financeira da empresa garantindo sua sobrevivência. E tendo um bom controlo interno financeiro a contabilidade da organização terá dados mais confiáveis para gerar informações. 1.4. Definição do Problema A reconciliação bancária, que é uma componente de grande relevância no controlo de fluxo de caixa corrente de uma determinada empresa. A reconciliação bancária consiste na conferência dos movimentos do banco com o controlo financeiro interno da empresa, com objectivo de controlar internamente os dados constatados nos extractos através dos lançamentos efectuados com os referidos dados constatados nos documentos. Na verdade, as empresas precisam efectuar a reconciliação bancária para evitar criar alguns problemas no sistema financeiro, razão pela qual a pergunta que se faz é a seguinte:  Ate que ponto a reconciliação bancária é um método eficaz na integração financeira, em particular no CDN? 1.5. Hipóteses de Estudo A reconciliação bancária é um procedimento de conferências de extractos referente a movimentação das contas bancárias e de mais movimentos que visam a redução da chance de erros no saldo. 1.5.1.Hipótese básica  Hipótese 1: A reconciliação bancária apresenta uma situação financeira realista da empresa, extremamente necessária para que várias decisões importantes sejam tomadas.  Hipótese 2: Por meio de uma reconciliação bancária é possível ter uma melhor previsão do fluxo de caixa e fazer um planeamento orçamentário mais efectivo.
  • 17. 4 1.6. Delimitação do Estudo O presente trabalho de pesquisa realizou-se na empresa corredor de desenvolvimento do norte (CDN) Nampula, no período de 2013 a 2015. Onde irá debruçar sobre Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira. 1.7.Estrutura do trabalho O presente trabalho de pesquisa esta estruturado em cinco capítulos: No primeiro encontrados a introdução, os objectivos a serem alcançados, problema da pesquisa, justificativa, hipóteses e delimitação do tema. No segundo capítulo aborda-se a revisão de literatura onde vários autores debruçam sobre Reconciliação Bancária. No terceiro capítulo aparece a metodologia usada, as técnicas de colectas de dados, amostras, população e software usado. No quarto capítulo é imprescindível a apresentação, analise e interpretação de dados e por fim quinto capítulo encontramos as conclusões, recomendações e as referencias consultadas.
  • 18. 5 CAPÍTULO II - REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Introdução Para uma melhor contextualização no que diz respeito a reconciliação bancária a nível das empresas, este capítulo traz uma base para melhor compreensão. Assim, de forma criteriosa recorreu-se à aspectos bibliográficos através da literatura teórica, empírica e focalizada de modo a trazer as diversas abordagens discutidas em torno deste tema ao nível da conjuntura internacional e nacional. 2.2. A Origem da Contabilidade Schmidt (2000, p.11) pondera que embora se tenha por costume considerar a obra La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá do Frei Luca Pacioli como o nascimento da Contabilidade, uma série de descobertas arqueológicas vem alterando esse pensamento, levando-nos a reflectir a Contabilidade como advinda da era pré-histórica, juntamente com a origem das civilizações. Baseado no Atlas da História do Mundo (1995), as primeiras civilizações foram surgindo há aproximadamente 6.000 anos, partindo das diversas regiões agrícolas existentes nos contrafortes montanhosos do Médio-oriente. A primeira foi a da Mesopotâmia, aproximadamente, em 3.500 a.C. Com o desenvolvimento técnico da irrigação nas cidades, surgiram excedentes agrícolas que possibilitaram o emprego de parte da população em outras actividades como a manufactura e o comércio. Jaime Pinsky (2003) deduz em seus estudos, que durante o período Neolítico, a transmissão oral das actividades apreendidas era possível dentro de um pequeno grupo, porém, em agrupamentos maiores tornava-se importante encontrar novas formas de transmissão. Um sinal qualquer deixado por alguém não podia ficar sujeito a diferentes interpretações, precisava ter um significado específico. Surgiram assim os primeiros símbolos que eram praticamente auto-explicativos, os pictogramas. Para os antigos, esse é o início da escrita. Decorrido algum tempo ocorreu uma evolução do processo, os símbolos foram usados para sons, passando as imagens a adquirir formas e significados. Conforme o Atlas da História do Mundo (1995) os signos foram sendo simplificados. Um bem-sucedido sistema desenvolveu-se na Mesopotâmia, que consistia em escrever em plaquetas de argila com um estilete em forma de cunha, daí o nome de escrita cuneiforme. Ocorreu processo semelhante com a numeração.
  • 19. 6 2.2.1. Da Arte da Inscrição para a Técnica dos Registos Assim, nasceram os registos contabilísticos, porque se quantificava e evidenciava a riqueza patrimonial do indivíduo ou da família. Tais registos eram feitos em peças de argila. O “meu” e o “seu” deram, na época, a origem dos registos de “débito” e “crédito”. No Egipto, o “papiro” deu origem aos livros contabilísticas, utilizando-se o sistema baseado em lógica matemática.  Matematicamente: A = B  Conta bilmente: débito = crédito  Logicamente: efeito = causa Com a invenção da escrita, desenvolver-se-ia o sistema de registos e, vários estudiosos da questão, acreditam que foi a escrita contabilística que deu origem à escrita comum e não o inverso. 2.2.2. O Desenvolvimento da Contabilidade como Ramo do Conhecimento Melis (Apud SÁ, 1997, p. 13-4) divide o desenvolvimento da Contabilidade em quatro grandes períodos assim denominados por ele:  Mundo Antigo: dos primórdios da história até o ano de 1202 da era cristã;  Sistematização: de 1202, por causa da formação do processo das partidas dobradas, até o ano de 1494;  Literatura: de 1494, com a publicação da obra de Luca Pacioli, até 1840;  Científico: de 1840, com a obra de Francesco Villa, até os dias actuais 2.2.3. A Contabilidade no Mundo Antigo Iudícibus e Marion (2002) afirmam que o desenvolvimento da Contabilidade foi muito lento ao longo dos séculos. Chamam a primeira etapa de fase empírica da Contabilidade, durante a qual foram utilizados desenhos, figuras e imagens para identificar o património. Como ciência, propriamente dita, chegou apenas no início do século XIX. “Em 1836, a Academia de Ciências da França adoptou a Contabilidade como ciência social, e assim também entenderam grandes pensadores modernos de nossa disciplina, ” (SÁ, 2002, p. 41-2). Para Lopes de SÁ (1997, p. 12) “a escrituração contabilística nasceu antes mesmo que a escrita comum aparecesse, ou seja, o registo da riqueza antecedeu aos demais, como
  • 20. 7 comprovam os estudos realizados sobre a questão, na antiga Suméria”. Quando se adentra na história da contabilidade, 4.000 anos a.C., aproximadamente, numa época em que não havia moeda, escrita formal e até os números, observa-se o homem pastor, executando uma contabilidade rudimentar, tentando reflectir quanto aumentou seu rebanho de um inverno para o outro, comparando o número de pedrinhas entre os dois períodos. No que se refere às dúvidas sobre a autoria dos métodos contabilísticos, apesar de alguns estudiosos entenderem que foram os templos religiosos os responsáveis pelos processos de registo por controlarem a escrituração contabilística e a economia, por toda a história e evolução da Mesopotâmia e todos os seus legados, como o sistema decimal, o calendário, os pesos e medidas, e até o impulso para o surgimento do actual alfabeto, não falta apoio à hipótese de a Contabilidade ter dado seus primeiros passos nessa região. “Apuramento de custos, revisões de contas, controlos gerências de produtividade, orçamentos, tudo isso já era praticado em registos feitos em pranchas de argila, nas civilizações da Suméria e da Babilónia (Mesopotâmia) ” (SÁ, 1997, p. 25). No Egipto, o uso do papiro e do cálamo influenciou o desenvolvimento e aperfeiçoamento da escrita contabilística. Naquele país o escriba era considerado como o „máximo profissional‟. “Os egípcios deram um grande passo no desenvolvimento da Contabilidade ao escriturar as contas com base no valor de sua moeda, o shat de ouro ou de prata”. “Com o surgimento da moeda e das medidas de valor, o sistema de contas ficou completo, sendo possível determinar as contas contabilísticas representantes do património e seus respectivos valores” (SCHMIDT, 2000, p. 22). 2.2.4. A Contabilidade na Era da Sistematização Existem muitas hipóteses sobre o nascimento da técnica das partidas dobradas e a primeira delas vem de tempos remotos e é apenas citada como uma primeira intenção da ideia. Schmidt (2000) relata que em sítios arqueológicos localizados em Israel, Síria, Iraque, Turquia e Irã foram encontradas, datadas de 8.000 a 3.000 a.C., fichas de barro, com os mais variados formatos, incisões e perfurações, listando na maioria das vezes rebanhos de carneiro. O mesmo autor afirma ainda que depois de 3.250 a.C. essas fichas eram armazenadas em envelopes de barro. Do lado de fora era impresso um registo para que fosse possível identificar o conteúdo de cada envelope e depois era colocado um lacre de segurança.
  • 21. 8 De forma bem rudimentar, dado que ainda não existiam escrita nem livros contabilísticos, o acto de colocar as fichas nos envelopes significava o registo das quantidades de vários activos (actual débito de entrada) e o acto de imprimir em seu exterior os dados pertinentes a cada ficha pode ser considerado uma contra entrada (actual entrada de crédito) de sistema contabilístico. António Lopes de SÁ (1997), citando Melis, considera ter ocorrido o nascimento das partidas dobradas na região de Toscana, na Itália, entre os anos 1250 e 1280 da era cristã. Schmidt (2000) aponta dois grandes motivos que podem ter sido propulsores das partidas dobradas: o desenvolvimento económico de alguns centros comerciais da Itália, como Veneza, Gênova e Florença e o início da tecnologia de impressão de livros na Alemanha bem como sua rápida dispersão pelos grandes centros comerciais da Europa, principalmente o norte da Itália. Schmidt (2000) afirma também, que a difusão das partidas dobradas acompanhou o desenrolar das actividades desenvolvidas do decorrer do último período medieval na Europa, propiciando a passagem para um novo estágio histórico. O Renascimento, que visou renovar além das artes plásticas e das letras a organização política e económica das sociedades, junto com o capitalismo, criou novas realidades sociais, possibilitando propagar o acúmulo de bens e riquezas. 2.2.5. A Contabilidade na Era da Literatura Facto digno de nota desse marco divisório entre os períodos da Contabilidade, é a publicação do primeiro livro impresso que apresentava o sistema contabilístico. Foi impresso em 1494, em Veneza, na Itália, e é de autoria do frei franciscano Luca Pacioli, que tornou Veneza “imortal” para o estudo da Contabilidade. Segundo Paulo Schmidt (2000), alguns historiadores consideram que a Contabilidade passou por um longo período de estagnação causado, principalmente, pela publicação do trabalho de Pacioli. Após a publicação de La Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalitá (escrita em italiano e não em latim, como era costume) a Contabilidade viveu uma evolução sem precedentes, no entanto, um certo tempo foi necessário para que o mundo contabilístico conseguisse se adaptar a essa realidade. Antes da publicação, pode-se dizer que a Contabilidade centrava-se no cálculo comercial e na escrituração, sendo a arte de ter e contar, como afirma Giannesi (Apud SCHMIDT, 2000, p. 49), essencialmente porque a escrituração realizada naquela época
  • 22. 9 era apresentada de forma fragmentada e desvinculada, cujo objectivo era, somente, o registo mecânico da conta com determinado valor. Com o advento do método das partidas dobradas tornara-se possível organizar os dados contábeis e fornecer resumos da posição corrente dos negócios. O livro de Luca Pacioli era uma obra de aritmética que continha apenas um tratado, composto por 36 capítulos, falando sobre a parte contabilística, sendo a distinção IX, tratado XI, denominado Tractarus de computis et scripturis, que tratava do processo das partidas dobradas, conhecido na época como o método de Veneza. Desse tratado, como descreve Paulo Schmidt (2000), surgiram alguns legados de suma importância para a Contabilidade, como a definição de inventário e explicações sobre como realizar os registos; a organização dos lançamentos contabilísticos no memoriale (livro no qual as operações eram registadas à medida que iam ocorrendo), no giornale (livro diário) e no quaderno (livro razão) e a autenticação desses livros como meio para evitar fraudes nos registos; o registo de despesas e receitas e proposta de resultado financeiro levantado no final do ano; o confronto entre os lançamentos da razão e do diário; o sistema de partidas dobradas, entre outros, sem esquecer que evidenciava que primeiro deveria vir o devedor e depois o credor. A partir do século XVI, período já considerado para o estudo da Contabilidade como pré-científico, é importante ressaltar a obra do monge beneditino Ângelo Pietra, Indirizzo degli economi, publicada em 1586, na qual percebe-se a preocupação do autor em não apenas expor como o registo dos fatos deveria ser feito, mas também em buscar as razões dos conceitos. É reconhecido como o precursor do Contismo que é a primeira corrente de pensamentos contabilístico. 2.2.6. A Contabilidade na Era Científica Na busca de estabelecer teorias, a Contabilidade passou por inúmeras etapas, da observação passou à organização dos raciocínios, dela aos conceitos que por sua vez produziram enunciados ou teoremas que geraram, finalmente, as teorias. As correntes científicas surgem quando vários mestres formam suas próprias teorias, que são semelhantes entre si. Assim, surgiu uma série de escolas do pensamento contabilístico, cada uma sucedendo à outra, fornecendo cada vez mais conhecimentos que influenciaram no estabelecimento definitivo da Contabilidade como ciência.
  • 23. 10 A primeira grande escola que se destaca nesse período é a Administrativa ou Lombarda, denominada assim por sua localização, a Lombardia, no norte da Itália. Defende a Contabilidade como sendo um conjunto de “noções económicas e administrativas aplicadas à arte de escriturar os livros e registar as contas. É preciso que o contador tenha um perfeito conhecimento de gestão da entidade e não domine apenas técnicas de registo contabilístico” (SCHMIDT, 2000, p.54). Para Schmidt seu precursor é Francesco Villa, com sua obra La contabilitá applicata alle amministrazione private e publiche publicada no ano de 1840. Italiano, nascido em Milão, foi um dos primeiros autores a reconhecer que o controle era um dos objectivos da Contabilidade. 2.2.7. Cenário Actual e Futuro da Contabilidade No que se refere ao cenário mundial actual, Lopes de SÁ (2002) afirma que hoje em dia há uma crescente preocupação por parte dos vários países em harmonizar as normas contabilísticas para facilitar as transacções internacionais bem como melhorar o fluxo de informações, permitindo a comparabilidade e contabilidade das informações de natureza económico-financeira em nível internacional. Neste sentido, foi promulgada pela SEC (Securities and Exchange Commission), em 2002, depois de ocorrerem vários escândalos contabilísticos como o da Enron e da Wordcom, uma lei de reforma corporativa denominada Lei Sarbanes-Oxley que tem como objectivo “coibir a conduta antiética de administradores e auditores” (LIMA, 2004, p. 2). O mesmo autor afirma que essa lei surgiu para restabelecer a confiabilidade nas demonstrações financeiras e contabilísticas, incentivando, dessa forma, o investimento nas Bolsas de Valores. 2.3. Controlo Interno 2.3.1. Conceito de Controlo Interno O Controlo Interno constitui uma forma de organização que pressupõe a existência de um plano e de sistemas coordenados, destinados a prevenir a ocorrência de erros e irregularidades ou a minimizar as suas consequências e ainda, a maximizar o desempenho da entidade na qual se insere. Segundo COSO, o Controlo Interno é definido como sendo um processo levado a cabo pelo Conselho de Administração, Direcção e outros membros de uma organização, com o objectivo de proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos
  • 24. 11 seguintes objectivos: eficácia e eficiência dos recursos, fiabilidade da informação financeira e cumprimento das leis e normas estabelecidas. 2.3.2. Auditoria Interna vs Controlo Interno A auditoria, por seu turno, é uma actividade desenvolvida com técnicas próprias e peculiares, constituindo-se em especialização profissional, tendo ampla abrangência e pode dividir-se em externa e interna, segundo a forma de actuação e as relações com a organização auditada. A auditoria interna é uma actividade desenvolvida por técnicos do quadro permanente da organização, cujo escopo de trabalho tem maior amplitude em relação à auditoria externa, abrangendo o estudo e a avaliação permanente do sistema de Controlo Interno, a sua adequação e desempenho. É equivocado, portanto, tratar-se auditoria interna como sinónimo de Controlo Interno. Enquanto este engloba um conjunto de métodos e medidas que visam assegurar o funcionamento óptimo da entidade, aquela é uma actividade cuja principal missão é assegurar o funcionamento dos controlos. 2.3.3.Tipos de Controlo Interno Geralmente, destacam-se dois tipos de controlo interno:  Controlo Interno Contabilístico – o qual visa garantir a fiabilidade dos registos, facilitar a revisão das operações financeiras autorizadas pelos responsáveis e a salvaguarda dos activos.  Controlo Interno Administrativo – que compreende o controlo hierárquico e dos procedimentos e registos relacionados com o processo de tomada de decisões e, portanto, planos, políticas e objectivos definidos pelos responsáveis. 2.3.4. A importância do Controlo Interno O Controlo Interno dá ao administrador suporte e confiança na gestão do património do Estado. Este compreende uma relevante ferramenta no domínio do controlo preventivo, detectivo e correctivo, que deve ser operado com todo rigor e independência, a fim de cumprir as finalidades a que se propõe.
  • 25. 12 Assim, um Sistema de Controlo Interno deve, prioritariamente: definir a área a controlar (em termos de orçamento-programa: a actividade ou projecto); definir o período em que as informações devem ser prestadas: um mês, uma semana, definir quem informa a quem, ou seja, o nível hierárquico que deve prestar informações e o que deve recebê-las, analisá-las e providenciar medidas; definir o que deve ser informado, ou seja, o objectivo da informação; por exemplo: o asfaltamento de tantos metros quadrados de estrada a custo de tantas unidades monetárias. 2.3.5. Objectivos do Controlo Interno Constituem principais objectivos do Controlo Interno os que a seguir se enunciam:  Fiscalizar a correcta utilização de recursos públicos e a exactidão e fidelidade dos dados contabilísticos;  Garantir, através da fiscalização, a uniformização da aplicação das regras e métodos contabilísticos; e  Verificar o cumprimento das normas legais e procedimentos aplicáveis. 2.3.6. Relação entre o Controlo Interno e o Controlo Externo É de se esperar que o Controlo Interno, mediante um fluxo de informações ininterruptas, viabilize um dos objectos centrais do controlo externo, que é o de acompanhar, de forma actualizada, a realização das contas públicas. Pela sua própria natureza, o Controlo Interno, nas suas diversas modalidades, tem condições de realizar esse trabalho, por estar localizado nas instituições. Por sua vez, a eficácia do sistema externo aumentaria sensivelmente se o interno, em tempo útil, o mantivesse de igual modo informado de ocorrências questionáveis, abusos, irregularidades e desvios porventura constatados durante a execução dos programas governamentais. 2.4. Reconciliação Bancária A reconciliação bancária é uma forma de controlo administrativo e contabilístico em uso nas organizações bancárias, de seus saldos bancários em dinheiro mantidos em contas correntes de instituições financeiras ou bancos.
  • 26. 13 O objectivo principal da reconciliação bancária é corresponder os saldos das contas contabilísticas de Bancos - Conta-Movimento ou similares, tanto no Razão quanto no Livro-diário, com o demonstrado no respectivo extracto bancário da conta corrente. Haverá divergências como a dos "Cheques a Compensar", que se darão em função do intervalo de tempo entre a data da emissão do cheque e a do efectivo saque do mesmo na conta corrente. Todas as divergências verificadas deverão constar de um relatório, nas quais os erros e ocorrências anormais deverão ser corrigidos (análise contabilística) ou investigados (auditoria) com urgência. 2.4.1. Condição para Reconciliação Bancária  Lançamento e movimentos feitos na mesma conta.  Natureza do lançamento invertida com relação à natureza do movimento.  Mesma Operação. 2.4.1.1. Confirmações  Datas diferentes;  Valores diferentes;  Lançamento já relacionado a outro movimento. Para que a reconciliação bancária se efectiva de acordo com as normas da organização a fim de evitar riscos, é importante que todos os elementos da mesma estejam em consonância com os extractos dos activos da organização bancária. Entende-se, portanto, que a reconciliação bancária é realizada através da confrontação de saldos. E para que se atinjam os objectivos é imprescindível que os aspectos gerais da mesma estejam em consonância com os objectivos da administração que entre estes podemos citar: o conhecimento da estrutura e as contas contabilísticas do plano de contas; apurar as inconsistências; verificar o documento/contrato que originou o lançamento, quanto a sua finalidade; promover a regularização através de complementação de valor ou conta, transferência ou estorno.
  • 27. 14 Tabela 1: Pendências SITUAÇÃO ENCONTRADA MEDIDA Irregularidade nos lançamentos efectuados nos controlos internos (data, valor, histórico, etc) Sempre se deve resgatar o documento original que comprova a movimentação e em cima deste efectuar a correcção igualando com o extracto bancário. Lançamento INDEVIDO por parte do banco O banco pode se esquecer e acabar efectuando débitos ou créditos na conta corrente da empresa que não conferem com os controles internos. Transacções ainda não finalizadas (cheques não compensados e transferências em processamento) Estas transacções devem ser mantidas nos controlos internos em aberto até que sejam efectuadas Tarifas bancárias e recebimentos de aplicações Estas movimentações geralmente não estão identificadas nos controlos internos, devendo ser reconhecido quando ocorrem e imediatamente lançadas nestes controlos. Depósito sem identificação Muito comuns de ocorrer nas empresas, os depósitos não identificados são entradas em que se desconhece o originador do crédito. Fonte: Adaptado pelo autor (2017) 2.4.2. Aspectos Gerais da Reconciliação Bancária A Contabilidade actua em diversos ramos da administração do património, seja ele de pessoa física ou jurídica. Essa afirmação é corroborada por Oliveira (2003, p. 19) ao afirmar que a Contabilidade é a Ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registo relativos aos actos e fatos da administração económica. Para Teixeira (2010) não basta que o contador apenas evite os procedimentos viciosos para não se configurar fraude. Deverá, também, manter em ordem a contabilidade da empresa e para isso deverá conciliar a contabilidade com os documentos e os diversos relatórios dos demais sectores que dão suporte aos lançamentos contabilísticos, bem assim elaborar planilhas, relatórios e composição dos saldos das contas contabilísticas, isto é, planilhas auxiliares que comprovem a correcção dos saldos existentes na contabilidade. Ainda segundo o autor em sua obra intitulada Manual Prático de Auditoria Gerencial (2010) o mesmo esclarece que:
  • 28. 15 Em Contabilidade, conciliação corresponde à correlação dos saldos das contas patrimoniais com os saldos verificados em controlos contabilísticos produzidos internamente ou em documentos externos, oficiais ou não oficiais. A conciliação se distingue da análise de contas, na qual um analista confere a consistência dos lançamentos registados, decompondo-os e identificando suas naturezas (TEIXEIRA, 2010). Segundo Petry (2009, p. 35) mensalmente cada conta contabilística deve ser conciliada e ter a sua composição de saldo. Composição de saldo é na verdade um controle interno, em que o Contabilista ou qualquer outro usuário da Contabilidade acesso o que contém discriminadamente em cada conta contabilística. Petry (2009) ainda esclarece que: A composição de saldo pode ser relatório emitido pela própria Contabilidade ou por outro sector, desde que o saldo seja o mesmo ou demonstradas as diferenças. A Contabilidade deve ter o controlo absoluto dos valores registados, sem nenhuma excepção. A Contabilidade necessariamente deve manter o controlo dos registos, até mesmo para não duplicar lançamentos, receitas, despesas ou apurar impostos incorrectamente. Caso contrário, a empresa pagará impostos a maior ou sofrerá autuações fiscais. Os Principais elementos de uma conciliação bancária envolvem:  Controlo de cheques emitidos e não compensados;  Conferência de entradas referentes às vendas com cartão (crédito e débito);  Conferência de entradas referentes às vendas com boleto bancário;  Verificação dos débitos de tarifas bancárias;  Controlo dos depósitos não identificados;  Controlo das antecipações de recebimentos. Portanto, uma conciliação bancária constitui-se em uma prestação de contas, assim sendo, a origem ou destino dos recursos transitados pela conta corrente deve ser rigorosamente comprovado, principalmente no que se refere aos aspectos do auto atendimento bancário. Visto que esse tipo de transação com o advento das novas tecnologias se tornou uma prática comum nas instituições bancárias, as áreas responsáveis pelos controles no que se refere à reconciliação contabilística do auto atendimento bancário, devem estar
  • 29. 16 atentas aos riscos nessas transações, especificamente, por estar imerso num ambiente fortemente regulado. O sector bancário também apresenta inovações que surgem determinadas por leis e regulações. 2.4.3. Reconciliações Bancárias: A Importância da Verificação Diária A reconciliação bancária é de suma importância para a saúde financeira de uma empresa, pois através dos saldos bancários demonstrados pela contabilidade os administradores tomarão decisões estratégicas para o negócio. A reconciliação realizada diariamente fará com que os saldos estejam sempre em conformidade com os valores reais que a empresa possui e evitarão que decisões sejam tomadas em cima de valores distorcidos da realidade financeira da entidade. Percebe-se a importância do processo de reconciliar as contas bancárias da empresa todos os dias com o máximo de cuidado e atenção possíveis, pois pequenos erros ou distorções podem acarretar grandes prejuízos. 2.4.4.Vantagens da Reconciliação Bancária O módulo de reconciliação bancária é um Sistema Integrado de Planeamento e Gestão Fiscal - foi concebido para ser utilizado como ferramenta de apoio aos trabalhos contabilísticos de reconciliação bancária, com o intuito de automatizar os procedimentos antes feitos manualmente, proporcionando assim, uma melhora na qualidade das informações financeiras prestadas. Esse módulo possui atributos que permitem ao usuário:  Fazer a correspondência entre os valores existentes nos extractos bancários com os lançamentos contabilísticos da ficha razão para todos os domicílios bancários cadastrados na Unidade Gestora;  Conciliar os lançamentos a débito e a crédito ocorridos apenas nos extractos bancários ou fichas de razão sendo estes provenientes de estornos bancários, rotinas e ajustes contabilísticos;  Melhorar a qualidade das informações contabilísticas da conciliação bancária prestadas a terceiros, por meio da impressão dos relatórios contabilísticos e financeiros.
  • 30. 17 Tabela 2: Exemplo de Reconciliação Bancária Moeda Descrição Data Montante parcial Bank Balance as at 31-12-204 4.197.930,16 (+) Companhy‟s Deposits not recorded by Bank (-) Companhy‟s Payment not recorded by Bank 1.252.925,45 BN303 1059/NPL14 10-08-2014 4.080,00 BN303 1089/NPL14 10-08-2014 5.750,00 BN303 1232/NPL14 11-05-2014 25.312,60 BN303 1465/NPL14 26-11-2014 2.400,00 BN303 1538/NPL14 27-11-2014 14.397,96 BN303 1548/NPL14 12-09-2014 1.102.282,04 BN303 1549/NPL14 12-09-2014 34.952,85 NPF N 1867/NPL14 31-12-2014 60.000,00 BN303 1554/NPL14 31-12-2014 3.750,00 (+) Débito do banco não lançado na empresa (-) Crédito do banco não lançado na empresa Balance as per cash book 31-12-2014 2.945.004,71 Opening balance difference 31-12-2014 2.945.004,71 Fonte: Adaptado pelo autor (2017) a partir dos relatórios do CDN 2014 2.4.5. Princípios Fundamentais Os Princípios Fundamentais são uma estrutura de padrões mínimos para práticas sólidas de supervisão e são considerados universalmente aplicáveis. O Comité elaborou os Princípios Fundamentais e a Metodologia como sua contribuição para o fortalecimento do sistema financeiro global. Debilidades no sistema bancário de um país, desenvolvido ou não, podem ameaçar a estabilidade financeira tanto dentro do país como internacionalmente. O Comité acredita que a implementação dos Princípios Fundamentais por todos os países seria um passo significativo na direcção de melhorar a estabilidade financeira doméstica e internacional além de fornecer uma boa base para o posterior desenvolvimento de sistemas efectivos de supervisão.
  • 31. 18 Os Princípios Fundamentais definem princípios que são necessários para que um sistema de supervisão seja efectivo. Esses princípios podem ser separados em sete grupos que são: Princípio 1 – Objectivos, independência, poderes, transparência e cooperação: Um sistema efectivo de supervisão bancária terá as responsabilidades e os objectivos de cada autoridade envolvida na supervisão de organizações bancárias claramente definidas. Cada uma dessas autoridades deve possuir independência operacional, processos transparentes, governança sólida e recursos adequados, e deve ser responsabilizada pelo desempenho de suas atribuições. Princípio 2 – Actividades permitidas: As actividades que serão permitidas às instituições que são autorizadas a funcionar como bancos e estão sujeitas à supervisão precisam ser claramente definidas e o uso da palavra “banco” em nomes deve ser controlado da melhor forma possível. Princípio 3 – Critério para autorização de funcionamento: A autoridade que concede permissão de funcionamento deve ter o poder de determinar critérios e rejeitar requerimentos de estabelecimentos que não atinjam o padrão determinado. Princípio 4 – Transferência significativa de propriedade: O supervisor tem o poder de revisar e rejeitar qualquer proposta de transferência significativa de propriedade ou controle de interesses mantidos directa ou indirectamente pelos bancos para terceiros. Princípio 5 – Grandes aquisições: O supervisor tem o poder de revisar, usando critérios pré-estabelecidos, grandes aquisições ou investimentos que um banco pretenda fazer, incluindo o estabelecimento de operações no exterior, assegurando que filiais ou estruturas corporativas não exponham o banco a riscos indevidos ou dificultem uma supervisão efectiva. Princípio 6 – Adequação de capital: Os supervisores devem estabelecer requerimentos mínimos prudentes e apropriados de adequação de capital aos bancos, que reflictam os riscos aos quais o banco está submetido, e devem definir os componentes de capital, tendo em mente sua habilidade de absorver perdas. Princípio 7 – Processo de gestão de riscos: Os supervisores precisam de se assegurar que os bancos e grupos bancários adoptam um processo abrangente de gestão de riscos
  • 32. 19 (incluindo participação do Conselho e da alta administração) para identificar, avaliar, monitorar e controlar ou mitigar todos os riscos materiais e para verificar a adequação de seu capital frente ao seu perfil de risco. Esses processos devem ser proporcionais ao porte e à complexidade da instituição. 2.4.6. Procedimentos de Reconciliação Bancária A reconciliação bancária é a simples conferência das contas bancárias com o controlo financeiro interno. A reconciliação bancária tem como objectivo verificar se está tudo correcto no controle interno ou se há inconsistências de dados. Ela verifica se o saldo bancário do controlo interno, os lançamentos e suas datas estão idênticos ao extracto do banco. 1º Passo: Lançar as movimentações diariamente A empresa precisa controlar diariamente todas as movimentações de entradas e saídas financeiras, informando todas as contas bancárias envolvidas. 2º Passo: Verificar saldo no extracto bancário Conferir se os saldos iniciais e final do controle interno e os saldos no extracto bancário batem. 3º Passo: Conferir detalhes dos lançamentos Ver se todos os lançamentos do extracto bancário estão sendo feitos na data correcta e com os valores correctos no controle financeiro da empresa. 4º Passo: Se houver diferenças nos lançamentos, corrigir Verificar as divergências de valores ou a falta dos mesmos, procurando saber aonde isto ocorreu. Em seguida, corrigir as diferenças no controlo interno, para que todos os lançamentos estejam reflectidos e o saldo esteja idêntico. Como no final de cada mês é preciso enviar os documentos para a contabilidade, não se esqueça de guardar: comprovantes de pagamentos, notas fiscais, boletos bancários e extractos bancários.
  • 33. 20 CAPÍTULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1. Introdução Neste capítulo dá-se uma visão relativamente ao critério de abordagem da pesquisa, dos métodos e das técnicas recorridas. Entretanto, iniciou-se por uma integração do desenho da pesquisa, procurando clarificar o método, tipo e procedimentos técnicos de pesquisa utilizados. Posteriormente, a população na qual a pesquisa incidiu e os critérios usados para a escolha da mesma. Uma vez que o processo todo envolveu um procedimento para a colecta de dados, o capítulo revela o método usado para o efeito e o tratamento destes e por fim a forma como foram analisados. De referir que, esta componente da dissertação é de extrema importância, pois qualquer pesquisa para ser considerada científica a metodologia usada deve estar bem clara. 3.2. Desenho da Pesquisa Seguindo assim a metodologia do trabalho científico, a definição do tema da presente pesquisa sobre a Importância da Reconciliação Bancária Como Método de Integração Financeira, caso do Corredor de desenvolvimento do Norte 2013-2015, iniciou-se pela recolha de chuvas de ideias e de discussão com estudantes e profissionais da área de gestão e contabilidade. Depois desta fase, o pesquisador em mente o que realmente pretendia pesquisar e mais uma vez de modo a recorrer a métodos científicos adequados a pesquisa, ao problema e aos objectivos traçados, classificou a pesquisa da seguinte forma: 3.3. Método de Abordagem da Pesquisa A pesquisa é considerada como sendo qualitativa. Esta classificação deve-se à natureza desta, isto é, foram colhidos de forma aprofundada uma série de informações relacionadas com questões de gestão e tomada das decisões financeiras nas empresas pelos administradores utilizando determinadas ferramentas de contabilidade. 3.4. A Pesquisa quanto ao Objectivo O tema em questão é novo e pouco desenvolvido a nível das empresas e das instituições de ensino. Uma vez que procurou-se aprofundar mais sobre o tema considera-se ser uma pesquisa exploratória.
  • 34. 21 3.4.1. Procedimento Técnico da Pesquisa A identificação do procedimento técnico da pesquisa de carácter qualitativa é bastante complicada. Pois, a título de exemplo, aqui foram usadas as diversas linhas para pesquisar, como a bibliografia e a análise documental, isto é, desde o momento da familiarização com o tema, recorreram-se livros de contabilidade e administração financeira e ainda nos artigos científicos. 3.5. Definição da População de Estudo No entanto, atendendo e considerando que o tema em questão versa reconciliação bancária e cuja aplicação é apenas recomendável e obrigatória a nível de médias e grandes empresas cujas características foram apresentadas no capítulo anterior, a escolha da população da presente pesquisa foi precedida por uma avaliação da dimensão e por fim da situação económica no CDN - Nampula. A avaliação económica, tinha por objectivo o conhecimento dos resultados obtidos na empresa durante o período em estudo. 3.5.1. Universo Esta pesquisa abrange os colaboradores dos departamentos financeiro, contabilidade e da administração da empresa CDN, num total de 18 colaboradores. 3.5.2. Amostra Para melhor facilitar a colecta de dados, a pesquisa será dirigida a dez (10) colaboradores, que compõem 4 do departamento financeiro, 4 de contabilidade e 2 da administração do CDN. 3.6. Método de Colecta de Dados Para a colecta de dados primários aplicou-se o questionário que consiste em saber como é que os colaboradores do CDN pensam acerca de reconciliação bancária e para os dados secundários aplicou-se a observação, de modo a permitir uma recolha de informações e confrontar com os documentos existentes na empresa em análise. 3.6.1. Dados Primários Conciliando esta afirmação à finalidade da pesquisa, os dados primários foram colectados por via de entrevista semi-estruturada, com questões fechadas e abertas. Com
  • 35. 22 a entrevista semi-estruturada pretendia-se adequar a roteiro elaborado, isto é, este tipo de entrevista permite que as questões que são colocadas sejam flexíveis e facilmente alteradas conforme o desenrolar da entrevista bem como com as respostas que forem a se obter e consequentemente facilitando o alcance dos objectivos traçados. Em relação a questões fechadas pretendia-se obter evidências relacionadas com o processo de elaboração ou não de determinados mapas contabilísticos de modo a confirmar se as empresas pesquisadas estão a integrar no seu sistema de contabilidade os demonstrativos financeiros preconizados pelo decreto 70/2009, isto no período em análise. 3.6.2. Dados Secundários Observação documental é uma metodologia de investigação particularmente apropriada quando procuramos compreender, explorar ou descrever acontecimentos e contextos complexos, nos quais estão simultaneamente envolvidos factores. Este método é adequado quando pretendemos definir os tópicos de investigação de forma abrangente, quando queremos considerar a influência do contexto de ocorrência do fenómeno em estudo e quando queremos socorrermo-nos de múltiplas fontes de evidências (dados). Os dados secundários foram levantados por via de observação documental, cujo objectivo era exactamente preparar a entrevista realizada na empresa e enriquecer a pesquisa. Não só, o sucesso de uma comunicação no processo de entrevista está em conhecer a empresa, isto é, a sua natureza, mas também o nível de desempenho e execução, entre outros aspectos. No capítulo seguinte far-se-á a apresentação, análise e interpretação de dados.
  • 36. 23 CAPÍTULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS No presente capítulo estão apresentados os dados recolhidos a partir das respostas da entrevista feita aos trabalhadores do CDN. Neste, também são analisados e interpretados os resultados. 4.1. Breve Historial do Corredor de Desenvolvimento do Norte O CDN – Corredor de Desenvolvimento do Norte, é uma sociedade anónima constituída e registada em Moçambique, cujo objectivo é a gestão, reabilitação e exploração comercial de forma integrada das infra-estruturas do Porto de Nacala e da rede ferroviária do norte de Moçambique. Integra-se no Projecto Corredor Nacala, que engloba a região norte de Moçambique, o Malawi e a Zâmbia. Interliga o Porto de Nacala com o sistema ferroviário do norte que permite a ligação ao Malawi, criando um serviço eficiente e de custo efectivo, de forma a integrar sinergias entre os sistemas intermodais de transporte, não descurando os aspectos ambientais, fundamentais para um desenvolvimento sustentável. A Politica de Transportes aprovada pela resolução no 5/96 de 2 de Abril preconiza entre outros, a participação do capital privado na reabilitação, exploração e gestão da infraestrutura e serviços ferro-portuários. Neste contexto foi criado um consórcio de investidores privados e entre estes foi constituída uma sociedade privada moçambicana, denominada Sociedade de Desenvolvimento do Corredor de Nacala, SA (SDCN). A SDCN em parceria com a empresa Portos e Caminho-de-ferro de Moçambique, EP (CFM) criaram uma empresa privada denominada Corredor de Desenvolvimento do Norte, SA cujo objectivo principal é o uso, gestão, financiamento, manutenção, optimização das infraestruturas e serviços ferro-portuários, bem como o desenvolvimento e operação dessas mesmas infraestruturas. Nos termos dos Decretos 20/2000 e 21/2000, ambos datados de 25 de Julho, foram aprovados os termos da Concessão do Porto de Nacala e da Linha Férrea do Norte, respectivamente, tendo sido o CDN outorgado à qualidade de concessionária ferro-portuária. Para materialização dos Decretos acima referidos foram no dia 29 de Setembro de 2000, celebrados entre o Governo da República de Moçambique na qualidade de Autoridade
  • 37. 24 Concedente, o CDN na qualidade de Concessionária e os CFM, na qualidade de empresa pública gestora dos bens e serviços portuários os contratos de concessão do Porto de Nacala e da Linha Férrea do Norte válidos por um período de 15 anos contados a partir da data do início das actividades do CDN. No dia 10 de Janeiro de 2005, o CDN cuja estrutura accionista é detida por 51% das acções à SDCN e 49% pelos CFM iniciou a gestão e operação do Porto de Nacala e Linha Férrea do Norte que engloba o troço Nacala-Porto / Nampula/Cuamba / Entre Lagos e o troço Cuamba Lichinga. Para atender as novas demandas de carga geral e carvão, o Contrato de concessão da Linha férrea foi prorrogado por um período adicional de 15 anos, estando o seu termo previsto para o dia 10 de Janeiro de 2035. 4.2. Objectivos do CDN O principal objectivo do CDN é a prestação de serviços ferroviários e portuários de alta qualidade, eficiência e segurança nas infraestruturas e concessões atribuídas a empresa, servindo com eficácia do mercado nacional e regional. Para além disso, a empresa procura modernizar toda a sua infraestrutura, bem como o seu modelo de gestão, de forma a garantir a melhoria do serviço e tornar-se uma empresa competitiva e sustentável. O objectivo final é melhorar a circulação ferroviária e portuária, expandindo e modernizando a frota existente, com especial atenção às questões de segurança operacional, garantindo a segurança dos seus funcionários, passageiros e equipamento. 4.2.1. Missão Transporte ferroviário de mercadorias e passageiros, e operações marítimo-portuárias com segurança, qualidade e eficiência 4.2.2.Visão Ser uma solução ferro-portuária de referência na África Austral. 4.2.3.Valores  Valor à vida: saúde, segurança, bem-estar.  Cuidar do meio ambiente e das comunidades: respeito ao meio ambiente e à diversidade cultural.
  • 38. 25  Ser ético: transparência, responsabilidade, integridade, honestidade, cumprimento de normas, imparcialidade e autenticidade.  Melhorar continuamente: profissionalismo, compromisso e uso racional de recursos.  Valorizar o colaborador: reconhecimento, desenvolvimento, ambiente desafiador e inspirador. Figura 1: Rede Ferroviária do Norte Fonte: Corredor de Desenvolvimento do Norte (2016) 4.3. Apresentação de Dados Chegada esta fase, o autor traz as contribuições através de resultados colhidos no campo de pesquisa no que tange à compreensão da realidade do Auto entendimento sobre reconciliação bancária e analisando quais políticas de melhorias as instituições bancárias podem desenvolver para que os colaboradores do CDN gerem resultados que foram propostos. Tabela 3: Respostas dadas pelos colaboradores No PERGUNTAS RESPOSTAS RESPOSTAS Não % Sim % 1 Dadas as respostas dos colaboradores, 40% afirmaram que a reconciliação bancária é o procedimento que visa assegurar que as transacções financeiras de uma empresa sejam 4 40% 6 60%
  • 39. 26 O que é reconciliação bancária? devidamente registadas na sua contabilidade. 60% de entrevistados disseram que é um procedimento de controlo interno muito importante que ajuda a detectar fraudes e erros, por isso, deve ser efectuado periodicamente. Segundo eles, a reconciliação bancária deve resultar num relatório que identifica claramente as diferenças encontradas entre os extractos bancários e contabilísticos com as respectivas justificações. É do conhecimento geral que os indivíduos e empresas devem manter um registo preciso de todas as suas transacções bancárias. 2 O processo de interligação das informações das DF‟s, utilizado pelos administradores na tomada de decisões financeiras é usado de forma prudente e eficaz? Assim como os fluxos de caixa e o demonstrativo dos resultados do exercício, a reconciliação bancária é uma ferramenta essencial para qualquer empresa. A partir dessa acção é possível realizar as conferências de entradas referentes às vendas com cartões e aquelas relacionadas às vendas com boleto bancário, por exemplo. Em outras palavras, empresas que lidam directamente com comércio são, para o seu próprio bem, praticamente obrigadas a fazer esse tipo de monitoramento que pode ser feito semanal, mensal, semestral ou anualmente, dependendo da necessidade de avaliação da organização. 5 50% 5 50% 3 Quais são os princípios para elaboração da reconciliação bancária? As respostas dadas para esta questão foram positivas, quando os funcionários do CDN foram unânimes em afirmar que os princípios da reconciliação bancária são: Princípio 1: Objectivos, independência, poderes, transparência e cooperação Princípio 2: Actividades permitidas Princípio 3: Critério para autorização de funcionamento Princípio 4: Transferência significativa de Propriedade Princípio 5: Grandes aquisições Princípio 6: Adequação de capital Princípio 7: Processo de gestão de riscos 7 70% 3 30% 4 Como se faz a Segundo os colaboradores do CDN, são passos para a realização de reconciliação bancária: 1º Passo: Lançar as movimentações diariamente;
  • 40. 27 reconciliação bancária no CDN? 2º Passo: Verificar saldo no extracto bancário mensalmente; 3º Passo: Conferir detalhes dos lançamentos; 4º Passo: Se houver diferenças nos lançamentos, corrigir. 6 60% 4 40% 5 Qual é a importância dos registos financeiros na tomada de decisões financeiras? Uma reconciliação bancária consiste em se fazer a comparação física entre o saldo das contas bancárias com o controle financeiro interno de uma empresa. Mas ainda que essa seja uma actividade de extrema importância para qualquer negócio, muitas empresas abrem mão dessa prática tão importante. Na verdade, a reconciliação bancária é de certa forma subestimada por muitas empresas e escritórios que não se dão conta da sua importância, principalmente para o sector contabilístico e financeiro. 2 20% 8 80% 6 Como Funciona a reconciliação bancária no CDN? Do ponto de vista contabilístico, as informações apuradas com maior rigor e precisão garantirão relatórios contabilísticos mais fidedignos o que, além de contribuir para o controlo patrimonial, também favorecerá a elaboração de demonstrações contabilísticas seguras para o Fisco. Vale lembrar, ainda, que actualmente muitas empresas fecham as portas por conta do desequilíbrio financeiro e, principalmente, por uma má gestão interna de ferramentas básicas, como os fluxos de caixa e a própria reconciliação bancária. Por isso, adopte esse tipo de prática dentro dos procedimentos padrões da sua empresa, contando com o suporte de profissionais qualificados e, ainda, de tecnologias que possibilitam a automatização de processos, como os softwares de gestão financeira. 3 30% 7 70% 7 Qual é o objectivo da reconciliação bancária? A reconciliação bancária tem como objectivo principal a acção de confronto entre saldos, entradas e saídas de uma conta no banco com a movimentação esperada de receita e despesa de sua empresa. Na verdade, esta actividade consiste em comparar, por exemplo, os lançamentos nos extractos bancários com os do controle financeiro de pedidos de venda e contas a pagar. 3 30% 7 70% Fonte: Adaptado pelo autor (2017)
  • 41. 28 Tabela 4: Exemplo de Livro de Controlo Bancário de 2014 Data Diár io Nr Diário Descrição Debito Credito Saldo Doc Nr Doc Lançamento: 000 121321 – Standarbanks C/1131059811011 Saldos anteriores (débito, crédito e saldo) 620.803.410,19 591.598.265,92 29.205.144,27D 01/12 PR2 6 120.04 2 BN303 Nr 1555/NPL14 823.750,00 30.028.894,2 7D BN30 3 1555 01/12 PR2 6 120.04 4 BN303 Nr 1555/NPL14 12.000,00 30.040.894,2 7D BN30 3 1556 01/12 PR2 6 120.04 5 BN303 Nr 1555/NPL14 24.000,00 30.064.894,2 7D BN30 3 1557 01/12 PR2 6 120.46 BN303 Nr 1555/NPL14 3.872,87 30.040.837,2 7D BN30 3 1558 01/12 PR2 6 120.04 7 BN303 Nr 1555/NPL14 66.838,00 30.090.809,2 7D BN30 3 1559 01/12 PR2 6 120.00 1 BN303 Nr 1555/NPL14 156.800,00 30.650.889,2 7D BN30 3 1560 02/12 PR2 6 120.00 2 BN303 Nr 1555/NPL14 15.569,84 30.340.867,2 7D BN30 3 1542 02/12 PR2 6 120.00 3 BN303 Nr 1555/NPL14 767,00 30.040.874,2 7D BN30 3 1543 02/12 PR2 6 120.00 4 BN303 Nr 1555/NPL14 934.71,66 29.760.894,2 7D BN30 3 1544 02/12 PR2 6 120.00 5 BN303 Nr 1555/NPL14 22.413,43 29.980.674,2 7D BN30 3 1545 02/12 PR2 6 120.00 6 BN303 Nr 1555/NPL14 1.067.996,59 29.120.094,2 7D BN30 3 1546 02/12 PR2 6 120.00 7 BN303 Nr 1555/NPL14 33.865,43 28.450.784,2 7D BN30 3 1547 05/12 PR2 2 120.00 8 BN303 Nr 1555/NPL14 432.875,95 28.350.344,2 7D BN30 3 134 05/12 PR2 2 120.00 9 BN303 Nr 1555/NPL14 2.044,00 27.980.674,2 7D BN30 3 135 05/12 PR2 2 120.01 0 BN303 Nr 1555/NPL14 3.893.883,57 27.670.874,2 7D BN30 3 136 05/12 PR2 2 120.01 1 NPF Nr 1555/NPL14 432.875,95 27.140.234,2 7D BN30 3 137 05/12 PR2 2 120.01 2 Trpr Nr 1555/NPL14 120.889,89 23.540.094,2 7D BN30 3 1745 08/12 P26 120.01 3 BN303 Nr 1555/NPL14 9.101.359,68 23.740.674,2 7D BN30 3 41 09/12 PR2 5 120.01 4 BN303 Nr 1555/NPL14 17.100.000,0 0 23.640.454,2 7D BN30 3 1548 09/12 PR2 6 120.01 5 BN303 Nr 1555/NPL14 1.102.282,04 11.235.222,8 3C BN30 3 1549 09/12 PR2 120.01 BN303 Nr 34.952,85 11.122.472,8 BN30 1550
  • 42. 29 6 6 1555/NPL14 3C 3 09/12 PR2 6 120.01 7 NPF Nr 1555/NPL14 13.154.097,5 8 12.056.760,4 6C BN30 3 1551 09/12 PR2 6 120.01 8 NPF Nr 1555/NPL14 640.305,00 12.103.803,5 3C BN30 3 1552 14/12 PR2 6 120.01 9 NPF Nr 1555/NPL14 5.000.000,00 11.122.472,8 3C BN30 3 1764 14/12 PR2 6 120.02 0 NPF Nr 1555/NPL14 62.104,00 11.122.472,8 3C BN30 3 1767 14/12 PR2 6 120.02 1 NPF Nr 1764/NPL14 1.948.050,00 10.122.472,8 3C BN30 3 1768 14/12 PR2 6 120.02 2 NPF Nr 1764/NPL14 2.158.650,00 1.122.472,83 C BN30 3 1769 14/12 PR2 6 120.02 3 NPF Nr 1764/NPL14 1.868.263,91 1.122.472,83 C BN30 3 1771 14/12 PR2 6 120.02 4 NPF Nr 1764/NPL14 22.760,00 2.122.472,83 C BN30 3 1778 14/12 PR2 6 120.02 5 NPF Nr 1764/NPL14 147.768,99 3.122.472,83 C BN30 3 1834 27/12 PR2 6 120.02 6 NPF Nr 1764/NPL14 34.679.000,5 6 4.122.472,83 C BN30 3 1846 27/12 PR2 6 120.02 7 NPF Nr 1764/NPL14 6.645.901,19 6.122.472,83 C BN30 3 1779 31/12 F90 120.02 8 NPF Nr 1764/NPL14 160.00 5.122.472,83 C BN30 3 1211 31/12 F90 120.02 9 NPF Nr 1764/NPL14 1.550,00 7.122.472,83 C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 0 NPF Nr 1764/NPL14 600,00 90.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 1 NPF Nr 1764/NPL14 22.070,00 45.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 2 NPF Nr 1764/NPL14 7.250,00 89.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 3 NPF Nr 1764/NPL14 868.263,00 45.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 4 NPF Nr 1764/NPL14 68.263,09 11.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 5 NPF Nr 1764/NPL14 8.263,00 11.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 6 NPF Nr 1764/NPL14 868.003,00 11.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 7 NPF Nr 1764/NPL14 868.000,91 11.122.472,8 3C BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 8 NPF Nr 1764/NPL14 1.868.263,91 6.260.339,36 D BN30 3 1211 31/12 F90 120.03 9 NPF Nr 1764/NPL14 8.263,91 5.260.339,36 D BN30 3 1211 31/12 F90 120.04 0 NPF Nr 1764/NPL14 868.263,00 4.260.339,36 D BN30 3 1211
  • 43. 30 31/12 F90 120.04 1 NPF Nr 1764/NPL14 945.654,00 6.260.339,36 D BN30 3 1211 31/12 F90 120.04 2 NPF Nr 1764/NPL14 60.000,00 3.260.339,36 D BN30 3 1211 31/12 F90 120.04 3 NPF Nr 1764/NPL14 198.000,00 2.260.339,36 D BN30 3 1211 31/12 F90 120.04 4 Pacote Indeterminado 58.427,65 1.260.339,36 D BN30 3 1211 31/12 F90 120.04 5 Pacote Indeterminado 3.700,00 5.260.339,36 D BN30 3 45 31/12 F90 120.04 6 Pacote Indeterminado 160.000,00 7.260.339,36 D BN30 3 40 31/12 F90 120.04 7 Pacote Indeterminado 41.369,66 9.260.339,36 D BN30 3 43 31/12 F90 120.04 8 Pacote Indeterminado 1.400,00 5.260.339,36 D BN30 3 44 31/12 F90 120.04 9 Pacote Indeterminado 7.810,00 1.260.339,36 D BN30 3 1553 31/12 F90 120.05 0 Pacote Indeterminado 125.312,60 2.260.339,36 D BN30 3 1774 31/12 F90 120.06 2 Pacote Indeterminado 105.750,00 6.260.339,36 D BN30 3 1775 31/12 F90 120.06 2 Pacote Indeterminado 3.350,00 4.260.339,36 D BN30 3 1776 31/12 F90 120.06 2 Pacote Indeterminado 2.589.213,35 6.260.309,06 D BN30 3 1777 31/12 F90 120.06 2 Pacote Indeterminado 7.287.650,38 2.260.199,00 D BN30 3 1821 31/12 F90 120.06 2 Pacote Indeterminado 6.039,06 6.260.239,06 D BN30 3 1829 31/12 F90 120.06 2 TRPR1 Nr 1850/NPL14 13.000.000,0 0 2.260.130,86 D BN30 3 1837 31/12 F90 120.06 2 TRPR1 Nr 1850/NPL14 17.000.000,0 0 9.260.139,56 D BN30 3 1839 31/12 F90 120.06 2 TRPR1 Nr 1850/NPL14 8.500,000,00 7.260.139,76 D BN30 3 1841 31/12 F90 120.06 2 TRPR1 Nr 1850/NPL14 17.500.000,0 0 6.260.339,36 D BN30 3 1841 31/12 F90 120.02 4 BN303 Nr 1850/NPL14 968.400,00 5.260.739,46 D BN30 3 1841 31/12 F90 120.02 5 NPF Nr 1850/NPL14 94.261,68 4.260.139,66 D NPF 1841 31/12 F90 120.02 6 NPF Nr 1850/NPL14 1.004.242,36 3.260.136,06 D NPF 1841 31/12 F90 120.02 7 NPF Nr 1850/NPL14 198.100,00 2.260.139,16 D NPF 1841 31/12 F90 120.02 8 NPF Nr1850/NPL14 58.427,65 2.260.109,26 D NPF 1841 31/12 F90 120.02 NPF Nr 1.668.513,60 1.260.179,76 NPF 1841
  • 44. 31 9 1850/NPL14 D 31/12 F90 120.03 0 NPF Nr 1850/NPL14 3.997.230,43 9.260.149,06 D NPF 1841 31/12 F90 120.03 2 NPF Nr 1850/NPL14 1.535.457,20 8.260.139,00 D NPF 1841 31/12 F90 120.06 0 NPF Nr 1850/NPL14 616.255,87 6.260.139,11 D NPF 1841 31/12 F90 120.06 1 NPF Nr 1850/NPL14 58.427,65 7.260.139,56 D NPF 1841 31/12 F90 120.06 2 NPF Nr 1850/NPL14 945.781,20 8.260.169,34 D NPF 1841 31/12 F90 120.06 3 NPF Nr 1850/NPL14 2.888.830,77 4.260.139,56 D NPF 1845 31/12 F90 120.06 4 NPF Nr 1850/NPL14 1.176.649,50 11.260.139,5 6D NPF 1850 31/12 F90 120.04 0 NPF Nr 1850/NPL14 60.000,00 23.260.139,5 6D NPF 1867 31/12 F90 120.04 1 BN303 Nr 1850/NPL14 3.750,00 26.260.139,5 6D NPF 1554 31/12 F90 120.04 8 NPF Nr 1944/NPL14 13.008.163,8 9 3.283.573,43 D NPF 1944 31/12 F90 120.04 9 BN104 Nr 6/NPL14 160.000,00 3.123.578,43 D BN30 3 6 31/12 F90 120.05 0 BN104 Nr 7/NPL14 178.573,72 2.945.004,71 D BN30 3 7 SBank C/ Nr 1131059811011 Total período 74.187.260,8 7 100.447.400, 43 26.260.139,5 6D Total acumulado 694.990.671. 06 692.045.666, 35 2.945.004,71 D Fonte: Adaptado pelo autor (2017) a partir do Livro de Controlo Bancário do CDN de 2014 Esta tabela demonstra os movimentos e/ou registos internos referentes ao controlo bancário. Tem como objectivo controlar as entradas, saídas e apuramento de saldos contabilísticos. A não existência deste livro de controlo bancário não é possível realizar- se a reconciliação bancária e a empresa fica sujeita a vários riscos financeiros, que podem motivar a falência da empresa, por se encontrar descontrolada.
  • 45. 32 4.4. Análise e Interpretação de Dados Gráfico 1: A empresa está alistada nas BVM? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Como se pode ver pelo gráfico, a percentagem máxima de 80% indica que a empresa CDN, ainda não está alistada nas Bolsas de Valores de Moçambique, segundo as respostas dadas pelos colaboradores assim como o gerente geral de controlo e finanças, Mcs. Riaz. Gráfico 2: Números de Trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor (2017) De acordo com o gráfico acima, em termos de números de colaboradores do CDN variam entre 250 a 500 trabalhadores, isto é, referentes às oportunidades que a empresa dá de forma a ajudar a população onde a empresa está inserida. 0% 20% 40% 60% 80% 100% SIM NÃO Título do Eixo TítulodoEixo Alistada na BVM Menos de 250 250 - 500 Mais de 500 Números de Trabalhadores 35% 60% 5% 0% 20% 40% 60% 80% TítulodoEixo Números de Trabalhadores
  • 46. 33 Gráfico 3: Qual é o lucro da Empresa (Valores em Milhões)? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) No que tange aos lucros da empresa, os representantes do CDN não puderam dar a informação como se pode ver pelo gráfico – Não se Aplica (N/A), mas segundo algumas fontes dadas pelos trabalhadores o lucro da empresa varia entre 500 a 1000 milhões de meticais. Gráfico 4: Qual é o ganho da Empresa (Valores em Milhões)? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Quanto aos ganhos da empresa, não ficou tão claro, como se disse anteriormente que os chefes do topo não puderam dar a informação sobre os ganhos em valores de milhões, segundo eles, N/A ou seja esse tipo de informações só pode ser dado a nível central. Menos de 500 500 - 1,275 Mais de 1,275 N/A Lucro da Empresa 20% 10% 10% 60% 0% 20% 40% 60% 80% TítulodoEixo Lucro da Empresa Menos de 500 500 - 1,275 Mais de 1,275 N/A Ganhos do CDN - Valores em Milhões 30% 15% 5% 50% 0% 20% 40% 60% TítulodoEixo Ganhos do CDN - Valores em Milhões
  • 47. 34 Gráfico 5: Perfil dos Entrevistados na População de Estudo Fonte: Adaptado pelo autor (2017) O estudo, como foi anteriormente referido, teve como alvo a uma empresa moçambicana localizada na Província de Nampula, designada por CDN – Corredor de Desenvolvimento do Norte. No CDN, foram recolhidos dados primários e secundários, através da entrevista e análise documental, respectivamente. Para o efeito, a entrevista foi dirigida aos colaboradores das áreas de gestão financeira e de contabilidade e finanças. O responsável pela área de gestão financeira tem formação superior nesta área e uma certificação internacional em Contabilidade enquanto os gestores pela administração e finanças, embora com formação superior em economia e gestão, têm uma formação técnico médio profissional em Contabilidade e trabalham nesta área há mais de 10 anos. Tabela 5: Exemplo de Extracto Bancário do CDN DATA VALOR REFERENCIA DEBITO CREDITO SALDO Saldo em 01 de Julho de 2014 15.642.122,36 19-12- 2014 19-12-2014 FT1435302320/N01 277,90 15.641.844,46 19-12- 2014 19-12-2014 FT1435302320/N01 314,90 15.327.535,66 19-12- 2014 19-12-2014 FT1435302320/N01 8.500.000,00 23.827.535,66 19-12- 2014 19-12-2014 TT1435303198/N01 160.000,00 23.667.535,66 Contabilida de Gestão Financeira Produção Direcção Geral Estudos e projectos Aprovisiona mento Sector de actividade dos entrevistados 20% 30% 10% 10% 10% 20% 0% 10% 20% 30% 40% TítulodoEixo Sector de actividade dos entrevistados
  • 48. 35 22-12- 2014 22-12-2014 FT1435302320/N01 277,90 23.667.535,66 22-12- 2014 22-12-2014 FT1435302320/N01 1.668.513,60 21.998.744,16 22-12- 2014 22-12-2014 TT1435303198/N01 277,90 21.998.744,16 22-12- 2014 22-12-2014 FT1435302320/N01 3.997.230,43 18.001.235,83 24-12- 2014 09-12-2014 TT1435303198/N01 640.305,00 17.360.930,83 24-12- 2014 09-12-2014 FT1435302320/N01 13.154.097,58 4.206.833,25 Saldo em 01 de Julho de 2014 4.206.833,25 30-12- 2014 30-12-2014 TT1435303198/N01 13.000.000,00 17.206.833,25 30-12- 2014 30-12-2014 CD1436400568/N01 13.008.168,89 4.198.669,36 31-12- 2014 01-01-2015 1131059811011.MTD 4.197.930,16 Saldo em 31-12-2014 4.197.930,16 Fonte: Adaptado pelo autor (2017) a partir de relatórios do CDN de 2014 A tabela 7 apresenta um Exemplo de Extracto Bancário do CDN, onde se encontram reportados todos os movimentos de entradas, saídas e respectivo saldo bancário disponível em 31 de Dezembro de 2014. É documento emitido pelo banco e espelha toda situação financeira duma empresa. Este joga com o livro de controlo bancário da empresa. Na ausência de um deles (livro de controlo bancário e extracto bancário) vejamos os transtornos: não haverá confrontação de saldos; não é possível identificar as pendências e finalmente, não se faz a reconciliação bancária.
  • 49. 36 Tabela 6: Entendimento acerca do controlo interno do CDN No Questionário de Controlo Interno do CDN Respostas Questões Concordo Discordo 1 Existe auditoria interna, funcionando com efectividade. 6 60% 4 40% 2 Na empresa são utilizados relatórios para a direcção acompanhar a evolução dos saldos da empresa. 7 70% 3 30% 3 Há análises que permitem a direcção detectar transacções anormais. 6 60% 4 40% 4 Os extractos são assinados por uma pessoa competente do banco. 7 70% 3 30% 5 A contabilidade tem livro de controlo bancário. 8 80% 2 20% 6 O período de reconciliação bancária é mensal. 6 60% 4 40% 7 O extracto bancário solicita-se mensalmente. 6 60% 4 40% Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Nesta tabela estão expostas algumas afirmações apresentadas aos colaboradores do CDN para confirmação ou refutação, segundo o conhecimento de cada um. Nas questões arroladas na tabela 6, as respostas positivas ganham um ponto alto em relação as negativas. Quer dizer, da questão 1 a 7 as positivas estão em número de 6, 7, 6, 7, 8, 6 e 6, correspondentes a 60%, 70%, 60%, 70%, 80%, 60% e 60%, respectivamente, contra 4, 3, 4, 3, 2, 4 e 4, correspondentes a 40%, 30%, 40%, 30%, 20%, 40% e 40%, respectivamente. Gráfico 6: A empresa aplica a amostragem nos trabalhos referentes a auditoria? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Como se pode ver pelo gráfico quanto a amostragem nos trabalhos de auditoria, percebe-se que há tanta aplicação, porque nada adianta quando se quer se fazer 70% 30% SIM NÃO 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%
  • 50. 37 trabalhos de auditoria, não se usar a amostragem com o objectivo de ver qual será a margem de erro provável para se poder analisar claramente e tomar decisões objectivas. Gráfico 7: Quais são os softwares usados na reconciliação bancária? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Relativamente aos softwares usados na reconciliação bancária, na verdade ficou muito difícil para obter as respostas no momento de entrevista aos funcionários. Segundo eles os softwares que foram citados acima, são muito importantes mas difícil de manejar, dai que precisa de capacitar alguns colaboradores para o seu uso devido. Mas 50% dos funcionários disseram que a Microsoft Excel tem sido um dos softwares muito exaustivo no apuramento de resultado de contabilidade assim como para a reconciliação bancária entre vários fins. Gráfico 8: Elaboração de trabalho nas entidades auditadas Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Quanto a elaboração de programas de trabalhos de auditoria às entidades, isso tem sido feito constantemente, por isso, a percentagem máxima foi de 60% dos que responderam 15% 10% 50% 25% Acess ACL Microsoft Excel IDEA 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% Software usado na reconciliação bancária 60% 40% SIM NÃO 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Elaboração de programas de trabalho nas entidades auditadas
  • 51. 38 positivamente, mas por outro lado, outros funcionários se mostraram indecisos nas suas respostas pautadas a esta pergunta, por isso concluíram que não existe. Gráfico 9: Quais são os testes utilizados no CDN? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) O gráfico 9 apresenta a percentagem máxima de 70% e a mínima de 10%. Portanto, sete (7) colaboradores responderam que o teste mais utilizado pela empresa CDN para o controlo bancário é a reconciliação bancária. Quanto aos testes que são realizados no Corredor de Desenvolvimento do Norte ficou por se concluir que a reconciliação bancária tem sido um dos testes mais importantes naquela empresa, comparativamente ao da conferência de cálculos, que são feitos no programa ou seja no software de Excel, assim como ao da confirmação externa. Assim, 10% dos funcionários alegaram que, um dos testes usados usualmente no CDN tem sido o exame e contagem física. Gráfico 10: Como classifica o software usado para a reconciliação bancária? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) 10% 10% 70% 10% Exame e contagem física Confirmaçãoexterna Reconciliação Conferênciade cálculos 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% Testes utilizados pela empresa 15% 10% 40% 35% Mau Satisfatório Muito Bom Bom 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45% Classificação do software usado para a reconciliação bancária
  • 52. 39 Na classificação de software usado na reconciliação bancária no CDN o Microsoft Excel foi considerado como o melhor e nas respostas, segundo o gráfico, está avaliado em muito bom, com 40% dentre as demais ferramentas que tem sido usadas para o mesmo fim. Gráfico 11: Qual é o período de realização da Reconciliação bancária no CDN? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) Como se pode ver pelo gráfico 11, fica mais fácil perceber o período de realização da reconciliação bancária no Corredor de Desenvolvimento do Norte. Segundo as respostas dadas pelos colaboradores, seis (6) correspondentes a 60% afirmaram que é feita mensalmente para não deixar passar muito tempo e com risco de haver muita complicação quando se pretende fazer a reconciliação bancária. Mas por outro lado, quatro (4), correspondente a 40% deram respostas diferentes, segundo amostra o gráfico, no qual dois (2) disseram que é feita anualmente, um (1) semestralmente e um (1) trimestralmente. Contudo, segundo os relatórios dados conclui-se que é feita mensalmente. Gráfico 12: Qual é o período de solicitação do extracto bancário no CDN? Fonte: Adaptado pelo autor (2017) 60% 10% 10% 20% Mensal Trimestral Semestral Annual 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Período de realização de Reconciliação bancária 10% 60% 10% 20% Semanal Trimestral 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Período de solicitação do extracto bancário
  • 53. 40 A solicitação de extracto bancário tem sido solicitado mensalmente, conforme o ilustrado no gráfico 12, onde seis (6) colaboradores correspondentes a 60% afirmaram que a solicitação do extracto bancário é mensal enquanto os quatro (4) restantes deram respostas diferentes. Na realização da reconciliação obedece algumas normas para a sua execução, razão pela qual os revisores oficiais de contabilidade quando pretendem fazer algo, eles solicitam os extractos do banco assim como da empresa para poderem comparar e assim tomar as suas decisões para andamento da empresa. 4.5.Validação de Hipóteses São validadas as hipóteses formuladas, para aprovação ou rejeição, de acordo com as respostas das questões arroladas no questionário. Foi adoptado o critério segundo o qual e em conformidade com as respostas dadas pelos inquiridos, se a percentagem do indicador for abaixo de 50%, rejeita-se a hipótese, caso contrário, a hipótese fica aprovada. Hipótese 1: A reconciliação bancária apresenta uma situação financeira realista da empresa, extremamente necessária para que várias decisões importantes sejam tomadas. Fica aprovada, de acordo com os resultados respondidas positivamente no momento do questionário com uma percentagem de 60%. Por tanto este método consiste na comparação entre o saldo de uma conta bancária e todas as informações externas à contabilidade, no caso, os extractos bancários e é uma maneira de garantir a exactidão de um saldo que foi apurado internamente, em determinado período. E dizer que, apesar de ser uma actividade extremamente importante dentro de qualquer organização, principalmente para os sectores contabilísticos e financeiro. Por conta disso, corre-se o risco de perder o controlo do capital disponível para o desenvolvimento de suas actividades diárias ou, ainda, para o cumprimento de obrigações, como empréstimos, financiamentos bancários e parcelamentos com fornecedores.
  • 54. 41 Hipótese 2: Por meio de uma reconciliação bancária é possível ter uma melhor previsão do fluxo de caixa e fazer um planeamento orçamentário mais efectivo. Fica aprovada, de acordo com os resultados respondidas positivamente no momento do questionário com uma percentagem de 60%, mostrando que é através dela que se pode identificar algum débito indevido na conta corrente. Pode ser uma tarifa indevida ou um débito automático não autorizado, portanto evita-se também o pagamento de multas por atraso no cumprimento de compromissos financeiros, dai que é possível descobrir que fazer o fluxo de caixa se tornará bem mais simples com a reconciliação bancária pronta e actualizada. No capítulo a seguir estão apresentadas a conclusão e sugestões referentes ao presente trabalho de pesquisa.
  • 55. 42 CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES No presente capítulo estão apresentados a conclusão e sugestões que emergiram aquando da apresentação, análise e interpretação de dados desta pesquisa. 5.1. Conclusões Concluído o trabalho de pesquisa, fica evidente que o controlo financeiro de uma empresa é muito importante para que tudo funcione correctamente e ela não arque com erros e prejuízos. Quando a gestão não acontece de forma eficiente numa organização, pode causar até a sua falência.  Dai que, o saldo de uma conta do balanço patrimonial ou da Demonstração do Resultado do Exercício pode estar errado para mais (+) ou para menos (-). Devido a este risco, todas as contas da contabilidade devem ser testadas para mais (+) e para subavaliação (-). A experiência tem demonstrado que é mais fácil dirigir os testes principais de subavaliação para as contas devedoras (normalmente, as contas do activo e despesa) e os de subavaliação para as contas credoras (geralmente contas de passivo e receitas). Devido ao facto de as transacções na contabilidade serem registadas pelo sistema de partidas dobradas, quando se testam as contas devedoras para subavaliação, as contas credoras também estão sendo testadas indirectamente nesta mesma direcção.  Da mesma forma quando se testam as contas credoras para subavaliação, as contas devedoras estão sendo testadas secundariamente nessa mesma direcção. Por exemplo, por ocasião da auditoria da conta credora de fornecedores a pagar (testada para subavaliação), o auditor descobre que uma factura de compra de matéria-prima não foi registada na contabilidade; consequentemente, as contas de fornecedores a pagar e matéria-prima (conta devedora classificada no grupo de stock do Activo Circulante) estão subavaliadas.  Ao realizar os lançamentos deve-se ter em conta que nem todas as despesas do extracto devem ser lançadas em Despesas Bancárias pois existem outras despesas que aparecem nos extractos como IOF e juros que devem ser contabilizadas como tal. Embora estas também sejam despesas, não poderão ser incluídas no mesmo grupo de despesas, sendo estas lançadas em Despesas com IOF e Despesas com Juros respectivamente.
  • 56. 43 5.2. Sugestões Relativamente ao assunto tratado nesta pesquisa, sobre Reconciliação Bancária, sugere- se que as empresas:  Registem diariamente todas as entradas e saídas das contas do banco, não se esquecendo dos juros e tarifas. Tal prestação de contas deve ser feita de forma organizada e detalhada;  Controlem diariamente todas as movimentações de entradas e saídas financeiras, informando todas as contas bancárias envolvidas;  Confiram os saldos (inicial e final) do controlo interno e os saldos no extracto bancário se batem;  Vejam se todos os lançamentos do extracto bancário estão sendo feitos na data correcta e com os valores correctos no controlo financeiro da empresa;  Verifiquem as divergências de valores ou a falta dos mesmos, procurando saber aonde isto ocorreu. Para em seguida, corrigir as diferenças no controlo interno, para que todos os lançamentos estejam reflectidos e o saldo esteja idêntico.
  • 57. 44 Referência bibliográfica ARAÚJO, A. M. P.& ASSAF, A. Introdução à Contabilidade. São Paulo: Editora Atlas, 2004. NETO, Alexandre; SILVA, César Augusto Tibúrcio. Administração do Capital de Giro. 2ª Edição. São Paulo: Atlas, 1997. Atlas, S. A., 2003. BORGES, A. at al. Elementos de Contabilidade Geral. 25ª Ed. Lisboa: Áreas Editora, 2010. BRIGHAM, E. F & EHRHARDT, M. C. Administração Financeira: Teoria e Prática. São Paulo: Lengage, 2010. CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6ª ed., Rio de Janeiro, 2000. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 03. CREPALDI, Sílvio Aparecido. Contabilidade Gerência: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 1998. DA COSTA, C.B & ALVES, G. C. Contabilidade Financeira. Lisboa: 8ª Ed. Editora Rei dos Livros, 2013. DA COSTA, C.B & ALVES, G. C. Contabilidade Financeira. Lisboa: 7ª Ed. Editora Rei dos Livros, 2008. DA SILVA, E. L. & MENEZES, M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. Florianópolis: 4ª Ed. Actual., UFSC, 2005. IUDÍCIBUS, S. de et al. Dicionário de Termos de Contabilidade. 2ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, S.A. 2003 IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade Gerência. 6ª Edição. São Paulo: Atlas, 1998. DRUCKER, Peter Ademar: Administrando para o futuro. São Paulo: pioneira, 1992.
  • 58. 45 FLICK, U. Métodos Qualitativos na Investigação Científica. 1ª Ed. Lisboa: Monitor, Projectos e Edições, Lda, 2005. GARCIAS, Neves, ARISTIDES, Francisco. Controlo Interno: Inibidor de erros. Revista Pensar Contável. n 2ª . Rio de Janeiro: 1998. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 12a Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. GITMAN, L. J. Princípios de Administração Financeira. 10a Ed. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2004. LAKATOS, E. M. & MARCONI, M. A. Técnicas de Pesquisa.7ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. LUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos. Introdução à Ciência da Contabilidade. 3ª. Edição-São Paulo : Atlas, 2002. MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 7ª Edição. São Paulo: Atlas, 1998. MORAIS, Georgina; MARTINS, Isabel. In Auditoria Interna, Funções e Processo, 2.ª edição, Áreas Editora, 2003. NEVES, da Silvério e VICENCONTI, E.V. Paulo. Contabilidade Avançada. São Paulo: Editora Frase Lda., 1998. OLIVEIRA, Antonio Benedito Silva. Métodos e Técnicas de Pesquisa em Contabilidade. São Paulo: Saraiva, 2003. PADOVEZE, Clóvis Luiz. Sistemas de Informações Contáveis. São Paulo: Atlas, 1988. PALE, António Luís. “O Tribunal Administrativo à Luz da Lei n.º 5/92, de 6 de Maio, Maputo, Dezembro, 1997. SÁ, Antônio Lopes de. Teoria da Contabilidade, 4º edição, São Paulo, Atlas, 2002. SHMIDT, Paulo. História do Pensamento Contábil, Bookman, 2000.
  • 60. 47 BOM DIA/ BOA TARDE! Tal como foi inicialmente comunicado, esta constitui um instrumento de uma pesquisa a ser remetida a comissão julgadora da Universidade pedagógica que tem como objectivo de apresentar aos proprietários das empresas assim como os credores e investidores como se encontra a posição financeira da empresa e tendo em conta a visão geral e especifica dos documentos contabilísticos e visa responder às seguintes perguntas: 1.O que é reconciliação bancária ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 2.A empresa esta lista nas bolsas de valores de Moçambique? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 3.As DF‟s usadas na CDN para tomada de decisões são: (DFC, DRE, Balanço e Alteração de capital). ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 5.O processo de interligação das informações das DF‟s, utilizado pelos administradores na tomada de decisões financeiras é usado de forma prudente e eficaz. ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 6.Quais são os princípios para elaboração da reconciliação bancária? ______________________________________________________________________ 7.Como se faz a reconciliação bancária na CDN? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 8.Qual é a importância dos registos financeiros na tomada de decisões financeiras?
  • 61. 48 ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 9.Como Funciona a reconciliação bancária na CDN? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 10.Qual é o melhor demonstrativo financeiro para a tomada de decisões financeiras? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 11.Como é que os administradores podem utilizar as informações das DF‟s de forma conjunta para auxiliar as suas decisões? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 12.Qual é o objectivo da reconciliação bancária? ______________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ 13.Qual é o período que se faz a reconciliação bancária na CDN? [ ] Diário [ ] Mensal [ ] Semestral [ ] Trimestral [ ] Anual 14.Qual é o período solicitado o extracto bancário? [ ] Mensal [ ] Semestral [ ] Trimestral [ ] Anual