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Sérgio Alfredo Macore
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMO BASE PARA CONCESSÃO DE CRÉDITO
Estudo de Caso na MM Integrated Steel Mills Moçambique, Lda 2014 – 2015
(Licenciatura em Contabilidade com habilidades em Auditoria)
Universidade. Pedagogica.
Nampula.
2017
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Estudo de Caso na MM Integrated Steel Mills Moçambique, Lda 2014 – 2015
Monografia Cientifica a ser apresentada no
departamento de Contabilidade e Gestão da
Universidade Pedagógica – para requisito de
obtenção em Contabilidade com habilidades em
Auditoria.
Orientador
Msc. Armando Agostinho Tomas
Universidade Pedagógica
Nampula
2017
ii
ÍNDICE
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................v
LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................ vi
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. vii
LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................................ viii
DECLARAÇÃO ....................................................................................................................... ix
DEDICATÓRIA .........................................................................................................................x
AGRADECIMENTO................................................................................................................ xi
RESUMO ................................................................................................................................ xii
CAPITULO I – INTRODUÇÃO.................................................................................................1
1.1.Introdução .........................................................................................................................1
1.2.Objecto do estudo ..............................................................................................................2
1.2.1.Objectivo Geral...........................................................................................................2
1.2.2.Objectivos Específicos ................................................................................................2
1.3.Justificativas...................................................................................................................2
1.4.Problema ...........................................................................................................................3
1.5.Hipóteses...........................................................................................................................4
1.5.1.Hipótese Básica...........................................................................................................4
1.5.2.Hipóteses Secundárias.................................................................................................4
1.6.Delimitação do tema ..........................................................................................................4
1.7.Estrutura do trabalho..........................................................................................................4
CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA .........................................................................5
2.1.Demonstrações Financeiras................................................................................................5
2.1.1.Balanços......................................................................................................................5
2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício....................................................................5
2.1.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa.......................... Erro! Marcador não definido.
2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras.......................................................................6
2.2.Utilizadores da Análise Financeira.....................................................................................6
2.3.Procedimentos Preliminares à Análise................................................................................7
2.3.1.Técnicas de Análise.....................................................................................................8
2.3.2.Análise Vertical........................................................... Erro! Marcador não definido.
iii
2.3.3.Análise Horizontal....................................................... Erro! Marcador não definido.
2.4.Tipos de demonstrações financeiras ...................................................................................8
2.4.1.Balanço Patrimonial ....................................................................................................8
2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício....................................................................9
2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados ...................................................10
2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido..................................................10
2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos................................................10
2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa ..............................................................................11
2.5.Conceito de crédito ..........................................................................................................11
2.5.1.Conceito de risco.......................................................................................................12
2.5.2.Factores de risco........................................................................................................12
2.5.3.Garantias...................................................................................................................13
2.6.Tipos de garantias............................................................................................................13
2.6.1.Aval ..........................................................................................................................13
2.6.2.Caução de duplicatas.................................................................................................14
2.6.3.Caução de cheques ....................................................................................................14
2.7.Os C‟s do Crédito ............................................................................................................16
2.7.1.Os C‟s Tradicionais do Crédito..................................................................................16
2.7.2.Os C‟s Modernos do Crédito .....................................................................................17
2.8.Os Três Novos C‟s do Crédito .........................................................................................17
2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito..............................................17
CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................18
3.1.Tipo de pesquisa ..............................................................................................................18
3.2.Método de procedimento ................................................... Erro! Marcador não definido.
3.3.Método de abordagem: indutivo......................................... Erro! Marcador não definido.
3.4.Técnica de colecta de dados............................................... Erro! Marcador não definido.
3.5.População ou Universo da Pesquisa ................................... Erro! Marcador não definido.
3.5.1.Universo...................................................................... Erro! Marcador não definido.
3.5.2.Amostra da Pesquisa ................................................... Erro! Marcador não definido.
3.6.Instrumentos de processamento de dados ........................... Erro! Marcador não definido.
iv
CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS....... Erro!
Marcador não definido.
4.1.Breve Historial.................................................................................................................20
4.1.1.Objectivos estratégicos..............................................................................................22
4.1.2.Visão.........................................................................................................................22
4.1.3.Missão.......................................................................................................................22
4.1.4.Valores......................................................................................................................23
4.1.5.Ambiente interno.......................................................................................................23
4.2.Análise do ambiente.........................................................................................................24
4.2.1.Variáveis do macro e micro ambiente........................................................................24
4.3.Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças...............................................................26
4.3.1.Pontos fortes: ............................................................................................................26
4.3.2.Pontos fracos:............................................................................................................27
4.3.3.Oportunidades ...........................................................................................................27
4.3.4.Ameaças....................................................................................................................27
4.4.Apresentação de dados.....................................................................................................27
4.4.1.Respostas obtidas no momento da entrevista .............................................................27
4.5.Análise e interpretação de dados ......................................................................................28
4.5.1.Dados pessoais ..........................................................................................................28
4.5.2.Dados da empresa......................................................................................................30
4.5.3.Objectivos da empresa...............................................................................................33
4.6.Dados financeiros ............................................................................................................33
4.6.1.Conceito de crédito....................................................................................................33
4.7.Verificação de hipótese....................................................................................................36
4.6.2.Hipóteses Secundárias...............................................................................................37
CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES....................................................................38
5.1.Conclusão........................................................................................................................38
5.2.Sugestão ..........................................................................................................................39
Bibliografias .............................................................................................................................40
Sugestão
v
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated S. M. Moz. 31/12/2013 a 31/12/2014..........14
Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício da empresa MM Integrated Steel Mills.....15
Tabela 3 - Respostas de entrevista.............................................................................................27
vi
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores .............................................................................................28
Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores...........................................................................34
Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores...................................................................................29
Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores ...............................................35
Gráfico 5: Tipo de empresa .......................................................................................................36
Gráfico 6: Ramo de actividade ..................................................................................................36
Gráfico 7: Facturamento............................................................................................................37
Gráfico 8: Número de trabalhadores..........................................................................................37
Gráfico 9: Composição da empresa ...........................................................................................38
Gráfico 10: Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações
contabilísticas da empresa? .......................................................................................................39
Gráfico 11: A empresa possui provisões no que concerne ao pagamento de salário?..................39
Gráfico 12: Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos? ..............................40
Gráfico 13: Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro?..............40
Gráfico 14: Usa-se a análise vertical nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder
crédito?.....................................................................................................................................41
vii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Vista frontal da Empresa MM Integrated S. M. Mozambique, Lda Nacala .................28
Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated S. M. Mozambique, Lda Nacala ..........29
viii
LISTA DE ABREVIATURAS
DF Demonstrações financeiras
DC Demonstrações Contabilisticas
CC Concessão de Crédito
VAL Valor Actual Líquido
RE Reembolsos de Empréstimos
FC Fluxo de Caixa
UP Universidade Pedagógica
NPC Normas de Procedimentos Contabilístico
ix
DECLARAÇÃO
Declaro que este trabalho cientfico é fruto da minha investigacao pessoal, o seu conteúdo é
original e todas fontes consultadas estão devidamente mencionadas na bibliografia final deste
trabalho e sub oreintacoes do meu supervisor. Este „e a primeira vez que submeto numa
instituicao de ensino para obtencao do grau em licenciatura em contabilidade com habilidade em
Auditoria.
Nampula, _____ Fevereiro de 2017
_____________________________________________
/ Sérgio Alfredo Macore /
Supervisor
_______________________________________
/ Msc. Armando Agostinho Tomás /
x
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais.
xi
AGRADECIMENTO
Ao meu supervisor, MSC. Armando Agostinho Tomás, pelos ensinamentos.
À minha namora Emília das Neves Gaveta pela coragem da parte dela.
Aos amigos e demais familiares, pela força e coragem que deram para a realização deste
trabalho.
Muito obrigado.
xii
RESUMO
A presente monografia com o tema sobre concessão de credito das demosntracoes no distrito de
nacala da empresa Integrated steel mills o que teve como tema, métodos contabilísticos e a sobre
concessão de credito existiu por objectivo de dar a conhecer os diversos pontos que fazem
menção da criação de funcionamento da contabilidade dentro das empresas. A pesquisa mostrou
que ao criar-se uma empresa comercial deve se respeitar os códigos de contas do plano para
melhor o funcionamento do património da própria empresa. A pesquisa concluiu que para que
haja um bom funcionamento nas empresas é preciso ter em conhecimento destes temas
apresentados.
Palavra-Chaves. Demonstrações Financeiras e Concessão de Crédito.
1
CAPITULO I – INTRODUÇÃO
1.1.Introdução
A presente monografia cientifica é realizada no âmbito de culminação do curso de Contabilidade
e Auditoria e cujo tema fala sobre concessão de credito na parte das demosntracoes financeiras
no distrito de Nacala.
Na verdade, as decisões que acercam as instituições financeiras são sempre objecto de muito
cuidado por parte dos gerentes de crédito, uma decisão tomada hoje poderá causar uma série de
efeitos no futuro, embora se tenha grande dificuldade em estabelecer estes efeitos ou mesmo
identificá-los e quantificá-los, estas situações são tanto mais difíceis de serem tratadas quanto
maiores forem os riscos e as incertezas do cenário económico. Pode-se considerar que os bancos
e instituições financeiras, em geral, como emprestadores de capital e financiadores de bens de
capital pelas empresas, representam o principal grupo de usuários das demonstrações financeiras
das empresas.
Em Moçambique a análise de crédito era feita somente através do estudo do cadastro, isto até a
década de 60. Tal análise consistia no processo de troca de informações sobre pontualidade em
saldar dívidas, valores das operações efectuadas e outras informações dessa natureza. A vinda de
bancos estrangeiros fortaleceu o uso das análises mais aprimoradas. A boa prática bancária
exclui que seja feita somente análise cadastral e coloque em risco os recursos administrados
emprestando-os para empresas que não estejam dispostas a fornecer dados contabilísticos e
apresentar informações fidedignas sobre sua situação financeira.
Mesmo em políticas de crédito a curto prazo, deve-se admitir que, como política de
relacionamento comercial com o cliente, uma análise que considerasse também aspectos de
longo prazo, em face da possibilidade de renovação daquelas operações. Este estudo discorrerá
sobre o método de análise financeira através de índices, de maneira prática e sucinta, do
contrário seria muito oneroso e gastaria tempo demasiadamente aos encarregados da carteira de
crédito em fazer análises minuciosas e que talvez não fossem suficientes para a tomada de
decisão rápida e segura, impossibilitando uma aplicação prática e objectiva.
2
1.2.Objecto do estudo
O presente trabalho tem como objecto de estudo analisar a eficiências do modelo das
demonstrações financeiras na concessão de crédito para as empresas, em particular MM
Integrated Steel Mills Mozambique, Lda no período compreendido entre 2014 – 2015.
1.2.1.Objectivo Geral
 Analisar as demonstrações financeiras das empresas como base para concessão de
crédito, em particular na MMI Integrated Steel Mills Mozambique, Lda – 2014 – 2015.
1.2.2.Objectivos Específicos
 Identificar os riscos nas situações de empréstimo através de equações que utilizam dados
do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.
 Apresentar soluções para tomada de decisão no momento da solicitação do crédito, por
meio da análise de índices financeiros, proporcionando condições para analisar situações
de empréstimos;
 Avaliar a capacidade de pagamento em um exemplo prático. Analisando as
demonstrações contabilísticas e comparando os resultados dos índices financeiros.
1.3.Justificativas
A importância deste trabalho se justifica no fato de verificar o processo de concessão de crédito
para as empresas como sendo um segmento económico de grande representatividade para o
mundo empresarial, analisando as rotinas que envolvem a concessão do crédito no âmbito das
empresas em Moçambique.
Mas por outro lado, a presente monografia é muito imprescindível, uma vez que, possibilitará
aos gestores financeiros ou ao encarregado da carteira de crédito, tomar decisões com maior
rapidez e que minimizem os riscos das operações financeiras, pois as decisões em operações de
tomada de recursos são sempre delicadas, seja para a parte dos executivos ou pela parte dos
gerentes de instituições financeiras que tomarão a decisão de deferir, modificar ou indeferir a
solicitação dos recursos.
3
Por outro lado, em condições limites poderá significar o fracasso ou o sucesso de uma instituição
financeira. O acto de decidir é a mais importante função do gerente, pois este é o responsável por
garantir a agilidade, continuidade, qualidade e a segurança dos activos que administra. Através
de uma orientação geral que envolve o processo decisório de crédito, todos aqueles que estejam a
ele ligados, directa ou indirectamente, devem buscar informações adequadas para uma avaliação
do potencial de crédito do cliente, no caso do gerente que deferirá ou não a solicitação e no caso
da empresa tomadora, o administrador financeiro.
Geralmente, ao solicitar um empréstimo, seja em qualquer instituição financeira, há um tempo
relativamente longo até sua decisão. Tal fato ocorre principalmente, em virtude de cadastros mal
elaborados e análises superficiais por parte das instituições financeiras, desconhecendo ou não
dando a devida importância ao Balanço Patrimonial e as Demonstrações Contabilísticas da
empresa solicitante. Sendo assim, é fundamental um estudo em análise de crédito de pessoas
jurídicas; pois, trará benefícios a ambas as partes, no processo decisório, e garantirá uma melhor
obtenção de recursos possíveis, de acordo com seus demonstrativos contabilísticos.
1.4.Problema
O presente trabalho científico é de estrema importância que os gestores tenham actualmente as
empresas operam num ambiente bastante competitivo e exigente o que torna o processo de
gestão bastante desafiador, obrigando os gestores, accionistas e credores a terem cada vez mais
necessidade de tomarem decisões mais rápidas e com o mínimo de margem de erros para que as
organizações possam sobreviver à agressividade do mercado.
Com o intuito a cima explanado, coloca-se como pergunta de partida:
 Ate que ponto a extracção de indicadores financeiros através de balanço das empresas
fornece mecanismos para a tomada de decisão e assegura por parte dos gestores das
instituições financeiras, em particular na MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda?
4
1.5.Hipóteses
1.5.1.Hipótese Básica
 Por meio das demonstrações contabilísticas das empresas os gestores das instituições
financeiras poderão ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo.
1.5.2.Hipóteses Secundárias
 H1: Com a análise de indicadores e índices poder-se-á fazer com baixa margem de risco,
operações de créditos para empresas.
 H2: A análise das demonstrações apenas mostra a posição estática da empresa em
determinado tempo, o que não garante o mesmo desempenho no futuro.
 H3: É, também, válido ter conhecimento dos empréstimos que a empresa saldou, ou não,
com as instituições financeiras com as quais fez operações, além de analisar indicadores
pormenorizadamente.
1.6.Delimitação do tema
O presente trabalho será realizado concretamente na província de Nampula no distrito de Nacala
Porto na empresa MM Intergrated Steel Mills Mozambique, Lda nos anos de 2014 a 2015.
1.7.Estrutura do trabalho
Este trabalho contempla 5 capítulos que estão divididos da seguinte maneira:
No primeiro capítulo encontramos a introdução, objectivos propostos, justificativas,
problematização, hipóteses e delimitação do tema.
No segundo capítulo encontramos a contextualização do tema onde vários autores estão a
explanar a cerca de crédito, demonstrações financeiras.
No terceiro capitulo esta focada apenas as metodologias que são usadas para a consecução deste
trabalho, as técnicas de pesquisa entre outras normas.
No quarto capitulo esta a apresentação do tema e analise interpretação do tema. E por fim no
último capítulo encontramos as conclusões e recomendações/sugestões, bibliografia e apêndices.
5
CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA
2.1.Demonstrações Financeiras
2.1.1.Balanços
De acordo Franco (1989, p.39) “Balanço Patrimonial é a representação sintética dos elementos
que formam o património, evidenciando a diferencial que completa a equação entre seus valores
positivos e negativos.”
Segundo Ribeiro (2008, p.39), “balanço patrimonial é uma demonstração financeira
(contabilística) que evidência de forma qualitativa e quantitativa, em uma determinada data, a
situação patrimonial e financeira de uma entidade.” Ross et al. (1998, p.38), “balanço
patrimonial é um retracto instantâneo da empresa. É um modo conveniente de organizar e
sintetizar o que uma empresa possui (seus activos), o que uma empresa deve (suas
exigibilidades), num dado momento.”
Assim, compreendemos que o balanço patrimonial é a peça contabilística que retracta a posição
(saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período
terem sido feitos, após todos os provisionamentos (depreciação, devedores duvidosos, etc.) e
ajustes, bem como após o encerramento das contas de receita e despesa também terem sido
executados, ou seja, o Balanço Patrimonial é resultado de uma serie de eventos que ocorreram no
património da entidade e que foram sintetizados numa demonstração.
De acordo MARION (2006. P 42) o balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a
situação financeira e patrimonial da entidade em determinado período, e é composto por três
elementos básicos: Activo, Passivo e Património Liquido.
2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), procura explicar a forma como é gerado e utilizado
o dinheiro evidenciando os fluxos de recebimentos e de pagamentos de determinada entidade no
exercício económico, e reconciliando o saldo inicial e final de caixa e seus equivalentes.
6
2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras
2.2.Utilizadores da Análise Financeira
O estudo da situação económico-financeiro das empresas interessa a todos os stakeholders das
empresas, dado que todos eles necessitam de informação financeira que seja útil para o apoio à
tomada de decisão. De facto, o diagnóstico financeiro pode ser utilizado tanto a nível interno
como externo, já que informação financeira e a sua interpretação constituem o objecto essencial
de comunicação entre a empresa e o meio envolvente.
Apresentam-se de seguida, e de forma resumida, alguns dos grupos de stakeholders e suas
respectivas necessidades da informação:
 Gestores – necessitam da informação económico-financeira, a fim de puderem tomar
decisões, por exemplo, acerca dos financiamentos e investimentos, bem como as medidas
correctoras da situação financeira ou económica financeira.
 Accionistas ou sócios – esta classe de investidores preocupa-se essencialmente com o
risco inerente ao seu investimento, bem como com a realidade que este lhe proporciona.
Precisam, de informação que os ajude a tomar a decisão quanto à aquisição, manutenção,
ou venda de uma determinada participação numa empresa.
 Clientes - necessitam da informação capaz de lhes permitir aferir sobre a probabilidade
de continuidade da empresa, essencialmente se fazem importantes adiantamentos ou
estão muito dependentes de uma determinada empresa.
 Fornecedores - a perspectiva da análise da empresa é essencialmente de curto prazo,
preocupando-se com a capacidade da empresa pagar as suas dívidas nas respectivas datas
de vencimento.
 Credores - para o caso desses intervenientes, como sejam as instituições financeiras e os
obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar a capacidade da
empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos juros.
 Trabalhadores e sindicatos - estes stakeholders estão particularmente interessados em
analisar a estabilidade financeira, e a rendibilidade da empresa, que se reflectira na
capacidade da empresas pagar as respectivas remunerações, oferecer benefícios e criar
oportunidades de emprego.
7
 Administração fiscal - a informação será útil, por exemplo, por razoes fiscais
(tributação) e para fins de elaboração de estatísticas.
2.3.Procedimentos Preliminares à Análise
Todas as demonstrações financeiras são documentos essencialmente históricos, que informam o
que ocorreu em períodos passados. A análise das demonstrações financeiras envolve a selecção
cuidadosa dos dados neles apresentados, visando a utilização desses dados para fins de tomada
de decisão.
Para que a tomada de decisão ocorra de maneira adequada, se faz necessário o cumprimento de
procedimentos preliminares ao processo de análise. Como primeiro procedimento pode-se
destacar a definição dos objectivos da análise.
Verifica-se que usuários diferentes tem objectivos diferentes com relação as informações geradas
pela análise das demonstrações financeiras. Dessa forma, percebe-se que os accionistas se voltam
para lucratividade e dividendos futuros; os credores se preocupam com a capacidade de
pagamentos; os gestores analisam as alternativas de investimento e opções de financiamento
disponíveis. É preciso que, antes de se iniciar os procedimentos de análise, sejam bem
delimitados os objectivos da análise e a quais stakeholders serão direccionados os resultados
desta análise.
Finalmente, para que a análise das demonstrações financeiras gere informações úteis para
tomada de decisão pode ser necessário a adopção de procedimentos de reclassificação.
Reclassificação significa um reagrupamento de algumas contas das demonstrações financeiras. A
reclassificação efectua ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise.
Como procedimentos de reclassificação podem ser citados:
 Padronização de forma de apresentação e nomenclaturas das demonstrações financeiras;
 A conta “duplicatas descontadas” que é representada como redutora do Activo Circulante
deve ser reclassificada para o Passivo Circulante, devido as peculiaridades da operação
que a originou;
8
 A conta “despesas do exercício seguinte” que é representada no Activo Circulante e a
única desse grupo que não se convertera em dinheiro, devendo ser reclassificada
deduzindo o Património Liquido; e
 As demonstrações financeiras analisadas foram elaboradas com o conceito contabilístico
de curto prazo (circulante) e longo prazo (não circulante). Alguns objectivos da análise
poderão exigir que operações com valores a receber ou a pagar sejam reclassificadas pelo
conceito financeiro de curto prazo e longo prazo.
2.3.1.Técnicas de Análise
Na análise do Activo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do
Activo. O Total do Activo é a base de cálculo para todas as contas do Activo. Na análise do
Passivo mais Património Liquido, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão
ajudando a financiar seus Activos. O Total do Passivo mais Património Liquido é a base de
cálculo para todas as contas que representam origens de recursos (que sempre tem o mesmo total
que o Activo).
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu
das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Liquida de Vendas ou Vendas
Liquidas é a base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados.
2.4.Tipos de demonstrações financeiras
Segundo a IAS as Demonstrações Financeiras são o conjunto de informações que devem ser
elaboradas pelas empresas e demais entidades com o objectivo de proporcionar informações
sobre a posição financeira, o desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e
que seja útil a um conjunto alargado de utilizadores para tomarem decisões económicas. Para dar
uma maior clareza sobre as demonstrações Contabilísticas serão elencadas de forma sucinta cada
uma delas, no intuito de apresentar uma visão geral das mesmas, conforme a seguir:
2.4.1.Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a estrutura
contabilística e os seus elementos directamente relacionados com a mensuração do balanço são
os activos, passivos e capital próprio. Conforme exposto por Kroetz (2000:36), “nele se sintetiza,
9
na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de ferramenta para análises e
controles, objectivando estudar o comportamento e tendências do património”.
Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated Steel Mills 31/12/2013 a 31/12/2014
ACTIVO 31-dez-2014 31-Dez-2013
Activo não corrente
Activos tangíveis 331.200,84 183.690
Depreciações acumuladas - 72.251,28 -31.171
Total do activo não corrente 258.949,56 152.519
Activo corrente
Outros devedores 70.059,60 -------
Bancos 1.108.579,63 133.491
Total do activo corrente 1.178.639,23 133.491
TOTAL DO ACTIVO 1.437.588,79 286.010
CAPITAL PROPRIO E PASSIVO
Capital social 20.000,00 20.000,00
Resultados transitados 141.047 --------
Resultado liquido do exercício 972.672,50 141.047
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO 1.133.674,50 161.047
Passivo corrente
Impostos a pagar 106.614,34 33.777
Outros credores 197.299,93 91.186
TOTAL DO PASSIVO 303.914,27 124.963
TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 1.437.588,79 286.010
Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills
2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício
A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contabilística que apresenta a gestão
económica e financeira de uma empresa. Conforme Assaf Neto (2001:75), esse demonstrativo
“visa a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela
empresa em determinado exercício social”.
10
Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício 31/12/2013 a 31/12/2014 da empresa
MM Integrated Stell Mills
DESCRIÇÃO 2014 2013
PROVEITOS OPERACIONAIS
Prestação de serviços 3.138.170,05 768.420
Total dos proveitos operacionais 3.138.170,05 768.420
CUSTOS OPERACIONAIS
Gastos com o pessoal 672.000,00 91.500
Fornecimento e serviços de terceiros 1.253.252,27 504.702
Depreciação do período 41.081,28 31.170,98
Total dos custos operacionais 1.966.333,55 627.372,98
Resultado antes do imposto 1.171.836,50 141.047,02
Imposto sobre rendimento -199.209 ------
Resultado liquido do exercício 972.627,50 141.047,02
Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills
2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados
Esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos no
saldo da conta lucros e prejuízos acumulados. Em função das informações referentes a estes
demonstrativos estarem inseridas na Demonstração das Mutações do Património Líquido,
quando a empresa optar pela elaboração deste último, não terá obrigação de elaborar a
Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido
De acordo com Reis (2003), a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das
contas integrantes do grupo património líquido. Assim, englobando a Demonstração de Lucros e
Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração.
2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos
Corresponde assim como o Balanço Patrimonial, a uma demonstração da movimentação liquida
da entrada (origem) e da saída (aplicação) de recursos. Origina-se basicamente de uma análise
11
das variações ocorridas na posição financeira da empresa (activos e passivos circulantes), cuja
diferença representa o “capital circulante líquido”.
2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa
Além destas demonstrações, a Demonstração de Fluxo de Caixa, mesmo não sendo obrigatória,
as empresas vem publicando com o objectivo de fornecer informações sobre a movimentação das
disponibilidades da empresa e demonstrar o impacto final de tal movimentação nesse grupo de
contas, tendo como objectivo principal explica a variação da disponibilidade imediata da
empresa.
2.5.Conceito de crédito
Segundo SCHRICKEL (2000) – crédito é todo acto de vontade ou disposição de alguém destacar
ou ceder, temporariamente, parte de seu património a um terceiro, com expectativa de que esta
parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado.
Esta parte do património pode estar materializada por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens
(empréstimos para uso, ou venda com pagamento parcelado, ou a prazo). Pelo facto de esta
cessão patrimonial envolver expectativas quanto ao recebimento da parte cedida, é imperativo
reconhecer que a qualquer crédito está associada a noção risco, portanto o gerente de crédito
deve lembrar-se que, ao vender um crédito, está automaticamente comprando um risco com
todos os problemas e benefícios que a transacção envolve.
Numa visão macroeconómica, o crédito cumpre importante papel económico e social, pois
possibilita às empresas aumentarem seu nível de actividade, estimula o consumo, influenciando
assim a demanda, ajuda as pessoas a obterem moradia, facilita a efectivação de projectos para os
quais as empresas não disponham de recursos suficientes. Por outro lado, o crédito pode tornar
empresas e pessoas físicas altamente endividadas, como pode ser forte componente de um
processo inflacionário.
12
2.5.1.Conceito de risco
O risco sempre estará presente em qualquer empréstimo Não há empréstimo sem risco. Porém, o
risco deve ser razoável e compatível ao negócio da instituição financeira e à sua receita mínima
almejada.
A incerteza quanto ao futuro torna a análise de crédito, e por consequência o risco, extremamente
desafiador e exige capacitação técnica específica, tornando-a mais que certamente dependente do
elemento humano, não podendo jamais ser substituída por qualquer meio cibernético, melhor
dizendo; não existem modelos matemáticos que eliminem o risco, será sempre indispensável o
parecer do comité de crédito.
2.5.2.Factores de risco.
Os factores identificados como responsáveis pelas perdas bancárias em concessões de créditos,
usualmente são divididos em duas partes: internos e externos.
A fraca qualidade no processo de análise de crédito (factor interno) e o agravamento da situação
macroeconómica (factor externo), podem resultar na escassez de tomadores saudáveis. Essa
situação tende a influenciar na maior concentração de empréstimos com tomadores de alto risco,
o que pode resultar na diminuição da receita e da lucratividade. Factores internos independem da
economia e estão relacionados com as características de uma empresa.
Os factores internos são decorrência de:
 Profissionais desqualificados;
 Controlo de Política de crédito;
 Volatilidade das taxas de juros;
 Taxa de inflação;
 Carácter dos tomadores;
 Taxa de desemprego.
 Riscos inadequados;
 Ausência de modelos estatísticos;
 Concentração de empréstimos em tomadores de alto risco.
13
Factores externos estão directamente ligados a situação económica, os quais determinam o nível
de actividade económica e de taxa de juros. Os factores externos são decorrência de:
2.5.3.Garantias
A finalidade da garantia é evitar que factores imprevisíveis, ocorridos após a concessão do
crédito, impossibilitem a liquidação do empréstimo, por mais que a parte tomadora seja idónea
com suas obrigações, sempre haverá o risco, seja por factores climáticos, cambiais, política
fiscal, morte do principal dirigente da empresa, incêndio, entre outras causas. A garantia é
considerada pelo Banco Central, como uma das regras de boa técnica bancária, e estabelece que
os bancos comerciais, na realização de operações de crédito, exijam uma garantia adequada ao
crédito.
Para as instituições financeiras, as melhores garantias são aquelas que possuem maior liquidez,
ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito
independem de sentença judicial, mesmo assim os gerentes de instituições financeiras nunca
deve considerar a concessão de um empréstimo exclusivamente em função da garantia. Em toda
concessão de crédito, o gerente deverá ter a convicção de que não será necessário utilizar a
garantia para liquidar o empréstimo.
2.6.Tipos de garantias
2.6.1.Aval
O aval é uma garantia oferecida por um terceiro, que por este ato se torna devedor solidário do
devedor principal. A relação que se estabelece entre o avalista e o avalizado é pessoal, directa e
intransferível. Diz-se comummente que o avalista, ao dar sua garantia, constitui-se no principal
pagador da obrigação, dada a solidariedade estabelecida entre o devedor e seu garantidor em
relação ao emprestador. (SCHRICKEL, P. 165)
O aval é caracterizado por ser uma garantia pessoal, ou seja, se o tomador da dívida não cumprir
com suas obrigações, quem responderá será a pessoal que assinou como avalista. O aval é
normalmente atrelado a todas as operações de crédito, por ser a forma de garantia mais comum.
Para a instituição financeira o aval é de boa norma bancária no que se refere a diminuição do
14
risco em casos de inadimplência do cliente ou de concordata ou falência da empresa devedora,
existem casos em que o avalista é o dono ou sócio da empresa, se esta pede falência, o dono
responderá de mesma forma sobre suas dívidas, porém na posição de pessoa física, como
avalista.
O aval garante apenas o valor que está expresso no título de crédito avalizado. Muitos bancos
após executarem o tomador e seu avalista pretendem que eles assumam também as
responsabilidades por obrigações que vão além das previstas na promissória, o que, às vezes
pode funcionar nos tribunais.
O que o responsável pela carteira de crédito deve tomar cuidado ao exigir assinatura de um
avalista é atentar para que o título esteja legível e bem formalizado, conferir, além da assinatura,
os poderes de quem assinou (mediante procuração, estatuto ou contrato social), que o avalista e
os dados sejam os mesmos citados no contrato e que o valor do título de crédito seja suficiente
para cobrir o valor do crédito, com os respectivos encargos.
2.6.2.Caução de duplicatas
Duplicata é um título de crédito que se extrai em consequência de uma factura de venda
mercantil ou prestação de serviços. A caução de duplicatas só produz efeitos a partir da efectiva
entrega dos títulos ao credor. Portanto, na caução de duplicatas, somente podemos considerar a
existência da garantia, a partir do momento em que os títulos forem entregues ao banco.
(SANTOS, P. 37).
2.6.3.Caução de cheques
O contrato de empréstimo pode ter como forma de garantia a vinculação de cheques, o prazo
para a apresentação de cheques, para o pagamento, é de 30 dias a partir de sua emissão, quando
for emitido na praça (cidade) onde deve ser pago, e de 60 dias quando emitido em outra praça.
O prazo de prescrição do cheque (perda do direito de cobrar judicialmente) é de seis meses a
contar do final do prazo de apresentação.
15
A análise de crédito é um instrumento essencial para um bom resultado de uma decisão de
crédito. A análise de crédito proporciona uma visão geral da empresa demandante, fornecendo de
forma clara e objectiva o seu desempenho económico-financeiro. O levantamento da situação da
empresa é feito com base na análise de suas demonstrações financeiras, do grupo e sector em que
faz parte e também de aspectos políticos e económicos.
Segundo Matarazzo (2003, p. 17):
O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações
financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em
informações que permitam concluir se a empresa merece ou não
crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não
condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem
evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir
ou se continuará operando.
Blatt (1999, p. 38) apresenta os seis pilares da concessão de crédito:
 Informação creditícia: Indica que as decisões de crédito são embaçadas nas informações
colectadas, as quais devem ser de fontes confiáveis e íntegras.
 Histórico de Pagamento: Neste pilar é analisado o histórico de pagamento do cliente em
relação a outros fornecedores. Uma vez que o cliente possui uma boa conduta de
pagamento com os credores actuais aumenta a probabilidade de ser um bom pagador
futuro.
 Identificação do Cliente: Neste pilar deve-se conhecer o cliente e a sua rede de
relacionamento.
 Análise das Demonstrações Financeiras: Neste pilar serão analisadas a demonstrações
financeiras da empresa, a fim de apurar sua saúde financeira e influenciar a decisão de
crédito.
 Qualidade de Cobrança: A qualidade no momento da análise de crédito será fundamental
em caso de futuras acções de cobrança.
 Fortalecimento da Venda a Crédito: O analista de crédito, além de ser responsável por
reduzir o risco de crédito e aumento do fluxo de caixa da cobrança, também é responsável
por gerar a venda a crédito.
Ainda Blatt (1999, p. 40), apresenta os elementos fundamentais na concessão de crédito:
16
Segurança: O credor ao conceder crédito, aceita correr um risco,
por confiar no cliente... Para saber se o cliente merece ou não, tem
que se analisar seu carácter e capacidade por meio da ficha
cadastral e sua capacidade e capital mediante seus demonstrativos
contabilísticas. Liquidez: é a sua capacidade de pagamento... Esta
certeza é reforçado pela análise da situação financeira e
capacidade de pagamento.
2.7.Os C’s do Crédito
Em se tratando de análise de crédito é indispensável citar os C‟s do Crédito. A seguir será
demonstrada a definição de cada “C” e também uma divisão proposta por Blatt (1999), onde cita,
além dos C‟s Tradicionais do Crédito, os C‟s Modernos do Crédito e os Três Novos C‟s do
Crédito.
2.7.1.Os C’s Tradicionais do Crédito
Os C‟s tradicionais são: Carácter, Capacidade, Capital, Colateral, Condições e Conglomerado. A
avaliação dos C‟s do Crédito fornece informações que serão necessárias para identificar uma
possível perda no processo de concessão de crédito. Segundo Blatt (1999, p. 42): “Os C‟s de
crédito fornecem uma visão da complexidade que uma avaliação de crédito pode assumir. Tal
complexidade frequentemente implica um grau de subjectividade elevado no que tange a decisão
propriamente dita.”
Quanto ao primeiro „‟C‟‟ do crédito, Carácter, baseia-se ao risco moral. Indica a intenção do
tomador em honrar ou não o compromisso que foi assumido junto à instituição financeira. A
tendência é que as pessoas (físicas ou jurídicas) tendem a ser honestas principalmente quando os
negócios em que actuam estão prosperando. Porém, neste quesito é avaliado o compromisso do
tomador em pagar suas dívidas em tempos de crise. Segundo Blatt (1999, p.43), „‟ a pergunta-
chave do „‟carácter‟‟: a pessoa ou empresa tem reputação de honestidade a ponto de fazer
esforço para pagar suas obrigações?‟‟
Quanto ao segundo „‟C‟‟ do crédito, Capacidade, segundo os autores que tratam desse assunto,
avaliar a capacidade do tomador de crédito é muito subjectivo e por isso é difícil de mensurar. A
capacidade avalia a habilidade de gestão do cliente, ou seja, no caso de empresas avalia a
habilidade administrativa de seus dirigentes em lidar com as constantes mudanças do cenário
económico em que faz parte.
17
2.7.2.Os C’s Modernos do Crédito
Segundo Blatt (1999), ainda existem mais três “C‟s” que podem ser avaliados no processo
decisório de crédito gerando mais informações no processo da análise. O primeiro é
Consistência, que indica a escolha do alvo de mercado, estando directamente ligada a política do
credor, da conjuntura económica, etc. O segundo é a Comunicação, que se refere à agilidade na
obtenção e análise das informações necessárias ao processo de concessão crédito. E por último o
Controlo, que trata basicamente da gestão do crédito que foi concedido. Supervisionar
constantemente a situação do cliente para evitar problemas futuros.
2.8.Os Três Novos C’s do Crédito
Ainda segundo Blatt (1999), existem os três novos C‟s do crédito que estão adequados à
realidade actual. O primeiro é Concorrência, em que o credor irá avaliar se o tomador é
competitivo no mercado em que actua. O segundo é Custos, onde será analisado se o cliente
possui uma gestão de custos de qualidade. E o terceiro Caixa. Neste quesito é verificado se o
cliente gera caixa.
2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito
Várias razões levam a analisar as demonstrações financeiras das empresas, uma delas é a
verificação da capacidade de manutenção e aquisição de créditos junto a instituições financeiras.
Segundo Assaf Neto (2010, p.40):
Os intermediários financeiros, basicamente bancos comerciais e
de investimento, constituem-se tradicionalmente no principal
usuário da análise de balanços... Os interesses dos bancos, em
geral, incluem o conhecimento da posição de curto e longo prazo
da empresa.
A análise das demonstrações financeiras engloba um conjunto de instrumentos e métodos que
permitem diagnosticar a situação financeira de uma empresa e também prever seu desempenho
futuro, tornado então uma ferramenta essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de
qual será o limite máximo de empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente.
18
CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1.Tipo de pesquisa
O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa,
tendo em vista que se pretende, por meio da análise crítica, descrever a importância das
informações contabilísticas no processo decisório naquilo que seria a concessão de crédito.
3.2.Técnica e colecta de dados
Na verdade a entrevista assim como o questionário permitiu que a interecao fosse mais social.
Mas concretamente a forma de dialogo em que umas das partes do trabalho ao colectar os dados
e a forma como se apresenta:
 Questionario por ser uma técnica muito importane para a recolha de dados e pode se fazer
uma investigacao com um grande ou pequeno numero propiciando o objectivo ao
pesquisador;
 Observação é muito importante pois permite aos estudos mais complexos qundo se
pretende fazer analises muito descritivas e tem por objectivo remeter certas normas
passíveis de generalizacoes.
Unverso e amostra da pesquisa
Define-se por amostra ou seja população o conjunto de seres inanimados que contem pelo
menos umas das características preponderante de uma investigacao.
Na verdade em outros casos, o universo seria o conjunto de alguns elemetos assim como
fenómenos que podetm ter determinadas normas ou carateristicas comuns. Dai que a populaça
deste estudo será baseada por 10 individualidades.
Unverso
Para este trabalho uma vez que não ira abranger toda a companhia, dai que será uma parte dos
colaboradores em vários sectores constituintes por exemplo: Contabilidade, administração,
finanças, tesouraria.
19
Amostra
A amostra é constituída por 1 do sector de administração, 1 da direcção executiva, dois auxiliares
da administração, três analistas de credito ou de concessão de credito, 2 técnicos de contas ou
revisores oficiais de contas assim como 1 da tesouraria.
20
CAPITULO IV: APRESENTACAO, INTERPRETACAO DE DADOS
4.1.Breve Historial
A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Limitada, foi criada em 16 de Março de 2010 como
assenta a publicação que por escritura de dezasseis de Março de dois mil e dez, lavrada de folhas
cento e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diverso número I traço quarenta e cinco,
do Cartório Notarial de Nampula, foi constituída uma sociedade por quotas de responsabilidade
limitada entre os sócios Kumar Vinodrai Pujara, Subhash Motibhai Patel e Vishnu Rooptal
Wadhawan, onde o capital subscrito e realizado em dinheiro foi de cinquenta mil meticais, sendo
uma quota no valor de trinta e cinco mil meticais, correspondente a setenta porcento do capital
social, pertencente ao sócio Subhash M. Patel e duas quotas iguais de sete mil e quinhentos
meticais cada uma, correspondente a quinze porcento do capital social cada, pertencentes aos
sócios Kumar V. Pujara e Vishnu R. Wadhawan e publicado no Boletim da República nº 13, III
série de segunda-feira de 5 de Abril de 2010.
A origem da empresa esta directamente relacionada com o facto de o sócio maioritário o Sr.
Subhash M. Patel ser o fundador e presidente do Grupo Motisun que é um conglomerado de
negócios diversificado privado com sede na Tanzânia e com várias empresas de fabricação de
materiais de construção, como aço, produtos de cobertura, cimento, tanques de plástico, tubos,
tintas etc. No alcance geográfico abrange Sul, Centro Leste de África onde tem próprias fábricas
localizadas na Tanzânia, Moçambique, Zâmbia e Uganda.
A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda. tem como objecto a produção e
comercialização de chapas de zinco e seus derivados, com importação e exportação, mas
inicialmente ela estava focada na compra e venda de chapas de zinco, ainda não tinha iniciado a
produção.
Em acta da assembleia-geral de 27 de Setembro de 2012 a empresa agendou e decidiu sobre a
divisão e cessão de quotas, entrada de novos sócios, alteração do pacto social, mudança da sede
para a cidade de Nacala Porto. Quando a empresa passa a estar sediada na cidade portuária de
Nacala Porto regista grandes investimentos, requer e é certificada como empresa de Zona
Económica Especial, e goza dos incentivos fiscais e garantias estabelecidas na Lei nº 3/93, de 24
de Junho (Lei de Investimento) e respectivo regulamento, e no código dos benefícios fiscais,
21
aprovado pela Lei nº 4/2009, de 12 de Janeiro, e outra legislação complementar, e pelos termos
específicos da autorização; passando desde já a ser empresa de grande dimensão.
Depois do projecto ter sido aprovado pelo Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento
Acelerado (Gazeda) e pelo Banco de Moçambique a empresa solicita um financiamento junto a
Corporação Financeira Internacional (IFC), do grupo Banco Mundial a fim de apoiar o
desenvolvimento da indústria em Moçambique.
De acordo com o extracto da conservatória dos registos de Nampula de 04 de Dezembro de 2014
a empresa passou a ter a seguinte estrutura accionista e respectivo capital social que foi subscrito
e realizado em dinheiro:
 Subhash Motibhai Patel……………….. 180.000.000,00MT correspondente a 60%
 Girdharbhai Meghji Ratna Pindolia …… 60.000.000,00MT correspondente a 20%
 Beekay Universal Impex Pvt. Ltd……… 60.000.000,00MT correspondente a 20%
A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os
restantes Moçambicanos e esta representada nas seguintes sucursais do país:
 Nampula;
 Pemba;
 Quelimane;
 Tete,
 Beira; e
 Maputo.
A nível sectorial é neste momento o único produtor nacional de chapas de zinco em termos de
processamento e ainda comercializa outros produtos tais como Varrão, cantoneiras, pregos,
arame de ligação, tubos, e diverso material de construção.
22
Figura 1: Vista frontal da empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda
Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016
4.1.1.Objectivos estratégicos
A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e
produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo. Esta
perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais
trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de
forma rentável no futuro brilhante de Moçambique.
4.1.2.Visão
Para ser um reconhecido como líder de produção de chapas e seus derivados em Moçambique e
na região, comprometidos com nossos povos, clientes, fornecedores e stakeholders.
4.1.3.Missão
Somos movidos por e ficar para os nossos funcionários, clientes, fornecedores, partes
interessados e as comunidades em que actuamos. Para proporcionar uma experiência excepcional
ao cliente em todos os nossos negócios e países através da qualidade superior do produto, serviço
e valor.
23
4.1.4.Valores
 Qualidade
 Inovação
 Foco no cliente
 Transparência
 Respeito
 Integridade
4.1.5.Ambiente interno
O ambiente interno é a estrutura que compõe o ambiente da empresa para viabilizar o
funcionamento, a destacar:
 Recursos físicos: A empresa esta localizada na Província de Nampula, Cidade de Nacala
– Porto, Bairro de Muanona, Zona Industrial II, possui instalações próprias e vasto
conjunto de equipamentos de produção e administrativo.
 Recursos humanos: A empresa conta com um total de 240 trabalhadores.
Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda
Nacala Porto
Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016
24
4.2.Análise do ambiente
4.2.1.Variáveis do macro e micro ambiente
A análise do ambiente compõe um conjunto de factores internos e externos que afectam a
empresa como um todo. O ambiente externo da MMI foi analisado pelas variáveis do macro
ambiente (económicos, tecnológicos, sociais, legais, politicas, culturais, demográficas e
ecológicos) e do ambiente interno foi analisado pelas variáveis do micro ambiente (fornecedores,
clientes, concorrentes e agências reguladoras). A seguir estão as variáveis estão as variáveis do
macro e micro ambiente, que impactam na empresa pesquisada objecto desse estudo:
 Variáveis económicas: a empresa opera no ramo industrial, no seguimento metal e
depende de um mercado aquecido como está actualmente o da construção civil.
 Variáveis tecnológicas: a empresa busca acompanhar as novas tecnologias e investir em
equipamentos para agilidade nos processos produtivos, sendo este um factor importante
que resultará na melhoria dos produtos, na redução dos custos e na redução dos prazos de
entrega. A empresa faz uso das seguintes ferramentas de comunicação: correio
electrónico (email), telefone/fax, skype, msn e internet.
 Variáveis sociais: quanto maior o poder aquisitivo da população, maior o poder de
compra. Por exemplo, a aquisição de chapas de zinco de baixo valor por parte da
população; significa um maior poder aquisitivo, ou seja, mais a empresa irá lucrar.
 Variáveis legais: composto por um conjunto de leis, decretos e outros instrumentos
legais que um país utiliza para regular determinado comportamento da organização, como
por exemplo, a legislação fiscal, a lei do trabalho e ambiental.
Na lei fiscal, pode-se mencionar o regulamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA)
aprovado pela lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro, o regulamento do código do imposto sobre o
rendimento das pessoas colectivas (CIRPC), aprovado pelo decreto nº 9/2008, de 16 de Abril e
regulamento do código dos benefícios fiscais, regido pelo decreto nº 56/2009, de 7 de Outubro.
Na lei do trabalho, o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) a
consolidação da lei do trabalho de acordo com a lei nº 23/2007, de 1 de Agosto.
Na lei ambiental, pode-se citar o decreto nº 45/2004 - Regulamento Sobre o Processo de
Avaliação do Impacto Ambiental, que estabelece directrizes sobre a área de gestão ambiental
25
dentro das empresas e o decreto nº 18/2004 – Regulamento Sobre Padrões de Qualidade
Ambiental e de Emissão de Efluentes.
 Variáveis políticas: a empresa procura acompanhar as ocorrências e acontecimentos para
decidir estrategicamente em seu negócio. As mudanças adoptadas pelo governo e
legislações influenciam o ambiente da empresa, uma vez que essas medidas devem ser
cumpridas (como por exemplo, a obrigatoriedade de emissão de facturas ou documentos
equivalentes nas suas vendas e o cumprimento do código dos benefícios fiscais, jornada
de trabalho de no máximo de 08 horas de diárias.
 Variáveis culturais: corresponde a um conjunto de ideias, conhecimentos, técnicas e
padrões de atitudes e comportamentos que caracterizam a sociedade, geralmente
relacionada com a principal actividade económica do município, do distrito, da província
e do país em geral. Nacala - Porto vai gradualmente caracterizando-se como um
município/distrito industrial.
 Variáveis demográficas: uma população crescente significa necessidades crescentes a
serem satisfeitas e dependendo do seu poder aquisitivo, isto pode também significar
oportunidades crescentes de mercado. Nacala – Porto apresenta um crescimento
populacional, segundo o INE (2008), um dos grandes factores é a imigração de pessoas
em busca de empregos, por ser uma cidade com grandes indústrias.
 Variáveis ecológicas: os clientes estão cada vez mais exigentes, tanto em relação aos
produtos quanto à ética e responsabilidade das empresas.
Por isso, a produção deve estar de acordo, não apenas com as necessidades dos clientes, mas
também com normas de protecção ao meio ambiente que estabelece directrizes sobre a área
de gestão ambiental nas empresas. As preocupações e providências que a empresa vem
adoptando em relação à poluição e preservação ambiental e a destinação dos resíduos de
processo produtivo e do lixo gerado.
Em relação ao micro ambiente ou meio específico a empresa analisa o seu ambiente
organizacional interno para que possa identificar suas forças e fraquezas. A empresa precisa
conhecer seu ambiente para acompanhar seus pontos fracos e fortes e como é seu funcionamento
e organização. Este ambiente é constituído por diferentes empresas, como: fornecedores,
clientes, concorrentes e agências reguladoras.
26
a) Fornecedores: a empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda; tem sua
fabricação voltada para os produtos: chapas de zinco, varão, cantoneiras, pregos, arame
de ligação, tubos e diverso material de construção. Para isso, trabalha com fornecedores
qualificados, onde a qualidade, os preços e os prazos de entrega são factores importantes
no momento da compra. Os principais fornecedores são: Salzgitter Mannesmann
International Gmbh da Alemanha, Nizi International do Luxemburgo, Ase Metal N.V. da
Bélgica, Steel Resources LLC dos Estados Unidos da América e Tangshan Jiaxi Trading
da China.
b) Principais clientes: a empresa busca fornecer produtos de qualidade, tem como principais
clientes: Cogef Trading, Lda com sede em Maputo e representado em mais de quatro
províncias, Casa Barato de Nacala – Porto, Sallu Trading de Lichinga, Muza
Investimentos de Mocuba, Agro Itnoa de Nampula, Organizações Carlitos & Irmãos com
sede em Nacala, Afriken International Ltd localizado no Kenya e Atomic Hard Ware Ltd
do Malawi.
c) Concorrentes: dentre os principais destacam-se as empresas Intertelha de Moçambique,
Lda localizada em Nampula, Dong Comercial situada em Nampula, a Ferpinta, Lda
localizada na Beira, a Ferro Moçambique de Nacala e a Ever Green, Lda (Goodone)
localizado em Nampula e Pemba.
d) Agências reguladoras: são fiscalizadas por órgãos do governo – Ministério do Trabalho,
Emprego e Segurança Social (MITESS), Ministério da Industria e Comercio, através da
Inspecção de Actividades Económicas, Ministério da Economia e Finanças, através da
Autoridade Tributaria de Moçambique, assim como a consolidação as Leis do Trabalho e
legislação – código de defesa do consumidor.
Conforme Chiavenato (2000), as empresas não vivem no vácuo, isoladas e totalmente Auto –
Suficientes, mas funcionam dentro de um contexto, do qual dependem para sobreviver e crescer.
É do ambiente que as empresas obtêm os recursos e informações necessárias para subsistência e
funcionamento, e é no ambiente que colocam os resultados de suas operações.
4.3.Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças
4.3.1.Pontos fortes:
 Empresa multinacional
27
 Projectos específicos
 Envolvimento da direcção na finalização da venda
 Equipe qualificada
4.3.2.Pontos fracos:
 Estrutura física da empresa
 Não divulgação da empresa
4.3.3.Oportunidades
 Pouca concorrência;
 Ramo de actividade em crescimento;
 Flexibilidade nas decisões;
 Facilidade de crédito
4.3.4.Ameaças
 Falta de mão-de-obra especializada no mercado;
 Novos concorrentes no mercado;
 Crise económica.
4.4.Apresentação de dados
4.4.1.Respostas obtidas no momento da entrevista
Tabela 3 - Respostas de entrevista
PERGUNTA OPÇÃO
SIM % NÃO %
A liquidez da empresa é boa? 8 80 2 20
Existe provisões no pagamento de salários? 10 100 - -
A empresa tem elaborado as DF‟s como Balanço e DRE? 7 70 3 30
Rácios ou índices que usam para a decisão de conceder crédito com baixa
margem de risco são liquidez (capital. Solvência).
6 60 4 40
Sem demonstrações financeiras é possível o empréstimo ser diferido? 8 80 4 40
28
Na concessão de crédito o analista faz o estudo das DC‟s da empresa? 7 70 3 30
Nos anos anteriores a empresa solicitou empréstimos? 3 30 7 70
Tem se usado análise vertical e horizontal das DC‟s da empresa para
conceder crédito?
4 40 6 60
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
4.5.Análise e interpretação de dados
4.5.1.Dados pessoais
Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
De acordo o gráfico, ilustra uma grande percentagem do pessoal com sexo masculino, dai que
pode-se concluir que na empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda tem mais
colaboradores do sexo masculino com 70% em relação do sexo feminino com 30%.
Masculino Feminino
Sexo 70% 30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
TítulodoEixo
29
Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Com base no gráfico tira-se conclusões de que a maioria dos trabalhadores daquela empresa a
maior percentagem é do ensino médio. Dai que a selecção da amostra dos trabalhadores que
responderam deu-se de acordo com a característica de terem maior ou menor dificuldade na
percepção dos factos.
Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Como se pode ver pelo gráfico com uma percentagem de 50% esta entre 31 a 60 anos naquilo
que seria a faixa etária dos trabalhadores que responderam o questionário. E 30% varia entre 18
anos a 30 anos respectivamente.
Basico Medio Instituto
Licenciatur
a
Mestrado
Nivel academico 30% 40% 20% 5% 5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
TítulodoEixo
18 a 30 anos 31 a 60 anos 61 a 80 anos Outro
Anos de idade 30% 50% 5% 15%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
TítulodoEixo
30
Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
4.5.2.Dados da empresa
Gráfico 5: Tipo de empresa
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Não há dúvida em afirmar que a empresa em estudo é privada de capital estrangeiro.
Menos de 1
anos
2 a 7 anos 8 a 15 aos Outro
Experienciano ramo de
actividade
30% 60% 5% 5%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
TítulodoEixo
Publica Privada
Tipo de empresa 0% 100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
TítulodoEixo
31
Gráfico 6: Ramo de actividade
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Como base no gráfico, ficou por saber que 50% dos trabalhadores que responderam o
questionário afirmam disseram que a empresa em estudo quanto o ramo de actividade é uma
fabrica de zinco assim como outros bens feitos na empresa. Mas por diante, afirma-se que é uma
indústria de bens e serviços onde a maior parte se destaca grande procura por parte dos residentes
do distrito de Nacala, e salientar que a empresa tem sucursais por quase todo o país.
Gráfico 7: Facturamento
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Para seleccionar a amostra dos trabalhadores pesquisados a questão do histórico de facturamento
e endividamento dos últimos anos, além da existência de restrições, foi o que mais prevaleceu. A
Industria Fabrica Componentes Servicos
Ramo de actividade 30% 50% 10% 20%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%TítulodoEixo
Menos de
50.000,00 MT
Ate 100.000,00
MT
Ate 300.000,00MT Outro
Facturamento 0% 10% 10% 80%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
TítulodoEixo
32
tabela 7 acima nos relata alguns dados interessantes, como por exemplo, o maior aumento de
facturamento na empresas MM Integrated S. M Mozambique, Lda; tanto nominal quanto
percentual, na comparação com as outras empresas..
Gráfico 8: Número de trabalhadores
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os
restantes Moçambicanos.
Gráfico 9: Composição da empresa
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
0 a 10 11 a 20 21 a 50 Outro
Numero de trabalhadores 5% 10% 10% 75%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
TítulodoEixo
Familia
Empresario
individual
Socios
familiares
Outros
Composicao da empresa 10% 20% 15% 55%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
TítulodoEixo
33
4.5.3.Objectivos da empresa
A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e
produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo.
Esta perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais
trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de
forma rentável no futuro brilhante de Moçambique.
4.6.Dados financeiros
4.6.1.Conceito de crédito
Crédito é todo acto de vontade ou disposição de alguém destacar ou ceder, temporariamente,
parte de seu património a um terceiro, com expectativa de que esta parcela volte à sua posse
integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado.
Gráfico 10: Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações
contabilísticas da empresa?
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Quanto a essa questão ficou tão claro, porque em termos contabilísticos quando se pretende
conceder um crédito aos clientes os gestores assim como analistas são obrigados por lei fazer um
estudo das demonstrações contabilistas para evitar riscos inerentes ou associados na empresa.
Sim Nao
Na concessao de credito o analista
faz estudo das DC's da empresa?
80% 20%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
TítulodoEixo
34
Gráfico 11: A empresa possui provisões no que concerne ao pagamento de salário?
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
No que concerne as provisões de pagamento de salários, a empresa tem feito constantemente e
isso foi verificado as respostas dadas com uma percentagem de 80%. Mas por detrás desta, 20%
negaram isso, alegando que nunca houve provisões referentes quanto a isso.
Gráfico 12: Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos?
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Nos anos passados a empresa tem solicitado empréstimos aos bancos comerciais. Mas esses
empréstimos variam de 4.000.000,00MT (Quatro milhões de meticais) ou a mais, para aquisição
de novos equipamentos e por outro lado para pagamento de seus compromissos com terceiros.
Sim Nao
Existe previsoes no pagamento
de salario?
80% 20%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
TítulodoEixo
Sim Nao
Nos anos passados a empresa
solicitou emprestimos?
70% 30%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
TítulodoEixo
35
Gráfico 13: Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro?
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Como base nas respostas dadas pelo gráfico acima, fica evidente que os empréstimos que a
empresa contrai são referentes para investimentos da empresa, Pagamentos de novos
equipamentos, pagamentos de compromissos com seus terceiros entre outros fins.
Qual a importância da análise das seguintes demonstrações financeiras para a finalidade
de concessão de crédito?
Com base nas respostas dadas fica evidente que, A análise das demonstrações financeiras
engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem diagnosticar a situação financeira
de uma empresa e também prever seu desempenho futuro, tornado então uma ferramenta
essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de qual será o limite máximo de
empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente.
Pagamentode
salarios
Financiamentode
estoques
Investimentona
empresa
Qual e o destino dos
emprestmostomados para o
reforcode capital giro?
20% 30% 50%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
TítulodoEixo
36
Gráfico 14: Usa-se a análise vertical nas demonstrações contabilísticas da empresa para
conceder crédito?
Fonte: Adaptado pelo autor, 2016
Como se pode ver pelo gráfico, a empresa não usa a análise vertical. Isso deve-se a falta de
conhecimento pelos proprietários, gestores e analistas.
Por que em normas contabilistas esse analise mostra a importância de cada conta em relação à
demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões dos ramos ou
com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das
proporções normais.
4.7.Verificação de hipótese
H1: Por meio das demonstrações contabilísticas das empresas os gestores das instituições
financeiras poderão ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo.
Com base na análise dos indicadores patentes nas variáveis da hipótese acima mencionada, pode
se dar por validado a 1ª hipótese com 70% de percentagem, mas por outro lado cerca de 30% dos
colaboradores rejeitaram dizendo que as DC‟s não são de confiança uma vez que os próprios
gestores tomam decisões sem antes consultar as normas contabilistas geralmente aceites.
Mas na verdade, a validação teve como pressupostos básicos nos resultados da pesquisa do
campo, em que o autor procurou saber junto dos inquiridos se a empresa tem elaborado DFs
Sim Nao
Usa-se analise vertical nas
DC's da empresa para
conceder credito?
30% 70%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
TítulodoEixo
37
assim como DC‟s para tomada de decisões, e as respostas dadas pelos trabalhadores foram
consistentes e precisas. Por outro lado, pode se dizer que as DC‟s na verdade são de confiança
quando os gestores de empresas tomam decisões claras quando se trata de empréstimos.
4.6.2.Hipóteses Secundárias
H1: Com a análise de indicadores e índices poder-se-á fazer com baixa margem de risco,
operações de créditos para empresas.
Nesta hipótese foi considerado valido, com base nos resultados obtidos na empresa com uma
percentagem de 60%, onde os colaboradores da empresa MM Integrated S. M. Mozambique
afirmaram com dados espectaculares a qual a análise de indicadores e índice pode ou não ser
feitas com uma margem considerável de risco em operações de créditos da empresa.
Dai que, como na observação direita em que o autor se enterrou-se na MM Integrated S. M.
Moçambique, para averiguar nas considerações referentes as operações de créditos onde a
margem de risco é menos significativo, dai que os indicadores assim como os índices sejam eles
financeiros ou económicos foram muito precisas na sua leitura.
H2: A análise das demonstrações apenas mostra a posição estática da empresa em determinado
tempo, o que não garante o mesmo desempenho no futuro.
Considerando os pormenores referentes as normas de contabilidade, essa hipótese foi rejeitada
com uma percentagem de 80% na qual os gestores e analista da empresa reiteram-se dando
respostas objectivas de que no estudo das demonstrações seja contabilistas ou financeiras mostra
uma visão clara da empresa e garante um desempenho muito promissor futuro, com isso,
segundo as normas contabilistas geralmente aceites confirmam que as analises das
demonstrações são espelhos da empresa onde a garantia daquilo que seria a posição estática da
empresa no presente e no futuro.
38
CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES
5.1.Conclusão
 Chegando o fim deste trabalho, fica evidente que as decisões que acercam as instituições
financeiras são sempre objecto de muito cuidado por parte dos gerentes de crédito, uma
decisão tomada hoje poderá causar uma série de efeitos no futuro, embora se tenha
grande dificuldade em estabelecer estes efeitos ou mesmo identificá-los e quantificá-los,
estas situações são tanto mais difíceis de serem tratadas quanto maiores forem os riscos e
as incertezas do cenário económico. Pode-se considerar que os bancos e instituições
financeiras, em geral, como emprestadores de capital e financiadores de bens de capital
pelas empresas, representam o principal grupo de usuários das demonstrações financeiras
das empresas.
 Em Moçambique a análise de crédito era feita somente através do estudo do cadastro, isto
até a década de 60. Tal análise consistia no processo de troca de informações sobre
pontualidade em saldar dívidas, valores das operações efectuadas e outras informações
dessa natureza. A vinda de bancos estrangeiros fortaleceu o uso das análises mais
aprimoradas. A boa prática bancária exclui que seja feita somente análise cadastral e
coloque em risco os recursos administrados emprestando-os para empresas que não
estejam dispostas a fornecer dados contabilísticos e apresentar informações fidedignas
sobre sua situação financeira.
 Mesmo em políticas de crédito a curto prazo, deve-se admitir que, como política de
relacionamento comercial com o cliente, uma análise que considerasse também aspectos
de longo prazo, em face da possibilidade de renovação daquelas operações.
 Este estudo discorreu sobre o método de análise financeira através de índices, de maneira
prática e sucinta, do contrário seria muito oneroso e gastaria tempo demasiadamente aos
encarregados da carteira de crédito em fazer análises minuciosas e que talvez não fossem
suficientes para a tomada de decisão rápida e segura, impossibilitando uma aplicação
prática e objectiva.
39
5.2.Sugestão
1. Em termo de sugestão, este trabalho sugere-se que a empresa em estudo que tenha bases
sólidas para que o tema em estudo seja aquilo que os gestores assim como os contablistas
tenham premissas que lhes conferem para a consecucao das suas activiades laborais.
2. Por outro lado, o resultado das análises deve subsidiar-se as decisões do analista de
crédito, a ponto de definir a viabilidade em emprestar recursos financeiros à empresa
demandante.
3. E também, o analista deve realizar projecções do comportamento financeiro da empresa e
com isso decidir se a empresa terá capacidade em honrar suas dívidas.
4. Por fim o analista não deve considerar somente o resultado da análise das demonstrações
contabilísticas no momento de decisão e concessão de crédito. Dizer que, esses são
resultados extremamente importantes e que retratam a saúde financeira da empresa. Mas
também a avaliação e perspectiva de crescimento do ramo em que a empresa actua,
mercado económico, histórico de pagamento da empresa com seus fornecedores, entre
outros factores são importantes para a decisão de crédito.
40
Bibliografias
CARLETO, Benedita Bernardes N.; SOUZA, Ernesto Dias de. Curso de interpretação e análise
de balanços. IOB A Thomson Company, s/d. p.25;67-99; e 105.
KRAJEWSKI, L. J.; RITZMAN, L. P.; MALHOTRA, M. Administração da produção e
operações. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.
GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo:
Thomson Learning, 2006.
MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e
Gerencial. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.
OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa Qualitativa. Petrópolis, Vozes, 2007.
ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. São Paulo:
Atlas, 1998.
SANTO, A. do E. Considerações sobre a influência da análise das demonstrações no ciclo do
pedido logístico: análise do caso Atofina Brasil. Revista Contabilidade & Finanças - USP, São
Paulo, n. 33, p.101 - 113, set./dez. 2003.
41
APÊNDICES
42
Roteiro de Entrevista e Questionário
1.DADOS PESSOAIS
1.1.Sexo
[ ] Masculino
[ ] Feminino
1.2.Nível académico
[ ] Básico [ ] Médio [ ] Instituto [ ] Licenciatura [ ] Mestrado [ ] Outro
______________________________________________________________________________
1.3.Anos de idade
[ ] 18 a 30 anos [ ] 31 a 45 anos [ ] 46 a 60 anos [ ] 61 a 80 anos [ ] Outro
__________ Anos.
1.4.Experiencia no ramo de actividade
[ ] Menos de 1 ano [ ] 2 a 4 anos [ ] 5 a 7 anos 7 a 15 anos [ ] Outro
____________ anos
2.DADOS DA EMPRESA
2.1.Tipo de Empresa
[ ] Pública
[ ] Privada
2.2.Ramo de actividade
[ ] Indústria [ ] Fábrica [ ] Componentes [ ] Serviços
2.3.Facturamento
[ ] Menos de 50.000,00 MT [ ] Até 100.000,00 MT [ ] Até 300.000,00 MT [ ] Outro
_________MT
2.4.Número de trabalhadores
[ ] 0 a 10 [ ] 11 a 20 [ ] 21 a 35 [ ] 36 a 45 [ ] Outro _____________
Trabalhadores
43
2.5.A sociedade da empresa é composta por:
[ ] Família
[ ] Empresário individual
[ ] Sócios de famílias diferentes
[ ] Outro ______________________________________
2.6.Objectivos da empresa
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3.DADOS FINANCEIROS
3.1.O que entendes por credito?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3.2.Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações
contabilísticas da empresa?
[ ] Sim [ ] Não [ ] Não sabe [ ] Talvez
3.3.Qual a importância da análise das seguintes demonstrações financeiras para a finalidade de
concessão de crédito?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3.4.A empresa possui previsões no que concerne ao pagamento de salário?
[ ] Sim [ ] Não
3.5.Quais são os limites de créditos que a empresa possui nos bancos?
[ ] Capital de giro ___________________________ MT (_______%)
[ ] Recebimento ____________________________ MT (_______%)
44
[ ] Financiamento __________________________ MT (_______%)
3.6.Os créditos aprovados pelos bancos sempre atendem as necessidades da empresa?
Discordo
totalmente
Discordo Não concordo e
nem discordo
Concordo Concordo
totalmente
1 2 3 4 5
3.7.Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos?
[ ] Sim [ ] Não
3.7.1.Em qual instituição?
[ ] Banco
[ ] Instituições de credito
[ ] Outras qual _____________________________________
3.8.Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro?
[ ] Pagamento de Salários
[ ] Financiamento de estoques
[ ] Investimento na empresa
[ ] Outros __________________________________________
3.9.Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações
contabilísticas da empresa?
[ ] Sim [ ] Não
3.10.Qual a importância da análise das seguintes demonstrações financeiras para a finalidade
de concessão de crédito?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
45
3.10.1.(Assinale em uma escala de 1- nada importante a 10 – muito importante)
a) Demonstração do Resultado do Exercício 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
b) Balanço Patrimonial 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
c) DVA (Demonstração do Valor Adicionado) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
d) DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
e) Outra. Qual? _________________ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.11.Usa-se a análise horizontal nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder
crédito?
[ ] Sim [ ] Não
3.12.Usa-se a análise vertical e horizontal nas demonstrações contabilísticas da empresa para
conceder crédito?
[ ] Sim [ ] Não
3.13.Após os resultados dos índices e das análises realizadas, quais os parâmetros utilizados
para definir se é viável conceder crédito à empresa analisada?
______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
3.14.Quais outras informações (financeiras ou não financeiras) são utilizadas na análise de
concessão de crédito?
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

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Demonstrações financeiras como base para concessão de crédito

  • 1. i Sérgio Alfredo Macore DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMO BASE PARA CONCESSÃO DE CRÉDITO Estudo de Caso na MM Integrated Steel Mills Moçambique, Lda 2014 – 2015 (Licenciatura em Contabilidade com habilidades em Auditoria) Universidade. Pedagogica. Nampula. 2017
  • 2. i Sérgio Alfredo Macore DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS COMO BASE PARA CONCESSÃO DE CRÉDITO Estudo de Caso na MM Integrated Steel Mills Moçambique, Lda 2014 – 2015 Monografia Cientifica a ser apresentada no departamento de Contabilidade e Gestão da Universidade Pedagógica – para requisito de obtenção em Contabilidade com habilidades em Auditoria. Orientador Msc. Armando Agostinho Tomas Universidade Pedagógica Nampula 2017
  • 3. ii ÍNDICE LISTA DE TABELAS ................................................................................................................v LISTA DE GRÁFICOS ............................................................................................................ vi LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................. vii LISTA DE ABREVIATURAS................................................................................................ viii DECLARAÇÃO ....................................................................................................................... ix DEDICATÓRIA .........................................................................................................................x AGRADECIMENTO................................................................................................................ xi RESUMO ................................................................................................................................ xii CAPITULO I – INTRODUÇÃO.................................................................................................1 1.1.Introdução .........................................................................................................................1 1.2.Objecto do estudo ..............................................................................................................2 1.2.1.Objectivo Geral...........................................................................................................2 1.2.2.Objectivos Específicos ................................................................................................2 1.3.Justificativas...................................................................................................................2 1.4.Problema ...........................................................................................................................3 1.5.Hipóteses...........................................................................................................................4 1.5.1.Hipótese Básica...........................................................................................................4 1.5.2.Hipóteses Secundárias.................................................................................................4 1.6.Delimitação do tema ..........................................................................................................4 1.7.Estrutura do trabalho..........................................................................................................4 CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA .........................................................................5 2.1.Demonstrações Financeiras................................................................................................5 2.1.1.Balanços......................................................................................................................5 2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício....................................................................5 2.1.3.A Demonstração dos Fluxos de Caixa.......................... Erro! Marcador não definido. 2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras.......................................................................6 2.2.Utilizadores da Análise Financeira.....................................................................................6 2.3.Procedimentos Preliminares à Análise................................................................................7 2.3.1.Técnicas de Análise.....................................................................................................8 2.3.2.Análise Vertical........................................................... Erro! Marcador não definido.
  • 4. iii 2.3.3.Análise Horizontal....................................................... Erro! Marcador não definido. 2.4.Tipos de demonstrações financeiras ...................................................................................8 2.4.1.Balanço Patrimonial ....................................................................................................8 2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício....................................................................9 2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados ...................................................10 2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido..................................................10 2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos................................................10 2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa ..............................................................................11 2.5.Conceito de crédito ..........................................................................................................11 2.5.1.Conceito de risco.......................................................................................................12 2.5.2.Factores de risco........................................................................................................12 2.5.3.Garantias...................................................................................................................13 2.6.Tipos de garantias............................................................................................................13 2.6.1.Aval ..........................................................................................................................13 2.6.2.Caução de duplicatas.................................................................................................14 2.6.3.Caução de cheques ....................................................................................................14 2.7.Os C‟s do Crédito ............................................................................................................16 2.7.1.Os C‟s Tradicionais do Crédito..................................................................................16 2.7.2.Os C‟s Modernos do Crédito .....................................................................................17 2.8.Os Três Novos C‟s do Crédito .........................................................................................17 2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito..............................................17 CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA................................................................18 3.1.Tipo de pesquisa ..............................................................................................................18 3.2.Método de procedimento ................................................... Erro! Marcador não definido. 3.3.Método de abordagem: indutivo......................................... Erro! Marcador não definido. 3.4.Técnica de colecta de dados............................................... Erro! Marcador não definido. 3.5.População ou Universo da Pesquisa ................................... Erro! Marcador não definido. 3.5.1.Universo...................................................................... Erro! Marcador não definido. 3.5.2.Amostra da Pesquisa ................................................... Erro! Marcador não definido. 3.6.Instrumentos de processamento de dados ........................... Erro! Marcador não definido.
  • 5. iv CAPITULO IV – APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DE DADOS....... Erro! Marcador não definido. 4.1.Breve Historial.................................................................................................................20 4.1.1.Objectivos estratégicos..............................................................................................22 4.1.2.Visão.........................................................................................................................22 4.1.3.Missão.......................................................................................................................22 4.1.4.Valores......................................................................................................................23 4.1.5.Ambiente interno.......................................................................................................23 4.2.Análise do ambiente.........................................................................................................24 4.2.1.Variáveis do macro e micro ambiente........................................................................24 4.3.Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças...............................................................26 4.3.1.Pontos fortes: ............................................................................................................26 4.3.2.Pontos fracos:............................................................................................................27 4.3.3.Oportunidades ...........................................................................................................27 4.3.4.Ameaças....................................................................................................................27 4.4.Apresentação de dados.....................................................................................................27 4.4.1.Respostas obtidas no momento da entrevista .............................................................27 4.5.Análise e interpretação de dados ......................................................................................28 4.5.1.Dados pessoais ..........................................................................................................28 4.5.2.Dados da empresa......................................................................................................30 4.5.3.Objectivos da empresa...............................................................................................33 4.6.Dados financeiros ............................................................................................................33 4.6.1.Conceito de crédito....................................................................................................33 4.7.Verificação de hipótese....................................................................................................36 4.6.2.Hipóteses Secundárias...............................................................................................37 CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES....................................................................38 5.1.Conclusão........................................................................................................................38 5.2.Sugestão ..........................................................................................................................39 Bibliografias .............................................................................................................................40 Sugestão
  • 6. v LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated S. M. Moz. 31/12/2013 a 31/12/2014..........14 Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício da empresa MM Integrated Steel Mills.....15 Tabela 3 - Respostas de entrevista.............................................................................................27
  • 7. vi LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores .............................................................................................28 Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores...........................................................................34 Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores...................................................................................29 Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores ...............................................35 Gráfico 5: Tipo de empresa .......................................................................................................36 Gráfico 6: Ramo de actividade ..................................................................................................36 Gráfico 7: Facturamento............................................................................................................37 Gráfico 8: Número de trabalhadores..........................................................................................37 Gráfico 9: Composição da empresa ...........................................................................................38 Gráfico 10: Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações contabilísticas da empresa? .......................................................................................................39 Gráfico 11: A empresa possui provisões no que concerne ao pagamento de salário?..................39 Gráfico 12: Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos? ..............................40 Gráfico 13: Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro?..............40 Gráfico 14: Usa-se a análise vertical nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder crédito?.....................................................................................................................................41
  • 8. vii LISTA DE FIGURAS Figura 1: Vista frontal da Empresa MM Integrated S. M. Mozambique, Lda Nacala .................28 Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated S. M. Mozambique, Lda Nacala ..........29
  • 9. viii LISTA DE ABREVIATURAS DF Demonstrações financeiras DC Demonstrações Contabilisticas CC Concessão de Crédito VAL Valor Actual Líquido RE Reembolsos de Empréstimos FC Fluxo de Caixa UP Universidade Pedagógica NPC Normas de Procedimentos Contabilístico
  • 10. ix DECLARAÇÃO Declaro que este trabalho cientfico é fruto da minha investigacao pessoal, o seu conteúdo é original e todas fontes consultadas estão devidamente mencionadas na bibliografia final deste trabalho e sub oreintacoes do meu supervisor. Este „e a primeira vez que submeto numa instituicao de ensino para obtencao do grau em licenciatura em contabilidade com habilidade em Auditoria. Nampula, _____ Fevereiro de 2017 _____________________________________________ / Sérgio Alfredo Macore / Supervisor _______________________________________ / Msc. Armando Agostinho Tomás /
  • 12. xi AGRADECIMENTO Ao meu supervisor, MSC. Armando Agostinho Tomás, pelos ensinamentos. À minha namora Emília das Neves Gaveta pela coragem da parte dela. Aos amigos e demais familiares, pela força e coragem que deram para a realização deste trabalho. Muito obrigado.
  • 13. xii RESUMO A presente monografia com o tema sobre concessão de credito das demosntracoes no distrito de nacala da empresa Integrated steel mills o que teve como tema, métodos contabilísticos e a sobre concessão de credito existiu por objectivo de dar a conhecer os diversos pontos que fazem menção da criação de funcionamento da contabilidade dentro das empresas. A pesquisa mostrou que ao criar-se uma empresa comercial deve se respeitar os códigos de contas do plano para melhor o funcionamento do património da própria empresa. A pesquisa concluiu que para que haja um bom funcionamento nas empresas é preciso ter em conhecimento destes temas apresentados. Palavra-Chaves. Demonstrações Financeiras e Concessão de Crédito.
  • 14. 1 CAPITULO I – INTRODUÇÃO 1.1.Introdução A presente monografia cientifica é realizada no âmbito de culminação do curso de Contabilidade e Auditoria e cujo tema fala sobre concessão de credito na parte das demosntracoes financeiras no distrito de Nacala. Na verdade, as decisões que acercam as instituições financeiras são sempre objecto de muito cuidado por parte dos gerentes de crédito, uma decisão tomada hoje poderá causar uma série de efeitos no futuro, embora se tenha grande dificuldade em estabelecer estes efeitos ou mesmo identificá-los e quantificá-los, estas situações são tanto mais difíceis de serem tratadas quanto maiores forem os riscos e as incertezas do cenário económico. Pode-se considerar que os bancos e instituições financeiras, em geral, como emprestadores de capital e financiadores de bens de capital pelas empresas, representam o principal grupo de usuários das demonstrações financeiras das empresas. Em Moçambique a análise de crédito era feita somente através do estudo do cadastro, isto até a década de 60. Tal análise consistia no processo de troca de informações sobre pontualidade em saldar dívidas, valores das operações efectuadas e outras informações dessa natureza. A vinda de bancos estrangeiros fortaleceu o uso das análises mais aprimoradas. A boa prática bancária exclui que seja feita somente análise cadastral e coloque em risco os recursos administrados emprestando-os para empresas que não estejam dispostas a fornecer dados contabilísticos e apresentar informações fidedignas sobre sua situação financeira. Mesmo em políticas de crédito a curto prazo, deve-se admitir que, como política de relacionamento comercial com o cliente, uma análise que considerasse também aspectos de longo prazo, em face da possibilidade de renovação daquelas operações. Este estudo discorrerá sobre o método de análise financeira através de índices, de maneira prática e sucinta, do contrário seria muito oneroso e gastaria tempo demasiadamente aos encarregados da carteira de crédito em fazer análises minuciosas e que talvez não fossem suficientes para a tomada de decisão rápida e segura, impossibilitando uma aplicação prática e objectiva.
  • 15. 2 1.2.Objecto do estudo O presente trabalho tem como objecto de estudo analisar a eficiências do modelo das demonstrações financeiras na concessão de crédito para as empresas, em particular MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda no período compreendido entre 2014 – 2015. 1.2.1.Objectivo Geral  Analisar as demonstrações financeiras das empresas como base para concessão de crédito, em particular na MMI Integrated Steel Mills Mozambique, Lda – 2014 – 2015. 1.2.2.Objectivos Específicos  Identificar os riscos nas situações de empréstimo através de equações que utilizam dados do Balanço Patrimonial e Demonstração do Resultado do Exercício.  Apresentar soluções para tomada de decisão no momento da solicitação do crédito, por meio da análise de índices financeiros, proporcionando condições para analisar situações de empréstimos;  Avaliar a capacidade de pagamento em um exemplo prático. Analisando as demonstrações contabilísticas e comparando os resultados dos índices financeiros. 1.3.Justificativas A importância deste trabalho se justifica no fato de verificar o processo de concessão de crédito para as empresas como sendo um segmento económico de grande representatividade para o mundo empresarial, analisando as rotinas que envolvem a concessão do crédito no âmbito das empresas em Moçambique. Mas por outro lado, a presente monografia é muito imprescindível, uma vez que, possibilitará aos gestores financeiros ou ao encarregado da carteira de crédito, tomar decisões com maior rapidez e que minimizem os riscos das operações financeiras, pois as decisões em operações de tomada de recursos são sempre delicadas, seja para a parte dos executivos ou pela parte dos gerentes de instituições financeiras que tomarão a decisão de deferir, modificar ou indeferir a solicitação dos recursos.
  • 16. 3 Por outro lado, em condições limites poderá significar o fracasso ou o sucesso de uma instituição financeira. O acto de decidir é a mais importante função do gerente, pois este é o responsável por garantir a agilidade, continuidade, qualidade e a segurança dos activos que administra. Através de uma orientação geral que envolve o processo decisório de crédito, todos aqueles que estejam a ele ligados, directa ou indirectamente, devem buscar informações adequadas para uma avaliação do potencial de crédito do cliente, no caso do gerente que deferirá ou não a solicitação e no caso da empresa tomadora, o administrador financeiro. Geralmente, ao solicitar um empréstimo, seja em qualquer instituição financeira, há um tempo relativamente longo até sua decisão. Tal fato ocorre principalmente, em virtude de cadastros mal elaborados e análises superficiais por parte das instituições financeiras, desconhecendo ou não dando a devida importância ao Balanço Patrimonial e as Demonstrações Contabilísticas da empresa solicitante. Sendo assim, é fundamental um estudo em análise de crédito de pessoas jurídicas; pois, trará benefícios a ambas as partes, no processo decisório, e garantirá uma melhor obtenção de recursos possíveis, de acordo com seus demonstrativos contabilísticos. 1.4.Problema O presente trabalho científico é de estrema importância que os gestores tenham actualmente as empresas operam num ambiente bastante competitivo e exigente o que torna o processo de gestão bastante desafiador, obrigando os gestores, accionistas e credores a terem cada vez mais necessidade de tomarem decisões mais rápidas e com o mínimo de margem de erros para que as organizações possam sobreviver à agressividade do mercado. Com o intuito a cima explanado, coloca-se como pergunta de partida:  Ate que ponto a extracção de indicadores financeiros através de balanço das empresas fornece mecanismos para a tomada de decisão e assegura por parte dos gestores das instituições financeiras, em particular na MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda?
  • 17. 4 1.5.Hipóteses 1.5.1.Hipótese Básica  Por meio das demonstrações contabilísticas das empresas os gestores das instituições financeiras poderão ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo. 1.5.2.Hipóteses Secundárias  H1: Com a análise de indicadores e índices poder-se-á fazer com baixa margem de risco, operações de créditos para empresas.  H2: A análise das demonstrações apenas mostra a posição estática da empresa em determinado tempo, o que não garante o mesmo desempenho no futuro.  H3: É, também, válido ter conhecimento dos empréstimos que a empresa saldou, ou não, com as instituições financeiras com as quais fez operações, além de analisar indicadores pormenorizadamente. 1.6.Delimitação do tema O presente trabalho será realizado concretamente na província de Nampula no distrito de Nacala Porto na empresa MM Intergrated Steel Mills Mozambique, Lda nos anos de 2014 a 2015. 1.7.Estrutura do trabalho Este trabalho contempla 5 capítulos que estão divididos da seguinte maneira: No primeiro capítulo encontramos a introdução, objectivos propostos, justificativas, problematização, hipóteses e delimitação do tema. No segundo capítulo encontramos a contextualização do tema onde vários autores estão a explanar a cerca de crédito, demonstrações financeiras. No terceiro capitulo esta focada apenas as metodologias que são usadas para a consecução deste trabalho, as técnicas de pesquisa entre outras normas. No quarto capitulo esta a apresentação do tema e analise interpretação do tema. E por fim no último capítulo encontramos as conclusões e recomendações/sugestões, bibliografia e apêndices.
  • 18. 5 CAPÍTULO II - REVISÃO DA LITERATURA 2.1.Demonstrações Financeiras 2.1.1.Balanços De acordo Franco (1989, p.39) “Balanço Patrimonial é a representação sintética dos elementos que formam o património, evidenciando a diferencial que completa a equação entre seus valores positivos e negativos.” Segundo Ribeiro (2008, p.39), “balanço patrimonial é uma demonstração financeira (contabilística) que evidência de forma qualitativa e quantitativa, em uma determinada data, a situação patrimonial e financeira de uma entidade.” Ross et al. (1998, p.38), “balanço patrimonial é um retracto instantâneo da empresa. É um modo conveniente de organizar e sintetizar o que uma empresa possui (seus activos), o que uma empresa deve (suas exigibilidades), num dado momento.” Assim, compreendemos que o balanço patrimonial é a peça contabilística que retracta a posição (saldo) das contas de uma entidade após todos os lançamentos das operações de um período terem sido feitos, após todos os provisionamentos (depreciação, devedores duvidosos, etc.) e ajustes, bem como após o encerramento das contas de receita e despesa também terem sido executados, ou seja, o Balanço Patrimonial é resultado de uma serie de eventos que ocorreram no património da entidade e que foram sintetizados numa demonstração. De acordo MARION (2006. P 42) o balanço patrimonial tem por finalidade demonstrar a situação financeira e patrimonial da entidade em determinado período, e é composto por três elementos básicos: Activo, Passivo e Património Liquido. 2.1.2.Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC), procura explicar a forma como é gerado e utilizado o dinheiro evidenciando os fluxos de recebimentos e de pagamentos de determinada entidade no exercício económico, e reconciliando o saldo inicial e final de caixa e seus equivalentes.
  • 19. 6 2.1.4.Análise das Demonstrações Financeiras 2.2.Utilizadores da Análise Financeira O estudo da situação económico-financeiro das empresas interessa a todos os stakeholders das empresas, dado que todos eles necessitam de informação financeira que seja útil para o apoio à tomada de decisão. De facto, o diagnóstico financeiro pode ser utilizado tanto a nível interno como externo, já que informação financeira e a sua interpretação constituem o objecto essencial de comunicação entre a empresa e o meio envolvente. Apresentam-se de seguida, e de forma resumida, alguns dos grupos de stakeholders e suas respectivas necessidades da informação:  Gestores – necessitam da informação económico-financeira, a fim de puderem tomar decisões, por exemplo, acerca dos financiamentos e investimentos, bem como as medidas correctoras da situação financeira ou económica financeira.  Accionistas ou sócios – esta classe de investidores preocupa-se essencialmente com o risco inerente ao seu investimento, bem como com a realidade que este lhe proporciona. Precisam, de informação que os ajude a tomar a decisão quanto à aquisição, manutenção, ou venda de uma determinada participação numa empresa.  Clientes - necessitam da informação capaz de lhes permitir aferir sobre a probabilidade de continuidade da empresa, essencialmente se fazem importantes adiantamentos ou estão muito dependentes de uma determinada empresa.  Fornecedores - a perspectiva da análise da empresa é essencialmente de curto prazo, preocupando-se com a capacidade da empresa pagar as suas dívidas nas respectivas datas de vencimento.  Credores - para o caso desses intervenientes, como sejam as instituições financeiras e os obrigacionistas, a informação da empresa permitir-lhes-á analisar a capacidade da empresa amortizar os empréstimos contraídos, bem como os respectivos juros.  Trabalhadores e sindicatos - estes stakeholders estão particularmente interessados em analisar a estabilidade financeira, e a rendibilidade da empresa, que se reflectira na capacidade da empresas pagar as respectivas remunerações, oferecer benefícios e criar oportunidades de emprego.
  • 20. 7  Administração fiscal - a informação será útil, por exemplo, por razoes fiscais (tributação) e para fins de elaboração de estatísticas. 2.3.Procedimentos Preliminares à Análise Todas as demonstrações financeiras são documentos essencialmente históricos, que informam o que ocorreu em períodos passados. A análise das demonstrações financeiras envolve a selecção cuidadosa dos dados neles apresentados, visando a utilização desses dados para fins de tomada de decisão. Para que a tomada de decisão ocorra de maneira adequada, se faz necessário o cumprimento de procedimentos preliminares ao processo de análise. Como primeiro procedimento pode-se destacar a definição dos objectivos da análise. Verifica-se que usuários diferentes tem objectivos diferentes com relação as informações geradas pela análise das demonstrações financeiras. Dessa forma, percebe-se que os accionistas se voltam para lucratividade e dividendos futuros; os credores se preocupam com a capacidade de pagamentos; os gestores analisam as alternativas de investimento e opções de financiamento disponíveis. É preciso que, antes de se iniciar os procedimentos de análise, sejam bem delimitados os objectivos da análise e a quais stakeholders serão direccionados os resultados desta análise. Finalmente, para que a análise das demonstrações financeiras gere informações úteis para tomada de decisão pode ser necessário a adopção de procedimentos de reclassificação. Reclassificação significa um reagrupamento de algumas contas das demonstrações financeiras. A reclassificação efectua ajustes necessários para melhorar a eficiência da análise. Como procedimentos de reclassificação podem ser citados:  Padronização de forma de apresentação e nomenclaturas das demonstrações financeiras;  A conta “duplicatas descontadas” que é representada como redutora do Activo Circulante deve ser reclassificada para o Passivo Circulante, devido as peculiaridades da operação que a originou;
  • 21. 8  A conta “despesas do exercício seguinte” que é representada no Activo Circulante e a única desse grupo que não se convertera em dinheiro, devendo ser reclassificada deduzindo o Património Liquido; e  As demonstrações financeiras analisadas foram elaboradas com o conceito contabilístico de curto prazo (circulante) e longo prazo (não circulante). Alguns objectivos da análise poderão exigir que operações com valores a receber ou a pagar sejam reclassificadas pelo conceito financeiro de curto prazo e longo prazo. 2.3.1.Técnicas de Análise Na análise do Activo, ela mede como a empresa distribuiu ou usou seus recursos dentro do Activo. O Total do Activo é a base de cálculo para todas as contas do Activo. Na análise do Passivo mais Património Liquido, ela mede como a empresa obteve os recursos que estão ajudando a financiar seus Activos. O Total do Passivo mais Património Liquido é a base de cálculo para todas as contas que representam origens de recursos (que sempre tem o mesmo total que o Activo). Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto cada custo ou despesa consumiu das receitas e, no fim, se houve lucros ou prejuízos. A Receita Liquida de Vendas ou Vendas Liquidas é a base de cálculo para todas as contas da Demonstração de Resultados. 2.4.Tipos de demonstrações financeiras Segundo a IAS as Demonstrações Financeiras são o conjunto de informações que devem ser elaboradas pelas empresas e demais entidades com o objectivo de proporcionar informações sobre a posição financeira, o desempenho e as alterações na posição financeira de uma entidade e que seja útil a um conjunto alargado de utilizadores para tomarem decisões económicas. Para dar uma maior clareza sobre as demonstrações Contabilísticas serão elencadas de forma sucinta cada uma delas, no intuito de apresentar uma visão geral das mesmas, conforme a seguir: 2.4.1.Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é um demonstrativo que traz importantes informações sobre a estrutura contabilística e os seus elementos directamente relacionados com a mensuração do balanço são os activos, passivos e capital próprio. Conforme exposto por Kroetz (2000:36), “nele se sintetiza,
  • 22. 9 na forma de origem e aplicações, a riqueza da entidade, servindo de ferramenta para análises e controles, objectivando estudar o comportamento e tendências do património”. Tabela 1 – Balanço patrimonial da MM Integrated Steel Mills 31/12/2013 a 31/12/2014 ACTIVO 31-dez-2014 31-Dez-2013 Activo não corrente Activos tangíveis 331.200,84 183.690 Depreciações acumuladas - 72.251,28 -31.171 Total do activo não corrente 258.949,56 152.519 Activo corrente Outros devedores 70.059,60 ------- Bancos 1.108.579,63 133.491 Total do activo corrente 1.178.639,23 133.491 TOTAL DO ACTIVO 1.437.588,79 286.010 CAPITAL PROPRIO E PASSIVO Capital social 20.000,00 20.000,00 Resultados transitados 141.047 -------- Resultado liquido do exercício 972.672,50 141.047 TOTAL DO CAPITAL PROPRIO 1.133.674,50 161.047 Passivo corrente Impostos a pagar 106.614,34 33.777 Outros credores 197.299,93 91.186 TOTAL DO PASSIVO 303.914,27 124.963 TOTAL DO CAPITAL PROPRIO E PASSIVO 1.437.588,79 286.010 Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills 2.4.2.Demonstração do Resultado do Exercício A Demonstração do Resultado do Exercício é uma peça contabilística que apresenta a gestão económica e financeira de uma empresa. Conforme Assaf Neto (2001:75), esse demonstrativo “visa a fornecer, de maneira esquematizada, os resultados (lucro ou prejuízo) auferidos pela empresa em determinado exercício social”.
  • 23. 10 Tabela 2 – Demonstrações de resultado do exercício 31/12/2013 a 31/12/2014 da empresa MM Integrated Stell Mills DESCRIÇÃO 2014 2013 PROVEITOS OPERACIONAIS Prestação de serviços 3.138.170,05 768.420 Total dos proveitos operacionais 3.138.170,05 768.420 CUSTOS OPERACIONAIS Gastos com o pessoal 672.000,00 91.500 Fornecimento e serviços de terceiros 1.253.252,27 504.702 Depreciação do período 41.081,28 31.170,98 Total dos custos operacionais 1.966.333,55 627.372,98 Resultado antes do imposto 1.171.836,50 141.047,02 Imposto sobre rendimento -199.209 ------ Resultado liquido do exercício 972.627,50 141.047,02 Fonte: Adaptado pelo autor 2016, a partir dos relatórios da empresa MM Integrated Steel Mills 2.4.3.Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados Esse demonstrativo descreve os elementos que provocaram modificação, para mais ou menos no saldo da conta lucros e prejuízos acumulados. Em função das informações referentes a estes demonstrativos estarem inseridas na Demonstração das Mutações do Património Líquido, quando a empresa optar pela elaboração deste último, não terá obrigação de elaborar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados. 2.4.4.Demonstração das Mutações do Património Liquido De acordo com Reis (2003), a demonstração mostra as variações ocorridas em cada uma das contas integrantes do grupo património líquido. Assim, englobando a Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados, tornando desnecessária a sua elaboração. 2.4.5.Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Corresponde assim como o Balanço Patrimonial, a uma demonstração da movimentação liquida da entrada (origem) e da saída (aplicação) de recursos. Origina-se basicamente de uma análise
  • 24. 11 das variações ocorridas na posição financeira da empresa (activos e passivos circulantes), cuja diferença representa o “capital circulante líquido”. 2.4.6.Demonstração do Fluxo de Caixa Além destas demonstrações, a Demonstração de Fluxo de Caixa, mesmo não sendo obrigatória, as empresas vem publicando com o objectivo de fornecer informações sobre a movimentação das disponibilidades da empresa e demonstrar o impacto final de tal movimentação nesse grupo de contas, tendo como objectivo principal explica a variação da disponibilidade imediata da empresa. 2.5.Conceito de crédito Segundo SCHRICKEL (2000) – crédito é todo acto de vontade ou disposição de alguém destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu património a um terceiro, com expectativa de que esta parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado. Esta parte do património pode estar materializada por dinheiro (empréstimo monetário) ou bens (empréstimos para uso, ou venda com pagamento parcelado, ou a prazo). Pelo facto de esta cessão patrimonial envolver expectativas quanto ao recebimento da parte cedida, é imperativo reconhecer que a qualquer crédito está associada a noção risco, portanto o gerente de crédito deve lembrar-se que, ao vender um crédito, está automaticamente comprando um risco com todos os problemas e benefícios que a transacção envolve. Numa visão macroeconómica, o crédito cumpre importante papel económico e social, pois possibilita às empresas aumentarem seu nível de actividade, estimula o consumo, influenciando assim a demanda, ajuda as pessoas a obterem moradia, facilita a efectivação de projectos para os quais as empresas não disponham de recursos suficientes. Por outro lado, o crédito pode tornar empresas e pessoas físicas altamente endividadas, como pode ser forte componente de um processo inflacionário.
  • 25. 12 2.5.1.Conceito de risco O risco sempre estará presente em qualquer empréstimo Não há empréstimo sem risco. Porém, o risco deve ser razoável e compatível ao negócio da instituição financeira e à sua receita mínima almejada. A incerteza quanto ao futuro torna a análise de crédito, e por consequência o risco, extremamente desafiador e exige capacitação técnica específica, tornando-a mais que certamente dependente do elemento humano, não podendo jamais ser substituída por qualquer meio cibernético, melhor dizendo; não existem modelos matemáticos que eliminem o risco, será sempre indispensável o parecer do comité de crédito. 2.5.2.Factores de risco. Os factores identificados como responsáveis pelas perdas bancárias em concessões de créditos, usualmente são divididos em duas partes: internos e externos. A fraca qualidade no processo de análise de crédito (factor interno) e o agravamento da situação macroeconómica (factor externo), podem resultar na escassez de tomadores saudáveis. Essa situação tende a influenciar na maior concentração de empréstimos com tomadores de alto risco, o que pode resultar na diminuição da receita e da lucratividade. Factores internos independem da economia e estão relacionados com as características de uma empresa. Os factores internos são decorrência de:  Profissionais desqualificados;  Controlo de Política de crédito;  Volatilidade das taxas de juros;  Taxa de inflação;  Carácter dos tomadores;  Taxa de desemprego.  Riscos inadequados;  Ausência de modelos estatísticos;  Concentração de empréstimos em tomadores de alto risco.
  • 26. 13 Factores externos estão directamente ligados a situação económica, os quais determinam o nível de actividade económica e de taxa de juros. Os factores externos são decorrência de: 2.5.3.Garantias A finalidade da garantia é evitar que factores imprevisíveis, ocorridos após a concessão do crédito, impossibilitem a liquidação do empréstimo, por mais que a parte tomadora seja idónea com suas obrigações, sempre haverá o risco, seja por factores climáticos, cambiais, política fiscal, morte do principal dirigente da empresa, incêndio, entre outras causas. A garantia é considerada pelo Banco Central, como uma das regras de boa técnica bancária, e estabelece que os bancos comerciais, na realização de operações de crédito, exijam uma garantia adequada ao crédito. Para as instituições financeiras, as melhores garantias são aquelas que possuem maior liquidez, ou seja, aquelas cuja conversão em caixa e respectiva liquidação do contrato de crédito independem de sentença judicial, mesmo assim os gerentes de instituições financeiras nunca deve considerar a concessão de um empréstimo exclusivamente em função da garantia. Em toda concessão de crédito, o gerente deverá ter a convicção de que não será necessário utilizar a garantia para liquidar o empréstimo. 2.6.Tipos de garantias 2.6.1.Aval O aval é uma garantia oferecida por um terceiro, que por este ato se torna devedor solidário do devedor principal. A relação que se estabelece entre o avalista e o avalizado é pessoal, directa e intransferível. Diz-se comummente que o avalista, ao dar sua garantia, constitui-se no principal pagador da obrigação, dada a solidariedade estabelecida entre o devedor e seu garantidor em relação ao emprestador. (SCHRICKEL, P. 165) O aval é caracterizado por ser uma garantia pessoal, ou seja, se o tomador da dívida não cumprir com suas obrigações, quem responderá será a pessoal que assinou como avalista. O aval é normalmente atrelado a todas as operações de crédito, por ser a forma de garantia mais comum. Para a instituição financeira o aval é de boa norma bancária no que se refere a diminuição do
  • 27. 14 risco em casos de inadimplência do cliente ou de concordata ou falência da empresa devedora, existem casos em que o avalista é o dono ou sócio da empresa, se esta pede falência, o dono responderá de mesma forma sobre suas dívidas, porém na posição de pessoa física, como avalista. O aval garante apenas o valor que está expresso no título de crédito avalizado. Muitos bancos após executarem o tomador e seu avalista pretendem que eles assumam também as responsabilidades por obrigações que vão além das previstas na promissória, o que, às vezes pode funcionar nos tribunais. O que o responsável pela carteira de crédito deve tomar cuidado ao exigir assinatura de um avalista é atentar para que o título esteja legível e bem formalizado, conferir, além da assinatura, os poderes de quem assinou (mediante procuração, estatuto ou contrato social), que o avalista e os dados sejam os mesmos citados no contrato e que o valor do título de crédito seja suficiente para cobrir o valor do crédito, com os respectivos encargos. 2.6.2.Caução de duplicatas Duplicata é um título de crédito que se extrai em consequência de uma factura de venda mercantil ou prestação de serviços. A caução de duplicatas só produz efeitos a partir da efectiva entrega dos títulos ao credor. Portanto, na caução de duplicatas, somente podemos considerar a existência da garantia, a partir do momento em que os títulos forem entregues ao banco. (SANTOS, P. 37). 2.6.3.Caução de cheques O contrato de empréstimo pode ter como forma de garantia a vinculação de cheques, o prazo para a apresentação de cheques, para o pagamento, é de 30 dias a partir de sua emissão, quando for emitido na praça (cidade) onde deve ser pago, e de 60 dias quando emitido em outra praça. O prazo de prescrição do cheque (perda do direito de cobrar judicialmente) é de seis meses a contar do final do prazo de apresentação.
  • 28. 15 A análise de crédito é um instrumento essencial para um bom resultado de uma decisão de crédito. A análise de crédito proporciona uma visão geral da empresa demandante, fornecendo de forma clara e objectiva o seu desempenho económico-financeiro. O levantamento da situação da empresa é feito com base na análise de suas demonstrações financeiras, do grupo e sector em que faz parte e também de aspectos políticos e económicos. Segundo Matarazzo (2003, p. 17): O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente, se irá falir ou se continuará operando. Blatt (1999, p. 38) apresenta os seis pilares da concessão de crédito:  Informação creditícia: Indica que as decisões de crédito são embaçadas nas informações colectadas, as quais devem ser de fontes confiáveis e íntegras.  Histórico de Pagamento: Neste pilar é analisado o histórico de pagamento do cliente em relação a outros fornecedores. Uma vez que o cliente possui uma boa conduta de pagamento com os credores actuais aumenta a probabilidade de ser um bom pagador futuro.  Identificação do Cliente: Neste pilar deve-se conhecer o cliente e a sua rede de relacionamento.  Análise das Demonstrações Financeiras: Neste pilar serão analisadas a demonstrações financeiras da empresa, a fim de apurar sua saúde financeira e influenciar a decisão de crédito.  Qualidade de Cobrança: A qualidade no momento da análise de crédito será fundamental em caso de futuras acções de cobrança.  Fortalecimento da Venda a Crédito: O analista de crédito, além de ser responsável por reduzir o risco de crédito e aumento do fluxo de caixa da cobrança, também é responsável por gerar a venda a crédito. Ainda Blatt (1999, p. 40), apresenta os elementos fundamentais na concessão de crédito:
  • 29. 16 Segurança: O credor ao conceder crédito, aceita correr um risco, por confiar no cliente... Para saber se o cliente merece ou não, tem que se analisar seu carácter e capacidade por meio da ficha cadastral e sua capacidade e capital mediante seus demonstrativos contabilísticas. Liquidez: é a sua capacidade de pagamento... Esta certeza é reforçado pela análise da situação financeira e capacidade de pagamento. 2.7.Os C’s do Crédito Em se tratando de análise de crédito é indispensável citar os C‟s do Crédito. A seguir será demonstrada a definição de cada “C” e também uma divisão proposta por Blatt (1999), onde cita, além dos C‟s Tradicionais do Crédito, os C‟s Modernos do Crédito e os Três Novos C‟s do Crédito. 2.7.1.Os C’s Tradicionais do Crédito Os C‟s tradicionais são: Carácter, Capacidade, Capital, Colateral, Condições e Conglomerado. A avaliação dos C‟s do Crédito fornece informações que serão necessárias para identificar uma possível perda no processo de concessão de crédito. Segundo Blatt (1999, p. 42): “Os C‟s de crédito fornecem uma visão da complexidade que uma avaliação de crédito pode assumir. Tal complexidade frequentemente implica um grau de subjectividade elevado no que tange a decisão propriamente dita.” Quanto ao primeiro „‟C‟‟ do crédito, Carácter, baseia-se ao risco moral. Indica a intenção do tomador em honrar ou não o compromisso que foi assumido junto à instituição financeira. A tendência é que as pessoas (físicas ou jurídicas) tendem a ser honestas principalmente quando os negócios em que actuam estão prosperando. Porém, neste quesito é avaliado o compromisso do tomador em pagar suas dívidas em tempos de crise. Segundo Blatt (1999, p.43), „‟ a pergunta- chave do „‟carácter‟‟: a pessoa ou empresa tem reputação de honestidade a ponto de fazer esforço para pagar suas obrigações?‟‟ Quanto ao segundo „‟C‟‟ do crédito, Capacidade, segundo os autores que tratam desse assunto, avaliar a capacidade do tomador de crédito é muito subjectivo e por isso é difícil de mensurar. A capacidade avalia a habilidade de gestão do cliente, ou seja, no caso de empresas avalia a habilidade administrativa de seus dirigentes em lidar com as constantes mudanças do cenário económico em que faz parte.
  • 30. 17 2.7.2.Os C’s Modernos do Crédito Segundo Blatt (1999), ainda existem mais três “C‟s” que podem ser avaliados no processo decisório de crédito gerando mais informações no processo da análise. O primeiro é Consistência, que indica a escolha do alvo de mercado, estando directamente ligada a política do credor, da conjuntura económica, etc. O segundo é a Comunicação, que se refere à agilidade na obtenção e análise das informações necessárias ao processo de concessão crédito. E por último o Controlo, que trata basicamente da gestão do crédito que foi concedido. Supervisionar constantemente a situação do cliente para evitar problemas futuros. 2.8.Os Três Novos C’s do Crédito Ainda segundo Blatt (1999), existem os três novos C‟s do crédito que estão adequados à realidade actual. O primeiro é Concorrência, em que o credor irá avaliar se o tomador é competitivo no mercado em que actua. O segundo é Custos, onde será analisado se o cliente possui uma gestão de custos de qualidade. E o terceiro Caixa. Neste quesito é verificado se o cliente gera caixa. 2.8.1.As demonstrações financeiras e a concessão de crédito Várias razões levam a analisar as demonstrações financeiras das empresas, uma delas é a verificação da capacidade de manutenção e aquisição de créditos junto a instituições financeiras. Segundo Assaf Neto (2010, p.40): Os intermediários financeiros, basicamente bancos comerciais e de investimento, constituem-se tradicionalmente no principal usuário da análise de balanços... Os interesses dos bancos, em geral, incluem o conhecimento da posição de curto e longo prazo da empresa. A análise das demonstrações financeiras engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem diagnosticar a situação financeira de uma empresa e também prever seu desempenho futuro, tornado então uma ferramenta essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de qual será o limite máximo de empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente.
  • 31. 18 CAPITULO III – METODOLOGIA DA PESQUISA 3.1.Tipo de pesquisa O presente estudo caracteriza-se como uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, tendo em vista que se pretende, por meio da análise crítica, descrever a importância das informações contabilísticas no processo decisório naquilo que seria a concessão de crédito. 3.2.Técnica e colecta de dados Na verdade a entrevista assim como o questionário permitiu que a interecao fosse mais social. Mas concretamente a forma de dialogo em que umas das partes do trabalho ao colectar os dados e a forma como se apresenta:  Questionario por ser uma técnica muito importane para a recolha de dados e pode se fazer uma investigacao com um grande ou pequeno numero propiciando o objectivo ao pesquisador;  Observação é muito importante pois permite aos estudos mais complexos qundo se pretende fazer analises muito descritivas e tem por objectivo remeter certas normas passíveis de generalizacoes. Unverso e amostra da pesquisa Define-se por amostra ou seja população o conjunto de seres inanimados que contem pelo menos umas das características preponderante de uma investigacao. Na verdade em outros casos, o universo seria o conjunto de alguns elemetos assim como fenómenos que podetm ter determinadas normas ou carateristicas comuns. Dai que a populaça deste estudo será baseada por 10 individualidades. Unverso Para este trabalho uma vez que não ira abranger toda a companhia, dai que será uma parte dos colaboradores em vários sectores constituintes por exemplo: Contabilidade, administração, finanças, tesouraria.
  • 32. 19 Amostra A amostra é constituída por 1 do sector de administração, 1 da direcção executiva, dois auxiliares da administração, três analistas de credito ou de concessão de credito, 2 técnicos de contas ou revisores oficiais de contas assim como 1 da tesouraria.
  • 33. 20 CAPITULO IV: APRESENTACAO, INTERPRETACAO DE DADOS 4.1.Breve Historial A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Limitada, foi criada em 16 de Março de 2010 como assenta a publicação que por escritura de dezasseis de Março de dois mil e dez, lavrada de folhas cento e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diverso número I traço quarenta e cinco, do Cartório Notarial de Nampula, foi constituída uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada entre os sócios Kumar Vinodrai Pujara, Subhash Motibhai Patel e Vishnu Rooptal Wadhawan, onde o capital subscrito e realizado em dinheiro foi de cinquenta mil meticais, sendo uma quota no valor de trinta e cinco mil meticais, correspondente a setenta porcento do capital social, pertencente ao sócio Subhash M. Patel e duas quotas iguais de sete mil e quinhentos meticais cada uma, correspondente a quinze porcento do capital social cada, pertencentes aos sócios Kumar V. Pujara e Vishnu R. Wadhawan e publicado no Boletim da República nº 13, III série de segunda-feira de 5 de Abril de 2010. A origem da empresa esta directamente relacionada com o facto de o sócio maioritário o Sr. Subhash M. Patel ser o fundador e presidente do Grupo Motisun que é um conglomerado de negócios diversificado privado com sede na Tanzânia e com várias empresas de fabricação de materiais de construção, como aço, produtos de cobertura, cimento, tanques de plástico, tubos, tintas etc. No alcance geográfico abrange Sul, Centro Leste de África onde tem próprias fábricas localizadas na Tanzânia, Moçambique, Zâmbia e Uganda. A MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda. tem como objecto a produção e comercialização de chapas de zinco e seus derivados, com importação e exportação, mas inicialmente ela estava focada na compra e venda de chapas de zinco, ainda não tinha iniciado a produção. Em acta da assembleia-geral de 27 de Setembro de 2012 a empresa agendou e decidiu sobre a divisão e cessão de quotas, entrada de novos sócios, alteração do pacto social, mudança da sede para a cidade de Nacala Porto. Quando a empresa passa a estar sediada na cidade portuária de Nacala Porto regista grandes investimentos, requer e é certificada como empresa de Zona Económica Especial, e goza dos incentivos fiscais e garantias estabelecidas na Lei nº 3/93, de 24 de Junho (Lei de Investimento) e respectivo regulamento, e no código dos benefícios fiscais,
  • 34. 21 aprovado pela Lei nº 4/2009, de 12 de Janeiro, e outra legislação complementar, e pelos termos específicos da autorização; passando desde já a ser empresa de grande dimensão. Depois do projecto ter sido aprovado pelo Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (Gazeda) e pelo Banco de Moçambique a empresa solicita um financiamento junto a Corporação Financeira Internacional (IFC), do grupo Banco Mundial a fim de apoiar o desenvolvimento da indústria em Moçambique. De acordo com o extracto da conservatória dos registos de Nampula de 04 de Dezembro de 2014 a empresa passou a ter a seguinte estrutura accionista e respectivo capital social que foi subscrito e realizado em dinheiro:  Subhash Motibhai Patel……………….. 180.000.000,00MT correspondente a 60%  Girdharbhai Meghji Ratna Pindolia …… 60.000.000,00MT correspondente a 20%  Beekay Universal Impex Pvt. Ltd……… 60.000.000,00MT correspondente a 20% A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os restantes Moçambicanos e esta representada nas seguintes sucursais do país:  Nampula;  Pemba;  Quelimane;  Tete,  Beira; e  Maputo. A nível sectorial é neste momento o único produtor nacional de chapas de zinco em termos de processamento e ainda comercializa outros produtos tais como Varrão, cantoneiras, pregos, arame de ligação, tubos, e diverso material de construção.
  • 35. 22 Figura 1: Vista frontal da empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016 4.1.1.Objectivos estratégicos A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo. Esta perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de forma rentável no futuro brilhante de Moçambique. 4.1.2.Visão Para ser um reconhecido como líder de produção de chapas e seus derivados em Moçambique e na região, comprometidos com nossos povos, clientes, fornecedores e stakeholders. 4.1.3.Missão Somos movidos por e ficar para os nossos funcionários, clientes, fornecedores, partes interessados e as comunidades em que actuamos. Para proporcionar uma experiência excepcional ao cliente em todos os nossos negócios e países através da qualidade superior do produto, serviço e valor.
  • 36. 23 4.1.4.Valores  Qualidade  Inovação  Foco no cliente  Transparência  Respeito  Integridade 4.1.5.Ambiente interno O ambiente interno é a estrutura que compõe o ambiente da empresa para viabilizar o funcionamento, a destacar:  Recursos físicos: A empresa esta localizada na Província de Nampula, Cidade de Nacala – Porto, Bairro de Muanona, Zona Industrial II, possui instalações próprias e vasto conjunto de equipamentos de produção e administrativo.  Recursos humanos: A empresa conta com um total de 240 trabalhadores. Figura 2: Entrada principal da Empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda Nacala Porto Fonte: Foto tirada pelo autor, Nacala Porto 2016
  • 37. 24 4.2.Análise do ambiente 4.2.1.Variáveis do macro e micro ambiente A análise do ambiente compõe um conjunto de factores internos e externos que afectam a empresa como um todo. O ambiente externo da MMI foi analisado pelas variáveis do macro ambiente (económicos, tecnológicos, sociais, legais, politicas, culturais, demográficas e ecológicos) e do ambiente interno foi analisado pelas variáveis do micro ambiente (fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras). A seguir estão as variáveis estão as variáveis do macro e micro ambiente, que impactam na empresa pesquisada objecto desse estudo:  Variáveis económicas: a empresa opera no ramo industrial, no seguimento metal e depende de um mercado aquecido como está actualmente o da construção civil.  Variáveis tecnológicas: a empresa busca acompanhar as novas tecnologias e investir em equipamentos para agilidade nos processos produtivos, sendo este um factor importante que resultará na melhoria dos produtos, na redução dos custos e na redução dos prazos de entrega. A empresa faz uso das seguintes ferramentas de comunicação: correio electrónico (email), telefone/fax, skype, msn e internet.  Variáveis sociais: quanto maior o poder aquisitivo da população, maior o poder de compra. Por exemplo, a aquisição de chapas de zinco de baixo valor por parte da população; significa um maior poder aquisitivo, ou seja, mais a empresa irá lucrar.  Variáveis legais: composto por um conjunto de leis, decretos e outros instrumentos legais que um país utiliza para regular determinado comportamento da organização, como por exemplo, a legislação fiscal, a lei do trabalho e ambiental. Na lei fiscal, pode-se mencionar o regulamento do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) aprovado pela lei nº 32/2007, de 31 de Dezembro, o regulamento do código do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (CIRPC), aprovado pelo decreto nº 9/2008, de 16 de Abril e regulamento do código dos benefícios fiscais, regido pelo decreto nº 56/2009, de 7 de Outubro. Na lei do trabalho, o Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS) a consolidação da lei do trabalho de acordo com a lei nº 23/2007, de 1 de Agosto. Na lei ambiental, pode-se citar o decreto nº 45/2004 - Regulamento Sobre o Processo de Avaliação do Impacto Ambiental, que estabelece directrizes sobre a área de gestão ambiental
  • 38. 25 dentro das empresas e o decreto nº 18/2004 – Regulamento Sobre Padrões de Qualidade Ambiental e de Emissão de Efluentes.  Variáveis políticas: a empresa procura acompanhar as ocorrências e acontecimentos para decidir estrategicamente em seu negócio. As mudanças adoptadas pelo governo e legislações influenciam o ambiente da empresa, uma vez que essas medidas devem ser cumpridas (como por exemplo, a obrigatoriedade de emissão de facturas ou documentos equivalentes nas suas vendas e o cumprimento do código dos benefícios fiscais, jornada de trabalho de no máximo de 08 horas de diárias.  Variáveis culturais: corresponde a um conjunto de ideias, conhecimentos, técnicas e padrões de atitudes e comportamentos que caracterizam a sociedade, geralmente relacionada com a principal actividade económica do município, do distrito, da província e do país em geral. Nacala - Porto vai gradualmente caracterizando-se como um município/distrito industrial.  Variáveis demográficas: uma população crescente significa necessidades crescentes a serem satisfeitas e dependendo do seu poder aquisitivo, isto pode também significar oportunidades crescentes de mercado. Nacala – Porto apresenta um crescimento populacional, segundo o INE (2008), um dos grandes factores é a imigração de pessoas em busca de empregos, por ser uma cidade com grandes indústrias.  Variáveis ecológicas: os clientes estão cada vez mais exigentes, tanto em relação aos produtos quanto à ética e responsabilidade das empresas. Por isso, a produção deve estar de acordo, não apenas com as necessidades dos clientes, mas também com normas de protecção ao meio ambiente que estabelece directrizes sobre a área de gestão ambiental nas empresas. As preocupações e providências que a empresa vem adoptando em relação à poluição e preservação ambiental e a destinação dos resíduos de processo produtivo e do lixo gerado. Em relação ao micro ambiente ou meio específico a empresa analisa o seu ambiente organizacional interno para que possa identificar suas forças e fraquezas. A empresa precisa conhecer seu ambiente para acompanhar seus pontos fracos e fortes e como é seu funcionamento e organização. Este ambiente é constituído por diferentes empresas, como: fornecedores, clientes, concorrentes e agências reguladoras.
  • 39. 26 a) Fornecedores: a empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda; tem sua fabricação voltada para os produtos: chapas de zinco, varão, cantoneiras, pregos, arame de ligação, tubos e diverso material de construção. Para isso, trabalha com fornecedores qualificados, onde a qualidade, os preços e os prazos de entrega são factores importantes no momento da compra. Os principais fornecedores são: Salzgitter Mannesmann International Gmbh da Alemanha, Nizi International do Luxemburgo, Ase Metal N.V. da Bélgica, Steel Resources LLC dos Estados Unidos da América e Tangshan Jiaxi Trading da China. b) Principais clientes: a empresa busca fornecer produtos de qualidade, tem como principais clientes: Cogef Trading, Lda com sede em Maputo e representado em mais de quatro províncias, Casa Barato de Nacala – Porto, Sallu Trading de Lichinga, Muza Investimentos de Mocuba, Agro Itnoa de Nampula, Organizações Carlitos & Irmãos com sede em Nacala, Afriken International Ltd localizado no Kenya e Atomic Hard Ware Ltd do Malawi. c) Concorrentes: dentre os principais destacam-se as empresas Intertelha de Moçambique, Lda localizada em Nampula, Dong Comercial situada em Nampula, a Ferpinta, Lda localizada na Beira, a Ferro Moçambique de Nacala e a Ever Green, Lda (Goodone) localizado em Nampula e Pemba. d) Agências reguladoras: são fiscalizadas por órgãos do governo – Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social (MITESS), Ministério da Industria e Comercio, através da Inspecção de Actividades Económicas, Ministério da Economia e Finanças, através da Autoridade Tributaria de Moçambique, assim como a consolidação as Leis do Trabalho e legislação – código de defesa do consumidor. Conforme Chiavenato (2000), as empresas não vivem no vácuo, isoladas e totalmente Auto – Suficientes, mas funcionam dentro de um contexto, do qual dependem para sobreviver e crescer. É do ambiente que as empresas obtêm os recursos e informações necessárias para subsistência e funcionamento, e é no ambiente que colocam os resultados de suas operações. 4.3.Pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças 4.3.1.Pontos fortes:  Empresa multinacional
  • 40. 27  Projectos específicos  Envolvimento da direcção na finalização da venda  Equipe qualificada 4.3.2.Pontos fracos:  Estrutura física da empresa  Não divulgação da empresa 4.3.3.Oportunidades  Pouca concorrência;  Ramo de actividade em crescimento;  Flexibilidade nas decisões;  Facilidade de crédito 4.3.4.Ameaças  Falta de mão-de-obra especializada no mercado;  Novos concorrentes no mercado;  Crise económica. 4.4.Apresentação de dados 4.4.1.Respostas obtidas no momento da entrevista Tabela 3 - Respostas de entrevista PERGUNTA OPÇÃO SIM % NÃO % A liquidez da empresa é boa? 8 80 2 20 Existe provisões no pagamento de salários? 10 100 - - A empresa tem elaborado as DF‟s como Balanço e DRE? 7 70 3 30 Rácios ou índices que usam para a decisão de conceder crédito com baixa margem de risco são liquidez (capital. Solvência). 6 60 4 40 Sem demonstrações financeiras é possível o empréstimo ser diferido? 8 80 4 40
  • 41. 28 Na concessão de crédito o analista faz o estudo das DC‟s da empresa? 7 70 3 30 Nos anos anteriores a empresa solicitou empréstimos? 3 30 7 70 Tem se usado análise vertical e horizontal das DC‟s da empresa para conceder crédito? 4 40 6 60 Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 4.5.Análise e interpretação de dados 4.5.1.Dados pessoais Gráfico 1: Sexo dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 De acordo o gráfico, ilustra uma grande percentagem do pessoal com sexo masculino, dai que pode-se concluir que na empresa MM Integrated Steel Mills Mozambique, Lda tem mais colaboradores do sexo masculino com 70% em relação do sexo feminino com 30%. Masculino Feminino Sexo 70% 30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% TítulodoEixo
  • 42. 29 Gráfico 2: Nível académico dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Com base no gráfico tira-se conclusões de que a maioria dos trabalhadores daquela empresa a maior percentagem é do ensino médio. Dai que a selecção da amostra dos trabalhadores que responderam deu-se de acordo com a característica de terem maior ou menor dificuldade na percepção dos factos. Gráfico 3: Faixa etária dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Como se pode ver pelo gráfico com uma percentagem de 50% esta entre 31 a 60 anos naquilo que seria a faixa etária dos trabalhadores que responderam o questionário. E 30% varia entre 18 anos a 30 anos respectivamente. Basico Medio Instituto Licenciatur a Mestrado Nivel academico 30% 40% 20% 5% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% TítulodoEixo 18 a 30 anos 31 a 60 anos 61 a 80 anos Outro Anos de idade 30% 50% 5% 15% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% TítulodoEixo
  • 43. 30 Gráfico 4: Experiência no ramo de actividade dos trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 4.5.2.Dados da empresa Gráfico 5: Tipo de empresa Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Não há dúvida em afirmar que a empresa em estudo é privada de capital estrangeiro. Menos de 1 anos 2 a 7 anos 8 a 15 aos Outro Experienciano ramo de actividade 30% 60% 5% 5% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% TítulodoEixo Publica Privada Tipo de empresa 0% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% TítulodoEixo
  • 44. 31 Gráfico 6: Ramo de actividade Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Como base no gráfico, ficou por saber que 50% dos trabalhadores que responderam o questionário afirmam disseram que a empresa em estudo quanto o ramo de actividade é uma fabrica de zinco assim como outros bens feitos na empresa. Mas por diante, afirma-se que é uma indústria de bens e serviços onde a maior parte se destaca grande procura por parte dos residentes do distrito de Nacala, e salientar que a empresa tem sucursais por quase todo o país. Gráfico 7: Facturamento Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Para seleccionar a amostra dos trabalhadores pesquisados a questão do histórico de facturamento e endividamento dos últimos anos, além da existência de restrições, foi o que mais prevaleceu. A Industria Fabrica Componentes Servicos Ramo de actividade 30% 50% 10% 20% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%TítulodoEixo Menos de 50.000,00 MT Ate 100.000,00 MT Ate 300.000,00MT Outro Facturamento 0% 10% 10% 80% 0% 20% 40% 60% 80% 100% TítulodoEixo
  • 45. 32 tabela 7 acima nos relata alguns dados interessantes, como por exemplo, o maior aumento de facturamento na empresas MM Integrated S. M Mozambique, Lda; tanto nominal quanto percentual, na comparação com as outras empresas.. Gráfico 8: Número de trabalhadores Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 A empresa tem cerca de 240 trabalhadores, dos quais 25 são estrangeiros, 7 mulheres e os restantes Moçambicanos. Gráfico 9: Composição da empresa Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 0 a 10 11 a 20 21 a 50 Outro Numero de trabalhadores 5% 10% 10% 75% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% TítulodoEixo Familia Empresario individual Socios familiares Outros Composicao da empresa 10% 20% 15% 55% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% TítulodoEixo
  • 46. 33 4.5.3.Objectivos da empresa A empresa esta focada na produção de chapas de zinco galvanizado de qualidade elevada e produtos relacionados utilizados na construção de projectos de habitação de baixo custo. Esta perfeitamente colocada, no atendimento do povo, as comunidades, o governo com as quais trabalha e combinar a experiência com aspirações de todos aqueles que desejam investir de forma rentável no futuro brilhante de Moçambique. 4.6.Dados financeiros 4.6.1.Conceito de crédito Crédito é todo acto de vontade ou disposição de alguém destacar ou ceder, temporariamente, parte de seu património a um terceiro, com expectativa de que esta parcela volte à sua posse integralmente, depois de decorrido o tempo estipulado. Gráfico 10: Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações contabilísticas da empresa? Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Quanto a essa questão ficou tão claro, porque em termos contabilísticos quando se pretende conceder um crédito aos clientes os gestores assim como analistas são obrigados por lei fazer um estudo das demonstrações contabilistas para evitar riscos inerentes ou associados na empresa. Sim Nao Na concessao de credito o analista faz estudo das DC's da empresa? 80% 20% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% TítulodoEixo
  • 47. 34 Gráfico 11: A empresa possui provisões no que concerne ao pagamento de salário? Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 No que concerne as provisões de pagamento de salários, a empresa tem feito constantemente e isso foi verificado as respostas dadas com uma percentagem de 80%. Mas por detrás desta, 20% negaram isso, alegando que nunca houve provisões referentes quanto a isso. Gráfico 12: Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos? Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Nos anos passados a empresa tem solicitado empréstimos aos bancos comerciais. Mas esses empréstimos variam de 4.000.000,00MT (Quatro milhões de meticais) ou a mais, para aquisição de novos equipamentos e por outro lado para pagamento de seus compromissos com terceiros. Sim Nao Existe previsoes no pagamento de salario? 80% 20% 0% 20% 40% 60% 80% 100% TítulodoEixo Sim Nao Nos anos passados a empresa solicitou emprestimos? 70% 30% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% TítulodoEixo
  • 48. 35 Gráfico 13: Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro? Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Como base nas respostas dadas pelo gráfico acima, fica evidente que os empréstimos que a empresa contrai são referentes para investimentos da empresa, Pagamentos de novos equipamentos, pagamentos de compromissos com seus terceiros entre outros fins. Qual a importância da análise das seguintes demonstrações financeiras para a finalidade de concessão de crédito? Com base nas respostas dadas fica evidente que, A análise das demonstrações financeiras engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem diagnosticar a situação financeira de uma empresa e também prever seu desempenho futuro, tornado então uma ferramenta essencial na análise de crédito, pois oferece subsídios de qual será o limite máximo de empréstimos e financiamentos cedidos ao cliente. Pagamentode salarios Financiamentode estoques Investimentona empresa Qual e o destino dos emprestmostomados para o reforcode capital giro? 20% 30% 50% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% TítulodoEixo
  • 49. 36 Gráfico 14: Usa-se a análise vertical nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder crédito? Fonte: Adaptado pelo autor, 2016 Como se pode ver pelo gráfico, a empresa não usa a análise vertical. Isso deve-se a falta de conhecimento pelos proprietários, gestores e analistas. Por que em normas contabilistas esse analise mostra a importância de cada conta em relação à demonstração financeira a que pertence e, através da comparação com padrões dos ramos ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, permitir inferir se há itens fora das proporções normais. 4.7.Verificação de hipótese H1: Por meio das demonstrações contabilísticas das empresas os gestores das instituições financeiras poderão ter mais confiança na decisão de deferir ou indeferir um empréstimo. Com base na análise dos indicadores patentes nas variáveis da hipótese acima mencionada, pode se dar por validado a 1ª hipótese com 70% de percentagem, mas por outro lado cerca de 30% dos colaboradores rejeitaram dizendo que as DC‟s não são de confiança uma vez que os próprios gestores tomam decisões sem antes consultar as normas contabilistas geralmente aceites. Mas na verdade, a validação teve como pressupostos básicos nos resultados da pesquisa do campo, em que o autor procurou saber junto dos inquiridos se a empresa tem elaborado DFs Sim Nao Usa-se analise vertical nas DC's da empresa para conceder credito? 30% 70% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% TítulodoEixo
  • 50. 37 assim como DC‟s para tomada de decisões, e as respostas dadas pelos trabalhadores foram consistentes e precisas. Por outro lado, pode se dizer que as DC‟s na verdade são de confiança quando os gestores de empresas tomam decisões claras quando se trata de empréstimos. 4.6.2.Hipóteses Secundárias H1: Com a análise de indicadores e índices poder-se-á fazer com baixa margem de risco, operações de créditos para empresas. Nesta hipótese foi considerado valido, com base nos resultados obtidos na empresa com uma percentagem de 60%, onde os colaboradores da empresa MM Integrated S. M. Mozambique afirmaram com dados espectaculares a qual a análise de indicadores e índice pode ou não ser feitas com uma margem considerável de risco em operações de créditos da empresa. Dai que, como na observação direita em que o autor se enterrou-se na MM Integrated S. M. Moçambique, para averiguar nas considerações referentes as operações de créditos onde a margem de risco é menos significativo, dai que os indicadores assim como os índices sejam eles financeiros ou económicos foram muito precisas na sua leitura. H2: A análise das demonstrações apenas mostra a posição estática da empresa em determinado tempo, o que não garante o mesmo desempenho no futuro. Considerando os pormenores referentes as normas de contabilidade, essa hipótese foi rejeitada com uma percentagem de 80% na qual os gestores e analista da empresa reiteram-se dando respostas objectivas de que no estudo das demonstrações seja contabilistas ou financeiras mostra uma visão clara da empresa e garante um desempenho muito promissor futuro, com isso, segundo as normas contabilistas geralmente aceites confirmam que as analises das demonstrações são espelhos da empresa onde a garantia daquilo que seria a posição estática da empresa no presente e no futuro.
  • 51. 38 CAPITULO V – CONCLUSÕES E SUGESTÕES 5.1.Conclusão  Chegando o fim deste trabalho, fica evidente que as decisões que acercam as instituições financeiras são sempre objecto de muito cuidado por parte dos gerentes de crédito, uma decisão tomada hoje poderá causar uma série de efeitos no futuro, embora se tenha grande dificuldade em estabelecer estes efeitos ou mesmo identificá-los e quantificá-los, estas situações são tanto mais difíceis de serem tratadas quanto maiores forem os riscos e as incertezas do cenário económico. Pode-se considerar que os bancos e instituições financeiras, em geral, como emprestadores de capital e financiadores de bens de capital pelas empresas, representam o principal grupo de usuários das demonstrações financeiras das empresas.  Em Moçambique a análise de crédito era feita somente através do estudo do cadastro, isto até a década de 60. Tal análise consistia no processo de troca de informações sobre pontualidade em saldar dívidas, valores das operações efectuadas e outras informações dessa natureza. A vinda de bancos estrangeiros fortaleceu o uso das análises mais aprimoradas. A boa prática bancária exclui que seja feita somente análise cadastral e coloque em risco os recursos administrados emprestando-os para empresas que não estejam dispostas a fornecer dados contabilísticos e apresentar informações fidedignas sobre sua situação financeira.  Mesmo em políticas de crédito a curto prazo, deve-se admitir que, como política de relacionamento comercial com o cliente, uma análise que considerasse também aspectos de longo prazo, em face da possibilidade de renovação daquelas operações.  Este estudo discorreu sobre o método de análise financeira através de índices, de maneira prática e sucinta, do contrário seria muito oneroso e gastaria tempo demasiadamente aos encarregados da carteira de crédito em fazer análises minuciosas e que talvez não fossem suficientes para a tomada de decisão rápida e segura, impossibilitando uma aplicação prática e objectiva.
  • 52. 39 5.2.Sugestão 1. Em termo de sugestão, este trabalho sugere-se que a empresa em estudo que tenha bases sólidas para que o tema em estudo seja aquilo que os gestores assim como os contablistas tenham premissas que lhes conferem para a consecucao das suas activiades laborais. 2. Por outro lado, o resultado das análises deve subsidiar-se as decisões do analista de crédito, a ponto de definir a viabilidade em emprestar recursos financeiros à empresa demandante. 3. E também, o analista deve realizar projecções do comportamento financeiro da empresa e com isso decidir se a empresa terá capacidade em honrar suas dívidas. 4. Por fim o analista não deve considerar somente o resultado da análise das demonstrações contabilísticas no momento de decisão e concessão de crédito. Dizer que, esses são resultados extremamente importantes e que retratam a saúde financeira da empresa. Mas também a avaliação e perspectiva de crescimento do ramo em que a empresa actua, mercado económico, histórico de pagamento da empresa com seus fornecedores, entre outros factores são importantes para a decisão de crédito.
  • 53. 40 Bibliografias CARLETO, Benedita Bernardes N.; SOUZA, Ernesto Dias de. Curso de interpretação e análise de balanços. IOB A Thomson Company, s/d. p.25;67-99; e 105. KRAJEWSKI, L. J.; RITZMAN, L. P.; MALHOTRA, M. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. GAITHER, N.; FRAZIER, G. Administração da produção e operações. 8. ed. São Paulo: Thomson Learning, 2006. MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: Abordagem Básica e Gerencial. 6. Ed. São Paulo: Atlas, 2003. OLIVEIRA, Maria Marly de. Como fazer pesquisa Qualitativa. Petrópolis, Vozes, 2007. ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JAFFE, J. F. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1998. SANTO, A. do E. Considerações sobre a influência da análise das demonstrações no ciclo do pedido logístico: análise do caso Atofina Brasil. Revista Contabilidade & Finanças - USP, São Paulo, n. 33, p.101 - 113, set./dez. 2003.
  • 55. 42 Roteiro de Entrevista e Questionário 1.DADOS PESSOAIS 1.1.Sexo [ ] Masculino [ ] Feminino 1.2.Nível académico [ ] Básico [ ] Médio [ ] Instituto [ ] Licenciatura [ ] Mestrado [ ] Outro ______________________________________________________________________________ 1.3.Anos de idade [ ] 18 a 30 anos [ ] 31 a 45 anos [ ] 46 a 60 anos [ ] 61 a 80 anos [ ] Outro __________ Anos. 1.4.Experiencia no ramo de actividade [ ] Menos de 1 ano [ ] 2 a 4 anos [ ] 5 a 7 anos 7 a 15 anos [ ] Outro ____________ anos 2.DADOS DA EMPRESA 2.1.Tipo de Empresa [ ] Pública [ ] Privada 2.2.Ramo de actividade [ ] Indústria [ ] Fábrica [ ] Componentes [ ] Serviços 2.3.Facturamento [ ] Menos de 50.000,00 MT [ ] Até 100.000,00 MT [ ] Até 300.000,00 MT [ ] Outro _________MT 2.4.Número de trabalhadores [ ] 0 a 10 [ ] 11 a 20 [ ] 21 a 35 [ ] 36 a 45 [ ] Outro _____________ Trabalhadores
  • 56. 43 2.5.A sociedade da empresa é composta por: [ ] Família [ ] Empresário individual [ ] Sócios de famílias diferentes [ ] Outro ______________________________________ 2.6.Objectivos da empresa ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3.DADOS FINANCEIROS 3.1.O que entendes por credito? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3.2.Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações contabilísticas da empresa? [ ] Sim [ ] Não [ ] Não sabe [ ] Talvez 3.3.Qual a importância da análise das seguintes demonstrações financeiras para a finalidade de concessão de crédito? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3.4.A empresa possui previsões no que concerne ao pagamento de salário? [ ] Sim [ ] Não 3.5.Quais são os limites de créditos que a empresa possui nos bancos? [ ] Capital de giro ___________________________ MT (_______%) [ ] Recebimento ____________________________ MT (_______%)
  • 57. 44 [ ] Financiamento __________________________ MT (_______%) 3.6.Os créditos aprovados pelos bancos sempre atendem as necessidades da empresa? Discordo totalmente Discordo Não concordo e nem discordo Concordo Concordo totalmente 1 2 3 4 5 3.7.Nos últimos anos anteriores, a empresa solicitou empréstimos? [ ] Sim [ ] Não 3.7.1.Em qual instituição? [ ] Banco [ ] Instituições de credito [ ] Outras qual _____________________________________ 3.8.Qual é o destino dos empréstimos tomados para o reforço de capital giro? [ ] Pagamento de Salários [ ] Financiamento de estoques [ ] Investimento na empresa [ ] Outros __________________________________________ 3.9.Para conceder crédito ao cliente o(a) analista faz um estudo das demonstrações contabilísticas da empresa? [ ] Sim [ ] Não 3.10.Qual a importância da análise das seguintes demonstrações financeiras para a finalidade de concessão de crédito? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________
  • 58. 45 3.10.1.(Assinale em uma escala de 1- nada importante a 10 – muito importante) a) Demonstração do Resultado do Exercício 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 b) Balanço Patrimonial 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 c) DVA (Demonstração do Valor Adicionado) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 d) DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 e) Outra. Qual? _________________ 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 3.11.Usa-se a análise horizontal nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder crédito? [ ] Sim [ ] Não 3.12.Usa-se a análise vertical e horizontal nas demonstrações contabilísticas da empresa para conceder crédito? [ ] Sim [ ] Não 3.13.Após os resultados dos índices e das análises realizadas, quais os parâmetros utilizados para definir se é viável conceder crédito à empresa analisada? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 3.14.Quais outras informações (financeiras ou não financeiras) são utilizadas na análise de concessão de crédito? _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________