O documento resume o capítulo 7 da Bíblia sobre os 144 mil selados de Israel e a grande multidão glorificada. Explica que os 144 mil representam a Igreja na terra antes da segunda vinda de Cristo e não judeus étnicos. A grande multidão são os crentes glorificados após a tribulação, vestidos de branco e louvando a Deus por sua salvação.
Paulo é vítima de fake news e o primeiro culto num domingo
Apocalipse 7 - A Igreja Selada - Texto da aula.pdf
1. Escola bíblica dominical
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Presbítero Saulo Campos, abril/2022 – Página 1
Verbetes
4 anjos; 4 cantos da terra; 4 ventos;
Nascente do sol; Selo do Deus vivo;
Selar na fronte; Servos de Deus; 144 mil;
A grande multidão; Trono de Deus;
Vestiduras brancas; Palmas; Grande
Tribulação; Lavar e alvejar a veste no
sangue do Cordeiro; Santuário;
Tabernáculo; Cordeiro os apascentará;
Fontes de água da vida.
COMENTÁRIO
O capítulo 7 representa um interlúdio na progressão dos Flagelos que serão derramados
com a abertura do sétimo selo (8.1).
“Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora.”
Este capítulo é formado por uma visão terrena e outra celestial e reponde à pergunta
feita pelos descrentes em Apocalipse 6.17. 1
Quem poderá subsistir2
no grande dia da ira de Deus e do Cordeiro?
E, por outro lado, explica a posição dos cristãos durante a execução dos juízos que serão
derramados ao toque das trombetas.
No plano terreno, João vê como a Igreja militante3
está guardada dos flagelos do juízo
de Deus sobre o mundo mergulhado na impiedade.
No plano celestial, ele vê a Igreja triunfante, isto é, o Povo de Deus triunfante após o
desfecho da grande tribulação, vestido em esplendor e rendendo Graças à Deus e ao Cordeiro,
por causa da sua salvação (10).
OS 144 MIL SELADOS DE ISRAEL (7.1-8)
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Na primeira subseção (1-3) surgem as questões:
1ª. Qual o significado dos quatro ventos da terra?
A abertura do sexto selo descortina a cena do juízo final, o grande e terrível dia da ira
de Deus e do Cordeiro (6.17), antes disso foi apresentado a ação dos quatro cavalos e seus
cavaleiros.
Ao passo que aqui vemos a ação dos quatro anjos e dos quatro ventos, que são os
ventos da aflição e estão prontos para cumprir sua missão de destruição sobre a terra e o mar.
Os quatro ventos representam juízos parciais de Deus que afetarão a terra, o mar e as
árvores vindo nas quatro direções, isto é, dos quatro pontos cardeais (leste; oeste; norte; sul).
Eis que surge o quinto anjo – vindo do nascente (do leste), a direção de onde vem a luz
– e ordena a suspenção da destruição até que sejam selados na fronte os servos do nosso Deus.
2ª. Que é o selo do Deus vivo?
Selos, ou sinetes, eram pequenos objetos com entalhes, utilizados para fazer uma
impressão quando eram comprimidos contra argila ou cera macia. Eles podiam ter vários
formatos, incluindo anéis, cones, quadrados e cilindros, dentre outras formas.
1 Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os
quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar,
nem sobre árvore alguma. 2 Vi outro anjo que subia do nascente do sol, tendo o selo do
Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano
à terra e ao mar, 3 dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até
selarmos na fronte os servos do nosso Deus.
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O Selo do Rei Ezequias4
INSCRIÇÃO: Ezequias, filho de Acaz, Rei de Judá
A impressão formada pelos selos indicava quem era o proprietário de um escravo5
ou
objeto e servia para autenticar documentos e podia ser usada para comprovar que recipientes,
portas ou entradas de túmulos não haviam sido abertos.
Para autenticar um documento, o proprietário do selo comprimia seus entalhes em
argila, cera ou outra substância macia aplicada ao documento. (Jó 38:14) A substância
endurecia e impedia que alguém falsificasse o documento.
Segundo Hendriksen6
(p. 113), o Selo na Bíblia tem uma tríplice função.
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A primeira, proteger contra adulteração; a segunda, marcar a propriedade; e, a terceira,
certificar a autenticidade.
O cristão é selado nesse tríplice sentido:
PROTEÇÃO – o Pai o selou, pois elegeu os seus servos na eternidade e os protege ao
longo da vida (1Jo. 5:18): “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado;
antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.”
Para e ter uma ideia do selo como proteção dos santos no tempo de perigo consulte
a selagem narrada no capítulo 9, do livros do profeta Ezequiel7
.
O anjo da morte enviado por Deus poupou a vida dos primogênitos do israelita na
época do Êxodo, em virtude da marca do sangue do cordeiro pascal nos umbrais e vergas da
portas e janelas.
PROPRIEDADE – o Filho o selou, pois os comprou com seu Sangue: “Atendei por vós
e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a
igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue.” (At. 20.28)
AUTENTICIDADE – o Espírito o selou, pois certifica que autenticamente somos filhos
de Deus: “em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da
vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;” (Ef.
1.13)
Então, qual o significado do selo no nosso texto?
O selo do Deus vivo é um ato trinitário, pois envolve um ato do Pai, do Filho e do
Espírito Santo.
O selo autentica protege e guarda o eleito contra a ação do maligno; marca a
propriedade exclusiva de Deus; e, por fim, autentica aquele que é verdadeiro filho de Deus.
O apóstolo Pedro disse: Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa,
povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos
chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1Pe 2.9; uma aplicação de Ex 19.5-6).
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Apocalipse faz referência ao grupo dos 144 mil selados: “Então, olhei e vi, diante de
mim, o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e junto a ele cento e quarenta e quatro mil, que
traziam, escritos na testa, o nome dele e de seu Pai”. (14.1)
A inscrição do Selo de Deus, na fronte dos selados seria: “Jesus Cristo, Filho de Deus,
Rei dos Reis e Senhor dos Senhores”.
Nesta passagem o selo tem o significado específico de Proteção.
A Igreja Selada (4-8)
4 Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de
todas as tribos dos filhos de Israel: 5 da tribo de Judá foram selados doze mil; da tribo de
Rúben, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Naftali,
doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi,
doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zebulom, doze mil; da tribo de José,
doze mil; da tribo de Benjamim foram selados doze mil.
De modo idêntico, a segunda subseção (4-8) faz surgirem duas questões:
1ª. Os 144 mil selados correspondem aos judeus étnicos?
O apóstolo João estava consciente que naquela época as 12 tribos tinham deixado de
existir restando a tribo de Judá. Decerto que entre os crentes que estavam sob perseguição
haviam um certo número de judeus.
De outro modo como explicar a ausências das tribos de Efraim e Dã e a inclusão da tribo
de José em seu lugar nesta.
O Patriarca José era representado, na lista tradicional das tribos, por seus dois filhos
Efraim e Manassés. Ver a tabela abaixo.
Por ora concluímos que os 144 mil selados não podem representar, literalmente, os
judeus étnicos convertidos durante a grande tribulação, como acreditam alguns grupos de
cristãos.
Na próxima seção chegaremos à conclusão final acerca da identidade dos 144 mil
selados de todas as tribos de Israel.
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TODAS AS TRIBOS DOS FILHOS DE ISRAEL
ORDEM DE
NASCIMENTO
ORDEM TRADICIONAL (MÃES) ORDEM DE
APOCALIPSE
Ruben
Levi
Simeão
Judá
Dã
Naftali
Gade
Aser
Issacar
Zebulom
José
Benjamin
Lia Ruben
Levi
Simeão
Judá
Issacar
Zebulom
Judá
Ruben
Gade
Aser
Naftali
Manassés
Simeão
Levi
Issacar
Zebulom
José
Benjamin
Raquel José (Efraim, Manassés)
Benjamin
Zilpa, serva de
Lia
Gade
Aser
Bila, serva de
Raquel
Dã
Naftali
Jacó destituiu a primogenitura de Rúben, porque ele coabitou com Bila sua concubina (Gn.
35.22). Do mesmo modo destituiu Levi e Simeão da primogenitura porque eles
assassinaram covardemente os homens de Siquém (Gn. 34.25-26; 30).
2ª. Os servos de Deus e os 144 mil constituem dois grupos distintos?
Parece não haver margem para duvidar que os dois grupos de pessoas vistas sejam
essencialmente a mesma. Isto é, que 144 mil provenientes da cada tribo dos filhos de Israel
(Ap. 7.4) simbolizam a Igreja toda no fim dos tempos; isto é deduzido de Ap. 7.3, pois os servos
do nosso Deus na era cristã só podem ser a Igreja.
Acresce a isso, o simbolismo dos números envolvidos. Já vimos na visão do Trono
celestial que o número 12 representa tanto os patriarcas quanto os apóstolos.
Assim, naquela visão, a Igreja do antigo testamento está representada pelos 12
patriarcas e a do novo testamento pelos 12 apóstolos, por isso 24 anciãos assentado em 24
tronos (Ap. 4.4).
A Igreja na terra é representada por todos os crentes judeus e gentios juntos.
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144.00 = 12 X 12 x 1000, sendo 12 Patriarcas, 12 apóstolos e 1000=10x10x10, com
10x10x10=10³, simbolizando o cubo perfeito a totalidade. O número 144.000 simboliza "um
valor conhecido por Deus e uma completa inteireza, 12 x 12 tomado mil vezes".
Ademais, a Jerusalém celestial, tem 12 portas com os nomes dos patriarcas, a muralha
tem 12 fundamentos com os nomes dos apóstolos e sua medida é 144 côvados (Ap. 21.12-17).
Conclusão a Igreja é o verdadeiro Israel de Deus (Gl. 3:7-9; Ef. 2:11-19; Rm. 9:6-7) inclui
todos os judeus e gentios convertidos a Cristo.
Então, os 144 mil selados representam a última geração de crentes composta de judeus
e gentios, vivendo na terra antes da vinda do Senhor Jesus Cristo, no grande e terrível dia do
Senhor, o juízo final.
A VISÃO DOS GLORIFICADOS (7.9-17)
9 Depois destas coisas, vi, e eis grande multidão que ninguém podia enumerar, de todas as
nações, tribos, povos e línguas, em pé diante do trono e diante do Cordeiro, vestidos de
vestiduras brancas, com palmas nas mãos; 10 e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso
Deus, que se assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence a salvação. 11 Todos os anjos estavam
de pé rodeando o trono, os anciãos e os quatro seres viventes, e ante o trono se prostraram
sobre o seu rosto, e adoraram a Deus, 12 dizendo: Amém! O louvor, e a glória, e a sabedoria,
e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos
séculos. Amém! 13 Um dos anciãos tomou a palavra, dizendo: Estes, que se vestem de
vestiduras brancas, quem são e donde vieram? 14 Respondi-lhe: meu Senhor, tu o sabes. Ele,
então, me disse: São estes os que vêm da grande tribulação, lavaram suas vestiduras e as
alvejaram no sangue do Cordeiro, 15 razão por que se acham diante do trono de Deus e o
servem de dia e de noite no seu santuário; e aquele que se assenta no trono estenderá sobre
eles o seu tabernáculo. 16 Jamais terão fome, nunca mais terão sede, não cairá sobre eles o
sol, nem ardor algum, 17 pois o Cordeiro que se encontra no meio do trono os apascentará
e os guiará para as fontes da água da vida. E Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima.
Na terceira subseção (9-17) surge a questão:
3ª. Quem é a multidão inumerável?
Agora João vê a Igreja triunfante, a multidão inumerável de todas as nações, tribos,
povos e línguas, ou de todas as famílias da terra, agora na glória – cantando o grande hino a
Deus e ao Cordeiro, junto com os anjos, os anciãos, e os quatro seres viventes.
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A multidão canta:
“Ao nosso Deus, que se assenta no trono,
e ao Cordeiro, pertence a salvação”.
Os anjos, os anciãos e os quatro seres viventes concordam (Amém) e respondem
tributando ao que se assenta no Trono e ao Cordeiro uma sétupla adoração:
O Louvo1
, e a Glória2
, e a Sabedoria3
, e as Ações de Graças4
, e a Honra5
,
e o Poder6
, e a Força7
sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos.
Por fim, todos concordam: Amém!
Esta multidão multiétnica, multicultural e inumerável é o cumprimento da promessa de
Deus ao Pai da fé Abraão:
“... em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn. 12.3)
“... Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes.
... Será assim a tua posteridade.” (Gn. 15.5)
Ela é incontável para o homem, porém contada e determinada para Deus.
As vestes brancas significam justiça e santidade, as palmas nas mãos significam o jubilo
pela vitória sobre o pecado recebidas imerecidamente daquele que se assenta no trono e do
Cordeiro (7.10).
As palmas eram símbolo de vitória, elas eram exibidas quando os reis vitoriosos eram
recepcionados na sua capital, sendo um dos exemplos o seu uso pela multidão que recebeu
Jesus em Jerusalém para comemoração da festa da Páscoa.
“E muitos estendiam as suas vestes no caminho, e outros, ramos que haviam
cortado dos campos. Tanto os que iam adiante dele como os que vinham depois
clamavam: Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que
vem, o reino de Davi, nosso pai! Hosana, nas maiores alturas!” (Mc. 11.8-10)
O ancião anuncia a João que eles vieram da Grande Tribulação.
A visão descreve a cena depois da cessação de tribulações. Devemos ter em mente, que
para o apóstolo haveria uma geração só de cristãos, a última.
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Pois, a última perseguição poderia chegar a qualquer momento. A Consumação do
século com a volta de Jesus estava próxima.
Naquela ocasião a Igreja ainda estava na sua segunda geração, e João não tinha razão
para cogitar que haveria uma terceira geração de crentes.
Entretanto, a última parte da passagem parece referir-se à Igreja toda.
Para nós, quase dois milênios mais tarde, a Igreja retratada é a Igreja triunfante no céu.
Eles tiveram (ao invés de lavaram) suas vestes lavadas e branqueadas no sangue do
Cordeiro. Uma expressão simbólica para a expiação dos pecados, através do sangue do
Cordeiro de Deus vertido em favor deles Cruz do Calvário.
Por último, o ancião relata o estado de bem-aventurança eterna desfrutado pela
multidão.
No capítulo 6 os ímpios veem o céu ser enrolado como um rolo sobre eles e aqui em os
redimidos são cobertos pelo tabernáculo de Deus.
É interessante notar como as sombras e figuras do antigo testamento apontavam para
a realidade celestial, o dia da expiação (Lv. 23.26-28) é sucedido pela festa dos tabernáculos
(Lv. 33-35) que era celebrada com a uso de palmas.
É como se o texto nos dissesse que aqueles que receberam a Expiação na terra chegaram
no céu para celebrar no céu a festa do tabernáculo celestial, para gozar a comunhão eterna
com aquele que se assenta no trono e com o Cordeiro.
Por fim, a multidão será apascentada pelo Cordeiro, o supremo pastor, não terão fome,
nem sede, nem ardor e serão guiadas para as fontes de água da vida8
e, participarão do
banquete messiânico como profetizado por Davi, no Salmo 23.
O SENHOR é o meu pastor; nada me faltará.
Ele me faz repousar em pastos verdejantes. Leva-me para junto das águas de
descanso;
refrigera-me a alma. Guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome.
Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum,
porque tu estás comigo; o teu bordão e o teu cajado me consolam.
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Preparas-me uma mesa na presença dos meus adversários, unges-me a cabeça
com óleo; o meu cálice transborda.
Bondade e misericórdia certamente me seguirão todos os dias da minha vida; e
habitarei na Casa do SENHOR para todo o sempre.
Os cinco grandes ensinamentos deste capítulo
1. Deus sela o Seu Povo.
2. Deus lava e purifica no Sangue do Cordeiro os selados.
3. Deus não poupará a Igreja da Grande Tribulação. Pois, a tribulação é para a Igreja.
4. Deus poupará a Igreja dos Flagelo. Pois, os quatro ventos, eles são para o Mundo em
rebelião contra o Cordeiro e perseguidor da Igreja.
5. Deus prepara um lugar, os novos céus e nova terra, onde Ele estenderá seu Tabernáculo
sobre o Seu Povo.
NOTAS
1
Apocalipse 6.16-17: E diziam aos montes e rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face
do que está assentado no trono e da ira do Cordeiro; porque chegou o grande dia da ira deles!
Quem poderá subsistir? (NAA)
2
Subsistir nesta passagem tem o sentido de: ficar de pé; manter-se em pé; escapar do juízo, do
castigo divino.
3
A IGREJA MILITANTE E A IGREJA TRIUNFANTE.
Na presente dispensação, a igreja é militante, isto é, convocada para uma guerra santa, e de
fato nela está emprenhada. Isto, naturalmente, não significa que ela deve gastar suas forças em
lutas sangrentas de autodestruição, mas, sim, que tem o dever de levar avante uma incessante
guerra contra o mundo hostil em todas as formas em que este se revele, seja na igreja ou fora
dela, e contra todos os poderes espirituais das trevas.
A igreja não pode passar o tempo todo em oração e meditação, embora estas práticas sejam
tão necessárias e importantes, nem tampouco deve parar de agir, no pacífico gozo da sua
herança espiritual. Ela tem que estar engajada com todas as suas forças nas pelejas do seu
Senhor, combatendo numa guerra que é tanto ofensiva como defensiva.
Se a igreja na terra é a igreja militante, no céu é a igreja triunfante. Lá a espada é permutada
pelos louros da vitória, os brados de guerra se transformam em cânticos triunfais, e a cruz é
substituída pela coroa.
A luta é finda, a batalha está ganha, e os santos reinam com Cristo para todo o sempre. Nestes
dois estágios da sua existência, a igreja reflete a humilhação e a exaltação do seu celestial
Senhor. (...)
11. Escola bíblica dominical
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Fonte: Berkhof, Louis – Teologia Sistemática, in O caráter Multiforme da Igreja, ponto 1, p. 564.
4
O SELO DO REI EZEQUIAS – Arqueólogos israelenses anunciaram em 2 de dezembro a
descoberta de um selo com a marca do rei bíblico Ezequias (739-687 a.C.), rei de Judá, filho do
rei Acaz e pai do rei Manassés, e que se notabilizou, dentre outras coisas, por ter ajudado
Jerusalém a se transformar em uma grande metrópole da Antiguidade. A marca trata-se de uma
inscrição circular em uma peça de argila de menos de um centímetro de comprimento, que
pode muito bem ter sido feita pelo próprio rei, segundo a professora e arqueóloga Eilat Mazar,
da Universidade Hebraica de Jerusalém, que dirigiu a escavação onde a peça foi encontrada.
Ezequias é descrito na Bíblia como um monarca ousado, “de modo que não houve ninguém
semelhante a ele, entre todos os reis de Judá, nem antes nem depois dele” (2Rs 18.5), que teve
como um de seus grandes objetivos a eliminação da idolatria em seu reino. “Essa é a primeira
vez que a impressão de um selo de um rei israelita ou da Judeia veio à luz em uma escavação
arqueológica científica”, afirmou Mazar.
A impressão na argila, conhecida como bula, foi descoberta junto ao pé da parte sul de um
muro que cerca a Cidade Velha de Jerusalém, uma região rica em relíquias do período do
primeiro dos dois Templos judeus antigos. O artefato estava enterrado em uma área de
descarte de dejetos que remonta aos tempos de Ezequias, e provavelmente foi atirado de um
edifício real adjacente, segundo Mazar, contendo escritos em hebraico antigo e o símbolo de
um sol com duas asas. A bula foi catalogada inicialmente e armazenada, juntamente com 33
outras, após uma primeira inspeção que não conseguiu detectar sua verdadeira identidade. Só
cinco anos mais tarde, quando um membro da equipe a examinou sob uma lupa e discerniu
pontos entre algumas letras, é que seu significado ficou claro. Os pontos ajudam a separar as
palavras “Pertencente a Ezequias, (filho de) Acaz, rei de Judá”.
Fonte: https://cpadnews.com.br/mensageiro-da-paz/31666/-achado-selo-com-marca-do-rei-ezequias.html
5
Ferro utilizado para marcar o escravo como sinal de propriedade ou castigo aos escravos
rebeldes ou fugitivos. O costume existia desde os antigos egípcios e romanos.
A marca, feita com o ferro em brasa na pele do escravo, era geralmente um símbolo (seta, cruz,
figura geométrica etc.), uma letra maiúscula ou, então, duas letras montadas. Podia ser aplicada
no peito, na testa, no ombro, no braço, na barriga ou na panturrilha.
Alguns escravos eram marcados a ferro ainda na África, antes do embarque. Nem as crianças
foram poupadas. Há relatos de escravos com 10 anos já com marcas de ferro na pele. De acordo
com Clóvis Moura, autor do Dicionário da Escravidão Negra no Brasil, a palavra “carimbo”, que
é de origem africana, surgiu a partir desse hábito.
Fonte: https://studhistoria.com.br/qq-isso/ferro-de-marcar-escravo/
6
Mais que Vencedores. William Hendricksen. São Paulo: Editora Cultura Cristã, 2018.
12. Escola bíblica dominical
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7
Ezequiel 9 – O Castigo de Jerusalém
1 Então, ouvi que gritava em alta voz, dizendo: Chegai-vos, vós executores da cidade, cada um
com a sua arma destruidora na mão. 2 Eis que vinham seis homens a caminho da porta superior,
que olha para o norte, cada um com a sua arma esmagadora na mão, e entre eles, certo homem
vestido de linho, com um estojo de escrevedor à cintura; entraram e se puseram junto ao altar
de bronze. 3 A glória do Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, indo até
à entrada da casa; e o SENHOR clamou ao homem vestido de linho, que tinha o estojo de
escrevedor à cintura, 4 e lhe disse: Passa pelo meio da cidade, pelo meio de Jerusalém, e marca
com um sinal a testa dos homens que suspiram e gemem por causa de todas as abominações
que se cometem no meio dela.
5 Aos outros disse, ouvindo eu: Passai pela cidade após ele; e, sem que os vossos olhos poupem
e sem que vos compadeçais, matai; 6 matai a velhos, a moços e a virgens, a crianças e a
mulheres, até exterminá-los; mas a todo homem que tiver o sinal não vos chegueis;
começai pelo meu santuário. 7 Então, começaram pelos anciãos que estavam diante da casa. E
ele lhes disse: Contaminai a casa, enchei de mortos os átrios e saí. Saíram e mataram na cidade.
8 Havendo-os eles matado, e ficando eu de resto, caí com o rosto em terra, clamei e disse: ah!
SENHOR Deus! Dar-se-á o caso que destruas todo o restante de Israel, derramando o teu furor
sobre Jerusalém?
9 Então, me respondeu: A iniqüidade da casa de Israel e de Judá é excessivamente grande, a
terra se encheu de sangue, e a cidade, de injustiça; e eles ainda dizem: O SENHOR abandonou
a terra, o SENHOR não nos vê. 10 Também quanto a mim, os meus olhos não pouparão, nem
me compadecerei; porém sobre a cabeça deles farei recair as suas obras.
11 Eis que o homem que estava vestido de linho, a cuja cintura estava o estojo de escrevedor,
relatou, dizendo: Fiz como me mandaste.
8
Fontes de água da vida – Uma referência à vida eterna.