SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 6
Baixar para ler offline
A BANANEIRA BRS CONQUISTA EM SISTEMA AGROFLORESTAL REGENERATIVO
Antonio Carlos Pries Devide
Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Vale do Paraíba/APTA
antoniodevide@apta.sp.gov.br
Cristina Maria de Castro
Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Vale do Paraíba/APTA
cristinacastro@apta.sp.gov.br
Sylvia Helena de Espíndola Salles
Biol. Técnico de Apoio em Fitotecnia
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com produções destinadas
principalmente ao mercado interno, sendo a banana a segunda fruta em volume produzido.
A área com culturas agrícolas, pastagens e silvicultura abrangem 30% do território brasileiro,
a maioria concentrada no Centro-Sul, principalmente em região de Mata Atlântica que abriga
62% da população responsável por 80% do produto interno bruto (IBGE, 2012).
No Vale do Paraíba a demanda por restaurar as matas ciliares é grande. Áreas de
pastagens substituídas por eucalipto incrementaram a erosão do solo, entulhando nascentes
do rio Paraíba. Nas terras baixas, 50 mil hectares de várzeas e 15 mil hectares de afluentes
sistematizados contra inundações há mais de 50 anos modificaram o ambiente para a
agricultura, mineração, aterro e expansão da ocupação urbana e industrial. Apesar da
proteção legal e importância para a conservação da biodiversidade, remanescentes da
vegetação ciliar continuam a desaparecer.
Novas abordagens de restauração ambiental demandam pesquisas sobre a flora nativa e o
comportamento de frutíferas em sistemas agroflorestais - SAF, que podem restaurar o
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
ambiente, produzindo alimentos e água em paisagens povoadas, onde a demanda por
terras está em alta e o reflorestamento puro não atende às demandas sócio-econômicas
(ERDMANN, 2005). Nos SAF, árvores e arbustos são plantados com culturas comerciais
com benefícios ambientais e econômicos. A bananeira é cultura principal, pois, produz em
ciclo curto, cobre o solo rapidamente sombreando e inibindo o crescimento de ervas
espontâneas indesejáveis, como gramíneas, aportando grande quantidade de fitomassa rica
em potássio.
Pesquisas com SAF no Vale do Paraíba
Em subsídio às políticas públicas de apoio aos SAF, o projeto Vitrine Agroecológica, da
APTA/Pólo Vale do Paraíba integrou a sociedade nas pesquisas participativas com métodos
inovadores, com enfoque multidisciplinar para a restauração de matas ciliares com SAF
visando agregar o retorno econômico ao produtor rural.
Em mutirão agroflorestal realizado em março/2012 os pesquisadores se uniram aos
técnicos, agricultores orgânicos, assentados da reforma agrária, educadores e educandos,
gestores públicos, dentre outros atores, para planejaram e instalaram SAF em área ciliar,
sendo sub dividida em dois módulos: plantio com mudas arbóreas e plantio com coquetel de
sementes de arbóreas, tendo a bananeira BRS Conquista como carro-chefe.
Posteriormente, a vitrine chamada ‘Olho d’Água’ foi manejada em mutirões agroflorestais.
A área ciliar com braquiária foi escarificada a 20 cm de profundidade com arado e grade
incorporando 1 t/ha de calcário, abrindo-se com riscador sulcos de 10 cm de profundidade
espaçados 50 cm entre si. A bananeira BRS Conquista foi plantada em berços de 40 cm³ no
espaçamento 3 x 4 m (833 pl./ha), com mudas de rebento proveniente de desbaste de
bananal clonal certificado.
Foram intercalados com a bananeira três linhas de coquetel de adubos verdes (crotalária
juncea, feijão de porco, sesbânia, mamona), alternadas a cada 0,5 m com duas linhas e
culturas anuais (quiabo e mandioca). No SAF implantado com mudas arbóreas de 40 cm de
altura utilizou-se uma densidade de 2500 árvores/ha, distribuídas nas linhas das bananeiras
e entrelinhas contendo culturas anuais. No SAF implantado com um coquetel de sementes
florestais de diferentes estágios da sucessão, a semeadura foi realizada nas linhas das
bananeiras e entrelinhas com culturas anuais, conforme o arranjo utilizado no SAF com
mudas arbóreas (Figura 1). O coquetel de adubos verdes foi manejado para produção de
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
fitomassa em duas podas: a primeira a 1 m de altura e a segunda rente ao solo, deixando a
cada 1,5 m de distância entre si plantas de mamona para colheita dos grãos e poda futura.
Fig. 1. Implantação dos SAF em 02.03.2012
A cultivar de banana BRS Conquista foi obtida por mutação natural em uma população de
plantas ‘Thap Maeo’ em experimento da Embrapa Amazônia Ocidental em Manaus/AM;
possui resistência adquirida de cultivar FHIA, introduzido de Honduras em 1975, sendo a
única a formar um novo grupo genômico AAB, subgrupo Conquista com resistência à
Sigatoka Negra (SN) e ao Mal do Panamá (MP) (LICHTEMBERG e LICHTEMBERG, 2011).
A SN é uma doença severa causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis em regiões
tropicais úmidas, constatada no Brasil em 1998, no Amazonas. O Mal do Panamá é causado
pelo fungo de solo Fusarium oxysporum fsp. cubense, que sobrevive mesmo na ausência de
hospedeiros, murchando as plantas adultas, principalmente durante a emissão dos cachos.
Devido à agressividade das duas doenças a principal forma de controle é a adoção de
cultivar resistente.
A bananeira BRS Conquista foi manejada nos SAF sem adição de adubos externos,
recebendo apenas os resíduos das podas. A produtividade média na primeira safra foi de
8,43 t/ha de frutos comerciais (2014).
Tabela 1. Desempenho da bananeira BRS Conquista em SAF, implantado com mudas e
sementes arbóreas sem adição de adubos externos (dez./2014)
SAF Peso cacho
Nº penca/
cacho
Altura
Diâmetro
do colo
Kg Cm
Sementes 9,42 9,50 365 49
Mudas 10,82 11,15 480 63
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
A poda das arbóreas pioneiras geraram resíduos orgânicos canalizados para a bananeira
BRS Conquista. Dentre as espécies mais frequentes manejadas nos dois SAF, destacaram-
se: sangra-d’água, ingá, guandu e baba-de-boi.
O plantio do SAF com mudas e sementes difere principalmente pela densidade das
espécies. No SAF sementes (Figura 2) há maior densidade de espécies por unidade de
área, porém, com desenvolvimento inicial mais lento ao passo que no SAF plantado de
mudas (Figura 3) o desenvolvimento das árvores é acelerado, porém, obtém-se menor
número de indivíduos por área. O plantio por sementes possibilita o recrutamento natural e a
intervenção em áreas de difícil acesso, onde o transporte de mudas é limitante. Porém,
demanda a capacitação para a coleta de sementes florestais.
Tabela 2. Aporte de matéria fresca e densidade de árvores pioneiras por hectare (dez./2014)
Espécie SAF Semente SAF Mudas
MF (t/ha)
Nº
plantas/ha
MF (t/ha) Nº plantas/ha
Sangra-d’água 0,05 33 1,80 67
Ingá 1,00 167 1,09 167
Baba-de-boi 0,18 167 1,87 167
Fedegoso 0,75 167 - -
Alecrim 0,09 33 - -
Pinhão-manso 0,67 167 0,25 167
Guandu 0,75 167 0,75 167
Sesbânia - - 1,50 167
Aroeira - - 0,08 33
Eritrina - - 0,40 100
Total 3,49 869 7,74 1002
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
Fig 2. SAF Mudas em 21.12.2014 Fig. 3. SAF Sementes em 21.12.2014
O objetivo da maioria dos SAF é explorar os efeitos benéficos das interações que ocorrem
entre os componentes arbóreos e culturas agrícolas, a fim de obter maior diversidade de
produtos, diminuir a necessidade de insumos externos e restaurar o ambiente reduzindo os
impactos de práticas agrícolas de base convencional (GLIESSMAN, 2001).
Os SAF implantados com diversidade de espécies podem compensar o investimento que o
produtor rural tem que fazer na restauração ambiental. Geram produtos não madeireiros
aportando matéria orgânica e reciclando nutrientes; interceptando as chuvas e o orvalho,
impedem o fluxo laminar prevenindo a erosão, reforçando a recarga hídrica e melhorando a
paisagem ao funcionar como corredores de biodiversidade. Os SAF implantados com mudas
e sementes tiveram reduzidos usos de insumos externos mantendo o solo coberto com
resíduos orgânicos o ano todo (Figura 4). A participação de diversos atores nos mutirões e
vivências adotando métodos participativos balizados na Agroecologia possibilitou o diálogo e
a formação de massa crítica, dando maior autonomia aos agricultores familiares para a
resolução de problemas que surgem no dia a dia da unidade de produção e na comunidade.
A partir dos mutirões agroflorestais na APTA/Pólo Vale do Paraíba, os SAF foram
disseminados por toda a bacia hidrográfica do Paraíba do Sul, dando origem a Rede
Agroflorestal do Vale do Paraíba. Aproximando o conhecimento científico ao saber
tradicional por meio de vivências (Figura 5) promoveu-se a troca de experiências, onde a
população foi conduzida a experimentar um novo processo de construção do conhecimento.
O manejo dos SAF é uma ótima oportunidade para se reconectar ao meio ambiente.
www.aptaregional.sp.gov.br
ISSN 2316-5146
Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017
Fig. 4. SAF Sementes com solo coberto de matéria
orgânica.
Fig. 5. Vivência da Rede Agroflorestal no SAF
03.12.2014
Agradecimento: Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ERDMANN, T. K. Agroforestry as a Tool for Restoring Forest Landscapes. In: Forest
Restoration in Landscapes: Beyond Planting Trees. S. Mansourian, D. Vallauri, and N.
Dudley (eds.). Springer New York. 274–84. http://link.springer.com/chapter/10.1007/0-387-
29112-1_40.2005.
GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. 2a
ed.
Porto Alegre: UFRGS, 653p., 2001.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Manual Técnico da
Vegetação Brasileira Sistema fitogeográfico Inventário das formações florestais e
campestres Técnicas e manejo de coleções botânicas Procedimentos para mapeamentos.
Rio de Janeiro. 271p. 2012.
LICHTEMBERG, L.A.; LICHTEMBERG, P. dos S.F. (2011). Avanços na bananicultura
brasileira. Revista Brasileira de Fruticultura, 33(spe1), 29-36. Retrieved May 14, 2015, from
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
29452011000500005&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0100-29452011000500005.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...Ana Aguiar
 
Artigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completoArtigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completoEuvaldo Junior
 
Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...
Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...
Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...Revista Cafeicultura
 
Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...
Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...
Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...carlosrutiele
 
Novas tendências na produção de soja.
Novas tendências na produção de soja.Novas tendências na produção de soja.
Novas tendências na produção de soja.Geagra UFG
 
Rede Agroflorestal Vale do Paraíba - SP
Rede Agroflorestal Vale do Paraíba - SPRede Agroflorestal Vale do Paraíba - SP
Rede Agroflorestal Vale do Paraíba - SPRedeAgroflorestal
 
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)Label-ha
 
Cultura sem solo tomate
Cultura sem solo   tomateCultura sem solo   tomate
Cultura sem solo tomateArmindo Rosa
 
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentesProdução de minicenouras não processadas em função de diferentes
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentesJose Carvalho
 
Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...
Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...
Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...Label-ha
 
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânicoManejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânicoMário Bittencourt
 
Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017
Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017
Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017equipeagroplus
 
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisImportância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisGilberto Fugimoto
 

Mais procurados (20)

FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
FERTILIDADE DO SOLO CULTIVADO COM GENÓTIPOS DE MARACUJAZEIRO AMARELO SOB DOSE...
 
Artigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completoArtigo alface 04.11 completo
Artigo alface 04.11 completo
 
Informativo Centro de Citricultura
Informativo Centro de CitriculturaInformativo Centro de Citricultura
Informativo Centro de Citricultura
 
abc23
abc23abc23
abc23
 
abc24
abc24abc24
abc24
 
Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...
Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...
Apresentação Wellington Adolfo de Brito Levantamento populacional da broca-do...
 
Artigo bioterra v21_n2_03
Artigo bioterra v21_n2_03Artigo bioterra v21_n2_03
Artigo bioterra v21_n2_03
 
Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...
Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...
Três Corações e uma História: Amar a natureza, preservar a vida e o meio ambi...
 
Novas tendências na produção de soja.
Novas tendências na produção de soja.Novas tendências na produção de soja.
Novas tendências na produção de soja.
 
Rede Agroflorestal Vale do Paraíba - SP
Rede Agroflorestal Vale do Paraíba - SPRede Agroflorestal Vale do Paraíba - SP
Rede Agroflorestal Vale do Paraíba - SP
 
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)Diversidade de abelhas (hymenoptera  apidae) em área de amta atlantica (piraí)
Diversidade de abelhas (hymenoptera apidae) em área de amta atlantica (piraí)
 
Eapt 2012-903
Eapt 2012-903Eapt 2012-903
Eapt 2012-903
 
Cultura sem solo tomate
Cultura sem solo   tomateCultura sem solo   tomate
Cultura sem solo tomate
 
11628 37607-1-pb
11628 37607-1-pb11628 37607-1-pb
11628 37607-1-pb
 
832 3044-1-pb
832 3044-1-pb832 3044-1-pb
832 3044-1-pb
 
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentesProdução de minicenouras não processadas em função de diferentes
Produção de minicenouras não processadas em função de diferentes
 
Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...
Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...
Comunidades de abelhas e recursos florais em área de clima temperado no sul d...
 
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânicoManejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
Manejo de plantas de cobertura e adubação para abacaxizeiro orgânico
 
Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017
Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017
Apresentação: Sr. Celestino Zanella - 12.06.2017
 
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicaisImportância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
Importância das leguminosas no manejo sustentável de solos tropicais
 

Semelhante a Bananeira BRS Conquista em SAF regenerativo

Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...
Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...
Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...Rural Pecuária
 
Integrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestasIntegrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestasAgricultura Sao Paulo
 
Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da cultura
Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da culturaCultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da cultura
Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da culturaRural Pecuária
 
Page1 13-134
Page1 13-134Page1 13-134
Page1 13-134mvezzone
 
Integrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestasIntegrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestasRural Pecuária
 
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaRede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaCepagro
 
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o ProdutorAgricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o ProdutorIdesam
 
Uso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamona
Uso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamonaUso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamona
Uso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamonaRural Pecuária
 
Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...
Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...
Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...Instituto Besc
 
Novos cultivares e hÍbridos de bananeiras
Novos cultivares e hÍbridos de bananeirasNovos cultivares e hÍbridos de bananeiras
Novos cultivares e hÍbridos de bananeirasRural Pecuária
 
Rotacao feijao
Rotacao feijaoRotacao feijao
Rotacao feijaomvezzone
 
Cartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdf
Cartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdfCartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdf
Cartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdfHlidaFreire
 
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Jose Carvalho
 
Tecnologias para agricultura familiar
Tecnologias para agricultura familiarTecnologias para agricultura familiar
Tecnologias para agricultura familiarAlexandre Panerai
 
RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...
RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...
RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...Rural Pecuária
 

Semelhante a Bananeira BRS Conquista em SAF regenerativo (20)

Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...
Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...
Horticultura de baixo carbono e segurança hídrica no cultivo de bananeira agr...
 
Integrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestasIntegrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura – pecuária – silvicultura e agroflorestas
 
Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da cultura
Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da culturaCultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da cultura
Cultivo do maracujá: Aspectos a serem observados antes da implantação da cultura
 
Page1 13-134
Page1 13-134Page1 13-134
Page1 13-134
 
POMAR AGROECOLÓGICO
POMAR AGROECOLÓGICOPOMAR AGROECOLÓGICO
POMAR AGROECOLÓGICO
 
Integrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestasIntegrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestas
Integrando lavoura - pecuária - silvicultura e agroflorestas
 
6 viveiros-florestais
6 viveiros-florestais6 viveiros-florestais
6 viveiros-florestais
 
Adubação verde
Adubação verdeAdubação verde
Adubação verde
 
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roçaRede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
Rede SAFAS: Trazendo a floresta pra dentro da roça
 
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o ProdutorAgricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
Agricultura Orgânica e Certificação - Canal com o Produtor
 
Uso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamona
Uso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamonaUso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamona
Uso de composto de lodo de esgoto na cultura da mamona
 
Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...
Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...
Potenciais de crescimento da silvicultura, agrossilvicultura e competitividad...
 
01
0101
01
 
Novos cultivares e hÍbridos de bananeiras
Novos cultivares e hÍbridos de bananeirasNovos cultivares e hÍbridos de bananeiras
Novos cultivares e hÍbridos de bananeiras
 
Rotacao feijao
Rotacao feijaoRotacao feijao
Rotacao feijao
 
Cartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdf
Cartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdfCartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdf
Cartilha_de_Agrofloresta_do_RJ_SiAMA_2022-OrganicsNet-CI-Organicos-2022-1.pdf
 
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
Efeito da adubação verde sobre o crescimento de kalanchoe pinnata (LAM.) PERS.
 
Tecnologias para agricultura familiar
Tecnologias para agricultura familiarTecnologias para agricultura familiar
Tecnologias para agricultura familiar
 
RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...
RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...
RESGATE DE CONHECIMENTOS TRADICIONAIS: PRODUÇÃO E CONSUMO DE PLANTAS NÃO CONV...
 
Fungos micorrízicos
Fungos micorrízicosFungos micorrízicos
Fungos micorrízicos
 

Mais de Rural Pecuária

Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...
Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...
Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...Rural Pecuária
 
50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).
50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).
50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).Rural Pecuária
 
Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...
Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...
Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...Rural Pecuária
 
Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...
Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...
Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...Rural Pecuária
 
Tecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animal
Tecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animalTecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animal
Tecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animalRural Pecuária
 
BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...
BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...
BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...Rural Pecuária
 
Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...
Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...
Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...Rural Pecuária
 
Boas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtor
Boas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtorBoas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtor
Boas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtorRural Pecuária
 
Catálogo de forrageiras recomendadas pela Embrapa
Catálogo de forrageiras recomendadas pela EmbrapaCatálogo de forrageiras recomendadas pela Embrapa
Catálogo de forrageiras recomendadas pela EmbrapaRural Pecuária
 
Dez dicas para produção de milho
Dez dicas para produção de milhoDez dicas para produção de milho
Dez dicas para produção de milhoRural Pecuária
 
Criação de Bezerras Leiteiras
Criação de Bezerras LeiteirasCriação de Bezerras Leiteiras
Criação de Bezerras LeiteirasRural Pecuária
 
Como produzir-Goiaba Orgânica
Como produzir-Goiaba Orgânica Como produzir-Goiaba Orgânica
Como produzir-Goiaba Orgânica Rural Pecuária
 
Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...
Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...
Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...Rural Pecuária
 
Silício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais aprovado
Silício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais  aprovadoSilício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais  aprovado
Silício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais aprovadoRural Pecuária
 
Manual Técnico de Ranicultura está disponível
Manual Técnico de Ranicultura está disponívelManual Técnico de Ranicultura está disponível
Manual Técnico de Ranicultura está disponívelRural Pecuária
 
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixesInfiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixesRural Pecuária
 
A importância da longevidade das vacas de corte
A importância da longevidade das vacas de corteA importância da longevidade das vacas de corte
A importância da longevidade das vacas de corteRural Pecuária
 
Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira
Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira
Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira Rural Pecuária
 
EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...
EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...
EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...Rural Pecuária
 
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São PauloAglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São PauloRural Pecuária
 

Mais de Rural Pecuária (20)

Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...
Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...
Pecuária leiteira de precisão: uso de sensores para monitoramento e detecção ...
 
50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).
50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).
50 perguntas, 50 respostas sobre a Carne Carbono Neutro (CCN).
 
Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...
Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...
Soro de queijo tipo coalho de leite bovino: alternativa para a terminação de ...
 
Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...
Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...
Staphylococcus coagulase-negativos no leite de vacas com mastite tratadas com...
 
Tecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animal
Tecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animalTecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animal
Tecnologia e custo da cana-de-açúcar para a alimentação animal
 
BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...
BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...
BRS Capiaçu: cultivar de capim-elefante de alto rendimento para produção de s...
 
Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...
Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...
Reaproveitamento de água residuária em sistemas de produção de leite em confi...
 
Boas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtor
Boas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtorBoas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtor
Boas práticas agropecuárias na produção de leite: da pesquisa para o produtor
 
Catálogo de forrageiras recomendadas pela Embrapa
Catálogo de forrageiras recomendadas pela EmbrapaCatálogo de forrageiras recomendadas pela Embrapa
Catálogo de forrageiras recomendadas pela Embrapa
 
Dez dicas para produção de milho
Dez dicas para produção de milhoDez dicas para produção de milho
Dez dicas para produção de milho
 
Criação de Bezerras Leiteiras
Criação de Bezerras LeiteirasCriação de Bezerras Leiteiras
Criação de Bezerras Leiteiras
 
Como produzir-Goiaba Orgânica
Como produzir-Goiaba Orgânica Como produzir-Goiaba Orgânica
Como produzir-Goiaba Orgânica
 
Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...
Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...
Principais cogumelos comestíveis cultivados e nativos do estado de são paulo ...
 
Silício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais aprovado
Silício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais  aprovadoSilício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais  aprovado
Silício auxilia as plantas na defesa contra os estresses ambientais aprovado
 
Manual Técnico de Ranicultura está disponível
Manual Técnico de Ranicultura está disponívelManual Técnico de Ranicultura está disponível
Manual Técnico de Ranicultura está disponível
 
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixesInfiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
Infiltração em viveiros escavados destinados à criação de peixes
 
A importância da longevidade das vacas de corte
A importância da longevidade das vacas de corteA importância da longevidade das vacas de corte
A importância da longevidade das vacas de corte
 
Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira
Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira
Uso da água no enraizamento de estacas de Amoreira
 
EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...
EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...
EFEITO DO ESTANDE DE PLANTAS NA EXPRESSÃO DA VIROSE EM AMENDOIM NO ESTADO DE ...
 
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São PauloAglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
Aglomeração e especialização da piscilcultura no Estado de São Paulo
 

Bananeira BRS Conquista em SAF regenerativo

  • 1. A BANANEIRA BRS CONQUISTA EM SISTEMA AGROFLORESTAL REGENERATIVO Antonio Carlos Pries Devide Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Vale do Paraíba/APTA antoniodevide@apta.sp.gov.br Cristina Maria de Castro Eng. Agr., Dr., PqC do Polo Regional Vale do Paraíba/APTA cristinacastro@apta.sp.gov.br Sylvia Helena de Espíndola Salles Biol. Técnico de Apoio em Fitotecnia O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com produções destinadas principalmente ao mercado interno, sendo a banana a segunda fruta em volume produzido. A área com culturas agrícolas, pastagens e silvicultura abrangem 30% do território brasileiro, a maioria concentrada no Centro-Sul, principalmente em região de Mata Atlântica que abriga 62% da população responsável por 80% do produto interno bruto (IBGE, 2012). No Vale do Paraíba a demanda por restaurar as matas ciliares é grande. Áreas de pastagens substituídas por eucalipto incrementaram a erosão do solo, entulhando nascentes do rio Paraíba. Nas terras baixas, 50 mil hectares de várzeas e 15 mil hectares de afluentes sistematizados contra inundações há mais de 50 anos modificaram o ambiente para a agricultura, mineração, aterro e expansão da ocupação urbana e industrial. Apesar da proteção legal e importância para a conservação da biodiversidade, remanescentes da vegetação ciliar continuam a desaparecer. Novas abordagens de restauração ambiental demandam pesquisas sobre a flora nativa e o comportamento de frutíferas em sistemas agroflorestais - SAF, que podem restaurar o
  • 2. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 ambiente, produzindo alimentos e água em paisagens povoadas, onde a demanda por terras está em alta e o reflorestamento puro não atende às demandas sócio-econômicas (ERDMANN, 2005). Nos SAF, árvores e arbustos são plantados com culturas comerciais com benefícios ambientais e econômicos. A bananeira é cultura principal, pois, produz em ciclo curto, cobre o solo rapidamente sombreando e inibindo o crescimento de ervas espontâneas indesejáveis, como gramíneas, aportando grande quantidade de fitomassa rica em potássio. Pesquisas com SAF no Vale do Paraíba Em subsídio às políticas públicas de apoio aos SAF, o projeto Vitrine Agroecológica, da APTA/Pólo Vale do Paraíba integrou a sociedade nas pesquisas participativas com métodos inovadores, com enfoque multidisciplinar para a restauração de matas ciliares com SAF visando agregar o retorno econômico ao produtor rural. Em mutirão agroflorestal realizado em março/2012 os pesquisadores se uniram aos técnicos, agricultores orgânicos, assentados da reforma agrária, educadores e educandos, gestores públicos, dentre outros atores, para planejaram e instalaram SAF em área ciliar, sendo sub dividida em dois módulos: plantio com mudas arbóreas e plantio com coquetel de sementes de arbóreas, tendo a bananeira BRS Conquista como carro-chefe. Posteriormente, a vitrine chamada ‘Olho d’Água’ foi manejada em mutirões agroflorestais. A área ciliar com braquiária foi escarificada a 20 cm de profundidade com arado e grade incorporando 1 t/ha de calcário, abrindo-se com riscador sulcos de 10 cm de profundidade espaçados 50 cm entre si. A bananeira BRS Conquista foi plantada em berços de 40 cm³ no espaçamento 3 x 4 m (833 pl./ha), com mudas de rebento proveniente de desbaste de bananal clonal certificado. Foram intercalados com a bananeira três linhas de coquetel de adubos verdes (crotalária juncea, feijão de porco, sesbânia, mamona), alternadas a cada 0,5 m com duas linhas e culturas anuais (quiabo e mandioca). No SAF implantado com mudas arbóreas de 40 cm de altura utilizou-se uma densidade de 2500 árvores/ha, distribuídas nas linhas das bananeiras e entrelinhas contendo culturas anuais. No SAF implantado com um coquetel de sementes florestais de diferentes estágios da sucessão, a semeadura foi realizada nas linhas das bananeiras e entrelinhas com culturas anuais, conforme o arranjo utilizado no SAF com mudas arbóreas (Figura 1). O coquetel de adubos verdes foi manejado para produção de
  • 3. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 fitomassa em duas podas: a primeira a 1 m de altura e a segunda rente ao solo, deixando a cada 1,5 m de distância entre si plantas de mamona para colheita dos grãos e poda futura. Fig. 1. Implantação dos SAF em 02.03.2012 A cultivar de banana BRS Conquista foi obtida por mutação natural em uma população de plantas ‘Thap Maeo’ em experimento da Embrapa Amazônia Ocidental em Manaus/AM; possui resistência adquirida de cultivar FHIA, introduzido de Honduras em 1975, sendo a única a formar um novo grupo genômico AAB, subgrupo Conquista com resistência à Sigatoka Negra (SN) e ao Mal do Panamá (MP) (LICHTEMBERG e LICHTEMBERG, 2011). A SN é uma doença severa causada pelo fungo Mycosphaerella fijiensis em regiões tropicais úmidas, constatada no Brasil em 1998, no Amazonas. O Mal do Panamá é causado pelo fungo de solo Fusarium oxysporum fsp. cubense, que sobrevive mesmo na ausência de hospedeiros, murchando as plantas adultas, principalmente durante a emissão dos cachos. Devido à agressividade das duas doenças a principal forma de controle é a adoção de cultivar resistente. A bananeira BRS Conquista foi manejada nos SAF sem adição de adubos externos, recebendo apenas os resíduos das podas. A produtividade média na primeira safra foi de 8,43 t/ha de frutos comerciais (2014). Tabela 1. Desempenho da bananeira BRS Conquista em SAF, implantado com mudas e sementes arbóreas sem adição de adubos externos (dez./2014) SAF Peso cacho Nº penca/ cacho Altura Diâmetro do colo Kg Cm Sementes 9,42 9,50 365 49 Mudas 10,82 11,15 480 63
  • 4. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 A poda das arbóreas pioneiras geraram resíduos orgânicos canalizados para a bananeira BRS Conquista. Dentre as espécies mais frequentes manejadas nos dois SAF, destacaram- se: sangra-d’água, ingá, guandu e baba-de-boi. O plantio do SAF com mudas e sementes difere principalmente pela densidade das espécies. No SAF sementes (Figura 2) há maior densidade de espécies por unidade de área, porém, com desenvolvimento inicial mais lento ao passo que no SAF plantado de mudas (Figura 3) o desenvolvimento das árvores é acelerado, porém, obtém-se menor número de indivíduos por área. O plantio por sementes possibilita o recrutamento natural e a intervenção em áreas de difícil acesso, onde o transporte de mudas é limitante. Porém, demanda a capacitação para a coleta de sementes florestais. Tabela 2. Aporte de matéria fresca e densidade de árvores pioneiras por hectare (dez./2014) Espécie SAF Semente SAF Mudas MF (t/ha) Nº plantas/ha MF (t/ha) Nº plantas/ha Sangra-d’água 0,05 33 1,80 67 Ingá 1,00 167 1,09 167 Baba-de-boi 0,18 167 1,87 167 Fedegoso 0,75 167 - - Alecrim 0,09 33 - - Pinhão-manso 0,67 167 0,25 167 Guandu 0,75 167 0,75 167 Sesbânia - - 1,50 167 Aroeira - - 0,08 33 Eritrina - - 0,40 100 Total 3,49 869 7,74 1002
  • 5. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 Fig 2. SAF Mudas em 21.12.2014 Fig. 3. SAF Sementes em 21.12.2014 O objetivo da maioria dos SAF é explorar os efeitos benéficos das interações que ocorrem entre os componentes arbóreos e culturas agrícolas, a fim de obter maior diversidade de produtos, diminuir a necessidade de insumos externos e restaurar o ambiente reduzindo os impactos de práticas agrícolas de base convencional (GLIESSMAN, 2001). Os SAF implantados com diversidade de espécies podem compensar o investimento que o produtor rural tem que fazer na restauração ambiental. Geram produtos não madeireiros aportando matéria orgânica e reciclando nutrientes; interceptando as chuvas e o orvalho, impedem o fluxo laminar prevenindo a erosão, reforçando a recarga hídrica e melhorando a paisagem ao funcionar como corredores de biodiversidade. Os SAF implantados com mudas e sementes tiveram reduzidos usos de insumos externos mantendo o solo coberto com resíduos orgânicos o ano todo (Figura 4). A participação de diversos atores nos mutirões e vivências adotando métodos participativos balizados na Agroecologia possibilitou o diálogo e a formação de massa crítica, dando maior autonomia aos agricultores familiares para a resolução de problemas que surgem no dia a dia da unidade de produção e na comunidade. A partir dos mutirões agroflorestais na APTA/Pólo Vale do Paraíba, os SAF foram disseminados por toda a bacia hidrográfica do Paraíba do Sul, dando origem a Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba. Aproximando o conhecimento científico ao saber tradicional por meio de vivências (Figura 5) promoveu-se a troca de experiências, onde a população foi conduzida a experimentar um novo processo de construção do conhecimento. O manejo dos SAF é uma ótima oportunidade para se reconectar ao meio ambiente.
  • 6. www.aptaregional.sp.gov.br ISSN 2316-5146 Pesquisa & Tecnologia, vol. 14, n. 1, Jan-Jun 2017 Fig. 4. SAF Sementes com solo coberto de matéria orgânica. Fig. 5. Vivência da Rede Agroflorestal no SAF 03.12.2014 Agradecimento: Rede Agroflorestal do Vale do Paraíba REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ERDMANN, T. K. Agroforestry as a Tool for Restoring Forest Landscapes. In: Forest Restoration in Landscapes: Beyond Planting Trees. S. Mansourian, D. Vallauri, and N. Dudley (eds.). Springer New York. 274–84. http://link.springer.com/chapter/10.1007/0-387- 29112-1_40.2005. GLIESSMAN, S. R. Agroecologia: processos ecológicos em agricultura sustentável. 2a ed. Porto Alegre: UFRGS, 653p., 2001. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Manual Técnico da Vegetação Brasileira Sistema fitogeográfico Inventário das formações florestais e campestres Técnicas e manejo de coleções botânicas Procedimentos para mapeamentos. Rio de Janeiro. 271p. 2012. LICHTEMBERG, L.A.; LICHTEMBERG, P. dos S.F. (2011). Avanços na bananicultura brasileira. Revista Brasileira de Fruticultura, 33(spe1), 29-36. Retrieved May 14, 2015, from http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- 29452011000500005&lng=en&tlng=pt. 10.1590/S0100-29452011000500005.