SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 48
MENINGITES
Honesto Lopes, MD
DEFINIÇÃO
Processo inflamatório que acomete as
leptomeninges, uma fina membrana que
reveste o cérebro.
 AGENTES:
BACTERIANA
VIRAL
TUBERCULOSA
FÚNGICA
PARASITARIA
0-2 meses
• Streptococcus grupo B , E. coli,
klebsiella,
proteus,pseudomonas, listeria
monocitogenes,salmonella
2 meses- 5 Anos Streptococus pneumoniae, h.
influenzae tipo B, neisseria
meningitidis
> 5 Anos Streptococus pneumoniae
neisseria meningitidis
Imunodeprimidos pseudomonas, S. auereus, fungos
, salmonella
Traumas ou derivacões VP s. pneumoniae,staphylococus
coagulase negativo
FISIOPATOLOGIA DA MB
Três bacterias em causa
Pneumococo, Haemophilus influenzae, meningococo
Site natural é o orofaringe humano
São bacterias com multiplicação extra-celular,
Resistem aos fatores não especificos da defesa
Podem também multiplicar-se em tecidos do orofaringe.
Colonização
Nasofaringeal
H.influenzae
N.meningitidis
S.pneumoniae
Colonização
Digestiva
S.agalactiae
E.coli K1
Bacteriemia
elevada e
prolongada
Sangue LCR
cytokines
Resposta inflamatória
precoce
BHE
Bareira hemato-meningeal
normalemente não permeavel
Mecanismos fisiopatologicos das
meningites bacterianas
CLÍNICO
< 3 meses > 3 meses
Quadro inespecifico
sobrepõe-se a qualquer
infecção= Sepsis neonatal
- febre
hipotermia , hipertermia
Irritabilidade
Hipotonia, hipertonia
Vomitos
ictericia
sucção fraca
Sinais de irritação meningea
ausentes
- febre
-prostracão
- hiporeatividade
- letargia
Alt da consciência
Cefaleias
Náuseas e vómitos
Sinais de irritação meníngea
Convulsões
Abaulamento da fontanela
Agitação
Irritabilidade
Artralgias, mialgias
Taquicardia e hipotensão
Rash purpurico petequial
Brudzinski, Kernig e Rigidez
da nuca
Normal bacteriana viral tuberculosa
Globulos
brancos/mm3
< 5 10- 60000 5- 2000 100-500
Tipo de células 75%
linfocitos
Neutrófilos Linfócitos Linfocitos
Glicose mg/dl > 50 ↓ < 40mg/dl > 45mg/dl < 40
Proteinas
mg/dl
20-45 ↑>
100mg/dl
N ou pouco
aumentada
> 100
microscopia - Bactérias Sem
bactérias
BAAR
Cultura - positiva negativa -
DIAGNÓSTICO
DIAGNÓSTICO,cont
 Urgência térapeutica
 Urgência hemodinamica
 Urgência reanimatologica
 Urgência neurologico
ELEMENTOS DE MAU PROGNÓSTICO
 Atraso do tratamento antibiotico adequado :
- Idade (lactente).
- Existência de outros factores de risco
- A gravidade do quadro inicial com alterações de
conciência, coma, convulsões.
- O germe envolvido : pneumocoque,
Haemophilus
- A celuridade do LCR/ ml > 107
- Atrazo da resposta terapeutica
IDENTIFICAR OS SINAIS DE GRAVIDADE
 Purpura : extensa e necrotica
 Febre mal controlada
 Alterações hemodinamicas.
 Frequência cardiaca, tempo de preenchimento
capilar e extremidades frias.
 Alterações neurologicas:
Alterações de conciência , coma, convulsões ,
imunodepressão.
FISIOPATOLOGIA: eventos tárdios
Ligados ao afluxo dos polynucleares, após alteração da
BHE
1ºEdema cerebral de origem mista .
2ºHipertensão intra-craniana: explica a sintomatologia
da meningite .
(Vascularização: profundas alterações dos vasos
meningeos)
3º Tromboses
4º Anoxia cerebral: alterações profundas du debito
sanguineo cerebral
Principais elementos de orientação etiologico
•Idade < 5ans
•Ausência de vaccinação
H. influenzae
•Contexto epidemiologico/contacto
•Purpura
N. meningitidis
•ATCD :TC, cirurgia base crânio, meningite
•Rinoreia, debut brutal, sinais neurologicos
•Otite, sinusite ou pneumopatia associada
• infecção por HIV
S. pneumoniae
Principais sinais de gravidade
purpura fulminante
coma profundo (score de glasgow < 8)
Compromisso cardiorespiratoria
Perreaux F, méningites purulentes de l’enfant, Méd.et enfance, 2001, 21 ; 4 : 205-7
Em favor de
Argumentos microbiolocos
 Punção lumbar +++, aspecto do LCR,
Examen direto
Celulas, proteinoraquia, glicoraquia
Cultura, antibiograma
 Hemocultura +++
 Hemograma, PCR : não especificos
….Sem atrazar iniciar o tratamento
Identificação Bacteriana
A Punção lumbar é necessário
 Exam direto positiva em 60 - 95 % dos casos,
o resultado é rapido em1 hora
 A Cultura positiva em 95 % dos casos,
permite o antibiograma e serotipagem
resposta em 24 h
Hemocultura é muito util (60% de positividade)
HC + LCR = 100% positividade
TRATAMENTO
 Curativo : - Tratamento antibiotico
- Tratamento sintomatico
 Preventivo : Profilaxia
TRATAMENTO
 Acesso à veia : bem fixa e vigiada
 Restricção hidrica hoje dia e discutivel, (melhorar a
hidratacao promovendo a circulacao sistemica e
geral) ou entao 40 - 50 ml / Kg / D
nos lactentes e pequenos, só si secreção
inapropriada de ADH, hipertenção intra-craniana
associda ao vigilância da consciência, diurese,
natriemia, natriurese.
TRATAMENTO SINTOMATICO
 Antipireticos + antalgicos (conforto)
 Anticonvulsivantes
- Em casos de crises
- Tratamento preventivo, não sistematico
proposto nas crianças em risco.
(antecedentes neurologicos; alterações de consciência,
sindrome deficitario)
gardénal ®- Fenobarbital : dose de ataque 10-15
mg / Kg, IV lento, pos manutenção oral 5 mg / Kg /
D
TRATAMENTO ANTIBIOTICO
 Selectivo
Todas as moleculas não são usadas
 Posologia
- com doses usuais : fluoroquinolonas, cotrimoxazole,
chloramphénicol, fosfomycine, rifampicine
- Fortes doses : peniciline G, aminopenicilinas,
cephalosporines de 3ème génération,
carboxypenicilinas, uréidopénicilinas, pénèmes.
 Probabilistico
 Resistance dos germes (pneumocoque,
H.influenzae)
a peniciline , a amoxiciline, ….. e aos outros beta-
lactamicos
 Em primeiro intenção
- Excluir o uso da ampiciline
- Recomanda-se o uso de
cefalosporina da 3a geração EV
TRATAMENTO ANTIBIOTICO
Cefalosporinas de 3a geração
 Large spectre de acção (Gram + e -)
 Activo sobre bacterias Beta - lactamases +
 Boa penetração atraves a BHE
Actividade bactericide superior no LCR
 Mais : (Feigin)
Não há sterilisação rapido das culturas do LCR
Não há amelioração da taxa dos sequelas
TRATAMENTO ANTIBIOTICO
Tratamento antibiotico: cefalosporina
de 3a geração
 Biterapia ficou indispensavel por causa-
taxa elevada de pneumococo resistantes a penicilina
(quase 50% nas meningites)
em associação com
 Vancomycine 60 mg/ Kg /D : sinergia in vitro, provavel in vivo
 fosfomycine : boa difusão meningeal, sinergia excelente,
 rifampicine : boa difusão meningeal, sinergia indiferente, acção
bactericide lenta.
 O uso dos aminoglicosides é controverso.
Cefalosporinas de 3ème geração
Doses habituais ou altas doses ?
 As doses usuais:
Cefotaxime 200mg/Kg/D, ceftriaxone 100 mg/Kg/D
em monoterapia, cuidado com falha então alta doses SIM.
 A altas doses
cefotaxime 300 mg/Kg/D, ceftriaxone 100 – 150 mg/Kg/Dia
base actuais do traitement des méningites à
pneumocoque, en association initiale
tolerância satisfatória
Tratamento antibiotico
(Conférence de consensus SPILFF 1996)
Crianças de 3 m à 5 ans :
Após exam direito-
 cocci Gram - (meningococo)
cefotaxime 200 mg/Kg/D, ceftriaxone 100 mg/Kg/D)
ou amoxicilina inj.
 diplococos Gram + (pneumocoque) :
associação Cefotaxime 300 mg/ Kg/D en 4 injecções
Vancomycine 60 mg/Kg/D en 4 perf. de 1 H
 bacilles Gram – (H.influenzae)
Cefotaxime 200mg/Kg/D, Ceftriaxone 100mg/Kg/D.
Meningite purulenta comunitaria
C3G + Amoxicilline
Nao ha orientacao etiologico,
so, existe sinais de gravidade
C3G
Elementos em favor de
H. influenzae
Amoxiciline inj. ou C3G
Elementos em favor de
N. meningitidis
C3G + vancomycine
Elementos em favor de
S. pneumoniae
C3G (Cefotaxime ou
Ceftriaxone)
Nao ha elementos de orientatcao
etiologica, nao ha sinais de gravidade
(1) Med et mal. Infect., 1996 ; 26-1
Duração do tratamento
Meningococus- 7-10 dias
Haemophylus- 14 dias
Pneumococus- 14- 21 dias
Agente desconhecido- 10 dias
Meningites : outras bacterias possiveis
 Salmonela : ampiciline, C3G, fluoroquinolones
Tratamento longo : 21 D
 Stafilococo dorado :C3G – fosfomycine ou C3G –
vancomycine ou rifampicine – fosfomycine
 Listeria : ampiciline inj.
 Anaerobios : metronidazole , com factor de risco
como supuração ORL cronica, fracture de la base
craniana.
Tratamentos diversos
 Hipertenção intra-craniana
- Tratamento postural : 30° proclive,
- Solucoes hiperosmolar como manitol 25%
- Hiperventilacao- captador de pressao
- Controle cirurgico si houver coleção subdural
Tratar a porta de entrada como sinusite, mastoïdite…
As complicacoes pos infeciosas : AINS ou ate
corticoterapia
Monitorizacao do tratamento da meningite a
pneumococo
 Control clínico:Temperatura, consciência, PC, exam neurologico….)
 Control microbiologico indispensavel
P L de control aos 48 horas.
Corticoïdes : beneficos esperados
 Diminuição da pressão intra – craniana atraves da
diminução da inflamação dos meninges e diminuição
do conteudo em agua do cerebro (diminuicao do
edema cerebral não provado).
 Modulacao das secreções dos citokines com a
diminução da resposta inflamatório meningeal.
 Diminuição dos sequelas auditivas (Lebel & McCracken)
e neurologicos (Odio & al)(H.influenzae)
Profilaxia : Meningites a meningocoque
 Declaração obligatorio
Determinação do serogrupo
 Medidas profilacticas para todos os contactos
rifampicine 2 x/ D, durante 2 Dias
adultos : 600 mg
entre 1 m e 12 anos : 10mg / Kg
antes 1 m : 5mg / Kg
Em caso de contra-indicação a rifampicine :
spiramycine
75 000 Unidades /Kg (50 mg / Kg)
Profilaxia : Meningites a meningocoque
 Indicações - familia, camaradas proximas
- o caso no fim do tratamento
 Inutis na escola
a desinfeção dos locais e/ou profilaxia da toda
escola.
 Vacinação si meningococo A ou C
Prophylaxie : meningites a Haemophilus
 Indicações
Vizinhos, creche, colectividades
No caso no fim do tratamento
 Recomandado para sujetos de < 4 ans
Rifampicine 20 mg / Kg, 1x/ D / 4 D
 A Melhor prevenção e a vacinação
Profilaxia : meningites a pneumococos
 Não há profilaxia dos contactos
- Sujetos a risco como o esplenectomisados, drepanocitários,
imunodeprimidos…
- Vacinação universel aos < 2 anos
A melhor prevenção e a vacina conjugado
Conclusões
 Urgência pediatrica perigosa
 Mortalidade e sequelas evidentes,
a pesar da rapidez do diagnóstico, e do tratamento
Apostar na prevenção: vacinação +++
Complicações da fase aguda
 Coma
 Status convulsivo
 Tromboses
 veinosas
 arteriais
 Ventriculites e hidrocefalia
 Coleções subdurais e empiemas
Surdez
 Frequência global 10,5%
 surdez total e bilateral 5%
 Enquerito num centro crianças surdas
 eiologia bacteriana 6,5%
 Necessidade
 um apareilhagem
 Implante
 Educação especializada
Sequelas a longo prazo
 Epilepsia
 Surdez
 Problemas oculomotores
 Afasia / diculdades de fala
 Alterações de comportamento
 Dificuldade de aprendizagem
 Paralisia cerebral
Problemas neuro-motores
Bedford H & Al BMJ 2001;323:533-36
 Frequência : 4.9%
 hemiplegia spastica, quadriplegia, diplegia, paraplegia… : na
maioria dos casos
 problemas oculares e visuais 13.7%
Problemas cognitivos
Taylor & Al J Child Neurol 1998;13:113-19
Bedford H & Al BMJ 2001;323:533-36
 Atrazo mental 5.1 a 19%
Escola especializada necessario
 Dificuldaes de aprendizagem, da leitura (palavra, linguagem) 7.5%
Problemas cognitivos
Taylor & Al J Child Neurol 1998;13:113-19
Bedford H & Al BMJ 2001;323:533-36
 Alterações de comportamento
Hiperactividade, fraca concentração, muito lento na escola
Meningite a S.pneumoniae ; conclusões
 Morte 10%
 Sequelas a curto prazo 30%
existe mesmo quanda o tratamento inicial e
optimo
 Sequelas neurologicos ao longo prazo 45% severas ou moderados
CONCLUSÕES FINAIS
 Sequelas
Persistem apesar dum tratamento optimo
Sequelas neurologicos severas ou moderados
 Necessidade de seguimento longo prazo
ate a escolaridade primario
 Indicacões duma politica vaccinal +++

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras

Pneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.pptPneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.pptRaqueli Viecili
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaProfessor Robson
 
sindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICA
sindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICAsindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICA
sindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICABelinha Donatti
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche blogped1
 
Questões diagnóstico diferencial das adenomegalias
Questões diagnóstico diferencial das adenomegaliasQuestões diagnóstico diferencial das adenomegalias
Questões diagnóstico diferencial das adenomegaliasProfessor Robson
 
MENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptxMENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptxnirheha
 
Penicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasPenicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasElon Freire
 
Micoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaMicoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaFlávia Salame
 
Aula de hanseníase
Aula de hanseníaseAula de hanseníase
Aula de hanseníaseIsmael Costa
 
Meningites purulentas na infância
Meningites purulentas na infânciaMeningites purulentas na infância
Meningites purulentas na infânciaProfessor Robson
 

Semelhante a Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras (20)

Pneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.pptPneumonia__na_infancia-UCB.ppt
Pneumonia__na_infancia-UCB.ppt
 
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na InfânciaManejo da Meningite Bacteriana na Infância
Manejo da Meningite Bacteriana na Infância
 
Criptococose pulmonar
Criptococose pulmonarCriptococose pulmonar
Criptococose pulmonar
 
2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.
 
aula-de-asma-7c2ba-alunos.ppt
aula-de-asma-7c2ba-alunos.pptaula-de-asma-7c2ba-alunos.ppt
aula-de-asma-7c2ba-alunos.ppt
 
Cachumba
CachumbaCachumba
Cachumba
 
Cachumba
Cachumba Cachumba
Cachumba
 
Meningite
MeningiteMeningite
Meningite
 
sindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICA
sindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICAsindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICA
sindromes-de-mononucleose INFECTOLOGIA MEDICA
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche
 
Questões diagnóstico diferencial das adenomegalias
Questões diagnóstico diferencial das adenomegaliasQuestões diagnóstico diferencial das adenomegalias
Questões diagnóstico diferencial das adenomegalias
 
MENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptxMENINGITES para UPAS classificação.pptx
MENINGITES para UPAS classificação.pptx
 
Doenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdfDoenas granulomatosas -_pdf
Doenas granulomatosas -_pdf
 
Penicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinasPenicilinas e cefalosporinas
Penicilinas e cefalosporinas
 
Micoses pulmonares uea
Micoses pulmonares ueaMicoses pulmonares uea
Micoses pulmonares uea
 
Amigdalite ppt
Amigdalite pptAmigdalite ppt
Amigdalite ppt
 
Curso de vacinas
Curso de vacinasCurso de vacinas
Curso de vacinas
 
SikRChAHfo8BhOQO707.pptx
SikRChAHfo8BhOQO707.pptxSikRChAHfo8BhOQO707.pptx
SikRChAHfo8BhOQO707.pptx
 
Aula de hanseníase
Aula de hanseníaseAula de hanseníase
Aula de hanseníase
 
Meningites purulentas na infância
Meningites purulentas na infânciaMeningites purulentas na infância
Meningites purulentas na infância
 

Meningite_2022.ppt MEDICINA Geral Sem fronteiras

  • 2. DEFINIÇÃO Processo inflamatório que acomete as leptomeninges, uma fina membrana que reveste o cérebro.
  • 4.
  • 5. 0-2 meses • Streptococcus grupo B , E. coli, klebsiella, proteus,pseudomonas, listeria monocitogenes,salmonella 2 meses- 5 Anos Streptococus pneumoniae, h. influenzae tipo B, neisseria meningitidis > 5 Anos Streptococus pneumoniae neisseria meningitidis Imunodeprimidos pseudomonas, S. auereus, fungos , salmonella Traumas ou derivacões VP s. pneumoniae,staphylococus coagulase negativo
  • 6. FISIOPATOLOGIA DA MB Três bacterias em causa Pneumococo, Haemophilus influenzae, meningococo Site natural é o orofaringe humano São bacterias com multiplicação extra-celular, Resistem aos fatores não especificos da defesa Podem também multiplicar-se em tecidos do orofaringe.
  • 7. Colonização Nasofaringeal H.influenzae N.meningitidis S.pneumoniae Colonização Digestiva S.agalactiae E.coli K1 Bacteriemia elevada e prolongada Sangue LCR cytokines Resposta inflamatória precoce BHE Bareira hemato-meningeal normalemente não permeavel Mecanismos fisiopatologicos das meningites bacterianas
  • 8. CLÍNICO < 3 meses > 3 meses Quadro inespecifico sobrepõe-se a qualquer infecção= Sepsis neonatal - febre hipotermia , hipertermia Irritabilidade Hipotonia, hipertonia Vomitos ictericia sucção fraca Sinais de irritação meningea ausentes - febre -prostracão - hiporeatividade - letargia Alt da consciência Cefaleias Náuseas e vómitos Sinais de irritação meníngea Convulsões Abaulamento da fontanela Agitação Irritabilidade Artralgias, mialgias Taquicardia e hipotensão Rash purpurico petequial
  • 9. Brudzinski, Kernig e Rigidez da nuca
  • 10. Normal bacteriana viral tuberculosa Globulos brancos/mm3 < 5 10- 60000 5- 2000 100-500 Tipo de células 75% linfocitos Neutrófilos Linfócitos Linfocitos Glicose mg/dl > 50 ↓ < 40mg/dl > 45mg/dl < 40 Proteinas mg/dl 20-45 ↑> 100mg/dl N ou pouco aumentada > 100 microscopia - Bactérias Sem bactérias BAAR Cultura - positiva negativa - DIAGNÓSTICO
  • 12.
  • 13.
  • 14.  Urgência térapeutica  Urgência hemodinamica  Urgência reanimatologica  Urgência neurologico
  • 15. ELEMENTOS DE MAU PROGNÓSTICO  Atraso do tratamento antibiotico adequado : - Idade (lactente). - Existência de outros factores de risco - A gravidade do quadro inicial com alterações de conciência, coma, convulsões. - O germe envolvido : pneumocoque, Haemophilus - A celuridade do LCR/ ml > 107 - Atrazo da resposta terapeutica
  • 16. IDENTIFICAR OS SINAIS DE GRAVIDADE  Purpura : extensa e necrotica  Febre mal controlada  Alterações hemodinamicas.  Frequência cardiaca, tempo de preenchimento capilar e extremidades frias.  Alterações neurologicas: Alterações de conciência , coma, convulsões , imunodepressão.
  • 17. FISIOPATOLOGIA: eventos tárdios Ligados ao afluxo dos polynucleares, após alteração da BHE 1ºEdema cerebral de origem mista . 2ºHipertensão intra-craniana: explica a sintomatologia da meningite . (Vascularização: profundas alterações dos vasos meningeos) 3º Tromboses 4º Anoxia cerebral: alterações profundas du debito sanguineo cerebral
  • 18. Principais elementos de orientação etiologico •Idade < 5ans •Ausência de vaccinação H. influenzae •Contexto epidemiologico/contacto •Purpura N. meningitidis •ATCD :TC, cirurgia base crânio, meningite •Rinoreia, debut brutal, sinais neurologicos •Otite, sinusite ou pneumopatia associada • infecção por HIV S. pneumoniae Principais sinais de gravidade purpura fulminante coma profundo (score de glasgow < 8) Compromisso cardiorespiratoria Perreaux F, méningites purulentes de l’enfant, Méd.et enfance, 2001, 21 ; 4 : 205-7 Em favor de
  • 19. Argumentos microbiolocos  Punção lumbar +++, aspecto do LCR, Examen direto Celulas, proteinoraquia, glicoraquia Cultura, antibiograma  Hemocultura +++  Hemograma, PCR : não especificos ….Sem atrazar iniciar o tratamento
  • 20. Identificação Bacteriana A Punção lumbar é necessário  Exam direto positiva em 60 - 95 % dos casos, o resultado é rapido em1 hora  A Cultura positiva em 95 % dos casos, permite o antibiograma e serotipagem resposta em 24 h Hemocultura é muito util (60% de positividade) HC + LCR = 100% positividade
  • 21. TRATAMENTO  Curativo : - Tratamento antibiotico - Tratamento sintomatico  Preventivo : Profilaxia
  • 22. TRATAMENTO  Acesso à veia : bem fixa e vigiada  Restricção hidrica hoje dia e discutivel, (melhorar a hidratacao promovendo a circulacao sistemica e geral) ou entao 40 - 50 ml / Kg / D nos lactentes e pequenos, só si secreção inapropriada de ADH, hipertenção intra-craniana associda ao vigilância da consciência, diurese, natriemia, natriurese.
  • 23. TRATAMENTO SINTOMATICO  Antipireticos + antalgicos (conforto)  Anticonvulsivantes - Em casos de crises - Tratamento preventivo, não sistematico proposto nas crianças em risco. (antecedentes neurologicos; alterações de consciência, sindrome deficitario) gardénal ®- Fenobarbital : dose de ataque 10-15 mg / Kg, IV lento, pos manutenção oral 5 mg / Kg / D
  • 24. TRATAMENTO ANTIBIOTICO  Selectivo Todas as moleculas não são usadas  Posologia - com doses usuais : fluoroquinolonas, cotrimoxazole, chloramphénicol, fosfomycine, rifampicine - Fortes doses : peniciline G, aminopenicilinas, cephalosporines de 3ème génération, carboxypenicilinas, uréidopénicilinas, pénèmes.
  • 25.  Probabilistico  Resistance dos germes (pneumocoque, H.influenzae) a peniciline , a amoxiciline, ….. e aos outros beta- lactamicos  Em primeiro intenção - Excluir o uso da ampiciline - Recomanda-se o uso de cefalosporina da 3a geração EV TRATAMENTO ANTIBIOTICO
  • 26. Cefalosporinas de 3a geração  Large spectre de acção (Gram + e -)  Activo sobre bacterias Beta - lactamases +  Boa penetração atraves a BHE Actividade bactericide superior no LCR  Mais : (Feigin) Não há sterilisação rapido das culturas do LCR Não há amelioração da taxa dos sequelas TRATAMENTO ANTIBIOTICO
  • 27. Tratamento antibiotico: cefalosporina de 3a geração  Biterapia ficou indispensavel por causa- taxa elevada de pneumococo resistantes a penicilina (quase 50% nas meningites) em associação com  Vancomycine 60 mg/ Kg /D : sinergia in vitro, provavel in vivo  fosfomycine : boa difusão meningeal, sinergia excelente,  rifampicine : boa difusão meningeal, sinergia indiferente, acção bactericide lenta.  O uso dos aminoglicosides é controverso.
  • 28. Cefalosporinas de 3ème geração Doses habituais ou altas doses ?  As doses usuais: Cefotaxime 200mg/Kg/D, ceftriaxone 100 mg/Kg/D em monoterapia, cuidado com falha então alta doses SIM.  A altas doses cefotaxime 300 mg/Kg/D, ceftriaxone 100 – 150 mg/Kg/Dia base actuais do traitement des méningites à pneumocoque, en association initiale tolerância satisfatória
  • 29. Tratamento antibiotico (Conférence de consensus SPILFF 1996) Crianças de 3 m à 5 ans : Após exam direito-  cocci Gram - (meningococo) cefotaxime 200 mg/Kg/D, ceftriaxone 100 mg/Kg/D) ou amoxicilina inj.  diplococos Gram + (pneumocoque) : associação Cefotaxime 300 mg/ Kg/D en 4 injecções Vancomycine 60 mg/Kg/D en 4 perf. de 1 H  bacilles Gram – (H.influenzae) Cefotaxime 200mg/Kg/D, Ceftriaxone 100mg/Kg/D.
  • 30. Meningite purulenta comunitaria C3G + Amoxicilline Nao ha orientacao etiologico, so, existe sinais de gravidade C3G Elementos em favor de H. influenzae Amoxiciline inj. ou C3G Elementos em favor de N. meningitidis C3G + vancomycine Elementos em favor de S. pneumoniae C3G (Cefotaxime ou Ceftriaxone) Nao ha elementos de orientatcao etiologica, nao ha sinais de gravidade (1) Med et mal. Infect., 1996 ; 26-1
  • 31. Duração do tratamento Meningococus- 7-10 dias Haemophylus- 14 dias Pneumococus- 14- 21 dias Agente desconhecido- 10 dias
  • 32. Meningites : outras bacterias possiveis  Salmonela : ampiciline, C3G, fluoroquinolones Tratamento longo : 21 D  Stafilococo dorado :C3G – fosfomycine ou C3G – vancomycine ou rifampicine – fosfomycine  Listeria : ampiciline inj.  Anaerobios : metronidazole , com factor de risco como supuração ORL cronica, fracture de la base craniana.
  • 33. Tratamentos diversos  Hipertenção intra-craniana - Tratamento postural : 30° proclive, - Solucoes hiperosmolar como manitol 25% - Hiperventilacao- captador de pressao - Controle cirurgico si houver coleção subdural Tratar a porta de entrada como sinusite, mastoïdite… As complicacoes pos infeciosas : AINS ou ate corticoterapia
  • 34. Monitorizacao do tratamento da meningite a pneumococo  Control clínico:Temperatura, consciência, PC, exam neurologico….)  Control microbiologico indispensavel P L de control aos 48 horas.
  • 35. Corticoïdes : beneficos esperados  Diminuição da pressão intra – craniana atraves da diminução da inflamação dos meninges e diminuição do conteudo em agua do cerebro (diminuicao do edema cerebral não provado).  Modulacao das secreções dos citokines com a diminução da resposta inflamatório meningeal.  Diminuição dos sequelas auditivas (Lebel & McCracken) e neurologicos (Odio & al)(H.influenzae)
  • 36. Profilaxia : Meningites a meningocoque  Declaração obligatorio Determinação do serogrupo  Medidas profilacticas para todos os contactos rifampicine 2 x/ D, durante 2 Dias adultos : 600 mg entre 1 m e 12 anos : 10mg / Kg antes 1 m : 5mg / Kg Em caso de contra-indicação a rifampicine : spiramycine 75 000 Unidades /Kg (50 mg / Kg)
  • 37. Profilaxia : Meningites a meningocoque  Indicações - familia, camaradas proximas - o caso no fim do tratamento  Inutis na escola a desinfeção dos locais e/ou profilaxia da toda escola.  Vacinação si meningococo A ou C
  • 38. Prophylaxie : meningites a Haemophilus  Indicações Vizinhos, creche, colectividades No caso no fim do tratamento  Recomandado para sujetos de < 4 ans Rifampicine 20 mg / Kg, 1x/ D / 4 D  A Melhor prevenção e a vacinação
  • 39. Profilaxia : meningites a pneumococos  Não há profilaxia dos contactos - Sujetos a risco como o esplenectomisados, drepanocitários, imunodeprimidos… - Vacinação universel aos < 2 anos A melhor prevenção e a vacina conjugado
  • 40. Conclusões  Urgência pediatrica perigosa  Mortalidade e sequelas evidentes, a pesar da rapidez do diagnóstico, e do tratamento Apostar na prevenção: vacinação +++
  • 41. Complicações da fase aguda  Coma  Status convulsivo  Tromboses  veinosas  arteriais  Ventriculites e hidrocefalia  Coleções subdurais e empiemas
  • 42. Surdez  Frequência global 10,5%  surdez total e bilateral 5%  Enquerito num centro crianças surdas  eiologia bacteriana 6,5%  Necessidade  um apareilhagem  Implante  Educação especializada
  • 43. Sequelas a longo prazo  Epilepsia  Surdez  Problemas oculomotores  Afasia / diculdades de fala  Alterações de comportamento  Dificuldade de aprendizagem  Paralisia cerebral
  • 44. Problemas neuro-motores Bedford H & Al BMJ 2001;323:533-36  Frequência : 4.9%  hemiplegia spastica, quadriplegia, diplegia, paraplegia… : na maioria dos casos  problemas oculares e visuais 13.7%
  • 45. Problemas cognitivos Taylor & Al J Child Neurol 1998;13:113-19 Bedford H & Al BMJ 2001;323:533-36  Atrazo mental 5.1 a 19% Escola especializada necessario  Dificuldaes de aprendizagem, da leitura (palavra, linguagem) 7.5%
  • 46. Problemas cognitivos Taylor & Al J Child Neurol 1998;13:113-19 Bedford H & Al BMJ 2001;323:533-36  Alterações de comportamento Hiperactividade, fraca concentração, muito lento na escola
  • 47. Meningite a S.pneumoniae ; conclusões  Morte 10%  Sequelas a curto prazo 30% existe mesmo quanda o tratamento inicial e optimo  Sequelas neurologicos ao longo prazo 45% severas ou moderados
  • 48. CONCLUSÕES FINAIS  Sequelas Persistem apesar dum tratamento optimo Sequelas neurologicos severas ou moderados  Necessidade de seguimento longo prazo ate a escolaridade primario  Indicacões duma politica vaccinal +++