O documento discute os mitos do "nativo digital" e da capacidade de "multitarefa", questionando se estudantes nascidos na era digital realmente possuem habilidades inatas com a tecnologia. Argumenta-se que não há evidências empíricas que apoiem essas noções e que elas podem ter efeitos negativos, levando a escola a negligenciar o desenvolvimento de competências digitais.
4. Nativos Digitais
● Quando se discute inovação em educação,
o termo nativo digital sempre aparece
para ilustrar a existência de um gap
entre a prática da educação e as
competências do século 21.
● Argumenta-se que essas competências
seriam naturais entre os nativos
digitais porém não praticadas na
escola.
5. Problema
◍ A noção do estudante nativo digital e
multitarefa foi amplamente difundida
pelos meios de comunicação e "gurus",
atingindo também os formuladores de
políticas educacionais.
6. Problema
◍ Não se sustenta empiricamente 😬
◍ Apresenta efeitos negativos para os
alunos 😬
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9. Prensky (2001)
◍ Nascidos depois de 1984: nativos
digitais.
◍ Nascidos antes de 1984: imigrantes
digitais.
◍ Crítica dos autores: tese de Prensky
carece de pesquisa empírica.
11. Não relação entre idade e fluência digital
◍ Nascidos antes de 1984: características
atribuídas aos "nativos digitais".
◍ Nascidos após 1984: características dos
"imigrantes digitais".
12. Problema
Noção de nativo digital tem o efeito de
subtrair da escola a necessidade de
desenvolver as competências e habilidades
para usar tecnologia.
13. 1984 - 1989
◍ Geração de professores formada entre
1984 e 1989 não apresentou fluência
digital diferente que a dos alunos.
16. Multitarefa: pressuposto e problemas
◍ Analogia entre cérebro humano e
computador.
◍ Pessoas conseguem executar mais de uma
tarefa ao mesmo tempo quando há tarefas
que foram automatizadas.
◍ Task-Switching.
◍ Sobrecarga cognitiva.
Parágrafo 1 A noção do estudante nativo digital e multitarefa foi amplamente difundida pelos meios de comunicação e "gurus", atingindo também os formuladores de políticas educacionais.
Porém, argumenta o autor, essa noção não se sustenta empiricamente e além disso apresenta efeitos negativos para os alunos, os sistemas de ensino, e as relações de ensino e aprendizagem de modo geral.
O autor busca então apresentar evidências para questionar e problematizar essas noções.
ao final vou colocar alguns exemplos de produção de alunos. Uso de multimídia, por exemplo.
[Parágrafo 5, 6]: o que de fato sabemos sobre o conhecimento e as habilidades dessa geração (nascidos após 1984)?
email, mensagem de texto, Facebook, navegação na Internet
limitação da socialização
dificuldades para usar a tecnologia para a aprendizagem e resolução de problemas
consumo passivo e download de notas de leitura
Ubiquidade não provocou desenvolvimento de habilidades
Marketing
[parágrafo 3, 4] Na senda de Prensky: hommo zappiens (Veen and Vrakking, 2006), iGeneration (Rosen, 2007), Google Generation (Rowlands et al., 2008), App Generation (Gardner and Davis, 2013)
Autor cita também games de 8 bits
Parágrafo 10 e 11. Romero, Guitert, Sanfrà and Bullen (2013): (Hargittai & Hinnant, 2008; Hargittai, 2010)
Portanto: inverteram a tese de Prensky
[parágrafo 8]: estudo constatou uso intenso de tecnologia para entretenimento mas não para a aprendizagem: posição de consumidor prevalece (Kennedy and Fox, 2013)
A noção de "nativos digitais" ofusca a necessidade das crianças e adolescentes de suporte para desenvolver habilidades digitais
Por isso, muitos países têm considerado que a tecnologia deve ser incluída no núcleo do currículo
Currículo vê que fluência tecnológica faz parte da base curricular das competências do século 21 e dos objetivos a serem adquiridos
Parágrafo 12, 13: professores imigrantes digitais e professores nativos digitais