2. Foi em Dar-es-salaam a Agosto de 1974, que as negociações entre a FRELIMO e
o governo português, com vista a transferência de poderes para os moçambicanos
prosseguiram.
Dar-es-Salaam, é a capital da República Unida da Tanzania.
É assinado em Lusaka, o acordo de Cessar-fogo na Zâmbia, entre a FRELIMO e o
governo português em 7 de Setembro de 1974.
3. A luta armada se transformou em revolução democrática.
Com objectivo de formação do Homem Novo, com uma nova mentalidade.
Capaz de resolver os problemas imediatos da sociedade moçambicana.
O Homem era o sujeito e o objecto do trabalho educativo que se inseria no
trabalho das zonas libertadas.
A educação, inserida nas zonas libertadas, assumia, deste modo, uma função
política de:
Criar, desenvolver e consolidar uma sociedade nova.
4. Uma mentalidade nova que oriente atitudes e práticas para a construção de um
Moçambique unitário, que seja também internacionalista, económica, cultural,
política e militarmente auto-suficiente, próspero e independente.
Contribuir para a destruição da mentalidade velha, sustentada pela corrupção
colonialista.
Formar o Homem Novo livre de concepções supersticiosas e subjectivas.
Rejeitar firme e violentamente todas as tendências individualistas.
Enquadrar as massas nas tarefas da luta.
5. Criar nos alunos uma personalidade moçambicana sócio-cultural.
A assimilar criticamente as ideias e experiências de outros povos.
Criar uma consciência de responsabilidade e solidariedade colectiva, livre de todo o
individualismo e corrupção.
Criar uma nova atitude na mulher, emancipá-la na sua consciência e
comportamento e no homem um novo comportamento e mentalidade em relação à
mulher.
Desenvolver a unidade do povo moçambicano.
6. Cada um de nós deve assumir com o ensino as suas
responsabilidades revolucionárias.
A tarefa principal da educação, no ensino, nos livros de texto e programas, é
inculcar em cada um de nós a ideologia avançada, científica, objectiva, materialista,
colectiva, que nos permite progredir no processo revolucionário.
A educação deve preparar-nos a assumir a nova sociedade e as suas exigências.
O processo educativo era tema de discussão popular, ou seja, objecto de
entendimento, e que, na medida da sua inserção na comunidade, a educação
tornava-se instrumento de mobilização efectivo da revolução.