O documento descreve a formação e início da luta armada da FRELIMO em Moçambique contra o regime colonial português entre 1962-1968. A FRELIMO foi fundada em 1962 através da união de três organizações nacionalistas e declarou a insurreição geral armada contra Portugal em 1964, iniciando operações militares em quatro frentes. Após progressos iniciais, a luta se expandiu para mais províncias e zonas foram libertadas, culminando no II Congresso da FRELIMO em 1968.
2. A FRELIMO foi fundada em Dar-es-Salaam na tanzânia, em 25 de
Junho1962.
A quando de três organizações nacionalistas de base regional.
A União Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO).
A Mozambique African National Union (MANU, à maneira da KANU
do Quénia).
A União Nacional Africana de Moçambique Independente (UNAMI).
3. Fundiram-se em um movimento guerrilheiro de base ampla sob os
auspícios do presidente tanzaniano Julius Nyerere.
Eduardo Chivambo Mondlane, a recém-formada FRELIMO estabeleceu
sua sede em 1963 na cidade de Dar-es-Salaam.
Onde o reverendo Uria Simango foi o seu primeiro vice-presidente
4. Foi em Mueda, a 16 de Junho de 1960, quando um grupo de
moçambicanos dirigiu-se à administração local para, de forma pacífica,
reivindicar a liberdade e justiça social.
A resposta colonial a esta acção pacífica foi fatal onde milhares de
cidadãos foram barbaramente assassinados.
A 1963 foram enviados os três primeiros grupos de guerrilheiros para
treinos militares na Argélia, China, Egipto, Israel e a então União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).
5. Os quadros preparados no exterior Dar-esSalaam passaram a ser
envolvidos no treinamento de outros nacionalistas para o seu
engajamento na causa libertária
A FRELIMO declarou a Insurreição Geral Armada contra o regime
colonial português, a 25 de Setembro de 1964.
Pelo Presidente da FRELIMO, Dr. Eduardo Chivambo Mondlane, nos
seguintes termos
6. Em vosso nome, a FRELIMO declara hoje, solenemente, a insurreição
geral armada do povo moçambicano, contra o colonialismo Português.
Com esta declaração, os guerrilheiros da FRELIMO desencadearam
operações militares em quatro frentes, nomeadamente, Cabo Delgado,
Niassa, Tete e Zambézia.
O ataque ao Posto Administrativo de Chai na Província de Cabo Delgado
por um grupo de guerrilheiros liderados por Alberto Joaquim Chipande,
foi tomado como o acto simbólico que marcou o início da Luta Armada
de Libertação Nacional em Moçambique.
O processo de transferência de poderes que ainda decorria na Zâmbia,
levaram a Frente de Libertação de Moçambique a suspender
estrategicamente as acções militares nas províncias de Tete e Zambézia,
em 1965.
7. Nas Frentes de Niassa e Cabo Delgado a luta avançava de forma
impetuosa, permitindo a criação das primeiras Zonas Libertadas, em
1967.
Em 1968, foi realizado o II Congresso da FRELIMO, designado
“Congresso da Vitória”.
A partir de Tete, a luta progrediu de forma imparável, abrindo as Frentes
de Manica e Sofala, a região Sul e Zambézia.