Este documento discute estratégias para consolidar os conhecimentos sobre correspondências entre letras e sons no último ano do ciclo de alfabetização. Apresenta concepções sobre o desenvolvimento da escrita em crianças e atividades fundamentais para que os alunos avancem nesta área, como sistematização de correspondências fonéticas e exercícios de consciência fonológica.
3. ESCLARECIMENTOS SOBRE O
SISTEMA;
Avaliação- Informar até que data que eles devem
avaliar este encontro, pois temos menos tempo
devido ao sistema simec.
critérios para avaliação – o professor que faltar
meio período terá que ser avaliado com falta meio
período e ainda menor cumprimento das
atividades, portanto a nota ficará abaixo da
média e o professor perderá a bolsa do mês, dessa
forma não é vantagem faltar meio período.
Retomar a questão das tarefas combinadas, pois
o não envio das mesmas pelo professor, implica
na redução da nota da avaliação,
4. TAREFA ( 2º ENCONTRO)
Leitura do texto “Materiais Didáticos no Ciclo de
Alfabetização, da seção Compartilhando”, e fazer
um levantamento dos materiais descritos no
texto que estão na sua escola. (Listar os
materiais a serem usados nas turmas de 3 º Ano)
Reler o texto 1 – Planejamento do ensino:
princípios didáticos e modos de organização do
trabalho pedagógico. Refletir sobre a questão:
“Considerando os 10 princípios didáticos
apresentados, como você avalia a sua prática?
5. INICIANDO A CONVERSA
Nesta unidade, discutiremos sobre a apropriação do Sistema de
Escrita Alfabética (SEA). Entendendo que o ano 3 é o final do ciclo
de alfabetização, o foco maior do ensino será o de garantir os
processos de consolidação da alfabetização no sentido de que a
criança, ao dominar o SEA, seja capaz de produzir e ler com
autonomia textos de gêneros distintos. Contudo, é fato que
algumas crianças ainda podem necessitar, nesse momento da
escolarização, de alguma intervenção mais sistemática para
avançar na apropriação do Sistema de Escrita Alfabética. Por essa
razão, ainda traremos algumas reflexões sobre este aspecto. Para
finalizar, abordaremos o planejamento de situações didáticas
destinadas à exploração de algumas regularidades da norma
ortográfica, a fim de levar o aluno a perceber, de forma consciente,
algumas relações regulares letra/som que já estão sendo
compreendidas/percebidas por ele, à medida que vai aprendendo a
usar as letras convencionalmente. Entretanto, não se pretende
esgotar a discussão sobre ortografia, até mesmo por
compreendermos que a aprendizagem desse conhecimento
acontece, progressivamente, ao longo do ensino fundamental.
6. OS OBJETIVOS DESTE CADERNO
SÃO:
entender a concepção de alfabetização na perspectiva do
letramento, compreendendo que a aprendizagem da escrita
alfabética constitui um processo de compreensão de um
sistema de notação e não a aquisição de um código;
analisar as contribuições da teoria da psicogênese da
escrita para compreensão do processo de apropriação do
Sistema de Escrita Alfabética;
entender as relações entre consciência fonológica e
alfabetização, analisando e planejando atividades de
reflexão fonológica e gráfica de palavras, utilizando
materiais distribuídos pelo MEC;
analisar diferentes alternativas didáticas para o ensino do
Sistema de Escrita Alfabética com uso de diferentes
materiais distribuídos pelo MEC, identificando os objetivos
a elas associados.
8. DE ACORDO COM OS DIREITOS DE
APRENDIZAGEM...
Ao iniciar o Ano 3, os alunos já poderiam
ter compreendido o SEA e seu
funcionamento, neste sentido, o foco do
trabalho do Professor estaria voltado à
consolidação desse processo;
Mas não é difícil encontrarmos situações
em que o Professor se depara com alunos
chegam ao ano 3 sem o domínio do SEA.
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9. É IMPORTANTE ...
Desenvolver estratégias de trabalho que
possibilitem o avanço dessas crianças, a
fim de que, ao término do ano, estejam
pelo menos no nível Alfabético de escrita e
tenham aprendido muitas das
correspondências letra-som de nossa
língua.
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10. O PROFESSOR PRECISA SER UM
FACILITADOR DO PROCESSO DE
AQUISIÇÃO DO SEA
É importante que ele diagnostique o que a
criança já sabe sobre a escrita e que saiba
o que fazer para desenvolver uma
metodologia de ensino para propiciar o
avanço do pequeno aprendiz.
U3 – Pág. 07
11. AS CONCEPÇÕES DAS CRIANÇAS A
RESPEITO DO SISTEMA DE ESCRITA –
EMÍLIA FERREIRO
As primeiras escritas infantis aparecem do
ponto de vista gráfico como, linhas onduladas
ou quebradas (ziguezague), contínuas ou
fragmentadas ou então como uma série de
elementos discretos repetidos. A aparência
gráfica não é garantia de escrita, a menos que
se conheça as condições de produção.
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13.
14. Do ponto de vista construtivo, a escrita
infantil segue uma linha de evolução
regular, através de diversos meios
culturais, de diversas situações educativas
e diversas línguas.
15. Podem ser distinguidos três grandes
períodos no interior dos quais cabem
múltiplas subdivisões:
distinção entre o modo de representação
icônico e não-icônico: diferenciação
entre marcas gráficas figurativas e não-
figurativas.
16. a construção de formas de diferenciação
(controle progressivo das variações sobre
os eixos qualitativo e quantitativo)
Eixo quantitativo - a criança estabelece
uma quantidade mínima de letras,
geralmente 3, que uma escrita deve ter
para que diga algo.
Eixo qualitativo - a variação interna
necessária para que uma série de grafias
possa ser interpretada (se o escrito tem o
tempo todo a mesma letra, não se pode ler
ou seja, não é interpretável).
17. EXEMPLOS:
D I E L N - CADERNO
H M F S O - LIVRO
T D I C X - GIZ
18. HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA
A criança ainda não compreende que
existe relação entre a escrita e a pauta
sonora, podendo usar letras, pseudoletras,
números, rabiscos e até mesmo desenhos
para escrever.Nesta hipótese, as crianças
começam a diferenciar letras de desenhos,
de números e demais símbolos, e elaboram
representações mentais próprias sobre a
escrita Alfabética.
20. HIPÓTESE SILÁBICA
A criança estabelece uma correspondência
entre a quantidade de letras utilizadas e a
quantidade de sílabas orais das palavras,
podendo usar letras com ou sem o valor
sonoro convencional.Mesmo quando ainda
não apresentam uma escrita silábica estrita,
usando rigorosamente uma letra para cada
sílaba, algumas crianças, apesar de não
anteciparem quantas letras irão usar ao
escrever, tentam ajustar com a pauta sonora
e realizam correspondências som- grafia no
início e final das palavras.
22. Os conflitos vão desestabilizando
progressivamente a hipótese
silábica, até que a criança tem
coragem suficiente para se
comprometer em um novo processo
de construção.
23. O período silábico-alfabético marca
a transição entre os esquemas prévios
em via de serem abandonados e os
esquemas futuros em vias de serem
construídos.
25. HIPÓTESE SILÁBICO -
ALFABÉTICA
A criança começa a perceber que
uma única letra não é suficiente
para registrar as sílabas e recorre,
simultaneamente, às hipótese
Silábica e Alfabética, isto é, ora usa
apenas uma letra para notar as
sílabas orais das palavras, ora
utiliza mais de uma letra,
estabelecendo relação entre fonema e
grafema.
26. E a partir daí descobre novos
problemas: quantitativo (não basta
uma letra por sílaba, não se pode
estabelecer nenhuma regularidade
duplicando a quantidade de letras).
Qualitativo:enfrentará problemas
ortográficos (a identidade de som não
garante identidade de letras, nem a
de letras a de sons).
27. HIPÓTESE ALFABÉTICA
A criança compreende que se escreve com
base em uma correspondência entre sons
menores que as sílabas (fonemas) e
grafemas.Nesta hipótese, o aprendiz passa
a compreender que para som pronunciado
é necessário uma ou mais letras para
notá-lo, mesmo que inicialmente, ainda
não tenha se apropriado de muitíssimos
casos de regularidade e irregularidade da
norma Ortográfica.
29. BIBLIOGRAFIA
Ferreiro, Emilia .”Reflexões sobre a
Alfabetização” .São Paulo: Cortez, 1981.
Ferreiro, Emilia & Teberosky, Ana. A psicogênese
da língua escrita.Porto Alegre: Artes Médicas,
1984
30. PRINCÍPIOS QUE NECESSITAM SER
COMPREENDIDOS/DOMINADOS PELA
CRIANÇA PARA QUE SE APROPRIEM DA
ESCRITA
1. Escreve-se com letras que não podem ser
inventadas, que têm um repertório finito e que
são diferentes de números e de outros símbolos.
2. As letras têm formatos fixos e pequenas
variações produzem mudanças em sua identidade
(p, q, b, d), embora uma letra assuma formatos
variados (P, p, P, p).
31. 3. A ordem das letras no interior da palavra não
pode ser mudada.
4. Uma letra pode se repetir no interior de uma
palavra e em diferentes palavras, ao mesmo
tempo em que distintas palavras compartilham
as mesmas letras.
5.Nem todas as letras podem ocupar certas
posições no interior das palavras e nem todas as
letras podem vir juntas de quaisquer outras.
32. 6. As letras notam ou substituem a pauta sonora
das palavras que pronunciamos e nunca levam em
conta as características físicas ou funcionais dos
referentes que substituem.
7. As letras notam segmentos sonoros menores que
as sílabas orais que pronunciamos.
8. As letras têm valores sonoros fixos, apesar de
muitas terem mais de um valor sonoro e certos
sons poderem ser notados com mais de uma letra.
33. 9. Além de letras, na escrita de palavras, usam-se,
também, algumas marcas (acentos) que podem
modificar a tonicidade ou o som das letras ou
sílabas onde aparecem.
10. As sílabas podem variar quanto às combinações
entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC,
V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura
predominante no português é a sílaba CV
(consoante –vogal), e todas as sílabas do
português contêm, ao menos, uma vogal.
U3 – Pág.08
34. ANÁLISE DE ESCRITAS
Solicitar que ao analisar as escritas considerem:
o eixo quantitativo;
o eixo qualitativo;
letras fora de ordem com valor sonoro;
o que a criança nos informa ao escrever;
se utiliza letras do próprio nome;
identifique se existe regularidades presentes nessas
escritas.
Qual é a hipótese de escrita dessa criança?
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45. INFELIZMENTE...
Em algumas salas de aula, o ensino das
relações som- grafia tem ficado em
segundo plano.Para alguns docentes,
existe uma questionável compreensão de
que ter momentos dedicados ao ensino
daqueles temas pode significar uma
abordagem tradicional de Alfabetização.
U3 - Pág. 08
47. DESSE MODO, A CONCEPÇÃO
CONSTRUTIVISTA DE
ALFABETIZAÇÃO...
Levou a uma mudança do foco da discussão
sobre a Alfabetização, antes reduzida a “como
ensinar”, para uma melhor compreensão da
construção do conhecimento pelo aluno e suas
implicações na prática educativa.A partir
dessa abordagem passou-se a questionar
sobre “o como fazer”, o “por que fazer” e
o “para que fazer”, levando –se em
consideração como o aluno processa o
conhecimento sobre o SEA e como o
Professor pode intervir nessa situação.
U3 – Pág.09
48. ATIVIDADES FUNDAMENTAIS PARA QUE
OS ALUNOS AVANCEM NOS SEUS
CONHECIMENTOS SOBRE AS RELAÇÕES
SOM- GRAFIA:
1-Atividades envolvendo a
sistematização das correspondências
som- grafia.
2-Atividades envolvendo a consciência
fonológica.
3-Atividades para desenvolver a
fluência de leitura.
U3- Pág. 09
50. 1- ATIVIDADES ENVOLVENDO A
SISTEMATIZAÇÃO DAS
CORRESPONDÊNCIAS SOM- GRAFIA
Algumas atividades podem permitir aos alunos
pensarem nas letras e nos sons que estas notam,
sem que tais exercícios se voltem para as
questões da norma ortográfica, permitindo que o
aluno volte sua atenção para as similaridades e
diferenças nas relações letra/som, no momento da
escrita ou leitura das palavras, como por
exemplo, atividades que envolvem a escrita de
palavras que iniciam com uma determinada
letra ou sílaba.
U3 – Pág. 10
51. ATIVIDADES QUE PODEM AJUDAR OS
ALUNOS A PENSAREM NA SEQUÊNCIA DE
LETRAS QUE SERÃO UTILIZADAS:
Cruzadinhas;
Caça – palavras;
Exploração da ordem Alfabética;
Escrita de palavras com o uso do alfabeto móvel,
silabário e de textos que permitam a reflexão de
uma determinada letra ou sílaba (trava-lìnguas,
parlendas, cantigas);
Jogos envolvendo leitura e escrita de palavras ex.
“Quem sou eu”.
U3 – Pág. 10
52. Atividades de composição e decomposição
de palavras.
Atividades de montagem de textos que
foram trabalhados em sala ( palavras,
frases).
Escrita de palavras que possuam uma
determinada letra (adedonha, lista de
palavras).
U3 – Pág. 10
53. 2- ATIVIDADES ENVOLVENDO A
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
“a consciência fonológica é um conjunto de
habilidades metalinguísticas que permitem
refletir sobre os segmentos sonoros das palavras
em diferentes níveis:silábico, intra silábico e
fonêmico.
As atividades auxiliam tanto os alunos que ainda
não compreenderam que existe relação entre a
escritas e a pauta sonora, como para os alunos
que já compreenderam o SEA, mas apresentam
dificuldades em estabelecer relação som grafia.
U3 – Pág. 11
54. Jogos que desenvolvem a consciência
fonológica:Bingo dos Sons iniciais, Caça-
rimas, Dado Sonoro, Trinca Mágica.
Atividades que trabalham diferentes habilidades
em diferentes níveis das palavras, como por
exemplo:identificar, adicionar, subtrair e
produzir unidades similares de diferentes
palavras.
U3- Pág. 12
55. Atividades de exploração de textos que
trabalham o extrato sonoro da língua (cantigas
de roda, parlendas, trava- línguas, textos
poéticos) permitem aos alunos explorarem
palavras que apresentam sons parecidos, bem
como sobre algumas letras e seus valores
sonoros.
U3 – Pág.12
56. 3- ATIVIDADES PARA
DESENVOLVER FLUÊNCIA DE
LEITURA
Leitura livre ou em pequenos grupos com gêneros
diversos em que a Professora pode organizar um
Cantinho de Leitura, com variados textos
(disponibilizar um horário dentro da rotina).
Escolher o livro e ler para os colegas em
pequenos ou no grande grupo,ouvir leitura pelo
professor, realizar pesquisas.
U3 – Pág. 14
57. Recital de Poemas.
Hora da Notícia ou da reportagem.
U3 – Pág. 15
58. 4-ATIVIDADES ENVOLVENDO
LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO
É importante destacarmos que a reflexão sobre o
SEA não pode estar distanciada das atividades
de leitura e produção de texto.Um bom recurso
didático para conciliar os diferentes eixos são as
“Obras complementares”.
U3- Pág. 15
59. Sobre as letras do Alfabeto e reflexão sobre as
correspondências som/grafia (exs de obras:
Adedonha, Alfabeto de Histórias, ABC
doido, o Jogo das palavras.
Reflexão sobre as semelhanças sonoras das
palavras a partir de textos que exploram rimas,
aliterações, repetições de palavras como a obra:
Bicho que te quero livre , Jogo da Parlenda
e Um sapo dentro do saco.
U3 – Pág. 16
60. Sobre o vocabulário (formação de palavras,
reflexão sobre significados de palavras ou
expressões, ex. Falando pelos cotovelos, Zig, Zag
e As paredes têm ouvidos.
Recursos linguísticos utilizados para a construção
da textualidade (onomatopéias, repetição de
frases e expressão ao longo do texto e presença de
textos cumulativos), como por ex. PLOC e
Choro e Choradeira: risos e risadas.
U3 – Pág. 16
66. VÍDEO EM DEBATE
Ortografia na sala de aula - partes 1 e 2
(disponível em www.ufpe.br/ceel)
67. ESTUDO
Texto 2: O ensino da ortografia no 3º ano do 1º
ciclo –: o que devemos propor aos alunos no
“último” ano da alfabetização?
68. ANÁLISE DE ATIVIDADES DE
ORTOGRAFIA NO LIVRO DIDÁTICO.
O que esta atividade ensina?
Qual é o desafio que ela apresenta?
É uma atividade que apresenta reflexão para os
alunos?
Para qual aluno serve esta atividade?
69. TAREFA
Analisar as atividades do livro didático utilizado na
sala de aula e adequar conforme as propostas
estudadas;
Estudo do capítulo 03 do livro “Ortografia: Ensinar e
Aprender” – Artur Gomes de Morais.
Próximo encontro: 31 de agosto de 2013