SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 38
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA
DE ESCRITAALFABÉTICA E
A CONSOLIDAÇÃO DO
PROCESSODE
ALFABETIZAÇÃO
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
1. Apropriação do sistema de
escrita alfabética pelas crianças:
Que caminhos percorrem?
Como podemos auxiliá-las em
suas trajetórias de aprendizagem?
Artur Gomes de Morais
Tânia Maria S.B. Rios Leite
Carolina Figueiredo de Sá
Ana Cláudia R. Gonçalves Pessoa
COMO
APRENDEM
ENSINO E
INTERVENÇÃO
1.2 Alguns princípios do Sistema de
Escrita Alfabética (SEA)
S
E
A
MERO CÓDIGO
SISTEMA
NOTACIONAL
- Mero Código
Como ensinar a
Língua Escrita
Trabalho Cognitivo e
Conceitual
O que é que as
letras notam?
Como as
letras notam
As crianças formulam ideias
variadas sobre a SEA
Como as crianças
aprendem o SEA
Métodos e
Processos
“[...] a escrita é um sistema notacional
(FERREIRO, 1985, MORAIS, 2005), ou
seja, é constituído de regras próprias e
princípios abstratos e seu aprendizado
implica um processo cognitivo
complexo e conceitual por parte do
aprendiz” (BRASIL, 2012, p. 10).
Propriedades do SEA:
o que o aprendiz precisa
reconstruir para se tornar
alfabetizado
(MORAIS, 2012 apud BRASIL, 2012, p. 11)
1) Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas, que têm
um repertório finito e que são diferentes de números e de outros
símbolos.
Ex: A escrita da palavra bola não pode ser inventada ou escrita com números e
outros símbolos
BOLA  % Ѯ Ѫ 5 ۞= BOLA?
Sugestão de atividades: leve para a sala de aula palavras escritas com outros
símbolos ou números e peçam as crianças para ler. Ou então, peça que escrevam
palavras usando outros símbolos, troquem entre si, e tentem ler. A reflexão sobre
a atividade, com os alunos, é sempre indispensável.
TENTE LER:
‫جس‬ ،‫ہے‬ ‫گا‬ ‫جائے‬ ‫رکھا‬ ‫ریکارڈ‬ ‫کا‬ ‫وزٹرز‬ ‫کے‬ ‫سکتا‬ ‫جا‬ ‫کیا‬ ‫نہیں‬ ‫ایجاد‬ ‫جو‬ ‫خط‬ ‫یہ‬
‫ہیں‬ ‫عالمات‬ ‫دیگر‬ ‫اور‬ ‫تعداد‬ ‫مختلف‬ ‫میں‬ ‫جس‬ ‫اور‬ ‫ہے‬ ‫رنگمنڈل‬ ‫محدود‬ ‫ایک‬ ‫میں‬
2) As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem
mudanças na identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma
letra assuma formatos variados (P, p, P, p).
A letra P será sempre “P”, e se mudar o sentido e a direção de sua
grafia não será mais a letra “P”.
Sugestão de atividade: peça aos alunos que troquem as letras d, q, b
e p, em palavras para ver o que acontece:
bola pola, dola, qola
documento  pocumento, bocumento, qocumento
A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre indispensável.
Existem
no SEA?
3) A ordem das letras no interior da palavra não pode ser
mudada.
Ex. GATO AGTO ATOG GAOT  é possível de ser lido? Há
sentido dentro do SEA? Existem dentro do SEA?
4) Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em
diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas palavras
compartilham as mesmas letras.
Ex. ELEFANTE ELEGANTE BELEZA
A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre
indispensável.
5) Nem todas as letras podem ocupar certas posições no
interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas de
quaisquer outras.
6) As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que
pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou
funcionais dos referentes que substituem.
O signo carro é composto
De um significante De um significado
Fônico: [KaRu]
Gráfico:CARRO
Veículo de transporte
7) As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas
orais que pronunciamos.
Ex.: Apto ( a – pi - to ) Técnica ( te – ki – ni - ca) Afta ( a – fi – ta )
8) As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem
mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados com
mais de uma letra.
9) As sílabas podem variar quanto às combinações entre
consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC,
CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a
sílaba CV (consoante-vogal), e todas as sílabas do português
contêm, ao menos, uma vogal.
1.3 O percurso das crianças para compreenderem o
SEA e possíveis intervenções didáticas dos professores
As crianças elaboram hipóteses originais e
coerentes sobre o sistema de escrita no
decorrer de sua alfabetização.
Escrita espontânea  Similaridades
Períodos da Construção do SEA pelas
crianças (FERREIRO; THEBEROSKY,
1986)
Alfabético
Silábico -
alfabético
Silábico
Pré-
silábico
E
T
A
P
A
S
D
O
P
R
O
C
E
S
S
O
Pré-
silábico
-A criança ainda não entende que a escrita
registra a sequência de “pedaços sonoros” das
palavras;
- num momento muito inicial, a criança, ao
distinguir desenho de escrita, começa a produzir
rabiscos, bolinhas e garatujas que ainda não são
letras;
-à medida que vai observando as palavras ao seu
redor (e aprendendo a reproduzir seu nome próprio
ou outras palavras), ela passa a usar letras, mas
sem estabelecer relação entre elas e as partes
orais da palavra que quer escrever. Ou seja,
ainda não compreende que o que a escrita
representa (nota) são os sons da fala e não os
próprios objetos com suas características.
Pré-
silábico
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
-pode, inclusive, apresentar o que alguns estudiosos
chamaram de realismo nominal, que a leva a pensar
que coisas grandes (casa, carro, boi) seriam escritas
com muitas letras, ao passo que coisas pequenas
(formiguinha, por exemplo) seriam escritas com
poucas letras.
Pré-
silábico
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Pré-
silábico
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
A criança cria duas hipóteses absolutamente
originais:
- a hipótese de quantidade mínima, segundo a qual
é preciso ter no mínimo 3 (ou 2) letras para que algo
possa ser lido; e
- a hipótese de variedade, ao descobrir que, para
escrever palavras diferentes, é preciso variar a
quantidade e a ordem das letras que usa, assim como
o próprio repertório de letras que coloca no papel.
Silábico
Silábico
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
-a criança descobre que o que coloca no papel tem a
ver com as partes orais que pronuncia, ao falar as
palavras. Ingressa, assim, no período denominado
por Ferreiro de “fonetização” da escrita
(FERREIRO, 1985).
- num momento de transição inicial, a criança ainda
não planeja, cuidadosamente, quantas e quais letras
vai colocar para cada palavra, mas demonstra que
está começando a compreender que a escrita
nota a pauta sonora das palavras, porque, ao ler o
que acabou de escrever, busca fazer coincidir as
sílabas orais que pronuncia com as letras que
colocou no papel, de modo a não deixar que sobrem
letras (no que escreveu).
Silábico
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
As escritas silábicas estritas seguem uma regra
exigente: uma letra para cada sílaba pronunciada. Tais
escritas podem ser de dois tipos:
- silábicas quantitativas ou “sem valor sonoro”,
nas quais a criança tende a colocar, de forma rigorosa,
uma letra para cada sílaba pronunciada, mas, na
maior parte das vezes, usa letras que não
correspondem a segmentos das sílabas orais da
palavra escrita.
- silábicas qualitativas ou “com valor sonoro”, nas
quais a criança se preocupa não só em colocar uma
letra para cada sílaba da palavra que está escrevendo,
mas coloca letras que correspondem a sons contidos
nas sílabas orais daquela palavra.
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
Silábico-
alfabético
APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A
CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO
Silábico-
alfabética
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
-um novo e enorme salto qualitativo ocorre e a
criança começa a entender que o que a escrita
nota ou registra no papel tem a ver com os
pedaços sonoros das palavras, mas que é preciso
“observar os sonzinhos no interior das sílabas”.
-começa, assim, a compreender, da mesma forme
que os indivíduos já alfabetizados, o como a escrita
nota a fala, percebendo que as letras representam
sons menores que as sílabas, embora ainda oscile
entre registrá-las com apenas uma letra (hipótese
silábica) e registrá-las observando as relações entre
grafemas-fonemas (hipótese alfabética).
Alfabético
Alfabética
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
-as crianças escrevem com muitos erros
ortográficos, mas já seguindo o princípio de que
a escrita nota, de modo exaustivo, a pauta sonora
das palavras, colocando letras para cada um dos
“sonzinhos” que aparecem em cada sílaba, pois
acreditam que a escrita é a transcrição exata
da fala.
-é apenas nesta fase que as crianças devem
começar a refletir de forma sistemática sobre
as convenções ortográficas, assim como só a
partir daí é que se recomenda a escrita
frequente em letra cursiva.
Alfabética
C
A
R
A
C
T
E
R
Í
S
T
I
C
A
S
“Devemos estar alertas, no entanto, para o fato de
que ter alcançado uma hipótese alfabética não é
sinônimo de estar alfabetizado. Se já
compreendeu como o SEA funciona, a criança tem
agora que dominar as convenções som-grafia de
nossa língua. A consolidação da alfabetização,
direito de aprendizagem a ser assegurado nos
segundo e terceiro anos do primeiro ciclo, é o que
vai permitir que nossas crianças leiam e produzam
pequenos textos, com autonomia [...]” (BRASIL,
2012, p. 19, grifos nossos).
1.4 Consciência fonológica: o que é?
Qual sua importância para a alfabetização?
“A consciência fonológica é um vasto conjunto de
habilidades que nos permitem refletir sobre as
partes sonoras das palavras e manipulá-las
intencionalmente” (FREITAS, 2004; MORAIS e
LEITE, 2005 apud BRASIL, 2012, p. 20, grifo
nosso).
Exemplos de habilidades:
-Observar que a palavra “janela” tem 3 “pedaços” (sílabas), que a
palavra “casa” tem 2 “pedaços” e que, portanto, a primeira palavra é
maior;
-Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (gato, bode, galho e mola),
que as palavras gato e galho são as que “começam parecido”, porque
começam com /ga/;
-Falar cavalo, quando lhe pedimos que diga uma palavra começada
com o mesmo pedaço que aparece no início da palavra casa;
-Identificar que no interior das palavras serpente e camaleão há outras
palavras (pente, leão, cama);
-Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (chupeta, galinha, panela,
varinha), que as palavras galinha e varinha terminam parecido, isto é,
rimam;
-Falar palavras como caminhão ou macarrão, quando lhe pedimos
que diga uma palavra que rime com feijão;
- Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (vestido, martelo, vampiro,
coruja), que as palavras vestido e vampiro são as que começam
parecido, porque começam “com o mesmo sonzinho”.
As
habilidades
de
consciência
fonológica se
diferenciam
quanto:
Tipo de
operação
cognitiva
Tipo de
segmento
sonoro
envolvido
Posição das
partes
sonoras no
interior da
palavra
“[...] não devemos nunca reduzir consciência
fonológica a consciência sobre os fonemas das
palavras. Na realidade, diferentes pesquisas
(MORAIS, 2004; AZEVEDO; MORAIS, 2011) têm
demonstrado que mesmo crianças já alfabetizadas
(inclusive por métodos fônicos) são praticamente
incapazes de segmentar palavras dizendo um a um
seus fonemas ou, inversamente, recompor uma
palavra sintetizando seus fonemas escutados
sequencialmente um a um” (BRASIL, 2012, p. 21).
Referências
AZEVEDO, Silvia S.; MORAIS, Artur Gomes. Conhecimentos fonêmicos de
crianças concluindo a alfabetização. Monografia (Especialização em
Alfabetização) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
BRASIL, Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Diretrizes
Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo. Brasília: MEC,
2002.
BRASIL, Ministério da Educação, Cadernos Pedagógicos do ProJovem Campo –
Saberes da Terra. Brasília: MEC/SECAD, 2008.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985.
FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1986.
FREITAS, G. C. M. Sobre a consciência fonológica. In: LAMPRECHT, R.
Aquisição fonológica do português. Porto Alegre: Artmed, 2004.
LEAL, Telma F.; MORAIS, Artur. O aprendizado do sistema de escrita alfabética:
uma tarefa complexa, cujo funcionamento precisamos compreender. In: LEAL,
T.F.; ALBUQUERQUE, E.B.C.; MORAIS, A.G. Alfabetizar letrando na EJA:
fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
MORAIS, Artur Gomes. Se a escrita alfabética é um sistema notacional (e não um
código), que implicações isto tem para a alfabetização? In: MORAIS, Artur
Gomes, ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia e LEAL, Telma Ferraz (Orgs.).
Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte:
Autêntica, 2005.
MORAIS, Artur Gomes. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo:
Melhoramentos, 2012.
MORAIS, Artur Gomes. A apropriação do sistema de notação alfabética e o
desenvolvimento de habilidades de reflexão fonológica. In: Letras de Hoje. Porto
Alegre, 2004.
MORAIS, Artur Gomes; LEITE, Tânia Maria Rios. Como promover o
desenvolvimento das habilidades de reflexão fonológica dos alfabetizandos? In:
MORAIS, Artur Gomes, ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia e LEAL,
Telma Ferraz (Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética.
Belo Horizonte: Autêntica, 2005.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:
Autêntica, 1998.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 10 principios- Sistema de Escrita Alfabética - Alfabetização.ppt

Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita AlfabéticaUnidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita AlfabéticaElaine Cruz
 
PNAIC - Ano 1 unidade 3
PNAIC - Ano 1   unidade 3PNAIC - Ano 1   unidade 3
PNAIC - Ano 1 unidade 3ElieneDias
 
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA Claudio Pessoa
 
Apresentação da iv formação sea luciana
Apresentação da iv formação   sea lucianaApresentação da iv formação   sea luciana
Apresentação da iv formação sea lucianaHeloiza Moura
 
Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?
Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?
Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?Mara Magalhaes
 
alfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdfalfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdfisraelf3
 
A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...
A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...
A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...Solange Goulart
 
Apresentação da iv formação sea luciana
Apresentação da iv formação   sea lucianaApresentação da iv formação   sea luciana
Apresentação da iv formação sea lucianaHeloiza Moura
 
Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A Aprendizagem ...
Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A  Aprendizagem ...Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A  Aprendizagem ...
Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A Aprendizagem ...Solange Goulart
 
Ens fund gabriela_apres
Ens fund gabriela_apresEns fund gabriela_apres
Ens fund gabriela_apresRosi Whindson
 
Hipóteses Alfabética.pptx
Hipóteses Alfabética.pptxHipóteses Alfabética.pptx
Hipóteses Alfabética.pptxEdileneBarbosa18
 
A consolidação das correspondências letra – som no (1)
A consolidação das correspondências letra – som no (1)A consolidação das correspondências letra – som no (1)
A consolidação das correspondências letra – som no (1)miesbella
 
Fabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julho
Fabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julhoFabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julho
Fabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julhoFabiana Esteves
 
Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013Andreá Perez Leinat
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Marcia Prudencio
 
Consciencia fonológica
Consciencia fonológicaConsciencia fonológica
Consciencia fonológicaBete Feliciano
 
Análise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabéticaAnálise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabéticaAnanda Lima
 

Semelhante a 10 principios- Sistema de Escrita Alfabética - Alfabetização.ppt (20)

Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita AlfabéticaUnidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
Unidade 3 - PNAIC - Sistema de Escrita Alfabética
 
PNAIC - Ano 1 unidade 3
PNAIC - Ano 1   unidade 3PNAIC - Ano 1   unidade 3
PNAIC - Ano 1 unidade 3
 
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
SISTEMA DE ESCRITA ALFABÉTICA - SEA
 
Apresentação da iv formação sea luciana
Apresentação da iv formação   sea lucianaApresentação da iv formação   sea luciana
Apresentação da iv formação sea luciana
 
Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?
Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?
Por que o alfabeto é um sistema notacional e não um código?
 
alfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdfalfabetizacao_letramento.pdf
alfabetizacao_letramento.pdf
 
A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...
A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...
A apropriação do sistema de escrita alfabético e consolidação do processo de ...
 
Pacto nacional unidade 3 ano 1
Pacto nacional unidade 3 ano 1Pacto nacional unidade 3 ano 1
Pacto nacional unidade 3 ano 1
 
Apresentação da iv formação sea luciana
Apresentação da iv formação   sea lucianaApresentação da iv formação   sea luciana
Apresentação da iv formação sea luciana
 
Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A Aprendizagem ...
Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A  Aprendizagem ...Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A  Aprendizagem ...
Sétimo encontro do PNAIC -Quadro de rotina . Oitavo encontro A Aprendizagem ...
 
Ens fund gabriela_apres
Ens fund gabriela_apresEns fund gabriela_apres
Ens fund gabriela_apres
 
Alfabetizao métodos
Alfabetizao   métodosAlfabetizao   métodos
Alfabetizao métodos
 
Hipóteses Alfabética.pptx
Hipóteses Alfabética.pptxHipóteses Alfabética.pptx
Hipóteses Alfabética.pptx
 
A consolidação das correspondências letra – som no (1)
A consolidação das correspondências letra – som no (1)A consolidação das correspondências letra – som no (1)
A consolidação das correspondências letra – som no (1)
 
Fabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julho
Fabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julhoFabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julho
Fabi esteves quarto encontro pnaic 13 de julho
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
 
Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013Consciência fonologica revisto_abril_2013
Consciência fonologica revisto_abril_2013
 
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
Conscincia fonolgica revisto_abril_2013
 
Consciencia fonológica
Consciencia fonológicaConsciencia fonológica
Consciencia fonológica
 
Análise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabéticaAnálise da escrita alfabética
Análise da escrita alfabética
 

Último

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdflucassilva721057
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfFernandaMota99
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxBeatrizLittig1
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.pptErnandesLinhares1
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 

Último (20)

Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdfNoções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
Noções de Farmacologia - Flávia Soares.pdf
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdfAula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
Aula de História Ensino Médio Mesopotâmia.pdf
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docxMapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
Mapa mental - Classificação dos seres vivos .docx
 
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppthistoria Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
historia Europa Medieval_7ºano_slides_aula12.ppt
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 

10 principios- Sistema de Escrita Alfabética - Alfabetização.ppt

  • 1. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO
  • 2. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO 1. Apropriação do sistema de escrita alfabética pelas crianças: Que caminhos percorrem? Como podemos auxiliá-las em suas trajetórias de aprendizagem? Artur Gomes de Morais Tânia Maria S.B. Rios Leite Carolina Figueiredo de Sá Ana Cláudia R. Gonçalves Pessoa COMO APRENDEM ENSINO E INTERVENÇÃO
  • 3. 1.2 Alguns princípios do Sistema de Escrita Alfabética (SEA)
  • 4. S E A MERO CÓDIGO SISTEMA NOTACIONAL - Mero Código Como ensinar a Língua Escrita Trabalho Cognitivo e Conceitual O que é que as letras notam? Como as letras notam As crianças formulam ideias variadas sobre a SEA Como as crianças aprendem o SEA Métodos e Processos
  • 5. “[...] a escrita é um sistema notacional (FERREIRO, 1985, MORAIS, 2005), ou seja, é constituído de regras próprias e princípios abstratos e seu aprendizado implica um processo cognitivo complexo e conceitual por parte do aprendiz” (BRASIL, 2012, p. 10).
  • 6. Propriedades do SEA: o que o aprendiz precisa reconstruir para se tornar alfabetizado (MORAIS, 2012 apud BRASIL, 2012, p. 11)
  • 7. 1) Escreve-se com letras, que não podem ser inventadas, que têm um repertório finito e que são diferentes de números e de outros símbolos. Ex: A escrita da palavra bola não pode ser inventada ou escrita com números e outros símbolos BOLA  % Ѯ Ѫ 5 ۞= BOLA? Sugestão de atividades: leve para a sala de aula palavras escritas com outros símbolos ou números e peçam as crianças para ler. Ou então, peça que escrevam palavras usando outros símbolos, troquem entre si, e tentem ler. A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre indispensável. TENTE LER: ‫جس‬ ،‫ہے‬ ‫گا‬ ‫جائے‬ ‫رکھا‬ ‫ریکارڈ‬ ‫کا‬ ‫وزٹرز‬ ‫کے‬ ‫سکتا‬ ‫جا‬ ‫کیا‬ ‫نہیں‬ ‫ایجاد‬ ‫جو‬ ‫خط‬ ‫یہ‬ ‫ہیں‬ ‫عالمات‬ ‫دیگر‬ ‫اور‬ ‫تعداد‬ ‫مختلف‬ ‫میں‬ ‫جس‬ ‫اور‬ ‫ہے‬ ‫رنگمنڈل‬ ‫محدود‬ ‫ایک‬ ‫میں‬
  • 8. 2) As letras têm formatos fixos e pequenas variações produzem mudanças na identidade das mesmas (p, q, b, d), embora uma letra assuma formatos variados (P, p, P, p). A letra P será sempre “P”, e se mudar o sentido e a direção de sua grafia não será mais a letra “P”. Sugestão de atividade: peça aos alunos que troquem as letras d, q, b e p, em palavras para ver o que acontece: bola pola, dola, qola documento  pocumento, bocumento, qocumento A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre indispensável. Existem no SEA?
  • 9. 3) A ordem das letras no interior da palavra não pode ser mudada. Ex. GATO AGTO ATOG GAOT  é possível de ser lido? Há sentido dentro do SEA? Existem dentro do SEA? 4) Uma letra pode se repetir no interior de uma palavra e em diferentes palavras, ao mesmo tempo em que distintas palavras compartilham as mesmas letras. Ex. ELEFANTE ELEGANTE BELEZA A reflexão sobre a atividade, com os alunos, é sempre indispensável.
  • 10. 5) Nem todas as letras podem ocupar certas posições no interior das palavras e nem todas as letras podem vir juntas de quaisquer outras.
  • 11. 6) As letras notam ou substituem a pauta sonora das palavras que pronunciamos e nunca levam em conta as características físicas ou funcionais dos referentes que substituem. O signo carro é composto De um significante De um significado Fônico: [KaRu] Gráfico:CARRO Veículo de transporte
  • 12. 7) As letras notam segmentos sonoros menores que as sílabas orais que pronunciamos. Ex.: Apto ( a – pi - to ) Técnica ( te – ki – ni - ca) Afta ( a – fi – ta ) 8) As letras têm valores sonoros fixos, apesar de muitas terem mais de um valor sonoro e certos sons poderem ser notados com mais de uma letra.
  • 13. 9) As sílabas podem variar quanto às combinações entre consoantes e vogais (CV, CCV, CVV, CVC, V, VC, VCC, CCVCC...), mas a estrutura predominante no português é a sílaba CV (consoante-vogal), e todas as sílabas do português contêm, ao menos, uma vogal.
  • 14. 1.3 O percurso das crianças para compreenderem o SEA e possíveis intervenções didáticas dos professores As crianças elaboram hipóteses originais e coerentes sobre o sistema de escrita no decorrer de sua alfabetização. Escrita espontânea  Similaridades Períodos da Construção do SEA pelas crianças (FERREIRO; THEBEROSKY, 1986)
  • 17.
  • 18. -A criança ainda não entende que a escrita registra a sequência de “pedaços sonoros” das palavras; - num momento muito inicial, a criança, ao distinguir desenho de escrita, começa a produzir rabiscos, bolinhas e garatujas que ainda não são letras; -à medida que vai observando as palavras ao seu redor (e aprendendo a reproduzir seu nome próprio ou outras palavras), ela passa a usar letras, mas sem estabelecer relação entre elas e as partes orais da palavra que quer escrever. Ou seja, ainda não compreende que o que a escrita representa (nota) são os sons da fala e não os próprios objetos com suas características. Pré- silábico C A R A C T E R Í S T I C A S
  • 19. -pode, inclusive, apresentar o que alguns estudiosos chamaram de realismo nominal, que a leva a pensar que coisas grandes (casa, carro, boi) seriam escritas com muitas letras, ao passo que coisas pequenas (formiguinha, por exemplo) seriam escritas com poucas letras. Pré- silábico C A R A C T E R Í S T I C A S
  • 20. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO Pré- silábico C A R A C T E R Í S T I C A S A criança cria duas hipóteses absolutamente originais: - a hipótese de quantidade mínima, segundo a qual é preciso ter no mínimo 3 (ou 2) letras para que algo possa ser lido; e - a hipótese de variedade, ao descobrir que, para escrever palavras diferentes, é preciso variar a quantidade e a ordem das letras que usa, assim como o próprio repertório de letras que coloca no papel.
  • 22.
  • 23. Silábico C A R A C T E R Í S T I C A S -a criança descobre que o que coloca no papel tem a ver com as partes orais que pronuncia, ao falar as palavras. Ingressa, assim, no período denominado por Ferreiro de “fonetização” da escrita (FERREIRO, 1985). - num momento de transição inicial, a criança ainda não planeja, cuidadosamente, quantas e quais letras vai colocar para cada palavra, mas demonstra que está começando a compreender que a escrita nota a pauta sonora das palavras, porque, ao ler o que acabou de escrever, busca fazer coincidir as sílabas orais que pronuncia com as letras que colocou no papel, de modo a não deixar que sobrem letras (no que escreveu).
  • 24. Silábico C A R A C T E R Í S T I C A S As escritas silábicas estritas seguem uma regra exigente: uma letra para cada sílaba pronunciada. Tais escritas podem ser de dois tipos: - silábicas quantitativas ou “sem valor sonoro”, nas quais a criança tende a colocar, de forma rigorosa, uma letra para cada sílaba pronunciada, mas, na maior parte das vezes, usa letras que não correspondem a segmentos das sílabas orais da palavra escrita. - silábicas qualitativas ou “com valor sonoro”, nas quais a criança se preocupa não só em colocar uma letra para cada sílaba da palavra que está escrevendo, mas coloca letras que correspondem a sons contidos nas sílabas orais daquela palavra.
  • 25. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO Silábico- alfabético
  • 26. APROPRIAÇÃO DO SISTEMA DE ESCRITAALFABÉTICA E A CONSOLIDAÇÃO DO PROCESSODE ALFABETIZAÇÃO
  • 27. Silábico- alfabética C A R A C T E R Í S T I C A S -um novo e enorme salto qualitativo ocorre e a criança começa a entender que o que a escrita nota ou registra no papel tem a ver com os pedaços sonoros das palavras, mas que é preciso “observar os sonzinhos no interior das sílabas”. -começa, assim, a compreender, da mesma forme que os indivíduos já alfabetizados, o como a escrita nota a fala, percebendo que as letras representam sons menores que as sílabas, embora ainda oscile entre registrá-las com apenas uma letra (hipótese silábica) e registrá-las observando as relações entre grafemas-fonemas (hipótese alfabética).
  • 29. Alfabética C A R A C T E R Í S T I C A S -as crianças escrevem com muitos erros ortográficos, mas já seguindo o princípio de que a escrita nota, de modo exaustivo, a pauta sonora das palavras, colocando letras para cada um dos “sonzinhos” que aparecem em cada sílaba, pois acreditam que a escrita é a transcrição exata da fala. -é apenas nesta fase que as crianças devem começar a refletir de forma sistemática sobre as convenções ortográficas, assim como só a partir daí é que se recomenda a escrita frequente em letra cursiva.
  • 30. Alfabética C A R A C T E R Í S T I C A S “Devemos estar alertas, no entanto, para o fato de que ter alcançado uma hipótese alfabética não é sinônimo de estar alfabetizado. Se já compreendeu como o SEA funciona, a criança tem agora que dominar as convenções som-grafia de nossa língua. A consolidação da alfabetização, direito de aprendizagem a ser assegurado nos segundo e terceiro anos do primeiro ciclo, é o que vai permitir que nossas crianças leiam e produzam pequenos textos, com autonomia [...]” (BRASIL, 2012, p. 19, grifos nossos).
  • 31. 1.4 Consciência fonológica: o que é? Qual sua importância para a alfabetização? “A consciência fonológica é um vasto conjunto de habilidades que nos permitem refletir sobre as partes sonoras das palavras e manipulá-las intencionalmente” (FREITAS, 2004; MORAIS e LEITE, 2005 apud BRASIL, 2012, p. 20, grifo nosso).
  • 32. Exemplos de habilidades: -Observar que a palavra “janela” tem 3 “pedaços” (sílabas), que a palavra “casa” tem 2 “pedaços” e que, portanto, a primeira palavra é maior; -Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (gato, bode, galho e mola), que as palavras gato e galho são as que “começam parecido”, porque começam com /ga/; -Falar cavalo, quando lhe pedimos que diga uma palavra começada com o mesmo pedaço que aparece no início da palavra casa;
  • 33. -Identificar que no interior das palavras serpente e camaleão há outras palavras (pente, leão, cama); -Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (chupeta, galinha, panela, varinha), que as palavras galinha e varinha terminam parecido, isto é, rimam; -Falar palavras como caminhão ou macarrão, quando lhe pedimos que diga uma palavra que rime com feijão; - Identificar, ao lhe mostrarmos 4 figuras (vestido, martelo, vampiro, coruja), que as palavras vestido e vampiro são as que começam parecido, porque começam “com o mesmo sonzinho”.
  • 34. As habilidades de consciência fonológica se diferenciam quanto: Tipo de operação cognitiva Tipo de segmento sonoro envolvido Posição das partes sonoras no interior da palavra
  • 35. “[...] não devemos nunca reduzir consciência fonológica a consciência sobre os fonemas das palavras. Na realidade, diferentes pesquisas (MORAIS, 2004; AZEVEDO; MORAIS, 2011) têm demonstrado que mesmo crianças já alfabetizadas (inclusive por métodos fônicos) são praticamente incapazes de segmentar palavras dizendo um a um seus fonemas ou, inversamente, recompor uma palavra sintetizando seus fonemas escutados sequencialmente um a um” (BRASIL, 2012, p. 21).
  • 36. Referências AZEVEDO, Silvia S.; MORAIS, Artur Gomes. Conhecimentos fonêmicos de crianças concluindo a alfabetização. Monografia (Especialização em Alfabetização) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011. BRASIL, Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo. Brasília: MEC, 2002. BRASIL, Ministério da Educação, Cadernos Pedagógicos do ProJovem Campo – Saberes da Terra. Brasília: MEC/SECAD, 2008. FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Cortez, 1985. FERREIRO, Emília e TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1986.
  • 37. FREITAS, G. C. M. Sobre a consciência fonológica. In: LAMPRECHT, R. Aquisição fonológica do português. Porto Alegre: Artmed, 2004. LEAL, Telma F.; MORAIS, Artur. O aprendizado do sistema de escrita alfabética: uma tarefa complexa, cujo funcionamento precisamos compreender. In: LEAL, T.F.; ALBUQUERQUE, E.B.C.; MORAIS, A.G. Alfabetizar letrando na EJA: fundamentos teóricos e propostas didáticas. Belo Horizonte: Autêntica, 2010. MORAIS, Artur Gomes. Se a escrita alfabética é um sistema notacional (e não um código), que implicações isto tem para a alfabetização? In: MORAIS, Artur Gomes, ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia e LEAL, Telma Ferraz (Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. MORAIS, Artur Gomes. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo: Melhoramentos, 2012.
  • 38. MORAIS, Artur Gomes. A apropriação do sistema de notação alfabética e o desenvolvimento de habilidades de reflexão fonológica. In: Letras de Hoje. Porto Alegre, 2004. MORAIS, Artur Gomes; LEITE, Tânia Maria Rios. Como promover o desenvolvimento das habilidades de reflexão fonológica dos alfabetizandos? In: MORAIS, Artur Gomes, ALBUQUERQUE, Eliana Borges Correia e LEAL, Telma Ferraz (Orgs.). Alfabetização: apropriação do sistema de escrita alfabética. Belo Horizonte: Autêntica, 2005. SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.