2. A Hipótese Alfabética
A hipótese alfabética de escrita ocupa a fase final da
construção da escrita antes do trabalho de construção da
alfabetização e letramento.
Embora faça parte do processo de alfabetização, um
aluno alfabético ainda não pode ser considerado
totalmente alfabetizado
Dentro da própria e mesma hipótese alfabética há fases
de aprendizagem que levam à alfabetização, portanto
quando consideramos o aluno alfabético, significa que
sua alfabetização não foi totalmente finalizada.
4. O ALUNO ALFABÉTICO DOMINA ESTRATÉGIAS
DE DECODIFICAÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA , PORÉM A
CONVENÇÃO SÍLABICA QUE COMPREENDE É C
(CONSOANTE), V ( VOGAL). SUA ESCRITA
APRESENTA FALHAS NO CONHECIMENTO DA
ORTOGRAFIA VIGENTE QUE PRECISA SER
TRABALHADO PELO PROFESSOR. NEM SEMPRE
CONSEGUE INTERPRETAR O QUE LÊ.
5. O ALUNO ALFABETIZADO COMEÇA A TER
CONHECIMENTO DE REGRAS DAS CONVENÇÕES DE
ESCRITA.
CONSEGUE LER INTERPRETANDO.
APRESENTA POUCAS FALHAS NA ESCRITA.
6. FASES DE APRENDIZAGEM DO ALUNO
ALFABÉTICO
Como mencionado anteriormente, o aluno
alfabético possui fases de aprendizagem e
essas etapas são classificadas de acordo com a
qualidade de conhecimentos de sílabas que
ele possui. Por este motivo, é essencial que o
aluno consiga diferenciar e classificar vogais e
consoantes.
7. CLASSIFICANDO O ALUNO ALFABÉTICO
PARA CLASSIFICAR O ALFABETIZADO TEMOS QUE CONHECER OS
TIPOS DE SÍLABAS QUE CADA FASE DOMINA. NAS TIPAGENS O C É
A CONSOANTE E O V É A VOGAL.
V CV CVC CCV
VC VV CVV CCV CCVCC
10. TIPOS DE ALFABETIZADOS
Como aprendido anteriormente, temos
qualidades diferentes de alfabetizados
dentro da hipótese. Vamos trabalhar neste
estudo quatro fases diferentes do
alfabetizado. Veja a seguir o quadro
evolutivo desta hipótese :
11. Tipos de alfabetizados
A1
Cada sílaba possui
2 letras, com
rígida de cv.
Ex: POFESORA
A2
Sílaba pode
começar com
(VC). Admite 2
consoantes
seguidas
(CCV)
Ex: PROFESORA
ANJO
A3
Ortografia mais
ajustada, admite 2
consoantes iguais
seguidas.
Ex: PROFESSORA
A4
Admite 1 letra
2 sons e também
as sílabas mudas.
Ex: PERPLEXO
OBJETO
Embora o quadro traga a evolução dentro da hipótese alfabética, ainda há
lacunas entre as etapas. É preciso conseguir identificar muito mais do que se
sugere em cada fase alfabética.
12. MELHOR METODOLOGIA PARA TRABALHAR COM
OS NÍVEIS ALFABÉTICO E ALFABETIZADO
Temos, atualmente, sete metodologias
diferentes e mais conhecidas para ajudar no
processo de alfabetização: alfabético,
silábico, fônico, palavração, sentenciação,
global e o fonovisioarticulatório.
13. Há muitas formas de finalizar a alfabetização, ou
seja, avançar o aluno alfabético para
alfabetizado. Dentre as metodologias de
alfabetização mais comuns, a sentenciação e a
global são as mais indicadas para alunos nas
duas fases iniciais do nível alfabetizado.
14. O ALFABETIZADO TAMBÉM PODE SER CLASSIFICADO
NA PRODUÇÃO DE FRASES E TEXTOS. EX-
O LOBO PECEGIRU SO POQUINOS NAS CAZAS.
( O lobo perseguiu os porquinhos nas casas.
ALICE ETROU PELA PORTA E TEVE UMA SUPREZA. (Alice entrou pela
porta e teve uma surpresa )
O PAI DE JOÃO E MARIA FICARAM PERPLEXOS COM SEU RETORNO. (O
pai de João e Maria ficou perplexo com seu retorno. )
PINOQUIO FICOL ASSUSTADO CON O OBIJETO EN SUAS MÃOS.
( Pinóquio ficou assustado com o objeto em suas mãos. )
15. Sondagem para Alfabéticos
Quando o aluno se encontra no nível alfabetizado é preciso intensificar a
dificuldade da sondagem, para que o professor possa classificar a
qualidade de escrita do mesmo.
Sugere-se que a sondagem tenha então 10 palavras e que o aluno faça
um reconto de história já trabalhada em aula.
As 10 palavras precisam ter qualidades diferentes de sílabas, para que o
aluno possa demonstrar na escrita seus conhecimentos.
O reconto precisa ser de uma história conhecida para que o aluno possa
ter a atenção mais voltada à escrita e não à criação.
16. Tipos de palavras que devem estar presentes na
sondagem do alfabetizado.
1-Palavras com sílabas rígidas CV – Ex: PIRULITO
2-Sílabas travadas CCV – Ex: TR/ BR/ BL/ CL/ PR
3-Dígrafos – Ex: LH/ NH/ RR/ CH/ SS
4-Sílabas mudas – Ex: pneu, objetivo
5-Palavras iniciadas com vogal – Ex: ESCREVO
6-Palavras com nasalização – Ex: CONTAR
7-– Palavras com 4 ou 5 letras em uma sílaba – Ex: TRANSPORTE
18. 1 – Omissão de Letras –
são palavras escritas de modo incompleto, isto ocorre devido à complexidade de
construção silábica. As crianças não são capazes de analisar (segmentar) com
precisão determinados sons, ou pela falta de conhecimento ao escrever
determinados sons, uma análise deve ser feita se os erros cometidos estão dentro
do padrão de normalidade para aquela criança “idade cronológica e escolar”.
Exemplo: ando – ado – prato – pato. (nível A1).
2 – Inversão de Letras - palavras apresentando letras em posição invertida no
interior da sílaba ou sílabas em posição distinta daquela que deveriam ocupar.
Posição de letra em relação ao eixo: “esperar” – “separar”. Posição da letra em
relação à sílaba: “acertou” por “arcetou”. (nível A1).
19. 3 – Representações Múltiplas - Confusão entre letras e sons, ou seja, um som
pode ser representado por várias letras. Por exemplo: esqueça – pode ser
confundido por “esquesa”, “esquessa”. “Chuva” por “xuva” – neste caso o som ao
falar estas palavras são iguais, mas na hora de registrar graficamente, “a escrita”,
tem que ser estabelecida por normas gramaticais. (nível A1 e A2).
4 Apoio na Oralidade - A criança não sabe diferenciar o modo de falar do modo
modo de escrever, a criança só leva em conta o padrão articulatório e precisa
saber que a fala é diferente da escrita. Por exemplo: nos falamos MININU, na
escrita se escreve MENINO. Na fala dizemos CAUÇA, mas na escrita escrevemos
CALÇA. A criança se apoia na emissão oral pensando que escrevemos como
falamos. (nível A1 e A2).
20. 5 – Junção e Separação – (segmentação indevida) –
como o fluxo oral é contínuo, a criança acha que o mesmo acontece com a escrita,
ela não tem critérios em termos de segmentação e separação de uma palavra de
outra. Exemplo: “quero mais” ela escreve “queromais” ou então falamos “devagar” e
criança acha que escreve “de vagar”, neste caso separando o que deveria na escrita
estar junto. (nível A1 e A2).
6– Confusão de ÃO – AM –
Existe uma diferença em relação a sílaba tônica e ao contexto do que está sendo
escrito. Ao falarmos o som é o mesmo, por exemplo: na emissão oral falamos
ou falarão dando ênfase a sílaba tônica, na mente da criança ela não enfatiza esta
tonicidade da sílaba, criando confusões quanto ao escrever falaram ou falarão.
que falaram está no passado e falarão está relacionado ao futuro. Exemplos:
criaram/criarão.(nível A3).
21. 7 - Letras Parecidas
grafia semelhante no traçado das letras. Pode ocorrer com as letras NH, CH, LH e CL, M – N, CL –
CH, CH – CL, Ã – AM – AN, EM – EN , IM – IN, OM – ON, UM – UM, como exemplos temos:
Moça – noça;
Bicicleta – bicicheta;
Cachorro – caclorro;
Irmã – imã;
Anjo – amjo.
(nível A3)
8 – Acréscimo de letras –
algumas palavras apresentam mais letras do que convencionalmente deveriam ter. a crinça cria
a regra onde cada consoante dever ser acrescida de uma vogal. Por exemplo na palavra casa – é
feita por consoante e vogal, consoante e vogal, então a criança pensa ou cria regras que
todas as palavras são escritas assim, portanto ao escrever apareceu – que agora é construído
assim: vogal, consoante e vogal,consoante e vogal, consoante e vogal e vogal, a criança cria
regras e escreve assim papareceu, fugiu ela escreve fuigiu. (nível A3
22. 9 – Generalização das Regras –
a criança cria regras para escrever, por exemplo, ao escrever “cenema” ao
invés de “cinema”, “tesolra” ao invés de “tesoura”, “mininu” ao invés de
“menino”, “caio” ao invés de “caiu”, “chapel” ao invés de “chapéu”.(pertinente