SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 37
Decreto com força de lei de 18 de Março de 1911 – Veículo do ideário educativo republicano Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Mestrado em Bibliotecas Escolares e Literacias do século XXI HISTÓRIA DAS IDEIAS E INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS Professores Professores: José Viegas Brás Maria das Neves Gonçalves Alunas: Maria da Graça Gonçalves Maria Josefa Carvalho Trabalho apresentado em 11-01-2010
OBJECTIVOS Integrar o decreto no contexto histórico, político e cultural em que foi produzido. Analisar de que forma o diploma constituiu um veículo do ideário educativo republicano. Conhecer a organização e o funcionamento das Bibliotecas e Arquivos Nacionais propostos no decreto.
Decreto com força de lei de 18 de Março de 1911 ,[object Object],[object Object],[object Object]
Contexto histórico, político e social A República, proclamada em 5 de Outubro de 1910, trazia, na sua bagagem revolucionária, o decidido projecto de reformar a mentalidade portuguesa propondo-se executá-lo por diversas vias e, em situação de realce, pela via da instrução e da educação. Rómulo de Carvalho–  História do Ensino em Portugal . p. 651
Contexto histórico, político e social ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Contexto histórico, político e social -Patriotismo/Exaltação do passado glorioso dos Portugueses A Pátria surge identificada com a sua história, nomeadamente com os Descobrimentos, que impulsionaram o desenvolvimento da civilização. A evocação do passado colectivo visava consolidar a consciência nacional em torno de uma ideologia republicana ainda muito recente.
Contexto histórico, político e social Anticlericalismo  (principalmente antijesuitismo) Componente fundamental do Republicanismo que pretende levar ao desenvolvimento de um  projecto de  laicização  da sociedade. ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Contexto histórico, político e social EDUCAÇÃO “ Aplainado o terreno de manobra iria agora iniciar-se a proposta batalha pela transformação da mentalidade portuguesa por via escolar.”  (Rómulo de Carvalho, p. 662) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Contexto histórico, político e social EDUCAÇÃO 1911 “ Ano grande na História do Ensino em Portugal.”   (Rómulo de Carvalho, p. 662) Todos os níveis de ensino foram contemplados. 22-03-1911 – Decreto com força de lei – Reforma do ensino universitário; criação das universidades de Lisboa e do Porto 29-03-1911 – Decreto com força de lei – Reorganização dos serviços de instrução primária 19-04-1911 – Decreto com força de lei – Bases da nova constituição universitária 26-06-1911 – Decreto – Nomeação de uma comissão para organizar um projecto de reforma do ensino secundário
António José de Almeida ( 1866-1929)   ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
António José de Almeida ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
António José de Almeida Ao longo da sua vida política, a temática da Educação esteve sempre presente, quer nos seus discursos enquanto deputado quer na sua acção enquanto membro do Governo. “ (…) com a República e a liberdade está sempre a instrução e só com a reacção monárquica se dá bem e adapta a ignorância e a degradação intelectual dos povos.” (Discurso de António José de Almeida, em Diário da câmara dos senhores deputados, 06-04-1907)
António José de Almeida “ Esta lei é, sobretudo, um apostolado. Todos os bons princípios de liberdade encontram nos seus artigos um culto que não é ilusório. A  independência do município , base da liberdade antiga, que tanta conquista popular cimentou, e óvulo da liberdade futura que a Revolução fecundou;  a autonomia do professor, a sua dignificação, o seu respeito que o hão-de arvorar no grande educador cívico  das gerações que despontam, substituindo-o com a sua moral cívica ao padre que se estiola à sombra da moral católica;  a afirmação desse direito, hoje indiscutível para os estados democráticos, de intervir directamente na educação da mocidade com o fim de fazer cidadãos , - tudo isso encontra, aqui e além, mais clara ou mais implicitamente, agasalho e atenção.” (Revista República, 30-03-1911)
Estrutura do diploma ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Breve reflexão sobre a estrutura do decreto ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Análise do preâmbulo do decreto enquanto veículo do ideário republicano Ideia-chave Valor da Descentralização   “ Não bastam (…) à instrucção do povo português as actuaes Bibliotecas dos grandes centros; é preciso instituir  Bibliotecas Populares em todos os municípios , e fazer irradiar desses núcleos a corrente intellectual das Bibliotecas Móveis, que  levarão os livros a todas as aldeias , engrandecendo a união da escola e tornando-a o principal centro de interesse da população.”
Ideia-chave Patriotismo e Nacionalismo Valorização do Passado Glorioso “ Teremos assim  Bibliotecas  votadas, umas à expansão do livro, outras ao repositório da alta cultura  philosophica , scientifica , literária e artística,  e Archivos destinados aos estudos históricos, que reivindicarão o verdadeiro legado pertencente, na história da civilização, ao glorioso povo português.” “ Pondo a população portuguesa a par da inteligência mundial, provando scientificamente a acção social do povo que iniciou a idade moderna, pelos descobrimentos marítimos , compete às Bibliotecas e Archivos uma das mais elevadas missões na revolução nacional.”
Ideia-chave Crítica ao antigo regime Atraso educacional português “ Serviram em Portugal as Bibliotecas para sequestrar o livro, defendendo o povo do peccado de saber, repellindo a criança e o operario, contrariando o estudioso, trahindo o principio que manda reservar o volume raro,  para impedir a leitura do livro emancipador, exercendo a censura sobre a requisição do leitor, annullando de facto o livro, como o fazia a inquisição , cujo crime não era destruir pelo fogo o exemplar, mas impedir pelo fogo a sua leitura.”
Ideia-chave Comparação com os países europeus mais desenvolvidos “ Ingleses e Americanos (…) operaram uma verdadeira revolução nas Bibliotecas.  Ao tradicional conservador, cujo ideal era impedir que se folheasse o livro, substituíram o moderno propagandista (…)”
Ideia-chave Crítica ao antigo regime Atraso educacional português “ Não haverá naquelle estabelecimento [Biblioteca] fins superiores ao de aumentar a leitura, fazendo irradiar o livro, quaesquer que sejam os prejuízos da sua deterioração, porque  o mal irreparavel para a Pátria e para a República seria manter a actual incultura, propositadamente conservada pelo antigo regime.”
Ideia-chave Laicização/Anticlericalismo “ Urge recolher, installar, catalogar, connexar cuidadosamente, como peça justificativa do processo movido pelo povo ao regime que o opprimia,  os milhares de documentos das extinctas casas religiosas, que provam o crime de entenebrecimento do povo , os montões de papeis suspeitos em que permanece o traço da dissipação.”
Ideia-chave Modernidade Pedagógica “  (…) os Palácios de Leitura, que caracterizam a nova civilização, teem um  tríplice fim: ensinar, informar e distrahir.” Carácter lúdico da leitura Criação de hábitos de leitura Importância da divulgação do livro e do que se faz Preocupação em levar os livros a todos os públicos Carácter utilitário da leitura Envolvimento da comunidade nas actividades da Biblioteca Adequação dos diferentes tipos de Bibliotecas ao público a que se destinam Ligação da Biblioteca à comunidade
Ideia-chave Modernidade Pedagógica “ Não é conservar os livros, mas torná-los úteis o fim das Bibliotecas . Estabelecimentos de ensino publico destinados ao progresso da intelligencia, à extensão da cultura scientifica; focos de intensa irradiação mental, quer na frequência da sua sede, quer na  leitura domiciliaria , ou na  expansão das collecções moveis ; instituições de objectivo pedagógico, actuando pela franca e  illimitada communicação com o publico ; as Bibliotecas são sempre  instrumento de instrucção .”
Ideia-chave Modernidade Pedagógica “ O franco acesso à Biblioteca, a ampla leitura domiciliaria, as collecções moveis, as salas para crianças, a leitura no caminho de ferro, nos hospitaes e nas prisões  – esse conjunto de meios que, alem de facilitar o livro, solicitam o leitor, offerecendo-lh’o em todas as condições, enviando-lh’o para todos os pontos.” “ Franqueada sem restricção, a Biblioteca terá de ora avante tal acolhimento, que  o povo considerará como um prazer mental voltar ali, collaborar na vigilância, promover doações, propagar as collecções móveis,  etc.”
Ideia-chave Direitos e deveres do cidadão   (…) quanto maior for a importância das suas obras de génio, tanto maior será a  acção emancipadora do pensamento , franqueando às novas gerações o caminho do  progresso incessante, a conquista de mais felicidade e de mais justiça.” “  Para o antigo regime, o perigo era pensar;  para a Republica, o perigo é a ignorância, crime público, attentado contra a pátria, tão prejudicial no operário como no burguês , confinando aquele na bárbara depressão da miséria, inutilizando-lhe o esforço pela incapacidade profissional e anullando este na rotina e na incultura.” “ Chamando desde já a criança á Biblioteca, prepara a República a nova geração consciente dos seus deveres e dos seus direitos , conhecedora de que a moderna vida social é orientada pelo livro e está expressa no livro.”
Ideia-chave Direitos e deveres do cidadão   “ Com relação às questões do momento, devem as Bibliotecas publicar listas de livros que possam  pôr o cidadão ao corrente dos negócios públicos , habilitando-o a conhecer as leis eleitoraes, as constituições, as reformas de instrucção, os planos financeiros, tudo quanto é submetido ao seu exame pelas publicações officiaes, pela discussão do Parlamento e pelo programma dos candidatos ao mandato eleitoral.”
Ideia-chave Higienismo “… as Bibliotecas educam para a vida mental, criando o habito da leitura, encaminhando o povo para a vida intellectual,  afastando-o dos meios deprimentes, dos hábitos dispersivos, dos locaes material e moralmente insalubres.”
Tipos de bibliotecas ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Bibliotecas eruditas ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],A – Bibliografia geral. Enciclopédias. Dicionários gerais. Revistas e jornais. Poligrafia; B – Teologia e Ciência das Religiões; C – Direito; D – Medicina; E – Ciências (1. Filosóficas; 2. Matemáticas; 3. Físico-Químicas; 4. Histórico-Naturais); F – Literatura; G – Artes; H – História; I – Incunábulos, K – Manuscritos. Das 10.00h às 16.00h; das 19.00h às 23.00h   Objectivos Público-alvo Horário Tipologia de obras
Bibliotecas populares ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],A – Obras gerais. – Dicionários e enciclopédias, revistas e jornais;  B – Sociologia. – Política, trabalho e trabalhadores, cooperação, socialismo, proteccionismo, livre-cambismo, assistência, clubes sociais, seguros, associações, comércio, correios e transportes; C – Ciência Aplicada. Agricultura, economia doméstica, química aplicada, física aplicada, manufacturas, indústria, mecânica, construção; D – Literatura popular; E – Geografia política e estatística. – Viagens e itinerários. Das 10.00h às 16.00h; das 19.00h às 23.00h   Objectivos Público-alvo Horário Tipologia de obras
Bibliotecas móveis ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Colecções formadas por cerca de 100 volumes, sendo 50% obras de ficção.  Obras destinadas a leitura domiciliária. Objectivos Público-alvo Tipologia de obras
- Preocupação em regular a Inspecção das Bibliotecas e Arquivos. - 2 inspectores nomeados pelo Governo vitaliciamente. Um deles é responsável pelos Arquivos e Bibliotecas Eruditas; o outro pelas Bibliotecas Populares e Móveis. Inspecção
[object Object],[object Object],[object Object],Conclusões
[object Object],[object Object],Conclusões “  A visão republicana para este sector de actividade [Bibliotecas], enquadrado num amplo campo da instrução pública foi, sem dúvida, muito fecunda em estudos, produção de textos e promulgação de leis com vista à afirmação de uma área considerada estratégica para o regime político em vigor. Contudo, a falta de meios financeiros e humanos obstou a que muitas das ideias e projectos republicanos tivessem uma concretização efectiva.” (Fernanda Ribeiro,  A Inspecção das Bibliotecas e Arquivos e a ideologia o Estado Novo ,   p. 3)
“ O esforço em prol da instrução popular parece ter sido impressionante, embora aqui a realidade não tenha acompanhado, de modo algum, as aspirações dos reformadores republicanos. Foi, acima de tudo, um período de uma riqueza e diversidade culturais que ainda hoje nos surpreendem e atraem. O mais curioso de tudo é o facto de, pese embora a precariedade do regime, muitos dos seus ideais terem permanecido por muito tempo no imaginário de uma parte dos portugueses, em particular daqueles que se opuseram ao salazarismo.” Joaquim Pintassilgo,   República e Formação de Cidadãos - A Educação Cívica nas Escolas Primárias da 1.ª República , 1998, p. 53 e 54 Conclusões
BÁRBARA, A. Madeira -  Subsídios para o Estudo da Educação em Portugal: da reforma Pombalina à 1.ª República.  Lisboa: Assírio e Alvim, 1979 BRÁS, José Viegas; GONÇALVES, Maria N.–  Os saberes e poderes da Reforma de 1905 . Revista Lusófona de Educação, Lisboa, nº 13 (2009) p. 101 – 121 CARVALHO, Rómulo de -  História do Ensino em Portugal: desde a fundação da nacionalidade até ao fim do regime de Salazar-Caetano . 4.ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008 DECRETO COM FORÇA DE LEI de 18 de Março.  Diário do Governo n.º 65  (21-03-1911) DECRETO COM FORÇA DE LEI de 29 de Março.  Diário do Governo n.º 73  (30-03-1911) LEAL, Ernesto Castro -  António José de Almeida . In Medina, João, dir., História de Portugal: dos tempos pré-históricos aos nossos dias (vol.X). Amadora: Clube Internacional do Livro, 1998, p.218-222 PINTASSILGO, Joaquim -  República e Formação de cidadãos: A educação cívica nas escolas primárias da 1.ª República . Lisboa: Edições Colibri, 1998 PROENÇA, Maria Cândida (Coord.) –  O Sistema de Ensino em Portugal (séculos XIX-XX) . Lisboa: Edições Colibri, 1998 RIBEIRO, Fernanda - A Inspecção das Bibliotecas e Arquivos e a ideologia o Estado Novo . Coimbra, 2008 TORGAL, Luís Reis –  António José de Almeida e a República: discurso de uma vida ou vida de um discurso . Lisboa: Círculo de Leitores, 2004 Referências bibliográficas

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

HistóRia Da EducaçãO No Brasil Da Colonia Ao ImpéRio
HistóRia Da  EducaçãO No  Brasil  Da Colonia Ao ImpéRioHistóRia Da  EducaçãO No  Brasil  Da Colonia Ao ImpéRio
HistóRia Da EducaçãO No Brasil Da Colonia Ao ImpéRioNila Michele Bastos Santos
 
A república e a educação princípios e realidades
A república e a educação   princípios e realidades A república e a educação   princípios e realidades
A república e a educação princípios e realidades Armando Oliveira
 
Educação pública no século xix
Educação pública no século xixEducação pública no século xix
Educação pública no século xixrenanmedonho
 
8069 texto do artigo-22770-1-10-20151221
8069 texto do artigo-22770-1-10-201512218069 texto do artigo-22770-1-10-20151221
8069 texto do artigo-22770-1-10-20151221Nuro Manjate
 
Educação um salto para o futuro
Educação    um salto para o futuroEducação    um salto para o futuro
Educação um salto para o futuroCIRINEU COSTA
 
Rostos da republica_cmespinho_outubro2010
Rostos da republica_cmespinho_outubro2010Rostos da republica_cmespinho_outubro2010
Rostos da republica_cmespinho_outubro2010Agostinho.Gouveia
 
Slides iaraeandri
Slides iaraeandriSlides iaraeandri
Slides iaraeandriiaraandri
 
A constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superior
A constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superiorA constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superior
A constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superiorCristiane Tavares
 
A educação no brasil
A educação no brasilA educação no brasil
A educação no brasilcsjmaranhao
 
A política educacional pombalina
A política educacional pombalinaA política educacional pombalina
A política educacional pombalinaCristiane Tavares
 
Legislação educacional profª regina crespo (1)
Legislação educacional   profª regina crespo (1)Legislação educacional   profª regina crespo (1)
Legislação educacional profª regina crespo (1)Mariangela Santos
 
O ensino na 1ª república
O ensino na 1ª república O ensino na 1ª república
O ensino na 1ª república eb23ja
 
Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30
Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30
Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30Jhenifer Silva
 
A universidade a serviço do estado
A universidade a serviço do estadoA universidade a serviço do estado
A universidade a serviço do estadoCristiane Tavares
 
Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III
 Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III
Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao IIIDanilo Ladeia
 
Os estatutos de 1772 da universidade de coimbra
Os estatutos de 1772 da universidade de coimbraOs estatutos de 1772 da universidade de coimbra
Os estatutos de 1772 da universidade de coimbraCristiane Tavares
 

Mais procurados (20)

2º período jesuítico
2º período jesuítico2º período jesuítico
2º período jesuítico
 
HistóRia Da EducaçãO No Brasil Da Colonia Ao ImpéRio
HistóRia Da  EducaçãO No  Brasil  Da Colonia Ao ImpéRioHistóRia Da  EducaçãO No  Brasil  Da Colonia Ao ImpéRio
HistóRia Da EducaçãO No Brasil Da Colonia Ao ImpéRio
 
A república e a educação princípios e realidades
A república e a educação   princípios e realidades A república e a educação   princípios e realidades
A república e a educação princípios e realidades
 
Educação pública no século xix
Educação pública no século xixEducação pública no século xix
Educação pública no século xix
 
8069 texto do artigo-22770-1-10-20151221
8069 texto do artigo-22770-1-10-201512218069 texto do artigo-22770-1-10-20151221
8069 texto do artigo-22770-1-10-20151221
 
Educação um salto para o futuro
Educação    um salto para o futuroEducação    um salto para o futuro
Educação um salto para o futuro
 
Rostos da republica_cmespinho_outubro2010
Rostos da republica_cmespinho_outubro2010Rostos da republica_cmespinho_outubro2010
Rostos da republica_cmespinho_outubro2010
 
Slides iaraeandri
Slides iaraeandriSlides iaraeandri
Slides iaraeandri
 
A constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superior
A constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superiorA constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superior
A constituição da nacionalidade brasileira através do ensino superior
 
A educação no brasil
A educação no brasilA educação no brasil
A educação no brasil
 
A política educacional pombalina
A política educacional pombalinaA política educacional pombalina
A política educacional pombalina
 
Legislação educacional profª regina crespo (1)
Legislação educacional   profª regina crespo (1)Legislação educacional   profª regina crespo (1)
Legislação educacional profª regina crespo (1)
 
O ensino na 1ª república
O ensino na 1ª república O ensino na 1ª república
O ensino na 1ª república
 
Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30
Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30
Reformas educacionais e ideários pedagógicos no inicio dos anos 30
 
A universidade a serviço do estado
A universidade a serviço do estadoA universidade a serviço do estado
A universidade a serviço do estado
 
NEGROS E EDUCAÇÃO NO BRASIL
NEGROS E EDUCAÇÃO NO BRASILNEGROS E EDUCAÇÃO NO BRASIL
NEGROS E EDUCAÇÃO NO BRASIL
 
Período Pombalino (1750 - 1777)
Período Pombalino (1750 - 1777)Período Pombalino (1750 - 1777)
Período Pombalino (1750 - 1777)
 
Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III
 Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III
Linha do Tempo Educação no Brasil / LDB do Título I ao III
 
Os estatutos de 1772 da universidade de coimbra
Os estatutos de 1772 da universidade de coimbraOs estatutos de 1772 da universidade de coimbra
Os estatutos de 1772 da universidade de coimbra
 
Jesuítas e a educação
Jesuítas e a educaçãoJesuítas e a educação
Jesuítas e a educação
 

Semelhante a Decreto de 1911 reforma bibliotecas e arquivos

20 marlete schaffrath
20 marlete schaffrath20 marlete schaffrath
20 marlete schaffrathjhecioosaki
 
artigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdf
artigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdfartigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdf
artigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdfDanieSegadilha
 
Salazarismo
SalazarismoSalazarismo
Salazarismoacmramos
 
Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...
Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...
Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...Semana Biblioteconomia
 
A hora e o papel dos museus
A hora e o papel dos museusA hora e o papel dos museus
A hora e o papel dos museushvcrjm
 
ATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃO
ATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃOATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃO
ATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃOleledepaula
 
UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...
UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...
UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...TharykBatatinha
 
História da educação infantil e psicologia do desenvolvimento
História da educação infantil e psicologia do desenvolvimentoHistória da educação infantil e psicologia do desenvolvimento
História da educação infantil e psicologia do desenvolvimentoKadu Sp
 
Eduardo valladares a educação anarquista na república velha
Eduardo valladares a educação anarquista na república velhaEduardo valladares a educação anarquista na república velha
Eduardo valladares a educação anarquista na república velhamoratonoise
 
Slides de aulas 2 semestre de 2013
Slides de aulas   2 semestre de 2013Slides de aulas   2 semestre de 2013
Slides de aulas 2 semestre de 2013Amanda Cardoso
 
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.pptIgor Sampaio Pinho
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Laboratório de História
 
História em movimento vol. 01
História em movimento vol. 01História em movimento vol. 01
História em movimento vol. 01marcosfm32
 
As reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de Carvalho
As reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de CarvalhoAs reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de Carvalho
As reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de CarvalhoMAURIZIO MARCHETTI
 
Projeto pedagógico disciplinar
Projeto pedagógico disciplinar Projeto pedagógico disciplinar
Projeto pedagógico disciplinar Maira Conde
 

Semelhante a Decreto de 1911 reforma bibliotecas e arquivos (20)

20 marlete schaffrath
20 marlete schaffrath20 marlete schaffrath
20 marlete schaffrath
 
artigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdf
artigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdfartigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdf
artigo_museologia social_ apontamentos históricos e conceituais.pdf
 
2-2020 art Cult pop.pdf
2-2020 art Cult pop.pdf2-2020 art Cult pop.pdf
2-2020 art Cult pop.pdf
 
Cul pop tradicao art.pdf
Cul pop tradicao art.pdfCul pop tradicao art.pdf
Cul pop tradicao art.pdf
 
Salazarismo
SalazarismoSalazarismo
Salazarismo
 
Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...
Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...
Biblioteconomia e política luta de classes, acesso a informação e cidadania -...
 
.,Educação e filantropia
.,Educação e filantropia.,Educação e filantropia
.,Educação e filantropia
 
A hora e o papel dos museus
A hora e o papel dos museusA hora e o papel dos museus
A hora e o papel dos museus
 
ATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃO
ATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃOATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃO
ATPS HISTORIA DA EDUCAÇÃO
 
UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...
UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...
UNIDADE II - Contexto Histórico-Filosófico da Educação [Salvo automaticamente...
 
História da educação infantil e psicologia do desenvolvimento
História da educação infantil e psicologia do desenvolvimentoHistória da educação infantil e psicologia do desenvolvimento
História da educação infantil e psicologia do desenvolvimento
 
Eduardo valladares a educação anarquista na república velha
Eduardo valladares a educação anarquista na república velhaEduardo valladares a educação anarquista na república velha
Eduardo valladares a educação anarquista na república velha
 
Slides de aulas 2 semestre de 2013
Slides de aulas   2 semestre de 2013Slides de aulas   2 semestre de 2013
Slides de aulas 2 semestre de 2013
 
Js498
Js498Js498
Js498
 
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
_ciencia__tecnologia_e_educacao_no_brasil-ppt.ppt
 
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
Caderno Diário Portugal e o Estado Novo n.º 20 1415
 
História em movimento vol. 01
História em movimento vol. 01História em movimento vol. 01
História em movimento vol. 01
 
Cbc e documentos
Cbc e documentosCbc e documentos
Cbc e documentos
 
As reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de Carvalho
As reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de CarvalhoAs reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de Carvalho
As reformas pombalinas da instrução publica - Laerte Ramos de Carvalho
 
Projeto pedagógico disciplinar
Projeto pedagógico disciplinar Projeto pedagógico disciplinar
Projeto pedagógico disciplinar
 

Último

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxLaurindo6
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfManuais Formação
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxssuserf54fa01
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 

Último (20)

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptxAULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
AULA SOBRE AMERICA LATINA E ANGLO SAXONICA.pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdfCD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
CD_B3_C_ Criar e editar conteúdos digitais em diferentes formatos_índice.pdf
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptxSlide língua portuguesa português 8 ano.pptx
Slide língua portuguesa português 8 ano.pptx
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 

Decreto de 1911 reforma bibliotecas e arquivos

  • 1. Decreto com força de lei de 18 de Março de 1911 – Veículo do ideário educativo republicano Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias Mestrado em Bibliotecas Escolares e Literacias do século XXI HISTÓRIA DAS IDEIAS E INSTITUIÇÕES EDUCATIVAS Professores Professores: José Viegas Brás Maria das Neves Gonçalves Alunas: Maria da Graça Gonçalves Maria Josefa Carvalho Trabalho apresentado em 11-01-2010
  • 2. OBJECTIVOS Integrar o decreto no contexto histórico, político e cultural em que foi produzido. Analisar de que forma o diploma constituiu um veículo do ideário educativo republicano. Conhecer a organização e o funcionamento das Bibliotecas e Arquivos Nacionais propostos no decreto.
  • 3.
  • 4. Contexto histórico, político e social A República, proclamada em 5 de Outubro de 1910, trazia, na sua bagagem revolucionária, o decidido projecto de reformar a mentalidade portuguesa propondo-se executá-lo por diversas vias e, em situação de realce, pela via da instrução e da educação. Rómulo de Carvalho– História do Ensino em Portugal . p. 651
  • 5.
  • 6. Contexto histórico, político e social -Patriotismo/Exaltação do passado glorioso dos Portugueses A Pátria surge identificada com a sua história, nomeadamente com os Descobrimentos, que impulsionaram o desenvolvimento da civilização. A evocação do passado colectivo visava consolidar a consciência nacional em torno de uma ideologia republicana ainda muito recente.
  • 7.
  • 8.
  • 9. Contexto histórico, político e social EDUCAÇÃO 1911 “ Ano grande na História do Ensino em Portugal.” (Rómulo de Carvalho, p. 662) Todos os níveis de ensino foram contemplados. 22-03-1911 – Decreto com força de lei – Reforma do ensino universitário; criação das universidades de Lisboa e do Porto 29-03-1911 – Decreto com força de lei – Reorganização dos serviços de instrução primária 19-04-1911 – Decreto com força de lei – Bases da nova constituição universitária 26-06-1911 – Decreto – Nomeação de uma comissão para organizar um projecto de reforma do ensino secundário
  • 10.
  • 11.
  • 12. António José de Almeida Ao longo da sua vida política, a temática da Educação esteve sempre presente, quer nos seus discursos enquanto deputado quer na sua acção enquanto membro do Governo. “ (…) com a República e a liberdade está sempre a instrução e só com a reacção monárquica se dá bem e adapta a ignorância e a degradação intelectual dos povos.” (Discurso de António José de Almeida, em Diário da câmara dos senhores deputados, 06-04-1907)
  • 13. António José de Almeida “ Esta lei é, sobretudo, um apostolado. Todos os bons princípios de liberdade encontram nos seus artigos um culto que não é ilusório. A independência do município , base da liberdade antiga, que tanta conquista popular cimentou, e óvulo da liberdade futura que a Revolução fecundou; a autonomia do professor, a sua dignificação, o seu respeito que o hão-de arvorar no grande educador cívico das gerações que despontam, substituindo-o com a sua moral cívica ao padre que se estiola à sombra da moral católica; a afirmação desse direito, hoje indiscutível para os estados democráticos, de intervir directamente na educação da mocidade com o fim de fazer cidadãos , - tudo isso encontra, aqui e além, mais clara ou mais implicitamente, agasalho e atenção.” (Revista República, 30-03-1911)
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. Análise do preâmbulo do decreto enquanto veículo do ideário republicano Ideia-chave Valor da Descentralização “ Não bastam (…) à instrucção do povo português as actuaes Bibliotecas dos grandes centros; é preciso instituir Bibliotecas Populares em todos os municípios , e fazer irradiar desses núcleos a corrente intellectual das Bibliotecas Móveis, que levarão os livros a todas as aldeias , engrandecendo a união da escola e tornando-a o principal centro de interesse da população.”
  • 18. Ideia-chave Patriotismo e Nacionalismo Valorização do Passado Glorioso “ Teremos assim Bibliotecas votadas, umas à expansão do livro, outras ao repositório da alta cultura philosophica , scientifica , literária e artística, e Archivos destinados aos estudos históricos, que reivindicarão o verdadeiro legado pertencente, na história da civilização, ao glorioso povo português.” “ Pondo a população portuguesa a par da inteligência mundial, provando scientificamente a acção social do povo que iniciou a idade moderna, pelos descobrimentos marítimos , compete às Bibliotecas e Archivos uma das mais elevadas missões na revolução nacional.”
  • 19. Ideia-chave Crítica ao antigo regime Atraso educacional português “ Serviram em Portugal as Bibliotecas para sequestrar o livro, defendendo o povo do peccado de saber, repellindo a criança e o operario, contrariando o estudioso, trahindo o principio que manda reservar o volume raro, para impedir a leitura do livro emancipador, exercendo a censura sobre a requisição do leitor, annullando de facto o livro, como o fazia a inquisição , cujo crime não era destruir pelo fogo o exemplar, mas impedir pelo fogo a sua leitura.”
  • 20. Ideia-chave Comparação com os países europeus mais desenvolvidos “ Ingleses e Americanos (…) operaram uma verdadeira revolução nas Bibliotecas. Ao tradicional conservador, cujo ideal era impedir que se folheasse o livro, substituíram o moderno propagandista (…)”
  • 21. Ideia-chave Crítica ao antigo regime Atraso educacional português “ Não haverá naquelle estabelecimento [Biblioteca] fins superiores ao de aumentar a leitura, fazendo irradiar o livro, quaesquer que sejam os prejuízos da sua deterioração, porque o mal irreparavel para a Pátria e para a República seria manter a actual incultura, propositadamente conservada pelo antigo regime.”
  • 22. Ideia-chave Laicização/Anticlericalismo “ Urge recolher, installar, catalogar, connexar cuidadosamente, como peça justificativa do processo movido pelo povo ao regime que o opprimia, os milhares de documentos das extinctas casas religiosas, que provam o crime de entenebrecimento do povo , os montões de papeis suspeitos em que permanece o traço da dissipação.”
  • 23. Ideia-chave Modernidade Pedagógica “ (…) os Palácios de Leitura, que caracterizam a nova civilização, teem um tríplice fim: ensinar, informar e distrahir.” Carácter lúdico da leitura Criação de hábitos de leitura Importância da divulgação do livro e do que se faz Preocupação em levar os livros a todos os públicos Carácter utilitário da leitura Envolvimento da comunidade nas actividades da Biblioteca Adequação dos diferentes tipos de Bibliotecas ao público a que se destinam Ligação da Biblioteca à comunidade
  • 24. Ideia-chave Modernidade Pedagógica “ Não é conservar os livros, mas torná-los úteis o fim das Bibliotecas . Estabelecimentos de ensino publico destinados ao progresso da intelligencia, à extensão da cultura scientifica; focos de intensa irradiação mental, quer na frequência da sua sede, quer na leitura domiciliaria , ou na expansão das collecções moveis ; instituições de objectivo pedagógico, actuando pela franca e illimitada communicação com o publico ; as Bibliotecas são sempre instrumento de instrucção .”
  • 25. Ideia-chave Modernidade Pedagógica “ O franco acesso à Biblioteca, a ampla leitura domiciliaria, as collecções moveis, as salas para crianças, a leitura no caminho de ferro, nos hospitaes e nas prisões – esse conjunto de meios que, alem de facilitar o livro, solicitam o leitor, offerecendo-lh’o em todas as condições, enviando-lh’o para todos os pontos.” “ Franqueada sem restricção, a Biblioteca terá de ora avante tal acolhimento, que o povo considerará como um prazer mental voltar ali, collaborar na vigilância, promover doações, propagar as collecções móveis, etc.”
  • 26. Ideia-chave Direitos e deveres do cidadão (…) quanto maior for a importância das suas obras de génio, tanto maior será a acção emancipadora do pensamento , franqueando às novas gerações o caminho do progresso incessante, a conquista de mais felicidade e de mais justiça.” “ Para o antigo regime, o perigo era pensar; para a Republica, o perigo é a ignorância, crime público, attentado contra a pátria, tão prejudicial no operário como no burguês , confinando aquele na bárbara depressão da miséria, inutilizando-lhe o esforço pela incapacidade profissional e anullando este na rotina e na incultura.” “ Chamando desde já a criança á Biblioteca, prepara a República a nova geração consciente dos seus deveres e dos seus direitos , conhecedora de que a moderna vida social é orientada pelo livro e está expressa no livro.”
  • 27. Ideia-chave Direitos e deveres do cidadão “ Com relação às questões do momento, devem as Bibliotecas publicar listas de livros que possam pôr o cidadão ao corrente dos negócios públicos , habilitando-o a conhecer as leis eleitoraes, as constituições, as reformas de instrucção, os planos financeiros, tudo quanto é submetido ao seu exame pelas publicações officiaes, pela discussão do Parlamento e pelo programma dos candidatos ao mandato eleitoral.”
  • 28. Ideia-chave Higienismo “… as Bibliotecas educam para a vida mental, criando o habito da leitura, encaminhando o povo para a vida intellectual, afastando-o dos meios deprimentes, dos hábitos dispersivos, dos locaes material e moralmente insalubres.”
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33. - Preocupação em regular a Inspecção das Bibliotecas e Arquivos. - 2 inspectores nomeados pelo Governo vitaliciamente. Um deles é responsável pelos Arquivos e Bibliotecas Eruditas; o outro pelas Bibliotecas Populares e Móveis. Inspecção
  • 34.
  • 35.
  • 36. “ O esforço em prol da instrução popular parece ter sido impressionante, embora aqui a realidade não tenha acompanhado, de modo algum, as aspirações dos reformadores republicanos. Foi, acima de tudo, um período de uma riqueza e diversidade culturais que ainda hoje nos surpreendem e atraem. O mais curioso de tudo é o facto de, pese embora a precariedade do regime, muitos dos seus ideais terem permanecido por muito tempo no imaginário de uma parte dos portugueses, em particular daqueles que se opuseram ao salazarismo.” Joaquim Pintassilgo, República e Formação de Cidadãos - A Educação Cívica nas Escolas Primárias da 1.ª República , 1998, p. 53 e 54 Conclusões
  • 37. BÁRBARA, A. Madeira - Subsídios para o Estudo da Educação em Portugal: da reforma Pombalina à 1.ª República. Lisboa: Assírio e Alvim, 1979 BRÁS, José Viegas; GONÇALVES, Maria N.– Os saberes e poderes da Reforma de 1905 . Revista Lusófona de Educação, Lisboa, nº 13 (2009) p. 101 – 121 CARVALHO, Rómulo de - História do Ensino em Portugal: desde a fundação da nacionalidade até ao fim do regime de Salazar-Caetano . 4.ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008 DECRETO COM FORÇA DE LEI de 18 de Março. Diário do Governo n.º 65 (21-03-1911) DECRETO COM FORÇA DE LEI de 29 de Março. Diário do Governo n.º 73 (30-03-1911) LEAL, Ernesto Castro - António José de Almeida . In Medina, João, dir., História de Portugal: dos tempos pré-históricos aos nossos dias (vol.X). Amadora: Clube Internacional do Livro, 1998, p.218-222 PINTASSILGO, Joaquim - República e Formação de cidadãos: A educação cívica nas escolas primárias da 1.ª República . Lisboa: Edições Colibri, 1998 PROENÇA, Maria Cândida (Coord.) – O Sistema de Ensino em Portugal (séculos XIX-XX) . Lisboa: Edições Colibri, 1998 RIBEIRO, Fernanda - A Inspecção das Bibliotecas e Arquivos e a ideologia o Estado Novo . Coimbra, 2008 TORGAL, Luís Reis – António José de Almeida e a República: discurso de uma vida ou vida de um discurso . Lisboa: Círculo de Leitores, 2004 Referências bibliográficas