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Aula 3
Bases Metabólicas
Profa : Margarete A. da Fonseca Arioza
Nutricionista
Nutrição Normal
Conceito de Metabolismo
Conjunto de reações químicas
responsáveis pelos processos de
síntese e degradação dos nutrientes
na célula no interior dos organismos
vivos.
Funções do Metabolismo
• Obter energia química do sol ou de nutrientes;
• Converter moléculas dos nutrientes e da célula em
precursores de macromoléculas;
• Polimerizar precursores em macromoléculas;
• Sintetizar e degradar biomoléculas de acordo com
necessidade celular.
As Reações ocorrem em dois processos:
METABOLISMO
Anabolismo - cria moléculas complexas
a partir de moléculas simples;
Catabolismo - decompõe moléculas
complexas criadas no anabolismo para
produzir energia.
Catabolismo e Anabolismo
Vias catabólicas convergem para poucos produtos
finais;
Vias anabólicas divergem para a síntese de muitas
biomoléculas;
Definições
• Degradar = transformar macromol em unidades monoméricas
ex: glicídios em glicose , frutose ou galactose
• Polimerizar = transformar monómeros em unidades de macromol
ex: aminoácidos em proteínas
Monómeros = 01 unidade
Oligomeros = partes de polímeros ( >2 <10 und)
Polímeros = união de vários monómeros ( >10 und)
Divisão do Metabolismo
Anabolismo
É a fase biossintética e consumidora de energia do
metabolismo.
Catabolismo
É a fase degradativa e liberadora de energia do
metabolismo.
Macromoléculas
Produtos
Pobres em
Energia
Nutrientes Ricos em
Energia
Moléculas
Precursoras
AnabolismoCatabolismo
Catabolismo das Macromoléculas
Carboidratos – glicose frutose galactose
Proteínas - aminoácidos
Lipídios - ác graxos glicerol
Bases Metabólicas
CONCEITOS
Estabelecimento de necessidades humanas:
FAO ( Food and Agriculture Organization) 1950 – 1985 base na
necessidade média de energia e nível de ingestão seguro
FNB/NRC ( Food and Nutrition Board/National Reserch Council) 1941
– 1989 – RDAs base na nível de ingestão de nutrientes essenciais
adequados para cobrir as necessidades de nutrientes específicos para
todos os indivíduos saudáveis
SBAN ( Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição – 1990
analisou as recomendações nutricionais vigentes adequando-as à população
brasileira
FNB/NRC em 1997 desenvolveu valores de referência para ingestão de
nutrientes a serem utilizados no planejamento e avaliação de dietas de
populacões saudáveis visando substituir as RDAs – DRIs ( Dietary
Reference Intakes)
As Ingestões Dietéticas de Referência ( IDRs/DRIs) incluem 4
conceitos de referência para consumo de nutrientes com
definições e aplicações diferenciadas :
EAR ( Estimated Avarege Requriment)
RDA ( Requeriment Dietary Allowances)
AI (Adequate Intake)
UL (Torelable Upper Intake Level)
EAR – Necessidade Média Estimada: representa o valor de ingestão de um
nutriente estimado para cobrir a necessidade de 50% dos indivíduos saudáveis de
determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo. É utilizado como base para
estabelecer as RDAs e para avaliar a adequação e o planejamento da
ingestão dietética de grupos populacionais
RDA – Quota Diária Recomendada: nível de ingestão dietética suficiente para
cobrir as necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis ( 97 a 98%) em
determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo. As RDAS aplicam-se como
metas de ingestão para indivíduos. Não devem ser utilizadas para avaliação
de dietas de grupos populacionais.
AI – Ingestão Adequada : nível de ingestão de nutrientes a ser utilizado em
substituição a RDA quando as evidências científicas não são suficientes para o
cálculo da necessidade EAR. Baseia-se no consumo médio de nutrientes
observado ou estimado experimentalmente de um grupo ou grupos de indivíduos
saudáveis. Usada como meta de ingestão para grupos.
UL – Nível de Ingestão Máxima Tolerável : nível mais alto de ingestão diária de
nutrientes isento de risco de efeitos adversos à saúde para quase todos os
indivíduos de uma população. Não é um nível recomendável. Benefícios do
consumo acima das RDAs ou AIs são questionáveis.
Metabolismo atividade celular dirigida que envolve reações
anabólicas ( consomem energia) e catabólicas ( liberam energia). Essas reações
envolvem sistemas multienzimáticos que cooperam para quatro funções:
Alimentação Necessidade Básica para se obter substâncias essenciais
e adquirir energia para a conservação dos processos fisiológicos:
Todos esses processos funcionam através do metabolismo energético.
- manutenção dos gradientes químico e eletroquímico das membranas
celulares
- biossíntese de macromoléculas ( glicogênio, ptnas e os triacilgliceróis)
- contração muscular
aminoácidos proteína
ác. graxo+ glicerol Triacilglicerol
glicose glicogênio
Vias metabólicas na liberação e
consumo de energia
Catabolismo Anabolismo
liberação de ATP consumo de ATP
produtos finais : moléculas precursoras:
CO2 aminoácido
H2O ác. Graxo + glicerol
Liberadores de Energia Armazenadores de Energia:
NH3 glicose
Etapas fisiológicas para utilização da energia disponível
nos alimentos
alimento
(carboidrato, lipídio e proteína)
digestão
( glicose e frutose, ac. Graxo e glicerol e aminoácido)
absorção
metabolismo
energia
( ATP )
Energia Disponível nos Nutrientes após
processos fisiológicos
energia do alimento Kcal/g
CHO LIP PROT ÁLCOOL
4,10 9,45 5,65 7,10
energia digerível Kcal/g
Perda fecal de energia
CHO LIP PROT ÁLCOOL
4,0 9,0 5,2 7,10
energia metabolizável Kcal/g
CHO LIP PROT ÁLCOOL
4,0 9,0 4,0 7,0
É a capacidade de realizar trabalho. No estudo da nutrição, refere-
se à maneira pela qual o organismo utiliza a energia situada nas
ligações químicas dentro do alimento.
A energia é liberada pelo metabolismo do alimento, o qual deve ser
fornecido regularmente para satisfazer as necessidades energéticas
para a sobrevivência do organismo.
Componentes do gasto de energia - (GET)
A energia é gasta pelo corpo humano na forma de gasto de energia
basal, atividade voluntária e o efeito térmico dos alimentos.
Energia
GET = TMB x FI x FA
Taxa de Metabolismo Basal - TMB
• No estado de repouso, a energia é gasta nas atividades mecânicas necessárias para
sustentar os processos da vida, assim como respiração e circulação, sintetizar os
constituintes orgânicos, bombear íons através de membranas e manter a
temperatura corpórea. Metade da energia gasta é utilizada para satisfazer as
necessidades metabólicas do sistema nervoso.
Valor energético total (VET)
Refere-se ao somatório dos valores calóricos de todas as refeições
servidas a um indivíduo, ou seja, calcula-se o valor energético de cada
alimento de uma refeição e depois o somatório de todas as refeições.
Fator injuria
• CIRURGIA ELETIVA - 1,24
• TRAUMA DE ESQUELETO – 1,32
• TRAUMA MUSCULAR – 1,37
• TRAUMA CRANIANO – 1,61
• SEPSE – 1.79
• QUEIMADURA 10 – 30% - 1,5
30 –50% - 1,75
> 50% - 2,0
Fator Atividade - ver tabela
Gestante kcal/ kg PI pré gestacional
2º trimestre 25/ 30
3º trimestre 30/35
Lactação 30/35
Baixo peso 35/40
Obesa 20/25
Recomendações de Energia – FAO/OMS prática para cálculo do GET
Crianças kcal/ kg
0 a 6 meses – 108
7 a 12 meses – 98
1 a 3 anos – 102
4 a 6 anos – 90
7 a 10 anos – 70
Adolescentes M F kcal/kg PI Pº 50
11 a 14 anos 55 47
15 a 18 anos 45 40
19 a 24 anos 40 38
Gestante Adolescente 40
Adulto M F kcal/kg PI
Leve 30 25
Moderada 35 30
Intensa 40/45 35/45
Idoso 23/25 23/25
Necessidades X Recomendações
Segundo a SBAN
necessidades nutricionais :
É a quantidade de energia e nutrientes biodisponíveis nos alimentos
a ser ingerido para um indivíduo satisfazer as suas necessidades
fisiológicas.
recomendações nutricionais:
É a quantidade de energia e nutrientes nos alimentos para
satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma
população sadia.
FAO/OMS SBAN/1990
CHO: 55 a 75 % 60 a 70 %
PTN: 10 a 15 % 10 a 12 %
LIP: 15 a 30 % * 20 a 25 %
*10% Saturadas e Col < 300 mg
Recomendações Distribuição ( Adequação da dieta)
GORDURAS - ingerir um grama de GORD por quilo de peso, no mínimo.
PROTEÍNAS - ingerir um grama de PTNA por quilo de peso, no mínimo.
CARBOIDRATOS – ingerir 130 grama de CHO por quilo de peso, no mínimo.
Fórmula Prática
IDADE feminino masculino
0-12 anos
adolescentes
12-14 anos
15-18 anos
19-22 anos
1000 kcal+ 100 p/ano de idade
55 kcal/kg 64 kcal/kg
39 kcal/kg 50 kcal/kg
36 kcal/kg 45 kcal/kg
adultos
Atv leve
Atv moderada
Atv intensa
Obesidade
25 kcal/kg
30 kcal/kg
35- 40 kcal/kg
25-30 kcal/kg
30 kcal/kg
35 kcal/kg
40- 45 kcal/kg
30- 35 kcal/kg
gestante
1 trim
2 trim
3 trim
baixo peso
obesa
nutriz
25-30 kcal/kg
30-35 kcal/kg
35-40 kcal/kg
25-30 kcal/kg
35-40 kcal/kg
fonte - OMS/FAO – 1995
GET = PI X valor da tabela
Tabelas de composição química dos alimentos
Os valores energéticos dos alimentos, baseados em análises
químicas, podem ser encontrados em várias tabelas de composição
química de alimentos, como :
•Tabela de Composição de Alimentos do Guilherme Franco .
•Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras de
vários autores.
•Tabela de Composição de Alimentos do Estudo Nacional de Despesa
Familiar do IBGE .
Há variação nos valores calóricos e de determinados nutrientes
encontrados em diferentes tabelas, isso se deve a diferentes fontes de
consulta, diferenças nas metodologias utilizadas, variações regionais na
composição de alimentos, etc.
Exercícios!!! Praticar para assimilar!!!
• Calcule o GET para um indivíduo adulto com PI de 70 kg,
identifique suas necessidades de nutrientes de acordo com as
recomendações para a adequação da RDA.
• Calcule PI e o GET para uma mulher adulta, com 68 kg,
1,63m
• Faça a distribuição deste GET para 6 refeições, conforme a
tabela já oferecida. Depois, organize um cardápio para ser
servido a cada refeição, atendendo aos valores de calorias
apresentados. ( Usar tabela de composição).
• Calcular PI ( PI= IMC i x A²)
• Calcular GET ( olhar tabela)
Modelo - GET
Refeição 3 4 5 6
Desjejum 25% 20% 20% 20%
Colação - - 10% 10%
Almoço 45% 40% 35% 30%
Lanche - 10% 10% 10%
Jantar 30% 30% 25% 20%
Ceia - - - 10%
Distribuição Calórica
REFEIÇÃO Calorias Alimentos Cálculos calóricos
Desjejum 20%
Colação 10%
Almoço 30%
Lanche 10%
Jantar 20%
Ceia 10%
Total 100%
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3 bases metabolicas

  • 1. Aula 3 Bases Metabólicas Profa : Margarete A. da Fonseca Arioza Nutricionista Nutrição Normal
  • 2. Conceito de Metabolismo Conjunto de reações químicas responsáveis pelos processos de síntese e degradação dos nutrientes na célula no interior dos organismos vivos.
  • 3. Funções do Metabolismo • Obter energia química do sol ou de nutrientes; • Converter moléculas dos nutrientes e da célula em precursores de macromoléculas; • Polimerizar precursores em macromoléculas; • Sintetizar e degradar biomoléculas de acordo com necessidade celular.
  • 4. As Reações ocorrem em dois processos: METABOLISMO Anabolismo - cria moléculas complexas a partir de moléculas simples; Catabolismo - decompõe moléculas complexas criadas no anabolismo para produzir energia.
  • 5.
  • 6. Catabolismo e Anabolismo Vias catabólicas convergem para poucos produtos finais; Vias anabólicas divergem para a síntese de muitas biomoléculas;
  • 7. Definições • Degradar = transformar macromol em unidades monoméricas ex: glicídios em glicose , frutose ou galactose • Polimerizar = transformar monómeros em unidades de macromol ex: aminoácidos em proteínas Monómeros = 01 unidade Oligomeros = partes de polímeros ( >2 <10 und) Polímeros = união de vários monómeros ( >10 und)
  • 8. Divisão do Metabolismo Anabolismo É a fase biossintética e consumidora de energia do metabolismo. Catabolismo É a fase degradativa e liberadora de energia do metabolismo.
  • 9. Macromoléculas Produtos Pobres em Energia Nutrientes Ricos em Energia Moléculas Precursoras AnabolismoCatabolismo
  • 10.
  • 11. Catabolismo das Macromoléculas Carboidratos – glicose frutose galactose Proteínas - aminoácidos Lipídios - ác graxos glicerol
  • 13. CONCEITOS Estabelecimento de necessidades humanas: FAO ( Food and Agriculture Organization) 1950 – 1985 base na necessidade média de energia e nível de ingestão seguro FNB/NRC ( Food and Nutrition Board/National Reserch Council) 1941 – 1989 – RDAs base na nível de ingestão de nutrientes essenciais adequados para cobrir as necessidades de nutrientes específicos para todos os indivíduos saudáveis SBAN ( Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição – 1990 analisou as recomendações nutricionais vigentes adequando-as à população brasileira FNB/NRC em 1997 desenvolveu valores de referência para ingestão de nutrientes a serem utilizados no planejamento e avaliação de dietas de populacões saudáveis visando substituir as RDAs – DRIs ( Dietary Reference Intakes) As Ingestões Dietéticas de Referência ( IDRs/DRIs) incluem 4 conceitos de referência para consumo de nutrientes com definições e aplicações diferenciadas : EAR ( Estimated Avarege Requriment) RDA ( Requeriment Dietary Allowances) AI (Adequate Intake) UL (Torelable Upper Intake Level)
  • 14. EAR – Necessidade Média Estimada: representa o valor de ingestão de um nutriente estimado para cobrir a necessidade de 50% dos indivíduos saudáveis de determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo. É utilizado como base para estabelecer as RDAs e para avaliar a adequação e o planejamento da ingestão dietética de grupos populacionais RDA – Quota Diária Recomendada: nível de ingestão dietética suficiente para cobrir as necessidades de quase todos os indivíduos saudáveis ( 97 a 98%) em determinada faixa etária, estado fisiológico e sexo. As RDAS aplicam-se como metas de ingestão para indivíduos. Não devem ser utilizadas para avaliação de dietas de grupos populacionais. AI – Ingestão Adequada : nível de ingestão de nutrientes a ser utilizado em substituição a RDA quando as evidências científicas não são suficientes para o cálculo da necessidade EAR. Baseia-se no consumo médio de nutrientes observado ou estimado experimentalmente de um grupo ou grupos de indivíduos saudáveis. Usada como meta de ingestão para grupos. UL – Nível de Ingestão Máxima Tolerável : nível mais alto de ingestão diária de nutrientes isento de risco de efeitos adversos à saúde para quase todos os indivíduos de uma população. Não é um nível recomendável. Benefícios do consumo acima das RDAs ou AIs são questionáveis.
  • 15. Metabolismo atividade celular dirigida que envolve reações anabólicas ( consomem energia) e catabólicas ( liberam energia). Essas reações envolvem sistemas multienzimáticos que cooperam para quatro funções: Alimentação Necessidade Básica para se obter substâncias essenciais e adquirir energia para a conservação dos processos fisiológicos: Todos esses processos funcionam através do metabolismo energético. - manutenção dos gradientes químico e eletroquímico das membranas celulares - biossíntese de macromoléculas ( glicogênio, ptnas e os triacilgliceróis) - contração muscular
  • 16. aminoácidos proteína ác. graxo+ glicerol Triacilglicerol glicose glicogênio Vias metabólicas na liberação e consumo de energia Catabolismo Anabolismo liberação de ATP consumo de ATP produtos finais : moléculas precursoras: CO2 aminoácido H2O ác. Graxo + glicerol Liberadores de Energia Armazenadores de Energia: NH3 glicose
  • 17. Etapas fisiológicas para utilização da energia disponível nos alimentos alimento (carboidrato, lipídio e proteína) digestão ( glicose e frutose, ac. Graxo e glicerol e aminoácido) absorção metabolismo energia ( ATP )
  • 18. Energia Disponível nos Nutrientes após processos fisiológicos energia do alimento Kcal/g CHO LIP PROT ÁLCOOL 4,10 9,45 5,65 7,10 energia digerível Kcal/g Perda fecal de energia CHO LIP PROT ÁLCOOL 4,0 9,0 5,2 7,10 energia metabolizável Kcal/g CHO LIP PROT ÁLCOOL 4,0 9,0 4,0 7,0
  • 19. É a capacidade de realizar trabalho. No estudo da nutrição, refere- se à maneira pela qual o organismo utiliza a energia situada nas ligações químicas dentro do alimento. A energia é liberada pelo metabolismo do alimento, o qual deve ser fornecido regularmente para satisfazer as necessidades energéticas para a sobrevivência do organismo. Componentes do gasto de energia - (GET) A energia é gasta pelo corpo humano na forma de gasto de energia basal, atividade voluntária e o efeito térmico dos alimentos. Energia GET = TMB x FI x FA
  • 20. Taxa de Metabolismo Basal - TMB • No estado de repouso, a energia é gasta nas atividades mecânicas necessárias para sustentar os processos da vida, assim como respiração e circulação, sintetizar os constituintes orgânicos, bombear íons através de membranas e manter a temperatura corpórea. Metade da energia gasta é utilizada para satisfazer as necessidades metabólicas do sistema nervoso.
  • 21. Valor energético total (VET) Refere-se ao somatório dos valores calóricos de todas as refeições servidas a um indivíduo, ou seja, calcula-se o valor energético de cada alimento de uma refeição e depois o somatório de todas as refeições. Fator injuria • CIRURGIA ELETIVA - 1,24 • TRAUMA DE ESQUELETO – 1,32 • TRAUMA MUSCULAR – 1,37 • TRAUMA CRANIANO – 1,61 • SEPSE – 1.79 • QUEIMADURA 10 – 30% - 1,5 30 –50% - 1,75 > 50% - 2,0 Fator Atividade - ver tabela
  • 22. Gestante kcal/ kg PI pré gestacional 2º trimestre 25/ 30 3º trimestre 30/35 Lactação 30/35 Baixo peso 35/40 Obesa 20/25 Recomendações de Energia – FAO/OMS prática para cálculo do GET Crianças kcal/ kg 0 a 6 meses – 108 7 a 12 meses – 98 1 a 3 anos – 102 4 a 6 anos – 90 7 a 10 anos – 70 Adolescentes M F kcal/kg PI Pº 50 11 a 14 anos 55 47 15 a 18 anos 45 40 19 a 24 anos 40 38 Gestante Adolescente 40 Adulto M F kcal/kg PI Leve 30 25 Moderada 35 30 Intensa 40/45 35/45 Idoso 23/25 23/25
  • 23. Necessidades X Recomendações Segundo a SBAN necessidades nutricionais : É a quantidade de energia e nutrientes biodisponíveis nos alimentos a ser ingerido para um indivíduo satisfazer as suas necessidades fisiológicas. recomendações nutricionais: É a quantidade de energia e nutrientes nos alimentos para satisfazer as necessidades de quase todos os indivíduos de uma população sadia.
  • 24. FAO/OMS SBAN/1990 CHO: 55 a 75 % 60 a 70 % PTN: 10 a 15 % 10 a 12 % LIP: 15 a 30 % * 20 a 25 % *10% Saturadas e Col < 300 mg Recomendações Distribuição ( Adequação da dieta) GORDURAS - ingerir um grama de GORD por quilo de peso, no mínimo. PROTEÍNAS - ingerir um grama de PTNA por quilo de peso, no mínimo. CARBOIDRATOS – ingerir 130 grama de CHO por quilo de peso, no mínimo.
  • 25. Fórmula Prática IDADE feminino masculino 0-12 anos adolescentes 12-14 anos 15-18 anos 19-22 anos 1000 kcal+ 100 p/ano de idade 55 kcal/kg 64 kcal/kg 39 kcal/kg 50 kcal/kg 36 kcal/kg 45 kcal/kg adultos Atv leve Atv moderada Atv intensa Obesidade 25 kcal/kg 30 kcal/kg 35- 40 kcal/kg 25-30 kcal/kg 30 kcal/kg 35 kcal/kg 40- 45 kcal/kg 30- 35 kcal/kg gestante 1 trim 2 trim 3 trim baixo peso obesa nutriz 25-30 kcal/kg 30-35 kcal/kg 35-40 kcal/kg 25-30 kcal/kg 35-40 kcal/kg fonte - OMS/FAO – 1995 GET = PI X valor da tabela
  • 26. Tabelas de composição química dos alimentos Os valores energéticos dos alimentos, baseados em análises químicas, podem ser encontrados em várias tabelas de composição química de alimentos, como : •Tabela de Composição de Alimentos do Guilherme Franco . •Tabela para avaliação de consumo alimentar em medidas caseiras de vários autores. •Tabela de Composição de Alimentos do Estudo Nacional de Despesa Familiar do IBGE . Há variação nos valores calóricos e de determinados nutrientes encontrados em diferentes tabelas, isso se deve a diferentes fontes de consulta, diferenças nas metodologias utilizadas, variações regionais na composição de alimentos, etc.
  • 27. Exercícios!!! Praticar para assimilar!!! • Calcule o GET para um indivíduo adulto com PI de 70 kg, identifique suas necessidades de nutrientes de acordo com as recomendações para a adequação da RDA. • Calcule PI e o GET para uma mulher adulta, com 68 kg, 1,63m • Faça a distribuição deste GET para 6 refeições, conforme a tabela já oferecida. Depois, organize um cardápio para ser servido a cada refeição, atendendo aos valores de calorias apresentados. ( Usar tabela de composição).
  • 28. • Calcular PI ( PI= IMC i x A²) • Calcular GET ( olhar tabela) Modelo - GET Refeição 3 4 5 6 Desjejum 25% 20% 20% 20% Colação - - 10% 10% Almoço 45% 40% 35% 30% Lanche - 10% 10% 10% Jantar 30% 30% 25% 20% Ceia - - - 10% Distribuição Calórica
  • 29. REFEIÇÃO Calorias Alimentos Cálculos calóricos Desjejum 20% Colação 10% Almoço 30% Lanche 10% Jantar 20% Ceia 10% Total 100% Modelo - VET

Notas do Editor

  1. 6