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Parnaíba, Dezembro de 2020 - Ano XIV
151
EDIÇÃO
Leituraaconselhável para
maiores de 14 anos
A estreia dos quadrinhos de
Terror e Suspense no Piaguí!
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Os textos assinados neste
impresso são de inteira
responsabilidade de seus autores.
Claucio Ciarlini
Edição e Revisão
Fabio Bezerra
Diagramação e Arte
Contato: piaguivirtual@gmail.com
98867-7406 / 99514-0902
Contato para apoio cultural:
Rosângela Carvalho (86) 99944-1328
Editorial
Dezembro de 2020! A vacina contra o mal
que tanto nos assolou este ano finalmente
está aprovada! No que segue em rápida
produção (em alguns países até mesmo
aplicação) e a previsão para o início da
imunização em nosso estado já é para
os primeiros meses do ano. Trata-se da
humanidade finalmente vencendo um dos
piores desafios com os quais já se deparou.
E em termos de O Piaguí, depois de uma
edição especial, de retorno e de aniversário,
que alguns leitores até estranharam pela
falta da poesia, da crônica e de outros
elementos literários e culturais de costume,
tenho o prazer de anunciar que todos estes
elementos e muito mais estão de volta neste
número que traz uma grande novidade:
Quadrinhos de suspense e terror no Piaguí!
Durante os 13 anos de nossa jornada cultural,
contamos com a arte de vários desenhistas
e dentre eles, a figura de Mauro Sousa,
que além do talento para desenhar com
brilhantismo, é historiador, arqueólogo,
professor, músico, escritor, artista plástico,
dentre outras atividades. É um dos
ilustradores que mais colaboraram para com
nosso impresso, além de ter sido o primeiro.
EdesdeosprimórdiosdojornalqueeueMauro
cultivamos o sonho de trabalhar de forma
mais frequente com quadrinhos no Piaguí.
Especialmente com quadrinhos de terror
ambientados em nossa região. E finalmente
este momento chegou! No que torcemos para
que o leitor do gênero aprecie e até mesmo
nos dê um retorno sobre o que verá a cada
mês em que traremos uma nova e assombrosa
história, tanto pelas mãos de Mauro, como
por outras que futuramente serão reveladas.
Obviamente que, para quem não gosta
deste tipo de quadrinho, é só mergulhar
no restante de nossas páginas que estão
recheadas de literatura e de história.
Que venha 2021, que venha a Vacina!
Claucio Ciarlini (Editor)
Lembra que final do mês já é natal?
	 Em janeiro não pulei as 7 ondinhas, mas vi os fogos no céu e jurei que esse ano ia ser bonito. Em fevereiro virei o carnaval de ponta
cabeça e na quarta-feira limpei as cinzas das palmas das mãos. Em março passou no jornal que ia ter uma quarentena de 2 semanas.
	 Daqui a 2 semanas é Natal.
	 Tentei fazer yoga, meditação, pintura, plantei cheiro verde e girassóis na quina de sol que faz na minha janela. Instalei e desinstalei
trinta e cinco vezes as redes sociais e postei nas mesmas sobre como o vício da tecnologia é perigoso. Ouvi as notícias e fiquei paranoica
com os abraços na minha vó. Parei de ouvir as notícias e fiquei preocupada com os negacionismos e com o preço do arroz. Como que faz
ceia sem arroz?
	 Aliás, se for levar a farofa vou ter que usar manteiga, o preço do óleo também subiu. Mas e a família? Será que vai todo mundo? 	
	 Meu tio é hipertenso e a prima perdeu o marido. Será que vai ter música? Mas quem vai cantar? Sinto como se nossas vozes
estivessem roucas, cansadas.
	 Mas as luzes insisti em colocar. Cansei do escuro e das noites que passei em claro e não enxergava um palmo na minha frente. 	
	 Quis enfeitar com os pontinhos amarelos as janelas da minha casa; parece que tá chovendo estrelas aqui no meio norte. Assim olho
mais tranquila pro céu e rezo pra que ele acolha as luzes novas que pousaram lá e brilhe pros que ficaram aqui. Foram tantos.
	 O que deixamos pra trás esse ano não cabe em caixa de presente algum. O que vivemos esse ano não será suficientemente explicado
nos livros de história. Reclamamos da inflação, da conta de luz, das eleições, dos leitos, das máscaras, mas quando fechamos os olhos
escutamos a imensidão dos 176 mil silêncios deixados aqui.
	 2020 terminou várias vezes ao longo desses 12 meses. Nós terminamos várias vezes ao longo dele, e buscamos até hoje nos
recomeçar novamente, reconstruir, nos reconhecer em meio do caos. Em alguns dias o último número dessa junção de algarismos vai se
transformar em outro e esse momento da história vai se pôr fim numericamente, mas os nossos recomeços precisaram muito mais do que
essa contagem regressiva. Quem sabe devamos pular as 7 ondinhas, ou até mergulhar de cabeça.
	 O cheiro verde não vingou e os girassóis murcharam, mas sobrou adubo e tem espaços vazios, quem sabe se em 2021 se possa
florescer.
O retorno arrepiante de Mauro Sousa!
Claucio Ciarlini
Professor e Escritor
Lívia Pessoa
(@_livia_pessoa)
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Emanoel Carvalho
Escritor
A
Academia Parnaibana de Le-
tras realizou, no dia 11 de julho
deste ano, a primeira eleição
virtual em mais de 37 de anos de exis-
tência. A pandemia do novo coronaví-
rus não permitiu que a entidade reali-
zasse a votação de forma presencial.
Os recursos tecnológicos permitiram
que a identidade do votante fosse pre-
servada, como assevera o regimento
interno da instituição e é regra pétrea
em todas as eleições. A sessão virtual
foi presidida pelo presidente do Silo-
geu José Luíz de Carvalho, e condu-
zida pelo seu Secretário GeralAntônio
Gallas Pimentel. Junto com os citados,
outros dez acadêmicos participaram da
reunião, que apuraram os votos de 80
por cento dos membros efetivos, de-
cretando a vitória por unanimidade do
candidato único, o parnaibano, desem-
bargador doTJ-PI e atual presidente do
TRE-PI, José James Gomes Pereira.
James ocupará a cadeira n° 09 da aca-
demia, que tem como patrono R. Petit,
e que teve como seu último ocupante o
magistrado José de Nicodemos Alves,
falecido em 30 de novembro de 2019,
em Brasília.
DIRETO DA APAL:
Desembargador José James Gomes Pereira é o mais novo
imortal da APAL
IMPERFEITA-MENTE
Não gosto de quem não sangra
Não suporto os que não vacilam
Rejeito os perfeitos, os insuperáveis
O mundo está cheio dos que não erram
Impolutos, ilibados, imaculados, castos, que nojo!
Não há nada mais sincero que a dor
Tenho atração por erros admitidos
Eu amo a fragilidade humana
Exalto a transparência da covardia
Admiro as lágrimas que umedecem um rosto
ruborizado pela vergonha de uma falha
Eu gosto da incerteza, da dúvida e de hesitar antes da palavra
Emociono-me em viver caindo, errando e falhando
Imperfeitamente um aprendiz
Por Jailson & Morgana
Júnior Sales
Vivianne Costa
Mulher, Piauiense, nascida e
criada em Parnaíba, Professora,
formada em Ciências Sociais
(UESPI), 24 anos, Mestranda
em Sociologia (UFPI) e amante
da Poesia!
PARTÍCULA APASSIVADORA
Se um dia eu me for
Deixe-me ir, por favor.
Teus olhos encherão de lágrimas.
E eu, perderei as palavras.
Se a porta estiver aberta
Que esteja. De forma sincera.
Se o caminho no meio partir
Saberás por onde ir.
Foste a ternura mais linda e verdadeira.
Um emaranhado de ilusões, a noite inteira.
Dos Cem Sonetos de Amor que a ti cantei
Nenhum chega perto, dessa insensatez.
E se um dia tu partir
Os sonetos que cantei
Não terão chegado ao fim.
O meio do caminho andado
Terá inicio, meio e fim.
Mas um fim não esperado
De alguém, que no passado
Viverá dentro de mim.
ROSA
Rosa vivia sozinha Triste, Pálida, franzina.
Comia o único pão que lhe restara,
Bebia o suor da boca amarga.
Mas Rosa, cantava todo dia
A triste história de sua vida ...
Ela era menina pequena,
Era bela, de pele morena;
A mãe batia, o pai comia
Tiravam-lhe os trapos todo dia.
Rosa servia de jantar nas madrugadas,
Era abundância da noite escassa,
Fazia as tarefas de casa
Andava nas ruas, varria a calçada...
E Rosa, olhava pro céu
Via a liberdade do pássaro
Num pedaço de papel.
Rosa sonhava em ser atriz
Só queria um pedaço de palco
‘Pra’ fazer uma cena feliz.
ESTREANDO
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Jardim dos Poetas e Aspectos da
Literatura Parnaibana Do Diário de Elmar Carvalho (15/11/2020)
F
aço parte de quatro grupos de risco, com
relação à covid-19, mas daqui a alguns
minutos sairei para votar. Mas não é
disto que desejo falar. O que desejo dizer é
que na sexta-feira, em conversa telefônica
com Valdeci Cavalcante, no ensejo de lhe
comunicar a publicação virtual de meu livro
Aspectos da Literatura Parnaibana, que já se
encontra disponível na Amazon, lhe sugeri
a construção do novo Jardim dos Poetas, no
entorno do Castelo de Eventos, na Praça Mandu
Ladino, em Parnaíba. Sobre essas coisas,
seguem detalhes abaixo, na Apresentação de
meu e-book, que torno parte integrante deste
Diário:
Apresentação
	 Estava eu posto em sossego, após ter
realizado a edição virtual de Diário Incontínuo,
disponível na Amazon, quando fui interpelado,
por WhatsApp, pelo escritor e poeta Claucio
Ciarlini, da seguinte forma: “Um amigo,
o escritor Carvalho Filho, estava a me
perguntar ainda hoje se tenho conhecimento
de uma possível futura reedição de Aspectos
da literatura parnaibana. Há tempos ele o
procura.”
	 Eis minha resposta: “Não pensei
nisso. Não está nos meus planos. Mas talvez
eu comece a pensar numa edição virtual
aumentada. Quando eu me livrar de uns
sufocos, vou pensar numa edição virtual,
revista e aumentada, com o acréscimo de uns
artigos e discursos novos sobre a literatura
parnaibana. Vou pensar nisso.”
	 Contudo, um pouco depois, eu já
lhe noticiava ter tomado a decisão de fazer
uma publicação virtual (e-book) de Aspectos
da literatura parnaibana, em edição revista e
substancialmente aumentada. Pedi-lhe o favor
de bolar a capa, com base em duas fotografias
(que lhe enviei) de uma marinha que orna
a sala de minha casa, da autoria do pintor F.
Chagas (2008) e de uma estatueta de um poeta,
que pela magreza mais parece Dom Quixote,
a empunhar, em vez de uma lança ou espada,
uma pena de escrever, da autoria do grande
escultor Braga Tepi.
	 Faço aqui um parêntese para dar aos
poetas e leitores uma boa nova. Tendo em vista
que o pequeno ensaio Aspectos da literatura
parnaibana foi por mim escrito especialmente
para a inauguração do Jardim dos Poetas,
idealizado pelo escritor e teatrólogo Benjamim
Santos e construído na gestão do prefeito Paulo
Eudes, em que fui um dos oradores, resolvi
mandar, por WhatsApp, uma mensagem de
áudio ao dinâmico presidente da Fecomércio/
PI, Dr. Valdeci Cavalcante, lhe informando
sobre a vertente edição, e lhe explanando sobre
o Jardim dos Poetas, que me ensejou elaborar
o referido texto; em seguida lhe disse que o
aludido logradouro fora abandonado há muitos
anos, pelo que entrara em estado de ruínas, com
as placas dos poemas retiradas de seu suporte.
	 Sugeri-lhe a construção de um novo
Jardim dos Poetas ou Praça dos Poetas, em
terreno perto do Castelo de Eventos, na Praça
Mandu Ladino, ou em outro imóvel de sua
conveniência. O grande mecenas da cultura
e das artes em geral, imediatamente me
respondeu que o construiria nas proximidades
do Castelo, local nobre e muito frequentado
pela sociedade parnaibana.
	 Acredito que o novo Jardim dos Poetas
será erigido, por uma única e simples razão:
Valdeci Cavalcante tem por hábito cumprir as
suas promessas. Agora mesmo, ele terminou a
construção do Centro de Cultura, em Teresina,
com teatro, cineteatro e diversos outros espaços
culturais, um dos quais, para honra minha, terá
o meu nome, a ser inaugurado oportunamente.
Se monarquia não estivesse fora de moda, o
magnífico edifício bem poderia ser designado
como Paço ou Palácio da Cultura.
	 Sobre o novo Jardim dos Poetas,
que mais poderia dizer, exceto que os poetas
ficarão eternamente gratos a Valdeci, bem
como os parnaibanos, que terão mais um local
e monumento dedicado ao culto das artes e da
poesia, pois certamente nesse espaço haverá o
casamento perfeito de uma obra arquitetônica
com a poesia, sobretudo a que louva as
louçanias de Parnaíba.
	 Fechado o parêntese, volto ao curso
natural desta apresentação. Como disse,
esta é uma edição revista e demasiadamente
aumentada, com vários textos, que produzi
após o lançamento do opúsculo na solenidades
de inauguração do Jardim, ocorrida em 30 de
abril de 2003.
	 Vários outros textos que escrevi,
antes de possuir computador, aqui não foram
enfeixados, tanto porque não os encontrei,
como porque não teria disposição e nem
tempo de digitá-los, neste tempo de pandemia,
em que, às vezes, nos quedamos sem ânimo.
Entre essas matérias sobre literatura e
autores parnaibanos, há uma sobre o poeta,
memorialista e romancista Renato Castelo
Branco, com quem me correspondi por cartas,
através da velha ECT (Correios), e outra sobre
o romancista e contista Fontes Ibiapina, que
conheci pessoalmente, proprietário de imensa
biblioteca, onde estive uma vez.
	 Como se pode ver, numa simples
verificação do sumário, neste livro coligi
matérias diversas. Muitas são crônicas,
discursos ou pequenos ensaios, em que
comento livros, autores e fatos de nossa
vida literária. Portanto, há algo de crítica e
de historiografia literária, embora não me
considere um historiador e muito menos um
crítico literário.
	 Talvez alguém ache fora de propósito
eu haver inserido a crônica Professor Amstein.
Fiz sua inclusão porque Amstein foi um
homem bom e um bom professor, um contador
de “causos” anedóticos, em que muitas vezes
ele era o protagonista; porque nela eu falo em
muitos intelectuais, professores e escritores
de Parnaíba. E porque ele era uma espécie
de escritor ou literato oral, se é que não
estou proferindo alguma heresia gramatical.
KKKKK.
	 Achei por bem incluir, na parte
denominada ANEXOS, textos dos professores,
poetas e escritores Alcenor Candeira Filho
e Claucio Ciarlini, que complementam os
textos de minha autoria, agrupados sob o
mesmo título do livro – ASPECTOS DA
LITERATURA PARNAIBANA. Os textos de
ANEXOS estudam os poetas e escritores, que
surgiram depois de minha geração, a chamada
geração 70 ou Geração Mimeógrafo.
	 É esta obra apenas parte de minha
modesta contribuição à Literatura de Parnaíba.
	 Contudo, a História da Literatura
Parnaibana, de forma exaustiva, sistêmica
e aprofundada, com comentários críticos e
contextualização histórica, ainda está por
ser escrita, esperando por um dinâmico e
ousado “sangue novo”, que nos preste esse
extraordinário serviço, que talvez só possa
ser levado a cabo por uma equipe proativa
e bem coordenada, talvez com necessidade
de incentivo e verba de nossa Universidade
Federal do Delta do Parnaíba, cujo embrião foi
o Campus Universitário Ministro Reis Velloso,
em que cursei Administração de Empresas, e
cujo Diretório Acadêmico 3 de Março presidi.
	 Como disse, esta é apenas minha
contribuição ao estudo de Literatura
Parnaibana. Outros poderão fazer muito mais
e melhor.
Fonte: http://poetaelmar.blogspot.
com/2020/11/jardim-dos-poetas-e-aspectos-
da.html
Elmar Carvalho
Escritor e membro da APAL
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U
m choro agoniado numa pequena
casa do bairro Guarani em Piracuruca
marca o fim de um sufoco: uma
criança - o derradeiro e décimo primeiro filho
de João Luís Gomes (João Terto) e Adília de
Moraes Meneses (Nenzinha) - nasce aliviado
após livrar-se do laço do cordão umbilical
que envolvia o seu pescoço. Esse foi apenas
o primeiro de muitos desafios que ele iria
enfrentar nos seus 76 anos de vida.
	Como manda a tradição, em
promessa, sua mãe, Nenzinha, entregou a
criança para Santo Antônio apadrinhar e logo
o batizou de Antônio Francisco de Meneses.
Era o dia 31 de setembro de 1944 (na certidão,
ficou 15 de junho de 1944). Na Europa,
acontecia a Segunda Grande Guerra e, além
desse difícil parto, Nenzinha acompanhava
com tristeza a ida do filho mais velho para
a guerra. Desesperada, foi até Teresina se
despedir de Fransquinho e novamente teve
um alívio: o filho foi dispensado nos últimos
exames antes de viajar para a Itália.
João Terto foi para a eternidade no
dia 5 de fevereiro de 1953 e Antônio, aos 9
anos, ficou sem pai. O fato de ser o filho mais
novo não o livrou da luta. Ainda criança, ao
lado do seu irmão Luís, trabalhou em serviço
de homem grande, fez caieira, rachou lenha,
trabalhou em olaria, carnaubal, foi pescador,
cobrador e motorista em carro de horário, e
garçom, além de ajudar os irmãos mais velhos
em comércio. Até que um dia resolveu seguir
o caminho do seu irmão mais velho e também
foi para a caserna, sentou praça no 3º BEC em
Campo Maior (PI), no ano de 1963.
Organizado, autodidata e com uma grande
aptidão para a matemática, ao voltar do
exército, Antônio prestou alguns concursos,
comoodaPolíciaRodoviáriaFederal;passou,
mas preferiu ser comerciante no mercado.
Paralelo a isso fazia trabalhos contábeis,
preenchia formulários de aposentadoria,
declaração de imposto de renda e ainda
prestava serviços administrativos para
empresas da cidade. Foi nessa época, na
década de 1970 que recebeu o convite para
trabalhar no Banco do Brasil, ainda assim,
preferiu cuidar do seu comércio.
	 Casou-se em 1972 com sua prima
Zilmar de Amorim Meneses com quem
teve dois filhos: Francisco Gerson Amorim
de Meneses e Lilian Maria Amorim de
Meneses. Em 24 de janeiro de 1977, perdeu
a sua mãe Nenzinha. Concluiu seus estudos,
inicialmente através do rádio pelas ondas
sonoras do Projeto
Minerva e depois o
2º Grau já no início
dos anos 1980. Nessa
mesma época, através
do Projeto Sertanejo,
adquiriu a Fazenda
Rasteiro e passou a ser
pecuarista.
Foi, por muitos anos,
representante do IBGE
no município de Piracuruca e responsável
pelo censo demográfico na cidade.
Desportista, foi árbitro de futebol e dirigente
da seleção de futebol de Piracuruca no final
dos anos 1970 e começo dos anos 1980,
época em que também fez parte da diretoria
do Grêmio Recreativo Piracuruquense.
	 Em 1982, aos 38 anos, resolveu
entrar para a política: foi vereador de
Piracuruca por três mandatos: 1982, 1988 e
1992, foi presidência da Câmara Municipal
de Piracuruca; depois, foi Secretário de
Administração por 4 anos e Secretário
de Obras por 16 anos; exerceu relevante
liderança política, principalmente na região
do Saco dos Polidórios e Data Batalha,
localidades que hoje fazem parte dos
municípios de Brasileira e São João da
Fronteira, respectivamente.
	 Antônio Francisco de Meneses,
conhecido como Antônio Terto e também
pela carinhosa alcunha de Cara de Tatu,
se despediu dos familiares e amigos no
dia 6 de novembro de 2020, deixando um
importante legado que é reconhecido por
muitos, principalmente por aqueles que são
abastecidos do dom da gratidão e sabem
mensurar o seu valor como homem público
honesto, trabalhador, companheiro fiel e de
caráter ilibado.
Por F Gerson Meneses
Escritor
O menino que nasceu laçado
Homenagem a Antônio Francisco de Meneses (Antônio Terto)
Pág. 9 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020
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D
urante os dois primeiros anos
de circulação de O Bembém,
encontramos a presença marcante
do professor historiador Iweltman Mendes
escrevendo para o jornal, trazendo sempre
matérias sobre o passado de Parnaíba, porém,
com um caráter positivista, baseado em
documentos oficiais favorecendo apenas a
elite parnaibana e reproduzindo aquilo que
foi produzido para mostrar aos cidadãos o que
seria uma cidade ideal. Assim, na primeira
edição de O Bembém, encontramos a coluna
chamada “Veredas” para dar destaque a
pequenas manchetes que ocorreram tanto a
nível nacional como local, e lá encontramos
o Historiador professor Iweltman Mendes
contribuindo financeiramente para o jornal
O Bembém, “dada a sua importância para o
Piauí.”
A partir da edição de número 04, 21 de Abril
de 2008, do jornal, encontramos a primeira
matéria publicada pelo professor Iweltman
Mendes sobre o Porto de Amarração, na qual
ele faz um pequeno apanhado histórico de
como se deu a ideia de sua construção até
o momento da autorização para o início da
obra. Assim, o que seria naquele momento
do auge econômico uma expansão cada vez
maior das relações comercias, tanto da cidade
de Parnaíba como em outros estados do país
acabou virando uma “bola de neve” que vem
girando até os dias de hoje, sem que nenhuma
atitude seja tomada, ficando assim, apenas o
sentimento saudosista de desenvolvimento do
comercio.
Na edição número 05, 21 de Maio
de 2008, encontramos a continuação da
reportagem sobre o Porto de Amarração,
matéria produzida pelo professor Iweltman
Mendes, que conta a trajetória de um sonho,
a construção do Porto, na qual o autor fala de
todo o esforço para o termino da construção
do porto, deste modo, o tempo foi passando e
a construção do Porto parada, assim a questão
só iria se resolver quando fosse homologado
um decreto dando a posse a um dos estado
Piauí ou Ceará. Sendo assim, percebemos que
as dificuldades para a finalização do Porto de
Amarração vem desde o início da proposta
de sua construção quando ainda não havia de
falto a divisão de terras entres os estados.
Iweltman Mendes contribuiu
de maneira continua para O Bembém,
possibilitando assim um misto de reportagens
sobre a cidade de Parnaíba, desse modo,
podemos encontrar também, uma matéria
redigida pelo professor historiador em uma
matéria intitulada “Parnaíba dos estrangeiros:
os vice-consulados”, Iweltman fala dos
diversosinteressesqueosestrangeirostiverem
aos aportarem em Parnaíba, desde Nicolau
de Rezende, Domingos Dias da Silva até os
Singlehurst, diferentes personagens e navios
de várias partes do mundo, apresentando uma
discussão em torno da internacionalização do
aeroporto e da possibilidade da finalização
da construção do porto, e o autor finaliza
com uma pergunta; “Teremos novamente
nossas portas abertas ao mundo?”. Nesta
matéria, contudo, percebemos a vontade de
reviver o fausto do século XX, pois o auge
de seu desenvolvimento se deu com o contato
com outras nações, e esse período marcou
a história de Parnaíba e a possibilidade de
conclusão do Porto e Aeroporto, na visão de
Iweltman, poderia fazer com que a cidade
revisse seu auge econômico.
O Bembém traz uma reportagem sobre
a Era Vargas em Parnaíba relatada pelo
historiador professor Iweltman, sendo ele
neste primeiro momento a pessoa que tem
presença marcante no jornal por estar sempre
produzindo matérias. Durante a matéria sobre
a Era Vargas, Iweltman vai mostrando as
vivencias dos anos 1937-1945 em Parnaíba,
tendocomointerventordurantetodooperíodo
citado, o doutor Mirócles de Campos Veras,
além de citar os avanços na cidade, como a
chegada da rede telefônica pela Sociedade
Ericsson do Brasil (1938), a construção do
prédio da unidade escolar Luiz Galhanoni
(1939), a inauguração da Maternidade Dr.
Marques Basto (1940), dentre muitos outros
avanços citados na época em questão.
Segundo Iweltman “nesse período (1937-
1945), Parnaíba era seguramente uma “oficina
de labor” onde se construíam as bases de sua
contemporaneidade erguendo suas principais
instituições”.Assim, percebemos um olhar da
história tradicional na escrita do escritor sobre
os fatos do referido momento, pois Iweltman
faz uso apenas de documentos oficiais apenas
transcrevendo os grandes momentos e feitos
da cidade e seus personagens, deixando
de lado toda a repressão e acontecimentos
contrários da Era Vargas.
ENTRE A RUPTURA E A TRADIÇÃO: O BEMBÉM E OS
REGIMES DE HISTORICIDADE PARNAIBANOS. 2008-2016
Karliane Maria Saraiva da Silva
Graduada em História
A
indicação desse mês vai para uma
série que chegou devagar e logo foi
cativando o coração de quem assiste:
The Mandalorian! Ambientada no universo
de Star Wars, a série acompanha a trajetória
do caçador de recompensas Mandaloriano
que aceita uma missão para resgatar uma
pessoa. Ao chegar lá se depara com uma
criança de 50 anos (raça do Mestre Jedi
Yoda, que envelhecem de forma diferente da
convencional), e decide protegê-la das pessoas
que o contrataram para resgatá-la, ou seja, “O
Império”, que há poucos anos havia caído com
a morte de seu imperador e de Darth Vader.
Mesmo fugindo na nova república, o império
tenta se reerguer. Em uma época da qual os
Jedi estão extintos, o Mandaloriano sai em
busca de um Jedi ou alguém que tenha ligação
com os Jedi, para poder ficar com a criança.
Ao primeiro momento, a série pode não
parecer tão atrativa, por não ter Jedis, lutas de
sabre entre outras características dos filmes
de Star Wars que o grande público tanto
conhece e aprecia. Porém a série consegue
resgatar aquela nostálgia junto com um novo
universo expandido da grande saga
iniciada em 1977 por George Lucas.
Jon Favreau, roteirista e diretor da
série, conseguiu entregar uma série
concisa, com um roteiro muito bem
estruturado e empolgante. A cada
episódio é impossível não ansiar o
episódio seguinte. Infelizmente a
trilogia sequel de Star Wars (episódios
7,8 e 9) não conseguiu agradar a
todos os fãs, especialmente o último
filme, a Ascenção Skywalker, que
foi o mais criticado, entregando um
roteiro preguiçoso, acomodado no
mesmo e não se arriscou em ousar
como o antecessor Os Ultimos Jedi.
Com certeza a Disney acertou o
tom do universo de Star Wars nessa
série e com certeza ela ficará na
memória cultural por toda eternidade,
assim como os filmes originais
que até hoje encantam gerações.
Para aqueles que desejam assistir,
a Série encontra-se no serviço de
streaming Disney +.
CALIXTO INDICA:
The Mandalorian
Josué Calixto
Fotógrafo e Crítico de Cinema
Parte XIV
Pág. 10 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020
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SESC PIAUÍ
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O
presidente do Sistema Fecomércio
Sesc Senac no Piauí, Valdeci
Cavalcante, analisou os dados
das vendas do comércio de bens e
serviços no estado durante o ano de 2020.
De acordo com ele, a pandemia afetou
consideravelmente a economia do Piauí,
mas aos poucos as empresas e instituições
estão se restabelecendo. A expectativa do
presidente é que com a proximidade do Natal
os números melhorem ainda mais.
“Estamos finalizando este ano, que
foi completamente atípico por conta da
pandemia da Covid-19 que assolou o mundo.
A economia de todo o planeta foi afetada e,
aos poucos, as empresas e instituições estão
se recuperando. Aqui no Piauí a Federação
do Comércio lutou muito junto com os
empresários para que não parássemos e
pudéssemos minimizar os danos no comércio
local de bens, serviços e também no setor de
turismo”, disse.
Valdeci afirma que, de acordo com
dados dos índices de volumes de vendas e
prestação de serviços, colhidos pelo IBGE,
o início do ano manteve a média dos anos
anteriores, porém, a partir de março, quando
iniciou-se a pandemia, houve uma queda
de 3,9% nas vendas do comércio e setor de
serviços em relação ao mesmo período do
ano passado. Nos meses de abril e maio,
no auge da pandemia e quando foram
decretados lockdown em várias cidades, a
queda foi ainda maior: de 22,8% em abril e
20,4% em maio.
No mês de junho, quando a
pandemia já estava mais controlada, os
números apresentaram uma melhora e houve
aumento de 16,8% no volume de vendas em
relação ao mesmo período do ano passado.
O melhor mês registrado este ano, até agora,
foi setembro, quando houve um aumento
de 23,9% nas vendas do comércio varejista
no Piauí em comparação ao mesmo mês do
ano passado. “Nossa expectativa é que esse
número cresça agora em dezembro com as
vendas do Natal”, disse Valdeci.
Sobre o pagamento de impostos
no estado, incluindo tributos como ICMS e
IPVA, dentre outros, os dados apontam que
no início do ano, em janeiro, o montante
arrecadado foi de R$ 607.513.450,00. “O
que pagamos de impostos
estaduais até o mês de
outubrofoideR$4,27bilhões
de reais, o que indica uma
queda de 1,39% em relação
a 2019, quando arrecadamos,
até o mesmo mês, o total de
R$ 4,33 bilhões de reais, ou
seja, nós representamos mais
de 80% da arrecadação do
estado”, explicou Valdeci.
Esta recuperação
econômica se reflete
também nos empregos. No
último mês de setembro, de
acordo com estatísticas do
Novo CAGED, entraram
no mercado de trabalho no
Piauí 2.172 pessoas no setor do comércio de
bens e 2.698 pessoas no setor de serviços,
totalizando 4.870 novos postos de trabalho
gerados. Ainda sobre setembro, até esse
mês existia no Piauí um estoque de 92.914
vagas ocupadas no setor do comércio,
com destaque para Teresina com 50.850
vagas. O segmento de serviços aponta com
134.594 empregados, dos quais 98.134
são de Teresina. “Esses números indicam
que nosso setor emprega diretamente, com
carteira assinada, 227.508 trabalhadores, dos
quais 44,5% só na capital. Poderia ser muito
mais, não fossem os maus governantes que
tivemos”, observa o presidente.
Encerrando suas análises, Valdeci
pediu que os empresários do interior do
estado se unam aos novos prefeitos eleitos
e exijam deles mais emendas parlamentares
e outros recursos públicos para suas cidades.
“Senhores gestores públicos, a melhor
forma de combater a miséria e a pobreza é
incentivar aqueles que produzem riqueza”,
finalizou.
Presidente Fecomércio Piauí faz
balanço do ano de 2020
Pág. 11 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020
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A POESIA de Ivaldo Medeiros
Gilberto Gil avança nos limites de um burburinho carnavalesco e a banda da sacristia
mpbóide ainda não acompanha a marcha do progresso.
A cada dia me enluto por fagulhas, centelhas se evaporam por falta da busca de identidade.
Parece coisa de debilóide nacionalista, a farsa do mundo é nossa?
Watson e Crick ao delimitarem o corpo físico ao corpo nuclear observaram o mundo em
nano- tragédias e assim uma boçalidade obesa de nossa genética.
Alguém não nos vê, detesto a cura e a doença sísmica da “information society” é um latido
de universos histriônicos. A internet e seus mil milhões, a internet e suas podres encarnações.
Escreviver com saudades de um amor farsesco?
Me mancho de dores e abraço a vida fácil.
Estou sem cara, estou à procura da cura. Alguém me vê e sou eu mesmo em estilhaços.
Bruno Baker Aquariano intempestivo, ex escritor, amante
de literatura, musica, artes plásticas, cinema antigo, filosofia,
bibliófilo amador e curador do Acervo Arnaldo Albuquerque.
Desinformado pelo curso de história.
Está na cara, está na cura e alguém vê?
Quero ser o refúgio que vai te guardar durante as piores tempestades,
só pra lhe ter no aconchego do meu abraço.
Quero provocar o sorriso fácil ao som de anedotas bobas
só para ter o prazer de contemplar o belo em sua plenitude.
Quero ser o entorpecente que vai neutralizar os teus receios,
para lhe fazer viajar para além de tuas fronteiras.
Quero ser a água que trouxe o espanto e o encantamento a Narciso,
só para refletir tua imagem e te mostrar o quanto és sublime.
Quero ser o insight inesperado nos teus momentos de dúvidas,
só pra te mostrar que tudo pode ser solucionável.
Quero ser a canção, a trilha sonora das tuas epilepsias e relaxamentos,
para cristalizar momentos, sensações e sentimentos no infinito do tempo.
Quero perceber no brilho do teu olhar e no sorriso incontido
que todas as aflições agora são passado e que tudo valeu a pena.
E se nada disso eu for digno de ser, ainda assim terei a satisfação
de ter sido o poeta, que a eternizou como musa, em pequenos
versos dessa minha humilde poesia.
Ivaldo Medeiros Araujo, natural de Parnaíba – PI, nasceu em
03/08/1972, Licenciado em História pela Universidade Estadual
do Piauí (UESPI), Especialista em História pela Faculdade de
Ciências e Tecnologia de Teresina (FACET), e graduando em
Filosofia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI/Cead).
Professor e Poeta. Herdei de minha Mãe o gosto pela literatura,
que apesar dela ter pouco estudo lia bastante e sempre me
incentivou. Desde cedo fui tocado pela poesia, seja na literatura,
na música ou qualquer outra forma de arte, mas foi em 1992 que
escrevi meu primeiro poema em uma aula de literatura. Após um
tempo sem escrever voltei a me dedicar a poesia, esta arte da palavra que traz à tona o que a
linguagem formal e cotidiana não é capaz de desvelar.
SEGUNDAS INTENÇÕES
Hipocrisia
Há tantas coisas na vida
Difíceis de entender
Onde muitos ganham pouco
Quase não dá pra viver
Outros esbanjam dinheiro
Esnobando a valer
Esse é o nosso Brasil,
Difícil compreender
A classe assalariada
Sofre e pede clemência
Submissa às circunstâncias
Pela sua sobrevivência
Um dia esse país
Pode ser justo, um dia...
Você acredita nisso?
Não chegará esse dia!
Sousa Filho
professor e escritor
Pág. 12 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020
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O Piagüí
Dicionáriode
Escritoresem
Parnaíba
Entre Gerações
NOME:
NASCIMENTO:
INÍCIO NA
ESCRITA:
INSPIRAÇÕES
OU
REFERÊNCIAS:
MODALIDADES
QUE ESCREVE:
OBRAS DE
SUAAUTORIA
OU
PARTICIPAÇÃO:
PLANOS
LITERÁRIOS
FUTUROS:
Tiago Fontenele Lima
Cocal, 20 de junho de 1992.
Aos 16 anos ainda na escola com
contos e depois com a poesia.
Cecília Meireles, Manoel Bandeira,
Roseana Murray e Claucio Ciarlini.
Contos e poesia.
Participei das antologias Versania e
Contos entre gerações.
Lançar meu livro de poesia.
Maria do Socorro Lins Brasiliense
10/12/1958 / Belém do Pará
Penso que oficialmente 1980, com
22 anos.
Amazônia, ecologia em geral,
Cerrado, Piauí, mãe, irmãos,
famílias, direitos humanos, saúde,
hanseníase, geografia, viagens, etc.
Conto, Poema e Crônica.
Textos no Piagui, Coautora de:
Experimentos poéticos, Contos
entre gerações e Poemas entre
gerações.
Publicar um livro solo, autobio-
gráfico, sempre com humildade.
O FACÃO DO FASTIO
Se de tudo fica um pouco, um resíduo: 
o que ficará deste ano terrível?
um vácuo? um fato? um furo? enfim: vazio?
a descrença? o descaso? o não cabível?
se em tudo finca o facão do fastio.
Jefferson Portugal
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07/07/2020

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O retorno arrepiante de Mauro Sousa nos quadrinhos do Piaguí

  • 1. www.opiaguionline.wordpress.com Parnaíba, Dezembro de 2020 - Ano XIV 151 EDIÇÃO Leituraaconselhável para maiores de 14 anos A estreia dos quadrinhos de Terror e Suspense no Piaguí! Pág: 06
  • 2. Pág. 2 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br Os textos assinados neste impresso são de inteira responsabilidade de seus autores. Claucio Ciarlini Edição e Revisão Fabio Bezerra Diagramação e Arte Contato: piaguivirtual@gmail.com 98867-7406 / 99514-0902 Contato para apoio cultural: Rosângela Carvalho (86) 99944-1328 Editorial Dezembro de 2020! A vacina contra o mal que tanto nos assolou este ano finalmente está aprovada! No que segue em rápida produção (em alguns países até mesmo aplicação) e a previsão para o início da imunização em nosso estado já é para os primeiros meses do ano. Trata-se da humanidade finalmente vencendo um dos piores desafios com os quais já se deparou. E em termos de O Piaguí, depois de uma edição especial, de retorno e de aniversário, que alguns leitores até estranharam pela falta da poesia, da crônica e de outros elementos literários e culturais de costume, tenho o prazer de anunciar que todos estes elementos e muito mais estão de volta neste número que traz uma grande novidade: Quadrinhos de suspense e terror no Piaguí! Durante os 13 anos de nossa jornada cultural, contamos com a arte de vários desenhistas e dentre eles, a figura de Mauro Sousa, que além do talento para desenhar com brilhantismo, é historiador, arqueólogo, professor, músico, escritor, artista plástico, dentre outras atividades. É um dos ilustradores que mais colaboraram para com nosso impresso, além de ter sido o primeiro. EdesdeosprimórdiosdojornalqueeueMauro cultivamos o sonho de trabalhar de forma mais frequente com quadrinhos no Piaguí. Especialmente com quadrinhos de terror ambientados em nossa região. E finalmente este momento chegou! No que torcemos para que o leitor do gênero aprecie e até mesmo nos dê um retorno sobre o que verá a cada mês em que traremos uma nova e assombrosa história, tanto pelas mãos de Mauro, como por outras que futuramente serão reveladas. Obviamente que, para quem não gosta deste tipo de quadrinho, é só mergulhar no restante de nossas páginas que estão recheadas de literatura e de história. Que venha 2021, que venha a Vacina! Claucio Ciarlini (Editor) Lembra que final do mês já é natal? Em janeiro não pulei as 7 ondinhas, mas vi os fogos no céu e jurei que esse ano ia ser bonito. Em fevereiro virei o carnaval de ponta cabeça e na quarta-feira limpei as cinzas das palmas das mãos. Em março passou no jornal que ia ter uma quarentena de 2 semanas. Daqui a 2 semanas é Natal. Tentei fazer yoga, meditação, pintura, plantei cheiro verde e girassóis na quina de sol que faz na minha janela. Instalei e desinstalei trinta e cinco vezes as redes sociais e postei nas mesmas sobre como o vício da tecnologia é perigoso. Ouvi as notícias e fiquei paranoica com os abraços na minha vó. Parei de ouvir as notícias e fiquei preocupada com os negacionismos e com o preço do arroz. Como que faz ceia sem arroz? Aliás, se for levar a farofa vou ter que usar manteiga, o preço do óleo também subiu. Mas e a família? Será que vai todo mundo? Meu tio é hipertenso e a prima perdeu o marido. Será que vai ter música? Mas quem vai cantar? Sinto como se nossas vozes estivessem roucas, cansadas. Mas as luzes insisti em colocar. Cansei do escuro e das noites que passei em claro e não enxergava um palmo na minha frente. Quis enfeitar com os pontinhos amarelos as janelas da minha casa; parece que tá chovendo estrelas aqui no meio norte. Assim olho mais tranquila pro céu e rezo pra que ele acolha as luzes novas que pousaram lá e brilhe pros que ficaram aqui. Foram tantos. O que deixamos pra trás esse ano não cabe em caixa de presente algum. O que vivemos esse ano não será suficientemente explicado nos livros de história. Reclamamos da inflação, da conta de luz, das eleições, dos leitos, das máscaras, mas quando fechamos os olhos escutamos a imensidão dos 176 mil silêncios deixados aqui. 2020 terminou várias vezes ao longo desses 12 meses. Nós terminamos várias vezes ao longo dele, e buscamos até hoje nos recomeçar novamente, reconstruir, nos reconhecer em meio do caos. Em alguns dias o último número dessa junção de algarismos vai se transformar em outro e esse momento da história vai se pôr fim numericamente, mas os nossos recomeços precisaram muito mais do que essa contagem regressiva. Quem sabe devamos pular as 7 ondinhas, ou até mergulhar de cabeça. O cheiro verde não vingou e os girassóis murcharam, mas sobrou adubo e tem espaços vazios, quem sabe se em 2021 se possa florescer. O retorno arrepiante de Mauro Sousa! Claucio Ciarlini Professor e Escritor Lívia Pessoa (@_livia_pessoa)
  • 3. Pág. 3 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br
  • 4. Pág. 4 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br Emanoel Carvalho Escritor A Academia Parnaibana de Le- tras realizou, no dia 11 de julho deste ano, a primeira eleição virtual em mais de 37 de anos de exis- tência. A pandemia do novo coronaví- rus não permitiu que a entidade reali- zasse a votação de forma presencial. Os recursos tecnológicos permitiram que a identidade do votante fosse pre- servada, como assevera o regimento interno da instituição e é regra pétrea em todas as eleições. A sessão virtual foi presidida pelo presidente do Silo- geu José Luíz de Carvalho, e condu- zida pelo seu Secretário GeralAntônio Gallas Pimentel. Junto com os citados, outros dez acadêmicos participaram da reunião, que apuraram os votos de 80 por cento dos membros efetivos, de- cretando a vitória por unanimidade do candidato único, o parnaibano, desem- bargador doTJ-PI e atual presidente do TRE-PI, José James Gomes Pereira. James ocupará a cadeira n° 09 da aca- demia, que tem como patrono R. Petit, e que teve como seu último ocupante o magistrado José de Nicodemos Alves, falecido em 30 de novembro de 2019, em Brasília. DIRETO DA APAL: Desembargador José James Gomes Pereira é o mais novo imortal da APAL IMPERFEITA-MENTE Não gosto de quem não sangra Não suporto os que não vacilam Rejeito os perfeitos, os insuperáveis O mundo está cheio dos que não erram Impolutos, ilibados, imaculados, castos, que nojo! Não há nada mais sincero que a dor Tenho atração por erros admitidos Eu amo a fragilidade humana Exalto a transparência da covardia Admiro as lágrimas que umedecem um rosto ruborizado pela vergonha de uma falha Eu gosto da incerteza, da dúvida e de hesitar antes da palavra Emociono-me em viver caindo, errando e falhando Imperfeitamente um aprendiz Por Jailson & Morgana Júnior Sales Vivianne Costa Mulher, Piauiense, nascida e criada em Parnaíba, Professora, formada em Ciências Sociais (UESPI), 24 anos, Mestranda em Sociologia (UFPI) e amante da Poesia! PARTÍCULA APASSIVADORA Se um dia eu me for Deixe-me ir, por favor. Teus olhos encherão de lágrimas. E eu, perderei as palavras. Se a porta estiver aberta Que esteja. De forma sincera. Se o caminho no meio partir Saberás por onde ir. Foste a ternura mais linda e verdadeira. Um emaranhado de ilusões, a noite inteira. Dos Cem Sonetos de Amor que a ti cantei Nenhum chega perto, dessa insensatez. E se um dia tu partir Os sonetos que cantei Não terão chegado ao fim. O meio do caminho andado Terá inicio, meio e fim. Mas um fim não esperado De alguém, que no passado Viverá dentro de mim. ROSA Rosa vivia sozinha Triste, Pálida, franzina. Comia o único pão que lhe restara, Bebia o suor da boca amarga. Mas Rosa, cantava todo dia A triste história de sua vida ... Ela era menina pequena, Era bela, de pele morena; A mãe batia, o pai comia Tiravam-lhe os trapos todo dia. Rosa servia de jantar nas madrugadas, Era abundância da noite escassa, Fazia as tarefas de casa Andava nas ruas, varria a calçada... E Rosa, olhava pro céu Via a liberdade do pássaro Num pedaço de papel. Rosa sonhava em ser atriz Só queria um pedaço de palco ‘Pra’ fazer uma cena feliz. ESTREANDO
  • 5. Pág. 5 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br Jardim dos Poetas e Aspectos da Literatura Parnaibana Do Diário de Elmar Carvalho (15/11/2020) F aço parte de quatro grupos de risco, com relação à covid-19, mas daqui a alguns minutos sairei para votar. Mas não é disto que desejo falar. O que desejo dizer é que na sexta-feira, em conversa telefônica com Valdeci Cavalcante, no ensejo de lhe comunicar a publicação virtual de meu livro Aspectos da Literatura Parnaibana, que já se encontra disponível na Amazon, lhe sugeri a construção do novo Jardim dos Poetas, no entorno do Castelo de Eventos, na Praça Mandu Ladino, em Parnaíba. Sobre essas coisas, seguem detalhes abaixo, na Apresentação de meu e-book, que torno parte integrante deste Diário: Apresentação Estava eu posto em sossego, após ter realizado a edição virtual de Diário Incontínuo, disponível na Amazon, quando fui interpelado, por WhatsApp, pelo escritor e poeta Claucio Ciarlini, da seguinte forma: “Um amigo, o escritor Carvalho Filho, estava a me perguntar ainda hoje se tenho conhecimento de uma possível futura reedição de Aspectos da literatura parnaibana. Há tempos ele o procura.” Eis minha resposta: “Não pensei nisso. Não está nos meus planos. Mas talvez eu comece a pensar numa edição virtual aumentada. Quando eu me livrar de uns sufocos, vou pensar numa edição virtual, revista e aumentada, com o acréscimo de uns artigos e discursos novos sobre a literatura parnaibana. Vou pensar nisso.” Contudo, um pouco depois, eu já lhe noticiava ter tomado a decisão de fazer uma publicação virtual (e-book) de Aspectos da literatura parnaibana, em edição revista e substancialmente aumentada. Pedi-lhe o favor de bolar a capa, com base em duas fotografias (que lhe enviei) de uma marinha que orna a sala de minha casa, da autoria do pintor F. Chagas (2008) e de uma estatueta de um poeta, que pela magreza mais parece Dom Quixote, a empunhar, em vez de uma lança ou espada, uma pena de escrever, da autoria do grande escultor Braga Tepi. Faço aqui um parêntese para dar aos poetas e leitores uma boa nova. Tendo em vista que o pequeno ensaio Aspectos da literatura parnaibana foi por mim escrito especialmente para a inauguração do Jardim dos Poetas, idealizado pelo escritor e teatrólogo Benjamim Santos e construído na gestão do prefeito Paulo Eudes, em que fui um dos oradores, resolvi mandar, por WhatsApp, uma mensagem de áudio ao dinâmico presidente da Fecomércio/ PI, Dr. Valdeci Cavalcante, lhe informando sobre a vertente edição, e lhe explanando sobre o Jardim dos Poetas, que me ensejou elaborar o referido texto; em seguida lhe disse que o aludido logradouro fora abandonado há muitos anos, pelo que entrara em estado de ruínas, com as placas dos poemas retiradas de seu suporte. Sugeri-lhe a construção de um novo Jardim dos Poetas ou Praça dos Poetas, em terreno perto do Castelo de Eventos, na Praça Mandu Ladino, ou em outro imóvel de sua conveniência. O grande mecenas da cultura e das artes em geral, imediatamente me respondeu que o construiria nas proximidades do Castelo, local nobre e muito frequentado pela sociedade parnaibana. Acredito que o novo Jardim dos Poetas será erigido, por uma única e simples razão: Valdeci Cavalcante tem por hábito cumprir as suas promessas. Agora mesmo, ele terminou a construção do Centro de Cultura, em Teresina, com teatro, cineteatro e diversos outros espaços culturais, um dos quais, para honra minha, terá o meu nome, a ser inaugurado oportunamente. Se monarquia não estivesse fora de moda, o magnífico edifício bem poderia ser designado como Paço ou Palácio da Cultura. Sobre o novo Jardim dos Poetas, que mais poderia dizer, exceto que os poetas ficarão eternamente gratos a Valdeci, bem como os parnaibanos, que terão mais um local e monumento dedicado ao culto das artes e da poesia, pois certamente nesse espaço haverá o casamento perfeito de uma obra arquitetônica com a poesia, sobretudo a que louva as louçanias de Parnaíba. Fechado o parêntese, volto ao curso natural desta apresentação. Como disse, esta é uma edição revista e demasiadamente aumentada, com vários textos, que produzi após o lançamento do opúsculo na solenidades de inauguração do Jardim, ocorrida em 30 de abril de 2003. Vários outros textos que escrevi, antes de possuir computador, aqui não foram enfeixados, tanto porque não os encontrei, como porque não teria disposição e nem tempo de digitá-los, neste tempo de pandemia, em que, às vezes, nos quedamos sem ânimo. Entre essas matérias sobre literatura e autores parnaibanos, há uma sobre o poeta, memorialista e romancista Renato Castelo Branco, com quem me correspondi por cartas, através da velha ECT (Correios), e outra sobre o romancista e contista Fontes Ibiapina, que conheci pessoalmente, proprietário de imensa biblioteca, onde estive uma vez. Como se pode ver, numa simples verificação do sumário, neste livro coligi matérias diversas. Muitas são crônicas, discursos ou pequenos ensaios, em que comento livros, autores e fatos de nossa vida literária. Portanto, há algo de crítica e de historiografia literária, embora não me considere um historiador e muito menos um crítico literário. Talvez alguém ache fora de propósito eu haver inserido a crônica Professor Amstein. Fiz sua inclusão porque Amstein foi um homem bom e um bom professor, um contador de “causos” anedóticos, em que muitas vezes ele era o protagonista; porque nela eu falo em muitos intelectuais, professores e escritores de Parnaíba. E porque ele era uma espécie de escritor ou literato oral, se é que não estou proferindo alguma heresia gramatical. KKKKK. Achei por bem incluir, na parte denominada ANEXOS, textos dos professores, poetas e escritores Alcenor Candeira Filho e Claucio Ciarlini, que complementam os textos de minha autoria, agrupados sob o mesmo título do livro – ASPECTOS DA LITERATURA PARNAIBANA. Os textos de ANEXOS estudam os poetas e escritores, que surgiram depois de minha geração, a chamada geração 70 ou Geração Mimeógrafo. É esta obra apenas parte de minha modesta contribuição à Literatura de Parnaíba. Contudo, a História da Literatura Parnaibana, de forma exaustiva, sistêmica e aprofundada, com comentários críticos e contextualização histórica, ainda está por ser escrita, esperando por um dinâmico e ousado “sangue novo”, que nos preste esse extraordinário serviço, que talvez só possa ser levado a cabo por uma equipe proativa e bem coordenada, talvez com necessidade de incentivo e verba de nossa Universidade Federal do Delta do Parnaíba, cujo embrião foi o Campus Universitário Ministro Reis Velloso, em que cursei Administração de Empresas, e cujo Diretório Acadêmico 3 de Março presidi. Como disse, esta é apenas minha contribuição ao estudo de Literatura Parnaibana. Outros poderão fazer muito mais e melhor. Fonte: http://poetaelmar.blogspot. com/2020/11/jardim-dos-poetas-e-aspectos- da.html Elmar Carvalho Escritor e membro da APAL
  • 6. Pág. 6 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br Leituraaconselhável para maiores de 14 anos
  • 7. Pág. 7 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br Leituraaconselhável para maiores de 14 anos
  • 8. Pág. 8 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br U m choro agoniado numa pequena casa do bairro Guarani em Piracuruca marca o fim de um sufoco: uma criança - o derradeiro e décimo primeiro filho de João Luís Gomes (João Terto) e Adília de Moraes Meneses (Nenzinha) - nasce aliviado após livrar-se do laço do cordão umbilical que envolvia o seu pescoço. Esse foi apenas o primeiro de muitos desafios que ele iria enfrentar nos seus 76 anos de vida. Como manda a tradição, em promessa, sua mãe, Nenzinha, entregou a criança para Santo Antônio apadrinhar e logo o batizou de Antônio Francisco de Meneses. Era o dia 31 de setembro de 1944 (na certidão, ficou 15 de junho de 1944). Na Europa, acontecia a Segunda Grande Guerra e, além desse difícil parto, Nenzinha acompanhava com tristeza a ida do filho mais velho para a guerra. Desesperada, foi até Teresina se despedir de Fransquinho e novamente teve um alívio: o filho foi dispensado nos últimos exames antes de viajar para a Itália. João Terto foi para a eternidade no dia 5 de fevereiro de 1953 e Antônio, aos 9 anos, ficou sem pai. O fato de ser o filho mais novo não o livrou da luta. Ainda criança, ao lado do seu irmão Luís, trabalhou em serviço de homem grande, fez caieira, rachou lenha, trabalhou em olaria, carnaubal, foi pescador, cobrador e motorista em carro de horário, e garçom, além de ajudar os irmãos mais velhos em comércio. Até que um dia resolveu seguir o caminho do seu irmão mais velho e também foi para a caserna, sentou praça no 3º BEC em Campo Maior (PI), no ano de 1963. Organizado, autodidata e com uma grande aptidão para a matemática, ao voltar do exército, Antônio prestou alguns concursos, comoodaPolíciaRodoviáriaFederal;passou, mas preferiu ser comerciante no mercado. Paralelo a isso fazia trabalhos contábeis, preenchia formulários de aposentadoria, declaração de imposto de renda e ainda prestava serviços administrativos para empresas da cidade. Foi nessa época, na década de 1970 que recebeu o convite para trabalhar no Banco do Brasil, ainda assim, preferiu cuidar do seu comércio. Casou-se em 1972 com sua prima Zilmar de Amorim Meneses com quem teve dois filhos: Francisco Gerson Amorim de Meneses e Lilian Maria Amorim de Meneses. Em 24 de janeiro de 1977, perdeu a sua mãe Nenzinha. Concluiu seus estudos, inicialmente através do rádio pelas ondas sonoras do Projeto Minerva e depois o 2º Grau já no início dos anos 1980. Nessa mesma época, através do Projeto Sertanejo, adquiriu a Fazenda Rasteiro e passou a ser pecuarista. Foi, por muitos anos, representante do IBGE no município de Piracuruca e responsável pelo censo demográfico na cidade. Desportista, foi árbitro de futebol e dirigente da seleção de futebol de Piracuruca no final dos anos 1970 e começo dos anos 1980, época em que também fez parte da diretoria do Grêmio Recreativo Piracuruquense. Em 1982, aos 38 anos, resolveu entrar para a política: foi vereador de Piracuruca por três mandatos: 1982, 1988 e 1992, foi presidência da Câmara Municipal de Piracuruca; depois, foi Secretário de Administração por 4 anos e Secretário de Obras por 16 anos; exerceu relevante liderança política, principalmente na região do Saco dos Polidórios e Data Batalha, localidades que hoje fazem parte dos municípios de Brasileira e São João da Fronteira, respectivamente. Antônio Francisco de Meneses, conhecido como Antônio Terto e também pela carinhosa alcunha de Cara de Tatu, se despediu dos familiares e amigos no dia 6 de novembro de 2020, deixando um importante legado que é reconhecido por muitos, principalmente por aqueles que são abastecidos do dom da gratidão e sabem mensurar o seu valor como homem público honesto, trabalhador, companheiro fiel e de caráter ilibado. Por F Gerson Meneses Escritor O menino que nasceu laçado Homenagem a Antônio Francisco de Meneses (Antônio Terto)
  • 9. Pág. 9 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br D urante os dois primeiros anos de circulação de O Bembém, encontramos a presença marcante do professor historiador Iweltman Mendes escrevendo para o jornal, trazendo sempre matérias sobre o passado de Parnaíba, porém, com um caráter positivista, baseado em documentos oficiais favorecendo apenas a elite parnaibana e reproduzindo aquilo que foi produzido para mostrar aos cidadãos o que seria uma cidade ideal. Assim, na primeira edição de O Bembém, encontramos a coluna chamada “Veredas” para dar destaque a pequenas manchetes que ocorreram tanto a nível nacional como local, e lá encontramos o Historiador professor Iweltman Mendes contribuindo financeiramente para o jornal O Bembém, “dada a sua importância para o Piauí.” A partir da edição de número 04, 21 de Abril de 2008, do jornal, encontramos a primeira matéria publicada pelo professor Iweltman Mendes sobre o Porto de Amarração, na qual ele faz um pequeno apanhado histórico de como se deu a ideia de sua construção até o momento da autorização para o início da obra. Assim, o que seria naquele momento do auge econômico uma expansão cada vez maior das relações comercias, tanto da cidade de Parnaíba como em outros estados do país acabou virando uma “bola de neve” que vem girando até os dias de hoje, sem que nenhuma atitude seja tomada, ficando assim, apenas o sentimento saudosista de desenvolvimento do comercio. Na edição número 05, 21 de Maio de 2008, encontramos a continuação da reportagem sobre o Porto de Amarração, matéria produzida pelo professor Iweltman Mendes, que conta a trajetória de um sonho, a construção do Porto, na qual o autor fala de todo o esforço para o termino da construção do porto, deste modo, o tempo foi passando e a construção do Porto parada, assim a questão só iria se resolver quando fosse homologado um decreto dando a posse a um dos estado Piauí ou Ceará. Sendo assim, percebemos que as dificuldades para a finalização do Porto de Amarração vem desde o início da proposta de sua construção quando ainda não havia de falto a divisão de terras entres os estados. Iweltman Mendes contribuiu de maneira continua para O Bembém, possibilitando assim um misto de reportagens sobre a cidade de Parnaíba, desse modo, podemos encontrar também, uma matéria redigida pelo professor historiador em uma matéria intitulada “Parnaíba dos estrangeiros: os vice-consulados”, Iweltman fala dos diversosinteressesqueosestrangeirostiverem aos aportarem em Parnaíba, desde Nicolau de Rezende, Domingos Dias da Silva até os Singlehurst, diferentes personagens e navios de várias partes do mundo, apresentando uma discussão em torno da internacionalização do aeroporto e da possibilidade da finalização da construção do porto, e o autor finaliza com uma pergunta; “Teremos novamente nossas portas abertas ao mundo?”. Nesta matéria, contudo, percebemos a vontade de reviver o fausto do século XX, pois o auge de seu desenvolvimento se deu com o contato com outras nações, e esse período marcou a história de Parnaíba e a possibilidade de conclusão do Porto e Aeroporto, na visão de Iweltman, poderia fazer com que a cidade revisse seu auge econômico. O Bembém traz uma reportagem sobre a Era Vargas em Parnaíba relatada pelo historiador professor Iweltman, sendo ele neste primeiro momento a pessoa que tem presença marcante no jornal por estar sempre produzindo matérias. Durante a matéria sobre a Era Vargas, Iweltman vai mostrando as vivencias dos anos 1937-1945 em Parnaíba, tendocomointerventordurantetodooperíodo citado, o doutor Mirócles de Campos Veras, além de citar os avanços na cidade, como a chegada da rede telefônica pela Sociedade Ericsson do Brasil (1938), a construção do prédio da unidade escolar Luiz Galhanoni (1939), a inauguração da Maternidade Dr. Marques Basto (1940), dentre muitos outros avanços citados na época em questão. Segundo Iweltman “nesse período (1937- 1945), Parnaíba era seguramente uma “oficina de labor” onde se construíam as bases de sua contemporaneidade erguendo suas principais instituições”.Assim, percebemos um olhar da história tradicional na escrita do escritor sobre os fatos do referido momento, pois Iweltman faz uso apenas de documentos oficiais apenas transcrevendo os grandes momentos e feitos da cidade e seus personagens, deixando de lado toda a repressão e acontecimentos contrários da Era Vargas. ENTRE A RUPTURA E A TRADIÇÃO: O BEMBÉM E OS REGIMES DE HISTORICIDADE PARNAIBANOS. 2008-2016 Karliane Maria Saraiva da Silva Graduada em História A indicação desse mês vai para uma série que chegou devagar e logo foi cativando o coração de quem assiste: The Mandalorian! Ambientada no universo de Star Wars, a série acompanha a trajetória do caçador de recompensas Mandaloriano que aceita uma missão para resgatar uma pessoa. Ao chegar lá se depara com uma criança de 50 anos (raça do Mestre Jedi Yoda, que envelhecem de forma diferente da convencional), e decide protegê-la das pessoas que o contrataram para resgatá-la, ou seja, “O Império”, que há poucos anos havia caído com a morte de seu imperador e de Darth Vader. Mesmo fugindo na nova república, o império tenta se reerguer. Em uma época da qual os Jedi estão extintos, o Mandaloriano sai em busca de um Jedi ou alguém que tenha ligação com os Jedi, para poder ficar com a criança. Ao primeiro momento, a série pode não parecer tão atrativa, por não ter Jedis, lutas de sabre entre outras características dos filmes de Star Wars que o grande público tanto conhece e aprecia. Porém a série consegue resgatar aquela nostálgia junto com um novo universo expandido da grande saga iniciada em 1977 por George Lucas. Jon Favreau, roteirista e diretor da série, conseguiu entregar uma série concisa, com um roteiro muito bem estruturado e empolgante. A cada episódio é impossível não ansiar o episódio seguinte. Infelizmente a trilogia sequel de Star Wars (episódios 7,8 e 9) não conseguiu agradar a todos os fãs, especialmente o último filme, a Ascenção Skywalker, que foi o mais criticado, entregando um roteiro preguiçoso, acomodado no mesmo e não se arriscou em ousar como o antecessor Os Ultimos Jedi. Com certeza a Disney acertou o tom do universo de Star Wars nessa série e com certeza ela ficará na memória cultural por toda eternidade, assim como os filmes originais que até hoje encantam gerações. Para aqueles que desejam assistir, a Série encontra-se no serviço de streaming Disney +. CALIXTO INDICA: The Mandalorian Josué Calixto Fotógrafo e Crítico de Cinema Parte XIV
  • 10. Pág. 10 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br SESC PIAUÍ www.pi.sesc.com.br O presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac no Piauí, Valdeci Cavalcante, analisou os dados das vendas do comércio de bens e serviços no estado durante o ano de 2020. De acordo com ele, a pandemia afetou consideravelmente a economia do Piauí, mas aos poucos as empresas e instituições estão se restabelecendo. A expectativa do presidente é que com a proximidade do Natal os números melhorem ainda mais. “Estamos finalizando este ano, que foi completamente atípico por conta da pandemia da Covid-19 que assolou o mundo. A economia de todo o planeta foi afetada e, aos poucos, as empresas e instituições estão se recuperando. Aqui no Piauí a Federação do Comércio lutou muito junto com os empresários para que não parássemos e pudéssemos minimizar os danos no comércio local de bens, serviços e também no setor de turismo”, disse. Valdeci afirma que, de acordo com dados dos índices de volumes de vendas e prestação de serviços, colhidos pelo IBGE, o início do ano manteve a média dos anos anteriores, porém, a partir de março, quando iniciou-se a pandemia, houve uma queda de 3,9% nas vendas do comércio e setor de serviços em relação ao mesmo período do ano passado. Nos meses de abril e maio, no auge da pandemia e quando foram decretados lockdown em várias cidades, a queda foi ainda maior: de 22,8% em abril e 20,4% em maio. No mês de junho, quando a pandemia já estava mais controlada, os números apresentaram uma melhora e houve aumento de 16,8% no volume de vendas em relação ao mesmo período do ano passado. O melhor mês registrado este ano, até agora, foi setembro, quando houve um aumento de 23,9% nas vendas do comércio varejista no Piauí em comparação ao mesmo mês do ano passado. “Nossa expectativa é que esse número cresça agora em dezembro com as vendas do Natal”, disse Valdeci. Sobre o pagamento de impostos no estado, incluindo tributos como ICMS e IPVA, dentre outros, os dados apontam que no início do ano, em janeiro, o montante arrecadado foi de R$ 607.513.450,00. “O que pagamos de impostos estaduais até o mês de outubrofoideR$4,27bilhões de reais, o que indica uma queda de 1,39% em relação a 2019, quando arrecadamos, até o mesmo mês, o total de R$ 4,33 bilhões de reais, ou seja, nós representamos mais de 80% da arrecadação do estado”, explicou Valdeci. Esta recuperação econômica se reflete também nos empregos. No último mês de setembro, de acordo com estatísticas do Novo CAGED, entraram no mercado de trabalho no Piauí 2.172 pessoas no setor do comércio de bens e 2.698 pessoas no setor de serviços, totalizando 4.870 novos postos de trabalho gerados. Ainda sobre setembro, até esse mês existia no Piauí um estoque de 92.914 vagas ocupadas no setor do comércio, com destaque para Teresina com 50.850 vagas. O segmento de serviços aponta com 134.594 empregados, dos quais 98.134 são de Teresina. “Esses números indicam que nosso setor emprega diretamente, com carteira assinada, 227.508 trabalhadores, dos quais 44,5% só na capital. Poderia ser muito mais, não fossem os maus governantes que tivemos”, observa o presidente. Encerrando suas análises, Valdeci pediu que os empresários do interior do estado se unam aos novos prefeitos eleitos e exijam deles mais emendas parlamentares e outros recursos públicos para suas cidades. “Senhores gestores públicos, a melhor forma de combater a miséria e a pobreza é incentivar aqueles que produzem riqueza”, finalizou. Presidente Fecomércio Piauí faz balanço do ano de 2020
  • 11. Pág. 11 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br A POESIA de Ivaldo Medeiros Gilberto Gil avança nos limites de um burburinho carnavalesco e a banda da sacristia mpbóide ainda não acompanha a marcha do progresso. A cada dia me enluto por fagulhas, centelhas se evaporam por falta da busca de identidade. Parece coisa de debilóide nacionalista, a farsa do mundo é nossa? Watson e Crick ao delimitarem o corpo físico ao corpo nuclear observaram o mundo em nano- tragédias e assim uma boçalidade obesa de nossa genética. Alguém não nos vê, detesto a cura e a doença sísmica da “information society” é um latido de universos histriônicos. A internet e seus mil milhões, a internet e suas podres encarnações. Escreviver com saudades de um amor farsesco? Me mancho de dores e abraço a vida fácil. Estou sem cara, estou à procura da cura. Alguém me vê e sou eu mesmo em estilhaços. Bruno Baker Aquariano intempestivo, ex escritor, amante de literatura, musica, artes plásticas, cinema antigo, filosofia, bibliófilo amador e curador do Acervo Arnaldo Albuquerque. Desinformado pelo curso de história. Está na cara, está na cura e alguém vê? Quero ser o refúgio que vai te guardar durante as piores tempestades, só pra lhe ter no aconchego do meu abraço. Quero provocar o sorriso fácil ao som de anedotas bobas só para ter o prazer de contemplar o belo em sua plenitude. Quero ser o entorpecente que vai neutralizar os teus receios, para lhe fazer viajar para além de tuas fronteiras. Quero ser a água que trouxe o espanto e o encantamento a Narciso, só para refletir tua imagem e te mostrar o quanto és sublime. Quero ser o insight inesperado nos teus momentos de dúvidas, só pra te mostrar que tudo pode ser solucionável. Quero ser a canção, a trilha sonora das tuas epilepsias e relaxamentos, para cristalizar momentos, sensações e sentimentos no infinito do tempo. Quero perceber no brilho do teu olhar e no sorriso incontido que todas as aflições agora são passado e que tudo valeu a pena. E se nada disso eu for digno de ser, ainda assim terei a satisfação de ter sido o poeta, que a eternizou como musa, em pequenos versos dessa minha humilde poesia. Ivaldo Medeiros Araujo, natural de Parnaíba – PI, nasceu em 03/08/1972, Licenciado em História pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Especialista em História pela Faculdade de Ciências e Tecnologia de Teresina (FACET), e graduando em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí (UFPI/Cead). Professor e Poeta. Herdei de minha Mãe o gosto pela literatura, que apesar dela ter pouco estudo lia bastante e sempre me incentivou. Desde cedo fui tocado pela poesia, seja na literatura, na música ou qualquer outra forma de arte, mas foi em 1992 que escrevi meu primeiro poema em uma aula de literatura. Após um tempo sem escrever voltei a me dedicar a poesia, esta arte da palavra que traz à tona o que a linguagem formal e cotidiana não é capaz de desvelar. SEGUNDAS INTENÇÕES Hipocrisia Há tantas coisas na vida Difíceis de entender Onde muitos ganham pouco Quase não dá pra viver Outros esbanjam dinheiro Esnobando a valer Esse é o nosso Brasil, Difícil compreender A classe assalariada Sofre e pede clemência Submissa às circunstâncias Pela sua sobrevivência Um dia esse país Pode ser justo, um dia... Você acredita nisso? Não chegará esse dia! Sousa Filho professor e escritor
  • 12. Pág. 12 | O Piaguí | Ano XIV - Nº151 | Dezembro 2020 www.opiaguivirtual.com.br O Piagüí Dicionáriode Escritoresem Parnaíba Entre Gerações NOME: NASCIMENTO: INÍCIO NA ESCRITA: INSPIRAÇÕES OU REFERÊNCIAS: MODALIDADES QUE ESCREVE: OBRAS DE SUAAUTORIA OU PARTICIPAÇÃO: PLANOS LITERÁRIOS FUTUROS: Tiago Fontenele Lima Cocal, 20 de junho de 1992. Aos 16 anos ainda na escola com contos e depois com a poesia. Cecília Meireles, Manoel Bandeira, Roseana Murray e Claucio Ciarlini. Contos e poesia. Participei das antologias Versania e Contos entre gerações. Lançar meu livro de poesia. Maria do Socorro Lins Brasiliense 10/12/1958 / Belém do Pará Penso que oficialmente 1980, com 22 anos. Amazônia, ecologia em geral, Cerrado, Piauí, mãe, irmãos, famílias, direitos humanos, saúde, hanseníase, geografia, viagens, etc. Conto, Poema e Crônica. Textos no Piagui, Coautora de: Experimentos poéticos, Contos entre gerações e Poemas entre gerações. Publicar um livro solo, autobio- gráfico, sempre com humildade. O FACÃO DO FASTIO Se de tudo fica um pouco, um resíduo:  o que ficará deste ano terrível? um vácuo? um fato? um furo? enfim: vazio? a descrença? o descaso? o não cabível? se em tudo finca o facão do fastio. Jefferson Portugal Poeta e graduado em filosofia 07/07/2020