1. JB NEWS
Informativo Nr. 401
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era – GLSC
Quinta-feira 20h00 – Templo Obreiros da Paz
Praia de Canasvieiras
Florianópolis (SC) 06 de outubro de 2011
Índice desta quinta-feira*
1. Almanaque
2. Impressões Pessoais (Ir. Mario Alessandro Rotta)
3. Altar (Ir. Ricardo Caselli Moni)
4. A Religião e a Maçonaria – (Palestra do Ir. Hélio Moreira)
5. Perguntas e Respostas (Ir. Pedro Juk)
6. Destaques JB
* Pesquisas e artigos da edição de hoje:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores –
Blogs - http:pt.wikipedia.org
Imagens: próprias e www.google.com.br
2. livros indicados
VISITE O Museu Maçônico Paranaense
http://www.museumaconicoparanaense.com
RÁDIO SINTONIA 33 E jb news
UMA DOBRADINHA INCRÍVEL
ACESSE: WWW.radiosintonia33.com.br
3. Hoje, 06 de outubro de 2011,
é o 279º. dia do calendário gregoriano.
Faltam 86 para acabar o ano.
Eventos Históricos:
891 - É eleito o Papa Formoso.
1807 - Humphry Davy inicia primeiras experiências com a eletrólise com a
obtenção do elemento químico potássio.
1831 - Revolta no Corpo de Artilharia da Marinha do Brasil, na Ilha das Cobras,
repelida pela Guarda Nacional.
1846 - João Carlos de Saldanha de Oliveira e Daun (futuro Duque de Saldanha)
toma posse como primeiro-ministro de Portugal, substituindo Pedro de Sousa
Holstein.
1889 - Hans Meyer, Ludwig Purtscheller e o guia Yohana Lauwo alcançam o
topo do Kilimanjaro.
1923 - Manuel Teixeira Gomes substitui António José de Almeida no cargo de
Presidente da República Portuguesa.
1927 - O Cantor de Jazz, primeiro filme falado da história, tem pré-estréia em
Nova York.
1965 - O presidente Castelo Branco envia ao Congresso medidas para endurecer
o regime ditatorial no Brasil
1973 - Guerra do Yom Kippur.
1974 - Emerson Fittipaldi conquista o mundial de Fórmula 1 pela segunda vez.
1977 - Primeiro vôo do avião de caça MiG-29.
1990 - Lançamento do videogame Game Gear no Japão.
1991 - Elizabeth Taylor se casa com Larry Fortensky, seu oitavo marido.
1992 - Início das transmissões da rede de TV portuguesa SIC.
2002 - Canonização de Josemaría Escrivá, fundador da Opus Dei.
Feriados e Eventos cíclicos:
Dia Nacional do Circulista
Dia do tecnólogo.
Aniversário de Coronel Freitas - Santa Catarina
Dia do Prefeito
Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e
Adolescentes - Mato Grosso do Sul[1]
.
Santos do Dia
São Bruno - Monge fundador da Ordem dos Cartuxos.
4. Históricos maçõnicos do dia:
(Fonte: “o Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1799:
Nasce o Ir Evaristo da Veiga, autor do Hino da Independência com D.
Pedro, e fundador do Jornal Aurora Fluminense.
1866:
Iniciado o Ir. Hermes da Fonseca, futuro Presidente do Brasil
1932:
Fundada a Grande Loja de Pernambuco
1981:
Fundada a Loja Professor Clementino de Brito nr. 2115 de Florianópolis,
que trabalha no REAA – GOB/SC
5. Ir Mário Alessandro Rotta
Loja Acácia Pomerana nr. 60 (GLS)
Pomerode – SC – 03-10.2011
IMPRESSÕES PESSOAIS SOBRE APRENDIZADOS NA MAÇONARIA NA
JORNADA DE COMPANHEIRO E, SOBRE O ATO DE DAR E SE DOAR
A UMA CAUSA
Foto da Escada de Jacó e Estrela Flamejante, em madeira,
feita pelo autor, em agradecimento aos ensinamentos aprendidos
na Loja da Acácia Pomerana nº 60.
Nesta peça escolhi por abordar o significado prático, por mim aprendido, quanto a
espiritualidade relacionada a ética e conduta moral na Maçonaria.
"...nas religiões e mitologias de outros povos da Antiguidade encontramos as
raízes mais profundas e estruturais da filosofia Iniciática da Maçonaria e dos
valores morais e espirituais que ela procura incutir e desenvolver nos seus
adeptos."1
Como sempre procuro fazer das Peças de Arquitetura um manifesto de meus
pensamentos e idéias, não o fiz diferente, já que humildemente não me considero
um grande e empolgado estudioso da história da antiguidade e dos mais profundos
e complexos conceitos da Maçonaria.
A Maçonaria se mostra uma congregação de homens com objetivos e
comportamentos afins, voltados para a evolução espiritual e a prática de condutas
éticas e morais, procurando trabalhar para criar um mundo melhor, mais justo e
perfeito.
6. Suas origens embora incertas, remontam a populações da antiguidade de um povo
hebreu, tendo suas raízes egípcias e indianas, ligados a conceitos de
espiritualidade com seus rituais secretos.
Nos seus rituais secretos procura preservar através dos tempos a retidão nas
ações e o respeito aos superiores espiritualmente mais elevados.
Galga seu alicerce em conceitos como força, beleza, tolerância, resiliência,
fraternidade, verdade, humildade, honestidade, firmeza, equidade, estabilidade e
fé.
.Busca na cultura antiga os conceitos primordiais para a ciência da física,
matemática, geometria, retórica, música e astrologia, sendo referência no
entendimento destas ciências a abertura da mente e do pensamento abstrato para
o obreiro abrir os olhos de sua alma para novas verdades e novos desafios.
Neste prisma, vejo a evolução da vida dentro da Maçonaria sempre voltada ao
início da era Cristã e das civilizações modernas, onde se iniciou o estudo das
ciências humanas, biológicas e filosóficas, sempre procurando numa busca
incessante e natural do homem a sua origem e o entendimento de um poder
supremo gerador de tudo, que para a Maçonaria deve ser um só, um monoteísmo.
Fatalmente em todas as leituras e sessões e debates da loja, com o senso crítico e
tecnicista que em mim sempre habitou, acostumado a racionalizar até o emocional
na tomada de decisões, sempre me questiono consciente e inconscientemente,
onde estou, porque estou, aonde quero chegar e, como chegar lá.
Diante disto me vejo envolto em reflexões sobre conceitos antigos e novos, para
os quais, procuro de como a doutrina filosófica da antiga Maçonaria, pode ser
"linkada" aos tempos modernos.
Procuro observar o exemplo de meus irmãos de loja, de como vivem a Maçonaria,
mais ou menos envolvidos. Vejo tudo isto numa reflexão profunda e holística que,
considera não só os conceitos e preceitos "antigos e aceitos" na Maçonaria, bem
como, também as diferenças da vida profana moderna . Vida esta que já exige
uma dedicação a diversos pontos como, para a carreira profissional, familiar, social
e para questões de ordem pessoal. Quando, em um rol de prioridades, da
velocidade com que temos que evoluir e se adaptar ao excesso de informações e
compromissos assumidos, tentamos encontrar um equilíbrio, o Yin e o Yang, entre
nossos desejos e vontades, nossas possibilidades, nossas condições físicas e
terrenas.
Certo é que, perdemos o conceito de família tradicional quando já não mais existe
a figura do Pai, Mãe e Filho, entremeados neste contesto com as escolas, creches,
babás, avós, vizinhos, televisão, internet e outras mídias, etc... e, falamos hoje em
Geração "Z" e "Y", numa evolução cultural que era milenar, passou a ser secular e
agora em poucos anos temos movimentos sociais em ondas de novas gerações,
numa velocidade que assusta e nos deixa constrangidos com as diferenças que
nos vemos impelidos a se adaptar, a tolerar e compreender.
Toda esta correria, para tentar uma colocação social que garanta não só o
sustento do alimento para a fome como também para o espírito. Buscamos
inconscientemente uma condição social melhor a nossa família, o direito a roupas
da moda, computadores, carros do ano, casa na praia, um jantar num restaurante
caro, uma viagem para o exterior e, assim, esta lista nunca termina.
Certos também que, ao final de nossa evolução espiritual, encontraremos nem que
seja na beira de um leito de morte, para aqueles bem afortunados, a verdadeira fé
do que nos é importante e, que a alegria momentânea da compra de um carro
novo nunca vai substituir a alegria do momento de um sorriso de seu filho ou filha,
de um momento de ócio ao resplandecer de um nascer do sol na beira do mar, de
um momento de regozijo perante as belas paisagens da natureza.
7. E, para isto, não preciso ser bem afortunado financeiramente, necessito ter atitude
e equilíbrio entre o ser e o ter / querer. Quero crer que, com a graça de Deus,
presente na minha capacidade humana de pensar e tomar decisões, me dizer
parcialmente realizado para este momento de vida em que me encontro. Falta
ainda um equilíbrio entre os meus compromissos profissionais e minhas vontades
pessoais de evoluir e crescer em conhecimento, de me dedicar mais a minha
saúde e, também mais à Maçonaria. Nesta última, pretendo encontrar o apoio e
força para que possa galgar talvez um grande projeto pessoal e/ou social, que
possa realmente fazer a diferença para outras pessoas, dentro de minhas
possibilidades de cada momento da vida profana.
Creio que é esta retidão no comportamento e equilíbrio de que fala a Maçonaria,
usando de conceitos e artifícios de ensinamentos antigos, voltados aos Mestres
Construtores Pedreiros da idade média, aos Povos Antigos, a espiritualidade da
Índia e o Egito, devendo ser traduzidas ao tempo atual para os profissionais em
sua áreas de atuação, entre elas áreas de saúde, humanas, exatas, filosóficas,
etc... Desta forma, me questiono como que este ensinamento praticado e debatido
em loja, pode ser aplicado na vida contemporânea.
Assim, me ocorre que a grande dificuldade sempre é sair do discurso à prática, ao
exemplo de que proclamamos que um dos objetivos da Maçonaria, por exemplo, é
"cavar masmorras aos vícios e construir templos às virtudes", e saímos de
uma sessão e vamos nos confraternizar entremeio a um fraternal e voluptuoso
ágape com seus materiais regados aos golpes de canhões e suas munições
etílicas.
Dito tudo isto, gostaria de deixar uma mensagem aos meus queridos irmãos, que
independente de meus defeitos me acolheram indistintamente nesta loja, que:
acredito que tudo se passa pelo desejo de estar aqui, depois pela tomada de
decisão da ação, seguido do planejamento e enfim a execução, seja qual for o
plano de trabalho terreno ou espiritual.
Sinto da nossa loja que nos falta um pensamento em conjunto de algo maior em
que possamos dentro da Maçonaria, como grupo, por meios apropriados e legais
como prega a
Maçonaria, melhorar o mundo profano como a exemplo de grandes e famosos
Mestres Maçons já conhecidos. Mas, em suma, almejo um dia poder fazer parte de
algo maior dentro da loja que possamos desenvolver em fraternidade e não de
forma isolada. Quem sabe o que o futuro nos reserva?!
A exemplo do que tento dizer, uso dizeres contraditórios entre irmãos, porém,
ambos com suas verdades, e, que me fez pensar como a Maçonaria que tenho
ouvido falar trataria deste assunto, no que aprendi até agora.
Um disse:
"Que pela retidão do comportamento pregado pela Maçonaria e pela ética do
justo,paga todos os impostos e que todos deveriam fazer o mesmo", sendo
esta a sua verdade, com a qual concordo e também assim o faço, embora,
não concorde com o destino dado a estes metais."
Outro irmão cita:
"Um real sonegado é também um real bem gasto dentro da própria
comunidade,que faz o dinheiro girar, que faz melhorar a vida aqui e agora
sem ser desviado pelos caminhos incertos da política brasileira".
Ora, verdade esta que também ei de concordar plenamente, pois, tal declaração
também é digna de entendimento, tanto que, por muitas vezes gostaria de poder
8. fazer o mesmo, pois, certamente poderia viver melhor e propiciar condições
melhores para quem depende de minha empresa para viver.
Assim, ambas as verdades estão corretas, e são compreensíveis quando
praticamos conceitos de tolerância e respeito as diferenças entre raças e credos.
Onde está o erro, pelo que entendi da doutrina da Maçonaria, que prega a retidão
nas ações, então, se é Lei dos homens pagar os impostos excessivos, devê-lo-ia
pagar, porém, se não concordo com eles, por meios legais deveria buscar a justiça
para reverter esta realidade. Aí me pergunto o que fazer? Deveríamos ser
participativos nas esferas políticas e sociais de nossa sociedade local, estadual,
nacional ou internacional, para poder ter vez e voz, ou promover manifestações
pacíficas das massas, ou, sucumbir as insignificâncias de nossa singularidade
versos um coletivo esquizofrênico político e vivermos nossas vidas da melhor
maneira possível. Deveríamos talvez como loja pensar em preparar nossas
crianças, financiando aprendizado político social para prepará-los num futuro
distante fazer esta diferença?!
É isto que me questiono hoje dentro da Maçonaria, até onde sozinho ou em um
grupo terei forças para agir, para me movimentar, para fazer a diferença.
Neste contexto, posso me satisfazer pelo simples fato de fazer parte de tudo isto e
de ter capacidade de concepção do nosso meio sócio-político. Assim, repasso
abaixo um destes e-mails que recebemos todos os dias que resume este momento
de indignação, o qual segue:
"O FINAL DOS TEMPOS:
- Sandy ... devassa;
- Faustão ... magro;
- Hebe .... fora do SBT;
- Silvio Santos ... quebrado;
- Dilma ... fazendo omelete na Ana Maria Braga;
- Tiririca ... na Comissão de Educação;
- Maluf e Collor ... na Comissão da Reforma Política;
- Genuíno ... na Assessoria de ética do Governo;
- Lula ... dando palestras em Universidades;
- VASCO ... LÍDER DO BRASILEIRÃO.
.... E O MUNDO ERA PRA ACABAR SÓ EM 2012."
Por último, como acredito que a mudança está em nossas atitudes e, estas estão
representadas pelas nossas mãos, quiz, brindar o nosso Venerável e meu
padrinho na Maçonaria e os demais irmãos de nossa loja, "literalmente" no
sentido da palavra, com uma "Peça de Arquitetura" da "Escada de Jacó com a
Estrela Flamejante" em seu topo, feita por mim em madeira, a qual poderá como
uma expressão de arte, imutavelmente replicar seu significado para aqueles que
lhes foram revelados seus segredos e, contribuir para a solidificação deste
aprendizado a ser traduzido em mudanças práticas no comportamento dos irmãos.
Ainda, de forma tragi-cômica, este mimo significa para mim, a primeira idéia que
tive quando em meus "primórdios iniciáticos" me solicitaram para fazer uma "PEÇA
DE ARQUITETURA", então, de certa forma, algumas coisas da Maçonaria já
aprendi!
Rsrsrs!!!
Como na doutrina da Maçonaria e todo seu simbolismo, gostaria da mesma forma
de traduzir o que significa este ato de ter feito e entregue este presente a nossa
Loja, lembrando de pensamentos e ensinamentos que foram discutidos em
diversas ocasiões entre os debates e instruções:
1º) Acho que os significados dos degraus da escada, resumem em muito tudo que
se discute e se almeja como evolução espiritual dentro da Maçonaria e poderia
9. representar algo similar aos Mandamentos de Moisés;
2º) Nas superfícies dos degraus, em conjunto com meu irmão Charles Schneider,
foram registrados assuntos de relevância que discutimos no caminho de
companheiro, entre eles: força, beleza, tolerância, resiliência, fraternidade,
verdade, humildade, honestidade, firmeza, equidade, estabilidade e fé. A fé está
como o último degrau, por representar para mim o ápice na busca da evolução
espiritual para que seja dígno do reino de nosso Deus. Esta fé, também poderia
ser o primeiro degrau no sentido de que precisamos dela para iniciar qualquer
coisa, que deve começar por nós mesmos, assim como, para mim foi quando
acreditei ser capaz de construir esta singela escada.
3º) Durante sua confecção, embora venha ou não embelezar a loja, certamente
quem mais ganhou fui eu, quando em especial no momento ao gravar as palavras
em cada degrau desta escada, pude com minha filha de 6 anos ao lado explicar o
significado e importância de cada palavra. Momento este único e que talvez não
teria sido proporcionado se eu não estivesse sido aceito na Ordem.
4º) Reforço que, é provado pela ciência, que ao darmos um presente para alguém,
aquele que recebe esperimenta uma sensação agradável proporcionado por uma
liberação de neurotransmissores como a dopamina e serotonina, trazendo uma
sensação prazerosa indiscutível. Quem não gosta de receber um presente?!
Embora, se sabe também que esta sensação é passageira e, que aos poucos
aquele mimo não desencadeará mais toda aquela êxtase química em nosso
cérebro. Porém, onde quero chegar é que, a ciência prova que para aquele que dá
ou se doa, ao receber a retribuição através de um sorriso e alegria de quem
recebe, libera muito mais endorfinas e neurotransmissores, experimentando uma
sensação muito mais prazerosa em doar do que para aquele que recebe. Detalhe,
esta sensação se inicia muito antes já na decisão e preparação do que estar a ser
presenteado e perdura por muito mais tempo. Considero que quem se percebe
disto é uma pessoa bem aventurada e através deste sentimento grandioso pode
alcançar a glória de nosso Deus. É este tipo de atitude que percebo em muitos
irmãos da Maçonaria que quero aqui, através deste ato simbólico de presentear a
Loja e aos irmãos, demostrar, que é o que mais me marcou na convivência deste
meu caminho de Aprendiz e Companheiro. É muito bom habitar entre pessoas que
se alegram em praticar o bem, seja ao arrecadar dinheiro a flagelados, ao
participar em um pedágio beneficiente, ao criar um Projeto Pescar ou de ensinos
para crianças, ao cuidar de Instituições de auxílio ao próximo ou aos animais, ao
empreender e ser diferente. Penso que estas endorfinas acabam nos viciando e
fazendo com que busquemos sempre mais, e mais, e mais.
5º) Significa ainda, a gratidão pela acolhida na Ordem;
6º) Sua base cuidadosamente foi feita em forma de um octágono, que quero
representar aqui o meu desejo em continuar o aprendizado como Mestre do
significado do 8, 9 e 10;
7º) no seu topo a estrela flamígera foi feita com movimento, representando os
olhos do Grande Arquiteto do Universo que podem ver em todas as direções;
8º) A escada em espiral foi feita com movimento, no qual pensei representar a
necessidade de nos movermos em direção a ela, que na nossa vida gira e
estamos sempre nos reinventando às vezes para pior ou melhor e, que sempre é
tempo de tentar chegar a perfeição, embora, nunca a alcancemos, sempre
devemos caminhar em direção a ela.
9º) Significa uma expressão de minha arte, que, como para qualquer artista, cada
vez que sua obra é admirada, sua forma de pensar e ser é eternizada, sendo esta
admiração o verdadeiro valor recebido por aquilo que foi feito, por ter feito a
diferença, por ter se movimentado em direção a um objetivo saindo da zona de
10. conforto e se surpreendendo. Aqui representado por um objeto que pode ser
apreciável para uns e até ridicularizado por outros, mas com respeito a todas as
diferenças, podemos sim, como este objeto, mas, em forma de ações, mudar o
nosso destino.
Não percamos a fé em nós mesmos! Devemos sim, nos reinventar todos os dias
de forma cada vez melhor! Espero poder continuar em frente nesta caminhada
com todos os irmãos da Ordem na busca ao topo da Escada de Jacó. Sei que não
existem mais as grandes guerras e cruzadas da antiguidade, nossa guerra atual é
moral, é política, é educacional, é comportamental, este é meu modo de ver o meu
objetivo na minha vida dentro da Maçonaria.
1 INTRODUÇÃO À FILOSOFIA INICIÁTICA DA MAÇONARIA / INTRODUÇÃO GERAL (II) / A ÍNDIA E O EGITO /
11. ALTAR
Ir Ricardo Caselli Moni – MM.
Macaé - RJ
O mais importante artigo mobiliário de uma Loja é indubitavelmente o Altar .Vale a
pena então investigarmos suas caracterisicas e sua relacao com os altares de outras
instituições religiosas .A definicao de um altar é muito simples . Ela é uma estrutura
elevada acima do solo , e apropriada para alguns serviços conectados com reverencia ,
tais como as oferendas de ablação , sacrifícios e preces . Altares , entre os antigos ,
eram geralmente feito de turfa ou pedra quando permanentemente ereta e não em
qualquer emergência , Eles eram geralmente construídos em cursos regulares de
maçonaria , e usualmente em forma cúbica . Altares eram e regidos antes dos templos .
Assim , Noé foi dito ter erigido um logo ele saiu da Arca . Herodotus dá aos Egípcios o
credito de serem os primeiros entre as nações que inventaram os altares . Entre os
antigos , ambos Judeus e Gentis , altares eram de dois tipos – para incenso e para
sacrifício. Os de sacrifício eram erigidos na área externa em frente ao Templo. Altares
de incenso eram permitidos dentro dos Templos. Animais eram sacrificados e
oferecidos em altares queimando em oferendas. No altar dos incensos, sacrifícios sem
sangue e eram presenteados aos deidade.
O altar Maçônico , como qualquer outra em Maconaria é simbolico , parecem combinar
com as características de ambos estes altares . E no altar dos sacrifícios que o candidato
( mais apropriado termo seria iniciando ) é direcionado a deixar suas paixões e vícios
como uma ablação a deidade , em quanto ele oferece seus puros pensamentos como
incenso ao G.'.A.'.D.'.U.'.
NA CABALA EM LOJA Também podemos enveredar pelos caminhos cabalisticos em
que são posicionadas e estabelecidas as posições de objetos e pessoas em Loja e
veremos que o altar deveria ocupar o lugar da não siferoth , denominado de Daat . Por
esta não observação , em muitas lojas se vê problemas de posições invertidas de Sol e
Lua com a do Secre.'. e do Orad.'. já que cada um esta ligado a uma Siferoth que
estabelece sua colocação correta em loja . Sabe-se que os primeiros maç.'. da era
moderna ( 1717 ) eram estudiosos da cabala .
O ALTAR é , portanto, o lugar mais sagrado da Loja .
Entre os antigos o altar era sempre investido com peculiar santidade. Altares eram
lugares de refugio , e de suplicações que conduziam para eles considerando ter
colocados eles próprios na proteção da deidade para aqueles que o altar era consagrado ,
e cometer violência ate para escravos e criminosos no altar , ou arrasta-los para ele , era
visto como um ato de violência contra a própria Deidade , e era um crime de sacrilégio .
Casamentos de conveniência entre os antigos era sempre solenizado nos altares , e
homens eram acostumados a fazerem as solenidades dos contratos e tratados tomando
promessa no altar .Uma promessa ou um voto feito no altar era considerado como mais
solene do que outras assumidas em outras circunstancias . E de se lembrar que o pai de
12. Anibal trouxe-lhe um altar Cartaginense e lhe obrigou a jurar eterna inimizade com
Roma. Em toda a antiguidade , ele era de uso dos sacerdotes e do povo passar pelo altar
no curso do sol , ou seja do Oeste para o leste pelo caminho do sul , para o leste
cantando poemas ou hinos de louvor como parte de sua adoração . De tudo que nos
vimos acima o altarn na maçonaria não é meramente um artigo de mobília , como uma
mesa para sustentar a bíblia sagrada. É um utensílio religioso , como altares de templos
antigos , para usos religiosos . e assim se identificando com a Maçonaria pela sua
necessária existência nas lojas , como uma instituição religiosa . Sua presença deve
levar a um Maçom contemplativo para ver as cerimônias na qual é empregada com
solene reverencia , e sendo parte de uma adoração religiosa . .
A localização do altar nos Ritos Franceses e Escoceses é em frente ao Venerável
Mestre, e portanto no Oeste . No rito de York o altar é colocado no centro da Loja , ou
mais propriamente um pouco do centro da parte Oeste . .
A forma de um altar maçônico deveria ser um cubo, cerca de 1 metro e de uma
correspondência de proporções como comprimento e largura , tendo , em imitação
a o Altar Judeu , com 4 ( quatro ) cornos , um em cada canto . Isso pode ser visto até
hoje em altares egipcios . i
A Biblia Sagrada com o esq..' e comp,'. deve ser colocado nele , enquanto ao redor são
colocadas as três luzes ..
Altar do Incenso
O Tabernáculo tinha um altar menor e especial para queimar o incenso. O incenso era
uma resina aromática de certas árvores que, misturada com especiarias (Êx 30.34-38),
era queimada nas cerimônias
13. Altar do Holocausto
Sacrifício em que a vítima era completamente queimada em sinal de que o ofertante se
dedicava completamente a Deus (Êx 29.18; Hb 10.6).
OUTRAS CITACOES SOBRE FORMAS DE ALTARES
A ) “ nas extremidades dos cantos do tampo , em algumas lojas estao inseridos cornos
de carneiro que simbolizam luz e inteligencia ”.
Camino , Rizzardo. Ritualistica Maçonica. Ed. Madras , p-137 , 1.Ed , 1998.
B ) “ Dos quatro cantos fez levantarem –se quatro chifres , os quais formavam uma so´
peça com o altar ”
EXODUS 27 : 2
C ) “ Porem Adonias , temendo Salomão , levantou-se , foi , e pegou das pontas do
altar ”
I REIS 1 : 50
D ) “ O sexto anjo tocou a trombeta e ouvi uma voz procedente dos quatro cornos do
altar de ouro que se encontra na presença de Deus ”
APOCALIPSE 9 : 13
E ) “ A forma apropriada de um altar maçonico é um cubo de tres pes de aresta com
quatro cornos , um em cada ângulo ...... ”
Leadbeater citando Mackey em seu livro “ Léxico de Maçonaria ”.
Leadbeater , C.W. A vida Oculta da Maçonaria. P – 44 , Ed. Pensamento. 1.a Ed. ,
1993 .
F ) “ Isso é criação posterior e esse pequeno altar deve ser retangular , como são todos
os altares ”
Castellani , José . Consultorio V , p- 118 , Ed .Trolha , 1996 .
G) A historia sagrada faz nada menos que 54 referencias a respeito de chifres e cornos .
Camino , Rizzardo . Ritualistica Maçonica . Ed . Madras . p-127 , 1.a Ed , 1998.
14. IrHelio Moreira
Membro da Loja Maçônia Asilo da Acácia 1248
Academia Goiana de Letras, Academia Goiana de Medicina,
Academia Goiana Maçônica de Letras
Contato : hmoreira@cultura.com.br
Essência da palestra proferida
na Loja Asilo da Acácia em 23/08/2011
A RELIGIÃO
E A MAÇONARIA
Até hoje ouvimos questionamentos a respeito da nossa
religiosidade, ou por outra, qual é a religião que professamos; muitos
de nós maçons não estamos adequadamente preparados para
responder a este questionamento de modo convincente, porém, acho
que podemos e devemos dizer com toda tranquilidade:
- Maçonaria não é religião e não existe nenhum dogma religioso
que force os seus membros a aceitá-lo; nós maçons simplesmente
acreditamos na existência de um Ser Supremo, independente da
crença de cada um dos seus membros.
A maçonaria, com suas milhares de lojas, esta presente em quase
todos os países do mundo e desde o inicio da sua existência
comprovada e documentada (1717) ela nunca foi sectária com
qualquer religião e nunca promoveu ou aceitou que uma crença
religiosa seja superior a uma outra.
15. Não existe um Deus maçom, para nós ELE é o Grande Arquiteto do
Universo, que reverenciamos, porém, sem sectarismo, não
oferecemos plano de salvação da alma após a morte; a maçonaria é
uma invenção humana e nunca tivemos a pretensão de que as nossas
cerimônias sejam guiadas pelas mãos de Deus.
Se acreditamos em um Ser Supremo, estamos descartando a
presença de uma pessoa atéia em nossos templos, pois, ao pretender
iniciar na nossa Ordem, o candidato precisa confirmar esta sua
crença pessoal em um Deus Supremo; nenhuma loja maçônica
regular pode abrir seus trabalhos sem que a Bíblia ou outro livro
sagrado adotado por seus membros, esteja aberto no altar; assim
como nominamos Deus com a expressão GADU, o livro que é aberto
no altar é denominado Livro sagrado da Lei que, dependendo do
local onde está sendo realizada a sessão, poderá ser A Bíblia Cristã, O
Corão - Muçulmano, Tanach - escrituras Hebréias, Veda- Indu, ou
mesmo os provérbios de Confúcio; em Israel são abertos três livros
simultaneamente: a Bíblia, o Tanach e o Corão.
Todos os maçons são obrigados a fazer os juramentos que forem
necessários, colocando a mão sobre um destes Livros Sagrados; se
um indivíduo não acredita em um poder maior que ele mesmo, o
juramento não terá nenhum significado para sua consciência.
Em algumas partes do mundo, Escandinávia, por exemplo,
algumas lojas maçônicas exigem que os membros sejam cristãos e no
Grande Oriente da França, considerada irregular por quase todas as
potências maçônicas do mundo, é permitida a presença de ateístas
como membros das lojas; alguns graus do Rito York e do Rito
Escocês, apresentam temas Cristãos, usando como exemplos o Novo
Testamento; embora nestes graus tenhamos lições de moralidade, ,
não existe a necessidade de se acreditar no Cristianismo, pois muitos
Judeus maçons freqüentam estes graus, sem no entanto serem
crentes de Cristo.
A Maçonaria e os Evangélicos
Não existe dúvida que a maçonaria nos Estados Unidos é constituída,
em sua imensa maioria de membros, de Protestantes Anglo-saxônicos,
aliás, em quase todos os países de língua inglesa o fenômeno se repete;
a maioria absoluta dos corpos dirigentes dos protestantes nos Estados
Unidos não fazem objeção a que seus membros sejam maçons, embora,
16. eventualmente surjam vozes discordantes, como o ocorrido
recentemente na Convenção da Igreja Batista do Sudeste, a maior
associação de Batistas dos Estados Unidos que anunciou que a
maçonaria é inconsistente com a crença que professam.
Na verdade o grande problema existente entre a maçonaria e os
protestantes é a presença de grupos fundamentalistas e estes fazem
objeção que os seus membros frequentem a maçonaria; a razão é o
fato de que alguns dos seus ministros encorajam seus membros a
“revelarem” sua fé em qualquer lugar e a qualquer hora; como na loja
maçônica não há espaço para esta atividade, pela proibição de se
fazer pregação sobre qualquer religião, torna-se impossível a
pretendida pregação.
Sabemos, juntamente com alguns milhões de homens, através de
mais de três séculos, que se tornaram membros desta Ordem
Fraterna e dezenas de milhares deles eram Ministros religiosos,
Rabinos, Bispos ou outros teólogos, que nenhum deles (que foram
membros) confirmaram estas mentiras.
Há alguns anos, um irmão mestre maçom, da nossa Loja pediu
“quit-place” e tive a oportunidade de conversar com ele, indagando-
lhe a razão daquela atitude, respondeu-me que a igreja a que ele
pertencia (não sei qual, porém, tenho certeza que era uma destas
fundamentalistas que citei acima); não desejava que ele continuasse
na Ordem; por que? Quis saber.
Ele então me respondeu, com toda sinceridade:
- Existem segredos na Ordem que só são revelados para os que
atingem o grau 33 em uma cerimônia satânica de iniciação, ali são
revelados o real desiderato da Ordem: dominar o mundo, impedindo
o progresso da minha religião e o fato de nenhum membro poder
expor sua fé e revelar para os outros irmãos o caminho da salvação
dentro da Loja, mostra o poder deste segredo que não é revelado
para todos os outros irmãos.
A Maçonaria e os Judeus
A maçonaria não tem nenhum conflito com o judaísmo; os
primeiros judeus a iniciarem em uma loja maçônica fizeram em
Londres por volta de 1721, justamente em uma época em que a
17. sociedade européia se recusava a aceitar os judeus no seu meio,
impedindo-os, inclusive, de assumir qualquer nacionalidade.
Voltando um pouco na história é preciso se lembrar da Peste
bubônica que dizimou quase um terço da população européia no ano
de 1.300 e os Judeus foram considerados culpados por este
acontecimento, estes e outros eventos semelhantes deixaram marcas
indeléveis na vida deste povo.
Ao serem aceitos na Loja maçônica, sentiram o fato como o
símbolo da liberdade e da igualdade, em contraste com a sociedade
que lhe afligia restrições; a loja foi o lugar onde Cristãos e Judeus
sentaram-se lado a lado em igualdade de condições.
Alguns de nossos rituais levam-nos ao Velho Testamento, cujo
conteúdo podemos dividir com os Judeus os ensinamentos dalí
emanados, principalmente nossos primeiros três graus, que fazem
referências a construção do templo de Salomão, construído pelos
judeus.
Apesar de assistirmos, imobilizados, mais de seis décadas de
violência no Oriente Médio, provocada pela criação do Estado de
Israel em 1948, a maçonaria é muito forte em Israel, existindo ali
cerca de 50 lojas, com Judeus, Cristãos e muçulmanos trabalhando
juntos; o selo oficial da Grande Loja de Israel inclui a estrela de
David, a Cruz Cristã e a lua crescente dos muçulmanos.
Em São Paulo existe uma loja maçônica quase que exclusiva de
Judeus, o venerável da mesma é um médico cirurgião do aparelho
digestivo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo, meu amigo Dr. Bruno Zilberstein.
A Maçonaria e o Islamismo
Como ocorre com o judaísmo e o Cristianismo, a maçonaria não
tem conflito com o Islamismo, embora, no momento, apenas o
Marrocos, Líbano e Turquia, dentre os países muçulmanos, aceitam
as lojas maçônicas no seu território; em vários países Islâmicos, ser
maçom pode resultar em sentença de morte
Há cerca de quatro anos estive em Istambul na Turquia, quando
tive a oportunidade de visitar uma loja maçônica, onde fui recebido
18. com enorme carinho por dois maçons que lá estavam; mostraram-
me o interior da loja, onde fui fotografado em frente ao altar.
A história da relação da maçonaria com a Turquia é um capítulo à
parte, a Ordem teve no passado grande dificuldade naquele país;
tudo começou com o Papa Clemente XII que, como sabemos,
excomungou a nossa ordem em 1738; naquela época era Sultão do
Império Otomano, Mahmut I que, por conveniência política, seguiu à
risca a bula Papal, proibindo a presença da maçonaria em todo o
Oriente Médio e na África do Norte.
Na década de 1920 iniciou-se a chamada guerra pela
Independência Turca, que foi um conjunto de levantes militares e
políticos, capitaneados pelo maçom Mustafá Kemal Atatuk e que
culminou com a dissolução do Império Otomano em 1922.
Logo após assumir a presidência do país em 1923, Atatuk iniciou
o processo de separação entre a religião e o Estado ( O Islamismo
deixou de ser religião do Estado em 1928), da generalização da
instrução, permitindo o voto à mulher (aliás, antes de Portugal) e a
incorporação do alfabeto latino, em vez do Árabe (hoje o árabe é
utilizado apenas para assuntos religiosos, pois o Alcorão é escrito em
Árabe); além disto ele aboliu a obrigatoriedade do uso do véu pelas
mulheres.
Estas movimentações iluministas possibilitaram o retorno da
maçonaria ao território turco, hoje com muita atividade laborativa;
pelas pesquisas que efetuei, fiquei sabendo que ele, Atatuk,
pertenceu a Loja maçônica “Italiana Macedônia Resorta Veritus” de
Ancara.
Atatuk governou a Turquia por 15 anos, hoje existe um museu e
Mausoléu em Ancara (capital da Turquia) em sua homenagem,
ocupando uma área de 750 mil metros quadrados; em quase todas as
cidades turcas existem monumentos em sua homenagem, tive a
oportunidade de ver uma sua estátua em Istambul, a maior cidade da
Turquia, situada no estreito de Bósforo.
A maçonaria e o catolicismo
Sabemos que temos alguma dificuldade de relacionamento com a
cúpula da igreja católica, tudo começou com o Papa Clemente XII que
19. editou, em 1738 uma bula, ameaçando com excomunhão qualquer
católico que aderisse à maçonaria, várias outras bulas foram editadas
tendo como foco a maçonaria, porém, a mais violenta delas foi a do
Papa Leão XII em 1882 (Humanum Genus). Ele dividiu o mundo em
dois reinos, de Deus e de Satã e a maçonaria foi incluída no reino de
Satã.
Embora o Canon católico editado em 1983, não faça referência
explícita à maçonaria, coisa que acontecia nas outras bulas
(consideravam, todas elas, a maçonaria uma instituição subversiva,
sob o ponto de vista político e religioso); levou muitos católicos
sinceros na fé, a procurar as lojas maçônicas para se iniciarem,
porém, no mesmo ano de 1983, o Cardeal Ratzinger, que depois
tornou-se o Papa Benedito XVI, na época presidente da Sacra
Congregação para a Doutrina da Fé, fez um esclarecimento, dizendo
que não houve nenhuma mudança e que se um católico se tornar um
maçom, poderá não receber a comunhão da igreja.
Embora no Brasil, especialmente em Goiás, não tenhamos, como
instituição, nenhuma dificuldade na convivência com a igreja
católica, a situação continua um pouco confusa, se formos observar o
que existe de documentação. O maçom sabe que não existe conflito
entre a sua religião e a nossa fraternidade, frequenta as duas
instituições sem nenhuma crise de consciência.
Como maçom e católico considero uma grande pena estes
acontecimentos, pois, no passado tivemos (figuras eclesiásticas da
igreja católica e a maçonaria) relacionamento que permitiu algumas
epopéias da história do Brasil; aproveitando a aproximação da data
da nossa independência, para apenas referir a um acontecimento,
está registrada na historiografia (nada pode mudar estes fatos), que
vários padres ombrearam com a nossa instituição na luta pela
Independência.
Um dos locais, considerado o Centro da Conspiração do
movimento da Independência, era o Convento de Santo Antonio, no
largo da Carioca no Rio de Janeiro, onde vivia o maçom, membro e
ex-orador da Loja Comércio e Artes, Frei Francisco Sampaio; ali se
reuniam, junto com Frei Sampaio, dentre tantos outros, os maçons
Gonçalves Ledo, Cônego Januário Barbosa, José Joaquim da Rocha.
Se quisermos basear em informações divulgadas por
historiadores não maçons, basta consultar “João Dornas Filho- Os
20. Andradas na História do Brasil” para se inteirar da sua afirmativa: “A
Lêdo e ao Cônego Januário se deve a proclamação ao Imperador,
forçando-o ao Fico” ; precisa mais evidência para esta combinação de
esforços entre a Igreja católica e a maçonaria?
Tivemos sob nosso teto, como maçons convictos, uma grande
quantidade de padres, cônegos e frades, inclusive dois bispos – Dom
Azeredo Coutinho, de Olinda e Dom José Caetano da Silva Coutinho,
Bispo da Diocese do Rio de Janeiro.
Na atualidade, como assinala o escritor maçom João Bosco Corrêa,
o grande acontecimento foi a missa celebrada por Dom Avelar
Brandão Vilela, na Grande Loja Liberdade, no natal de 1975, com
grande repercussão, tanto no Brasil como no exterior.
Tivemos no passado, na época do Império, uma grave crise entre a
Igreja católica e a Maçonaria, porém, acredito que este poderá ser
assunto para outra oportunidade, uma vez que alongamos mais do
que devíamos esta exposição.
21. O Respeitável Irmão Aristides Prado, Loja
Dario Veloso, GOB-PR, Oriente de Curitiba
Estado o Paraná, apresenta a seguinte
questão:
Gostaria de saber se existe a tal de “cerimônia de entrega
de luvas” para as cunhadas após a Iniciação. Fiquei sabendo que
algumas Lojas no Brasil assim que termina a Sessão de Iniciação
têm o costume de reunir cunhadas, sobrinhos e sobrinhas e
também convidados para que o novo Irmão faça a entrega das
luvas para a sua esposa. Isso está correto? Não se estaria
quebrando o costume da liberdade? E se estiverem presentes
algumas cunhadas que não receberam as luvas. Como fica a
situação?,
APONTAMENTOS:
A entrega das luvas para o iniciado e um segundo para a pessoa
que lhe causar melhor estima está simplesmente presente no ato da
Iniciação. Outra cerimônia posterior para entrega pessoal das luvas
femininas à cunhada é desconhecida e não está prevista no Ritual
em vigência.
Quem entrega o primeiro par de luvas conforme explicitado na
página 137 do ritual em questão é o Mestre de Cerimônias. Logo
em seguida, ainda o Mestre de Cerimônias, este entrega um par de
22. luvas de mulher, dizendo que as mesmas são destinadas àquela
que mais direito tiver à estima e o afeto do iniciado.
Como se pode ver, o ritual é claro e transparente. O iniciado apenas
recebe das mãos do Mestre de Cerimônias às luvas e nada mais.
Não existe qualquer outro procedimento de entrega de luvas, senão
o previsto exarado.
Os Irmãos precisam compreender que o que realmente existe
nesse simples ato é uma grande lição de liberdade por parte da
Maçonaria, quando dá ao novo Irmão a opção de entregar o par de
luvas femininas, por exemplo, à sua mãe, sua madrinha, avó, irmã,
ou a esposa.
É de péssima geometria a Loja se intrometer na liberdade íntima do
Irmão. A moral está em que ele deva fazer o que a sua consciência
mandar e não o que os outros mandem.
Antes que alguns propaguem equivocadamente que a Maçonaria
possa dar a liberdade para que um Irmão entregue às luvas a uma
amante, por exemplo, isso não procede, pois já que a Loja sindicou,
procedeu de acordo com os conformes das leis e costumes, o novo
iniciado somente sofreu o processo iniciático após terem sido
cumpridas todas as praxes do modo legal e, obviamente, acredita-
se que nenhuma Loja iria iniciar um elemento que não estivesse de
conformidade com os nossos preceitos morais. Daí essa alegação
cai inteiramente por terra e não há como se confundir liberdade com
libertinagem.
Ademais, o Ritual também preceitua na página 12, segundo
parágrafo
“Nos trabalhos litúrgicos, em qualquer Sessão, (em grifo) é proibida
a inclusão de cerimônias, palavras, expressões, atos,
procedimentos ou permissões que aqui não constem ou
estejam previstos, assim como é vedada a exclusão de
cerimônias, palavras, expressões, atos, procedimentos ou
permissões que aqui não constem ou esteja previstos, sendo
que a transgressão destas advertências, configura ilícito maçônico
severo e como tal será tratado”.
Finalizando, ratificamos a completa inexistência dessa tal de
“cerimônia de entrega de luvas”. Durante a Iniciação e, nela em
dado momento, o recém-iniciado recebe do Mestre de Cerimônias
os dois pares de luvas, ouvido as explicações devidas, necessárias
e suficientes.
T. F.A. –
PEDRO JUK –
jukrm@hotmail.com - OUT/2011
23. NA DÚVIDA,
envie suas perguntas para
jbnews@floripa.com.br
mencionando nome completo, Loja,
Oriente, Rito praticado e Obediência.
O Irmão receberá a resposta diretamente do Ir Pedro
Juk, e através do JB News.
Do Mano Homero Franco!
(Loja Templários da Nova GLSC – Florianópolis)
JBNews!!!
Que maravilha poder comemorar quatrocentos quilômetros de uma
caminhada, que é diária, sem olhar para os calos, para o inchaços, para
a dor nos músculos, para a sede, quem sabe a refeição menos farta,
com o olhar adiante, com a esperança em alta, objetivo claro, destino
sonhado.
Esses peregrinos do tempo, do espaço, da vida, do ideal, do amor (sim
isso é um grande gesto de amor) já chegaram a muitos lugares, mas
não desistem, querem ir além, têm mais o que fazer, querem entregar
mais uma mensagem, querem iluminar, são os iluminadores.
A Jornada do Homem só se justifica se for pela trilha iluminada. Para
depredar as luzes, para roubar os fios, para danificar os instrumentos,
para fazer gatos, para desviar, para denegrir, são muitos. Muitos
também são os não tocados pelos sinais da trilha, passam ao largo e
desconhecem o farol piscando.
24. E o peregrino segue andando e semeando. Alguma semente sempre
encontrará a terra fértil. É isso que basta.
Quantos 400 mais? Só o Planejador Maior poderá dizer.
Parabéns, Peregrino da Informação.
Um abraço de três voltas e mais.
Ir. Homero
Loja Fraternidade Alcantarense
A Loja Fraternidade Alcantarense nr. 3.393 de São Pedro de
Alcântara (Grande Florianópolis) que trabalha no Rito
Adonhiramita, tem Sessão Ordinária em grau de Aprendiz e
Companheiro. Será neste sábado (08) em seu Templo
próprio, às 10h00.
Já às 14h00 no mesmo Templo, haverá Elevação para o Grau
22.
Loja Sentinela do Vale
tem Sessão de Iniciação
A Loja Sentinela do Vale N. 54, (GL:SC) de Braço do Norte, está
convidando para a Sessão Magna no dia 29 do corrente, às 16:30 horas
em que serão iniciados os profanos Edmo de Souza Boeing, Odivan
Jose Rabelo Varela e Rogério Dall Bello