1. JB NEWS
Informativo Nr. 315
Editoria: Ir Jerônimo Borges
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras – 20h00 – Templo “Obreiros da Paz”
Praia de Canasvieiras – Florianópolis SC
Aracajú (SE), 09 de julho de 2011
Índice deste sábado (continuando a ser editado em Aracaju-SE)
1. Almanaque
2. “K entre Nós”- Pedras Polidas, mas sempre Pedras Brutas? (Ir. Marco Antonio
Nunes)
3. Reflexões Pessoais (Ir Luiz Felipe Tavares)
4. Egoísmo (Ir. Marco Antonio Perottoni)
5. Destaques JB
2. 6.
7.
Aruanã Praia Hotel, em Aracaju!
Hotel encantador preocupado com o futuro do ecossistema reunindo o que melhor
a natureza oferece. E com a qualidade oferecida pelo Ir Fábio.
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3.
4. 1540 - Dissolução do casamento de Henrique VIII de Inglaterra com Ana de Cleves
(celebrado a 6 de Janeiro)
1578 - Fernando II da Germânia, um sacro imperador romano (+1637}.
1810 - Napoleão oficialmente torna os Países Baixos parte de seu império.
1816 - A Argentina proclama sua independência da Espanha.
1850 - O Báb, precursor da Fé Bahá'í, foi martirizado em praça pública, na cidade de
Tabriz,
1877 - Teve início a primeira versão do Torneio de Wimbledon, na Inglaterra, com 21
tenistas amadores. A princípio só era permitida a participação dos homens.
1887 - Relatado o uso de guardanapos pela primeira vez por John Dickinson, nos EUA,
no jantar anual das companhias.
1890 - Foi fundada a cidade de Boa Vista, hoje capital de Roraima.
1922 - Johnny Weissmuller nada os 100 metros livres em 58.6 segundos quebrando o
recorde mundial de natação e a 'barreira do minuto'.
1932 - Tem inicío a chamada Revolução Constitucionalista, no estado de São Paulo, que
apoiado pelo Mato Grosso ergue-se contra o governo central de Getúlio Vargas.
1960 - No Brasil entra no ar a Rede Excelsior de Televisão.
1960 - O líder Nikita Kruschov, da União Soviética, alertou contra a intervenção
americana em Cuba. O anúncio de que Cuba era um aliado soviético marcou um dos
momentos mais tensos da Guerra Fria.
1972 - David Bowie apresentou pela primeira vez seu alter-ego, Ziggy Stardust, em um
show em Londres.
1980 - Vinicius de Moraes, poeta e compositor, morreu aos 66 anos vítima de embolia
pulmonar.
1991 - A África do Sul é reintroduzida ao Movimento olímpico após 30 anos de exclusão.
1994 - O Ministério da Saúde proibiu a prescrição da talidomida. A substância ingerida
por gestantes é responsável pela má formação de fetos.
1996 - O primeiro-ministro israelense Bibi Netanyahu, eleito com um discurso radical
sobre o plano de paz com os palestinos, foi à Washington pela primeira vez para reabrir
as negociações.
2002 - A União Africana foi estabelecida em Adis Abeba (Etiópia). O primeiro
presidente foi Thabo Mbeki, então Presidente da África do Sul.
2006 - A Seleção Italiana de Futebol sagra-se tetracampeã da Copa do Mundo na
Alemanha.
5. Dia do Soldado Constitucionalista
Dia do Sonhador
Dia Estadual da Defesa Civil (RS)
Dia da Juventude
Dia Nacional das Loiras
Dia do Protético
Dia do Truco
Feriado estadual em São Paulo - Revolução Constitucionalista de 1932.
Feriado municipal em Boa Vista/Roraima - Aniversário da Cidade
Feriado municipal no Cabo de Santo Agostinho/Pernambuco - Aniversário da cidade
Dirimição de Episcopos
(fonte: “O Livro dos Dias” e arquivo pessoal)
1793:
A GL da Inglaterra autoriza a publicação do jornal Freemason’s Magazine
1984:
Fundação da Loja Caminho da Luz, de Londrina
1976:
Fundação da Loja Coronel Plácido de Castro nr. 6 (fundação: 08.07.76) de
Feijó (GLEAC).
6. O autor Ir Marco Antônio Nunes – Florianópolis – SC
É MM da ARLS “Fraternidade Catarinense” nº 9 – GOSC
Contato: martoni.nunes@gmail.com
(Ká entre Nós...)
Pedras Polidas, mas sempre Brutas?
Quando Aprendiz, por ocasião das primeiras instruções, fixei-me
muito no significado da Pedra, muito representativa dentre as inúmeras
simbologias que nos são passadas no início da nossa jornada maçônica.
Tanto assim, que idealizei este diálogo entre um Aprendiz e um Mestre
versando justamente sobre as infindáveis divagações e interpretações
que a nossa imaginação pode nos levar sobre um símbolo tão
significativo como é a Pedra:
- Mestre, por que somos comparados a pedras?
- Comparados não seria o termo adequado. Ingressastes na Ordem
recentemente e não tens ainda a noção do que representam as pedras
na Maçonaria e os demais símbolos, que não são poucos. Tudo é uma
questão de associação de pensamentos filosóficos, dentro de um
7. contexto simbólico. Se formos nos comparar a pedras, como fazes
alusão na tua pergunta, poderíamos partir para uma série de
infindáveis digressões e todas elas chegariam a significados admissí-
veis, caso partilharmos o mesmo ponto de vista. Ao contrário, diver-
gindo em qualquer aspecto, já não teríamos uma comparação plausí-
vel e partiríamos para novas digressões até encontrarmos outro ponto
de convergência.
- Mas se não somos comparados, por que então alguns mestres falam
que nós, aprendizes, somos pedras brutas que devem ser lapidadas?
- É uma forma de utilizar a simbologia, muito forte na Maçonaria,
notadamente nos graus simbólicos. Quando galgares os demais graus,
irás entender melhor e chegarás a conclusões próprias que melhor
forem do teu entendimento e te adaptarás à tua forma de pensar e de
interpretar todas as questões simbólicas. Quanto à comparação
aprendiz/pedra bruta, estaria mal formulada, tendo em vista que a
comparação não é propriamente feita com a pessoa do aprendiz, mas
com a condição de neófito na sua nova dimensão de conhecimento e
aprendizado, para o qual foi iniciado.
Sua formação maçónica começou justamente na iniciação, onde
foram transmitidas inúmeras informações. Se tivesses prestado atenção
em tudo quanto aconteceu e te foi dito, perceberias que toda a tua futura
vida maçónica foi ali reproduzida. Só que as informações foram tantas,
quase todas elas direcionadas somente para o teu sentido auditivo, já
que teus demais sentidos estavam todos concentrados na expectativa e
na aflição da nova experiência que, aos poucos, tua memória irá
trabalhar esse mundo novo que foi descortinado e que, à medida que
fores tomando ciência e absorvendo esses ensinamentos, irás perceber
que as lascas impuras da ignorância irão dar lugar à polidez do
conhecimento já latente nas tuas experiências pessoais e de outras
vidas.
- Insinuas que a gente nasce sábio e necessita de estímulo para
aflorar essa sabedoria?
8. - Grande parte de nós, sim. A crosta que envolve a polidez da nossa
pedra pode ser mais ou menos espessa, dependendo da planificação da
missão engendrada com nossos mentores antes de assumirmos a nova
jornada. Assim como a polidez interna, ainda não perfeita, que pode
receber novos acabamentos, após o desbaste da crosta que a envolve.
- Então é essa a comparação com a pedra que nos é feita? Tuas
palavras me fazem pensar diferente. Não tinha pensado na profundi-
dade da simbologia da pedra. Nossos defeitos são as impurezas brutas
das lascas que absorvemos com a maneira de agir, de pensar, das
nossas ansiedades e paixões..
- Vejo que já estás progredindo e entendendo o sentido desta
analogia.
- Seguindo este raciocínio, poderíamos acrescentar muitas outras
comparações!
- Como exemplo?
- Existem pedras, ou rochas, que são polidas por fora, mas comple-
tamente irregulares por dentro! Levando-nos a pensar que existem
pessoas polidas na aparência, mas desprovidas de bons sentimentos e
de boas intenções. Ou seja, completamente incultas espiritualmente.
- Perfeita a tua visão! Poderíamos avançar nessa linha comparativa e
admitir o contrário, ou seja, muitos possuímos a polidez interna
encoberta por uma camada de imperfeições. Um exemplo de pedra ou
rocha que se encaixa nessa nossa comparação é a ágata, uma pedra
semipreciosa completamente disforme e sem atrativo externo, mas no
seu interior encerra uma beleza translúcida impressionante, dando-nos
a exata dimensão da períeição com que a natureza, no seu infinito
capricho, trabalha os seus elementos de forma harmónica. Lembremo-
nos, também, do diamante que sai da mina completamente impuro e sem
o esplendor da beleza que é realçada com a sua lapidação, alcançando
valores incalculáveis.
9. - Não gostei da comparação do diamante!
- Por que?
-Diamante serve somente para ostentar o seu valor, a sua beleza, o
seu brilho e ornamentar outros tipos de jóias. Haveria pessoas com
essas características?
- E como! Não existem, por acaso, aqueles que vivem somente de
aparências? Esplendorosos por fora e completamente translúcidos e
transparentes no seu interior. Por outro lado, seguindo o nOSSO
raciocínio, temos as pessoas autênticas que realmente são aquilo que
aparentam e foram preparadas com esmerada educação, valorizando a
sua pureza de espírito, caracterizando o diamante verdadeiro que,
quanto mais perfeita a sua lapidação, maior o seu valor; nesse caso,
infelizmente, cada vez mais raros entre nós.
E os falsos diamantes? Esses existem em todos os lugares, em todas
as estratificações sociais. Por serem falsos, não se consegue agregar
valor nem com a mais perfeita lapidação.
- Mestre. Uma pergunta que me ocorre neste momento. Sendo a
Maçonaria composta de homens justos e perfeitos, caracterizando os
diamantes verdadeiros, existiriam entre eles os “falsos diamantes”?
Poderíamos comparar a Maçonaria a uma joalheria que contivesse so-
mente pedras preciosas e verdadeiras?
- Meu aprendiz, meu aprendiz! Tens pela frente muito a entender e
aprender sobre os homens e, em consequência, sobre os maçons. Por
enquanto, pense na Maçonaria como uma imensa pedreira de onde são
extraídos blocos de rochas, que se transformam em pedras disformes e
brutas com o uso dos instrumentos que aprenderás a manejar. Com o
uso desses instrumentos, aprenderás a técnica do desbaste das
imperfeições mais brutas das pedras para, posteriormente e em etapas
sequentes, serem encaixadas numa grande obra. Essa interminável obra
a que todos os Maçons se dedicam a erigir, mas que jamais será tida
como concluída.
10. Daí, a conclusão a que se chega é a de que justos temos condições de
ser, à medida que entendamos o real significado de justiça e a prática
das nossas ações em direção a ela. Mas perfeitos...
Talvez encontremos essa joalheria que fazes menção lá no Oriente
Eterno, para onde são encaminhadas somente as pedras já prontas e
devidamente lapidadas, qual o nosso diamante verdadeiro. Quanto aos
refugos, ou seja, aquelas pedras ainda com muitas imperfeições, essas,
sim, devem ir para uma outra pedreira e passar novamente por todos os
processos de lapidação e acabamento até chegar ao controle de
qualidade do Grande Geólogo do Universo, que deverá aquilatar a
qualidade da pedra.
- Mestre. Obrigado por este ensinamento da pedra. Chego à
conclusão de que não passamos de meros cascalhos perdidos e soltos no
mundo, agregando os elementos da natureza até sermos descobertos e
trabalhados para fazermos parte de uma grande obra.
- É, meu aprendiz! E o reino mineral é o primeiro deles. Dá para
perceber o quanto ainda somos primatas e o quanto ainda temos que
evoluir. E há quem se julgue perfeito!
11. O Ir Luiz Felipe Brito Tavares,
médico e escritor, É AM da
Loja Luz do Planalto nr. 76
São Bento do Sul – SC
Caros Irmãos vos apresento uma reflexão pessoal que não tem peso de
verdade, mas de elucubração. Fiquem à vontade em rejeitá-la se ferir
vossa lógica.
Qual nossa essência?
Seríamos matéria apenas ou nossa verdadeira essência é transcendente?
Se considerarmos o ser como matéria sujeita às leis da física, podemos
aguardar um destino entrópico ou de desestruturação consecutiva.
Deixaríamos, portanto de existir de forma definitiva ao expirar do último
suspiro vital.
Se, no entanto considerarmos nosso ser portador de uma essência
transcendente, com certeza escaparia à indiferença do caos entrópico.
12. A ciência por tratar do mundo físico não busca por elementos que fujam
ao seu âmbito de ação. Portanto não podemos nela nos apoiar de forma
direta para corroborar a existência do espírito.
Porém se a ciência não busca por evidências transcendentes, tão pouco
possui autoridade para negá-las de forma definitiva.
Como então e porque pensarmos nesta possibilidade, a da sobrevivência
da consciência após a morte do corpo físico, se a nenhuma evidencia
palpável tenhamos acesso?
Mas o que é palpável?
Aquilo que pode ser sentido?
E a fé não é percebida de forma clara em nosso ino?
Sem dúvida a resposta se baseia na fé que em cada um habita e que é o
portal a nos permitir não apenas acessar esta possibilidade, mas como
também vivenciá-la em nós mesmos como realidade.
Porém a fé é abstrata, como também o espírito. Sendo a fé uma
quintessência poderíamos então dizer que nada prova? Ou seja, que é
uma ilusão meramente decorrente de uma neuroquímica cerebral
extremamente complexa?
Se assim o for então deveríamos abdicar da fé? Ou dar a ela um papel
sem importância?
Se desta forma procedermos, teremos que da mesma forma reconsiderar
muitos outros elementos que consideramos relevantes em nossas vidas.
Que consideramos possuidores de sentido.
Por exemplo, os mais nobres sentimentos seriam somenos reflexos
químicos.
O amor sublime dos pais pelos filhos seria apenas reverberação
aberrante e sem lugar definido no espaço real.
Os pensamentos mais profundos apenas um volume determinado de bits
de informação.
A própria consciência um mero estado cerebral.
13. Tudo o que creditamos real em essência, deixaria de sê-lo.
O poder de valorar a existência; o sorrir infantil; o agradecer pela
esperança que renasce a cada dia em nosso imo; o compartilhar pleno do
amor, o próprio amor; o suspirar pela bela natureza...
Tudo isto perderia o significado essencial. Perderia a razão de ser.
Elementos não materiais, ou abstratos sem sentido real.
Valores aberrantes não programados pelas leis da natureza.
Por não poderem ser quantificados ou qualificados em suas relações de
proporção seriam desmerecidos.
Então seria isto?
Se não podemos transformar em uma equação, não podemos validar!
Toda a teia social baseada em valores abstratos deixaria de ser
significativa.
Somos então apenas um caminho evolutivo, e todo cabedal de
sentimentos nobres nada mais são do que elementos permitidos pela
probabilidade, com fins à continuidade da espécie?
O que importa no fim é apenas o garantir da transmissão de genes?
Um paradoxo pensar que esta capacidade magnânima de reconhecer e
sentir as galáxias, o universo e as próprias leis da física como elementos
preciosos que são, seria de fato um mero mecanismo oriundo da
probabilidade evolutiva com fins exclusivos à sobrevivência.
Um efeito colateral da evolução sem espaço de fato a ocupar.
Porém se não existe um espaço de fato a ser ocupado como algo pode
existir?
Tudo que existe em essência tem que necessariamente ocupar um
espaço. Até as possibilidades só existirão se houver matriz que as
sustentem.
Se consideramos que nossos sentimentos, nossas reflexões profundas, e
nossa consciência são muito mais que um mero efeito colateral, então
temos também que admitir que possa existir um espaço, mesmo que
transcendente, para ocuparem.
14. Um nicho transcendente indica um sentido imanente. Planejamento
existente, mas não percebido por olhos pouco experientes.
Conhecemos de fato os espaços existentes em nosso universo e além
dele?
Talvez então a fé não seja mera flutuação aleatória, ou melhor, talvez a
fé não seja um padrão aberrante; ou mesmo um eco a ser
desconsiderado.
Talvez seja um portal previsto em leis ainda não conhecidas que nos
permitam de fato e de forma real acessar planos inacessíveis aos
experimentos físicos atuais.
Não é difícil hoje para qualquer aluno de segundo grau acessar
informações sobre teorias físicas modernas, referentes a muitos
universos possíveis além do nosso.
Tais teorias aventam que cada universo seria uma pequena bolha
flutuando no que é chamado de grande massa.
Também a informação de que nosso próprio universo possa ter mais do
que as quatro dimensões conhecidas está à disposição.
A de que a matéria luminosa que conhecemos ocupa menos que cinco
por cento de tudo que existe no universo...
De que a matéria que conhecemos é feita de elementos menores e
menores e menores até que sejam considerados apenas vibrações, ou
seja, padrões de energia.
Não é difícil então para uma mente criativa imaginar um espaço que
acomode de forma real a consciência e toda a profundidade que
possuímos. Não apenas que albergue, mas que sustente.
Porém procuremos preservar-nos no mesmo caminho lógico.
Todo movimento demanda espaço. Movimentos de relação, vibrações...
Tudo demanda espaço para ocorrer.
Movimentos atendem a gradientes, no sentido do equilíbrio. Seguem o
sentido das leis.
15. Como poderíamos, no entanto classificar os fenômenos da mente?
Como qualificar o movimento de sucessão das palavras e dos
sentimentos?
Não atenderiam eles também a gradientes? Não estão sujeitos a regras
lógicas e de sentido? Não seguem um caminho determinado e com
conseqüências determinadas?
Poderia de fato tudo isto ser apenas uma aberração? Ou a natureza de
fato reserva um espaço real para sua existência?
Nenhuma complexidade evolui sem que espaços lhes permitam a
ordenação.
Que espaço permitiria a ordenação dos pensamentos e o permutar dos
sentimentos?
Pensamentos e sentimentos que refletem a natureza, possuindo liames de
familiaridade com o que está ao entorno, de tal forma que pode influir
diretamente nesta mesma natureza.
A energia se transmuta e determina movimentos físicos.
Energia presente em sentimentos e pensamentos profundos a modificar o
ambiente físico. A ocupar espaços.
Creio com sinceridade do coração que existe um espaço acolhedor para
nossa consciência no universo, seja nosso universo conhecido ou outro
concomitante.
Porém minha lógica aponta na mesma direção. A possibilidade de um
espaço real a preservar nossa consciência encontra ressonância na
potencia de nossa humanidade.
Humanidade que busca burilar a pedra bruta em polida, que busca a
harmonia e o equilíbrio dos sentimentos e pensamentos. Humanidade
que busca conscientemente um sentido imanente.
Justamente tal busca consciente que levou o homem a todas as suas
descobertas científicas e a todas suas indagações.
Indagações sobre o sentido por de trás de tudo.
O que antes entendíamos como realidade está sendo sacudido pelo
avanço científico.
16. Porém algo que é difícil para ser entendido pela ciência é a inteireza de
uma unidade complexa.
Por exemplo, uma célula viva seria apenas um amontoado de unidades
moleculares? Um saco químico, ou algo a mais?
Algo que adquire um centro de coerência responsável pela resposta
sinérgica e sincronizada daquela célula aos estímulos que a rodeia. A
célula funciona como uma inteireza. Porém onde se localiza este centro
comum? Este eixo principal que a tudo mantém em coerência?
SE tentarmos dissecar uma célula buscando seu centro de unidade,
iremos chegar a um sem número de fragmentos sem chegar ao cerne.
Seria como dissecar um símbolo transformando em sinais e perdendo
sua essência.
Porém onde se localizaria tal essência, se nossa lógica apontar para sua
existência?
Se nossa lógica ignorar que existe tal possibilidade, a do complexo
adquirir valor de unidade coerente então de fato nada faz sentido no
universo. Tudo seria um grande paradoxo sem fim. Um universo que
permite tantos patamares sucessivos e interligados de complexidade,
sendo que cada um destes patamares depende do patamar anterior e
serve ao seguinte, favorecendo que em cada patamar ocorra o emergir da
inteireza unitária e coerente como fundamento a toda evolução de
complexidade.
Então se nossa lógica não permitir que aceitemos a realidade da
inteireza, não restaria nenhum sentido presente.
Já que prefiro não descartar o sentido imanente, então acredito haver um
espaço que acolha e sustente tais inteirezas, ou se preferir tal coerência.
Da mesma forma que acolhe inteirezas como aquela dos átomos, das
moléculas, das células e dos organismos multicelulares, então também
acredito que possa acolher a inteireza coerente de uma consciência.
Um espaço existente e não devassado que coexiste com os espaços que
percebemos, onde a fé também possua existência e razão de ser.
17. A fé é tão abstrata como tudo ao nosso redor, mas é muito mais real do
que imaginamos.
Possui sua própria coerência, e que por mais incrível que possa parecer
pode ter origem nas mesmas leis estudadas atualmente pela física.
Marco Antonio Perottoni
MI
Loja Cônego Antonio das Mercês e
Loja Francisco Xavier ferreira de Pesquisas Maçônicas
A
GDGADU
S
F U
18. IGUALDADE, LIBERDADE,
FRATERNIDADE, TOLERÂNCIA e UNIÃO.
Há vários anos vimos sofrendo com a situação econômica
de nosso país, numa guerra surda que nos leva a lutar pelo pão nosso de
cada dia, quase que de uma forma brutal para vencermos a concorrência
de nosso próximo.
Devemos parar para pensar sobre esta situação. Será que
esta guerra pela sobrevivência não tem alterado o caráter e os
procedimentos do ser humano, ou, será que não posso estar me
aproveitando da realidade para expor uma personalidade que tenho
mantido no meu interior.
Nesta luta de cada um por si e o resto que se dane, me
sobressalta uma pergunta: COMO SOMOS?
Não serei um EGOÍSTA, ou seja, não tenho um amor
excessivo ao meu próprio bem, sem consideração aos interesses alheios,
implicando, este comportamento, na subordinação do interesse de
outrem ao meu próprio interesse. Não estarei agindo com o que
chamamos de exclusivismo, que faz o indivíduo referir tudo a si próprio,
e é próprio de quem trata somente de seus próprios interesses?
Ou serei aquele que refere tudo ao próprio eu, tomando a si
como centro de todo o interesse, um personalista, ou seja, um
EGOCÊNTRICO?
Não seria talvez um EGÓLATRA, aquele que tem culto
de si mesmo. Sentimento excessivo da própria personalidade.
19. Poderia ainda ser enquadrado como um
INDIVIDUALISTA, comportamento próprio de quem tem existência
individual, com sentimentos e condutas egoístas e egocêntricas.
Sem dúvidas vivemos muito num mundo de EU, EU e EU.
Por que não sermos um conjunto ou grupo de pessoas que
se aplicam a uma tarefa ou trabalho, uma verdadeira equipe?
Por que não sermos companheiros e camaradas, nos unido
em busca de um objetivo comum, para o desenvolvimento individual e
do grupo e, principal e fundamentalmente, do bem comum?
Por que não sermos um?
Não podemos nos esquecer que devemos unir esforços para
buscar benefícios para toda a comunidade envolvida, e não pensar
somente em mim e eventualmente, quando precisar de ajuda, do grupo a
que pertenço.
Contra esta situação temos antídotos extremamente
valiosos, e que encontramos disponíveis nas instruções de Aprendiz e
que são preceitos que devem ser do conhecimento, respeitados e,
principalmente, aplicados nos seus sentidos mais amplos por todos os
maçons.
São cinco palavras que aprendemos a respeitar e aplicar em
nossa vida e fundamentais para todo o ser humano, que são
IGUALDADE, LIBERDADE, FRATERNIDADE, TOLERÂNCIA e
UNIÃO.
IGUALDADE - um igual é o que tem a mesma grandeza,
a mesma condição ou categoria. Em maçonaria, IGUALDADE não é o
nivelamento total do homem, pois o homem deve impor-se pelos seus
valores e méritos próprios, mas IGUALDADE é um postulado que busca
20. igualar a todos os maçons sob um único título, o de IRMÃOS, e de não
fazer distinção, ou discriminação, em virtude de sexo, raça, religião,
nível cultural, cores partidárias, se mais ou menos favorecidos
materialmente ou pelos cargos que ocupam.
Este comportamento maçônico devemos manter sempre,
com IRMÃOS ou com profanos.
LIBERDADE - tenho certeza que todos nós, de uma forma
ou de outra, temos nosso conceito de LIBERDADE. Será que nesses
nossos conceitos incluímos que LIBERDADE é situação ou estado do
homem integrado na plenitude da dignidade humana; que LIBERDADE
é o livre arbítrio; que LIBERDADE é a faculdade de exigir, e insistir,
que se cumpram a leis e regulamentos vigentes; que LIBERDADE é
poder expressar seus pensamentos e idéias?
Sabemos, também, que a LIBERDADE é o ideal de vida de
todo o ser humano espiritualmente bem formado e, atentando contra esta
LIBERDADE, estaremos despojando-o de seu maior patrimônio, e onde
não há LIBERDADE de pensamento e de ação haverá, invariavelmente,
a opressão da consciência do ser humano e suas conseqüências danosas.
FRATERNIDADE - como define Aurélio Buarque de
Holanda (Dicionário Aurélio), FRATERNIDADE é irmandade, é união
ou convivência como irmãos, harmonia, paz, concórdia, é, enfim, amor
ao próximo.
A FRATERNIDADE nos recorda a convivência sem
oposição de uma para como o outro, é, antes de mais nada, amor e
respeito mútuo.
Ser FRATERNO é tratar o Irm como igual e respeitar a
sua liberdade de pensamento e de posicionamentos.
21. TOLERÂNCIA - ser TOLERANTE é ter a qualidade de
quem admite e respeita a opinião, os pensamentos e as atitudes de seus
semelhantes, não esqueçamos, seus IGUAIS, mesmo que estas opiniões
ou pensamentos sejam contrários a seus posicionamentos.
Ser TOLERANTE é jamais sequer pensar: “ou concorda
com meus pensamentos e minhas posições ou é contra mim”.
Ser TOLERANTE é se aberto ao diálogo, através do qual
sempre se chegará, sem dúvidas, ao consenso geral.
Por fim temos a UNIÃO, que é unificação, é tornar um só
pela ligação afetiva. UNIÃO é a nossa convivência como IIr,
convivência esta que devemos lutar com unhas e dentes para mantê-la,
sem fissuras.
Nossa UNIÃO é algo palpável, sensível a todos e é esta
UNIÃO, que faz com que nossos trabalhos transcorram justos e
perfeitos.
Assim coloco: o que é melhor para o nosso
desenvolvimento e para o progresso humano: agir sob os postulados do
EGOÍSMO, EGOCENTRISMO ou INDIVIDUALISMO, ou agirmos
como uma EQUIPE, agindo sob os postulados da IGUALDADE,
LIBERDADE, FRATERNIDADE, TOLERÂNCIA e UNIÃO?
Pensemos sobre isto e o levemos estes conceitos e
procedimentos para todos os atos por nós praticados além das portas de
nosso Templo, nas nossas relações pessoais entre IIr ou profanos e,
por certo estaremos contribuindo para uma vida melhor, para cada um
individualmente, nossas famílias e de todas as pessoas com as quais nos
envolvemos.
22. JB NEWS ENCERRA ATIVIDADES DE ARACAJU
O JB News encerra sua editoração em Aracajú, passando a partir de
domingo, a ser editado em Rio Branco, no Acre. Deixamos o nosso
abraço fraterno aos inúmeros Irmãos e amigos desta belíssima e
acolhedora capital nordestina, cumprimentando-os pelo excelente
desempenho da Assembléia da Confederação Maçônica Simbólica do
Brasil.
Abaixo segue link com uma síntese de fotografias registradas em todos
os momentos do decorrer da Assembléia, como abertura, encerramento,
plenárias, palestras e atividades sociais, naturalmente enfocando mais a
delegação de Santa Catarina.
Clique no link a seguir. Se aparecer alguma faixa de segurança, escolha
a do meio intitulada “allow”.
https://picasaweb.google.com/portaljb33/CMSBSelecaoDeFotos?authkey=Gv1sRgCP7B-
7KoionaLg
PROCLAMAÇÃO AO POVO BRASILEIRO
Ao concluir os trabalhos da Assembléia da CMSB, foi aprovada e
finalmente redigida a seguinte Proclamação dirigida ao Povo Brasileiro,
representando mais de cem mil Maçons jurisdicionados às 27 Grandes
Lojas Brasileiras:
23. PROCLAMAÇÃO AO POVO BRASILEIRO
A COFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA SIMBÓLICA DO BRASIL
– CMSB, representando mais de 110.000 maçons filiados às vinte e sete
GRANDES LOJAS MAÇÔNICAS de todas as Unidades Federativas do
Brasil, reunida em sua XL Assembléia Geral Ordinária, nos dias 2 a 6 de
Julho de 2011 na cidade de Aracaju – SE, conclama o Povo Brasileiro
para que, unidos continuemos na defesa intransigente da ética e da
moral, propugnando ainda pelo efetivo envolvimento de todas as Grande
Lojas Confederadas nos seguintes assuntos de interesse nacional:
1 – Priorização das políticas de educação no País, com alteração
substancial no modelo existente, e com a participação direta e efetiva da
União Federal em todos os níveis, inclusive com revisão do pacto
federativo.
2 – Institucionalização de políticas preventivas e educacionais de
combate ao uso de drogas, voltadas ao público infantil e juvenil na área
de abrangência e atuação das Grandes Lojas Brasileiras.
3 – Estabelecimento de parcerias com o Governo e com a sociedade
organizada na implementação de políticas públicas de defesa das
crianças, adolescentes e proteção a velhice.
4 – Participação efetiva nos projetos de proteção ao meio ambiente
através de políticas que garantam a sua preservação, a qualidade de vida
da população e ao mesmo tempo possibilite o desenvolvimento
sustentável.
Aracaju – SE, 06 de julho de 2011
JOSÉ WALTER RODRIGUES DOS SANTOS
SERENÍSSIMO GRÃO MESTRE DA M.R.
GRANDE LOJA DO ESTADO DE SERGIPE E
PRESIDENTE DA XL ASSEMBLÉIA GERAL
ORDINÁRIA DA C.M.S.B.
24. NATHANIEL CARNEIRO NETO – PGM
SECRETÁRIO GERAL
E MAIS ASSINAM
OS 26 GRÃO MESTRES DAS DEMAIS 26 GRANDE LOJAS DO
BRASIL
26. Serra do Rio do Rastro. Foto: Diário Catarinense de 08.07.11
27. Condomínio do Palácio Maçônico da Grande Loja do Estado do Rio Grande
do Norte (GLERN), situado na Rua Antomar de Brito Freitas, nº 3668, Bairro
da Candelária, na Cidade de Natal/RN