1. JJBB NNEEWWSS
Informativo Nr. 103
Responsável: Ir Jerônimo Borges
(Loja Templários da Nova Era - GLSC)
Rio Branco (AC) 12 de dezembro de 2010
2. 1. Almanaque
2. A origem Francesa do REAA (Ir José Castellani)
3. Sois Maçom? (Francisco Geraldo Fernandes de Almeida)
4. Destaques JB
* Informativo editado em Rio Branco AC
Hoje, 12 de dezembro é o 346º dia do ano. Faltam 19 para acabar
2010
Eventos Históricos
1254 - É eleito o Papa Alexandre IV, sucedendo ao Papa Inocêncio IV
1787 - A Pensilvânia torna-se o segundo estado norte-americano
1804 - Espanha declara guerra à Inglaterra
1807 - O rei Carlos da Etrúria abdica de seu reino na promessa de ganhar outro, que se
chamaria Reino da Lusitânia Setentrional, de Napoleão
1897 - Inauguração da Cidade de Minas, que a partir de 1903 passa a se chamar Belo
Horizonte
1914 - Victor Hugo de Azevedo Coutinho substitui Bernardino Luís Machado Guimarães
no cargo de primeiro-ministro de Portugal
1925 - Fundação do Enterriense Futebol Clube
1939 - Batalha de Tolvajärvi (v. Lista de batalhas da Segunda Guerra Mundial)
1953 - Emanicipação da cidade de Córrego do Bom Jesus
1953 - Emanicipação da cidade de Barroso
1956 - É fundado o Coro Misto da Universidade de Coimbra
1958 - Guiné é admitida como Estado-Membro da ONU
1963 - Proclamada a independência do Quénia
1970 - Surge a Torcida Young Flu
3. 1978 - Revolução Iraniana: cerca de 2 milhões de pessoas inundaram as ruas de Teerã
para protestar contra o xá Reza Pahlevi
1992 - São Paulo Futebol Clube torna-se campeão mundial de clubes, ao vencer o FC
Barcelona por 2 a 1.
1993 - Eduardo Frei vence as eleições chilenas, após décadas de ditadura militar
1993 - O clube brasileiro São Paulo Futebol Clube conquista o bicampeonato mundial de
clubes, ao vencer o Milan, da Itália por 3 a 2.
2002 - Inaugurado o Memorial do Xambá, Museu Severina Paraíso da Silva
2003 - Política do Canadá: assume o mandato de Primeiro-Ministro do Canadá Paul
Martin
2004 - FC Porto sagra-se bicampeão mundial interclubes.
Nascimentos
1918 - Antonio Salamone, mafioso italiano (m. 1988).
1821 - Gustave Flaubert, escritor francês (m. 1880).
1863 - Edvard Munch, pintor norueguês (m. 1944).
1866 - Alfred Werner, químico francês (m. 1919).
1886 - Henriqueta Martins Catharino, feminista e educadora brasileira (m. 1969).
1891 - Buck Jones, ator estadunidense, famoso por seus papéis de cowboy (m. 1942).
1903 - Yasujiro Ozu, cineasta japonês (m. 1963).
1908 - Manoel de Oliveira, cineasta português.
1914 - Patrick O'Brian, escritor e tradutor (m. 2000).
1915 - Frank Sinatra, ator e cantor norte-americano (m. 1998).
1915 - Augusto Ruschi, cientista, agrônomo, advogado, ecologista e naturalista brasileiro
(m. 1986).
1929 - José Alves Antunes Filho, dramaturgo e cineasta brasileiro.
1930 - Sílvio Santos, apresentador e megaempresário brasileiro.
1933 - José Maria Santos, ator brasileiro (m. 1990).
1940 - Arnaldo Jabor, crítico, cineasta, jornalista e compositor brasileiro.
1940 - Dionne Warwick, cantora norte-americana.
1943 - Bjorn Waldegard, piloto sueco de ralis.
1946 - Emerson Fittipaldi, piloto automobilístico brasileiro.
Falecimentos
1112 - Tancredo da Galileia, príncipe cruzado
1474 - Rei Henrique IV de Castela (n. 1425)
1877 - José de Alencar, escritor brasileiro (n. 1829)
1883 - Augusto Teixeira de Freitas, jurista brasileiro (n. 1816)
1894 - John Sparrow David Thompson, ex-Primeiro Ministro canadense (n. 1845).
1913 - Menelik II, imperador da Etiópia (n. 1844).
1921 - Henrietta Leavitt, astrônoma estado-unidense (n. 1868).
1957 - José Lins do Rego, escritor brasileiro (n. 1901)
1963 - Yasujiro Ozu, cineasta japonês (n. 1903, no mesmo dia do nascimento)
1989 - Max Grundig, empresário alemão (n. 1908)
4. 1999 - Joseph Heller, escritor estadunidense (n. 1923)
2000 - Libertad Lamarque, atriz e cantora argentina (n. 1908)
2002 - Orlando Vilas-Boas, sertanista brasileiro (n. 1914)
2007 - Borges de Barros, ator, humorista e dublador brasileiro (n. 1920)
Feriados e eventos cíclicos
Dia de Nossa Senhora de Guadalupe - Evento católico - México
Aniversário de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais - Brasil
Fatos Históricos de Santa Catarina
1961 Lei Nr. 792, desta data, criou o município de Presidente
Nereu, desmembrado de Vidal Ramos.
1962 Lei Nr. 856, desta data, criou o município de Leoberto Leal,
desmembrado de Nova Trento.
Calendário Maçônico do Dia:
1781 Nasce Joaquim Gonçalves Ledo, no Rio de Janeiro.
1822 Avisado a tempo, disfarçado de frade e ajudado pelo cônsul
sueco Lourenço Estin () Gonçalves Ledo vai para
Buenos Aires. José Bonifácio, não conseguindo capturar
Gonçalves Ledo, manda prender o cônego Januário da
Cunha Barbosa ().
1944 Fundado o Grande Oriente Estadual de Minas Gerais,
federado ao GOB.
1996 Fundada a Loja “Fênix do Sul” (GOB/SC) em
Florianópolis.
5. Ir José Castellani
O escocesismo nasceu na França, como Maçonaria stuartista,
sendo, na realidade, a primeira manifestação maçônica em território
francês. Quando, em 1649, o rei Carlos I (da dinastia dos Stuarts, de
origem escocesa) foi decapitado, após a vitória da revolta puritana de
Oliver Cromwell, sua viúva, Henriqueta de França, aceitou asilo em
território francês, em Saint Germain , para onde foi, acompanhada de
todo o seu séquito, onde já existiam numerosos maçons aceitos. Onze
anos depois, seria restaurado o trono stuartista na Inglaterra.
Alec Mellor fala em origem jacobita do Rito Escocês, pelo fato de
existirem Lojas militares, formadas pelos regimentos fiéis aos Stuarts,
ou seja, regimentos irlandeses e escoceses, totalmente jacobitas e, em
sua maioria, católicos. Jacobita foi o nome dado, na Inglaterra, após a
revolução de 1688, quando houve nova queda de um Stuart (Jaime II),
aos partidários da dinastia.
Paul Naudon informa que, em 1661, às vésperas de subir ao trono
inglês, Carlos II criou, em Saint Germain, um regimento com o título de
Real Irlandês, que, depois, seria alterado para Guardas Irlandeses.
Esse regimento, seguindo os Stuarts, foi incluído na capitulação de
1688, desembarcando em Brest, a 9 de outubro de 1689, e
permanecendo, até 1698, fora dos quadros militares franceses, quando
foi incorporado ao exército francês. Segundo Gustave Bord, o
regimento dos Guardas Irlandeses mantinha uma Loja maçônica, cujos
documentos chegaram até à atualidade. A 13 de março de 1777, o
Grande Oriente da França admitiu que a constituição dessa Loja
datava de 25 de março de 1688, sendo, portanto, a única Loja do
século XVII, cujos vertígios chegaram até nós (e era uma Loja
stuartista).
Jean Baylot situa a fundação da primeira loja stuartista em 1689,
em Saint-Germais-en-Laye, sede da corte de Jaime II, pelo regimento
irlandês Walsh de infantaria, enquanto a segunda teria sido criada em
Arras, pelo dignitário inglês lord Penbrocke. Embora alguns autores
que só existem lendas, em torno dessa Loja de 1689, Chevalier
6. descobriu, por um documento manuscrito, de 1735, a confirmação do
estabelecimento dos Stuarts, em Saint Germais, em 1689. Assim, a
existência dessa Loja torna-se palusível, considerando-se a
importância da população escocesa que emigrou, com a corte de
Jaime II. O certo é que, depois da fundação da Premier Grand Lodge,
desenvolveram-se na França, dosi ramos distintos da Maçonaria: um
inglês, dependente da Grande Loja, e outro "escocês", livre do sistema
obediencial, inicialmente.
Na realidade, em 1717, podia-se falar num "sistema escocês", e não
num rito, pois isso só aconteceria com a introdução dos Altos graus,
suma característica do escocesismo, nascida do desejo de
aristocratizar a Ordem maçônica. E o sistema acabou sendo chamado
de escocês, sem ter uma ligação evidente com a Escócia (a não ser
indiretamente, através dos stuartistas). Le Forestier crê que o termo
"escocês" representa uma inspiração direta do discurso de Ramsey, de
1737, já que este afirma que a Ordem maçônica conservou, na
Escócia todo o seu esplendor, numa época em que, em outros locais,
ela caia na mais profunda decadência. Essa explicação, todavia,
segundo Mellor, parece insustentável, pois o discurso é de 1737 e
existem provas de que já havia um grau chamado de "Mestre
Escocês", que já era praticado em 1735, daí a origem do termo.
Oswald Wirth concorda com a existência desse grau de "Mestre
Escocês" e tece considerações sobre ele.
O termo "escocês", a partir daí, passou a designar as sessões locais
de uma vasta organização política, acabando por se generalizar; e, de
nome nacional, tornou-se sinônimo de uma organização política. Para
Mellor, pode-se presumir que isso aconteceu porque a maioria dos
fiéis jacobitas era constituída por escoceses, o que acabou por fazer
com que todos os jacobitas fossem chamados de escoceses e, assim,
com que o termo passase a ser um rótulo político, ao invés de designar
apenas o nascido na Escócia. Dir-se-ia, então, "um escocês", como
quem diria, mais tarde --- como cita Mellor --- um "Chouan" (insurreto
da Vendéia), para significar um monarquista, ou mesmo um "Vendéen
du Midi" (Vendeio do Sul), um "Vendéen Provençal" (Vendeio da
Provença), e assim por diante (a guerra da Vendéia foi uma insurreição
contra-revolucionária francesa, provocada em 1793, pelos cidadãos da
Bretagne, do Poitou e de Anjou).
7. Em 1758, foi criado, por Pirlet, em Paris, o Conselho dos
Imperadores do Oriente e do Ocidente Grande e Soberana Loja
Escocesa de São João de Jerusalém, a qual foi a mais importante das
potências escocesas, no século XVIII. No mesmo ano, ela criava um
sistema de Altos Graus, impondo-lhe o limite de 25, resolução que
seria, oficialmente inscrita nos seus estatutos, segundo Mellor, em
1762. Em 1761, Etienne Morin recebia, da seção bordelesa (de
Bordéus) do Conselho, uma patente que o autorizava a fundar Lojas
dos Altos Graus no Novo Mundo, ou seja, nas Américas. A
Maçonaria norte-americana ainda era muito incipiente, pois a sua
história tinha menos de 30 anos. Esse rito foi chamado de Rito de
Perfeição, ou de Heredom.
No "Diccionario Enciclopedico de la Masoneria", pode-se ler que
o conjunto do sistema dos 33 graus do REAA, como se pode ver na
Recopilação das Atas do Supremo Conselho da França (por Serier,
Paris, 1832) e em outra ata do mesmo Supremo Conselho, de 5 de
março de 1813, publicada com o título de Notice sur la
Francmaçonnerie et sur l´érection du Suprème Conseil de trente
trois grades, assim como em muitos outros documentos, repousa
sobre os Estatutos e Regulamentos redigidos em Bordéus, em
1762, pelos deputados delegados pelo Soberano Conselho dos
Imperadores do Oriente e do Ocidente e dos Príncipes do Real
Segredo daquela cidade, que havia sido instituído pelo primeiro, em
1759, cujo texto oficial se acha na citada recopilação e na Constituição,
Estatutos e Regulamentos para o Governo do Supremo Conselho,
atribuídos a Frederico II.
Tanto é verdade, que o rito, cujo primeiro Supremo Conselho foi
criado em 1801, em Charleston, Carolina do Sul, EUA, e que foi
chamado, inicialmente, de Rito dos Maçons Antigos e Aceitos
(apenas), tem 22 graus que são os do Rito de Perfeição, ou de
Heredon. E são os seguintes os graus do Heredom:
Primeira Classe
1. Aprendiz - 2. Companheiro - 3. Mestre
Segunda Classe
4. Mestre Eleito - 5. Mestre Perfeito - 6. Secretário Íntimo - 7.
Intendente dos Edifícios - 8. Preboste e Juiz.
8. Terceira Classe
9. Mestre Eleito dos Nove - 10. Mestre Eleito dos Quinze - 11. Ilustre
Eleito das Doze Tribos.
Quarta Classe
12. Grande Mestre Arquiteto - 13.Cavaleiro Real Arco - 14. Grande
Eleito, Antigo Mestre Perfeito
Quinta Classe
15. Cavaleiro da Espada ou do Oriente - 16. Príncipe de Jerusalém -
17. Cavaleiro do Oriente do Ocidente - 18.. Cavaleiro Rosa-Cruz.
Sexta Classe
19. Grande Pontífice, ou Mestre Ad Vitam - 20. Grande Patriarca
Noaquita - 20. Grande Mestre da Chave da Maçonaria - 22. Príncipe
do Líbano, Cavaleiro Real Acha.
Sétima Classe
23. Cavaleiro do Sol, ou Príncipe Adepto Chefe do Grande
Consitório - 24 - Ilustre Cavaleiro Grande Comendador da Águia
Branca e Negra, Grande Eleito Kadosh - 25. Mui Ilustre Soberano
Príncipe da Maçonaria, Grande Cavaleiro Sublime Comendador do
Real Segredo.
Qualquer semelhança com o REAA não é mera coincidência.
Diante do testemunho de pesquisadores acatados em todo o
mundo, os quais pesquisaram "in loco" , seria uma heresia histórica
afirmar que o REAA não tem origem francesa, mas, sim, norte-
americana, ou inglesa. Mais do que isso, seria ficar na contramão do
mundo.
- Ir.'. José Castellani -
Bibliografia:
Baylot, J. - Dossier Français de la Franc-Maçonnerie Réguliére - Paris - 1965
Bord, G. - La Franc-Maçonnerie en France des origines à 1815 - Paris - 1908
Findel, J.G. - Histoire de la Franc-Maçonnerie - tradução francesa em dois volumes - Paris - 1866 (1a.
ed.)
Lantoine, A. - Le Rite Écossais Ancien et Accepté - Paris - 1930
Le Forestier, R. - L´Occultime et la Franc-Maçonnerie Écossaise - Paris - 1928
Mellor, A. - La Franc-Maçonnerie à l´Heure du Choix - Paris - 1963
9. Naudon, P. - La Franc-Maçonnerie - Paris - 1963
Les Origines Religieuses et Corporatives de la Franc-Maçonnerie - Paris - 1953
Preuss, A. - Étude sur la Franc-Maçonnerie Américaine - Paris - 1908
Vibert, L. - La Franc-Maçonnerie avant l´existence des Grands Loges - edição francesa - Paris - 1948
Wirth, O. - La Franc-Maçonnerie Rendue Intelligible à ses Adepts - Paris - 1931
10. Ir Francisco Geraldo Fernandes de Almeida
Colaboração Ir Deusdeth de Menezes Costa (Rio Branco)
Lembrava daquela forte dor no peito. Como viera eu parar aqui?
O ambiente me era familiar. Já estivera aqui, mas quando?
Caminhava sem rumo.
Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não tinha coragem
de abordá-las.
Mas espere! Que grupo seria aquele reunido e de terno preto?
Lógico! Não estariam indo e vindo de um enterro; hoje em dia não é tão
comum pessoas irem a velório com roupa preta. É claro! São irmãos!
Aproximei-me do grupo. Ao me verem interromperam a conversa.
Discretamente executei o sinal de Aprendiz, obtendo resposta.
A alegria tomou conta de mim. Estava entre amigos.
Identifiquei-me.
Perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo.
Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente que havia
desencarnado.
Não tinha mais dúvidas. Estava no Oriente Eterno.
Fiquei assustado.
E a minha família, meus amigos, todos, como estavam?
- Estão bem, não se preocupe. No seu devido tempo você os verá,
responderam.
Ainda assustado indaguei sobre o motivo de suas vestes.
- Estamos nos encaminhando ao nosso Templo Maçônico, foi a resposta.
- Templo Maçônico? Vocês tem um?
- Sim claro, por que não?
Senti-me mais à vontade, afinal, sou um grande ins[petor geral e com
certeza receberei as honras devidas a meu grau.
Pedi para acompanhá-los, no que fui atendido.
Ao fim de pequena caminhada divisei o Templo. Confesso que fiquei
abismado, sua imponência era enorme. As Colunas do Pórtico eram
majestosas, nunca vira nada igual. Imaginei como deveria ser seu interior
e como me sentiria tomando parte nos trabalhos.
Caminhos em silêncio. Ao chegar no salão de entrada verifiquei grupos de
irmãos conversando animadamente, porém, em tom respeitoso.
O que parecia o líder do grupo que me acompanhava chamou um irmão
que estava adiante:
- Irmão Experto! Acompanhai o irmão recém chegado e com ele aguarde.
11. Não entendi bem. Afinal, tendo mostrado meus documentos, esperava, no
mínimo, uma recepção mais Calorosa.
Talvez estejam preparando uma surpresa à minha entrada. Para um irmão
Grau 33, não ;poderia se esperar nada diferente.
Verifiquei que os irmãos formavam o cortejo para entrada no Templo.
À distância, não pude ouvir o que diziam, no entanto, uma luminosidade
esplendorosa cercou a todos.
Adentraram silenciosamente no Templo. Comigo ficou o Irmão Experto.
De tanta emoção não conseguia dizer nada. O tempo passou...não pude
medir quanto.
A porta do Templo se entreabriu e o Irmão Mestre de Cerimônias
encaminhando-se a mim comunicou que seria recebido. Ajeitei o paletó,
estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam desleixadas e
caminhei com ele.
Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância?
Respirei fundo e adentrei ritualisticamente no Templo.
Estranho...esperava encontrar luxuosidade esplendorosa, muito ouro e
riqueza. Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito
grande. Uma luz brilhante, vinda não se sabe de onde,iluminava o
ambiente.
Cumprimentei o Venerável Mestre e os Vigilantes na forma usual.
Ninguém se levantou à minha entrada. Mantinham-se calados e
respeitosos.
Não sabia o que fazer...aguardava ordens...e elas vieram na voz firme do
Venerável Mestre:
- Sois Maçom?
Reconhecendo a necessidade do telhamento em tais circunstâncias,
aceitei respondê-lo.
Estufei o peito, estiquei o corpo e respondi:
- MMIICTMRR
Aguardei, seguro, a pergunta seguinte. Em seu lugar o Venerável Mestre
dirigindo-se aos presentes perguntou:
- Os Irmãos aqui presentes o reconhecem como Maçom?
Assustei-me. O que era isso? Por que tal pergunta? O silêncio foi total.
Dirigindo-se a mim, o Venerável emendou:
- Meu caro irmão visitante, os irmãos aqui presentes não o reconhecem
como Maçom.
- Como não? Disse eu. Não vêem as minhas insígnias? Não verificaram os
meus documentos?
12. - Sim, caro Irmão, retrucou solenemente o Venerável Mestre, Contudo não
basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias. Para ser um
Maçom é preciso, antes de tudo, ter construído o “seu Templo”.
E verificamos que tal não ocorreu com o Irmão. Observamos, ainda, que
apesar de ter tido todas as oportunidades de estudo e de ter galgado ao
maior dos graus, não absorveu seus ensinamentos. Sua passagem pela
Arte Real foi efêmera.
Não pude agüentar mais. Retruquei:
- Como efêmera? Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes
fraternas? Fui interrompido.
- Irmão, vejamos então sua defesa...
Automaticamente desenhou-se na parede algo parecido com uma tela
imensa de televisão e na imagem reconheci-me junto a um grupo de
irmãos tecendo comentários desairosos contra a administração de minha
loja. Era verdade. Envergonhei-me, Tentei justificar, mas não encontrava
argumentos. Lembrei-me então, de minhas ações beneficentes.
Indaguei-os sobre tal.
E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a
mão vazia no tronco de beneficência. Era fato e, costumeiramente, o fazia
por achar que o óbulo não seria bem usado.
Por não ter o que argumentar me calei e lágrimas de remorso brotaram-me
nos olhos, iniciei a retirar-me cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz
autoritária e ao mesmo tempo fraterna do Venerável.
- Meu Irmão, reconhecemos suas falhas quando pó orbe terrestre e na
Maçonaria, contudo, reconhecemos, também, que o irmão foi iniciado em
nossos augustos mistérios. Prometemos em suas iniciações protegê-lo e o
faremos.
O Irmão terá a oportunidade de consertar seus erros, afinal, todos nós aqui
presentes já os cometemos um dia.
Descanse neste plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria para
novas experiências, nós o encaminharemos novamente para a ordem
Maçônica.
Sua nova caminhada com certeza será mais promissora e útil.
Saí decepcionado, mas estranhamente aliviado.
Aquelas Palavras parecem ter me tirado um grande peso. Com certeza ali
eu desbastara um pedaço de minha pedra bruta.
Acordei, sobressaltado e suando.
Meu coração disparado.
Levantei-me assustado com certa alegria no peito. Havia sonhado!
Dirigi-me ao guarda-roupa. Meu terno ali estava.
13. Instintivamente retirei do paletó as medalhas e insígnias e as guardei em
uma caixa, para nunca mais usar.
Ainda emocionado e com os olhos molhados de lágrimas dirigi-me à minha
mesa e com as mãos trêmulas e cheio de uma alegria enlevante,
indescritível, retirei o Ritual de Aprendiz-Maçom e decidi começar tudo
de novo.
Devemos fazer de tudo, meus irmãos, para que esse pesadelo não se
transforme em realidade na outra dimensão!!!
Sois Maçom? Não deixe de ler este interessante artigo que está logo acima. Em
2005 tivemos a oportunidade de divulgá-lo em um dos nossos informativos
daquela época. Surge agora nova oportunidade de leitura para quem não
conhece essa interessante inspiração, enviada pelo Ir. Deusdeth, de Rio
Branco.
Como reflexão e análise de nosso comportamento é uma ótima recomendação.
A Loja Fraternidade Alcantarense fez sua sessão derradeira de final de ano
com Sessão Branca e, logo depois, a festa natalina e almoço, no restaurante da
Fazenda Paraíso da Serra, que é sede do Templo dessa atuante Loja. Alguns
registros fotográficos estão a seguir. Outros detalhes sobre o encerramento de
14. suas atividades do ano e outras fotos, estão em seu site
www.fraternidadealcantarense.com.br
15.
16. Para este domingo uma descontração que alcança nossas veias poéticas.
Clique no anexo e conheça “Os Poetas”
A Grande Loja do Estado do Acre realizou neste sábado o “Curso de
Capacitação para Administradores Maçônicos” com intensa programação
que foi aberta pelo Grão-Mestre Ir Pedro Luiz Longo.
Seguiram-se as palestras “Planejamento de uma Loja Maçônica - Como
Gerenciar uma Loja Maçônica" - “Noções Básicas de Secretaria” - “Noções
Básicas de Tesouraria” - “Formação Maçônica: Aprendiz, Companheiro, Mestre
e Venerável Mestre” - “Unificação e Procedimentos Ritualísticos adotados pela
GLEAC” e “Liderança Servidora” com encerramento desse ciclo pelo Grão-
Mestre, Ir Pedro Luiz Longo aos Veneráveis Mestres eleitos de todas as Lojas
acreanas.
Ainda, no mesmo Templo da Loja “7 de Setembro”, houve a Instalação e/ou
posse dos novos veneráveis para o próximo ano administrativo, que começa a
partir do dia 1º. de janeiro.
Encerrando as atividades, já por volta das 22h00, reuniram-se as Soberanas
Assembléias Legislativa e Deliberativa de Solstício de Inverno com importantes
delibera’;coes para o próximo ano.. Seguem-se alguns registros fotográficos:
17. Abertura do conclave: IIr Chico Chaves e Pedro Longo (ao centro)
Respectivamente GM Adjunto e GM da GLEAC
18. Parte da platéia no Curso de Capacitação
para administradores Maçônicos.
19. Dois novos Veneráveis Mestres: Francisco Nunes Fernandes da
Loja 7 de Setembro (E) e Rui Arruda (D) da Loja
União e Trabalho este, a quem tivemos o prazer de revesti-lo
com os seus paramentos de MI perante à Comissão Instaladora.
O Ir Mauro Renato Alves Salomão, assinante de Rio Branco
do JB News
20. O tempo passa, o tempo voa. Faltam 19 dias para acabar 2010...
Pra fechar a cortina