SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
TREINAMENTO EM CIRCUITO
Facilitador SQN
Marcelo Silveira
O treinamento em circuito consiste basicamente de 2 ou mais exercícios em sequência com o menor
descanso possível entre eles, objetivando manter a frequência cardíaca elevada e gerar uma fadiga tanto
muscular quanto sistêmica. Mas isso não quer dizer que você tenha que realizar os circuitos sempre da
mesma forma. É possível variar.
ORIGEM
• O treinamento em circuito foi idealizado por R. E. Morgan e G. T. Adamson em 1953.
• O principal motivo era o rigoroso inverno inglês, que não permitia aos atletas treinarem ao ar livre, e a
impossibilidade de adaptação do treinamento intervalado em recintos fechados.
• Surgiu, então, um modelo de treinamento que utiliza um espaço menor e possibilita o desenvolvimento de
algumas capacidades físicas.
Objetivos
Basicamente manter a frequência cardíaca elevada e gerar uma fadiga tanto muscular quanto
sistêmica.
Condicionamento cardiopulmonar
Condicionamento neuromuscular: proporciona o desenvolvimento muscular, alcançando níveis de discreta a moderada hipertrofia.
Resistência aeróbica ou anaeróbica,
RML,
Força,
Explosiva,
Flexibilidade ou
Velocidade.
Originalmente era realizado de duas formas:
Circuito de tempo fixo: no qual o atleta perfazia o número de exercícios possíveis dentro de um tempo pré-
determinado em cada estação.
•Circuito de carga fixa: o atleta faz o circuito realizando um número standart de repetições em cada estação.
Para a Olimpíada de Barcelona, diversas equipes (EUA, Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha) de
algumas modalidades, realizaram uma modernização no CT, que se pode considerar como o terceiro tipo.
•Circuito de carga individualizada: totalmente ajustado à individualidade biológica do atleta e ao valor do
volume e da intensidade da curva do treinamento e do microciclo.
Atualmente utiliza-se 4 modos de organização de CT
1.CIRCUITO TEMPO DEPENDENTE
2.CIRCUITO TAREFA DEPENDENTE
3.CIRCUITO OBJETIVO DEPENDENTE
4.CIRCUITO COM SÉRIES POR TEMPO
Circuito tempo dependente
Você realizará quantas séries conseguir de um exercício específico dentro de um período de tempo
determinado. É muito bom para quem não tem muito tempo sobrando.
Exemplo:
Quantas séries de 10 repetições forem possíveis em 5 minutos de barra fixa seguida de flexão de braço e
agachamento (ou outro circuito).
Circuito tarefa dependente
Você determinará os exercícios que serão realizados e o tempo de execução dependerá de seu
condicionamento. Você não pode passar de um exercício para o outro enquanto não completar todas as
repetições estabelecidas, mas pode descansar durante a série (por exemplo, em vez de fazer 20 repetições
direto, fazer 15 respirar um pouco e fazer as 5 restantes).
Exemplo:
5 séries de 20 repetições de barra fixa seguida de flexão e agachamento (ou outro circuito).
Circuito objetivo dependente
Você realizará um circuito até chegar a um certo número de repetições que você determinar. Escolha a carga máxima que lhe permite realizar 10
repetições nos exercícios que fizerem parte do circuito e execute-os o mais rápido que puder, ou seja, com o menor descanso possível entre eles.
A cada série realizada diminua uma repetição e mantenha a carga. Faça isso até alcançar o número de repetições que determinou.
Exemplo:
10 repetições na primeira série, 9 na segunda, 8 na terceira e assim por diante até alcançar o número de repetições determinadas de
agachamento e abdominal infra ou outro circuito.
ou
A cada rodada você acrescentará 1 repetição até a fadiga em qualquer um dos movimentos (você vai saber que fadigou quando não conseguir
mais realizar o exercício). Nesse caso você não usaria a carga máxima no começo como no exemplo anterior.
Exemplo:
10 repetições na primeira série, 11 na segunda, 12 na terceira e assim por diante até a fadiga em qualquer um dos movimentos de barra fixa e
agachamento (ou outro circuito).
Essas são algumas formas simples de você variar seu treinamento e manter o objetivo de condicionamento e emagrecimento – mas não de
hipertrofia.
Circuito com séries por tempo
Você determinará o tempo de cada série e não o número de repetições.
Exemplo:
5 séries de 30 segundos de afundo, flexão de braço, abdominal reto ou outro circuito.
Desvantagens:
Por não ser um trabalho específico, não permite que as qualidades físicas trabalhadas atinjam o nível
que conseguiram com treinamento especializado (p.ex. resistência aeróbica – métodos contínuos; resistência
anaeróbica – métodos intervalados; flexibilidade – flexionamento pelos métodos 3S;).
Se houver tempo disponível, o método utilizado no treinamento das qualidades físicas principais do
desporto deverá ser o mais especializado possível.
O CT de tempo fixo e o de carga fixa serão utilizados, para o treino de atletas jovens ou iniciantes. No
treinamento de atletas de alto nível só se pode utilizar o circuito de carga individualizada e mesmo assim para
as qualidades físicas secundárias, e como coadjuvante da preparação técnica ou quando a exigüidade de
tempo assim o exigir.
VANTAGENS
•Pode ser realizado em locais fechados.
•Permite o treinamento mesmo com condições climáticas desfavoráveis;
•Resultados a curto prazo;
•Permite um completo controle fisiológico;
•Grande economia de tempo de treinamento;
•Possibilita o treinamento individualizado de um grande número de atletas ao mesmo tempo;
•Facilita ao treinador a organização aplicação e controle do treinamento;
1º Passo – escolha dos exercícios
Os exercícios serão escolhidos em função dos grupos musculares que serão solicitados durante a prova
qual se está treinando e da intensidade do esforço necessária à sua execução.
Visando a motivação do atleta, e no auxílio à preparação técnica, deve-se incluir no circuito de três a
cinco exercícios característicos da modalidade desportiva.
Nos desportos que exijam força explosiva dos membros é recomendável se incluir exercícios
pliométricos (excêntricos e concêntricos).
2º Passo – Montagem do circuito
Uma vez escolhidos os exercícios, esses serão dispostos seqüencialmente, de forma a
permitir uma alternância de intensidade e da região anatômica considerada.
Após a reunião do material necessário e a montagem física do circuito, deve-se testá-lo
visando observar:
•Propriedade da distribuição das estações;
•Adequabilidade do material empregado;
•Distância entre as estações;
• É de fácil execução?
Após o circuito estar ajustado para o atleta, este necessita se adaptar ao circuito, e isto deverá ser feito em
cinco sessões de adaptação.
1ª sessão – realização de 1 volta completa sem intervalo no circuito, visando a familiarização com o
mesmo.
2ª sessão – verificação do tempo mínimo (TM) para execução de uma volta no circuito.
3ª sessão – duas voltas no circuito para adaptação.
4ª sessão – três voltas no circuito para adaptação.
5ª sessão – determinação do tempo inicial (TI) (menor tempo que o atleta leva para completar o
circuito).
Aplicação para Alunos na academia ou ambientes externos.
Realizar 1 volta completa sem intervalo no circuito, visando a familiarização com o mesmo.
Verificação do tempo mínimo (TM) para execução de uma volta no circuito.
Ao realizar circuitos na areia, faça uma preparação de movimentos para a área do tornozelo, a fim de evitar
lesões na região.
Outras Considerações
Tipicamente, os treinos em circuitos trabalham com exercícios que envolvem grandes grupamentos musculares - os movimentos multi-
articulares.
É possível também adaptar os treinamentos em circuito para o seu objetivo, seja hipertrofia, emagrecimento ou condicionamento.
Podemos usá-lo para trabalhar qualquer um dos sistemas energéticos pela correta utilização de estímulos e intervalos. Sendo assim:
Um circuito “anaeróbio” será marcado por ter estações de alta intensidade e curta duração, separada por estações de baixa
intensidade que propiciem um menor acúmulo de ácido lático.
De outra forma, um circuito “aeróbio”, será marcado por estações menos intensas, de maior duração e maior homogeneidade
no esforço executado. Dantas, 2003
Fontes
http://www.elhombre.com.br/como-os-exercicios-em-circuito-devem-funcionar/
http://www.birafitness.com/circuit_training.htm
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfdqsAC/metodo-treinamento-circuito
Dantas, Estélio. A Prática da Preparação Física - 2003

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Benefícios relacionados à atividade física
Benefícios relacionados à atividade físicaBenefícios relacionados à atividade física
Benefícios relacionados à atividade físicaRomero Vitor
 
Fisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física Escolar
Fisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física EscolarFisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física Escolar
Fisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física Escolarmarcelosilveirazero1
 
Slides prescrição de exercícios
Slides prescrição de exercíciosSlides prescrição de exercícios
Slides prescrição de exercíciosAna Lucia Costa
 
Aula Ginásticas de Academia
Aula Ginásticas de AcademiaAula Ginásticas de Academia
Aula Ginásticas de AcademiaJunior Oliveira
 
Slides avaliação física
Slides avaliação físicaSlides avaliação física
Slides avaliação físicaAna Lucia Costa
 
Aula ginásticas de academia
Aula ginásticas de academiaAula ginásticas de academia
Aula ginásticas de academiaJunior Oliveira
 
A importancia da educação fisica
A importancia da educação fisicaA importancia da educação fisica
A importancia da educação fisicaRosa Paollucci
 
Treinamento esportivo i
Treinamento esportivo iTreinamento esportivo i
Treinamento esportivo iMarcus Prof
 
Aula princípios do treinamento 3a série - e. m.
Aula   princípios do treinamento 3a série - e. m.Aula   princípios do treinamento 3a série - e. m.
Aula princípios do treinamento 3a série - e. m.Junior Oliveira
 
Curso Musculação de Alta Intensidade
Curso Musculação de Alta IntensidadeCurso Musculação de Alta Intensidade
Curso Musculação de Alta Intensidademarcelosilveirazero1
 
Ginástica localizada
Ginástica localizadaGinástica localizada
Ginástica localizadaanabeatrizsa
 

Mais procurados (20)

Benefícios relacionados à atividade física
Benefícios relacionados à atividade físicaBenefícios relacionados à atividade física
Benefícios relacionados à atividade física
 
Treinamento funcional
Treinamento funcionalTreinamento funcional
Treinamento funcional
 
Fisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física Escolar
Fisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física EscolarFisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física Escolar
Fisiologia do Exercício Aplicada à Educação Física Escolar
 
Slides prescrição de exercícios
Slides prescrição de exercíciosSlides prescrição de exercícios
Slides prescrição de exercícios
 
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento FisicoAula 6   Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
Aula 6 Prescricao De Exercicio E Treinamento Fisico
 
Aula Ginásticas de Academia
Aula Ginásticas de AcademiaAula Ginásticas de Academia
Aula Ginásticas de Academia
 
Slides avaliação física
Slides avaliação físicaSlides avaliação física
Slides avaliação física
 
ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO
ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTOATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO
ATIVIDADE FÍSICA E ENVELHECIMENTO
 
Hidroginastica
HidroginasticaHidroginastica
Hidroginastica
 
Aula ginásticas de academia
Aula ginásticas de academiaAula ginásticas de academia
Aula ginásticas de academia
 
Ciclos de treinamento
Ciclos de treinamentoCiclos de treinamento
Ciclos de treinamento
 
Lutas.
Lutas.Lutas.
Lutas.
 
A importancia da educação fisica
A importancia da educação fisicaA importancia da educação fisica
A importancia da educação fisica
 
Musculação bases metodológicas
Musculação   bases metodológicasMusculação   bases metodológicas
Musculação bases metodológicas
 
Treinamento esportivo i
Treinamento esportivo iTreinamento esportivo i
Treinamento esportivo i
 
Aula princípios do treinamento 3a série - e. m.
Aula   princípios do treinamento 3a série - e. m.Aula   princípios do treinamento 3a série - e. m.
Aula princípios do treinamento 3a série - e. m.
 
O que é Treinamento funcional?
O que é Treinamento funcional?O que é Treinamento funcional?
O que é Treinamento funcional?
 
Curso Musculação de Alta Intensidade
Curso Musculação de Alta IntensidadeCurso Musculação de Alta Intensidade
Curso Musculação de Alta Intensidade
 
Ginástica localizada
Ginástica localizadaGinástica localizada
Ginástica localizada
 
Atividade física e saude
Atividade física e saudeAtividade física e saude
Atividade física e saude
 

Semelhante a Treinamento em circuito

Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maioReunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio34875814
 
metodos de treino da forca reactiva (especific
metodos de treino da forca reactiva (especificmetodos de treino da forca reactiva (especific
metodos de treino da forca reactiva (especificSilas Paixao
 
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Danilo Ventania
 
273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril
273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril
273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abrilMarcialila
 
Treinamento neuromuscular1
Treinamento neuromuscular1Treinamento neuromuscular1
Treinamento neuromuscular1Junior Ribeiro
 
Guia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completoGuia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completoCarlos Fernando
 
Guia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completoGuia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completomarcelosilveirazero1
 
Técnicas Treinamento Físico Militar
Técnicas Treinamento Físico MilitarTécnicas Treinamento Físico Militar
Técnicas Treinamento Físico MilitarAlexandre Santos
 
Materia de treinamento parte 6
Materia de treinamento parte 6Materia de treinamento parte 6
Materia de treinamento parte 6Tiago Pereiras
 
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Fernando Racim
 
treinamento neuromuscular
treinamento neuromusculartreinamento neuromuscular
treinamento neuromuscularClaudio Pereira
 

Semelhante a Treinamento em circuito (20)

Circuito
CircuitoCircuito
Circuito
 
Metodos de treinamento neuromuscular
Metodos de treinamento neuromuscularMetodos de treinamento neuromuscular
Metodos de treinamento neuromuscular
 
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maioReunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
Reunião dos professores da Academia Cooper 24 horas - maio
 
metodos de treino da forca reactiva (especific
metodos de treino da forca reactiva (especificmetodos de treino da forca reactiva (especific
metodos de treino da forca reactiva (especific
 
Notas Soltas de Treino
Notas Soltas de Treino Notas Soltas de Treino
Notas Soltas de Treino
 
Preparação orgânica metodos continuos
Preparação orgânica   metodos continuosPreparação orgânica   metodos continuos
Preparação orgânica metodos continuos
 
Cuidador de idoso_19
Cuidador de idoso_19Cuidador de idoso_19
Cuidador de idoso_19
 
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1Fundamentos do-treinamento-de-forca1
Fundamentos do-treinamento-de-forca1
 
HIIT.pptx
HIIT.pptxHIIT.pptx
HIIT.pptx
 
273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril
273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril
273717866 curso-funcional-cf-trainer-18-abril
 
Treinamento neuromuscular1
Treinamento neuromuscular1Treinamento neuromuscular1
Treinamento neuromuscular1
 
Guia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completoGuia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completo
 
Guia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completoGuia de treinamento super completo
Guia de treinamento super completo
 
Técnicas Treinamento Físico Militar
Técnicas Treinamento Físico MilitarTécnicas Treinamento Físico Militar
Técnicas Treinamento Físico Militar
 
Materia de treinamento parte 6
Materia de treinamento parte 6Materia de treinamento parte 6
Materia de treinamento parte 6
 
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
Conceitosbsicosdetreinamento 100605065723-phpapp02
 
Conceitos básicos de treinamento
Conceitos básicos de treinamentoConceitos básicos de treinamento
Conceitos básicos de treinamento
 
Cuidador de idoso_16
Cuidador de idoso_16Cuidador de idoso_16
Cuidador de idoso_16
 
treinamento neuromuscular
treinamento neuromusculartreinamento neuromuscular
treinamento neuromuscular
 
Seminário estadual de mma
Seminário estadual de mmaSeminário estadual de mma
Seminário estadual de mma
 

Mais de marcelosilveirazero1

11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES
11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES
11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCESmarcelosilveirazero1
 
10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA
10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA
10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVAmarcelosilveirazero1
 
1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol
1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol 1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol
1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol marcelosilveirazero1
 
2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol
2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol 2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol
2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol marcelosilveirazero1
 
Treinamento funcional terapêutico
Treinamento funcional terapêuticoTreinamento funcional terapêutico
Treinamento funcional terapêuticomarcelosilveirazero1
 
53 exercícios de Pilates e funcional
53 exercícios de Pilates e funcional53 exercícios de Pilates e funcional
53 exercícios de Pilates e funcionalmarcelosilveirazero1
 
50 exercícios de Pilates e funcional para lombar
50 exercícios de Pilates e funcional para lombar50 exercícios de Pilates e funcional para lombar
50 exercícios de Pilates e funcional para lombarmarcelosilveirazero1
 
Psicomtricidade brinquedos e jogos 1
Psicomtricidade brinquedos e jogos 1Psicomtricidade brinquedos e jogos 1
Psicomtricidade brinquedos e jogos 1marcelosilveirazero1
 
Projeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumond
Projeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumondProjeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumond
Projeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumondmarcelosilveirazero1
 
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e  jogos Típicos do BrasilBrincadeiras e  jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasilmarcelosilveirazero1
 
Atividades e propostas criativas para crianças de até 4 anos
Atividades e propostas criativas para crianças de até 4 anosAtividades e propostas criativas para crianças de até 4 anos
Atividades e propostas criativas para crianças de até 4 anosmarcelosilveirazero1
 

Mais de marcelosilveirazero1 (20)

Metodologia multi funcional
Metodologia multi funcionalMetodologia multi funcional
Metodologia multi funcional
 
11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES
11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES
11 DICAS PARA VENCER O VÍCIO POR DOCES
 
10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA
10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA
10 IDEIAS PARA TORNAR SUA ESCOLA MAIS ATIVA
 
1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol
1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol 1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol
1 - Plano de aula (5ª e 6ª séries - 6º e 7º anos atuais) - voleibol
 
2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol
2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol 2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol
2 - Plano de aula (7ª e 8ª séries - 8º e 9º anos atuais) - voleibol
 
Treinamento funcional terapêutico
Treinamento funcional terapêuticoTreinamento funcional terapêutico
Treinamento funcional terapêutico
 
Exercícios para joelho e quadril
Exercícios para joelho e quadrilExercícios para joelho e quadril
Exercícios para joelho e quadril
 
53 exercícios de Pilates e funcional
53 exercícios de Pilates e funcional53 exercícios de Pilates e funcional
53 exercícios de Pilates e funcional
 
50 exercícios de Pilates e funcional para lombar
50 exercícios de Pilates e funcional para lombar50 exercícios de Pilates e funcional para lombar
50 exercícios de Pilates e funcional para lombar
 
A arte de contar historias
A arte de contar historiasA arte de contar historias
A arte de contar historias
 
Projeto agita marechal 2018
Projeto agita marechal 2018Projeto agita marechal 2018
Projeto agita marechal 2018
 
Psicomtricidade brinquedos e jogos 1
Psicomtricidade brinquedos e jogos 1Psicomtricidade brinquedos e jogos 1
Psicomtricidade brinquedos e jogos 1
 
Veja - autismo
Veja - autismoVeja - autismo
Veja - autismo
 
Geoffroy - Alongamento para todos
Geoffroy - Alongamento para todosGeoffroy - Alongamento para todos
Geoffroy - Alongamento para todos
 
Desengasgamento infantil
Desengasgamento infantilDesengasgamento infantil
Desengasgamento infantil
 
Projeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumond
Projeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumondProjeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumond
Projeto dificuldade de aprendizagem por simone helen drumond
 
Autismo e realidade
Autismo e realidadeAutismo e realidade
Autismo e realidade
 
Atividade autismo
Atividade autismoAtividade autismo
Atividade autismo
 
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e  jogos Típicos do BrasilBrincadeiras e  jogos Típicos do Brasil
Brincadeiras e jogos Típicos do Brasil
 
Atividades e propostas criativas para crianças de até 4 anos
Atividades e propostas criativas para crianças de até 4 anosAtividades e propostas criativas para crianças de até 4 anos
Atividades e propostas criativas para crianças de até 4 anos
 

Treinamento em circuito

  • 1. TREINAMENTO EM CIRCUITO Facilitador SQN Marcelo Silveira
  • 2. O treinamento em circuito consiste basicamente de 2 ou mais exercícios em sequência com o menor descanso possível entre eles, objetivando manter a frequência cardíaca elevada e gerar uma fadiga tanto muscular quanto sistêmica. Mas isso não quer dizer que você tenha que realizar os circuitos sempre da mesma forma. É possível variar. ORIGEM • O treinamento em circuito foi idealizado por R. E. Morgan e G. T. Adamson em 1953. • O principal motivo era o rigoroso inverno inglês, que não permitia aos atletas treinarem ao ar livre, e a impossibilidade de adaptação do treinamento intervalado em recintos fechados. • Surgiu, então, um modelo de treinamento que utiliza um espaço menor e possibilita o desenvolvimento de algumas capacidades físicas.
  • 3. Objetivos Basicamente manter a frequência cardíaca elevada e gerar uma fadiga tanto muscular quanto sistêmica. Condicionamento cardiopulmonar Condicionamento neuromuscular: proporciona o desenvolvimento muscular, alcançando níveis de discreta a moderada hipertrofia. Resistência aeróbica ou anaeróbica, RML, Força, Explosiva, Flexibilidade ou Velocidade.
  • 4. Originalmente era realizado de duas formas: Circuito de tempo fixo: no qual o atleta perfazia o número de exercícios possíveis dentro de um tempo pré- determinado em cada estação. •Circuito de carga fixa: o atleta faz o circuito realizando um número standart de repetições em cada estação. Para a Olimpíada de Barcelona, diversas equipes (EUA, Alemanha, Itália, Inglaterra e Espanha) de algumas modalidades, realizaram uma modernização no CT, que se pode considerar como o terceiro tipo. •Circuito de carga individualizada: totalmente ajustado à individualidade biológica do atleta e ao valor do volume e da intensidade da curva do treinamento e do microciclo.
  • 5. Atualmente utiliza-se 4 modos de organização de CT 1.CIRCUITO TEMPO DEPENDENTE 2.CIRCUITO TAREFA DEPENDENTE 3.CIRCUITO OBJETIVO DEPENDENTE 4.CIRCUITO COM SÉRIES POR TEMPO
  • 6. Circuito tempo dependente Você realizará quantas séries conseguir de um exercício específico dentro de um período de tempo determinado. É muito bom para quem não tem muito tempo sobrando. Exemplo: Quantas séries de 10 repetições forem possíveis em 5 minutos de barra fixa seguida de flexão de braço e agachamento (ou outro circuito).
  • 7. Circuito tarefa dependente Você determinará os exercícios que serão realizados e o tempo de execução dependerá de seu condicionamento. Você não pode passar de um exercício para o outro enquanto não completar todas as repetições estabelecidas, mas pode descansar durante a série (por exemplo, em vez de fazer 20 repetições direto, fazer 15 respirar um pouco e fazer as 5 restantes). Exemplo: 5 séries de 20 repetições de barra fixa seguida de flexão e agachamento (ou outro circuito).
  • 8. Circuito objetivo dependente Você realizará um circuito até chegar a um certo número de repetições que você determinar. Escolha a carga máxima que lhe permite realizar 10 repetições nos exercícios que fizerem parte do circuito e execute-os o mais rápido que puder, ou seja, com o menor descanso possível entre eles. A cada série realizada diminua uma repetição e mantenha a carga. Faça isso até alcançar o número de repetições que determinou. Exemplo: 10 repetições na primeira série, 9 na segunda, 8 na terceira e assim por diante até alcançar o número de repetições determinadas de agachamento e abdominal infra ou outro circuito. ou A cada rodada você acrescentará 1 repetição até a fadiga em qualquer um dos movimentos (você vai saber que fadigou quando não conseguir mais realizar o exercício). Nesse caso você não usaria a carga máxima no começo como no exemplo anterior. Exemplo: 10 repetições na primeira série, 11 na segunda, 12 na terceira e assim por diante até a fadiga em qualquer um dos movimentos de barra fixa e agachamento (ou outro circuito). Essas são algumas formas simples de você variar seu treinamento e manter o objetivo de condicionamento e emagrecimento – mas não de hipertrofia.
  • 9. Circuito com séries por tempo Você determinará o tempo de cada série e não o número de repetições. Exemplo: 5 séries de 30 segundos de afundo, flexão de braço, abdominal reto ou outro circuito.
  • 10. Desvantagens: Por não ser um trabalho específico, não permite que as qualidades físicas trabalhadas atinjam o nível que conseguiram com treinamento especializado (p.ex. resistência aeróbica – métodos contínuos; resistência anaeróbica – métodos intervalados; flexibilidade – flexionamento pelos métodos 3S;). Se houver tempo disponível, o método utilizado no treinamento das qualidades físicas principais do desporto deverá ser o mais especializado possível. O CT de tempo fixo e o de carga fixa serão utilizados, para o treino de atletas jovens ou iniciantes. No treinamento de atletas de alto nível só se pode utilizar o circuito de carga individualizada e mesmo assim para as qualidades físicas secundárias, e como coadjuvante da preparação técnica ou quando a exigüidade de tempo assim o exigir.
  • 11. VANTAGENS •Pode ser realizado em locais fechados. •Permite o treinamento mesmo com condições climáticas desfavoráveis; •Resultados a curto prazo; •Permite um completo controle fisiológico; •Grande economia de tempo de treinamento; •Possibilita o treinamento individualizado de um grande número de atletas ao mesmo tempo; •Facilita ao treinador a organização aplicação e controle do treinamento;
  • 12. 1º Passo – escolha dos exercícios Os exercícios serão escolhidos em função dos grupos musculares que serão solicitados durante a prova qual se está treinando e da intensidade do esforço necessária à sua execução. Visando a motivação do atleta, e no auxílio à preparação técnica, deve-se incluir no circuito de três a cinco exercícios característicos da modalidade desportiva. Nos desportos que exijam força explosiva dos membros é recomendável se incluir exercícios pliométricos (excêntricos e concêntricos).
  • 13. 2º Passo – Montagem do circuito Uma vez escolhidos os exercícios, esses serão dispostos seqüencialmente, de forma a permitir uma alternância de intensidade e da região anatômica considerada. Após a reunião do material necessário e a montagem física do circuito, deve-se testá-lo visando observar: •Propriedade da distribuição das estações; •Adequabilidade do material empregado; •Distância entre as estações; • É de fácil execução?
  • 14. Após o circuito estar ajustado para o atleta, este necessita se adaptar ao circuito, e isto deverá ser feito em cinco sessões de adaptação. 1ª sessão – realização de 1 volta completa sem intervalo no circuito, visando a familiarização com o mesmo. 2ª sessão – verificação do tempo mínimo (TM) para execução de uma volta no circuito. 3ª sessão – duas voltas no circuito para adaptação. 4ª sessão – três voltas no circuito para adaptação. 5ª sessão – determinação do tempo inicial (TI) (menor tempo que o atleta leva para completar o circuito).
  • 15. Aplicação para Alunos na academia ou ambientes externos. Realizar 1 volta completa sem intervalo no circuito, visando a familiarização com o mesmo. Verificação do tempo mínimo (TM) para execução de uma volta no circuito. Ao realizar circuitos na areia, faça uma preparação de movimentos para a área do tornozelo, a fim de evitar lesões na região.
  • 16. Outras Considerações Tipicamente, os treinos em circuitos trabalham com exercícios que envolvem grandes grupamentos musculares - os movimentos multi- articulares. É possível também adaptar os treinamentos em circuito para o seu objetivo, seja hipertrofia, emagrecimento ou condicionamento. Podemos usá-lo para trabalhar qualquer um dos sistemas energéticos pela correta utilização de estímulos e intervalos. Sendo assim: Um circuito “anaeróbio” será marcado por ter estações de alta intensidade e curta duração, separada por estações de baixa intensidade que propiciem um menor acúmulo de ácido lático. De outra forma, um circuito “aeróbio”, será marcado por estações menos intensas, de maior duração e maior homogeneidade no esforço executado. Dantas, 2003