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A BUSCA DOS DONS ESPIRITUAIS
NO TEMPO DO FIM
Os cristãos, hoje estão numa busca desesperada por recursos espirituais que já
possuem, praticam uma busca fútil por algo mais. Acham que a salvação é insuficiente para
transforma-los e equipa-los para a vida cristã. Querem algo mais, mais de Cristo, mais do
Espirito Santo, um tipo de experiência de êxtase, visões místicas, sinais, níveis espirituais
mais elevados e mais profundos, ou qualquer coisa. Está procura inconsequente leva os
crentes por caminhos para os quais não estão conscientes do perigo das dadivas que tanto
procuram. Não percebem que o grande conflito dos últimos dias está voltado para o tipo de
adoração que iremos escolher.
O livro do Apocalipse descreve as últimas cenas da história. De um lado estão os
adoradores de Deus e do Cordeiro; do outro, os adoradores da trindade do mal, o dragão, a
besta que emerge do mar e a besta que surge da terra. Esses falsos adoradores serão aqueles
que receberão a marca da besta em sinal de oposição a Deus e seu povo. A Palavra de Deus
diz: “Temei a Deus e dai-lhe gloria, pois é chegada a hora do seu juízo, e adorai aquele
que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das aguas.” Ap 14.7.
No fim, o teste da verdade para o mundo estará centralizado na questão de adoração
verdadeira ou falsa. E isso não é algo novo. No Éden, Caim e Abel se desentenderam por
causa de adoração Gn 4.3-9. No Monte Carmelo, o conflito entre o profeta de Deus e os
profetas de Baal teve haver com a adoração IRe 18.26-46. Em Daniel, na Planície de Dura,
a questão para os três hebreus, amigos de Daniel, baseava-se na adoração ao verdadeiro
Deus ou a adoração a imagem erguida por Babilônia. Essa é a cena por trás da ideia da
“imagem da besta” no livro do Apocalipse.
Em toda história da idolatria de Israel a adoração sempre foi o foco do conflito. No
deserto, quando Satanás tentou seduzir Jesus, a questão central estava relacionada com a
adoração. Realmente, a primeira tabua da lei trata basicamente deste tema:
I > O primeiro mandamento refere-se à lealdade.
II > O segundo ao culto.
III > O terceiro a reverencia.
IV > O quarto a obediência.
Assim, não é de se admirar que a questão central nas últimas cenas do planeta Terra
seja a adoração: falsa ou verdadeira. A adoração está em última análise centralizada na
ideia de submissão a vontade de Deus.
Satanás está agora reunindo os seu exercito:
Viu-se também outro sinal no céu, eis um dragão grande, vermelho. Ap 12.13
Vi emergir do mar uma besta. Ap 13.1
Vi ainda outra besta emergir da terra. Ap 13.11
Na última batalha o dragão, Satanás, não estará sozinho, ele tem ao seu lado dois
aliados. O Apocalipse sugere que no último conflito haverá o empenho de uma trindade do
mal: O dragão se impõe querendo ocupar o lugar de Deus. No início, ele queria ser igual a
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Deus, Is 14.13, e tornou-se o deus deste século IICo 4.4. O segundo personagem da
trindade demoníaca é a besta que surge do mar, que é a contrafação de Cristo. Ela é uma
imagem do dragão e como o dragão ela também tem sete cabeças e dez chifres. Nos
evangelhos, Jesus é a imagem do Pai Jo 14.9, Fp 2.6. Esta imitação de Jesus tem um “nome
de blasfêmia” Ap 13.5. Blasfêmia na linguagem bíblica é a pretensão de perdoar pecados
Mc 2.7. Ao longo da história, tal poder arrogou ter as chaves do reino; por meio do sistema
sacramental e instituiu na terra uma imitação do verdadeiro santuário de Deus Ap 13.6. Seu
ministério de 1260 dias ou três anos e meio, é também uma paródia do ministério de Cristo,
em termos de duração. Tal poder, como o verdadeiro, sofreu um golpe de morte e teve uma
ressureição, Ap 13.12. Na besta que surgiu da terra, temos a contrafação do Espirito Santo,
Ap 13.11. Como o Espirito Santo dá testemunho de Cristo, Jo 14.16, essa besta faz com
que a Terra e seus habitantes adorem a primeira besta, Ap 13.12. A besta que surgiu da
terra veio para dar testemunho da primeira besta. Este poder faz fogo descer do céu para
enganar os habitam na Terra, Ap, 13.13, num “pentecoste maligno”.
Quem é esta besta, que emerge da terra? Olhe ao redor, observe as simulações de
milagres e línguas, confundindo as pessoas a respeito de Deus. Uma grande obra virá sobre
a Terra e será capaz de enganar a todos os que não tem amor pela verdade. E você onde
está? As operações de prodígios e de milagres irão enganar a todos que não estiverem
preparados.
A falsa trindade estará em atividade: o dragão que busca ser como Deus, a besta do
mar e a besta da terra. Quem são eles? O próprio diabo, a igreja de Roma, pretendendo
perdoar pecados e o protestantismo moderno, com sua enorme ênfase em milagres, sinais e
prodígios.
A besta que sai da terra, ganha outro nome “falso profeta”, Ap 19.20. Esse nome
descreve seu caráter enganador. Os falsos profetas nas escrituras, erroneamente
interpretavam a mente de Deus. Foram os piores inimigos do povo de Deus e os melhores
aliados do diabo. Jesus previu as atividades de falsos profetas, Mc 13.33, Mt 24.34, IPe 2.1.
No futuro, a besta que sai da terra será representado por um poder politico, os Estados
Unidos. Ela tem aparência inofensiva, “possui dois chifres, parecendo cordeiro” Ap 13.11.
Um poder que se levantou enfatizando a liberdade religiosa, que no principio falava como
cordeiro, semelhante a Cristo, mas está gentileza não dura, porque enfim se tornará
semelhante a um dragão. Essa besta da terra é um novo participante na cena, tendo surgido
como uma potencia mundial depois que a besta do mar recebeu a ferida mortal durante a
Revolução Francesa, o que significa que a besta da terra atuará exclusivamente no tempo
do fim. Apocalipse 13.11, mostra que os Estados Unidos, uma nação cujas bases em sua
origem era amplamente protestante, no fim começará a falar como dragão, de maneira
semelhante ao próprio diabo, com uma influencia mundial semelhante ao Império Romano.
Esse poder do tempo do fim será um instrumento para fazer com que o mundo inteiro adore
a primeira besta, que recebeu a ferida mortal. Em outras palavras, os Estados Unidos, que
outrora proporcionou proteção e abrigo seguro para igreja de Deus, desempenhará uma
função perseguidora nos eventos finais.
Você percebe? Assim como, Deus enviará no tempo do fim três mensagens angélicas
de advertência a todo mundo, Ap 14.6-12, a falsa trindade tem uma imitação em sua obra
de engano. Portanto, no tempo do fim teremos uma trindade satânica, munida com seus
mensageiros especiais, tentando mudar as verdades de Deus. Um grupo com a proclamação
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do evangelho eterno, o outro com o engano, seduzindo as pessoas para tomarem o lado
errado no grande conflito.
Apocalipse 16.13 acrescenta novos elementos: da boca da trindade satânica saem três
espíritos imundos semelhantes a rãs. “Da boca” significa do próprio hálito, do espirito, da
respiração, da própria essência. Qual o proposito destes espíritos? Eles vão aos reis de todo
o mundo, a fim de reuni-los para a batalha do grande dia do Deus todo poderoso, Ap 13.14.
Porque espíritos como de rãs? As rãs são animais imundos, assim como, imundícia é a
característica da Babilônia do fim, Ap 17.4,5. Lembrem-se as rãs representaram o último
engano dos magos do Egito, Ex 8.1. Os três espíritos como de rãs aparecem como uma
antítese das advertências proclamadas pelas três mensagens angélicas, Ap 14.6-12. Tais
espíritos são os agentes enganadores com a finalidade de persuadir a humanidade
precisamente antes da volta de Cristo. Tudo isto é muito sério. Jesus predisse que: muitos
serão enganados, Mt 24.11. “Fez grandes sinais, de maneira que até fogo fez descer do céu
a Terra, a vista dos homens. E engana os que habitam na Terra com sinais que lhe foi
permitido que fizesse na presença da besta”, Ap 13.13,14.
Então se reunirão para o grande conflito no lugar que se chama Armagedom, Ap
16.16. O termo Armagedom literalmente significa “Montanha de Megido”. O problema que
está montanha não existe. Megido era uma cidade numa pequena elevação nos limites da
planície de Jezreel. Neste lugar está uma cadeia de montanhas chamadas Carmelo. O
Monte Carmelo é a montanha onde podia se ver a cidade de Megido. O que importa no
Apocalipse é que o Monte Carmelo foi o lugar onde aconteceu o grande desfecho entre
Elias e os profetas de Baal. Foi ali, que Elias invocou fogo do céu para provar que Jeová é
o verdadeiro Deus, I Re 18.16-46. Mas, no caso de Apocalipse 13 é a besta que invoca fogo
do céu. A besta que surge da terra buscará provar as nações que Satanás, o deus deste
mundo, é o verdadeiro. Dessa forma, no último espetáculo do grande conflito entre Cristo e
Satanás, encontramos uma repetição do que aconteceu no Monte Carmelo, só que, agora
quem faz descer fogo do céu é Satanás, por meio de milagres, sinais e prodígios, Ap 13.14.
Assim, a batalha do Armagedom incluirá uma ação enganosa de Satanás e seus aliados. O
mundo a de presenciar o confronto entre o Deus verdadeiro e a imitação do inimigo.
Nós já estamos vivendo neste tempo.
O mundo está preparado para grande obra de engano.
A maioria das pessoas em nossa cultura crê apenas naquilo que elas veem, ouvem,
tocam e sentem. Vivem no mundo dos sentidos. Para elas a realidade é baseada naquilo que
os sentidos podem perceber. Mas as escrituras atestam que na última crise da Terra, aqueles
que confiarem nos sentidos serão enganados. Será uma batalha entre dois sistemas:
• Um é confirmado pela experiência da realidade humana.
• O outro depende da verdade das escrituras, que é a Palavra de Deus.
Esta é a nossa mensagem: As pessoas devem saber que aqueles que confiam
unicamente em sua lógica, ou seja, em sua mente serão enganados.
As evidencias providas pela falsa trindade estarão dizendo que a verdade é aquilo que
pensam baseados na percepção humana, em oposição ao que as escrituras atestam, porém
as escrituras descrevem o fim da história da humanidade como o tempo em que a razão
humana há de enganar e desviar as pessoas. Nas escrituras a verdade de Deus está acima
das nossa fraca razão.
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“Não deis credito a qualquer espirito, antes provai os espíritos se procedem de Deus,
porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora... todo espirito que não confessa
a Jesus não procede de Deus, pelo contrário, este é o espirito do anticristo. Aquele que
conhece a Deus nos ouve; aquele que não é da parte de Deus não nos ouve. Nisto
reconhecemos o Espirito da verdade e o espirito do erro”, Jo 4.1-6.
Deus é Espirito, e importa que seus adoradores o adorem em espirito e em verdade, Jo
4.24. Deus se comunica com o crente por meio do seu espirito. Se alguém insistir em
buscar uma experiência física com Deus, os espíritos malignos vão aproveitar a
oportunidade para entrar e conceder-lhes aquilo que ingenuamente estão buscando. O
resultado será que os espíritos malignos ocuparão este corpo.
As coisas espirituais se discernem pelo espirito, mas os crentes vivem na carne,
procuram ter uma vida totalmente carnal, desfrutando das coisas que o mundo oferece e
sem abandonar estas, desejam ardentemente os dons do Espirito Santo. Por insistirem em
possuir estes dons, para os quais não estão preparados, por viverem para os prazeres do
mundo, Satanás percebe a oportunidade e concede o que tanto almejam. Os crentes tornam-
se alegres e satisfeitos pensando que estão servindo a Deus, mas ao contrário, por
insistirem em receber estes dons, passam a obedecer o doador dos dons e são
transformados em operários do inimigo e transformando-se em seus servos.
O poder do Espirito Santo sempre é mencionado nas escrituras descendo sobre o povo
de Deus, transformando e capacitando-os a exercer os dons e operar as Suas obras através
da mensagem recebida em seu espirito. A obra efetuada pelo servo de Deus é realizada de
acordo com a vontade do Espirito Santo, porém quando a presença do espirito:
• Lança o corpo do crente ao chão. Fazendo com que o crente perca a consciência.
• Entorta o corpo do crente. Deixando o crente imóvel, como se fosse uma estátua.
• Causa tremedeira acentuada. O crente perde o controle sobre si e a consciência das
coisas que estão acontecendo. O corpo do crente fica tremendo sem parar, algo parecido
com o mal de Parkinson, (apenas um exemplo).
Manifestações deste tipo, apesar de serem atribuídas ao Espirito Santo e ter sido
invocado o nome do Senhor Jesus, não provem de Deus, Mc 9.17, nem tiveram o
conhecimento e participação de Jesus e do Espirito Santo. Isto fica evidente pela
ausência do “domínio próprio”, Gl 5.22. Se, para o espirito se manifestar no crente: o
mesmo tem que entregar o controle do corpo ao espirito, ou seja, sair para o espirito
entrar, este espirito não é o Espirito de Deus, trata-se do espirito do maligno. Quando for
realmente o Espirito Santo, você terá consciência dos acontecimentos, o controle do
próprio corpo e das ações exercidas. Também, não devemos confundir o poder dos dons do
Espirito Santo com o Espirito Santo que habita no crente. Este último nos é dado no
momento da conversão e confirmado no batismo, Ele transforma a vida do crente a ser
fundamentada no fruto do Espirito Santo, Ga 5.22.
Ter Jesus é ter tudo, em vez de tentar acrescentar algo a Cristo, devemos aprender a
usar os recursos que já possuímos nele. Fé implica em confiar somente em Cristo para
salvação. Não é a igreja que salva, somente a fé em Cristo. Não é por obras é um dom de
Deus, Ef 2.8. Nossa suficiência em Cristo é centralizada na completa salvação e no
completo perdão. Quando alguém era crucificado, na época do Império Romano, quando
Cristo se fez carne e habitou entre nós, a lista de seus crimes era sempre pregada à cruz,
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exatamente acima de sua cabeça. Sua morte era o pagamento por aqueles crimes. Os crimes
que pregaram Jesus a cruz, não foram os dele, mas os nossos. Por ter ele tomado o nosso
castigo, Deus apagou o “escrito da dívida” que era sobre nós. Em sua morte e ressureição
Cristo nos acrescenta também a vitória sobre as forças do mal.
CRISTO NOSSA SUFICIÊNCIA