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H*Fm*
Como entender os segredos
do último livro da Bíblia
Tradução/■
Delmar F. Freire
Casa Publicadora Brasileira
Tatuí, SP
Título do original em inglês:
REVELATION VERSE BY VERSE
Direitos de tradução epublicação em
língua portuguesa reservados à
C a s a P u b l j c a d o r a B r a s j i e i r a
Rodovia SP 127 - km J 06
Caixa Postal 34 - 18270-970 - Tatuí, SP
Tel.: (15) 3205-8800 - Fax: (15) 3205-8900
Atendimento ao cliente: (15) 3205-8888
www.cpb.com.br
Ia edição
3“ impressão - 3 mil exemplares
Tiragem acumulada: 9 milheiros
2005
Editoração: Marcos De Benedicto e Zinaldo A. Santos
Projeto Gráfico: Vilma B. Piergentille
Capa: Vilma B. Piergentille
Ilustração de capa: João Luiz Cardozo
IM PRESSO N O BRASIL/l^rintedin Brazil
D ados Internacionais de C atalogação na Publicação (C IP)
(Câm ara Brasileira do í.ivro, SP, Brasil)
Feyerabcnd, Henry
Apocalipse, verso por verso : como entender os
segredos do último livro da Bíblia / Henry
Feyerabcnd; tradução Delmar F. Freire. --
Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2004.
Título original: Rcvclalion verse by verse.
1. Bíblia N.T. Apocalipse - Cotnentários
I. Tílulo. II. Título: Como entender os segredos do
último livro da Bíblia.
04-4315 CDD-228.07
Iiidiccs para catálogo sistem ático:
1. Apocalipse: Comentários 228.07
^ .iÉ fà sí: Todos os dirotos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial,
Por qualquer meio, semprévia autorização escrita do autor c da F.ditora.
Tipobgi.i: Agjumnnd. 11/12.5 - 8207/14593 - ISBN 85-345-0903-4
Sumário
Prcfácio .................................................................................. 7
Apocalipse 1 ............................................................................ 9
Apocalipse 2 ............................................................................ 19
Apocalipse 3 ............................................................................ 29
Apocalipse 4 ............................................................................ 39
Apocalipse 5 ............................................................................ 47
Apocalipse 6 ............................................................................ 51
Apocalipse 7 ............................................................................ 63
Apocalipse 8 ............................................................................ 73
Apocalipse 9 ............................................................................79
Apocalipse 10 ......................................................................... 85
Apocalipse 11 .......................................................................... 91
Apocalipse 12 ......................................................................... 101
Apocalipse 13 ..........................................................................109
Apocalipse 14 ...................... .................................................. 121
Apocalipse 15 ..........................................................................133
Apocalipse 16 ......................................................................... 137
Apocalipse 17 ..........................................................................147
Apocalipse 18 ..........................................................................155
Apocalipse 19 ..........................................................................163
Apocalipse 20 .........................................................................171
Apocalipse 21 ..........................................................................179
Apocalipse 22 ..........................................................................187
Prefácio
A
p o c a lipse t e m s id o a po n t a d o c o m o o i.fvro m ais d if íc il
DA Bíblia. Calvino se recusou a escrever um comentário sobre
cie. Lutero evitou os seus ensinamentos por muitos anos. A despeito
das suas dificuldades, esse livro, tal como um ímã, atrai de forma irre­
sistível clérigos, teólogos e ieigos ao estudo de suas mensagens. G.
Campbell Morgan disse: “Não há nenhum livro ao qual eu rccorra
com mais ansiedade na horas de depressão do que este, com todos os
seus mistérios e todos os seus detalhes, os quais não entendo.”
O último livro da Bíblia tem sido chamado de jóia da coroa, a pe­
dra fundamental da revelação e da glória divina. Ele é um mosaico
do restante das Escrituras. Quase tudo no Apocalipse pode ser co­
nectado com alguma outra parte da Bíblia. Dos trinta e nove livros
do Antigo Testamento, vinte e seis são citados diretamente no Apo­
calipse. Dos quatrocentos e quatro versos deste livro, duzentos e se­
tenta e oito são citações do Antigo Testamento ou têm o colorido de
passagens do Antigo Testamento. O livro de Apocalipse remete os
pesquisadores da verdade a todas as partes das Escrituras. Ele é um
resumo de toda a Bíblia.
As trevas se aprofundam, o medo continua a se espalhar pela nos­
sa época altamente problemática. Poderes monstruosos do pecado apa­
recem, não apenas no livro de Apocalipse, mas no palco central dos
tempos em que vivemos. O Apocalipse é um livro para os nossos dias.
Você tem em suas mãos uma coleção de notas que vem crescendo
em meu arquivo há muito tempo. Sempre fascinado pela mensagem
do Apocalipse, meus primeiros e trôpegos passos para entendê-la fo­
ram dados ao estudar The Prophecies nfDaniel and Revelation [As Pro­
fecias de Daniel e Apocalipse], de Uriah Smith, e 'The Story nfthe Seer
ofPatmos [A História do Vidente de Patmos], de S. N. Haskeíl. Mais
tarde, ainda buscando um maior conhecimento sobre o assunto, enri­
queci minha pequena biblioteca pessoal com o livro Unfolding Revela-
tion [O Apocalipse Revelado], de Roy Allan Anderson. Time o fthe End
[O Tempo do Fim], de George McCready Price, trouxe novos concei­
tos à minha compreensão dos símbolos proféticos.
Harold E. Metcalfjuntou suas anotações cm três enormes volumes,
reunindo pensamentos de diversos comentaristas. Sua obra Handbook
ofSymbols and Prophecy for our Day [Manual de Símbolos c Profecias
para os Nossos Dias] me estimulou a ir fundo em meus estudos, au­
mentando a minha apreciação e o tempo gasto estudando o último li­
vro da Bíblia.
Era impossível assistir às aulas dc História da Igreja dadas pelo Dr.
Mervin Maxwell sem que algum tipo de transformação ocorresse. Suas
descrições da igreja primitiva, tão vívidas e dramáticas, tomavam conta da
minha imaginação, assentando o alicerce para um maior entendimento
das Escrituras. Fiquei deleitado quando o seu livro God Cara [Deus Se
Importa] foi disponibilizado em dois volumes. Seria leviano negar o sim­
ples fato de que, desde que passei a estudar esses livros, eles deram um
forte colorido à minha pregação, minhas aulas e meus escritos.
Não foi feita nenhuma tentativa dc documentar as informações da­
das neste pequeno livro. E meu desejo passá-las adiante em toda a sua
simplicidade, sem qualquer pretensão dc que seus pensamentos e con­
ceitos sejam originais. Minha única esperança é que esta modesta co­
leção de notas ajude o leitor a obter uma melhor comprccnsão do Se­
nhor revelado no Apocalipse.
Apocalipse ±
U
PERFIL DF. UMA CID A D E FOI M U D A D O NUM SIM PLES ÍNS-
tante por um aparelho elétrico que escava no outro lado do
Atlântico. Em 1931, na Itália, Marconi ligou um interruptor c um
estátua colossal de concreto, no Rio de Janeiro, foi imediatamente
iluminada com uma luz branca.
De inúmeros pontos das ruas e do porto da cidade podia-se ver, no
topo do Corcovado, cerca de mil metros acima da baía, uma imponen­
te imagem dc Cristo, que parecia estar flutuando entre as estrelas, to­
talmente separada da Terra.
Desde aquele dia, em 1931, esse imponente vigia da cidade do Rio
de Janeiro continua de pé, com seus braços estendidos, como que pro­
tegendo o paraíso tropical lá embaixo. Lá de cima, onde está a estátua,
um enorme precipício vai até as margens da baía. A cidade é domina­
da pela constante presença do Cristo Redentor.
Ao colocarmos o holofote do Espírito Santo sobre o livro do Apo­
calipse, a majestosa imagem do Cristo exaltado domina totalmente a
paisagem. Contra o pano de fundo dos inóspitos rochedos de Pat-
mos, Sua nobre fisionomia é revelada. O Antigo Testamento O reve­
la tanto nas promessas como nas profecias. Os Evangelhos O reve­
lam em Sua vida terrestre e em Seu ministério. Atos dos Apóstolos
apresenta os primeiros triunfos da igreja sob o ministério do Espíri­
to Santo. O livro do Apocalipse é o ato final da cerimônia que vem
se desenvolvendo, e que começou nos portais do jardim do Eden
com a primeira promessa evangélica. Ele é uma revelação de Cristo,
nosso Redentor.
1. Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus ser­
vos as coisas que em breve devem acontecer e que Fie, enviando por in­
termédio do Seu anjo, notijicou ao Seu servoJoão,
2. o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho deJesus Cristo, quan­
to a tudo o que viu.
i o J Apocalipse Verso Por Verso
A revelação de Jesus Cristo: Não se trata da revelação de São João,
o Divino, como dizem algumas Bíblias. Não é uma mera predição dada
através do nosso Salvador. O livro de Apocalipse revela Sua personalida­
de, Seu poder, ministério c propósito eterno. O Seu nome ou o equiva­
lente aparece 187 vezes nos três primeiros capítulos do livro.
O assunto principal do Apocalipse: E mostrar “as coisas que bre­
vemente devem acontecer”.
O método pelo qual o Apocalipse foi revelado: Por meio do
Seu anjo, Jesus Cristo enviou a mensagem para João e deu-lhe o de­
vido significado.
Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem aspalavras da
profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo estápróximo.
Uma bênção tripla:
1. Aqueles que lêem.
2. Aqueles que ouvem.
3. Os que guardam as coisas nelas escritas.
Como observar as palavras desta profecia:
1. Viver pelos princípios do livro.
2. Estudar suas profecias e nelas ter esperança.
3. Aprender suas promessas e confiar nelas.
O tempo está próximo: Cada século que passa, cada ano que termina,
cada dia que voa acrescenta urgência e importância ao estudo desta porção
que conclui a Bíblia. Nunca houve um período em que estes ensinamentos
fossem tão importantes como agora.
4. João, às sete igrejas que se encontram na Asia, graça epaz a vós outros,
da parte dAquele que é, que era e que há de vir; da parte dos sete Es­
píritos que se acham diante do Seu trono
As sete igrejas: Sete nomes foramescolhidos como representantes de to­
das as igrejas daquela geração e de toda a cristandade.
Apocalipse 1 11
Aquele que é, que era e que há de vir: “Jesus Crisro, ontem e hoje,
é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:18). Este c o Cristo do
passado, presente e futuro. No passado, Ele foi a fiel testemunha e o
primogênito dos mortos. No presente, é Aquele que nos ama e nos li­
vra dos nossos pecados. No futuro, virá nas nuvens, e todo olho O verá.
5. e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mor­
tos e o Soberano dos reis da Terra. Àquele que nos ama, e, peio Seu san­
gue, nos libertou dos nossospecados,
O primogênito dos mortos: Jesus não foi o primeiro a ressuscitar
dos mortos em um ponto do tempo. Ele é o primeiro no sentido de
que todos os outros que ressuscitaram antes c depois dEle conquista­
ram a liberdade dos grilhões da morte somente em virtude do Seu
triunfo sobre a sepultura. Ele tem poder para entregar a vida c depois
reavê-la (João 10:18). Esta verdade O coloca à parte de todos os seres
humanos, e O caracteriza como a fonte de toda a vida.
6. e nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai, a Ele a glória
e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!
Cristo constituiu a Sua igreja para que fosse um “reino”, e seus mem­
bros, “sacerdotes”. Ser um membro deste reino é ser um sacerdorc. Não
é por outra razão que lemos sobre um “sacerdócio real” em I Pedro 2:9.
Os que aceitaram a salvação em Cristo formam um reino cujo rei é
Cristo. Uma vez que cada cristão é um sacerdote, ele pode recorrer a
Deus em seu próprio favor, sem a mediação de nenhum outro ser hu­
mano. Cristo é nosso mediador (I Timóteo 2:5) e nosso grande “sumo
sacerdote”. Através dEle, é nosso privilégio ir ao trono da graça (He­
breus 4:1 5 e 16).
7. Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspas­
saram. E todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele. Certamen­
te. Amém!
O objetivo do livro é apresentado de forma repentina no verso 7.
() seu tema é o aparecimento real, pessoal e visível do nosso Sexihor
12 Apocalipse Verso Por Verso
ressurreto. É o evento mais público de toda história humana, pois
“todo olho O verá”. E plano de Deus que cada descendente de Adão
possa, pelo menos uma vez, olhar para Cristo, o segundo Adão.
Os que “O traspassaram” devem incluir:
1. Os judeus que exigiram Sua morte.
2. Pilatos, que deu a sentença.
3. Os soldados romanos que cravaram os pregos em Suas mãos e Seus
pés, e perfuraram o Seu lado com uma lança.
4. Os que, por sua atitude desafiadora, “de novo crucificaram o Filho
de Deus e o expõem ao vitupério” (Hebreus 6:6).
Jesus disse a Caifás que ele testemunharia a Sua volta e que O ve­
ria “sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do
céu” (Mateus 26:62-64).
"Olharão para Aquele a quem traspassaram; pranteá-Lo-ão como quem
pranteia por um unigénito e chorarãopor Ele como se chora amargamen­
te pelo primogênito” (Zacarias 12:10).
Uma ressurreição especial (Daniel 12:1 e 2) possibilita que essas
pessoas testemunhem a Sua volta.
8. Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que é, que era e que
há de vir, o Todo-Poderoso.
Alfa e Ômega: Localizada num planalto ondulado, a nordeste de
Los Angeles, está a linda cidade de AZUSA. Intrigado, um visitante
indagou um dos seus moradores acerca do nome daquela cidade.
Com orgulho, ele respondeu: “Nossos país e fundadores queriam
que este local se tornasse o lugar mais bonito, de A a Z, em todos os
Estados Unidos da América (USA). E foi assim que eles criaram o
nome AZUSA.
Os pioneiros de AZUSA não foram os primeiros a usar o alfabeto
para formar um nome. O Salvador usou-o para representar a Si mes­
mo quando disse: “Eu sou o Alfa e o Ômega”, a primeira letra e a úl­
tima do alfabeto grego. Jesus disse ser o alfabeto inteiro, uma figura de
linguagem que expressa o quão completa é a Sua redenção.
Apocalipse 1
Desde que a língua portuguesa entrou em uso, autores têm utiliza­
do o alfabeto para tudo o que escrevem. Cada escritor tem usado estas
24 letras para expressar suas idéias e pensamentos. A riqueza do conhe­
cimento guardado cm todas as nossas bibliotecas tem sido expressa por
meio destas 24 letras. O alfabeto serve para o historiador e o poeta,
para o pastor no púlpito e o juiz em sua banca.
Uma ocasião, Mark Twain falava com um pregador que alegava ser
muito original. “Eu tenho cada palavra do seu sermão em um livro”,
instigou o famoso humorista depois de ouvir um sermão desse prega­
dor. “Impossível”, disse o pregador. “Mostre-me o livro.” Na próxima
vez que se encontraram, MarkTwain mostrou-lhe o livro com cada pa­
lavra dos sermões do pregador. O título era: Webster’s Unabridged Dic­
tionary (Dicionário Completo Webster).
Jesus podia alegar total originalidade, pois Ele criou todas as coisas, in­
clusive o alfabeto. E, ao dizer ser o Alfa e o Ômega, Ele estava incluindo
todas as coisas. Não existe nenhuma letra antes do A e nenhuma letra de­
pois do Z; por isso, o alfabeto abrange todas as coisas,
9. Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na per­
severança, emJesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da
palavra de Deus e do testemunho de Jesus.
Por que João estava em Patmos? João nos diz onde ele estava, o
que ele era, o que ele viu, o que ouviu e o que fez. O relatório é auto­
biográfico, não de segunda mão. Por que cie estava na ilha de Patmos?
Ele não estava de férias, nem precisava de um curto descanso. Foi “por
causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo”.
Uma luz fulgurante é projetada naquelas pedras desoladas, trans-
formando-as em telas mágicas de revelação. Uma voz afugentou a
enorme monotonia de suas horas com emocionantes enunciados. O
sol de Patmos empalideceu diante do esplendor dAquele cuja mão oni­
potente acendeu a tocha do seu coração com a maravilhosa promessa:
“Não temas! Eu sou o princípio e o fim!”
O Apocalipse não foi escrito em Patmos: João tinha provavelmente
17 anos de idade quando ouviu João Batista chamar Jesus de “o Cordei­
ro de Deus”.Ao se aproximar dos 60 anos, na época da destruição deJc-
,/lpocaíipse Verso Por Verso
rusaJém (70 d.C.), ele foi dc Jerusalém para Éfeso, onde pastoreou a
igreja que Paulo fundara cm sua terceira viagem missionária.
A opinião geral de estudiosos da Bíblia e que João foi para a ilha de
Patmos em 94 d.C., aos 84 anos de idade, e que recebeu a visão entre
os 95 e 96, voltando, depois, para Éfeso. C) livro provavelmente foi es­
crito em Éfeso, e não na ilha de Patmos, cerca de 96 d.C.
10. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim,
grande voz, como de trombeta,
11. dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas; Efeso, Es-
mima, Pérgamo, 1ia tini, Sardes, Filadélfia e Laodicéia.
O dia do Senhor: O dia do Senhor não pode ter sido um domin­
go, pois o primeiro dia da semana nunca foi observado como um sá­
bado até vários scculos depois da ascensão de Cristo. Escritores bíbli­
cos referem-se ao domingo como 11o primeiro dia da semana”. Para os
pagãos, era o dia do Sol.
QuaJ é o dia do Senhor?
1. O dia que o Senhor chama de “Meu santo dia” (Isaías 58:13).
2. Jesus é o “Senhor do Sábado” (Marcos 2:28).
12. Volta-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros
de ouro
13. e, no meio dos candeeiros, uni semelhante a filho de homem, com vestes
talares e cingido, a altura do peito, com uma cinta de ouro.
Um retrato de Cristo: A tentativa de um artista de descrever com
lápis ou pincel o que é visto aqui resultaria num grotesco retrato, es­
tranhamente diferente do retrato que João pretendeu fazer com pala­
vras. Seria impossível fazer com que esse retrato ficasse tecnicamente
preciso, mas, mesmo assim, o que João viu era tão impressionante que
ele ficou profundamente maravilhado, sem fôlego. Era algo além do
que a imaginação humana podia captar.
Suas vestes: Aqui vemos Cristo vestido como Arão, o sumo sacer­
dote, significando que, assim como Arão foi o sumo sacerdore do pas-
sado, Cristo é o sumo sacerdote do Novo Testamento. Ele está conti­
nuamente apresentando ante o Pai os memoriais da Sua morte, os mé­
ritos do Seu sacrifício, e intercedendo por nós.
14. A Sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os
olhos, como chama de fogo;
15. ospés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numaforna­
lha; a voz, como voz de muitas águas.
Sua cabeça e cabelos eram brancos como a la branca e como a
neve: O branco simboliza a pureza. ( Cabelos brancos representam uma
idade venerável, sabedoria e experiência. Buscar os mais idosos para
conselho é um princípio bíblico (ver Provérbios 20:29; 16:31).
Seus olhos são como chamas de fogo: Isso significa um conhe­
cimento penetrante; como o cabeça da igreja, Ele enxerga todos os
seus caminhos, suas palavras e pensamentos. “Eu sou aquele que
sonda as mentes e os corações” (Apocalipse 2:23). O olhar pene­
trante de Jesus discerne os pensamentos e os motivos que dão ori­
gem às palavras e os aros. Ele conhece todas as pessoas e o que lhes
vai no íntimo. Ele possui inteligência e conhecimento penetrantes.
Os olhos de Cristo lampejam como o fogo ao Ele contemplar a ini­
qüidade da igreja para a qual ministra. Eles ardem com santa indig­
nação contra todo o erro.
Dizem que o poder de César sobre as pessoas dos seus dias estava
nos seus flamejantes olhos —o seu olhar penetrante e revelador, ante o
qual seus inimigos se rendiam. Os olhos de Cristo não apenas enxer­
gam o hipócrita e pecador, mas os consomem em seus pecados.
Porque, quanto ao Senhor, Seus olhospassam por toda a Terra (II Crôni­
cas 16:9).
Os seus pés, semelhantes ao bronze polido: Isso significa a
resistência de Cristo em relação aos inimigos da igreja. O bronze, ou
latão, foi usado para denotar a capacidade de resistir sem desgaste.
Representa estabilidade, poder irresistível e força. O bronze de Corin­
to era uma liga de ouro, prata e cobre mais valiosa do que o ouro.
___________________, /IpocdlipM 1___________________ | i§
16 ,/ípoealipse Verso Por Verso
Cristo poder sustentar a rodos os que nEle depõem a confiança. Sua
fidelidade dura para sempre. Seus pés estavam descalços, assim como
estavam os pés dos sacerdotes ao ministrarem no santuário.
Que formosos são sabre os montes os pés do que anuncia as boas novas
(Isaías 52:7).
Uma voz como de muitas águas: Daniel descreveu Sua voz como
a voz de uma multidão. Ezcquiel a descreveu como a voz de um exér­
cito ou o ruído de muitas águas (Ezequiel 1:24; 43:2). Majestade e
harmonia estão aqui representadas. João estava acostumado a ouvir a
melodia das ondas do Mar Egeu. Aquelas estrondosas ondas e suas es­
pumas revoltas falavam a uma só voz.
16. linha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-Lhe uma afiada es-
pada de dois gumes. O Seu rosto brilhava como o Sol na suaforça.
As estrelas: O que representavamessas estrelas? O verso 20 nos fala que
elas eram os anjos das sete igrejas. Os anjos eram mensageiros ou ministros.
O que seria da noite se não existissem as estrelas? Elas trazem beleza,
consolo c conforto. As estrelas que piscam no céu podem parecer páli­
das à distância, mas sem elas a noite seria sombria e tristonha.
Estas estrelas representam os ministros de Deus, cuja mensagem às
vezes parcce sem vida, quase obscura, sem qualquer brilho especial.
Deus precisa muito mais de estrelas resplandecentes do que de fulgu­
rantes meteoros. Ele precisa mais de estrelas do que de fogos de artifí­
cio. Um homem chamado por Deus vale por mil formados cm uma
universidade. Quando Deus chama um homem, Ele o reveste de po­
der. Sem as estrelas, a escuridão seria impenetrável.
Deus fez as estrelas e as colocou em seus devidos lugares. As univer­
sidades não podem fabricar estrelas. Somente Deus pode dar luz a uma
estrela. Ele as remove. Cuida de cada umadelas, em sua magnitude, no
seu deitar e levantar. Isso é obra de Deus, não de homens.
Ele sustenta as estrelas em Suas mãos. Os ministros estao na linha
de frente. O diabo os odeia. As hostes dos demónios afiam suas setas e
apontam suas lanças contra os ministros de Deus. Eles se alegram se pu­
derem fazer com que uma estrela caia no chão.
Apocalipse 1 17
A espada de dois gumes:
Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qual­
quer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir a alma e es­
pírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propó­
sitos do coração (Hebreus 4:12),
A fonte de poder não está nos ministros. A Palavra de Deus é a for­
taleza da igreja. As estrelas brilham porque Deus as faz brilhar. Os mi­
nistros não têm qualquer poder, a menos que venha da Palavra de
Deus. A espada de dois gumes vem da boca de Jesus.
O poder não está nas estrelas; está no Verbo que fez as estrelas.
Qualquer sermão que não seja a Palavra de Deus é um sermão
inócuo. Qualquer teologia que não seja a teologia de Deus é uma
teologia desperdiçada.
A Palavra de Deus é uma espada porque a verdade ofende o orgu­
lho humano. Ela o reduz a pó. Eaz com que as pessoas fiquem pertur­
badas e preocupadas. A espada c feita para ferir. Ela tem dois gumes
porque carrega promessas e ameaças. Alguns ministros usam apenas um
lado da espada. Eles matizam a mensagem, jogam nela um pouquinho
dc açúcar, e adulteram-na, Sermõczinhos produzem cristãozinhos.
O Seu rosto brilhava como o Sol na sua força: Quando o Sol bri­
lha no esplendor do meío-dia, voce não pode ver as estrelas. Devemos
deixar Cristo brilhar dc modo que as pessoas possam sentir Seu calor e
alegria. Por que João caiu aos Seus pés como se estivesse morto? Você
não pode olhar para o Sol sem ferir os seus olhos.
Precisamos do Sol. Não importa quão bela seja a paisagem, ela
se perde na escuridão da noite. As trevas são a sepultura da beleza.
Não importa quão lógicas sejam as doutrinas, elas se perdem sem a
beleza de Cristo. A ausência de Jesus seria o fim de todas as virtu­
des humanas.
O Sol é a fonte da vida, da luz e do poder. Cristo disse que Ele era
a luz do mundo. Malaquias chamou-O de “Sol da Justiça”. Ele é o su­
premo doador dc vida e luz do mundo espiritual. Homem nenhum,
em seu estado pecaminoso, pode contemplar a face do Cristo glorifi­
cado e viver. Por ocasião de sua volta, os ímpios pedirão qua as rochas
e as montanhas os sepultem.
18 . /Ipocalipsc Vcvho Por Xcrso
/ 7. (iiutndfí O vi, caía Seuspés como morto. Porém Elepôs sobre mim a mão
direita, dizendo: Não temas; Eu sou oprimeiro e o líltimo
18. e Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos
dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno.
O efeito no profeta: João experimentou o mesmo efeito que a visão
de Miguel teve sobre o profeta Daniel (Daniel 10:7-12). Moisés, Jó,
lsaías, Paulo e o soldado romano que guardava a sepultura de Jesus ti­
veram experiências semelhantes quando contemplaram a glória de
Deus ou do anjo Gabriel.
Aquele que está vivo: Meras criaturas são mortais. João se aproxima­
va da marca de um século em sua idade, e logo devia morrer, tornando-
se um prisioneiro da tumba. As castigadas escarpas de Patmos não pude­
ram obscurecer a confortadora certeza de que o poder da sepultura ti­
nha sido derrotado pela vitória da ressurreição dc Cristo. “Porque Eu
vivo, tu também viverás.”
Jesus fez o profeta exilado lembrar-se de que Ele também havia sido
condenado por uma corte romana c sentenciado por um juiz romano.
Ele havia sido colocado numa sepultura lacrada com o selo romano e
vigiada por soldados romanos. Mas todo o poder da férrea monarquia
de Roma nao pôde mantê-Eo cativo.
As chaves da morte e do inferno: A morte é uma força pode­
rosa que aprisiona firmemente os que caem sob o seu cruel do­
mínio, Estima-se que mais de cento e quarenta bilhoes dc pes­
soas já viveram na facc da Terra, e todas, com exceção de pouco
mais de seis bilhões, morreram e voltaram para o pó. A ferra é
um vasto cemitério. Por todas as partes, vítimas da morte jazem
nas prisões silentes e escuras esperando pelo chamado do Doador
da vida.
/
19. Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de aconte­
cer depois destas.
20. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na Minha mão direita
e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igre­
jas, e os sete candeeiros são ãs sete igrejas.
T '| H u NÃO VOU MI;. UNIR A N EN H U M A IGREJA ATF. Q U E EN-
m. r.t-r^ UIIUl qLie seja perfcita!”, disse uma senhora certa vez
para Charles Spurgcon. O grande pregador respondeu: “Quando en-
contrá-la, não se una a ela, pois, quando você o fizer, ela não será
mais perfeita.”
Jesus ama Sua igreja. Apesar das falhas que ela possui, o Seu
amor não muda. No segundo capítulo dc Apocalipse, temos um re­
trato da relação dc Cristo com as diferentes fases da igreja ao longo
da Era Cristã.
1. Ao anjo da igreja em Efeso escreve: Estas coisas diz aquele que conser­
va na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeei­
ros de ouro.
Anjo: A palavra “anjo” vem do grego aggelos, que significa “mensa­
geiro”. Nem sempre eles são seres sobrenaturais:
1. João Batista (Marcos 1:2);
2. Os discípulos de João Batista (Lucas 7:24).
3. Os discípulos de Jesus (Lucas 9:52).
4. Os dois fiéis espias (Tiago 2:25).
Os anjos são ministros de Deus que trazem mensagens para a sua
congregação. Os oficiais das sinagogas eram chamados Sheliach Tsib-
bur; o que quer dizer “o mensageiro da igreja”. Seu papel na sinagoga
era ler, orar e ensinar.
Andando no meio dos candeeiros: Os sete candeeiros são as sete
igrejas (Apocalipse 1:20). Algumas pessoas se afastam da igreja porque
acham que ali existem muitos hipócritas. Jesus conhece intimamente
as fraquezas das pessoas da igreja, mas Ele continua a andar no meio
20 Apocalipse Verso Por Verso
dos castiçais. Se Ele não sente repulsa por aquelas pessoas, como pode­
mos nós alimentar esse sentimento?
O sumo sacerdote mantinha o candeeiro aceso adicionando-lhe óleo
de oliva, trocando os pavios, e mantendo-os limpos e no lugar. Jesus faz
as lâmpadas brilharem ao (!) elogiar suas boas qualidades, (2) chamar a
atenção para suas falhas de maneira direta c apelando para uma mudan­
ça sincera, (3) oferecer recompensas aos que responderem positivamente.
Para quem eram as mensagens das sete igrejas?
1. Para as congregações locais. Aquelas mensagens eram verdade
no que diz respeito às igrejas das cidades para as quais as cartas fo­
ram enviadas.
2. Para as pessoas. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz
às igrejas" (Apocalipse 2:7). As lições em todas as cartas se aplicam a
todos, em todos os lugares. Assim também as promessas.
3. Para as denominações e os movimentos. Somos todos respon­
sáveis pelas falhas dos grupos com os quais nos identificamos, e mere­
cedores de suas recompensas. As cartas se aplicam às variadas condi­
ções das igrejas, congregações, denominações e movimentos.
4. Elas são símbolos de sete fases da história eclesiástica:
A. Por causa dos paralelos em Daniel e Apocalipse. Os capítulos 2,
7 e 8 de Daniel são profecias paralelas. No Apocalipse, as 7 igrejas, os
7 selos e as 7 trombetas também são paralelos.
B. Por causa das predições auto-evidentes. Certos elementos das
mensagens são previsíveis. Os crentes de Esmirna foram informados
de que o “diabo lançará alguns de vós na prisão”. Algumas das tribu­
lações são preditas.
C. Por causa da evidência que vem do seu cumprimento. A profe­
cia cumprida nos fornece evidência de sua veracidade. Jesus disse:
.Apocalipse 2
Desde já vos digo, antes que aconteça,para que, quando acontecer, creiais
que Fu Sou (João 13:19).
Algumas profecias são melhor compreendidas depois de cumpri­
das. As sete cartas, em sua seqüência, seguem a mesma cadência da ex-
pcriência predominante da igreja cristã durante sete eras sucessivas.
ÉFESO: Éfeso era uma importante cidade com um ótimo porto, na
província romana da Ásia. Também era um centro religioso, onde
Artemis ou Diana, a deusa da fertilidade, era adorada. No templo, havia
uma imagem a qual, supostamente, havia caído de Júpiter (Atos 19:35).
A igreja em Éfeso foi fundada por Áqüila c Priscila. Apoio foi um elo­
qüente evangelista que trabalhou ali, onde Paulo também ficou por três
anos. Eram tantas as pessoas que paravam ali para comprar souvenirs da
deusa Artemis que os ourives locais promoveram uma perseguição con­
tra os cristãos (Atos 19:23-41). Paulo escreveu uma epístola para a igreja
em Éfeso.
2. Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que
não podes suportar homens maus, e quepuseste à prova os que a st mes­
mos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos;
3. e tensperseverança, e suportaste provaspor causa do Meu nome, e não
te deixaste esmorecer.
4. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.
Elogio: Sempre que pode, o nosso Senhor elogia e anima as igrejas.
Não há nada que façamos que Ele não note.
Condenação: Jesus, em Seu amor, repreende as igrejas sempre
que necessário. A igreja de Éfeso comcçou muito bem. Mas ela per­
deu algo muito importante —o primeiro amor. Jesus havia dito:
“Nisto conhecerão todo que sois Meus discípulos, se tiverdes amor
uns aos outros” (João 13:35).
Quando foi que aquele cheirinho de novo do seu primeiro carro
desapareceu? Provavelmente quando você havia pago metade das pres­
tações. Você já se lançou em um projeto difícil, como reformar uma
casa antiga? Lá pela metade das obras, o trabalho pode rornar-se mui­
.flpoealipse Verso Por Verso
to desanimador. Quando você está na metade do caminho para o topo,
é fácil sentir um forte impulso para desistir c voltar. O povo de Éfeso
comcçou com força total, mas perdeu o primeiro amor.
5. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das pri­
meiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeei­
ro, caso não te arrependas.
6. Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais
Eu também odeio.
7. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor,
dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraí­
so de Deus.
Os nicolaítas: Irineu, um ministro do segundo século, escreveu
sobre eles. Os nicolaítas se diziam cristãos, mas consideravam “a prá­
tica do adultério e comer coisas sacrificadas aos ídolos questões indi­
ferentes”. Eles achavam que a fé ein Jesus os liberava da obediência
aos Dez Mandamentos.
Repreensão: Em Suas mensagens para as igrejas, Cristo não somen­
te apontava para o que estava errado, mas também provia o remédio.
Ele dizia o que era preciso fazer acerca dos problemas.
O período de Éfeso: A mensagem para a igreja em Éfeso apresen­
ta de maneira muito apropriada o primeiro período da igreja cristã, do
tempo de Cristo até o tempo em que o povo de Deus começou a so­
frer perseguição.
8. Ao anjo da igreja em Esrnirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o
último, que esteve morto e tornou a viver.
ESMIRNA: Esta cidade era chamada “a Beleza da Ásia”. Ela é uma
das cidades mais antigas do mundo. Atualmente é chamada Izmir, e c
a terceira maior cidade da Turquia. Fica ao norte de Éfeso, numa lin­
da baía do Mar Egeu.
Esmirna veio a ser o local onde ocorreu uma notável série de mar­
tírios. A encosta do Monte Pagus, onde Policarpo foi queimado
amarrado a um poste, foi, desde então, manchada com o sangue de
milhares de cristãos —mil e quinhentos, uma vez, e oitocentos, em
outra ocasião.
9. Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia
dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sina­
goga de Satanás.
Sem condenação: Esta igreja recebe apenas elogios do nosso Salva­
dor. Embora a igreja pareça pobre, aos olhos de Deus ela é rica.
10. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo estápara lan­
çar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos àprova, e tereis tri­
bulação de dez dias. Sêfiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida.
11. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor
de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte.
Policarpo: Policarpo foi um ministro daquela igreja por quarenta
anos. Ele foi preso na casa de uma fazenda, numa noite de sexta-feira,
e pediu para a esposa do fazendeiro preparar o jantar para os soldados.
Enquanto eles comiam, por duas horas Policarpo orou em voz alta,
não por si mesmo, mas pelos cristãos do Império Romano.
No anfiteatro, em Esmirna, o governador Status Quadratus ficou
profundamente impressionado com ele e tentou salvar sua vida, ape­
lando para que ele amaldiçoasse o nome de Cristo. Sua resposta foi:
“Por oitenta e seis anos, eu 0 servi, e Ele nunca fez nada de errado comi­
go. Como posso amaldiçoar o Rei que rne salvou
A multidão, inclusive membros da sinagoga judaica, clamava para
que Policarpo fosse atirado aos leões. Os leões, já saciados cora outras
vítimas cristãs, recusaram-se a atacá-lo. finalmente, a multidão exigiu
que ele fosse queimado vivo. Os judeus ajudaram a juntar lenha, ape­
sar dc o sábado já ter começado.
Outros mártires: Justino Mártir, junto com mais seis cristãos, foi
chicotcado e degolado em 165 d.C. Irineu foi morto em 202 d.C., du­
________________Apocalipse 2________________|23
24 Apocalipse Verso 'Por Verso
rante as perseguições de Severo. Cipríano morreu cm 298 sob as perse­
guições de Trajano, e Vitorino em 304, sob Diocleciano. Eusébio diz;:
Vimos com os nossospróprios olhos as casas de oração serem totalmente des­
truídas e as sagradas e divinas Escrituras serem condenadas às chamas. Ob­
servamos enormes multidões sendo decapitadas ou torturadas pelo fogo; as
espadas assassinas chegaram a perder ofio, enfraquecendo e quebrando-se;
os próprios verdugos se cansavam e tinha?n que ser substituídospor outros.
Dez dias: Essa perseguição sem trégua durou dez anos, de 303 a 313
d.C. Durante esse período, Diocleciano e seu associado e sucessor, Ga-
lério, comandaram a mais amarga campanha de aniquilação jamais so­
frida pelo cristianismo durante o domínio da Roma pagã. Eles acredi­
tavam que a igreja havia alcançado tamanho poder e popularidade no
Império que, a menos que o cristianismo fosse imediatamente elimina­
do, o estilo de vida tradicional romano deixaria de existir e o Império
se desintegraria. Eies estavam determinados a exterminar a igreja.
O período de Esmirna: As primeiras perseguições aos cristãos,
impostos por Roma pagã, foram o cumprimento dos eventos proféti­
cos da mensagem dada a Esmirna.
12. Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz Aquele que tem a es­
pada afiada de dois gumes.
PÉRGAMO: Pérgamo era uma cidade universitária, famosa pelos
seus mestres na arte de curar. Estava localizada num espigão monta­
nhoso, o que facilitava sua defesa. Era famosa por sua biblioteca com
200 mil rolos. Esses rolos eram feitos de pelica, uma forma refinada de
couro. O rei Ptolomeu V, do Egito, havia suspendido a exportação de
rolos de papiro, ocasionando o desenvolvimento da utilização da peli­
ca. Pérgamo é uma modificação da palavra pelica.
A residência do governador romano ficava em Pérgamo. Havia dois
templos para deuses pagãos, inclusive o primeiro templo que se conhe­
ce (29 a.C.), em homenagem ao imperador Augusto. Mais tarde, eles
dedicaram um templo para o culto do imperador Trajano e, de outra
feita, ao imperador Severo.
„Apocalipse 2 25
13. Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que
conservas o Meu nome e não negaste a Minha fé, ainda nos dias de
Antipas, Minha testemunha, Meu fiel, o qual foi morto entre vós,
onde Satanás habita.
O trono de Satanás: O templo de Zeus foi o mais celebrado de to­
dos os templos, Esse templo foi dedicado a Esculápio, o deus-serpen-
tc, ou deus da cura. Uma serpente viva era ali guardada c cultuada. Fo­
ram encontradas, em Pcrgamo, moedas onde havia um retrato de uma
serpente enrolada em um poste.
14. Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sus­
tentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Ralaque a armar ci­
ladas diante dosfilhos de Israelpara comerem coisas sacrificadas aos
ídolos e praticarem a prostituição.
Os ensinos de Balaão: Balaão accitou o suborno oferecido por Balaquc,
rei dos moabitas. Deus efetuou um milagre para evitar que Balaão amaldi­
çoasse Israel; mas Balaão estava tão determinado a ficar com o suborno que
aconselhou Balaque a que convidasse o povo de Israel para uma festa pagã
com mulheres e vinho. Ele causou o pecado de Israel (Números 22).
15. Outrossim, também tu tens os que da mesmaforma sustentam a dou­
trina dos nicolaítas.
16. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles
pelejarei com a espada da minha boca.
17- Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor,
dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha
branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém
conhece, exceto aquele que o recebe.
O maná: Os judeus se alimentaram com maná durante 40 anos.
Mas, a partir do dia em que comeram milho, em Canaã, o suprimen­
to de maná secou. Jesus é o verdadeiro maná (João 6:31-35).
Uma pedra branca: Quando qualquer pessoa entre os gregos era
acusada de crimes contra o Estado c cra julgada pelos cidadãos, eles
votavam por absolvição com uma pedra branca; e por condenação,
com uma pedra preta. Cristo, o único juiz do Seu povo, ao prometer
dar aos vcncedorcs uma pedra branca, está lhes dando a certeza de to­
tal justificação.
Um novo nome: Em muitas culturas não-ocidentais, o nome da
pessoa é escolhido de acordo com o seu caráter, personalidade, ou mes­
mo um evento qualquer da sua vida. Nos tempos bíblicos, muitas ve­
zes o nome de uma pessoa era mudado depois de vários anos. Por
exemplo, Jacó para Israel e Simão para Pedro.
Pérgamo tornou-se o centro da adoração do Sol para os babilônios.
Pérgamo, cm grego, quer dizer “casamento”. Durante o período de
Pérgamo, a igreja foi exaltada para o poder da realeza e para a autori­
dade real através da união, ou casamento, com o Estado. Satanás não
conseguiu esmagar a igreja c destruir o cristianismo com a perseguição.
Ele mudou sua tática e tentou arruiná-la a partir do seu interior, atra­
vés de uma amálgama com o mundo e da união com o Estado. Assim
como fez com Balaão, ele corrompeu a igreja através de uma aliança
com o mundo. Na pessoa de Constantino, a igreja subiu ao trono dos
Césares e reinou como uma rainha.
Foi durante o período de Pérgamo que ocorreu a transição entre a
Roma e a Roma papal, e a igreja tornou-se “a grande cidade que reina
sobre os reis da Terra' (Apocalipse 17:8). Por causa da influência pagã,
o cristianismo mudou tanto que se tornou um paganismo batizado.
18. Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Estas coisas diz o Filho de
Deus, que tem os olhos como chama de fogo e ospés semelhantes ao
bronze polido,
TIATIRA: Das sete cartas, esta foi a mais longa e a que foi endere­
çada à menos importante das sete igrejas. A cidade de Tiatira estava lo­
calizada à beira de uma importante estrada, num ponto onde dois va­
les se juntavam, dando lugar a um amplo comércio. Raízes de garança
cresciam na região e forneciam aos artesãos e comerciantes locais uma
brilhante tintura vermelha conhecida nos tempos antigos como “púr­
pura”. Lídia, a mulher de negcScios que aceitou a mensagem de Paulo
em Filipos, era uma vendedora de púrpura (Atos 16:11-15).
19. Conheço as tuas obras, o teu amor, a lua fé, o teu serviço, a tuaperse­
verança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras.
20. lenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, fezabel, que a si
mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os
Meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrifica­
das aos ídolos.
21. Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arre-
pender-se da sua prostituição.
22. Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que
com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita.
23. Matarei osseusfilhos, e tndasas igrejas conhecerão que Eu sou aquele que
sonda mentes e corações, e vos durei a cada um segundo tis vossas obras.
Jezabel: Essa igreja tolerava Jezabel, uma mulher que dizia ser uma
profetisa e que ensinou a prática da imoralidade e da idolatria aos
membros da igreja.
Ela foi uma pessoa infame do Antigo Testamento, que se casou com o
rei Acabe e tornou-sc rainha de Israel. Era a filha do rei pagão de Tiro. Je-
zabel trouxe consigo sacerdotcs pagãos para Israel e converteu muitos is­
raelitas ao culto imoral de Baal. Ela erigiu templos e plantou bosques para
os deuses pagãos. A adoração ao Sol tomou o iugar da adoração a Jeová.
Os profetas de Deus foram mortos. Ela disseminou prostituição e bruxa­
ria. Promoveu a tirania da teologia sobre o pensamento. Quem levantasse
a mão contra ela era punido com a morte. Muitos israelitas se recusaram
a deixar de adorar a Deus e foram por ela martirizados (I Reis 16-21).
24. Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos
não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coi­
sasprofundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós;
25■ tão-somente conservai o que tendes, até que Eu venha.
26. Ao vencedor,; que guardar até ao fim as minhas obras, tu lhe darei
autoridade sobre as nações,
27. e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços coyno se fossem
objetos de barro;
Vara de ferro: Nos tempos antigos, uma vara de ferro era um bas­
tão de metal utilizado por pastores (Salmo 23:4). Sua função não era
___________________. /IfHH-írfipM 2___________________ | 27
./ípoealipse Verso Por Verso
agredir, mas defender o rebanho. A destruição de todos os praticantes
do mal vai salvaguardar para sempre os inocentes.
28. assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela
da manhã.
A estrela da manha: Jesus é a estrela da manhã (Apocalipse 22:16).
Ele oferece a Si mesmo para ser nossa companhia real.
29. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Durante a Idade Escura, cada região da Europa esteve sob a inspe­
ção direta da igreja. Não somente reis em seus tronos, mas até pessoas
comuns, em suas próprias casas, se submetiam ao poder de Roma. A
igreja colocou-se entre o rei e os seus súditos, pais e filhos, maridos e
mulheres. Os segredos dos corações eram abertos no confessionário. A
igreja ensinou que as pessoas eram salvas pelas boas obras. Penitência
e indulgências tiraram o pão da boca faminta de muitos. Um forte go­
verno, com um domínio como jamais foi visto, assentou-se no trono.
Apocalipse 3
T
o d a s a s c r ia n ç a s d a v iz in h a n ç a estavam n o s b a n c o s d a
frente daquela pequena igreja rural ouvindo o pregador, que
mostrava figuras da Bíblia. Alguém chcgou até a porta e passou um
bilhete ao pastor, que, após ler a pequena nota, anunciou: “Um re­
pórter veio até aqui para nos dizer que Mary Jones está perdida.
Seus país não sabem onde ela está, e o pai dela, junto com os poli­
ciais, estão à sua procura por toda a cidade.” Não houve resposta, e
o culto continuou.
Ao fim do culto, quando accnderam as luzes, lá estava Mary Jones
no banco da frente. Uma senhora disse: “Ora, Mary, você não ouviu o
anúncio de que você estava perdida, e que seus pais estavam procuran­
do por você? Por que você nao falou nada?”
Mary respondeu: “Eu não estava perdida. O tempo todo eu sabia
onde eu estava: aqui mesmo, na igreja.”
Como Mary Jones, muitos estão perdidos dentro da igreja, sem se­
quer saber da sua condição de perdidos. Apocalipse 3 continua as
mensagens de Cristo para as igrejas.
1. Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz Aquele que tem os
sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens
nome de que vives e estás morto.
SARDES: Sardes foi, uma vez, a capital da antiga monarquia lídia.
Ela foi fundada no século 12 antes de Cristo. Lídia era um dos mais
ricos reinos do mundo antigo. Os lídios têm a fama de ter inventado
a moeda metálica cunhada,
A antiga cidade de Sardes foi construída sobre um platô de rochas
escarpadas que se erguiam a 500 metros acima da planície. O platô era
uma parte do Monte Tomolus, cuja altura era de 2.200 metros. As pa­
redes da elevação sobre a qual a cidade fora construída eram quase per­
pendiculares, e a cidade era inacessível, exceto por uma passagem es­
30 ,/lpocaíipse Verso Por Verso
treita, muito inclinada e facilmcnte fortificada e vigiada. Sardes cra
considerada uma fortaleza impenetrável. Em 1402, Tamerlane des­
truiu a cidadc, e ela jamais foi reconstruída.
Sardes quer dizer “aqueles que estao escapando” ou “os remanes­
centes”. Ela teve um bom começo, mas um final ruim, uma mudança
para pior. Foi chamada de “a Cidade da Morte”.
Esmirna esiava “morta e reviveu”, e era a “cidade da vida”. Sardis cra
exatamente o oposto. Tinha nome de quem vive, mas estava morta. Co­
meçou com uma história de glória e terminou em completa ruína.
Até agora as mensagens começam com palavras de elogio. Esta igre­
ja não recebe palavras de elogio, mas pura reprovação. Esmirna e Fila­
délfia não recebem culpa. Sardes e Laodiccia não recebem elogios.
2. Sê vigilante e consolida o resto que eslava para morrer, porque não te-
nbo achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus.
3. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-
te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de
modo algum em que hora virei contra ti.
4. íens, contudo, em Sardes, umaspoucas pessoas que não contaminaram
as suas vestiduras e ambirão de branco junto comigo, pois são dignas.
.5. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo ne­
nhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessa­
rei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos.
6. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
A igreja de Sardes não tem nicolaíras, nem Balaão, nem Jczabcl.
Mas há um torpor c uma morte espiritual que produzem uma situa­
ção ainda mais triste e sem esperança do que urna tolerância medíocre.
Sardes simboliza a igreja da Reforma, cobrindo os séculos dezesseis,
dezessete e a maior parte do século dezoito. O protestantismo íoi fun­
dado com um protesto contra as doutrinas e práticas corruptas do ro-
manismo. O nome ainda prevalece cheio de vida e boa reputação, mas
perdeu em grande medida o seu significado. O protestante médio ig­
nora a grande verdade da justificação pela fé e outras doutrinas funda­
mentais do protestantismo. A falta de conhecimento das Escrituras
tem produzido debilidade espiritual c conformidade com o mundo em
muitas igrejas, roubando o protesro de muitos protestantes.
,/lpocalipse 3 31
7. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o ver­
dadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fecha­
rá, c quefecha, e ninguém abrirá.
FILADÉLFIA; Filadélfia se localizava cm uma vasta colina en­
tre dois vales férteis. Um dos vales oferecia uma passagem natu­
ral, uma porta aberta. Esta igreja recebe elogios e nenhuma falha
c mencionada.
Esse tempo significa um período missionário, quando pregado­
res como os irmãos Wesley, Georgc Whitefield e outros pregaram
uma mensagem poderosa acerca de um grande despertamento. A
obra missionária, as sociedades das missões, sociedades bíblicas c
homens de fé como George Muller, de Bristol, deram destaque a
esse período.
8. Conheço as tuas obras —eis que tenho posto diante de ti uma porta
aberta, a qual ninguém pode fechar - que tens poucaforça, entretan­
to, guardaste a. Minha palavra e não negaste o Meu nome.
A porta aberta:
Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no Céu, efoi vista a
arca da Aliança no Seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, tro­
vões, terremoto egrande saraivada (Apocalipse 11:19).
Não era uma porta aberta para o céu, mas uma porta aberta no céu.
Quando foi feito o anúncio dizendo “Aí vem o esposo”, Cristo, o noi­
vo celestial, entrou na presença do Seu Pai. Uma porta foi aberta no
( ’éu, a porta de acesso ao lugar santíssimo no templo.
A porta está aberta. Não é preciso marcar uma hora ou ficar na fila.
Não há recepcionista dizendo: "'Queira desculpar, mas o chefe está
muito ocupado”, nem um sinal dizendo: “Não se aproxime”. Em vez
disso, o que se cscuta e um amável: “Bem-vindo. Entre!”
Através da porca do templo celestial, pôde-se ver a arca contendo
os Dez Mandamentos. Muitos raios preciosos de luz que foram ocul-
i.idos pela tradição durante a Idade Escura são agora postos em evidên­
cia para que se possa compreendê-los.
32 .0P°calipse Verso Por Verso
Novas verdades são apresentadas, tais como a do sábado, e muitas
igrejas cerraram suas portas para essas verdades. Quando a porta no
Céu se abriu, as portas das igrejas protestantes se fecharam.
9. Eisfarei que algum dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si
mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que osfarei vir
e prostrar-se aos teus pés e conhecer que Eu te amei.
10. Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te
guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro,
para experimentar os que habitarn sobre a Terra.
11. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a
tua coroa.
12. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do Meu Deus, e daijamais
sairá; gravarei também sobre ele o nome do Meu Deus, o nome da ci­
dade do Meu Deus, a novaJerusalém que desce do céu, vinda da par­
te do Meu Deus, e o Meu novo nome.
13. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Guardaste a palavra da Minha paciência: A linguagem parece in­
dicar um atraso no segundo advento, além da expectativa da igreja. A
vinda de Cristo era considerada muito próxima e as pessoas O espera­
vam muito em breve. Sua vinda foi atrasada pela entrada da igreja no
terrível período de mornidao laodiceana.
Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão.
Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendofeito a
vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco
tempo, Aquele que vem virá e não tardará (Hebreus 10:35-37).
A atitude da igreja indica que, por causa da aparente demora, mui­
tos perderão a confiança. Estes não vivem pela fé, mas dizem em seu
coração: “O Senhor retardou a Sua volta.”
14. Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a
testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
LAODICELA: Laodicéia era uma cidade muito rica. Seus habitan­
Apocalipse 3 33
tes tinham tanta confiança em suas riquezas que, quando um terremo­
to causou enormes danos à cidade, no ano 60 d.C., eles não aceitaram
ajuda de Roma, como outras cidades, mas orgulhosamente reconstruí­
ram a cidade com seus próprios recursos.
Sua riqueza vinha, principalmente, do comércio e dos juros ban­
cários. Os laodiceanos comercializavam uma cara lã negra, macia e
lustrosa, a qual era transformada em valiosas vestes e caros tapetes.
Na cidade havia uma escola de medicina famosa por seu colírio. Era
uma cidade de turismo, onde fontes de águas quentes borbulhavam
pelas colinas. Ao chegar na cidade, através de um aqueduto, a água
estava morna, enjoativa para se beber, mas adequada para o banho.
O princípio da criação de Deus: A palavra “princípio”, do grego
nrchê, de onde vêm as palavras arquiinimigo, arcebispo e arcanjo, sig­
nifica primazia dc tempo ou de categoria. Ela se refere à causa primei­
ra ou origem. Jesus não foi criado.
Outras traduções apresentam assim esta fxase: “Primeira fonte de
toda a criação de Deus” (New English Bible), “o soberano da criação de
Deus” (Nova Versão Internacional), “a origem de tudo o que Deus
criou” {Todays English Versiori).
15■ Conheço as tuas obras, que nem ésfrio nem quente. Quem dera fos­
sesfrio ou quente!
Eu sei as tuas obras: Li, recentemente, acerca dc uma máquina de
vender café cujo mecanismo estava danificado. Após receber as moe­
das, a máquina derramava o cafe, depois o creme, o açúcar e, final­
mente, acrcsccntava o copo. Era uma enorme confusão. Essa máquina
tinha confundido suas prioridades.
Da igreja de Laodicéia, Cristo diz: “Eu sei as tuas obras.” Ele está
realmente dizendo: “Ninguém mais conhece você como Eu. Nem você
se conhece como Eu a conheço.” Jesus sabe o que é feito, como é fei­
to c por que é feito. O público pode apenas ler os relatórios, mas Jesus
não julga a igreja por suas atividades exteriores. Ele vê o coração. Ele
não é enganado por aquilo que reluz.
Outros estão dizendo: “Vejam só como eles prosperam! Vejam o
que eles fazem para Deus! Ouçam o seu ruidoso louvor a Deus! Ora,
34 1 Apocalipse Verso Por Verso
esta igreja é uma colméía de atividade!” Mas Jesus vê que a igreja está
fazendo o seu trabalho de maneira desleixada e só para os outros ve­
rem. O mundo está sendo enganado.
Esta igreja parece se notabilizar pela seriedade com que persegue o
sucesso. Õtimas reputações às vezes têm frágeis alicerces. Mesmo as­
sim, algumas organizações religiosas encontram-se tao preocupadas
com os negócios, que não têm tempo nem dão atenção para Ele.
16. Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de
vomitar-te da Minha boca;
17. pois dizes: Estou rico e abastado e nãopreciso de coisa alguma, e nem
sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.
Os laodiceanos eram mornos:
Nem muito bons nem muito maus.
Nem hostis nem comprometidos.
Nem mesquinhos nem generosos.
Nem infiéis nem crentes fervorosos.
Nem se opunham ao evangelho nem o defendiam.
Nem agiam mal nem se dedicavam muito a fazer o bem.
Nem de má reputação nem conhecidos pela sua santidade.
Nem entusiasmados nem distinguidos pelo zelo.
Pilares da igreja: Os pilares não se movem, nem demonstram qual­
quer emoção. Não há energia nem movimento; o que existe é indife­
rença, apatia e insensibilidade.
Deus preferia que eles fossem quentes ou frios. Se fossem frios, eles
tremeriam; se fossem quentes, sentiriam a dor. Um banho morno é
repousante. Esta temperatura é adequada à natureza humana. O mun­
do está sempre em paz com uma igreja morna, e uma igreja assim está
sempre satisfeita consigo mesma.
Quente: Esta condição representa uma igreja pronta a fazer o bem,
repleta do primeiro amor, cheia de louvor e de alegria.
Fria: E um estado desconfortável o bastante para saber que algo
está errado.
Morna: Mistura de quente e frio, mistura de mundanismo e reli­
gião, o que é nauseante para Cristo. Religiosa o bastante para nao des­
prezar o Seu nome, mas mundana demais para assumir uma posição
firme e unida ao lado dEIe.
Não há problema doutrinário aparente. O problema dos laodicea-
nos é a atitude, Eles são ignorantes acerca do seu próprio estado e sa­
tisfeitos consigo mesmos.
Desgraçados: Os laodiceanos estavam oprimidos por um fardo,
que nada mais era senão a riqueza que imaginavam carregar. Em lugar
de ajudá-los, ela somente os atrapalhava.
Miseráveis: Dignos de pena. Jesus nao os odiava; sentia pena deles.
Pobres: Mendigos, paupérrimos. A igreja é chamada de pobre, e é
isso que ela é, a despeito dos edifícios luxuosos, modernos equipamen­
tos e um sólido ativo. Ela é pobre em membros, pobre no seu esforço,
pobre em oração, pobre em dons e na graça, pobre em tudo.
Cegos: Falta aos laodiceanos a visão, a luz. A igreja não enxerga
longe. E míope e confinada a limites muito estreitos. E cega para as
necessidades do próximo, e nao enxerga a vinda de Cristo nem a Sua
glória. Os laodiceanos dizem “nós vemos”, mas são tão cegos quan­
to morcegos.
Nus: Despidos, desprovidos das vestes de glória e beleza que devem
adornar a igreja que é a noiva de Jesus. Sua vergonha será vista por todos;
eles serão uma piada na boca de todos. Suas falhas serão expostas a ponto
de eles se tornarem motivo de riso para o mundo.
Esta igreja não conhece sua verdadeira condição. No momento em
que deveria mostrar sinais de preocupação, está desfraldando as bandei­
ras de triunfo e orgulho. O pior tipo de orgulho é o orgulho espiritual.
18. Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelofogo para te en­
riqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja
manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a
fim de que vejas.
______________________ Apocalipse 3______________________ I 35
Fazer uso do estoque e verificar os Jivros contábeis é algo impor­
tante. Mas é só o começo. Você não admira uma pessoa ao descobrir
que sua situação financeira é deplorável, se ela não faz nada para
resolver o problema. A real sabedoria está em encontrar uma solução.
Não é difícil encontrar falhas nos outros. Não é necessário ter ne­
nhuma habilidade especial para que se observe a igreja bem de perto,
até que se veja claramente todos os seus pontos fracos. A questão é:
você chorou por esses problemas e orou a respeito deles? Não julgue o
seu irmão até que tenha julgado a si mesmo. Se você é rigoroso, use
esse rigor na sua própria conduta e no seu coração. Quem é a igreja?
Você e eu somos a igreja. Nunca faremos o que é certo enquanto acre­
ditarmos que não precisamos de correção. A autocomplacência é a
morte do arrependimento. Conheço muitos que alardeiam as faltas da
igreja lendo uma parte da mensagem de Laodicéia, mas negligenciam
a parte mais importante: o remédio que é oferecido.
Ouro: Riquezas espirituais. Uma compra é necessária: ouro prova­
do no fogo. Você tem condições de comprá-lo? Jesus diz: “Vinde,
comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vi­
nho e leite” (Isaías 55:1). Tudo por um preço que todos nós podemos
pagar. Não podemos passar sem isso. A inflação não teve nenhum im­
pacto no preço da salvação.
Em 1975, a congregação da Igreja Metodista Unida de Grenfell,
Saskatchewan, atraiu muita atenção ao colocar o seguinte anúncio na
seção de classificados do jornal local:
Mesmo nesta época de inflação, o salário do pecado continua o mesmo.
A inflação pode subir e os salários podem aumentar, mas o salário
do pecado é a morte. Isso não mudou. A salvação ainda é de graça. Isso
tampouco mudou. Não é maravilhoso saber que, embora a desvalori­
zação tenha enfraquecido as moedas da Terra, a moeda do Céu, a qual
o nosso Deus oferece livremente para pagar o débito de todos os nos­
sos pecados, continua estável?
Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro,
quefostes resgatados do vossofutilprocedimento que vossospais vos lega-
36 |___________ rflpocalipse Verso Por Verso____________
ram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de cordeiro sem defeito e
sem mácula, o sangue de Cristo (I Pedro 1:18 e 19).
O remédio oferecido não é atirar pedras na igreja. É examinar a sua
própria condição. Se você vem acrescentando à sua vida espiritual
grandes quantidades de coisas brilhantes pensando que eram ouro, e
agora está descobrindo que aquilo não vale nada, vá até a casa da moe­
da celestial e compre ouro provado no fogo.
Vestes brancas: A justiça de Cristo. Nossa própria justiça é como
trapos de imundície (Isaías 64:6). Se você achava que estava vestido e,
após cuidadosa verificação, descobriu que estava nu, volte logo para
Ele. Busque adquirir gratuitamente a roupa que Ele preparou com Sua
própria justiça e aquela veste de bondade do Seu Espírito com a qual
Ele vai lhe vestir.
Colírio: O Espírito Santo (verAtos 10:38 e I João 2:20 e 27). Você
pode olhar para pecadores sem chorar? Busque o colírio em Jesus.
19- Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te.
20. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a
porta., entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.
Duas portas: Este capítulo do Apocalipse fala sobre duas portas,
uma no Céu, que já está aberta, e outra na Terra, que precisa ser aber­
ta. Uma dessas portas, nenhum de nós pode fechar. A outra, somente
nós podemos abrir. Uma porta, Cristo é quem abre, de maneira que
nós possamos passar por ela. A outra porta, somos nós que temos que
abrir para que Cristo possa passar.
Jesus tem a chave de Davi, que é a Sua autoridade para abrir a
porta. Ele não força a entrada pela porta do nosso coração. Ele valo­
riza nossa liberdade de escolha e quer que sejamos livres. Ao olhar­
mos pela janela e O vermos diante da porta, sabendo que Ele viajou
uma enorme distância para estar conosco, deveríamos sentir o dese­
jo de abrir a porta.
Cristo ama a Sua igreja a despeito das suas falhas. É algo solene ser
tão amado por Deus. É um privilégio a ser cobiçado. Mas os amados
______________________ Apocalipse 3______________________ | 37
Apocalipse Verso (Por Verso
de peculiar maneira pelo Senhor têm uma responsabilidade especial.
Quando o Senhor exalta uma igreja, Ele espera mais dela: mais cuida-
do em honrá-Lo e mais zelo pela Sua gloria. Ele admoestará esta igreja
com sermões duros, palavras severas e com uma consciência dolorida.
Se nada disso a despertar, Ele fará uso da vara e ministrará o castigo.
21. Ao vencedor, dar-lbe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como
também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono.
22. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Qual é o remédio para igrejas recalcitrantes? Nunca esqueça que
igrejas relapsas são feitas de membros relapsos. O remédio é mais co­
munhão com Cristo. “Eis que estou à porta e bato.” Cristo foi posto
para fora, mas Ele nao Se afastou muito. Ele ama por demais a igreja
para que possa deixá-la totalmente. Está à porta esperando. Sabe que
a igreja nunca será restaurada até que Ele volte, e deseja abençoá-la.
Por isso, Ele fica esperando. Não bate apenas uma vez, mas fica baten­
do por meio de sermões poderosos, providências, impressões sobre a
consciência e pela atuação do Espírito Santo. E, enquanto bate, Ele
fala; utiliza todos os meios para despertar a igreja.
A
r q u i t e t o s m o d e r n o s e stim am q u e c u s t a r i a 87 Bi­
lhões de dólares reproduzir um edifício semelhante ao templo
de Salomão no século vinte. Esse extraordinário edifício foi projetado
pelo próprio Deus (I Crônicas 28:11-19). Foi o edifício mais magnífi­
co que o mundo já conheceu.
Neste capítulo, João não estavaolhando parao templo de Salomão, mas
o seu antítipo no Céu. Ele viu a habitação do Rei dos reis, a glória do trono
eterno. Era muito superior às setemaravilhas do mundo. Nada do que já foi
construído naTerrapodia ser mais do que um pálido reflexo do que eleviu.
1, Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no Céu,
como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta aofalar co­
migo, dizendo: Sobepara aqui, e te mostrarei o que deve acontecer de­
pois destas coisas.
Uma voz como trombeta: Esta foi a mesma voz ouvida quando ele
estava “em espírito, no dia do Senhor” (Apocalipse 1:10). Mais uma
vez, João está no Espírito. Não sabemos se era no dia do Senhor.
Uma visao do trono de Deus: Outros profetas bíblicos tiveram a
oportunidade de ver a mesma coisa. “Eu vi o Senhor assentado sobre
um alto esublime trono” (Isaías 6:1). Isaías viu os anjos cantando “San­
to, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos.” Ezequiel também teve uma
visão do trono de Deus, uma extraordinária cena com brasas de fogo ar­
dentes, tochas, rodas sobrenaturais e criaturas viventes (Ezequiel 1). Es­
tevão, pouco antes de morrer como mártir cristão, pôde ter uma vista
da sala do trono de Deus. Ele disse: “Eis que vejo os Céus abertos e o
Filho do Homem, que está em pc à destra de Deus” (Atos 7:56).
2. Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um tro­
no, e, no trono, alguém sentado;
40 .Apocalipse Verso Por Verso
3■ e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe
e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no as­
pecto, a esmeralda.
Existe um santuário no Céu? A Bíblia não dá apenas pistas sobre um
santuário celestial. O livro de Hebreus nos fala especificamente que cie
existe. O Apocalipse o menciona 14 vezes como estando localizado no
Céu. Ele é chamado de “santuário que está no Céu” (Apocalipse 14:17),
“o santuário de Deus no Céu” (Apocalipse 11:19) e “o templo do taber­
náculo do testemunho... no Céu” (Apocalipse 15:5). O trono de Deus,
o qual está no interior do templo celestial, é mencionado 40 vezes. O
santuário celestial é o elemento central da mensagem do Apocalipse.
O jaspe e a sardónica: O jaspe, diferente de muitas pedras precio­
sas modernas com esse nome, era resplandecente e cristalino (Apoca­
lipse 21:11). Seu brilho retrata a santidade de Deus. O flamejante e ru­
bro jade pode ser um símbolo da Sua ira vingadora.
O arco-íris ao redor do trono: O arco-íris da promessa de Deus era
um símbolo de Sua misericórdia infalível. Ele foi um sinal do concer­
to de Deus garantindo que Ele nunca mais traria um dilúvio sobre a
Terra (Gênesis 9). Aqui ele denota um concerto de graça, por meio do
qual a igreja fica a salvo do derramamento da ira dc Deus pelo sangue
de um mediador.
O arco-íris estava ao redor do trono. Qualquer que fosse a direção
em que Deus olhasse, Ele podia ver esse sinal da Sua promessa para
nós, dando-nos a certeza de que os dilúvios da Sua ira nunca irão sur­
preender os Seus filhos, mesmo quando os Seus inimigos forem varri­
dos pelo dilúvio de destruição.
4. Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados ne­
les, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão co­
roas de ouro.
Quem são os 24 anciãos? O rei Davi dividiu o sacerdócio típico
em vinte e quatro turnos, c essa ordem ainda era usada no tempo de
Cristo. O santuário terrestre, o seu sacerdócio e serviços eram típicos
do celestial, “uma parábola,” “uma figura d.as coisas que se acham no
Céu” (Hebreus 9:9, 23 e 24).
Os 24 anciãos não podiam ser anjos caídos, porque eles estavam
Vestidos de vestes brancas” e “tinham sobre a cabeça coroas de ouro”.
Eles tinham passado por um conflito e obtido a vitória. As coroas de
ouro eram os louros do vencedor. Eles haviam sido redimidos pelo san­
gue de Cristo (Apocalipse 5:8-10).
Duas maneiras pelas quais o ser humano pode chegar ao Céu:
1. Transladação. Somente dois homens, de acordo com o relato bí­
blico, foram para o Céu por meio da transladação: Enoque e Elias.
2. Ressurreição. Moisés foi ressuscitado e levado para o Céu logo
após o seu scpultamento, e os discípulos o viram falando com Jesus no
inonte da transfiguração (Judas 9, Marcos 9:2-4).
Os 24 anciãos podem muito bem ter sido os que ressuscitaram com
Cristo e com Ele subiram como as primícias da Sua vitória no Calvá­
rio (Mateus 27:50-53, Efésíos 4:8).
5. Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem
sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus.
Relâmpagos e trovões: São símbolos do julgamento divino.
Sete lâmpadas: Sete é o número da perfeição. O texto diz que as
sete lâmpadas de fogo “são os sete Espíritos de Deus”. A obra comple-
[.) do Espírito Santo ê representada em Suas múltiplas operações inves-
ligando todas as coisas, atuando em todos os lugares com Seus julga­
mentos e poder purificador.
6. Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal,
e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes
cheios de olhospor diante epor detrás.
Quatro animais: WyclifFe foi o primeiro a usar o termo “besta”,
uma tradução infeliz. “Criaturas viventes” seria a tradução mais apro­
___________________Apocalipse 4___________________ | 41
42 Apocalipse Verso Por Verso
priada. Os seres estão no espaço diante do trono e ao redor do trono.
O propiciatório do santuário tinha dois querubins cobrindo o trono di­
vino. Deus tem Seus mensageiros e assistentes especiais (Salmo 68:17).
A carruagem de Deus é descrita como possuindo rodas vivas “como o
fogo ardente”. Essas criaturas viventes vão e voltam aparentando ser rápi­
das como o “relâmpago” (ver Salmo 18:10, Ezequiel 1 e 10, Daniel 7:9 e
10). Aqui está uma vívida descrição feita por uma escritora do século 19:
De cada lado do carro de nuvem existem asas, e debaixo dele se acham ro­
das vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: “Santo, ” e as
asas, movendo-se, clamam: "Santo, ” e o cortejo de anjos clama: “Santo,
santo, santo, Senhor Deus todo-poderoso” (Ellen G. White, O Grande
C o n flito ,650-650-
As funções desses querubins são “guardar” e “vigiar”. A primeira
vez que eles são mencionados é em Gênesis 3:24, onde são ordenados
a “guardar o caminho da árvore da vida”.
Israel marchou pelo deserto sob as quatro bandeiras do leão, do no­
vilho, do homem e da águia. Foram esses os seus vigias, sua proteção,
símbolos do poder mediante o qual eles foram protegidos e guiados.
As quatro criaturas viventes representando os querubins, portanto, são
os vigias, os guardas, os protetores do trono de Deus. Dois desses se­
res são chamados de querubins cobridores “ungidos”.
7. Oprimeiro ser vivente ésemelhante a leão, osegundo, semelhante a no­
vilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é
semelhante à águia quando está voando.
Um leão: 28 vezes, no livro do Apocalipse, Jesus é referido como
um Cordeiro. Neste capítulo, Ele é chamado de Leão. Jesus c o “Leão
da tribo de Judá”.
Assim como o leão é o rei dos animais, Jesus é o Rei dos reis. Suas
qualidades de rei são apresentadas no livro de Mateus, que começa
com uma genealogia de Jesus. A árvore genealógica é importante para
um rei.
Você não se torna um rei por ambição, treinamento ou grau de es­
colaridade. Você pode chegar a ser presidente por meio da política,
Apocalipse 4
mas a única maneira de tornar-se um rei é nascer como rei. Jesus nas­
ceu em Belém, de linhagem real, nascido para ser rei.
Um novilho: Quão diferente de um leão rugidor é um humilde be­
zerro, ou um boi. Ele é um animal de serviço. Jesus veio à Terra “não
para ser servido, mas para servir”. Toda a Sua vida foi de serviço. Ele
chegou até a Javar os pés dos Seus discípulos.
O segundo dos quatro evangelhos apresenta este aspecto do ministé­
rio de Jesus. Marcos não nos fornece uma genealogia. Ao contratar um
servo, você não se interessa pelas origens daquela pessoa, quem são os
pais, seus avós e muito menos sua árvore genealógica. O que interessa é
se cia pode dar conta do serviço. A pessoa pode ter a origem mais hu­
milde, mas, se for esforçada, a origem não tem a menor importância.
Rosto como de homem: Jesus não é apenas o “Filho de Deus”, mas
em Sua encarnação Ele tornou-se o “Filho do homem”.
Como Filho de Deus, Ele é eterno, sem um começo, e "cujas origens
são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias
5:2). Como o Filho do homem, Ele teve um começo. Ele é o “Filho uni­
génito”, “o primogênito de toda a criação”, ‘nosso irmão mais velho”.
Ele quis assumir nossa natureza humana, tentado em tudo, como nós
somos (Hebreus 4:15). Como o Filho de Deus, Ele é totalmente divino.
Como o Filho do homem, Ele é totalmente humano.
O terceiro evangelho, Lucas, O apresenta como um Homem, e dá
a Sua genealogia na ordem inversa daquela encontrada em Mateus. Se­
res humanos precisam de uma árvore genealógica. Lucas começa com
Jesus e vai de volta até Adao, mas não pára ali.
E Cainãu de Enos, e Enos, de Sete, e Sete, de Adão, eAdão, de Deus (Lu­
cas 3:38).
A passagem não diz que Adão era filho de um girino, ou filho de
uma ameba, ou filho de um macaco. Ele era o filho de Deus. Jesus é
uma parte da nossa árvore genealógica.
Uma águía voando: Se João tivesse escrito em nossos dias, ele teria
visto um avião a jato de grande altitude. Em seus dias, a águia era o ser
que voava mais alto. Uma águia podia voar tão alto a ponto de tornar-
se apenas um ponto no céu.
Vemos aqui a enorme altura do nosso Salvador Jesus Cristo. O
evangelho de João O apresenta como Deus. Ele é divino. Não é sim­
plesmente um anjo, mas Deus. Deus não precisa de genealogia. Na
verdade, Ele não pode ter uma. Ele não tem ancestrais, nem avós, nem
pais. O primeiro capítulo de João apresenta Jesus como Deus. Ele está
muito acima de tudo o que podemos ver ou compreender.
8. E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis
asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso,
nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Se­
nhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir.
9- Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao
que se encontra sentado no trono, ao que vivepelos séculos dos séculos,
10. os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que Se encon­
tra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e
depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando:
11. Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e opo­
der, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade
vieram a existir eforam criadas.
O oratório da criação: No próximo capítulo, temos o oratório da
redenção. O oratório da criação deve preceder o oratório da redenção.
A criação é o fato mais fundamental de toda a História. E o alicerce de
todos os atos de poder, sabedoria e amor de Deus. Ela é a primeira ra­
zão para a adoração, louvor e ação de graça. Não há evolucionistas mo­
dernos entre os adoradores diante do trono dc Deus. Embora muitos
na Terra estejam conferindo a glória da criação ao acaso ou à lei natu­
ral, ao redor do trono de Deus no Céu a glória da criação é dada ao
Criador de todas as coisas.
Digno és, Senhor: Os anjos do Céu nunca cessam de louvar a
Deus, dia e noite. Jesus é a figura central da sua adoração. Por que eles
O louvam? Eles O conhecem intimamente. Eles O têm conhecido por
séculos sem fim, e estão sempre impressionados. Se houvesse algum
defeito em Seu caráter, eles o saberiam.
44 |___________ j/lpocalipse Verso Por Verso____________
Se você quiser realmente conhecer o caráter de uma pessoa, indague
os que convivem com ela. O que os seus filhos pensam a seu respeito?
Qual é a avaliação daqueles que estão sempre em sua companhia? Uma
vez, pediram a George Whitefield a sua opinião sobre uma pessoa, ao
que ele respondeu: “Nunca vivi com ele.”
Os anjos que vivem com Jesus não encontraram nEle nenhuma fal­
ta. O veredicto unânime é expresso livremente, em forma de um ale­
gre cântico. Eles vivem entre o que há de melhor na sociedade, onde
todos são perfeitos e maduros, livres de qualquer preconceito. Eles não
se consideram dignos, e conferem somente a Jesus o título de “digno”.
______________________ Apocalipse 4______________________ I 45
Apocalipse Q
O
MAIOR ESPETÁ CULO M USICAL DA HISTÓRIA É APRESENTA-
do neste capítulo. Nunca houve um concerto tal como este
oratório em dois temas. A música é a linguagem do Céu. O livro de
fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação
do mundo, quando miríades de anjos deram o seu louvor em um hino
para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente canta­
vam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). O capítulo 4 de
Apocalipse descreve esse cântico. Em Apocalipse 5, temos outro con­
certo ainda mais bonito. E o oratório da redenção.
1. Vi, na mão direita dAquele que estava sentado no trono, um livro es­
critopor dentro e porfora [...] selado com sete selos.
2. Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é
digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos?
3. Ora, nem no Céu, nem sobre a Terra, nem debaixo da terra, ninguém
podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele;
Um oratório de louvor: Um oratório é uma composição musical
onde solos e coros combinam com o acompanhamento dc instrumen­
tos. Ele começa com um poderoso cântico de louvor ao Criador, o
Cordeiro que é, que era e que virá.
Um solo: O oratório começa com um solo vocal de “um anjo for­
te” que canta uma ressonante pergunta: “Quem é digno de abrir o li­
vro e de desatar os seus selos?” A direita dAquele que está sentado no
trono está um rolo. É um documento que tem sete selos.
Por fora: Havia algo escrito por fora do livro? A Versão Almeida
Revista e Corrigida diz: “E vi na destra do que estava assentado sobre
o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.”
Se houvesse algo escrito por fora, esses escritos poderiam ser lidos. Mas
48 Apocalipse Perso Por Verso
esse rolo não podia ser lido sem que se violassem os selos. É possível
que a vírgula tenha sido mal posicionada pelos tradutores. Aqui está a
maneira como o verso deveria ter sido escrito:
.,. um livro escritopor dentro, cporfora selado com seteselos (Apocalipse 5:1).
Quem é digno? A única resposta para o desafio que ressoa por toda
a criação é o silêncio. Ninguém, entre os anjos e seres não caídos no
Céu, responde. Nenhum ser não caído na Terra responde. Nem anjos,
nem demônios; ninguém no Céu ou na Terra pode responder. Nem
anjos nem homens conhecem os propósitos secretos de Deus.
Os querubins, os serafins, os anciãos e as hostes angelicais param
de cantar e, silenciosamente, esperam até que alguém se adiante, tome
o rolo da mão do Eterno, e quebre os sete selos. As quatro criaturas
viventes ficaram emudecidas; silentes ficaram os querubins e serafins.
Em uma silenciosa solenidade, sentaram-se os vinte e quatro anciãos
em seus tronos. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão
preocupado que começa a chorar.
4. e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro,
nem mesmo de olharpara ele.
5. Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da triho
de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos.
6. Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos,
depé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como
sete olhos, que são ossete Espíritos de Deus enviadospor toda a Terra.
7. Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado
no trono;
O leão: O profeta volta-se para ver um leão. Mas o que ele vê? Ele
vê um cordeiro. Cristo é como um leão para os Seus inimigos. Aqui,
Ele é descrito como um cordeiro que foi morto. Cerros comandantes
militares, ao aparecerem em um desfile, insistem em usar o mesmo
uniforme usado na batalha. E uma honra para eles vestir a roupa reta­
lhada com cortes de sabre e enfeitada com marcas dos tiros que a atin­
giram. Jesus venceu o pecado como um Cordeiro. Foi como um cor­
deiro que Ele redimiu a todos.
„/7pocalipse o 49
Ele é o cumpridor daquele rolo misterioso, tão cuidadosamente se­
lado. Ele veio para dcsenrolá-lo. Por meio das ações através das quais
Ele devia ocupar o lugar mais importante, o rolo foi cumprido. Ele é
o único que tem as qualificações necessárias para tomar o livro. Por
que Ele tem essas qualificações?
8. e, quando tomou o livro, os quatro seres inventes e os vinte e quatro
anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma
harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos,
9. e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de
abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste
para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação
10. epara o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre
a Terra.
Por que Ele é digno? “Porque foste morto” (Apocalipse 5:9). Não por­
que foi nascido naTerra. Isto era importante, mas não era tudo. Não por­
que Ele viveu uma vida santa. Por mais importante que isso fosse, a Sua
credencial está no fato de que, ao morrer no ensangüentado madeiro, Ele
fez provisões para que a nossa violação da justiça e da santidade fosse sa­
nada. Ele mesmo levou “em Seu corpo os nossos pecados”. Ele, que não
conhecia pecado, foi feito pecado por nós para que nEle pudéssemos ser
feitos justiça de Deus. Houve uma substituição real, lircral e positiva do
justo em lugar do injusto para que pudéssemos ser conduzidos para Deus.
Qualquer outro tipo de expiação não vale o fôlego utilizado para prcgá-la.
11. Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viven­
tes e dos ariciãios, cujo número era de milhões de milhões e milhares de
milhares,
12. proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro quejoi morto de re­
ceber opoder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, eglória, e louvor.
13. Então, ouvi que toda criatura que há no Céu e sobre a Terra, debai­
xo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Aque­
le que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e
a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos.
14. E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos
prostraram-se e adoraram.
O arranjo artístico: Note que o oratório vai formando corais e
quartetos imortais, todos cantando louvores celestiais. Ele começa com
um quarteto, que canta o cântico dos serafins: “Santo, Santo, Santo é
o Senhor Deus, oTodo-poderoso.” Entram, então, os 24 cantores can­
tando o oratório da criação. Em seguida, vem um solo com a pergun­
ta: “Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?”
Quando o Cordeiro toma o livro da mão do Criador, ouve-se o
quarteto em uníssono e o coro dos anciãos cantando um novo cânti­
co: “Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste
morto e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tri­
bo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sa­
cerdotes; e eles reinarão sobre a Terra.”
Então, um coro majestoso explode em louvor. Os anjos cantam. “E era
o número deles milhões de milhões e milhares de milhares.” Todos eles
unem-se no cântico: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o po­
der, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.”
Este é o maior coro já formado. Mas, note, ele continua crescendo
e ficando cada vez maior. Começa, agora, o emocionante crescendo, o
clímax e o grande final. Não somente as criaturas viventes, os anciãos
e os anjos, mas todas as coisas criadas que estão no Céu e na Terra, de­
baixo da terra, no mar, e todas as coisas que neles há estão louvando o
Criador e Redentor.
Depois disso, quando a agitação do louvor universal fenece, ouve-
se o som de um grandioso amém, que vem dos lábios das quatro cria­
turas viventes. Há, então, um absoluto silêncio; os quatro anciãos se
prostram e adoram.
Qual é a mensagem de todo o oratório? “Ele é digno,” Todos pre­
cisamos unir-nos àquele cântico. Jesus é digno da minha vida e do meu
amor. Ele é digno de tudo o que eu possa dizer dEle, mil vezes mais
digno. Ele é digno de toda a música e de todas as harpas da Terra, dig­
no de todas as músicas dos melhores cantores, digno de toda a poesia
dos melhores escritores. Ele é digno de coda a adoração, digno de tudo
o que cada pessoa possa conceber, digno de ser adorado por tudo o que
está na Terra, no Céu e no Céu dos céus.
Não podemos apenas fingir que Lhe damos aquilo de que Ele é
digno. Que o tempo e a eternidade juntem-se para proclamar a pode­
rosa mensagem: “Ele é digno.”
50 |___________ fApocalipse Verso Por Verso____________
Apocalipse Q
A
p o c a l ip se 6 a b r e o u t r a c a d e ia p r o f é t ic a d e e v e n t o s
que cobre o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igre­
jas, mas dando ênfase a diferentes eventos.
1, Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete seios e ouvi um dos quatro se­
res viventes dizendo, como sefosse voz de trovão: Vem!
2. Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; efoi-
lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer.
Cavalos: Cavalos e cavaleiros são usados num sentido simbólico em
todas as Escrituras, sendo uma representação apropriada da igreja na
fase militante da sua trajetória (Jó 39:19-25; Zacarias 1:8, 6:1-3 e 5).
Um lamento é pronunciado sobre os que confiam “nos cavaleiros, por­
que são muito fortes ” (Isaías 31:1), e é dito sobre o rei da Babilônia
que “seus cavalos são mais ligeiros do que as águias” (Jeremias 4:13).
Jeremias perguntou a Judá: “Como poderás competir com os que vão
a cavalo?” (Jeremias 12:5). O salmista falou da “grande força” do cava­
lo (Salmo 33:17).
Cavalos simbolizam potência, poder e força. Não a força para o
trabalho, como o boi, ou para o domínio sobre os inimigos, como
o leão, mas para as conquistas e o progresso. Caracterizado pela for­
ça combinada com a velocidade e pela ausência de medo, o cavalo
simboliza de maneira muito apropriada esta forma de vitalidade es­
piritual e de poder que sustem, energiza e leva para frente, a despei­
to do que venha a se opor, um grande movimento espiritual, seja ele
bom ou mal.
Uma coroa: A coroa denota vitória. Sobre cada açãodos discípulos es­
tava escrito vitória. Estando alguns deles na prisão, com as costas lacera­
das, seus cânticos de louvor e de ação de graças trouxeram vitória e resul­
taram na conversão de aimas. Pedro foi sentenciado à morte e trancado
Apocalipse Verso Por Verso
na prisão. Mas a sua última noite na prisão foi de vitória, pois o anjo do
Senhor trouxe livramento. A história do evangelho durante o primeiro sé­
culo é verdadeiramente maravilhosa, pois ele foi em frente conquistando
e para conquistar.
Um cavalo branco: O branco representa a pureza. É por isso que
as noivas vestem-se de branco. No primeiro século, as doutrinas da
igreja eram perfeitamente puras. Elas vinham diretamente dos lábios
de Jesus e de Seus discípulos. Não havia falsas doutrinas para confun­
dir as pessoas.
Aquela igreja de puro branco foi em frente conquistando e para
conquistar. Nada a detinha. Os primeiros cristãos não tinham meios
de transporte modernos, aparelhos eletrônicos, sistemas de som, jor­
nais informativos ou panfletos. Não tinham rádio e televisão, ou li­
vros, ou literatura para distribuir, mas saíram de Jerusalém para con­
quistar. Havia poder na mensagem. A conquista não era por meio de
argumentos. Jesus não lhes havia dito: “Vocês são Meus advogados.”
Ele disse: “Vocês são Minhas testemunhas.” Não demorou muito para
que a mensagem que eles pregavam revolucionasse o mundo de então.
O cristianismo saiu de Jerusalém e foi para a Judéia, para Samaria,
até os confins da Terra, conquistando e para conquistar. Paulo podia
dizer que o mundo inteiro do seu tempo tinha ouvido o evangelho. Os
opositores diziam que os cristãos tinham virado o mundo de cabeça
para baixo. Eles causaram tal impacto no mundo que atraíram perse­
guição sobre si mesmos, trazendo o cumprimento do segundo selo.
3. Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem!
4. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a
paz da Terra para que os homens se matassem uns aos outros; também
lhefoi dada uma grande espada.
Um cavalo vermelho: Agora não é mais um vestido de casamento do
mais puro branco. Não c mais um cavalo branco. Ele agora ficou tingido
de sangue. O vermelho representa sangue e perseguição. Não demorou
muito para que os cristãos tivessem que enfrentar a espada. Milhões, lite­
ralmente, morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristia­
nismo da face da Terra. Esse período corresponde à igreja de Esmirna.
Cada vez que eles matavam um cristão, muitas pessoas aceita­
vam o cristianismo. Foi por isso que Tcrtuliano fez a famosa de­
claração: “O sangue dos mártires é uma semente.” Ele comparou
a igreja a um gramado. Quanto mais freqüentemente se corta,
mais ele cresce.
Os cristãos primitivos não tinham liberdade. Ser cristão era um cri­
me punido com a morte. Se isso ocorresse hoje, fico imaginando quan­
tos ainda seriam cristãos.
Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quase todos os
delegados apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perse­
guição. A alguns faltava uma perna; a outros faltava um braço, e ainda
a outros, um olho. Todos ostentavam alguma marca da perseguição. O
tempo do cavalo vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram
os cristãos. Mas não seria sempre assim.
5- Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem!En­
tão, vi, e eis um cavalopreto e o seu cavaleiro com uma balança na mão.
6. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo:
Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevadapor um
denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
Um cavalo preto: Do branco para o vermelho, e agora do verme­
lho para o preto. Chegamos ao tempo de Constantino, que dizia ter
visto o sinal da cruz no céu, e ouvido uma voz falar: “Em nome deste
sinal, conquiste.” E foí assim que ele aceitou nominalmente o cristia­
nismo. Ele conduziu seu exército através de um rio e declarou que to­
dos estavam batizados. Mas ele mesmo só veio a batizar-se pouco an­
tes de morrer, para não ter que mudar seu estilo de vida. O cristianis­
mo, agora, já não era mais ilícito. Era popular.
De fato, as pessoas eram incentivadas a tornar-se cristãs. Até di­
nheiro e uma muda de roupa eram oferecidos a quem se tornasse
cristão. Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais bran­
co. Era tão corrupto que foi representado por um cavalo preto. As
doutrinas pagãs tomaram o lugar das brancas e puras doutrinas da
igreja primitiva.
Infelizmente, ao longo do tempo, em vez de a igreja virar o mun­
do de cabeça para baixo, foi o mundo que virou a igreja de cabeça para
_________'(flpocalipse 6_________|5 3
54_1 Apocalipse Verso Por Verso
baixo. Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Es­
tado ou o governo. E agora náo são mais os pagãos que perseguem os
cristãos. São os cristãos que passam a perseguir os pagãos.
Uma balança: Nesta visão, João viu uma balança na mão do cava­
leiro. “Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de ceva­
da por um dinheiro.” Deus havia ordenado que o pão da vida devia ser
de graça. Mas agora estava sendo vendido. A religião tornou-se um ne­
gócio e, em muitos casos, até hoje ela é um grande negócio. Pessoas e
igrejas estão usando a Palavra de Deus para ganhar dinheiro.
7. Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vi­
vente dizendo: Vem!
8. E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado
Morte; e o Inferno o estava seguindo, efoi-lhes dada autoridade sobre
a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mor­
tandade epor meio dasferas da terra.
Um cavalo amarelo: Este cavalo tem a cor da morte. Quando você
machuca o dedo e ele fica preto, é possível que vá sentir muita dor.
Mas ele ainda está vivo. Será muito pior se ele perder a cor e a sensibi­
lidade. Chegamos ao tempo de uma igreja morta. Não há mais vida na
religião. O que poderia ser pior?
Muitas igrejas estão completamente mortas hoje. Elas tornaram-se
clubes sem nada para oferecer ao mundo. Nem Bíblia, nem mensa­
gem, nem missão!
Foi durante os 1.260 anos de perseguição que os templos pagãos vi­
raram igrejas cristãs. Mas a povo verdadeiro de Deus teve que fugir
para as montanhas a fim de adorar o seu Deus.
Minha esposa e eu visitamos a pequena cidade de Torre de Peliche,
na Itália. Vimos o lugar onde os valdenses se refugiaram, ao fugirem
da perseguição. Coloquei-me atrás do seu púlpito, tomei nas mãos
uma Bíblia. Que emoção!
Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cris­
tãos perseguindo pagãos. Agora eram cristãos perseguindo e matando
outros cristãos. A Roma cristã não crucificava as pessoas como a Roma
pagã fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava
,Apocalipse 6
criminosos por roubarem, mas a Roma cristã torturava cristãos por le­
rem a Bíblia do seu próprio jeito.
9. Quando Ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas da­
queles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por
causa do testemunho que sustentavam.
10. Clamaram em grande voz, dizendo: Ate' quando, ó Soberano Senhor,
santo e verdadeiro, nãojulgas, nem vingas o nosso sangue dos que ha­
bitam sobre a Terra?
A voz do sangue: A mesma expressão é usada no íivro de Êxodo. O
sangue de Abel clama por vingança. Aqui a ilustração de Deus dá voz
ao sangue de mártires inocentes. Eles morreram por sua fé e, de acor­
do com todas as aparências humanas, Deus nada fez para protegê-los.
Um dia, porém, as contas serão accrtadus.
Em um cemitério da Escócia, onde os corpos de 1.800 mártires fo­
ram enterrados, há uma pedra com esse texto. Saber que um dia, mui­
to em breve, as contas serão acertadas traz-me muita coragem. Há
muita falta de justiça neste velho mundo. Mas um dia, muito em bre­
ve, Deus vai tomar o comando e, então, não haverá mais injustiça.
As almas debaixo do altar: Será que isso ensina que as almas de­
sencarnadas dos mortos estão conscientes no Céu? Se não é assim, por
que não?
1. O altar do sacrifício no qual eles foram imolados e sob o qual
eles são vistos não está no Céu, mas na Terra. O único altar no Céu é
o altar do incenso.
2. Não podemos imaginar que o espírito de vingança pudesse domi­
nar de tal maneira as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que,
a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas e à
vontade até que vissem a vingança sendo infligida sobre seus inimigos.
3. Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade,
seus perseguidores estariam queimando no inferno. Por que essas almas
estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer?
Entendendo os segredos do Apocalipse
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Entendendo os segredos do Apocalipse

  • 1.
  • 2.
  • 3. H*Fm* Como entender os segredos do último livro da Bíblia Tradução/■ Delmar F. Freire Casa Publicadora Brasileira Tatuí, SP
  • 4. Título do original em inglês: REVELATION VERSE BY VERSE Direitos de tradução epublicação em língua portuguesa reservados à C a s a P u b l j c a d o r a B r a s j i e i r a Rodovia SP 127 - km J 06 Caixa Postal 34 - 18270-970 - Tatuí, SP Tel.: (15) 3205-8800 - Fax: (15) 3205-8900 Atendimento ao cliente: (15) 3205-8888 www.cpb.com.br Ia edição 3“ impressão - 3 mil exemplares Tiragem acumulada: 9 milheiros 2005 Editoração: Marcos De Benedicto e Zinaldo A. Santos Projeto Gráfico: Vilma B. Piergentille Capa: Vilma B. Piergentille Ilustração de capa: João Luiz Cardozo IM PRESSO N O BRASIL/l^rintedin Brazil D ados Internacionais de C atalogação na Publicação (C IP) (Câm ara Brasileira do í.ivro, SP, Brasil) Feyerabcnd, Henry Apocalipse, verso por verso : como entender os segredos do último livro da Bíblia / Henry Feyerabcnd; tradução Delmar F. Freire. -- Tatuí, SP : Casa Publicadora Brasileira, 2004. Título original: Rcvclalion verse by verse. 1. Bíblia N.T. Apocalipse - Cotnentários I. Tílulo. II. Título: Como entender os segredos do último livro da Bíblia. 04-4315 CDD-228.07 Iiidiccs para catálogo sistem ático: 1. Apocalipse: Comentários 228.07 ^ .iÉ fà sí: Todos os dirotos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, Por qualquer meio, semprévia autorização escrita do autor c da F.ditora. Tipobgi.i: Agjumnnd. 11/12.5 - 8207/14593 - ISBN 85-345-0903-4
  • 5. Sumário Prcfácio .................................................................................. 7 Apocalipse 1 ............................................................................ 9 Apocalipse 2 ............................................................................ 19 Apocalipse 3 ............................................................................ 29 Apocalipse 4 ............................................................................ 39 Apocalipse 5 ............................................................................ 47 Apocalipse 6 ............................................................................ 51 Apocalipse 7 ............................................................................ 63 Apocalipse 8 ............................................................................ 73 Apocalipse 9 ............................................................................79 Apocalipse 10 ......................................................................... 85 Apocalipse 11 .......................................................................... 91 Apocalipse 12 ......................................................................... 101 Apocalipse 13 ..........................................................................109 Apocalipse 14 ...................... .................................................. 121 Apocalipse 15 ..........................................................................133 Apocalipse 16 ......................................................................... 137 Apocalipse 17 ..........................................................................147 Apocalipse 18 ..........................................................................155 Apocalipse 19 ..........................................................................163 Apocalipse 20 .........................................................................171 Apocalipse 21 ..........................................................................179 Apocalipse 22 ..........................................................................187
  • 6.
  • 7. Prefácio A p o c a lipse t e m s id o a po n t a d o c o m o o i.fvro m ais d if íc il DA Bíblia. Calvino se recusou a escrever um comentário sobre cie. Lutero evitou os seus ensinamentos por muitos anos. A despeito das suas dificuldades, esse livro, tal como um ímã, atrai de forma irre­ sistível clérigos, teólogos e ieigos ao estudo de suas mensagens. G. Campbell Morgan disse: “Não há nenhum livro ao qual eu rccorra com mais ansiedade na horas de depressão do que este, com todos os seus mistérios e todos os seus detalhes, os quais não entendo.” O último livro da Bíblia tem sido chamado de jóia da coroa, a pe­ dra fundamental da revelação e da glória divina. Ele é um mosaico do restante das Escrituras. Quase tudo no Apocalipse pode ser co­ nectado com alguma outra parte da Bíblia. Dos trinta e nove livros do Antigo Testamento, vinte e seis são citados diretamente no Apo­ calipse. Dos quatrocentos e quatro versos deste livro, duzentos e se­ tenta e oito são citações do Antigo Testamento ou têm o colorido de passagens do Antigo Testamento. O livro de Apocalipse remete os pesquisadores da verdade a todas as partes das Escrituras. Ele é um resumo de toda a Bíblia. As trevas se aprofundam, o medo continua a se espalhar pela nos­ sa época altamente problemática. Poderes monstruosos do pecado apa­ recem, não apenas no livro de Apocalipse, mas no palco central dos tempos em que vivemos. O Apocalipse é um livro para os nossos dias. Você tem em suas mãos uma coleção de notas que vem crescendo em meu arquivo há muito tempo. Sempre fascinado pela mensagem do Apocalipse, meus primeiros e trôpegos passos para entendê-la fo­ ram dados ao estudar The Prophecies nfDaniel and Revelation [As Pro­ fecias de Daniel e Apocalipse], de Uriah Smith, e 'The Story nfthe Seer ofPatmos [A História do Vidente de Patmos], de S. N. Haskeíl. Mais tarde, ainda buscando um maior conhecimento sobre o assunto, enri­ queci minha pequena biblioteca pessoal com o livro Unfolding Revela- tion [O Apocalipse Revelado], de Roy Allan Anderson. Time o fthe End [O Tempo do Fim], de George McCready Price, trouxe novos concei­ tos à minha compreensão dos símbolos proféticos.
  • 8. Harold E. Metcalfjuntou suas anotações cm três enormes volumes, reunindo pensamentos de diversos comentaristas. Sua obra Handbook ofSymbols and Prophecy for our Day [Manual de Símbolos c Profecias para os Nossos Dias] me estimulou a ir fundo em meus estudos, au­ mentando a minha apreciação e o tempo gasto estudando o último li­ vro da Bíblia. Era impossível assistir às aulas dc História da Igreja dadas pelo Dr. Mervin Maxwell sem que algum tipo de transformação ocorresse. Suas descrições da igreja primitiva, tão vívidas e dramáticas, tomavam conta da minha imaginação, assentando o alicerce para um maior entendimento das Escrituras. Fiquei deleitado quando o seu livro God Cara [Deus Se Importa] foi disponibilizado em dois volumes. Seria leviano negar o sim­ ples fato de que, desde que passei a estudar esses livros, eles deram um forte colorido à minha pregação, minhas aulas e meus escritos. Não foi feita nenhuma tentativa dc documentar as informações da­ das neste pequeno livro. E meu desejo passá-las adiante em toda a sua simplicidade, sem qualquer pretensão dc que seus pensamentos e con­ ceitos sejam originais. Minha única esperança é que esta modesta co­ leção de notas ajude o leitor a obter uma melhor comprccnsão do Se­ nhor revelado no Apocalipse.
  • 9. Apocalipse ± U PERFIL DF. UMA CID A D E FOI M U D A D O NUM SIM PLES ÍNS- tante por um aparelho elétrico que escava no outro lado do Atlântico. Em 1931, na Itália, Marconi ligou um interruptor c um estátua colossal de concreto, no Rio de Janeiro, foi imediatamente iluminada com uma luz branca. De inúmeros pontos das ruas e do porto da cidade podia-se ver, no topo do Corcovado, cerca de mil metros acima da baía, uma imponen­ te imagem dc Cristo, que parecia estar flutuando entre as estrelas, to­ talmente separada da Terra. Desde aquele dia, em 1931, esse imponente vigia da cidade do Rio de Janeiro continua de pé, com seus braços estendidos, como que pro­ tegendo o paraíso tropical lá embaixo. Lá de cima, onde está a estátua, um enorme precipício vai até as margens da baía. A cidade é domina­ da pela constante presença do Cristo Redentor. Ao colocarmos o holofote do Espírito Santo sobre o livro do Apo­ calipse, a majestosa imagem do Cristo exaltado domina totalmente a paisagem. Contra o pano de fundo dos inóspitos rochedos de Pat- mos, Sua nobre fisionomia é revelada. O Antigo Testamento O reve­ la tanto nas promessas como nas profecias. Os Evangelhos O reve­ lam em Sua vida terrestre e em Seu ministério. Atos dos Apóstolos apresenta os primeiros triunfos da igreja sob o ministério do Espíri­ to Santo. O livro do Apocalipse é o ato final da cerimônia que vem se desenvolvendo, e que começou nos portais do jardim do Eden com a primeira promessa evangélica. Ele é uma revelação de Cristo, nosso Redentor. 1. Revelação de Jesus Cristo, que Deus Lhe deu para mostrar aos Seus ser­ vos as coisas que em breve devem acontecer e que Fie, enviando por in­ termédio do Seu anjo, notijicou ao Seu servoJoão, 2. o qual atestou a palavra de Deus e o testemunho deJesus Cristo, quan­ to a tudo o que viu.
  • 10. i o J Apocalipse Verso Por Verso A revelação de Jesus Cristo: Não se trata da revelação de São João, o Divino, como dizem algumas Bíblias. Não é uma mera predição dada através do nosso Salvador. O livro de Apocalipse revela Sua personalida­ de, Seu poder, ministério c propósito eterno. O Seu nome ou o equiva­ lente aparece 187 vezes nos três primeiros capítulos do livro. O assunto principal do Apocalipse: E mostrar “as coisas que bre­ vemente devem acontecer”. O método pelo qual o Apocalipse foi revelado: Por meio do Seu anjo, Jesus Cristo enviou a mensagem para João e deu-lhe o de­ vido significado. Bem-aventurados aqueles que lêem e aqueles que ouvem aspalavras da profecia e guardam as coisas nela escritas, pois o tempo estápróximo. Uma bênção tripla: 1. Aqueles que lêem. 2. Aqueles que ouvem. 3. Os que guardam as coisas nelas escritas. Como observar as palavras desta profecia: 1. Viver pelos princípios do livro. 2. Estudar suas profecias e nelas ter esperança. 3. Aprender suas promessas e confiar nelas. O tempo está próximo: Cada século que passa, cada ano que termina, cada dia que voa acrescenta urgência e importância ao estudo desta porção que conclui a Bíblia. Nunca houve um período em que estes ensinamentos fossem tão importantes como agora. 4. João, às sete igrejas que se encontram na Asia, graça epaz a vós outros, da parte dAquele que é, que era e que há de vir; da parte dos sete Es­ píritos que se acham diante do Seu trono As sete igrejas: Sete nomes foramescolhidos como representantes de to­ das as igrejas daquela geração e de toda a cristandade.
  • 11. Apocalipse 1 11 Aquele que é, que era e que há de vir: “Jesus Crisro, ontem e hoje, é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:18). Este c o Cristo do passado, presente e futuro. No passado, Ele foi a fiel testemunha e o primogênito dos mortos. No presente, é Aquele que nos ama e nos li­ vra dos nossos pecados. No futuro, virá nas nuvens, e todo olho O verá. 5. e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos mor­ tos e o Soberano dos reis da Terra. Àquele que nos ama, e, peio Seu san­ gue, nos libertou dos nossospecados, O primogênito dos mortos: Jesus não foi o primeiro a ressuscitar dos mortos em um ponto do tempo. Ele é o primeiro no sentido de que todos os outros que ressuscitaram antes c depois dEle conquista­ ram a liberdade dos grilhões da morte somente em virtude do Seu triunfo sobre a sepultura. Ele tem poder para entregar a vida c depois reavê-la (João 10:18). Esta verdade O coloca à parte de todos os seres humanos, e O caracteriza como a fonte de toda a vida. 6. e nos constituiu reino, sacerdotes para o Seu Deus e Pai, a Ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém! Cristo constituiu a Sua igreja para que fosse um “reino”, e seus mem­ bros, “sacerdotes”. Ser um membro deste reino é ser um sacerdorc. Não é por outra razão que lemos sobre um “sacerdócio real” em I Pedro 2:9. Os que aceitaram a salvação em Cristo formam um reino cujo rei é Cristo. Uma vez que cada cristão é um sacerdote, ele pode recorrer a Deus em seu próprio favor, sem a mediação de nenhum outro ser hu­ mano. Cristo é nosso mediador (I Timóteo 2:5) e nosso grande “sumo sacerdote”. Através dEle, é nosso privilégio ir ao trono da graça (He­ breus 4:1 5 e 16). 7. Eis que vem com as nuvens, e todo olho O verá, até quantos O traspas­ saram. E todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele. Certamen­ te. Amém! O objetivo do livro é apresentado de forma repentina no verso 7. () seu tema é o aparecimento real, pessoal e visível do nosso Sexihor
  • 12. 12 Apocalipse Verso Por Verso ressurreto. É o evento mais público de toda história humana, pois “todo olho O verá”. E plano de Deus que cada descendente de Adão possa, pelo menos uma vez, olhar para Cristo, o segundo Adão. Os que “O traspassaram” devem incluir: 1. Os judeus que exigiram Sua morte. 2. Pilatos, que deu a sentença. 3. Os soldados romanos que cravaram os pregos em Suas mãos e Seus pés, e perfuraram o Seu lado com uma lança. 4. Os que, por sua atitude desafiadora, “de novo crucificaram o Filho de Deus e o expõem ao vitupério” (Hebreus 6:6). Jesus disse a Caifás que ele testemunharia a Sua volta e que O ve­ ria “sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as nuvens do céu” (Mateus 26:62-64). "Olharão para Aquele a quem traspassaram; pranteá-Lo-ão como quem pranteia por um unigénito e chorarãopor Ele como se chora amargamen­ te pelo primogênito” (Zacarias 12:10). Uma ressurreição especial (Daniel 12:1 e 2) possibilita que essas pessoas testemunhem a Sua volta. 8. Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, Aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso. Alfa e Ômega: Localizada num planalto ondulado, a nordeste de Los Angeles, está a linda cidade de AZUSA. Intrigado, um visitante indagou um dos seus moradores acerca do nome daquela cidade. Com orgulho, ele respondeu: “Nossos país e fundadores queriam que este local se tornasse o lugar mais bonito, de A a Z, em todos os Estados Unidos da América (USA). E foi assim que eles criaram o nome AZUSA. Os pioneiros de AZUSA não foram os primeiros a usar o alfabeto para formar um nome. O Salvador usou-o para representar a Si mes­ mo quando disse: “Eu sou o Alfa e o Ômega”, a primeira letra e a úl­ tima do alfabeto grego. Jesus disse ser o alfabeto inteiro, uma figura de linguagem que expressa o quão completa é a Sua redenção.
  • 13. Apocalipse 1 Desde que a língua portuguesa entrou em uso, autores têm utiliza­ do o alfabeto para tudo o que escrevem. Cada escritor tem usado estas 24 letras para expressar suas idéias e pensamentos. A riqueza do conhe­ cimento guardado cm todas as nossas bibliotecas tem sido expressa por meio destas 24 letras. O alfabeto serve para o historiador e o poeta, para o pastor no púlpito e o juiz em sua banca. Uma ocasião, Mark Twain falava com um pregador que alegava ser muito original. “Eu tenho cada palavra do seu sermão em um livro”, instigou o famoso humorista depois de ouvir um sermão desse prega­ dor. “Impossível”, disse o pregador. “Mostre-me o livro.” Na próxima vez que se encontraram, MarkTwain mostrou-lhe o livro com cada pa­ lavra dos sermões do pregador. O título era: Webster’s Unabridged Dic­ tionary (Dicionário Completo Webster). Jesus podia alegar total originalidade, pois Ele criou todas as coisas, in­ clusive o alfabeto. E, ao dizer ser o Alfa e o Ômega, Ele estava incluindo todas as coisas. Não existe nenhuma letra antes do A e nenhuma letra de­ pois do Z; por isso, o alfabeto abrange todas as coisas, 9. Eu, João, irmão vosso e companheiro na tribulação, no reino e na per­ severança, emJesus, achei-me na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus. Por que João estava em Patmos? João nos diz onde ele estava, o que ele era, o que ele viu, o que ouviu e o que fez. O relatório é auto­ biográfico, não de segunda mão. Por que cie estava na ilha de Patmos? Ele não estava de férias, nem precisava de um curto descanso. Foi “por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo”. Uma luz fulgurante é projetada naquelas pedras desoladas, trans- formando-as em telas mágicas de revelação. Uma voz afugentou a enorme monotonia de suas horas com emocionantes enunciados. O sol de Patmos empalideceu diante do esplendor dAquele cuja mão oni­ potente acendeu a tocha do seu coração com a maravilhosa promessa: “Não temas! Eu sou o princípio e o fim!” O Apocalipse não foi escrito em Patmos: João tinha provavelmente 17 anos de idade quando ouviu João Batista chamar Jesus de “o Cordei­ ro de Deus”.Ao se aproximar dos 60 anos, na época da destruição deJc-
  • 14. ,/lpocaíipse Verso Por Verso rusaJém (70 d.C.), ele foi dc Jerusalém para Éfeso, onde pastoreou a igreja que Paulo fundara cm sua terceira viagem missionária. A opinião geral de estudiosos da Bíblia e que João foi para a ilha de Patmos em 94 d.C., aos 84 anos de idade, e que recebeu a visão entre os 95 e 96, voltando, depois, para Éfeso. C) livro provavelmente foi es­ crito em Éfeso, e não na ilha de Patmos, cerca de 96 d.C. 10. Achei-me em espírito, no dia do Senhor, e ouvi, por detrás de mim, grande voz, como de trombeta, 11. dizendo: O que vês escreve em livro e manda às sete igrejas; Efeso, Es- mima, Pérgamo, 1ia tini, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. O dia do Senhor: O dia do Senhor não pode ter sido um domin­ go, pois o primeiro dia da semana nunca foi observado como um sá­ bado até vários scculos depois da ascensão de Cristo. Escritores bíbli­ cos referem-se ao domingo como 11o primeiro dia da semana”. Para os pagãos, era o dia do Sol. QuaJ é o dia do Senhor? 1. O dia que o Senhor chama de “Meu santo dia” (Isaías 58:13). 2. Jesus é o “Senhor do Sábado” (Marcos 2:28). 12. Volta-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro 13. e, no meio dos candeeiros, uni semelhante a filho de homem, com vestes talares e cingido, a altura do peito, com uma cinta de ouro. Um retrato de Cristo: A tentativa de um artista de descrever com lápis ou pincel o que é visto aqui resultaria num grotesco retrato, es­ tranhamente diferente do retrato que João pretendeu fazer com pala­ vras. Seria impossível fazer com que esse retrato ficasse tecnicamente preciso, mas, mesmo assim, o que João viu era tão impressionante que ele ficou profundamente maravilhado, sem fôlego. Era algo além do que a imaginação humana podia captar. Suas vestes: Aqui vemos Cristo vestido como Arão, o sumo sacer­ dote, significando que, assim como Arão foi o sumo sacerdore do pas-
  • 15. sado, Cristo é o sumo sacerdote do Novo Testamento. Ele está conti­ nuamente apresentando ante o Pai os memoriais da Sua morte, os mé­ ritos do Seu sacrifício, e intercedendo por nós. 14. A Sua cabeça e cabelos eram brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; 15. ospés, semelhantes ao bronze polido, como que refinado numaforna­ lha; a voz, como voz de muitas águas. Sua cabeça e cabelos eram brancos como a la branca e como a neve: O branco simboliza a pureza. ( Cabelos brancos representam uma idade venerável, sabedoria e experiência. Buscar os mais idosos para conselho é um princípio bíblico (ver Provérbios 20:29; 16:31). Seus olhos são como chamas de fogo: Isso significa um conhe­ cimento penetrante; como o cabeça da igreja, Ele enxerga todos os seus caminhos, suas palavras e pensamentos. “Eu sou aquele que sonda as mentes e os corações” (Apocalipse 2:23). O olhar pene­ trante de Jesus discerne os pensamentos e os motivos que dão ori­ gem às palavras e os aros. Ele conhece todas as pessoas e o que lhes vai no íntimo. Ele possui inteligência e conhecimento penetrantes. Os olhos de Cristo lampejam como o fogo ao Ele contemplar a ini­ qüidade da igreja para a qual ministra. Eles ardem com santa indig­ nação contra todo o erro. Dizem que o poder de César sobre as pessoas dos seus dias estava nos seus flamejantes olhos —o seu olhar penetrante e revelador, ante o qual seus inimigos se rendiam. Os olhos de Cristo não apenas enxer­ gam o hipócrita e pecador, mas os consomem em seus pecados. Porque, quanto ao Senhor, Seus olhospassam por toda a Terra (II Crôni­ cas 16:9). Os seus pés, semelhantes ao bronze polido: Isso significa a resistência de Cristo em relação aos inimigos da igreja. O bronze, ou latão, foi usado para denotar a capacidade de resistir sem desgaste. Representa estabilidade, poder irresistível e força. O bronze de Corin­ to era uma liga de ouro, prata e cobre mais valiosa do que o ouro. ___________________, /IpocdlipM 1___________________ | i§
  • 16. 16 ,/ípoealipse Verso Por Verso Cristo poder sustentar a rodos os que nEle depõem a confiança. Sua fidelidade dura para sempre. Seus pés estavam descalços, assim como estavam os pés dos sacerdotes ao ministrarem no santuário. Que formosos são sabre os montes os pés do que anuncia as boas novas (Isaías 52:7). Uma voz como de muitas águas: Daniel descreveu Sua voz como a voz de uma multidão. Ezcquiel a descreveu como a voz de um exér­ cito ou o ruído de muitas águas (Ezequiel 1:24; 43:2). Majestade e harmonia estão aqui representadas. João estava acostumado a ouvir a melodia das ondas do Mar Egeu. Aquelas estrondosas ondas e suas es­ pumas revoltas falavam a uma só voz. 16. linha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-Lhe uma afiada es- pada de dois gumes. O Seu rosto brilhava como o Sol na suaforça. As estrelas: O que representavamessas estrelas? O verso 20 nos fala que elas eram os anjos das sete igrejas. Os anjos eram mensageiros ou ministros. O que seria da noite se não existissem as estrelas? Elas trazem beleza, consolo c conforto. As estrelas que piscam no céu podem parecer páli­ das à distância, mas sem elas a noite seria sombria e tristonha. Estas estrelas representam os ministros de Deus, cuja mensagem às vezes parcce sem vida, quase obscura, sem qualquer brilho especial. Deus precisa muito mais de estrelas resplandecentes do que de fulgu­ rantes meteoros. Ele precisa mais de estrelas do que de fogos de artifí­ cio. Um homem chamado por Deus vale por mil formados cm uma universidade. Quando Deus chama um homem, Ele o reveste de po­ der. Sem as estrelas, a escuridão seria impenetrável. Deus fez as estrelas e as colocou em seus devidos lugares. As univer­ sidades não podem fabricar estrelas. Somente Deus pode dar luz a uma estrela. Ele as remove. Cuida de cada umadelas, em sua magnitude, no seu deitar e levantar. Isso é obra de Deus, não de homens. Ele sustenta as estrelas em Suas mãos. Os ministros estao na linha de frente. O diabo os odeia. As hostes dos demónios afiam suas setas e apontam suas lanças contra os ministros de Deus. Eles se alegram se pu­ derem fazer com que uma estrela caia no chão.
  • 17. Apocalipse 1 17 A espada de dois gumes: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qual­ quer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir a alma e es­ pírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propó­ sitos do coração (Hebreus 4:12), A fonte de poder não está nos ministros. A Palavra de Deus é a for­ taleza da igreja. As estrelas brilham porque Deus as faz brilhar. Os mi­ nistros não têm qualquer poder, a menos que venha da Palavra de Deus. A espada de dois gumes vem da boca de Jesus. O poder não está nas estrelas; está no Verbo que fez as estrelas. Qualquer sermão que não seja a Palavra de Deus é um sermão inócuo. Qualquer teologia que não seja a teologia de Deus é uma teologia desperdiçada. A Palavra de Deus é uma espada porque a verdade ofende o orgu­ lho humano. Ela o reduz a pó. Eaz com que as pessoas fiquem pertur­ badas e preocupadas. A espada c feita para ferir. Ela tem dois gumes porque carrega promessas e ameaças. Alguns ministros usam apenas um lado da espada. Eles matizam a mensagem, jogam nela um pouquinho dc açúcar, e adulteram-na, Sermõczinhos produzem cristãozinhos. O Seu rosto brilhava como o Sol na sua força: Quando o Sol bri­ lha no esplendor do meío-dia, voce não pode ver as estrelas. Devemos deixar Cristo brilhar dc modo que as pessoas possam sentir Seu calor e alegria. Por que João caiu aos Seus pés como se estivesse morto? Você não pode olhar para o Sol sem ferir os seus olhos. Precisamos do Sol. Não importa quão bela seja a paisagem, ela se perde na escuridão da noite. As trevas são a sepultura da beleza. Não importa quão lógicas sejam as doutrinas, elas se perdem sem a beleza de Cristo. A ausência de Jesus seria o fim de todas as virtu­ des humanas. O Sol é a fonte da vida, da luz e do poder. Cristo disse que Ele era a luz do mundo. Malaquias chamou-O de “Sol da Justiça”. Ele é o su­ premo doador dc vida e luz do mundo espiritual. Homem nenhum, em seu estado pecaminoso, pode contemplar a face do Cristo glorifi­ cado e viver. Por ocasião de sua volta, os ímpios pedirão qua as rochas e as montanhas os sepultem.
  • 18. 18 . /Ipocalipsc Vcvho Por Xcrso / 7. (iiutndfí O vi, caía Seuspés como morto. Porém Elepôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; Eu sou oprimeiro e o líltimo 18. e Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno. O efeito no profeta: João experimentou o mesmo efeito que a visão de Miguel teve sobre o profeta Daniel (Daniel 10:7-12). Moisés, Jó, lsaías, Paulo e o soldado romano que guardava a sepultura de Jesus ti­ veram experiências semelhantes quando contemplaram a glória de Deus ou do anjo Gabriel. Aquele que está vivo: Meras criaturas são mortais. João se aproxima­ va da marca de um século em sua idade, e logo devia morrer, tornando- se um prisioneiro da tumba. As castigadas escarpas de Patmos não pude­ ram obscurecer a confortadora certeza de que o poder da sepultura ti­ nha sido derrotado pela vitória da ressurreição dc Cristo. “Porque Eu vivo, tu também viverás.” Jesus fez o profeta exilado lembrar-se de que Ele também havia sido condenado por uma corte romana c sentenciado por um juiz romano. Ele havia sido colocado numa sepultura lacrada com o selo romano e vigiada por soldados romanos. Mas todo o poder da férrea monarquia de Roma nao pôde mantê-Eo cativo. As chaves da morte e do inferno: A morte é uma força pode­ rosa que aprisiona firmemente os que caem sob o seu cruel do­ mínio, Estima-se que mais de cento e quarenta bilhoes dc pes­ soas já viveram na facc da Terra, e todas, com exceção de pouco mais de seis bilhões, morreram e voltaram para o pó. A ferra é um vasto cemitério. Por todas as partes, vítimas da morte jazem nas prisões silentes e escuras esperando pelo chamado do Doador da vida. / 19. Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de aconte­ cer depois destas. 20. Quanto ao mistério das sete estrelas que viste na Minha mão direita e aos sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete igre­ jas, e os sete candeeiros são ãs sete igrejas.
  • 19. T '| H u NÃO VOU MI;. UNIR A N EN H U M A IGREJA ATF. Q U E EN- m. r.t-r^ UIIUl qLie seja perfcita!”, disse uma senhora certa vez para Charles Spurgcon. O grande pregador respondeu: “Quando en- contrá-la, não se una a ela, pois, quando você o fizer, ela não será mais perfeita.” Jesus ama Sua igreja. Apesar das falhas que ela possui, o Seu amor não muda. No segundo capítulo dc Apocalipse, temos um re­ trato da relação dc Cristo com as diferentes fases da igreja ao longo da Era Cristã. 1. Ao anjo da igreja em Efeso escreve: Estas coisas diz aquele que conser­ va na mão direita as sete estrelas e que anda no meio dos sete candeei­ ros de ouro. Anjo: A palavra “anjo” vem do grego aggelos, que significa “mensa­ geiro”. Nem sempre eles são seres sobrenaturais: 1. João Batista (Marcos 1:2); 2. Os discípulos de João Batista (Lucas 7:24). 3. Os discípulos de Jesus (Lucas 9:52). 4. Os dois fiéis espias (Tiago 2:25). Os anjos são ministros de Deus que trazem mensagens para a sua congregação. Os oficiais das sinagogas eram chamados Sheliach Tsib- bur; o que quer dizer “o mensageiro da igreja”. Seu papel na sinagoga era ler, orar e ensinar. Andando no meio dos candeeiros: Os sete candeeiros são as sete igrejas (Apocalipse 1:20). Algumas pessoas se afastam da igreja porque acham que ali existem muitos hipócritas. Jesus conhece intimamente as fraquezas das pessoas da igreja, mas Ele continua a andar no meio
  • 20. 20 Apocalipse Verso Por Verso dos castiçais. Se Ele não sente repulsa por aquelas pessoas, como pode­ mos nós alimentar esse sentimento? O sumo sacerdote mantinha o candeeiro aceso adicionando-lhe óleo de oliva, trocando os pavios, e mantendo-os limpos e no lugar. Jesus faz as lâmpadas brilharem ao (!) elogiar suas boas qualidades, (2) chamar a atenção para suas falhas de maneira direta c apelando para uma mudan­ ça sincera, (3) oferecer recompensas aos que responderem positivamente. Para quem eram as mensagens das sete igrejas? 1. Para as congregações locais. Aquelas mensagens eram verdade no que diz respeito às igrejas das cidades para as quais as cartas fo­ ram enviadas. 2. Para as pessoas. “Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Apocalipse 2:7). As lições em todas as cartas se aplicam a todos, em todos os lugares. Assim também as promessas. 3. Para as denominações e os movimentos. Somos todos respon­ sáveis pelas falhas dos grupos com os quais nos identificamos, e mere­ cedores de suas recompensas. As cartas se aplicam às variadas condi­ ções das igrejas, congregações, denominações e movimentos. 4. Elas são símbolos de sete fases da história eclesiástica: A. Por causa dos paralelos em Daniel e Apocalipse. Os capítulos 2, 7 e 8 de Daniel são profecias paralelas. No Apocalipse, as 7 igrejas, os 7 selos e as 7 trombetas também são paralelos. B. Por causa das predições auto-evidentes. Certos elementos das mensagens são previsíveis. Os crentes de Esmirna foram informados de que o “diabo lançará alguns de vós na prisão”. Algumas das tribu­ lações são preditas. C. Por causa da evidência que vem do seu cumprimento. A profe­ cia cumprida nos fornece evidência de sua veracidade. Jesus disse:
  • 21. .Apocalipse 2 Desde já vos digo, antes que aconteça,para que, quando acontecer, creiais que Fu Sou (João 13:19). Algumas profecias são melhor compreendidas depois de cumpri­ das. As sete cartas, em sua seqüência, seguem a mesma cadência da ex- pcriência predominante da igreja cristã durante sete eras sucessivas. ÉFESO: Éfeso era uma importante cidade com um ótimo porto, na província romana da Ásia. Também era um centro religioso, onde Artemis ou Diana, a deusa da fertilidade, era adorada. No templo, havia uma imagem a qual, supostamente, havia caído de Júpiter (Atos 19:35). A igreja em Éfeso foi fundada por Áqüila c Priscila. Apoio foi um elo­ qüente evangelista que trabalhou ali, onde Paulo também ficou por três anos. Eram tantas as pessoas que paravam ali para comprar souvenirs da deusa Artemis que os ourives locais promoveram uma perseguição con­ tra os cristãos (Atos 19:23-41). Paulo escreveu uma epístola para a igreja em Éfeso. 2. Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e quepuseste à prova os que a st mes­ mos se declaram apóstolos e não são, e os achaste mentirosos; 3. e tensperseverança, e suportaste provaspor causa do Meu nome, e não te deixaste esmorecer. 4. Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Elogio: Sempre que pode, o nosso Senhor elogia e anima as igrejas. Não há nada que façamos que Ele não note. Condenação: Jesus, em Seu amor, repreende as igrejas sempre que necessário. A igreja de Éfeso comcçou muito bem. Mas ela per­ deu algo muito importante —o primeiro amor. Jesus havia dito: “Nisto conhecerão todo que sois Meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35). Quando foi que aquele cheirinho de novo do seu primeiro carro desapareceu? Provavelmente quando você havia pago metade das pres­ tações. Você já se lançou em um projeto difícil, como reformar uma casa antiga? Lá pela metade das obras, o trabalho pode rornar-se mui­
  • 22. .flpoealipse Verso Por Verso to desanimador. Quando você está na metade do caminho para o topo, é fácil sentir um forte impulso para desistir c voltar. O povo de Éfeso comcçou com força total, mas perdeu o primeiro amor. 5. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das pri­ meiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeei­ ro, caso não te arrependas. 6. Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais Eu também odeio. 7. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se encontra no paraí­ so de Deus. Os nicolaítas: Irineu, um ministro do segundo século, escreveu sobre eles. Os nicolaítas se diziam cristãos, mas consideravam “a prá­ tica do adultério e comer coisas sacrificadas aos ídolos questões indi­ ferentes”. Eles achavam que a fé ein Jesus os liberava da obediência aos Dez Mandamentos. Repreensão: Em Suas mensagens para as igrejas, Cristo não somen­ te apontava para o que estava errado, mas também provia o remédio. Ele dizia o que era preciso fazer acerca dos problemas. O período de Éfeso: A mensagem para a igreja em Éfeso apresen­ ta de maneira muito apropriada o primeiro período da igreja cristã, do tempo de Cristo até o tempo em que o povo de Deus começou a so­ frer perseguição. 8. Ao anjo da igreja em Esrnirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver. ESMIRNA: Esta cidade era chamada “a Beleza da Ásia”. Ela é uma das cidades mais antigas do mundo. Atualmente é chamada Izmir, e c a terceira maior cidade da Turquia. Fica ao norte de Éfeso, numa lin­ da baía do Mar Egeu. Esmirna veio a ser o local onde ocorreu uma notável série de mar­ tírios. A encosta do Monte Pagus, onde Policarpo foi queimado
  • 23. amarrado a um poste, foi, desde então, manchada com o sangue de milhares de cristãos —mil e quinhentos, uma vez, e oitocentos, em outra ocasião. 9. Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sina­ goga de Satanás. Sem condenação: Esta igreja recebe apenas elogios do nosso Salva­ dor. Embora a igreja pareça pobre, aos olhos de Deus ela é rica. 10. Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo estápara lan­ çar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos àprova, e tereis tri­ bulação de dez dias. Sêfiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida. 11. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte. Policarpo: Policarpo foi um ministro daquela igreja por quarenta anos. Ele foi preso na casa de uma fazenda, numa noite de sexta-feira, e pediu para a esposa do fazendeiro preparar o jantar para os soldados. Enquanto eles comiam, por duas horas Policarpo orou em voz alta, não por si mesmo, mas pelos cristãos do Império Romano. No anfiteatro, em Esmirna, o governador Status Quadratus ficou profundamente impressionado com ele e tentou salvar sua vida, ape­ lando para que ele amaldiçoasse o nome de Cristo. Sua resposta foi: “Por oitenta e seis anos, eu 0 servi, e Ele nunca fez nada de errado comi­ go. Como posso amaldiçoar o Rei que rne salvou A multidão, inclusive membros da sinagoga judaica, clamava para que Policarpo fosse atirado aos leões. Os leões, já saciados cora outras vítimas cristãs, recusaram-se a atacá-lo. finalmente, a multidão exigiu que ele fosse queimado vivo. Os judeus ajudaram a juntar lenha, ape­ sar dc o sábado já ter começado. Outros mártires: Justino Mártir, junto com mais seis cristãos, foi chicotcado e degolado em 165 d.C. Irineu foi morto em 202 d.C., du­ ________________Apocalipse 2________________|23
  • 24. 24 Apocalipse Verso 'Por Verso rante as perseguições de Severo. Cipríano morreu cm 298 sob as perse­ guições de Trajano, e Vitorino em 304, sob Diocleciano. Eusébio diz;: Vimos com os nossospróprios olhos as casas de oração serem totalmente des­ truídas e as sagradas e divinas Escrituras serem condenadas às chamas. Ob­ servamos enormes multidões sendo decapitadas ou torturadas pelo fogo; as espadas assassinas chegaram a perder ofio, enfraquecendo e quebrando-se; os próprios verdugos se cansavam e tinha?n que ser substituídospor outros. Dez dias: Essa perseguição sem trégua durou dez anos, de 303 a 313 d.C. Durante esse período, Diocleciano e seu associado e sucessor, Ga- lério, comandaram a mais amarga campanha de aniquilação jamais so­ frida pelo cristianismo durante o domínio da Roma pagã. Eles acredi­ tavam que a igreja havia alcançado tamanho poder e popularidade no Império que, a menos que o cristianismo fosse imediatamente elimina­ do, o estilo de vida tradicional romano deixaria de existir e o Império se desintegraria. Eies estavam determinados a exterminar a igreja. O período de Esmirna: As primeiras perseguições aos cristãos, impostos por Roma pagã, foram o cumprimento dos eventos proféti­ cos da mensagem dada a Esmirna. 12. Ao anjo da igreja em Pérgamo escreve: Isto diz Aquele que tem a es­ pada afiada de dois gumes. PÉRGAMO: Pérgamo era uma cidade universitária, famosa pelos seus mestres na arte de curar. Estava localizada num espigão monta­ nhoso, o que facilitava sua defesa. Era famosa por sua biblioteca com 200 mil rolos. Esses rolos eram feitos de pelica, uma forma refinada de couro. O rei Ptolomeu V, do Egito, havia suspendido a exportação de rolos de papiro, ocasionando o desenvolvimento da utilização da peli­ ca. Pérgamo é uma modificação da palavra pelica. A residência do governador romano ficava em Pérgamo. Havia dois templos para deuses pagãos, inclusive o primeiro templo que se conhe­ ce (29 a.C.), em homenagem ao imperador Augusto. Mais tarde, eles dedicaram um templo para o culto do imperador Trajano e, de outra feita, ao imperador Severo.
  • 25. „Apocalipse 2 25 13. Conheço o lugar em que habitas, onde está o trono de Satanás, e que conservas o Meu nome e não negaste a Minha fé, ainda nos dias de Antipas, Minha testemunha, Meu fiel, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. O trono de Satanás: O templo de Zeus foi o mais celebrado de to­ dos os templos, Esse templo foi dedicado a Esculápio, o deus-serpen- tc, ou deus da cura. Uma serpente viva era ali guardada c cultuada. Fo­ ram encontradas, em Pcrgamo, moedas onde havia um retrato de uma serpente enrolada em um poste. 14. Tenho, todavia, contra ti algumas coisas, pois que tens aí os que sus­ tentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Ralaque a armar ci­ ladas diante dosfilhos de Israelpara comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição. Os ensinos de Balaão: Balaão accitou o suborno oferecido por Balaquc, rei dos moabitas. Deus efetuou um milagre para evitar que Balaão amaldi­ çoasse Israel; mas Balaão estava tão determinado a ficar com o suborno que aconselhou Balaque a que convidasse o povo de Israel para uma festa pagã com mulheres e vinho. Ele causou o pecado de Israel (Números 22). 15. Outrossim, também tu tens os que da mesmaforma sustentam a dou­ trina dos nicolaítas. 16. Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca. 17- Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe. O maná: Os judeus se alimentaram com maná durante 40 anos. Mas, a partir do dia em que comeram milho, em Canaã, o suprimen­ to de maná secou. Jesus é o verdadeiro maná (João 6:31-35). Uma pedra branca: Quando qualquer pessoa entre os gregos era acusada de crimes contra o Estado c cra julgada pelos cidadãos, eles
  • 26. votavam por absolvição com uma pedra branca; e por condenação, com uma pedra preta. Cristo, o único juiz do Seu povo, ao prometer dar aos vcncedorcs uma pedra branca, está lhes dando a certeza de to­ tal justificação. Um novo nome: Em muitas culturas não-ocidentais, o nome da pessoa é escolhido de acordo com o seu caráter, personalidade, ou mes­ mo um evento qualquer da sua vida. Nos tempos bíblicos, muitas ve­ zes o nome de uma pessoa era mudado depois de vários anos. Por exemplo, Jacó para Israel e Simão para Pedro. Pérgamo tornou-se o centro da adoração do Sol para os babilônios. Pérgamo, cm grego, quer dizer “casamento”. Durante o período de Pérgamo, a igreja foi exaltada para o poder da realeza e para a autori­ dade real através da união, ou casamento, com o Estado. Satanás não conseguiu esmagar a igreja c destruir o cristianismo com a perseguição. Ele mudou sua tática e tentou arruiná-la a partir do seu interior, atra­ vés de uma amálgama com o mundo e da união com o Estado. Assim como fez com Balaão, ele corrompeu a igreja através de uma aliança com o mundo. Na pessoa de Constantino, a igreja subiu ao trono dos Césares e reinou como uma rainha. Foi durante o período de Pérgamo que ocorreu a transição entre a Roma e a Roma papal, e a igreja tornou-se “a grande cidade que reina sobre os reis da Terra' (Apocalipse 17:8). Por causa da influência pagã, o cristianismo mudou tanto que se tornou um paganismo batizado. 18. Ao anjo da igreja em Tiatira escreve: Estas coisas diz o Filho de Deus, que tem os olhos como chama de fogo e ospés semelhantes ao bronze polido, TIATIRA: Das sete cartas, esta foi a mais longa e a que foi endere­ çada à menos importante das sete igrejas. A cidade de Tiatira estava lo­ calizada à beira de uma importante estrada, num ponto onde dois va­ les se juntavam, dando lugar a um amplo comércio. Raízes de garança cresciam na região e forneciam aos artesãos e comerciantes locais uma brilhante tintura vermelha conhecida nos tempos antigos como “púr­ pura”. Lídia, a mulher de negcScios que aceitou a mensagem de Paulo em Filipos, era uma vendedora de púrpura (Atos 16:11-15).
  • 27. 19. Conheço as tuas obras, o teu amor, a lua fé, o teu serviço, a tuaperse­ verança e as tuas últimas obras, mais numerosas do que as primeiras. 20. lenho, porém, contra ti o tolerares que essa mulher, fezabel, que a si mesma se declara profetisa, não somente ensine, mas ainda seduza os Meus servos a praticarem a prostituição e a comerem coisas sacrifica­ das aos ídolos. 21. Dei-lhe tempo para que se arrependesse; ela, todavia, não quer arre- pender-se da sua prostituição. 22. Eis que a prostro de cama, bem como em grande tribulação os que com ela adulteram, caso não se arrependam das obras que ela incita. 23. Matarei osseusfilhos, e tndasas igrejas conhecerão que Eu sou aquele que sonda mentes e corações, e vos durei a cada um segundo tis vossas obras. Jezabel: Essa igreja tolerava Jezabel, uma mulher que dizia ser uma profetisa e que ensinou a prática da imoralidade e da idolatria aos membros da igreja. Ela foi uma pessoa infame do Antigo Testamento, que se casou com o rei Acabe e tornou-sc rainha de Israel. Era a filha do rei pagão de Tiro. Je- zabel trouxe consigo sacerdotcs pagãos para Israel e converteu muitos is­ raelitas ao culto imoral de Baal. Ela erigiu templos e plantou bosques para os deuses pagãos. A adoração ao Sol tomou o iugar da adoração a Jeová. Os profetas de Deus foram mortos. Ela disseminou prostituição e bruxa­ ria. Promoveu a tirania da teologia sobre o pensamento. Quem levantasse a mão contra ela era punido com a morte. Muitos israelitas se recusaram a deixar de adorar a Deus e foram por ela martirizados (I Reis 16-21). 24. Digo, todavia, a vós outros, os demais de Tiatira, a tantos quantos não têm essa doutrina e que não conheceram, como eles dizem, as coi­ sasprofundas de Satanás: Outra carga não jogarei sobre vós; 25■ tão-somente conservai o que tendes, até que Eu venha. 26. Ao vencedor,; que guardar até ao fim as minhas obras, tu lhe darei autoridade sobre as nações, 27. e com cetro de ferro as regerá e as reduzirá a pedaços coyno se fossem objetos de barro; Vara de ferro: Nos tempos antigos, uma vara de ferro era um bas­ tão de metal utilizado por pastores (Salmo 23:4). Sua função não era ___________________. /IfHH-írfipM 2___________________ | 27
  • 28. ./ípoealipse Verso Por Verso agredir, mas defender o rebanho. A destruição de todos os praticantes do mal vai salvaguardar para sempre os inocentes. 28. assim como também eu recebi de meu Pai, dar-lhe-ei ainda a estrela da manhã. A estrela da manha: Jesus é a estrela da manhã (Apocalipse 22:16). Ele oferece a Si mesmo para ser nossa companhia real. 29. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Durante a Idade Escura, cada região da Europa esteve sob a inspe­ ção direta da igreja. Não somente reis em seus tronos, mas até pessoas comuns, em suas próprias casas, se submetiam ao poder de Roma. A igreja colocou-se entre o rei e os seus súditos, pais e filhos, maridos e mulheres. Os segredos dos corações eram abertos no confessionário. A igreja ensinou que as pessoas eram salvas pelas boas obras. Penitência e indulgências tiraram o pão da boca faminta de muitos. Um forte go­ verno, com um domínio como jamais foi visto, assentou-se no trono.
  • 29. Apocalipse 3 T o d a s a s c r ia n ç a s d a v iz in h a n ç a estavam n o s b a n c o s d a frente daquela pequena igreja rural ouvindo o pregador, que mostrava figuras da Bíblia. Alguém chcgou até a porta e passou um bilhete ao pastor, que, após ler a pequena nota, anunciou: “Um re­ pórter veio até aqui para nos dizer que Mary Jones está perdida. Seus país não sabem onde ela está, e o pai dela, junto com os poli­ ciais, estão à sua procura por toda a cidade.” Não houve resposta, e o culto continuou. Ao fim do culto, quando accnderam as luzes, lá estava Mary Jones no banco da frente. Uma senhora disse: “Ora, Mary, você não ouviu o anúncio de que você estava perdida, e que seus pais estavam procuran­ do por você? Por que você nao falou nada?” Mary respondeu: “Eu não estava perdida. O tempo todo eu sabia onde eu estava: aqui mesmo, na igreja.” Como Mary Jones, muitos estão perdidos dentro da igreja, sem se­ quer saber da sua condição de perdidos. Apocalipse 3 continua as mensagens de Cristo para as igrejas. 1. Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas coisas diz Aquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. SARDES: Sardes foi, uma vez, a capital da antiga monarquia lídia. Ela foi fundada no século 12 antes de Cristo. Lídia era um dos mais ricos reinos do mundo antigo. Os lídios têm a fama de ter inventado a moeda metálica cunhada, A antiga cidade de Sardes foi construída sobre um platô de rochas escarpadas que se erguiam a 500 metros acima da planície. O platô era uma parte do Monte Tomolus, cuja altura era de 2.200 metros. As pa­ redes da elevação sobre a qual a cidade fora construída eram quase per­ pendiculares, e a cidade era inacessível, exceto por uma passagem es­
  • 30. 30 ,/lpocaíipse Verso Por Verso treita, muito inclinada e facilmcnte fortificada e vigiada. Sardes cra considerada uma fortaleza impenetrável. Em 1402, Tamerlane des­ truiu a cidadc, e ela jamais foi reconstruída. Sardes quer dizer “aqueles que estao escapando” ou “os remanes­ centes”. Ela teve um bom começo, mas um final ruim, uma mudança para pior. Foi chamada de “a Cidade da Morte”. Esmirna esiava “morta e reviveu”, e era a “cidade da vida”. Sardis cra exatamente o oposto. Tinha nome de quem vive, mas estava morta. Co­ meçou com uma história de glória e terminou em completa ruína. Até agora as mensagens começam com palavras de elogio. Esta igre­ ja não recebe palavras de elogio, mas pura reprovação. Esmirna e Fila­ délfia não recebem culpa. Sardes e Laodiccia não recebem elogios. 2. Sê vigilante e consolida o resto que eslava para morrer, porque não te- nbo achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus. 3. Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende- te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti. 4. íens, contudo, em Sardes, umaspoucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e ambirão de branco junto comigo, pois são dignas. .5. O vencedor será assim vestido de vestiduras brancas, e de modo ne­ nhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessa­ rei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus anjos. 6. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. A igreja de Sardes não tem nicolaíras, nem Balaão, nem Jczabcl. Mas há um torpor c uma morte espiritual que produzem uma situa­ ção ainda mais triste e sem esperança do que urna tolerância medíocre. Sardes simboliza a igreja da Reforma, cobrindo os séculos dezesseis, dezessete e a maior parte do século dezoito. O protestantismo íoi fun­ dado com um protesto contra as doutrinas e práticas corruptas do ro- manismo. O nome ainda prevalece cheio de vida e boa reputação, mas perdeu em grande medida o seu significado. O protestante médio ig­ nora a grande verdade da justificação pela fé e outras doutrinas funda­ mentais do protestantismo. A falta de conhecimento das Escrituras tem produzido debilidade espiritual c conformidade com o mundo em muitas igrejas, roubando o protesro de muitos protestantes.
  • 31. ,/lpocalipse 3 31 7. Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o ver­ dadeiro, Aquele que tem a chave de Davi, que abre, e ninguém fecha­ rá, c quefecha, e ninguém abrirá. FILADÉLFIA; Filadélfia se localizava cm uma vasta colina en­ tre dois vales férteis. Um dos vales oferecia uma passagem natu­ ral, uma porta aberta. Esta igreja recebe elogios e nenhuma falha c mencionada. Esse tempo significa um período missionário, quando pregado­ res como os irmãos Wesley, Georgc Whitefield e outros pregaram uma mensagem poderosa acerca de um grande despertamento. A obra missionária, as sociedades das missões, sociedades bíblicas c homens de fé como George Muller, de Bristol, deram destaque a esse período. 8. Conheço as tuas obras —eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar - que tens poucaforça, entretan­ to, guardaste a. Minha palavra e não negaste o Meu nome. A porta aberta: Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no Céu, efoi vista a arca da Aliança no Seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, tro­ vões, terremoto egrande saraivada (Apocalipse 11:19). Não era uma porta aberta para o céu, mas uma porta aberta no céu. Quando foi feito o anúncio dizendo “Aí vem o esposo”, Cristo, o noi­ vo celestial, entrou na presença do Seu Pai. Uma porta foi aberta no ( ’éu, a porta de acesso ao lugar santíssimo no templo. A porta está aberta. Não é preciso marcar uma hora ou ficar na fila. Não há recepcionista dizendo: "'Queira desculpar, mas o chefe está muito ocupado”, nem um sinal dizendo: “Não se aproxime”. Em vez disso, o que se cscuta e um amável: “Bem-vindo. Entre!” Através da porca do templo celestial, pôde-se ver a arca contendo os Dez Mandamentos. Muitos raios preciosos de luz que foram ocul- i.idos pela tradição durante a Idade Escura são agora postos em evidên­ cia para que se possa compreendê-los.
  • 32. 32 .0P°calipse Verso Por Verso Novas verdades são apresentadas, tais como a do sábado, e muitas igrejas cerraram suas portas para essas verdades. Quando a porta no Céu se abriu, as portas das igrejas protestantes se fecharam. 9. Eisfarei que algum dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que osfarei vir e prostrar-se aos teus pés e conhecer que Eu te amei. 10. Porque guardaste a palavra da Minha perseverança, também Eu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitarn sobre a Terra. 11. Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. 12. Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do Meu Deus, e daijamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do Meu Deus, o nome da ci­ dade do Meu Deus, a novaJerusalém que desce do céu, vinda da par­ te do Meu Deus, e o Meu novo nome. 13. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Guardaste a palavra da Minha paciência: A linguagem parece in­ dicar um atraso no segundo advento, além da expectativa da igreja. A vinda de Cristo era considerada muito próxima e as pessoas O espera­ vam muito em breve. Sua vinda foi atrasada pela entrada da igreja no terrível período de mornidao laodiceana. Não abandoneis, portanto, a vossa confiança; ela tem grande galardão. Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendofeito a vontade de Deus, alcanceis a promessa. Porque, ainda dentro de pouco tempo, Aquele que vem virá e não tardará (Hebreus 10:35-37). A atitude da igreja indica que, por causa da aparente demora, mui­ tos perderão a confiança. Estes não vivem pela fé, mas dizem em seu coração: “O Senhor retardou a Sua volta.” 14. Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus. LAODICELA: Laodicéia era uma cidade muito rica. Seus habitan­
  • 33. Apocalipse 3 33 tes tinham tanta confiança em suas riquezas que, quando um terremo­ to causou enormes danos à cidade, no ano 60 d.C., eles não aceitaram ajuda de Roma, como outras cidades, mas orgulhosamente reconstruí­ ram a cidade com seus próprios recursos. Sua riqueza vinha, principalmente, do comércio e dos juros ban­ cários. Os laodiceanos comercializavam uma cara lã negra, macia e lustrosa, a qual era transformada em valiosas vestes e caros tapetes. Na cidade havia uma escola de medicina famosa por seu colírio. Era uma cidade de turismo, onde fontes de águas quentes borbulhavam pelas colinas. Ao chegar na cidade, através de um aqueduto, a água estava morna, enjoativa para se beber, mas adequada para o banho. O princípio da criação de Deus: A palavra “princípio”, do grego nrchê, de onde vêm as palavras arquiinimigo, arcebispo e arcanjo, sig­ nifica primazia dc tempo ou de categoria. Ela se refere à causa primei­ ra ou origem. Jesus não foi criado. Outras traduções apresentam assim esta fxase: “Primeira fonte de toda a criação de Deus” (New English Bible), “o soberano da criação de Deus” (Nova Versão Internacional), “a origem de tudo o que Deus criou” {Todays English Versiori). 15■ Conheço as tuas obras, que nem ésfrio nem quente. Quem dera fos­ sesfrio ou quente! Eu sei as tuas obras: Li, recentemente, acerca dc uma máquina de vender café cujo mecanismo estava danificado. Após receber as moe­ das, a máquina derramava o cafe, depois o creme, o açúcar e, final­ mente, acrcsccntava o copo. Era uma enorme confusão. Essa máquina tinha confundido suas prioridades. Da igreja de Laodicéia, Cristo diz: “Eu sei as tuas obras.” Ele está realmente dizendo: “Ninguém mais conhece você como Eu. Nem você se conhece como Eu a conheço.” Jesus sabe o que é feito, como é fei­ to c por que é feito. O público pode apenas ler os relatórios, mas Jesus não julga a igreja por suas atividades exteriores. Ele vê o coração. Ele não é enganado por aquilo que reluz. Outros estão dizendo: “Vejam só como eles prosperam! Vejam o que eles fazem para Deus! Ouçam o seu ruidoso louvor a Deus! Ora,
  • 34. 34 1 Apocalipse Verso Por Verso esta igreja é uma colméía de atividade!” Mas Jesus vê que a igreja está fazendo o seu trabalho de maneira desleixada e só para os outros ve­ rem. O mundo está sendo enganado. Esta igreja parece se notabilizar pela seriedade com que persegue o sucesso. Õtimas reputações às vezes têm frágeis alicerces. Mesmo as­ sim, algumas organizações religiosas encontram-se tao preocupadas com os negócios, que não têm tempo nem dão atenção para Ele. 16. Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da Minha boca; 17. pois dizes: Estou rico e abastado e nãopreciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Os laodiceanos eram mornos: Nem muito bons nem muito maus. Nem hostis nem comprometidos. Nem mesquinhos nem generosos. Nem infiéis nem crentes fervorosos. Nem se opunham ao evangelho nem o defendiam. Nem agiam mal nem se dedicavam muito a fazer o bem. Nem de má reputação nem conhecidos pela sua santidade. Nem entusiasmados nem distinguidos pelo zelo. Pilares da igreja: Os pilares não se movem, nem demonstram qual­ quer emoção. Não há energia nem movimento; o que existe é indife­ rença, apatia e insensibilidade. Deus preferia que eles fossem quentes ou frios. Se fossem frios, eles tremeriam; se fossem quentes, sentiriam a dor. Um banho morno é repousante. Esta temperatura é adequada à natureza humana. O mun­ do está sempre em paz com uma igreja morna, e uma igreja assim está sempre satisfeita consigo mesma. Quente: Esta condição representa uma igreja pronta a fazer o bem, repleta do primeiro amor, cheia de louvor e de alegria. Fria: E um estado desconfortável o bastante para saber que algo está errado.
  • 35. Morna: Mistura de quente e frio, mistura de mundanismo e reli­ gião, o que é nauseante para Cristo. Religiosa o bastante para nao des­ prezar o Seu nome, mas mundana demais para assumir uma posição firme e unida ao lado dEIe. Não há problema doutrinário aparente. O problema dos laodicea- nos é a atitude, Eles são ignorantes acerca do seu próprio estado e sa­ tisfeitos consigo mesmos. Desgraçados: Os laodiceanos estavam oprimidos por um fardo, que nada mais era senão a riqueza que imaginavam carregar. Em lugar de ajudá-los, ela somente os atrapalhava. Miseráveis: Dignos de pena. Jesus nao os odiava; sentia pena deles. Pobres: Mendigos, paupérrimos. A igreja é chamada de pobre, e é isso que ela é, a despeito dos edifícios luxuosos, modernos equipamen­ tos e um sólido ativo. Ela é pobre em membros, pobre no seu esforço, pobre em oração, pobre em dons e na graça, pobre em tudo. Cegos: Falta aos laodiceanos a visão, a luz. A igreja não enxerga longe. E míope e confinada a limites muito estreitos. E cega para as necessidades do próximo, e nao enxerga a vinda de Cristo nem a Sua glória. Os laodiceanos dizem “nós vemos”, mas são tão cegos quan­ to morcegos. Nus: Despidos, desprovidos das vestes de glória e beleza que devem adornar a igreja que é a noiva de Jesus. Sua vergonha será vista por todos; eles serão uma piada na boca de todos. Suas falhas serão expostas a ponto de eles se tornarem motivo de riso para o mundo. Esta igreja não conhece sua verdadeira condição. No momento em que deveria mostrar sinais de preocupação, está desfraldando as bandei­ ras de triunfo e orgulho. O pior tipo de orgulho é o orgulho espiritual. 18. Aconselho-te que de Mim compres ouro refinado pelofogo para te en­ riqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas. ______________________ Apocalipse 3______________________ I 35
  • 36. Fazer uso do estoque e verificar os Jivros contábeis é algo impor­ tante. Mas é só o começo. Você não admira uma pessoa ao descobrir que sua situação financeira é deplorável, se ela não faz nada para resolver o problema. A real sabedoria está em encontrar uma solução. Não é difícil encontrar falhas nos outros. Não é necessário ter ne­ nhuma habilidade especial para que se observe a igreja bem de perto, até que se veja claramente todos os seus pontos fracos. A questão é: você chorou por esses problemas e orou a respeito deles? Não julgue o seu irmão até que tenha julgado a si mesmo. Se você é rigoroso, use esse rigor na sua própria conduta e no seu coração. Quem é a igreja? Você e eu somos a igreja. Nunca faremos o que é certo enquanto acre­ ditarmos que não precisamos de correção. A autocomplacência é a morte do arrependimento. Conheço muitos que alardeiam as faltas da igreja lendo uma parte da mensagem de Laodicéia, mas negligenciam a parte mais importante: o remédio que é oferecido. Ouro: Riquezas espirituais. Uma compra é necessária: ouro prova­ do no fogo. Você tem condições de comprá-lo? Jesus diz: “Vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vi­ nho e leite” (Isaías 55:1). Tudo por um preço que todos nós podemos pagar. Não podemos passar sem isso. A inflação não teve nenhum im­ pacto no preço da salvação. Em 1975, a congregação da Igreja Metodista Unida de Grenfell, Saskatchewan, atraiu muita atenção ao colocar o seguinte anúncio na seção de classificados do jornal local: Mesmo nesta época de inflação, o salário do pecado continua o mesmo. A inflação pode subir e os salários podem aumentar, mas o salário do pecado é a morte. Isso não mudou. A salvação ainda é de graça. Isso tampouco mudou. Não é maravilhoso saber que, embora a desvalori­ zação tenha enfraquecido as moedas da Terra, a moeda do Céu, a qual o nosso Deus oferece livremente para pagar o débito de todos os nos­ sos pecados, continua estável? Sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, quefostes resgatados do vossofutilprocedimento que vossospais vos lega- 36 |___________ rflpocalipse Verso Por Verso____________
  • 37. ram, mas pelo precioso sangue de Cristo, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo (I Pedro 1:18 e 19). O remédio oferecido não é atirar pedras na igreja. É examinar a sua própria condição. Se você vem acrescentando à sua vida espiritual grandes quantidades de coisas brilhantes pensando que eram ouro, e agora está descobrindo que aquilo não vale nada, vá até a casa da moe­ da celestial e compre ouro provado no fogo. Vestes brancas: A justiça de Cristo. Nossa própria justiça é como trapos de imundície (Isaías 64:6). Se você achava que estava vestido e, após cuidadosa verificação, descobriu que estava nu, volte logo para Ele. Busque adquirir gratuitamente a roupa que Ele preparou com Sua própria justiça e aquela veste de bondade do Seu Espírito com a qual Ele vai lhe vestir. Colírio: O Espírito Santo (verAtos 10:38 e I João 2:20 e 27). Você pode olhar para pecadores sem chorar? Busque o colírio em Jesus. 19- Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te. 20. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta., entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo. Duas portas: Este capítulo do Apocalipse fala sobre duas portas, uma no Céu, que já está aberta, e outra na Terra, que precisa ser aber­ ta. Uma dessas portas, nenhum de nós pode fechar. A outra, somente nós podemos abrir. Uma porta, Cristo é quem abre, de maneira que nós possamos passar por ela. A outra porta, somos nós que temos que abrir para que Cristo possa passar. Jesus tem a chave de Davi, que é a Sua autoridade para abrir a porta. Ele não força a entrada pela porta do nosso coração. Ele valo­ riza nossa liberdade de escolha e quer que sejamos livres. Ao olhar­ mos pela janela e O vermos diante da porta, sabendo que Ele viajou uma enorme distância para estar conosco, deveríamos sentir o dese­ jo de abrir a porta. Cristo ama a Sua igreja a despeito das suas falhas. É algo solene ser tão amado por Deus. É um privilégio a ser cobiçado. Mas os amados ______________________ Apocalipse 3______________________ | 37
  • 38. Apocalipse Verso (Por Verso de peculiar maneira pelo Senhor têm uma responsabilidade especial. Quando o Senhor exalta uma igreja, Ele espera mais dela: mais cuida- do em honrá-Lo e mais zelo pela Sua gloria. Ele admoestará esta igreja com sermões duros, palavras severas e com uma consciência dolorida. Se nada disso a despertar, Ele fará uso da vara e ministrará o castigo. 21. Ao vencedor, dar-lbe-ei sentar-se comigo no Meu trono, assim como também Eu venci e Me sentei com Meu Pai no Seu trono. 22. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Qual é o remédio para igrejas recalcitrantes? Nunca esqueça que igrejas relapsas são feitas de membros relapsos. O remédio é mais co­ munhão com Cristo. “Eis que estou à porta e bato.” Cristo foi posto para fora, mas Ele nao Se afastou muito. Ele ama por demais a igreja para que possa deixá-la totalmente. Está à porta esperando. Sabe que a igreja nunca será restaurada até que Ele volte, e deseja abençoá-la. Por isso, Ele fica esperando. Não bate apenas uma vez, mas fica baten­ do por meio de sermões poderosos, providências, impressões sobre a consciência e pela atuação do Espírito Santo. E, enquanto bate, Ele fala; utiliza todos os meios para despertar a igreja.
  • 39. A r q u i t e t o s m o d e r n o s e stim am q u e c u s t a r i a 87 Bi­ lhões de dólares reproduzir um edifício semelhante ao templo de Salomão no século vinte. Esse extraordinário edifício foi projetado pelo próprio Deus (I Crônicas 28:11-19). Foi o edifício mais magnífi­ co que o mundo já conheceu. Neste capítulo, João não estavaolhando parao templo de Salomão, mas o seu antítipo no Céu. Ele viu a habitação do Rei dos reis, a glória do trono eterno. Era muito superior às setemaravilhas do mundo. Nada do que já foi construído naTerrapodia ser mais do que um pálido reflexo do que eleviu. 1, Depois destas coisas, olhei, e eis não somente uma porta aberta no Céu, como também a primeira voz que ouvi, como de trombeta aofalar co­ migo, dizendo: Sobepara aqui, e te mostrarei o que deve acontecer de­ pois destas coisas. Uma voz como trombeta: Esta foi a mesma voz ouvida quando ele estava “em espírito, no dia do Senhor” (Apocalipse 1:10). Mais uma vez, João está no Espírito. Não sabemos se era no dia do Senhor. Uma visao do trono de Deus: Outros profetas bíblicos tiveram a oportunidade de ver a mesma coisa. “Eu vi o Senhor assentado sobre um alto esublime trono” (Isaías 6:1). Isaías viu os anjos cantando “San­ to, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos.” Ezequiel também teve uma visão do trono de Deus, uma extraordinária cena com brasas de fogo ar­ dentes, tochas, rodas sobrenaturais e criaturas viventes (Ezequiel 1). Es­ tevão, pouco antes de morrer como mártir cristão, pôde ter uma vista da sala do trono de Deus. Ele disse: “Eis que vejo os Céus abertos e o Filho do Homem, que está em pc à destra de Deus” (Atos 7:56). 2. Imediatamente, eu me achei em espírito, e eis armado no céu um tro­ no, e, no trono, alguém sentado;
  • 40. 40 .Apocalipse Verso Por Verso 3■ e esse que se acha assentado é semelhante, no aspecto, a pedra de jaspe e de sardônio, e, ao redor do trono, há um arco-íris semelhante, no as­ pecto, a esmeralda. Existe um santuário no Céu? A Bíblia não dá apenas pistas sobre um santuário celestial. O livro de Hebreus nos fala especificamente que cie existe. O Apocalipse o menciona 14 vezes como estando localizado no Céu. Ele é chamado de “santuário que está no Céu” (Apocalipse 14:17), “o santuário de Deus no Céu” (Apocalipse 11:19) e “o templo do taber­ náculo do testemunho... no Céu” (Apocalipse 15:5). O trono de Deus, o qual está no interior do templo celestial, é mencionado 40 vezes. O santuário celestial é o elemento central da mensagem do Apocalipse. O jaspe e a sardónica: O jaspe, diferente de muitas pedras precio­ sas modernas com esse nome, era resplandecente e cristalino (Apoca­ lipse 21:11). Seu brilho retrata a santidade de Deus. O flamejante e ru­ bro jade pode ser um símbolo da Sua ira vingadora. O arco-íris ao redor do trono: O arco-íris da promessa de Deus era um símbolo de Sua misericórdia infalível. Ele foi um sinal do concer­ to de Deus garantindo que Ele nunca mais traria um dilúvio sobre a Terra (Gênesis 9). Aqui ele denota um concerto de graça, por meio do qual a igreja fica a salvo do derramamento da ira dc Deus pelo sangue de um mediador. O arco-íris estava ao redor do trono. Qualquer que fosse a direção em que Deus olhasse, Ele podia ver esse sinal da Sua promessa para nós, dando-nos a certeza de que os dilúvios da Sua ira nunca irão sur­ preender os Seus filhos, mesmo quando os Seus inimigos forem varri­ dos pelo dilúvio de destruição. 4. Ao redor do trono, há também vinte e quatro tronos, e assentados ne­ les, vinte e quatro anciãos vestidos de branco, em cujas cabeças estão co­ roas de ouro. Quem são os 24 anciãos? O rei Davi dividiu o sacerdócio típico em vinte e quatro turnos, c essa ordem ainda era usada no tempo de Cristo. O santuário terrestre, o seu sacerdócio e serviços eram típicos
  • 41. do celestial, “uma parábola,” “uma figura d.as coisas que se acham no Céu” (Hebreus 9:9, 23 e 24). Os 24 anciãos não podiam ser anjos caídos, porque eles estavam Vestidos de vestes brancas” e “tinham sobre a cabeça coroas de ouro”. Eles tinham passado por um conflito e obtido a vitória. As coroas de ouro eram os louros do vencedor. Eles haviam sido redimidos pelo san­ gue de Cristo (Apocalipse 5:8-10). Duas maneiras pelas quais o ser humano pode chegar ao Céu: 1. Transladação. Somente dois homens, de acordo com o relato bí­ blico, foram para o Céu por meio da transladação: Enoque e Elias. 2. Ressurreição. Moisés foi ressuscitado e levado para o Céu logo após o seu scpultamento, e os discípulos o viram falando com Jesus no inonte da transfiguração (Judas 9, Marcos 9:2-4). Os 24 anciãos podem muito bem ter sido os que ressuscitaram com Cristo e com Ele subiram como as primícias da Sua vitória no Calvá­ rio (Mateus 27:50-53, Efésíos 4:8). 5. Do trono saem relâmpagos, vozes e trovões, e, diante do trono, ardem sete tochas de fogo, que são os sete Espíritos de Deus. Relâmpagos e trovões: São símbolos do julgamento divino. Sete lâmpadas: Sete é o número da perfeição. O texto diz que as sete lâmpadas de fogo “são os sete Espíritos de Deus”. A obra comple- [.) do Espírito Santo ê representada em Suas múltiplas operações inves- ligando todas as coisas, atuando em todos os lugares com Seus julga­ mentos e poder purificador. 6. Há diante do trono um como que mar de vidro, semelhante ao cristal, e também, no meio do trono e à volta do trono, quatro seres viventes cheios de olhospor diante epor detrás. Quatro animais: WyclifFe foi o primeiro a usar o termo “besta”, uma tradução infeliz. “Criaturas viventes” seria a tradução mais apro­ ___________________Apocalipse 4___________________ | 41
  • 42. 42 Apocalipse Verso Por Verso priada. Os seres estão no espaço diante do trono e ao redor do trono. O propiciatório do santuário tinha dois querubins cobrindo o trono di­ vino. Deus tem Seus mensageiros e assistentes especiais (Salmo 68:17). A carruagem de Deus é descrita como possuindo rodas vivas “como o fogo ardente”. Essas criaturas viventes vão e voltam aparentando ser rápi­ das como o “relâmpago” (ver Salmo 18:10, Ezequiel 1 e 10, Daniel 7:9 e 10). Aqui está uma vívida descrição feita por uma escritora do século 19: De cada lado do carro de nuvem existem asas, e debaixo dele se acham ro­ das vivas; e, ao volver o carro para cima, as rodas clamam: “Santo, ” e as asas, movendo-se, clamam: "Santo, ” e o cortejo de anjos clama: “Santo, santo, santo, Senhor Deus todo-poderoso” (Ellen G. White, O Grande C o n flito ,650-650- As funções desses querubins são “guardar” e “vigiar”. A primeira vez que eles são mencionados é em Gênesis 3:24, onde são ordenados a “guardar o caminho da árvore da vida”. Israel marchou pelo deserto sob as quatro bandeiras do leão, do no­ vilho, do homem e da águia. Foram esses os seus vigias, sua proteção, símbolos do poder mediante o qual eles foram protegidos e guiados. As quatro criaturas viventes representando os querubins, portanto, são os vigias, os guardas, os protetores do trono de Deus. Dois desses se­ res são chamados de querubins cobridores “ungidos”. 7. Oprimeiro ser vivente ésemelhante a leão, osegundo, semelhante a no­ vilho, o terceiro tem o rosto como de homem, e o quarto ser vivente é semelhante à águia quando está voando. Um leão: 28 vezes, no livro do Apocalipse, Jesus é referido como um Cordeiro. Neste capítulo, Ele é chamado de Leão. Jesus c o “Leão da tribo de Judá”. Assim como o leão é o rei dos animais, Jesus é o Rei dos reis. Suas qualidades de rei são apresentadas no livro de Mateus, que começa com uma genealogia de Jesus. A árvore genealógica é importante para um rei. Você não se torna um rei por ambição, treinamento ou grau de es­ colaridade. Você pode chegar a ser presidente por meio da política,
  • 43. Apocalipse 4 mas a única maneira de tornar-se um rei é nascer como rei. Jesus nas­ ceu em Belém, de linhagem real, nascido para ser rei. Um novilho: Quão diferente de um leão rugidor é um humilde be­ zerro, ou um boi. Ele é um animal de serviço. Jesus veio à Terra “não para ser servido, mas para servir”. Toda a Sua vida foi de serviço. Ele chegou até a Javar os pés dos Seus discípulos. O segundo dos quatro evangelhos apresenta este aspecto do ministé­ rio de Jesus. Marcos não nos fornece uma genealogia. Ao contratar um servo, você não se interessa pelas origens daquela pessoa, quem são os pais, seus avós e muito menos sua árvore genealógica. O que interessa é se cia pode dar conta do serviço. A pessoa pode ter a origem mais hu­ milde, mas, se for esforçada, a origem não tem a menor importância. Rosto como de homem: Jesus não é apenas o “Filho de Deus”, mas em Sua encarnação Ele tornou-se o “Filho do homem”. Como Filho de Deus, Ele é eterno, sem um começo, e "cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Miquéias 5:2). Como o Filho do homem, Ele teve um começo. Ele é o “Filho uni­ génito”, “o primogênito de toda a criação”, ‘nosso irmão mais velho”. Ele quis assumir nossa natureza humana, tentado em tudo, como nós somos (Hebreus 4:15). Como o Filho de Deus, Ele é totalmente divino. Como o Filho do homem, Ele é totalmente humano. O terceiro evangelho, Lucas, O apresenta como um Homem, e dá a Sua genealogia na ordem inversa daquela encontrada em Mateus. Se­ res humanos precisam de uma árvore genealógica. Lucas começa com Jesus e vai de volta até Adao, mas não pára ali. E Cainãu de Enos, e Enos, de Sete, e Sete, de Adão, eAdão, de Deus (Lu­ cas 3:38). A passagem não diz que Adão era filho de um girino, ou filho de uma ameba, ou filho de um macaco. Ele era o filho de Deus. Jesus é uma parte da nossa árvore genealógica. Uma águía voando: Se João tivesse escrito em nossos dias, ele teria visto um avião a jato de grande altitude. Em seus dias, a águia era o ser
  • 44. que voava mais alto. Uma águia podia voar tão alto a ponto de tornar- se apenas um ponto no céu. Vemos aqui a enorme altura do nosso Salvador Jesus Cristo. O evangelho de João O apresenta como Deus. Ele é divino. Não é sim­ plesmente um anjo, mas Deus. Deus não precisa de genealogia. Na verdade, Ele não pode ter uma. Ele não tem ancestrais, nem avós, nem pais. O primeiro capítulo de João apresenta Jesus como Deus. Ele está muito acima de tudo o que podemos ver ou compreender. 8. E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Se­ nhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir. 9- Quando esses seres viventes derem glória, honra e ações de graças ao que se encontra sentado no trono, ao que vivepelos séculos dos séculos, 10. os vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que Se encon­ tra sentado no trono, adorarão o que vive pelos séculos dos séculos e depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando: 11. Tu és digno, Senhor e Deus nosso, de receber a glória, a honra e opo­ der, porque todas as coisas Tu criaste, sim, por causa da Tua vontade vieram a existir eforam criadas. O oratório da criação: No próximo capítulo, temos o oratório da redenção. O oratório da criação deve preceder o oratório da redenção. A criação é o fato mais fundamental de toda a História. E o alicerce de todos os atos de poder, sabedoria e amor de Deus. Ela é a primeira ra­ zão para a adoração, louvor e ação de graça. Não há evolucionistas mo­ dernos entre os adoradores diante do trono dc Deus. Embora muitos na Terra estejam conferindo a glória da criação ao acaso ou à lei natu­ ral, ao redor do trono de Deus no Céu a glória da criação é dada ao Criador de todas as coisas. Digno és, Senhor: Os anjos do Céu nunca cessam de louvar a Deus, dia e noite. Jesus é a figura central da sua adoração. Por que eles O louvam? Eles O conhecem intimamente. Eles O têm conhecido por séculos sem fim, e estão sempre impressionados. Se houvesse algum defeito em Seu caráter, eles o saberiam. 44 |___________ j/lpocalipse Verso Por Verso____________
  • 45. Se você quiser realmente conhecer o caráter de uma pessoa, indague os que convivem com ela. O que os seus filhos pensam a seu respeito? Qual é a avaliação daqueles que estão sempre em sua companhia? Uma vez, pediram a George Whitefield a sua opinião sobre uma pessoa, ao que ele respondeu: “Nunca vivi com ele.” Os anjos que vivem com Jesus não encontraram nEle nenhuma fal­ ta. O veredicto unânime é expresso livremente, em forma de um ale­ gre cântico. Eles vivem entre o que há de melhor na sociedade, onde todos são perfeitos e maduros, livres de qualquer preconceito. Eles não se consideram dignos, e conferem somente a Jesus o título de “digno”. ______________________ Apocalipse 4______________________ I 45
  • 46.
  • 47. Apocalipse Q O MAIOR ESPETÁ CULO M USICAL DA HISTÓRIA É APRESENTA- do neste capítulo. Nunca houve um concerto tal como este oratório em dois temas. A música é a linguagem do Céu. O livro de fala de uma comemoração que ocorreu no Céu por ocasião da criação do mundo, quando miríades de anjos deram o seu louvor em um hino para a criação: “Quando as estrelas da alva juntas, alegremente canta­ vam, e rejubilavam todos os filhos de Deus” (Jó 38:7). O capítulo 4 de Apocalipse descreve esse cântico. Em Apocalipse 5, temos outro con­ certo ainda mais bonito. E o oratório da redenção. 1. Vi, na mão direita dAquele que estava sentado no trono, um livro es­ critopor dentro e porfora [...] selado com sete selos. 2. Vi, também, um anjo forte, que proclamava em grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de lhe desatar os selos? 3. Ora, nem no Céu, nem sobre a Terra, nem debaixo da terra, ninguém podia abrir o livro, nem mesmo olhar para ele; Um oratório de louvor: Um oratório é uma composição musical onde solos e coros combinam com o acompanhamento dc instrumen­ tos. Ele começa com um poderoso cântico de louvor ao Criador, o Cordeiro que é, que era e que virá. Um solo: O oratório começa com um solo vocal de “um anjo for­ te” que canta uma ressonante pergunta: “Quem é digno de abrir o li­ vro e de desatar os seus selos?” A direita dAquele que está sentado no trono está um rolo. É um documento que tem sete selos. Por fora: Havia algo escrito por fora do livro? A Versão Almeida Revista e Corrigida diz: “E vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.” Se houvesse algo escrito por fora, esses escritos poderiam ser lidos. Mas
  • 48. 48 Apocalipse Perso Por Verso esse rolo não podia ser lido sem que se violassem os selos. É possível que a vírgula tenha sido mal posicionada pelos tradutores. Aqui está a maneira como o verso deveria ter sido escrito: .,. um livro escritopor dentro, cporfora selado com seteselos (Apocalipse 5:1). Quem é digno? A única resposta para o desafio que ressoa por toda a criação é o silêncio. Ninguém, entre os anjos e seres não caídos no Céu, responde. Nenhum ser não caído na Terra responde. Nem anjos, nem demônios; ninguém no Céu ou na Terra pode responder. Nem anjos nem homens conhecem os propósitos secretos de Deus. Os querubins, os serafins, os anciãos e as hostes angelicais param de cantar e, silenciosamente, esperam até que alguém se adiante, tome o rolo da mão do Eterno, e quebre os sete selos. As quatro criaturas viventes ficaram emudecidas; silentes ficaram os querubins e serafins. Em uma silenciosa solenidade, sentaram-se os vinte e quatro anciãos em seus tronos. João desconhece o conteúdo do livro. Ele fica tão preocupado que começa a chorar. 4. e eu chorava muito, porque ninguém foi achado digno de abrir o livro, nem mesmo de olharpara ele. 5. Todavia, um dos anciãos me disse: Não chores; eis que o Leão da triho de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos. 6. Então, vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, depé, um Cordeiro como tendo sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos, que são ossete Espíritos de Deus enviadospor toda a Terra. 7. Veio, pois, e tomou o livro da mão direita daquele que estava sentado no trono; O leão: O profeta volta-se para ver um leão. Mas o que ele vê? Ele vê um cordeiro. Cristo é como um leão para os Seus inimigos. Aqui, Ele é descrito como um cordeiro que foi morto. Cerros comandantes militares, ao aparecerem em um desfile, insistem em usar o mesmo uniforme usado na batalha. E uma honra para eles vestir a roupa reta­ lhada com cortes de sabre e enfeitada com marcas dos tiros que a atin­ giram. Jesus venceu o pecado como um Cordeiro. Foi como um cor­ deiro que Ele redimiu a todos.
  • 49. „/7pocalipse o 49 Ele é o cumpridor daquele rolo misterioso, tão cuidadosamente se­ lado. Ele veio para dcsenrolá-lo. Por meio das ações através das quais Ele devia ocupar o lugar mais importante, o rolo foi cumprido. Ele é o único que tem as qualificações necessárias para tomar o livro. Por que Ele tem essas qualificações? 8. e, quando tomou o livro, os quatro seres inventes e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo cada um deles uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos, 9. e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação 10. epara o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a Terra. Por que Ele é digno? “Porque foste morto” (Apocalipse 5:9). Não por­ que foi nascido naTerra. Isto era importante, mas não era tudo. Não por­ que Ele viveu uma vida santa. Por mais importante que isso fosse, a Sua credencial está no fato de que, ao morrer no ensangüentado madeiro, Ele fez provisões para que a nossa violação da justiça e da santidade fosse sa­ nada. Ele mesmo levou “em Seu corpo os nossos pecados”. Ele, que não conhecia pecado, foi feito pecado por nós para que nEle pudéssemos ser feitos justiça de Deus. Houve uma substituição real, lircral e positiva do justo em lugar do injusto para que pudéssemos ser conduzidos para Deus. Qualquer outro tipo de expiação não vale o fôlego utilizado para prcgá-la. 11. Vi e ouvi uma voz de muitos anjos ao redor do trono, dos seres viven­ tes e dos ariciãios, cujo número era de milhões de milhões e milhares de milhares, 12. proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro quejoi morto de re­ ceber opoder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, eglória, e louvor. 13. Então, ouvi que toda criatura que há no Céu e sobre a Terra, debai­ xo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Aque­ le que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos. 14. E os quatro seres viventes respondiam: Amém! Também os anciãos prostraram-se e adoraram.
  • 50. O arranjo artístico: Note que o oratório vai formando corais e quartetos imortais, todos cantando louvores celestiais. Ele começa com um quarteto, que canta o cântico dos serafins: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, oTodo-poderoso.” Entram, então, os 24 cantores can­ tando o oratório da criação. Em seguida, vem um solo com a pergun­ ta: “Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?” Quando o Cordeiro toma o livro da mão do Criador, ouve-se o quarteto em uníssono e o coro dos anciãos cantando um novo cânti­ co: “Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o Teu sangue compraste para Deus homens de toda tri­ bo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Deus os fizeste reis e sa­ cerdotes; e eles reinarão sobre a Terra.” Então, um coro majestoso explode em louvor. Os anjos cantam. “E era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares.” Todos eles unem-se no cântico: “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o po­ der, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças.” Este é o maior coro já formado. Mas, note, ele continua crescendo e ficando cada vez maior. Começa, agora, o emocionante crescendo, o clímax e o grande final. Não somente as criaturas viventes, os anciãos e os anjos, mas todas as coisas criadas que estão no Céu e na Terra, de­ baixo da terra, no mar, e todas as coisas que neles há estão louvando o Criador e Redentor. Depois disso, quando a agitação do louvor universal fenece, ouve- se o som de um grandioso amém, que vem dos lábios das quatro cria­ turas viventes. Há, então, um absoluto silêncio; os quatro anciãos se prostram e adoram. Qual é a mensagem de todo o oratório? “Ele é digno,” Todos pre­ cisamos unir-nos àquele cântico. Jesus é digno da minha vida e do meu amor. Ele é digno de tudo o que eu possa dizer dEle, mil vezes mais digno. Ele é digno de toda a música e de todas as harpas da Terra, dig­ no de todas as músicas dos melhores cantores, digno de toda a poesia dos melhores escritores. Ele é digno de coda a adoração, digno de tudo o que cada pessoa possa conceber, digno de ser adorado por tudo o que está na Terra, no Céu e no Céu dos céus. Não podemos apenas fingir que Lhe damos aquilo de que Ele é digno. Que o tempo e a eternidade juntem-se para proclamar a pode­ rosa mensagem: “Ele é digno.” 50 |___________ fApocalipse Verso Por Verso____________
  • 51. Apocalipse Q A p o c a l ip se 6 a b r e o u t r a c a d e ia p r o f é t ic a d e e v e n t o s que cobre o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igre­ jas, mas dando ênfase a diferentes eventos. 1, Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete seios e ouvi um dos quatro se­ res viventes dizendo, como sefosse voz de trovão: Vem! 2. Vi, então, e eis um cavalo branco e o seu cavaleiro com um arco; efoi- lhe dada uma coroa; e ele saiu vencendo e para vencer. Cavalos: Cavalos e cavaleiros são usados num sentido simbólico em todas as Escrituras, sendo uma representação apropriada da igreja na fase militante da sua trajetória (Jó 39:19-25; Zacarias 1:8, 6:1-3 e 5). Um lamento é pronunciado sobre os que confiam “nos cavaleiros, por­ que são muito fortes ” (Isaías 31:1), e é dito sobre o rei da Babilônia que “seus cavalos são mais ligeiros do que as águias” (Jeremias 4:13). Jeremias perguntou a Judá: “Como poderás competir com os que vão a cavalo?” (Jeremias 12:5). O salmista falou da “grande força” do cava­ lo (Salmo 33:17). Cavalos simbolizam potência, poder e força. Não a força para o trabalho, como o boi, ou para o domínio sobre os inimigos, como o leão, mas para as conquistas e o progresso. Caracterizado pela for­ ça combinada com a velocidade e pela ausência de medo, o cavalo simboliza de maneira muito apropriada esta forma de vitalidade es­ piritual e de poder que sustem, energiza e leva para frente, a despei­ to do que venha a se opor, um grande movimento espiritual, seja ele bom ou mal. Uma coroa: A coroa denota vitória. Sobre cada açãodos discípulos es­ tava escrito vitória. Estando alguns deles na prisão, com as costas lacera­ das, seus cânticos de louvor e de ação de graças trouxeram vitória e resul­ taram na conversão de aimas. Pedro foi sentenciado à morte e trancado
  • 52. Apocalipse Verso Por Verso na prisão. Mas a sua última noite na prisão foi de vitória, pois o anjo do Senhor trouxe livramento. A história do evangelho durante o primeiro sé­ culo é verdadeiramente maravilhosa, pois ele foi em frente conquistando e para conquistar. Um cavalo branco: O branco representa a pureza. É por isso que as noivas vestem-se de branco. No primeiro século, as doutrinas da igreja eram perfeitamente puras. Elas vinham diretamente dos lábios de Jesus e de Seus discípulos. Não havia falsas doutrinas para confun­ dir as pessoas. Aquela igreja de puro branco foi em frente conquistando e para conquistar. Nada a detinha. Os primeiros cristãos não tinham meios de transporte modernos, aparelhos eletrônicos, sistemas de som, jor­ nais informativos ou panfletos. Não tinham rádio e televisão, ou li­ vros, ou literatura para distribuir, mas saíram de Jerusalém para con­ quistar. Havia poder na mensagem. A conquista não era por meio de argumentos. Jesus não lhes havia dito: “Vocês são Meus advogados.” Ele disse: “Vocês são Minhas testemunhas.” Não demorou muito para que a mensagem que eles pregavam revolucionasse o mundo de então. O cristianismo saiu de Jerusalém e foi para a Judéia, para Samaria, até os confins da Terra, conquistando e para conquistar. Paulo podia dizer que o mundo inteiro do seu tempo tinha ouvido o evangelho. Os opositores diziam que os cristãos tinham virado o mundo de cabeça para baixo. Eles causaram tal impacto no mundo que atraíram perse­ guição sobre si mesmos, trazendo o cumprimento do segundo selo. 3. Quando abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizendo: Vem! 4. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao seu cavaleiro, foi-lhe dado tirar a paz da Terra para que os homens se matassem uns aos outros; também lhefoi dada uma grande espada. Um cavalo vermelho: Agora não é mais um vestido de casamento do mais puro branco. Não c mais um cavalo branco. Ele agora ficou tingido de sangue. O vermelho representa sangue e perseguição. Não demorou muito para que os cristãos tivessem que enfrentar a espada. Milhões, lite­ ralmente, morreram quando o Império Romano tentou varrer o cristia­ nismo da face da Terra. Esse período corresponde à igreja de Esmirna.
  • 53. Cada vez que eles matavam um cristão, muitas pessoas aceita­ vam o cristianismo. Foi por isso que Tcrtuliano fez a famosa de­ claração: “O sangue dos mártires é uma semente.” Ele comparou a igreja a um gramado. Quanto mais freqüentemente se corta, mais ele cresce. Os cristãos primitivos não tinham liberdade. Ser cristão era um cri­ me punido com a morte. Se isso ocorresse hoje, fico imaginando quan­ tos ainda seriam cristãos. Conta-se que no Concílio de Nicéia, em 325 d.C., quase todos os delegados apresentavam algum tipo de mutilação, resultado da perse­ guição. A alguns faltava uma perna; a outros faltava um braço, e ainda a outros, um olho. Todos ostentavam alguma marca da perseguição. O tempo do cavalo vermelho foi o tempo em que os pagãos perseguiram os cristãos. Mas não seria sempre assim. 5- Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizendo: Vem!En­ tão, vi, e eis um cavalopreto e o seu cavaleiro com uma balança na mão. 6. E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevadapor um denário; e não danifiques o azeite e o vinho. Um cavalo preto: Do branco para o vermelho, e agora do verme­ lho para o preto. Chegamos ao tempo de Constantino, que dizia ter visto o sinal da cruz no céu, e ouvido uma voz falar: “Em nome deste sinal, conquiste.” E foí assim que ele aceitou nominalmente o cristia­ nismo. Ele conduziu seu exército através de um rio e declarou que to­ dos estavam batizados. Mas ele mesmo só veio a batizar-se pouco an­ tes de morrer, para não ter que mudar seu estilo de vida. O cristianis­ mo, agora, já não era mais ilícito. Era popular. De fato, as pessoas eram incentivadas a tornar-se cristãs. Até di­ nheiro e uma muda de roupa eram oferecidos a quem se tornasse cristão. Mas o cristianismo já não era mais puro. Não era mais bran­ co. Era tão corrupto que foi representado por um cavalo preto. As doutrinas pagãs tomaram o lugar das brancas e puras doutrinas da igreja primitiva. Infelizmente, ao longo do tempo, em vez de a igreja virar o mun­ do de cabeça para baixo, foi o mundo que virou a igreja de cabeça para _________'(flpocalipse 6_________|5 3
  • 54. 54_1 Apocalipse Verso Por Verso baixo. Foi durante esse período que a igreja começou a dominar o Es­ tado ou o governo. E agora náo são mais os pagãos que perseguem os cristãos. São os cristãos que passam a perseguir os pagãos. Uma balança: Nesta visão, João viu uma balança na mão do cava­ leiro. “Uma medida de trigo por um dinheiro; e três medidas de ceva­ da por um dinheiro.” Deus havia ordenado que o pão da vida devia ser de graça. Mas agora estava sendo vendido. A religião tornou-se um ne­ gócio e, em muitos casos, até hoje ela é um grande negócio. Pessoas e igrejas estão usando a Palavra de Deus para ganhar dinheiro. 7. Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vi­ vente dizendo: Vem! 8. E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo, efoi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mor­ tandade epor meio dasferas da terra. Um cavalo amarelo: Este cavalo tem a cor da morte. Quando você machuca o dedo e ele fica preto, é possível que vá sentir muita dor. Mas ele ainda está vivo. Será muito pior se ele perder a cor e a sensibi­ lidade. Chegamos ao tempo de uma igreja morta. Não há mais vida na religião. O que poderia ser pior? Muitas igrejas estão completamente mortas hoje. Elas tornaram-se clubes sem nada para oferecer ao mundo. Nem Bíblia, nem mensa­ gem, nem missão! Foi durante os 1.260 anos de perseguição que os templos pagãos vi­ raram igrejas cristãs. Mas a povo verdadeiro de Deus teve que fugir para as montanhas a fim de adorar o seu Deus. Minha esposa e eu visitamos a pequena cidade de Torre de Peliche, na Itália. Vimos o lugar onde os valdenses se refugiaram, ao fugirem da perseguição. Coloquei-me atrás do seu púlpito, tomei nas mãos uma Bíblia. Que emoção! Não eram mais pagãos perseguindo cristãos. Não eram mais cris­ tãos perseguindo pagãos. Agora eram cristãos perseguindo e matando outros cristãos. A Roma cristã não crucificava as pessoas como a Roma pagã fazia. A Roma cristã as queimava vivas. A Roma pagã torturava
  • 55. ,Apocalipse 6 criminosos por roubarem, mas a Roma cristã torturava cristãos por le­ rem a Bíblia do seu próprio jeito. 9. Quando Ele abriu o quinto selo, vi, debaixo do altar, as almas da­ queles que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. 10. Clamaram em grande voz, dizendo: Ate' quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, nãojulgas, nem vingas o nosso sangue dos que ha­ bitam sobre a Terra? A voz do sangue: A mesma expressão é usada no íivro de Êxodo. O sangue de Abel clama por vingança. Aqui a ilustração de Deus dá voz ao sangue de mártires inocentes. Eles morreram por sua fé e, de acor­ do com todas as aparências humanas, Deus nada fez para protegê-los. Um dia, porém, as contas serão accrtadus. Em um cemitério da Escócia, onde os corpos de 1.800 mártires fo­ ram enterrados, há uma pedra com esse texto. Saber que um dia, mui­ to em breve, as contas serão acertadas traz-me muita coragem. Há muita falta de justiça neste velho mundo. Mas um dia, muito em bre­ ve, Deus vai tomar o comando e, então, não haverá mais injustiça. As almas debaixo do altar: Será que isso ensina que as almas de­ sencarnadas dos mortos estão conscientes no Céu? Se não é assim, por que não? 1. O altar do sacrifício no qual eles foram imolados e sob o qual eles são vistos não está no Céu, mas na Terra. O único altar no Céu é o altar do incenso. 2. Não podemos imaginar que o espírito de vingança pudesse domi­ nar de tal maneira as mentes das almas no Céu a ponto de fazer com que, a despeito da alegria e da glória do Céu, elas não ficassem satisfeitas e à vontade até que vissem a vingança sendo infligida sobre seus inimigos. 3. Se a idéia popular que coloca essas almas no Céu fosse verdade, seus perseguidores estariam queimando no inferno. Por que essas almas estariam clamando por vingança? Que vingança maior poderiam querer?