O documento discute a produção de resumos de filmes baseados em obras literárias. Enfatiza a importância de ler a obra original e de evitar abordagens superficiais ou plágio, sugerindo que é possível criar trabalhos inteligentes e criativos sem demorar muito tempo.
Apresentação para décimo ano de 2017 8, aula 35-36
Apresentação para décimo ano de 2011 2, aula 63
1.
2. A partir de amanhã trarei
computador para irem pondo ficheiros
de bibliofilmes.
Evitar partes gagas de trazer em
projeto.
Ou de só só ser o ficheiro visível
num programa especialíssimo.
Ou de ter havido uma série de
problemas técnicos.
Ou prometer que ainda se envia
para aqui ou para acolá.
3. Ler as instruções que pus há muito
no blogue (e não ligar demasiado a
exemplos).
O filme não tem de — nem deve
talvez — seguir a obra lida com olhar
ensaístico ou recontando-a. (Era
preferível aproveitá-la de maneira
criativa.)
4. Em rigor, deviam ler um livro
(preocupam-me as abordagens de
poemas, se não houver leitura do livro
respetivo...).
Ser rigoroso (por exemplo, nas
referências; nas eventuais legendas).
5. Ficarei bastante aborrecido perante
coisas mal acabadas (feitas só para
dizer que se entregou). É possível fazer
trabalhos inteligentes que não sejam
demasiado demorados (essencial aliás
é a escrita, a expressão oral, a leitura
da obra).
8. Personagens
O protagonista, um velho de oitenta e um
anos, era o patriarca de uma família
numerosa, que sob o teto da sua cabana se
acolhia (pelo menos, nas épocas de
escassez).
9. O seu adjuvante (na verdade, segunda
personagem, decerto mais que mero
figurante) era Cachupín, aparentemente
mais estimado pelo velho do que o resto da
família, «esses merdosos».
O velho segue um ritual repetido há
trinta anos, quando «chega o tempo das
vacas magras»: põe na boca fatias de
«charque», com que depois constitui um
10. bolo que dá ao cão a engolir, ordenando-
lhe, porém, que não o mastigasse. Uma vez
finda esta operação, velho e cão partem; e
familiares regressam à cabana.
11. Narrador
O narrador é não participante
(heterodiegético) e, na primeira parte do
conto, parece ter focalização omnisciente.
Na parte 2, quase parece que o narrador
adota uma focalização interna. Isso decorre
também da importância que ganha o
monólogo do velho, (que é, na verdade, um
diálogo em que Cachupín não chega a
intervir explicitamente).
12. Espaço
A ação situa-se na Patagónia argentina.
O centro é uma cabana, perdida na estepe,
com pergaminhos históricos que serão
relevantes na intriga: nela tinham vivido
dois bandidos famosos, Butch Cassidy e
Sundance Kid.
Quando termina a primeira parte, inicia-
se uma viagem, a Esquel, a grande cidade.
O conto irá terminar com o regresso à
cabana (que, ver-se-á, é ela mesma parte do
enredo).
14. aV
b F (era o nome dos cinco cães
anteriores)
c F (caminhavam de modo seguro,
porque conheciam bem o terreno)
d F (uma boleia que os levaria Esquel)
15. • e1 Passou pelos tempos duros em que
a produção de lã terminou porque os
ingleses abandonaram a Patagónia e
abriram novas fazendas lanares na
Austrália
16. • c2 Lembrava-se da longa caminhada
com a família de Las Heras a Cholila,
em busca de melhores condições de
vida.
17. • h3 Em Cholila tinha ouvido falar de
uma cabana vazia, que tinha sido de
bandidos estrangeiros, na qual diziam
haver fantasmas.
18. • j4 Aproximou-se um dia da cabana, que
lhe pareceu ter condições muito boas.
20. • a6 Quando procedia a algumas
reparações necessárias nas paredes,
encontrou uma fenda de rebordos
suaves.
21. • b7 Pensando inicialmente que se
trataria de botões de uniformes
militares, quando tirou a primeira peça
metálica logo percebeu que tinha
encontrado um tesouro, fruto de um
assalto realizado em 1905 pela
Quadrilha Selvagem.
22. • g8 Não resistiu a correr até à venda de
Cholila para vender aquela moeda e
passou um mau bocado.
23. • i9 O vendeiro viu a moeda em cima do
balcão e chamou o chefe da polícia,
que o levou até ao quartel.
24. • d10 Apanhou a primeira sova da sua
vida e passou vários dias pendurado
de cabeça para baixo, enquanto os
gendarmes vasculhavam a cabana em
busca do tesouro que nunca
encontraram.
25.
26. Personagens
O protagonista, Giacinto, também é o
chefe da família. O seu poder sobre os
outros provém do dinheiro que guarda,
esconde, obsessivamente. Tem como
oponentes quase todos os restantes
parentes, que crê quererem roubá-lo.
Os outros (no fundo, a personagem
coletiva ‘restante família’) conspiram contra
ele, mas Giacinto também os ataca, não se
chegando a um resultado que favoreça uma
27. Diga-se ainda que há uma personagem
um pouco à parte do confronto dos dois
pólos e, ver-se-á, sua vítima, que é a
rapariga que trata das outras crianças. Só
talvez ela não seja propriamente uma
personagem-tipo (todas as outras o são, já
que os seus comportamentos são
estilizados no sentido de representarem
quase caricaturas).
28. Narrador
Não há narrador (nem voz off que faça o
seu papel). Podemos dizer que, em muitos
momentos, há focalização interna em
Giacinto, já que seguimos as peripécias
através do seu olhar e temos os retratos
das personagens filtrados pelas
observações, pelos monólogos, do
protagonista.
29. A miúda funciona um pouco como um
«narrador de focalização externa». Quando
ela surge, o que se nos mostra parece
«menos comentado», como observado por
alguém que só pudesse ver a superfície e
desconhecesse quaisquer outras
informações.
30. Espaço
A ação decorre em Roma (Itália), quase
concentrada numa barraca e nos terrenos
em redor. É um território que é disputado (o
poder do protagonista advém também de
ser o seu proprietário). Incrustado na
cidade, o espaço em causa não deixa de
estar à margem da urbe.
No final, há um regresso ao espaço
inicial, um entrincheiramento da família, e
até de outros, naquele espaço, cada vez
mais inverosímil.
31. TPC — Os finalistas da Liga dos
Campeões e da Liga Europa devem
preparar as partes 3 [p. 266: (vencedor
de) E; 267: (vencedor de) F] e 4 [p. 269:
vencedores de M e N] do conto que
estivemos a ler.
O concurso José Gomes Ferreira
decorre até 8 de Junho (têm o
regulamento em Gaveta de Nuvens).