A organização Strategic and Competitive Intelligence Professionals (SCIP) chegou a Portugal para mostrar que a "Inteligência Competitiva" é uma nova ferramenta de gestão que permite às empresas desenvolver insights sobre o ambiente competitivo e tomar melhores decisões estratégicas, táticas e operacionais. A Inteligência Competitiva engloba todos os fatores que impactam os consumidores e as organizações de uma indústria. Ela tem sido cada vez mais procurada por empresas e os profissionais de IC estão a chegar à alta gestão.
2015_05_25 “Inteligência Competitiva” é a nova ferramenta de gestão - Vida Económica Luis Madureira
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“Inteligência competitiva” é a nova ferramenta de gestão
A organização Strategic and Competitive Intelligence Professionals
(SCIP) chegou a Portugal e pretende mostrar aos executivos que há
um novo caminho para chegar ao topo da gestão de empresas: a
Inteligência Competitiva.
Desafiado a descrever quais os fundamentos deste novo conceito de gestão, Luís Madureira explica
que “a Competitive Intelligence (CI) consiste em desenvolver ‘insights’ acionáveis sobre o ambiente
competitivo para ter sucesso na tomada de decisão estratégia, tática e operacional”, englobando
“todos os fatores políticos, económicos, sociais, tecnológicos, ambientais e legais que impactam os
consumidores e as organizações de uma indústria, numa determinada geografia”.
Ainda segundo o presidente da SCIP Portugal Chapter, esta capacidade organizacional tem sido “cada
vez mais procurada” pelas empresas na procura de respostas à crescente velocidade de mudança dos
mercados. Por esse motivo, cada vez mais profissionais de CI “estão a chegar à gestão de topo, pois
são os únicos que conseguem encontrar sentido no seio desta sociedade em sobrecarga de dados e
informação”.
O responsável defende ainda que a Inteligência Competitiva “é a ferramenta mais adequada” para lidar
com o novo mundo dos negócios, “volátil, incerto, complexo e ambíguo”. Esta permite às empresas
“lidar com a ocorrência de eventos disruptivos, com a necessidade de prever a direção dos mercados e
dos concorrentes, com a complexidade na identificação de causas e efeitos e o seu real impacto”.
“Tenho casos em que conseguimos antecipar em cerca de nove meses campanhas de comunicação de
concorrentes, ou antecipar movimentos de consolidação da indústria em cerca de seis meses”,
exemplifica.
Aplicação do conceito às empresas
2. Questionado sobre de que forma este conceito pode ser aplicado às empresas, Luís Madureira indica
que a CI tem várias aplicações que vão “desde a compreensão em detalhe do negócio dos
concorrentes, das suas estratégias de marketing e marca, das campanhas de comunicação que
desenvolvem, ou mesmo até prever que inovações vão ser lançadas no mercado”.
O conceito pode ser ainda explorado através da “realização de Business War Games”, de forma a
“identificar oportunidades de mercado, mitigar ameaças, ou tirar partido dos pontos fracos dos
concorrentes, para otimizar ou simplesmente blindar a nossa estratégia, sendo esta outra das
aplicações”.
FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt, 14/05/2015