2. JOGOS EMPRESARIAL
O jogo através dos tempos
O homem é um jogador!
O jogo acompanha o
homem desde os
primórdios da humanidade.
Quando o homem ainda não
sabia falar, fazia uso do
jogo dos gestos e dos sons
para comunicar-se; ao
descobrir a fala, teve inicio
o jogo de palavras- talvez
tenha sido este o primeiro
jogo consciente.
3. Toda capacidade e habilidade humana
provém do jogo. Utilizamos o jogo dos
músculos e dos membros para nos ergue
e caminhar desafiando além do
equilibrio. Cada passo dado é um ponto
marcado no jogo do caminhar. Em nosso
cotidiano utilizamos várias formas de
jogo; o jogo dos sentidos, em que a
curiosidade nos leva ao conhecimento; os
jogos corporais, expressos na dança, nas
cerimônias e nos rituais de certos povos;
o jogo das cores, da forma e dos sons,
presente na arte dos imortais; o jogo do
olhar, cujo exemplo observável se
encontra na cumplicidade do olhar dos
enamorados. Enfim, o jogo está aí,
fazendo parte de nossas vidas.
4. Quando entramos em um jogo, qualquer
que seja ele, automaticamente aceitamos
suas regras. Por meio delas, separamo-nos
por determinado momento do mundo real
exterior e estabelecemos contato com
nossas escala interna de valores, vivendo a
fascinação e a magia do lúdico tornamo-nos
crianças, entramos em contato com nossa
verdadeira essência.
Johan Huizinga, em seu livro Homo
Ludens, defende a idéia do jogo como, algo
mais que um fenômeno fisiológico ou um
reflexo psicologico. Para ele, o jogo é uma
função significante e transcendente as
necessidades imediatas da vida: confere
sentido á ação. E o poder do jogo é tão
grande que nenhuma ciência ainda
conseguiu explicar a fascinação que ele
exerce sobre as pessoas . Sua existência
independe de qualquer credo, raça, cultura
5. Situações diversas apontam o jogo como uma
atividade. Em todo o mundo, crianças
geograficamente afastada por milhares e
milhares de quilômetros inventam diversas
brincadeiras, nas quais a competição lúdica,
os jogos encontraram e combinaram aqueles
rituais, celebrando por meio de brincadeira
séria.
6. A brincadeira do pique, o famoso pegador ou
pega-pega, é um exelente exemplo de jogos
encontrados em todas as culturas. Isso
também ocorre com as cantigas de roda,
vestigios da era do Círculo Mágico, quando
povos primitivos celebravam importantes
acontecimento formando círculos, grandes
rodas. Neste tipo de formação, as pessoas
expressavam suas expectativas e emoções
cantando e dançando, acreditando que, no
círculo, todos seriam iguais e não haveria
disputa pela liderança.
7.
8. Todos encontravam-se no mesmo plano e
enxergavam-se uns aos outros. Pesquisas
revelam a antiguidade dos jogos: provavelmente
as crianças era paleolítica brincassem de
esconder, guiadas pelo instinto, pelo espírito
lúdico e de imitações, ou, simplesmente, pela
necessidade de recriar -se.
9. Nos jogos infantis, as crianças tentam imitar
os adultos em seus rituais, cultos, cerimônia
e atos do cotidiano. Provavelmente muitos
meninos ja devem ter participados dos jogos
simulados de guerra bem antes que se
pudesse ter registros de tal fato.
10. Impressões arquiológicas e pinturas rupestres
comprovam que na antiguidade determinados jogos
já existiam. Gregos e romanos jogavam o pião atual.
No século IX a.C. foram encontradas bonecas em
túmulo de crianças. Nas ruínas incas do Peru,
arquiólogos descobriram vários brinquedos infantis.
Adolescentes gregos divertiam-se arremessando na
parede uma bola cheia de ar, feita de bexiga de
animais, envolta de capa de couro; esta pode ter sido
a bola que inspirou jogos como os basquete, o
voleibol e o futebol. O atual cabo-de-guerra já era
praticado pelos meninos de atenas. Na idade média,
pajes e filhos de barões feudais simulavam combates
de arco-e-flecha ou lanças;
11. Defendiam e atacavam burgos imaginários,
perseguiam ladrões e imitavam em tudo os
cavaleiros andantes.
No século XIX, os modelos de simulação com
fins
de treinamento começaram a ser usado na
área militar. Os jogos de tabuleiro,
representando o exércitos, serviam de
modelo para os prussianos, como forma de
antecipar estratégias e táticas que poderiam
ser aplicadas em batalhas reais.
12. A utilizaçào dos jogos simulados como
instrumento de aprendizagem teve seu
incremento nos Estados Unidos, na década de
1950, com finalidade de treinar executivos da
área financeira. Devido aos resultados positivos,
sua utilização estendeu-se a outras áreas,
chegando ao Brasil com força total na década de
1980.
13. Os primeiros jogos que surgiram no Brasil eram
traduzidos, e os modelos, importados. Atualmente, já
temos equipes de profissionais e consultores que
desenvolvem simuladores retratando com
fidedignidade nossas principais situações
empresariais. Esses jogos constituem importantes
instrumentos que atuam em programas especÍfico da
áreas educacional e empresarial.
14. Antes de atividade lúdica, o jogo é um
instrumento dos mais importantes na educação
em geral. Por meio dele, as pessoas exercitam
habilidades necessariás ao seu desenvolvimento
integral, dentre elas, autodisciplina,
sociabilidade, afetividade, valores morais,
espirito de equipe e bom senso.
15. No desenrolar do jogo as pessoas revelam facetas de
seu caráter que normalmente não exibem por recear
sanções. Devido ao ambiente permissivo, as vivências
são espontâneas e surgem comportamentos
assertivos ou não assertivos, trabalhados por meio de
análise posterior. As conclusões servem de base para
reformulação ou reforço de atitudes e
comportamentos. O jogo é como um exercício que
prepara o indivíduo para a avida.
16. Para compreender o conceito de jogo,
precisamos utilizar a imaginação. Vamos
pensar em um final de semana em que
resolvemos jogar o vôlei no clube. Á luz desta
situação, podemos compreender o conceito a
seguir.
17. O jogo é uma atividade espontânea, realizar
por mais de uma pessoas, regida por regras
que determinam quem vencerá. Estas regras
incluem o tempo de duração, o que é
permitido e proibido, valores das jogadas e
indicadores sobre como terminar a partida.