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Brincadeiras e
Jogos
Introdução aos Jogos e Brincadeiras Populares conceitos e
pressupostos históricos
Aula 01
• Professor Gerardo Marcílio Pinto
Lima
• Especialista em Educação física
escolar
• Especialista em Treinamento
desportivo
O que veremos
nesta aula
• Brincadeiras e jogos na escola;
• Conceitos e definição;
• A importância do jogo;
• O jogo enquanto patrimônio da
humanidade;
• O jogo na perspectiva do lazer e da
qualidade de vida;
• As possíveis variações das brincadeiras
e jogos.
Nossa avaliações
1. Participação nas práticas dos dias
14/21/28 de setembro e 05 de
outubro;
2. Seminário sobre Jogos e
brincadeiras. Temas: Jogos de
matriz africana, matriz indígena,
Jogos populares, Jogos e
brincadeiras cantadas, Jogos
cooperativos e Jogos competitivos;
3. Prova no modelo de corrida de
orientação em grupos. Todo o
conteúdo trabalhado na N1.
Jogo das bolas ao alto
• Objetivos:
• Demonstrar como o jogo pode ser
uma ferramenta para o
desenvolvimento de inúmeras
situações, conteúdos e valores.
O Jogo
• O jogo (brincar e jogar são sinônimos em diversas línguas)
é uma invenção do homem, um ato que em sua
intencionalidade e curiosidade resultam num processo
criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o
presente.
• Quando se joga, estamos operando om o significado das
nossas ações, o que nos faz desenvolver vontade e ao
mesmo tempo nos tornarmos mais conscientes de nossas
escolhas e decisões.
Coletivo de autores (1992)
O jogo é um universo
1. Brincadeiras e Jogos
no contexto da escola
• Neste primeiro momento, apresentaremos o
entendimento e os conceitos relativos ao jogo
e sua importância no contexto das aulas de
Educação Física, com o objetivo principal de
mostrar suas possibilidades de aplicação.
• Além disso, na perspectiva da Cultura Corporal
de Movimentos, a qual defendemos,
apontamos para alguns procedimentos
metodológicos, que você, futuro professor,
poderá adotar durante o ensino do jogo.
1.2 Definição
Conforme estudos realizados por Silva e Gonçalves (2010), define-se jogo como:
1. Ação de caráter voluntário, pois o jogador toma iniciativa de jogar em busca
de um sentimento de prazer e realização;
2. A existência das regras, as quais são pré-estabelecidas no início ou
construídas durante a prática e devem ser cumpridas à risca;
3. Assume identidade única, pois cada jogo se caracterizará por ações inéditas;
4. Se bem conduzidos apresentam aos indivíduos valores de participação e
integração, baseados em conceitos éticos e morais;
5. Através do jogo podemos desenvolver habilidades motoras que são
imprescindíveis para quem joga.
1.1 Conceito e
importância do
jogo
• O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária,
exercida dentro de certos e determinados
limites de tempo e espaço, segundo regras
livremente consentidas, mas absolutamente
obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo,
acompanhado de um sentimento de tensão, de
alegria e de uma consciência de ser diferente
da vida cotidiana.
Darido (2011, p. 159)
O conceito e a importância do jogo
• Tendo em vista a dificuldade de se diferenciar jogo e brincadeira, ou
brinquedo, optamos por utilizá-los indistintamente, parafraseando
Bomtempo, Hussein e Trevisan (1996). No entanto, o conceito de jogo foi e
continua sendo o mais difundido entre os estudos na área de Educação
Física.
• O jogo é uma grande categoria maior, uma metáfora da vida, uma
simulação lúdica da realidade, que se manifesta, que se concretiza quando
as pessoas fazem esporte, quando lutam, quando fazem ginástica, quando
dançam ou quando as crianças brincam (FREIRE & SCAGLIA, 2003, p. 33).
Importância do jogo na
escola
• O Jogo, a brincadeira e o brinquedo, tudo isso pode ser útil para estimular o
desenvolvimento do aluno, para Santos (1997), a ludicidade é uma
necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas
como diversão.
• O desenvolvimento do aspecto lúdico através do jogo facilita a aprendizagem,
o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para uma boa saúde
mental, prepara para o estado fértil, facilita os processos de socialização,
comunicação, expressão e construção do conhecimento.
2. O jogo enquanto patrimônio da humanidade
• Sabemos que desde a antiguidade os seres humanos jogavam e brincavam
entre si. Alguns registros em forma de desenhos esses jogos nas paredes de
cavernas. Essas e outras evidências nos mostram que o jogo acompanhou
não apenas a evolução histórica, mas esteve presente em todas as
civilizações.
• Assim, encontramos evidências de jogos do Egito, da Grécia, da Índia, da
China, dos Incas, de Angola, da Espanha e, é claro do Brasil. Por exemplo a
amarelinha, empinar papagaios (Arraia) ou jogar pedrinhas têm registro na
Grécia e no oriente, comprovando a universalidade dos jogos infantis
(KISHIMOTO, 1993).
• As brincadeiras e jogos costumam variar
conforme a região, mas mantem sua
essência, sua forma e sua poesia. No Brasil
há uma riqueza muito grande de jogos e
brincadeiras, uma vez que herdamos dos
portugueses, índios e negros em uma
quantidade incrível.
• A Educação Física, ao considerar o jogo
conteúdo e tematizá-lo nas aulas, colabora
para que o mesmo continue a ser
transmitido de geração a geração,
alicerçando esse patrimônio cultural tão
importante para a humanidade.
Jogos em uma dimensão conceitual, atitudinal e
procedimental
• Todos os conteúdos da Educação Física podem ser
trabalhados em três dimensões: Procedimental (saber
fazer) Atitudinal (Quais as atitudes corretas em relação
aquela atividade) e Conceitual (compreender a forma
correta, adequada de se fazer)
• Conforme DARIDO (2011), analisando o cenário
histórico da Educação física, podemos perceber que os
jogos, de uma forma ou de outra, sempre estiveram
presentes no seio da escola, sobre tudo nas ultimas
décadas com a presença marcante do jogo desportivo.
• Mas essa presença estava quase exclusivamente ligada
ao saber fazer, ao executar, e não, por exemplo, a
compreender o papel dos jogos na construção do
patrimônio cultural. Ou seja os alunos são estimulados
a praticar os jogos, e não a compreender os
significados e valores que estão por trás deles.
• Desta forma, de educação e de Educação Física, seria
fundamental considerar os procedimentos, fatos,
conceitos, atitudes e valores, como dimensões dos
conteúdos, todos no mesmo nível de importância.
• A questão que se colocar por hora é a seguinte: quais
os produtos da atividade humana relacionadas com os
jogos, construídos socialmente, devem ser assimilados
pelas novas gerações? Ou, que conteúdos os alunos
deverão adquirir a respeito dos jogos, a fim de se
tornarem preparados e aptos para enfrentar as
exigências da vida social, exercício da cidadania, e as
lutas para melhoria das condições de vida, de trabalho
e de lazer?
• Na dimensão procedimental – ligada ao fazer – podem ser reproduzidas,
transformadas e ou modificadas todas as formas de jogos conhecidas, bem
como realizar pesquisas com pessoas das comunidades dos alunos sobre as
diferentes formas de se jogar um mesmo jogo.
• Na dimensão atitudinal – ligada aos valores, normas e atitudes, podem ser
vivenciadas e discutidas e discutidas, entre outras: a cooperação, a
solidariedade, a inclusão, as relações de gênero, a ética, a pluralidade
cultural e a resolução de conflitos.
• Observação: esta dimensão, embora presente no dia a dia dos nossos
alunos, muitas vezes acontece sem a supervisão do professor. Levantá-la
como possibilidade de utilizá-la como objetivo pedagógico pode ser
considerado como um importante ponto do trabalho docente na Educação
Física.
Dimensão conceitual
• Na dimensão conceitual os alunos são convidados a
conhecer e compreender as transformações por que
passou a sociedade em relação aos hábitos de vida,
incluídos aí os jogos, e relacioná-las com as necessidades
atuais de atividade física.
• Devem também conhecer as mudanças pelas quais
passaram os jogos. Por exemplo que atualmente existem
os jogos eletrônicos mas que também existem os jogos de
tabuleiro, cantados etc.
• Precisam ainda compreender as formas e gestos motores
corretos para que possam praticar os jogos de forma
saudável.
As possíveis variações e classificações das brincadeiras e jogos.
• De acordo com SILVA e JUNIOR (2017), uma possível classificação para os jogos poderia ser:
A) Jogos de salão;
B) Jogos de Perseguição;
C) Jogos de teatro e improviso;
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E) Jogos cooperativos;
F) Jogos competitivos;
G) Jogos pré-desportivos;
H) Jogos e brincadeiras cantadas;
I) Jogos africanos e afro-brasileiros.
Referências bibliográficas
• Bracht at al. METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA. São Paulo – SP
Cortez, 2012.
• Silva, TAC e Junior, Alípio Rodrigues. JOGOS E BRINCADEIRAS. Petrópolis – RJ,
Vozes, 2017.
• DARIDO, Suraya Cristina e RANGEL, Irene, Conceição Andrade. EDUCAÇÃO FÍSICA
NA ESCOLA: implicações para a prática pedagógica. Rio de janeiro – RJ,
Guanabara Koogan, 2011.
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Jogos e Brincadeiras - Aula -01 Conceitos.pdf

  • 2. Introdução aos Jogos e Brincadeiras Populares conceitos e pressupostos históricos Aula 01
  • 3. • Professor Gerardo Marcílio Pinto Lima • Especialista em Educação física escolar • Especialista em Treinamento desportivo
  • 4. O que veremos nesta aula • Brincadeiras e jogos na escola; • Conceitos e definição; • A importância do jogo; • O jogo enquanto patrimônio da humanidade; • O jogo na perspectiva do lazer e da qualidade de vida; • As possíveis variações das brincadeiras e jogos.
  • 5. Nossa avaliações 1. Participação nas práticas dos dias 14/21/28 de setembro e 05 de outubro; 2. Seminário sobre Jogos e brincadeiras. Temas: Jogos de matriz africana, matriz indígena, Jogos populares, Jogos e brincadeiras cantadas, Jogos cooperativos e Jogos competitivos; 3. Prova no modelo de corrida de orientação em grupos. Todo o conteúdo trabalhado na N1.
  • 6. Jogo das bolas ao alto • Objetivos: • Demonstrar como o jogo pode ser uma ferramenta para o desenvolvimento de inúmeras situações, conteúdos e valores.
  • 7. O Jogo • O jogo (brincar e jogar são sinônimos em diversas línguas) é uma invenção do homem, um ato que em sua intencionalidade e curiosidade resultam num processo criativo para modificar, imaginariamente, a realidade e o presente. • Quando se joga, estamos operando om o significado das nossas ações, o que nos faz desenvolver vontade e ao mesmo tempo nos tornarmos mais conscientes de nossas escolhas e decisões. Coletivo de autores (1992)
  • 8. O jogo é um universo
  • 9. 1. Brincadeiras e Jogos no contexto da escola • Neste primeiro momento, apresentaremos o entendimento e os conceitos relativos ao jogo e sua importância no contexto das aulas de Educação Física, com o objetivo principal de mostrar suas possibilidades de aplicação. • Além disso, na perspectiva da Cultura Corporal de Movimentos, a qual defendemos, apontamos para alguns procedimentos metodológicos, que você, futuro professor, poderá adotar durante o ensino do jogo.
  • 10. 1.2 Definição Conforme estudos realizados por Silva e Gonçalves (2010), define-se jogo como: 1. Ação de caráter voluntário, pois o jogador toma iniciativa de jogar em busca de um sentimento de prazer e realização; 2. A existência das regras, as quais são pré-estabelecidas no início ou construídas durante a prática e devem ser cumpridas à risca; 3. Assume identidade única, pois cada jogo se caracterizará por ações inéditas; 4. Se bem conduzidos apresentam aos indivíduos valores de participação e integração, baseados em conceitos éticos e morais; 5. Através do jogo podemos desenvolver habilidades motoras que são imprescindíveis para quem joga.
  • 11. 1.1 Conceito e importância do jogo • O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites de tempo e espaço, segundo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias, dotado de um fim em si mesmo, acompanhado de um sentimento de tensão, de alegria e de uma consciência de ser diferente da vida cotidiana. Darido (2011, p. 159)
  • 12. O conceito e a importância do jogo • Tendo em vista a dificuldade de se diferenciar jogo e brincadeira, ou brinquedo, optamos por utilizá-los indistintamente, parafraseando Bomtempo, Hussein e Trevisan (1996). No entanto, o conceito de jogo foi e continua sendo o mais difundido entre os estudos na área de Educação Física. • O jogo é uma grande categoria maior, uma metáfora da vida, uma simulação lúdica da realidade, que se manifesta, que se concretiza quando as pessoas fazem esporte, quando lutam, quando fazem ginástica, quando dançam ou quando as crianças brincam (FREIRE & SCAGLIA, 2003, p. 33).
  • 13. Importância do jogo na escola • O Jogo, a brincadeira e o brinquedo, tudo isso pode ser útil para estimular o desenvolvimento do aluno, para Santos (1997), a ludicidade é uma necessidade do ser humano em qualquer idade e não pode ser vista apenas como diversão. • O desenvolvimento do aspecto lúdico através do jogo facilita a aprendizagem, o desenvolvimento pessoal, social e cultural, colaborando para uma boa saúde mental, prepara para o estado fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, expressão e construção do conhecimento.
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  • 15. 2. O jogo enquanto patrimônio da humanidade • Sabemos que desde a antiguidade os seres humanos jogavam e brincavam entre si. Alguns registros em forma de desenhos esses jogos nas paredes de cavernas. Essas e outras evidências nos mostram que o jogo acompanhou não apenas a evolução histórica, mas esteve presente em todas as civilizações. • Assim, encontramos evidências de jogos do Egito, da Grécia, da Índia, da China, dos Incas, de Angola, da Espanha e, é claro do Brasil. Por exemplo a amarelinha, empinar papagaios (Arraia) ou jogar pedrinhas têm registro na Grécia e no oriente, comprovando a universalidade dos jogos infantis (KISHIMOTO, 1993).
  • 16. • As brincadeiras e jogos costumam variar conforme a região, mas mantem sua essência, sua forma e sua poesia. No Brasil há uma riqueza muito grande de jogos e brincadeiras, uma vez que herdamos dos portugueses, índios e negros em uma quantidade incrível. • A Educação Física, ao considerar o jogo conteúdo e tematizá-lo nas aulas, colabora para que o mesmo continue a ser transmitido de geração a geração, alicerçando esse patrimônio cultural tão importante para a humanidade.
  • 17. Jogos em uma dimensão conceitual, atitudinal e procedimental • Todos os conteúdos da Educação Física podem ser trabalhados em três dimensões: Procedimental (saber fazer) Atitudinal (Quais as atitudes corretas em relação aquela atividade) e Conceitual (compreender a forma correta, adequada de se fazer) • Conforme DARIDO (2011), analisando o cenário histórico da Educação física, podemos perceber que os jogos, de uma forma ou de outra, sempre estiveram presentes no seio da escola, sobre tudo nas ultimas décadas com a presença marcante do jogo desportivo. • Mas essa presença estava quase exclusivamente ligada ao saber fazer, ao executar, e não, por exemplo, a compreender o papel dos jogos na construção do patrimônio cultural. Ou seja os alunos são estimulados a praticar os jogos, e não a compreender os significados e valores que estão por trás deles.
  • 18. • Desta forma, de educação e de Educação Física, seria fundamental considerar os procedimentos, fatos, conceitos, atitudes e valores, como dimensões dos conteúdos, todos no mesmo nível de importância. • A questão que se colocar por hora é a seguinte: quais os produtos da atividade humana relacionadas com os jogos, construídos socialmente, devem ser assimilados pelas novas gerações? Ou, que conteúdos os alunos deverão adquirir a respeito dos jogos, a fim de se tornarem preparados e aptos para enfrentar as exigências da vida social, exercício da cidadania, e as lutas para melhoria das condições de vida, de trabalho e de lazer?
  • 19. • Na dimensão procedimental – ligada ao fazer – podem ser reproduzidas, transformadas e ou modificadas todas as formas de jogos conhecidas, bem como realizar pesquisas com pessoas das comunidades dos alunos sobre as diferentes formas de se jogar um mesmo jogo. • Na dimensão atitudinal – ligada aos valores, normas e atitudes, podem ser vivenciadas e discutidas e discutidas, entre outras: a cooperação, a solidariedade, a inclusão, as relações de gênero, a ética, a pluralidade cultural e a resolução de conflitos. • Observação: esta dimensão, embora presente no dia a dia dos nossos alunos, muitas vezes acontece sem a supervisão do professor. Levantá-la como possibilidade de utilizá-la como objetivo pedagógico pode ser considerado como um importante ponto do trabalho docente na Educação Física.
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  • 21. Dimensão conceitual • Na dimensão conceitual os alunos são convidados a conhecer e compreender as transformações por que passou a sociedade em relação aos hábitos de vida, incluídos aí os jogos, e relacioná-las com as necessidades atuais de atividade física. • Devem também conhecer as mudanças pelas quais passaram os jogos. Por exemplo que atualmente existem os jogos eletrônicos mas que também existem os jogos de tabuleiro, cantados etc. • Precisam ainda compreender as formas e gestos motores corretos para que possam praticar os jogos de forma saudável.
  • 22. As possíveis variações e classificações das brincadeiras e jogos. • De acordo com SILVA e JUNIOR (2017), uma possível classificação para os jogos poderia ser: A) Jogos de salão; B) Jogos de Perseguição; C) Jogos de teatro e improviso; D) Jogos tradicionais e folclóricos; E) Jogos cooperativos; F) Jogos competitivos; G) Jogos pré-desportivos; H) Jogos e brincadeiras cantadas; I) Jogos africanos e afro-brasileiros.
  • 23. Referências bibliográficas • Bracht at al. METODOLOGIA DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA. São Paulo – SP Cortez, 2012. • Silva, TAC e Junior, Alípio Rodrigues. JOGOS E BRINCADEIRAS. Petrópolis – RJ, Vozes, 2017. • DARIDO, Suraya Cristina e RANGEL, Irene, Conceição Andrade. EDUCAÇÃO FÍSICA NA ESCOLA: implicações para a prática pedagógica. Rio de janeiro – RJ, Guanabara Koogan, 2011.