O documento discute a consorciação e conservação de plantas forrageiras. Ele explica que a consorciação envolve o plantio simultâneo de gramíneas e leguminosas que crescem juntas e são consumidas ao mesmo tempo. Também descreve os benefícios da consorciação, como a fixação de nitrogênio e maior retenção de umidade no solo. O documento ainda aborda os processos de ensilagem e fenação para a conservação de forragens.
2. Consorciação de Plantas Forrageiras
Plantio simultâneo de gramínea (capim) e leguminosa, que crescem juntas
e são consumidas sob pastejo ao mesmo tempo.
Cultivo de soja consorciada com braquiária.
3. Justificativa
• A quase totalidade das pastagens brasileiras é
formada exclusivamente por Gramíneas
Produzem folhagem em abundância
Possuem um vasto sistema radicular ávido por
nutrientes, principalmente pelo Nitrogênio
Consorciação de Plantas Forrageiras
4. Consorciação de Plantas Forrageiras
Estação das Águas
• Alta produção de gramíneas
Seca
• O capim paralisa seu
crescimento
• Torna-se fibroso e pouco
proteico.
– Devido a ausência de
umidade no solo
Capim Tifton - (Cynodon nlemfuensis)
5. Consorciação de Plantas Forrageiras
As leguminosas possuem um sistema radicular do tipo pivotante,
que atinge maior profundidades busca a umidade das camadas mais
profundas, conservando-se verde por um período mais longo.
Se a gramínea é consorciada a uma leguminosa:
6. Consorciação de Plantas Forrageiras
Fixação de nitrogênio
Maior retenção de
umidade no solo
Auxílio contra a entrada
de plantas invasoras
Enriquecimento nutritivo
da massa verde a ser
pastejada
As leguminosas proporcionam ainda muitas outras
vantagens:
7. Consorciação de Plantas Forrageiras
• Espécies mais compatíveis
Para obter o balanço adequado das espécies
consorciadas é necessário:
A seleção por espécies compatíveis
Aplicação de fertilizantes, visando favorecer a
proporção de leguminosas na pastagem
consorciada.
8. Consorciação
Tabela 1 – Algumas leguminosas e gramíneas recomendadas para cultivo em
consorciação
Fonte: Paulino, 2003- Revista Científica Eletrônica de Agronomia, disponível em: http://www.revista.inf.br/agro03/artigos/artigo08.pdf
12. Consorciação de Plantas Forrageiras
BRACHIARIA BRIZANTHA
c.v LA LIBERTAD (MG-4)
Calopogonium mucunoides
13. Consorciação de Plantas Forrageiras
Aspectos Positivos
Pasto de melhor qualidade
Maior ganho de peso
animal
Economia nos gastos com
adubação nitrogenada
Recuperação de áreas
degradadas
Maior cobertura de solo e
melhor proteção
Processo não poluente e
Ambientalmente correto.
14. Consorciação de Plantas Forrageiras
• O nitrogênio é um elemento que quase sempre falta
no solo
Deve ser fornecido ao solo obrigatoriamente
A falta de N afetar seriamente a produção, qualidade e
estabilidade dos pastos e a produtividade animal.
A forma mais rápida de fornecer nitrogênio ao solo é via
aplicação de fertilizantes químicos nitrogenados
15. Consorciação de Plantas Forrageiras
• Fertilizantes químicos nitrogenados
São caros
Produzidos a partir do petróleo
Em grande quantidade, podem causar problemas
ambientais
Contaminam os lençóis freáticos do subsolo.
16. Consorciação de Plantas Forrageiras
Por meio de nódulos que se formam nas suas raízes (sob a ação da bactéria
Rhizobium), o nitrogênio atmosférico é fixado pelas leguminosas.
17. Consorciação de Plantas Forrageiras
Aspectos Negativos – (Limitações)
• Muitas leguminosas exigem solos de alta fertilidade
• Certas variedades são susceptíveis a doenças
• Não se adaptarem às regiões de implantação
As leguminosas não resistem às baixas temperaturas
18. Consorciação de Plantas Forrageiras
• Apesar das limitações as
leguminosas são
utilizadas, por exemplo:
A leucena em solos
profundos e sem
problemas de excesso de
alumínio;
O guandu em Mato
Grosso do Sul;
O calopogônio no Norte
do País
22. Conservação de Forragem
Por que conservar forragens ?
• Períodos de escassez de alimentos
• Maior número de animais por unidade de terra
• Prática de confinamento
• Armazenamento de grande quantidade de
alimento em pouco espaço
25. • Conceito:
Produto resultante do processo de fermentação do
material vegetal pela ação de microrganismos
Silagem
26. Qualidade da Silagem
• Fatores envolvidos:
⇒ Material de origem
Espécie
Idade da planta
Umidade
⇒ Processamento do material
Pré-emurchecimento
Tamanho de partícula
Tipo de corte
Silagem
27. Qualidade da Silagem
⇒ Manejo na ensilagem
Enchimento
Compactação
Fechamento
⇒ Perfil de fermentação
Umidade
Carboidratos solúveis
Poder tampão
Microrganismos presentes
Utilização de aditivos
Silagem
28. Consiste em:
• Corte da planta na época ideal
• Enchimento do silo
• Compactação da massa verde picada
• E vedação do silo.
Ensilagem
29. ÉPOCA IDEAL DO CORTE
Teoricamente
• Quando a planta oferece alto rendimento de matéria seca,
alto nível de proteína e baixo teor de fibra
porém neste estágio a planta apresenta muita umidade
Na prática,
• Quando o teor de matéria seca está ao redor de 28% a 35%
Um fator a ser considerado é o tamanho dos pedaços que a
forragem recebe pela ensiladeira.
Recomenda-se que a regulagem permita picagem em pedaços de
0,5 a 1,5 centímetros
Ensilagem
30. Enchimento do silo
• Deve ser feito o mais rápido possível
• Não é recomendado proceder o Enchimento e
vedação em único dia
Entretanto, não deve-se interromper o enchimento
do silo por um período superior a 24 horas.
Ensilagem
31. Ensilagem
Compactação
• Deverá ser feita através de passagens
consecutivas com o trator sobre a massa
distribuída.
• O objetivo da compactação é a expulsão do ar
– controla a respiração
– eleva a temperatura
– favorece a ação das bactérias lácticas
33. Ensilagem
Vedação
• Consiste em não permitir a entrada de ar
• É feita através da cobertura do silo
– por uma lona
– e posterior colocação de uma camada de terra
35. Ensilagem
Manejo da Silagem
• O processo fermentativo se estabiliza a partir
dos 21 a 27 dias.
A estabilidade:
ph fica ao redor de 4,2
concentração do ácido láctico em torno de 1% a 2%
36. Ensilagem
Manejo da Silagem
• Uma vez aberto o silo deve-se sempre tomar o
cuidado de eliminar:
possíveis bolores, partes com cheiro semelhante ao
álcool e partes escuras.
• Deve-se proceder o corte em toda camada de
maneira uniforme, na quantidade necessária.
• Após a abertura do silo
Obrigatório o corte uniforme de uma camada de pelo
menos 15 centímetros
41. Silagem de Milho e Sorgo
• As melhores culturas para ensilagem
Adequado teor de MS e carboidratos solúveis
Ponto de colheita
Quando a planta atinge 30 a 35% de matéria
seca
43. Silagem de Gramíneas Tropicais
• Utilização vem ganhando espaço nos últimos
anos
Avanços nas pesquisas de validação de sua
qualidade nutricional
• Recente oferta no mercado de máquinas
apropriadas para o corte
Tamanhos de partícula: 2 a 3cm – Facilita a
fermentação e compactação
44. Vantagens da silagem de capim
• Elevada produtividade
das gramíneas
Elefante, Tanzânia,
Mombaça e Tobiatã
→ 30 a 60t MS/ha
• Milho e sorgo
→ 15 a 20t MS/ha
Silagem de Gramíneas Tropicais
45. Desvantagens da silagem de capim
• Valor nutritivo é inferior ao das silagens de milho
e sorgo
Processo fermentativo inadequado em função:
Alto teor de umidade da planta
→Elevada perda por efluentes
Pré-emurchecimento ???
Baixa concentração de carboidratos solúveis
46. Desvantagens podem ser minimizadas
Utilização de aditivos que:
↑ MS da massa (16 a 25% para 30 a 35%)
→ Polpa cítrica, milho triturado, farelo de trigo, feno
Aumentar concentração de carboidratos
solúveis
→ Melaço
47. Silagem de Cana de Açúcar
• Utilização da cana em
qualquer época do ano
• Condições propícias
para o processo de
fermentação:
Alta concentração de
carboidratos solúveis
Adequado valor de MS
48. Silagem de Cana de Açúcar
• Problema:
Alta produção de etanol
® Ação de leveduras
Perdas de MS e redução
no consumo
Pesquisas com aditivos
para redução da
concentração de etanol
49. Silagem de leguminosas
Possuem características indesejáveis ao processo de ensilagem
Alto poder tampão
Baixo teor de carboidratos solúveis
Baixo teor de matéria seca
Baixa produção de MS por área
Equipamentos inadequados para
corte da forragem
50. Silagem de leguminosas
• Prática pode ser
viabilizada pela
utilização de Aditivos
• Fontes de carboidratos
Açúcares
Melaço
Cereais
Polpa de citros
51. Tipos de Silos
• Silos Horizontais
Silo de superfície
Silo trincheira
Silo Bunker
Silo Bag ou Tubo
• Silos Verticais
Silo poço
Silo aéreo
Silo de encosta
69. Fenação
Operações envolvidas na fenação
• Produção da Forrageira
• Corte ou Seiva
• Secagem ou Desidratação
• Recolhimento e Armazenamento
• Fornecimento ou Alimentação
70. Fenação
Produção da Forrageira – (Manejo Agrícola)
• Escolha da planta forrageira
• Formação adequada do estande
• Manutenção da fertilidade do solo
• Controle de plantas daninhas
• Uso adequado do período de carência de herbicidas
• Identificação do estágio de maturação ideal para corte
• Previsão climática
• Planejamento e dimensionamento das áreas de corte
73. Fenação
Secagem ou Desidratação
• São utilizados ancinhos, afofadores e enleiradores
• Pode ser dividida em três etapas
1 - Água de superfície
Fácil desidratação (80 - 85% ® 65%)
2 - Difícil desidratação
Fechamento dos estômatos (65% ® 30%)
3 - Difícil desidratação
30% ® 10 a 15%
78. Fenação
Recolhimento e Armazenamento
• Feno produzido pode ser armazenado a granel
ou ser enfardado
Fardos retangulares ou cilíndricos de diversos
tamanhos
• Vantagem do enfardamento:
Facilidade de manuseio e redução drástica do
volume
Perdas nessa fase são menores
84. Fenação
Como produzir feno de alta qualidade?
Manutenção da fertilidade do solo
Condições climáticas
Apropriadas para secagem no período do corte
Colheita da forragem buscando produção e valor nutritivo
Controle de plantas invasoras
Uso de equipamentos apropriados para o corte e manuseio
da forragem
Enfardar o feno quando a umidade atingir 18%
Armazenar em local apropriado
85. Fenação
Momento do corte para fenação:
• Início da fase de crescimento vegetativo
Menor rendimento forrageiro e alto teor de umidade da
forrageira
• Cortes durante a fase de crescimento reprodutivo
Maior lignificação e menor digestibilidade de proteína e CHO
• Partes da planta diferem quanto a resposta à perda de água
Folhas de leguminosas secam mais rápido do que o caule
Propicia maior perda de folhas
87. Fenação
Quando calor é excessivo ( 55 ºC + umidade)
• Induz à reações não enzimáticas
• Reações normalmente provocam:
Escurecimento da forragem
Odor desagradável e redução da palatabilidade
Perda na digestibilidade de carboidratos e
proteínas
• Fardos grandes (redondos ou retangulares)
Maior susceptibilidade aos danos causados pelo aquecimento
88. Fenação
Perdas no processo de fenação
• Perdas no corte
Devido à altura do resíduo
• Perdas por respiração e fermentação decorrentes
• Perdas por lixiviação
• Perda de folhas
Em decorrência do manuseio excessivo da forragem
• Perdas por deficiência no recolhimento da forragem
• Perdas no armazenamento
Continuação da respiração celular
Desenvolvimento de bactérias, fungos e leveduras
90. Vantagens
• Tecnicamente versátil
• Facilidade de transporte e manuseio
• Versátil do ponto de vista de armazenamento
• Não depende de processos fermentativos
• Comercializável
• Produto estável em contato com o oxigênio
Fenação
91. Silagem em relação ao processo de
Fenação
• Vantagens
Maior facilidade de armazenagem
Menor dependência de condições climáticas
Menor custo e envolvimento de equipamentos
Menor espaço de armazenagem, por unidade de
MS, do que o feno
• Desvantagens
Maior perdas de nutrientes
Determinados compostos podem inibir consumo