SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
O QUE É LITERATURA DE CORDEL
                                                          O cordel é conhecido como o jornal do
                                                              povo. Ele faz registro de momentos
                                                                históricos ou do contexto em que
                                                     aconteceram esses fatos. O cordel contribui,
                                                      assim, como fonte de informação histórica.

             Responder esta pergunta não é tarefa das mais fáceis. É extremamente
difícil encontrar uma resposta que satisfaça a todos os estudiosos do tema. Encontramos
diversas formas de definir o que é Literatura de Cordel, também conhecida por folhetos
de feira, "folhas volantes" ou "folhas soltas" ou ainda literatura de cego1. Uma delas é
de autoria de Marco Haurélio 2, que assim a define: é “a poesia popular impressa e
herdeira do romanceiro tradicional, da literatura oral (em especial dos contos
populares, com predominância dos contos de encantamento)”.

            Francisco Diniz3 recorre ao formado de cordel para definir, segundo seu
ponto de vista o que é Literatura e Cordel:
                                   Literatura de Cordel
                                    É poesia popular,
                              É história contada em versos
                                   Em estrofes a rimar,
                                 Escrita em papel comum
                                  Feita pra ler ou cantar
                                            (...)
                                O cordel é uma expressão
                                   Da autêntica poesia
                                 Do povo da minha terra
                                 Que luta pra que um dia
                                Acabem a fome e miséria,
                                  Haja paz e harmonia.4

            Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma
manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as
histórias do povo — pelo próprio povo.5 É uma modalidade impressa de poesia, original
do Nordeste do Brasil, que já foi muito estigmatizada, mas hoje em dia é bem aceita e
respeitada6, possuindo, inclusive uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel,
1
  Esta nomenclatura é devido a uma lei promulgada por Dom João V, autorizando o comércio dos
  folhetos pela Irmandade dos Homens Cegos de Lisboa.
2
  Cordelista e pesquisador da Cultura Popular Brasileira. Coordena pela editora Nova Alexandria, a
  Coleção Clássicos em Cordel. Literatura de Cordel: Tradição e modernidade in
  http://www.recantodasletras.com.br/cordel/1817119. Acessado em 27 de agosto de 2012.
3
  Francisco Diniz. O que é Literatura de Cordel? In http://literaturadecordel.vila.bol.com.br. Acessado em
  27 de agosto de 2012.
4
  Este texto faz parte do Cd Literatura de Cordel
5
  http://www.lendo.org/o-que-e-literatura-de-cordel-autores-obras/
6
  Araújo, A. Ana Paula de in http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
fundada em 19887. Segundo Ana Paula Araujo 8, “devido ao linguajar despreocupado,
regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de
literatura nem sempre foi respeitada”.
            Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel é derivado da
tradição oral. Isto é, surge da fala comum das pessoas, e também das histórias como
contadas por elas, e não como fixadas no papel. A literatura nasceu oral e foi assim
durante muito tempo.
            Com a diversidade de assuntos que aborda e com uma linguagem poético-
visual, o folheto de cordel atrai olhares e é – ou foi - fonte de inspiração para grandes
escritores. A admiração entre cordel e grandes autores é recíproca. Clássicos da
literatura mundial já podem ser lidos em adaptações produzidas por cordelistas e
ilustradas pelos artistas responsáveis pela xilogravura no cordel.
            A Literatura de Cordel faz parte do folclore, da cultura popular. Para a
Comissão Nacional do Folclore (1995) Cultura Popular e Folclore são entendidos como
sinônimo. Pode ser assim definida: “conjunto das criações culturais de uma
comunidade, baseado nas suas tradições expressas individual ou coletivamente,
representativo de sua identidade social” 9
            Luis da Câmara define o folclore como “[...] a cultura do popular, tornada
normativa pela tradição”. Portanto, para o autor o folclore é a própria cultura popular 10.
            Cristiane Nepomuceno assim se posiciona quanto cultura popular:

              “cultura popular que perpassa a tradição e possui característica dinâmica
              e transformadora. Na cultura que ao passo que se moderniza e se
              transforma, também não esquece suas raízes: À própria cultura popular e
              ao povo cabe reinventar, recriar e ressignificar o seu saber e o seu saber-
              fazer. Revelar a todos que seu universo vai além da conservação,
              preservação ou resgate, tampouco pré-moderna e atrasada. Necessário se
              faz apreender a cultura popular como resultado de momentos históricos
              específicos e consequentemente dinâmica, apta a apropriar-se das práticas
              culturais mais diversas e adaptá-las ao seu cotidiano”.11
7
   Concebida por Gonçalo Ferreira da Silva, cearense de Ipu, poeta com raízes eruditas e populares. A
   Academia acabou se fundindo com a Casa de Cultura São Saruê, criada pelo General Humberto
   Pelegrino, e incorporou ao seu acervo preciosidades hoje à disposição de estudiosos e entusiastas do
   cordel.
8
  Araújo, A. Ana Paula de in http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
9
  COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE. Carta do folclore brasileiro. Salvador: [s.n.], 1995, 1 In:
   BRASIL.        Ministério da        Educação.   Fundação Joaquim            Nabuco.     Disponível   em:
   <http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta.pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO ,
   Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação. Ver
   CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de
   agosto de 2012.
10
    CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 11.ed. São Paulo: Global, 2001., p.
   240. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia
   Literatura de cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan.
   2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
11
    NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O jeito nordestino de ser globalizado. 2005, p. 31. 193 f. Tese
   (Doutorado em Ciências Sociais)–Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal
   do        Rio         Grande        do       Norte,      Natal,         2005.        Disponível     em:
   <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde_busca/ arquivo.php?codArquivo=149>. Citado por
   ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
Dentre as diferentes expressões da cultura popular, podemos incluir a
Literatura de Cordel.

ORIGEM DA LITERATURA DE CORDEL

              Quando surgiu a Literatura de Cordel? Eis outra difícil pergunta a ser
respondida.
            Para alguns, as origens do cordel nos remete a Idade Média. A origem dos
cordéis são as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as notícias da época
usando versos, que eles próprios cantavam. Esta forma literária era muito praticada
pelos trovadores, que declamavam louvações e galanteios para, quase sempre agradar
aos poderosos.12
            Posteriormente, esses artistas começaram a registrar suas falas em folhas
soltas, prendendo-as em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao
mesmo tempo, garantissem as mãos livres para os movimentos.13 Esses autores,
denominados de trovadores, geralmente, quando as declamava, eram acompanhados por
uma viola, que eles mesmos tocam. 14 Eles “se apresentavam para o povo e falavam da
cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de
amor, etc.”
            Segundo Érica Georgino 15, o verbete "cordel" apareceu apenas em 1881,
registrado no dicionário português Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo
valor e prestígio, como as que na época eram vendidas penduradas em cordões na porta
das livrarias - esses "varais" de literatura logo caíram em desuso, mas o nome
prevaleceu.
            O termo “literatura de cordel” foi cunhado pela primeira vez pelo
pesquisador francês Raymond Cantel “para designar os folhetos da literatura popular,
vendidos nas feiras populares, pendurados em pequenas cordas, cordinhas, cordões”. 16

O CORDEL NO BRASIL

             A literatura de cordel é hoje uma das mais importantes manifestações da
literatura popular brasileira. O cordel está presente em todo o Brasil, mas é no nordeste
que mostra sua força. Aqui o cordel fincou suas raízes e floresceu. Não resta a menor
dúvida entre os estudiosos que foram os portugueses os responsáveis pela introdução da
Literatura de Cordel no Brasil. No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do

   cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
   http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
12
   Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Ver Como surgiu
   a literatura de cordel de Érica Georgino.
13
   Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino.
14
   Araújo, A. Ana Paula de in http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
15
   Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino.
16
    Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel (2005, p. 45 apud VASQUEZ, 2008, p. 11). Citado por
   ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
   cordel como fonte de informação, p.11. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
   http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
Nordeste. Por volta de 1750, apareceram os primeiros poetas populares que narravam
sagas em versos, visto que a maioria desse povo, sequer sabia ler e as histórias eram
decoradas e recitadas nas feiras ou nas praças17.
             Foi no Nordeste, desde a época da colonização, distante dos centros do
litoral, abandonado pelas autoridades, dominado pelos grandes proprietários de terras –
os fazendeiros e senhores de engenhos, onde as leis, as normas, os valores e costumes
eram ditados por eles. Esse foi o cenário ideal para se talhado o homem nordestino –
valente e destemido.
             O nordestino absorveu do colonizador europeu a poesia e a prosa
transformado em discurso em meio às multidões onde ali se estaria narrando, a modo de
reportagem, algum feito heroico, alguma novidade espetacular.
             Desde os tempos medievais, mesmo nos pequenos vilarejos, existia , pelo
menos um dia da semana, quando se realizavam as tocas de mercadorias – as feiras. Era
justamente nessas ocasiões, que, “um grande número de pessoas se dirigia à cidade, e ali
os camponeses vendiam seus produtos, os comerciantes ofereciam suas mercadorias e
artistas se apresentavam para a multidão”. Em meio as transações comerciais surgia o
artista querido por muitos – o trovador ou menestrel, que logo começavam a contar
histórias de todo tipo: de aventuras, de romance, de paixões e lendas de reis valentes.
             Ao final da performace, da apresentação, a plateia agradecida,
recompensava o artista, jogando moedas dentro do estojo do instrumento musical do
artista (alaúde). O trovador, satisfeito, agradecia e partia em direção a outra cidade ou
da próxima feira. 18
             Segundo Paulo Moura19, “o ano de 1830 é considerado historicamente, o
ponto de partida da poesia popular nordestina. Tendo como seus primeiros
divulgadores os poetas Ugolino de Sabugi e seu irmão Nicandro, filhos do não menos
famoso Agostinho Nunes da Costa Teixeira. Estes, os primeiros cantadores da poesia
de pé de parede e dos contos que se faziam acompanhar com o repique da viola, da
rabeca, do pandeiro ou até mesmo do ganzá”.
             Outros afirmam que “as honras de "pai" da literatura de cordel brasileira
cabem ao paraibano Leandro Gomes de Barros, que começou a imprimir livretos e
alcançou o mérito, digno de poucos poetas, populares ou não, de sustentar a família
apenas com os dividendos das centenas de títulos lançados”. 20
             Com as primeiras publicações, a literatura de cordel se transformou na
coqueluche do nordeste, alcançando quase todos os estados nordestinos em particular e
os de todo o país, de certa forma. 21 Um dos primeiros cordéis de sucesso foi A Guerra



17
    Literatura de Cordel. Poesia popular característica do Nordeste in Pedagogia & Comunicação, p. 3 in
   http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/literatura-de-cordel-1-poesia-popular-caracteristica-do-
   nordeste.jhtm
18
   Fábio Sombra. “Proseando Sobre Cordel”. Extraído do Blog Cultura Nordestina.
19
    Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura in http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42-
   cultura/358-origem-da-literatura-de-cordel.html
20
   Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino.
21
    Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura in http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42-
   cultura/358-origem-da-literatura-de-cordel.html
de Canudos, em que o conflito de 1896 e 1897, opondo Antônio Conselheiro ao
Exército brasileiro.22

LITERATURA DE CORDEL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO

             A literatura de cordel como um meio de comunicação, retrata a cultura do
povo nordestino através da expressão de seus valores, convidando a refletir acerca da
realidade da sociedade em que vivemos, possibilitando a inserção de ideias e dessa
maneira influencia e modifica o leitor por meio de seus folhetos23. A literatura de cordel
evoluiu, passando da comunicação oral para a comunicação escrita, e atualmente
modificou a forma de se comunicar com seus leitores, se desprendendo de seu suporte
tradicional, o folheto, e indo para o mundo digital24.
             A incorporação dessas novas tecnologias tem garantido “a sobrevivência
dos cordelistas, que não dependiam mais de um único suporte para a produção de sua
arte”25. Esta nova forma de se comunicar e manter viva a tradição do cordel também
permitem que surjam novos autores e novas formas de colaboração. As famosas pelejas
dos folhetos de cordel foram incorporadas no meio digital e não perderam seu
dinamismo, e seus leitores podem acompanhar tanto o resultado final desse embate.

OS TEMAS

            O que os cordelistas falam em seus folhetos? Na literatura de cordel
nordestina há uma grande variedade de temas, tradicionais ou contemporâneos, que
refletem a vivência popular, desde os problemas atuais até a conservação de narrativas
inspiradas no imaginário ibérico. Portanto, os temas são os mais variados.
            Eis alguns temas: Romances (histórias de amor não correspondido, virtudes
ou sacrifícios); Histórias mágicas e maravilhosas (histórias da carochinha, que falam de
príncipes, fadas, dragões e reinos encantados); Histórias ligadas ao cangaço e a tema
religioso (apresentam o imaginário nordestino ligado a figuras como Lampião);



22
    O tema foi “retratado em versos por João Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado naquelas
   batalhas e se tornaria um grande nome da primeira geração de cordelistas brasileiros”. Citado por Érica
   Gregorino em Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012.
23
    SILVA, Silvio Profirio da et. al. Literatura de cordel: linguagem, comunicação, cultura, memória e
   interdisciplinaridade. Raídos, Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-322, jan./jun. 2010. Citado por ASSIS,
   Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel
   como fonte de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
   http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
24
    SILVA, 2010, p. citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA,
   Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5,
   n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
25
    DINIZ, Madson Góis. Do folheto de cordel para o cordel virtual: interfaces hipertextuais da cultura
   popular.        Hipertextus:        revista      digital.     v.    1.     2007.      Disponível      em:
   <http://www.hipertextus.net/volume1/artigo11-madson-gois.pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Alves
   de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de
   informação, .9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br.
   Acessado em 28 de agosto de 2012.
Noticiosos (funcionam como jornais) 26; Histórias de valentia (apresentam personagens
lendários na região); Anti-heróis (falam de nordestinos que vencem mais pela esperteza
do que pela força); Humorísticos e picarescos (os mais populares); Exemplos morais
(deixam uma lição); Pelejas (relatos de cantorias entre repentistas. Os textos são frutos
da imaginação do cordelista); Folhetos de discussão (apresentam dois pontos de vista
sobre uma mesma questão) e conselhos, profecias, cachorradas, descaração, política,
educação e aqueles feitos sob encomenda. 27 Com o advento dos meios de comunicação
de massa, os astros da TV também passaram a aparecer como personagens de cordel.
             No século XX, marcado pelas inovações tecnológicas, novas formas de
comunicação entre as pessoas, “o teor da literatura de cordel jamais parou de se
desenvolver. Os versos não abandonaram o tom matuto, o diálogo do sertanejo com
suas crenças, suas percepções e seus dilemas cotidianos, embora ao longo das décadas a
realidade do povo nordestino mudasse e muitos autores e leitores partissem, em ondas
migratórias, para o centro-sul do país”. 28
             Segundo Mark J. Curran29 os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela
do povo sertanejo, exerceram a função de ao mesmo tempo informar e entreter, em
muitos momentos integrando à vida nacional populações que ainda não haviam sido
atendidas pelos serviços tradicionais de comunicação.
             Na opinião de Raymond Cantel30, o nosso cordel "o mais importante, no
sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo" em função da quantidade
de livretos publicados.

A XILOGRAVURA

             A xilogravura foi adotada pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel
como a ilustração por excelência dos folhetos de cordel. Ela é a ilustração mais
característica, mas não a única.
             Como diz Marco Haurélio, “a ilustração não nasceu com o cordel.. As
primeiras publicações não utilizavam capas ilustradas. Nas primeiras publicações eram
usadas as chamadas “capas cegas”, sem qualquer ilustração”. As editoras preferiam os
desenhos e os clichês de cartões postais e com fotos de artistas de Hollywood.31

26
    Como no Nordeste, no início do século XIX não havia jornais, rádio ou televisão, os cordéis passaram a
   falar também sobre os acontecimentos recentes. Ver De que nos fala a literatura de cordel?
   http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/images/atividadespedagogicas/atividade-literatura-de-
   cordel.pdf
27
    Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura in http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42-
   cultura/358-origem-da-literatura-de-cordel.html
28
    Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel. Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a Literatura
   de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012.
29
    Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel. Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a Literatura
   de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012.
30
    Segundo Érica Gregorino, Raymond Cantel é autoridade internacional no tema. Chegou ao Brasil na
   década de 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador das histórias e introduziu
   seu estudo na Universidade de Sorbonne, em Paris. Ver Érica Gregorino in Como surgiu a Literatura de
   Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012.
31
    Literatura de Cordel: Tradição e modernidade in http://www.recantodasletras.com.br/cordel/1817119.
   Acessado em 27 de agosto de 2012.
REPENTISTA X CORDELISTA

            Por conta desta musicalidade, o cordel é constantemente confundido com o
repente. É sempre bom lembrar que repentista não é cordelista, e cordelista não é
repentista. Repentista pode ser cordelista, e vice-versa. Mas não é regra. Têm-se
registros de repentistas que se aventuram com sucesso pela literatura de cordel, apesar
de raros nos dias atuais, existem.

CLODOMIR SILVA E A CORDELTECA

            Embora seja a literatura de cordel potencial fonte de informação e um meio
de comunicação de linguagem acessível, ainda são poucas as bibliotecas que possuem
folhetos em seu acervo. Cabe a toda a Biblioteca e ao “profissional bibliotecário
disponibilizar e divulgar este tipo de literatura, demonstrando seu valor e importância.
A presença da literatura de cordel na biblioteca contribui não só para a valorização de
seu conteúdo informativo, mas também de seu autor”32.
            Desde ..... funciona no térreo da Biblioteca Clodomir Silva no bairro
Siqueira Campos, a primeira Cordelteca do Estado de Sergipe. A iniciativa foi do
cordelista Gilmar Santana Ferreira. Trata-se de uma pequena sala onde abriga um
minúsculo acervo cordelista sergipano bem como a biografia e foto de 36 cordelistas
sergipanos ou radicalizado aqui.
            A este espaço foi dado o nome de “Cordelteca João Firmino Cabral”,
“conhecido por ser o maior cordelista do estado de Sergipe em atividade. Ele cresceu
ouvindo e lendo as histórias escritas pelo pai. É dele a missão de abrir todas as manhãs a
única barraca do Mercado Antônio Franco 33 no centro de Aracaju, destinada a literatura
de cordel. João Firmino é natural de Itabaiana, nascido no ano de 1940. Aprendeu a ler
praticamente sozinho, ouvindo as leituras do seu mestre Manoel D’Almeida Filho. Aos
dezessete anos escreveu seu primeiro folheto, uma profecia do Padre Cícero. 34
            João Firmino há 55 anos tem procurado elevar a cultura nordestina. Possui
mais de 200 obras publicadas e tem grande reconhecimento fora do estado. Reina uma
certa mágoa, pois, sendo filho ilustre da terra sente muito pela desvalorização do povo
de Sergipe. “A gente aqui vende mais para turista, o pessoal daqui mesmo não leva
muito, só estudantes de escolas ou universidades”.35




32
    ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
   cordel como fonte de informação, p. 18. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 |
   http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
33
   horário de funcionamento: das 09 ás 17 horas.
34
   http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/30/o-cordel-em-sergipe/
35
   http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/30/o-cordel-em-sergipe/
BIBLIOGRAFIA

ACOPIARA, Moreira de. Cordel em arte e versos. Xilogravuras de Erivaldo Ferreira
     da Silva. São Paulo: Acatu, 2009.
______. O que é cultura popular. Xilogravura de Erivaldo da Silva. São Paulo: [s.n],
     2006.
AMORIM, Maria Alice. Existe um novo cordel?: Imaginário, tradição, cibercultura.
     [2008?]. Acervo Maria Alice Amorim: catálogo de literatura de cordel. Acesso
     em:           25         out.        2011.        Disponível         em:        <
     http://www.cibertecadecordel.com.br/pdf/existeumnovo cordel.pdf>.
ÂNGELO, Assis. As origens do cordel. In:______. Presença dos cordelistas e
     cantadores repentistas em São Paulo. São Paulo: IBRASA, 1996.
______. Uma breve história do cordel. Xilo: Nireuda. São Paulo: [s.n.], [2003].
ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1995.
ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia
     Literatura de cordel como fonte de informação. Trabalho de conclusão de curso da
     Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de
     Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) sob orientação da Profª Dra. Tânia
     Callegaro e coordenação da Profº Dra. Maria Ignês Carlos Magno. CRB-8
     Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br.
     Acessado em 28 de agosto de 2012.
BRANDÃO, Adelino. Crime e castigo no cordel: (crime e pena no folheto de cordel e
     no romanceiro folclórico do Brasil). Rio de Janeiro: Presença, 1991.
CASA NOVA, Vera L. C. Cordel e biblioteca. R. Esc. Bibliotecon. UFMG, Belo
     Horizonte, v. 1, n. 11, p. 7-13, mar. 1982.
CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 11. Ed. São Paulo:
     Global, 2001.
CHAUI, Marilena. Introdução, como de praxe. In:______. Conformismo e resistência:
     aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1996.
CLÁSSICOS rimados: obras célebres como “Os miseráveis” e “O alienista” ganham
     versões de cordel. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 mar. 2009. Folhateen, p. 5.
COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE. Carta do folclore brasileiro. Salvador:
     [s.n.], 1995. In: BRASIL. Ministério da Educação. Fundação Joaquim Nabuco.
     Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta.pdf>. Acesso em:
     27 jul. 2011.
DINIZ, Madson Góis. Do folheto de cordel para o cordel virtual: interfaces
     hipertextuais da cultura popular. Hipertextus: revista digital. v. 1. 2007.
     Disponível em: <http://www.hipertextus.net/volume1/artigo11-madson-gois.pdf>.
     Acesso em: 02 maio 2011.
FREIRE, Wilson. O cordel e suas histórias: medicina preventiva. São Paulo: Abooks,
     [2002?].
GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Papéis atribuídos à leitura/audição de folhetos.
     In:______. Cordel: leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
     (Coleção Historial).
HAURÉLIO, Marco; SÁ, João Gomes de. O cordel: sua história, seus valores. Revista
     Cultura Crítica, São Paulo, p. 17-21, jul./dez. 2007.
KUNZ, Martine. Cordel, criação mestiça. Revista Cultura Crítica, São Paulo, p. 26-
     31, jul./dez. 2007.
LUCIANO, Aderaldo. Literatura de cordel, literatura brasileira. Revista Cultura
     Crítica, São Paulo, p. 32-37, jul./dez. 2007.
LUYTEN, Joseph M. O que é literatura de cordel. São Paulo: Brasiliense, 2007.
    (Coleção Primeiros Passos; 317).
MATOS, Edilene. Literatura de cordel: a escuta de uma voz poética. Revista Cultura
    Crítica, São Paulo, p. 8-14, jul./dez. 2007.
MELO, Veríssimo. Literatura de cordel: visão histórica e aspectos principais. In:
    LOPES, José Ribamar (Org.). Literatura de cordel: antologia. 3. ed. Fortaleza:
    Banco do Nordeste do Brasil, 1994.
NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O jeito nordestino de ser globalizado. 2005. 193 f.
    Tese (Doutorado em Ciências Sociais)–Centro de Ciências Humanas, Letras e
    Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005. Disponível em:
    <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde_busca/
    arquivo.php?codArquivo=149>. Acesso em: 15 jul. 2011.
OLIVEIRA, Maria José. Benditos sejam: uma nova maneira de perceber a Literatura de
    Cordel. In: INTERCOM – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS
    INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO; XXVI CONGRESSO
    BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO; CONGRESSO ANUAL
    EM CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO, 26., 2003, Belo Horizonte. Anais
    eletrônicos...       Belo         Horizonte,        2003.       Disponível      em:
    <http://galaxy.intercom.org.br:8180/A3C7D68D-3C3F-4AD2-A342-
    310326349856/FinalDownload/DownloadId-
    13B34F0C6001DD7D426562E96E8FC3AF/A3C7D68D-3C3F-4AD2-A342-
    310326349856/dspace/bitstream/1904/51 31/1/NP17OLIVEIRA.pdf>. Acesso
    em: 23 mar. 2011.
PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag et al. Literatura de cordel: veículo de comunicação
    e educação em saúde. Texto Contexto Enferm,, Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 662-
    670, out./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n4/
    a10v16n4.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2010.
PINTO, Maria Rosário. A evolução da Literatura de cordel. In: INSTITUTO
    CULTURAL BANCO REAL. O universo do cordel. Recife: Banco Real, 2008.
SILVA, Fernanda Isis C. da; SOUZA, Edivanio Duarte de. Informação e formação da
    identidade cultural: o acesso à informação na literatura de cordel. Inf. &
    Soc.:Est., João Pessoa, v. 16, n. 1, p. 215-222, jan./jun. 2006. Disponível em:
    <http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/455/1506>. Acesso em: 5
    out. 2010.
SILVA, Silvio Profirio da et. al. Literatura de cordel: linguagem, comunicação, cultura,
    memória e interdisciplinaridade. Raídos, Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-322,
    jan./jun. 2010.
TAVARES, Bráulio. A pedra do meio-dia ou Artur e Isadora: literatura de cordel.
    São Paulo: Ed. 34, 1998.
TERRA, Ruth Brito Lemos. Memória de lutas: literatura de folhetos do nordeste:
    1893-1930. São Paulo: Global, 1983.
VASQUEZ, Pedro Afonso. O universo do cordel. In: INSTITUTO CULTURAL
    BANCO REAL. O universo do cordel. Recife: Banco Real, 2008.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Apostila quem canta seus males espanta vol1
Apostila quem canta seus males espanta vol1Apostila quem canta seus males espanta vol1
Apostila quem canta seus males espanta vol1SimoneHelenDrumond
 
Aula Folclore e Lenda power point
Aula Folclore e Lenda   power pointAula Folclore e Lenda   power point
Aula Folclore e Lenda power pointJomari
 
Avaliação para o 7º ano
Avaliação para o 7º anoAvaliação para o 7º ano
Avaliação para o 7º anoAndreza Andrade
 
Sequência Didática - O Pulo do gato para 5° ano
Sequência Didática - O Pulo do gato para 5° anoSequência Didática - O Pulo do gato para 5° ano
Sequência Didática - O Pulo do gato para 5° anoBianca Zanocini
 
7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semana7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semanaWashington Rocha
 
Sequência didática a casinha da vovó
Sequência didática a casinha da vovóSequência didática a casinha da vovó
Sequência didática a casinha da vovóAndreá Perez Leinat
 
Jogos, brincadeiras e cantigas
Jogos, brincadeiras e cantigasJogos, brincadeiras e cantigas
Jogos, brincadeiras e cantigasNatália Ramos
 
Atividade -hist-geo_-17-11_(1)
Atividade  -hist-geo_-17-11_(1)Atividade  -hist-geo_-17-11_(1)
Atividade -hist-geo_-17-11_(1)Washington Rocha
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseaneRoseane Ribeiro
 
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãoSugestões para trabalhar a cultura africana na educação
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãojaqueegervasio
 
Simulado 22 (port. 5º ano)
Simulado 22 (port. 5º ano)Simulado 22 (port. 5º ano)
Simulado 22 (port. 5º ano)Cidinha Paulo
 
Avaliação homonimos
Avaliação homonimosAvaliação homonimos
Avaliação homonimosIsa ...
 

Mais procurados (20)

Apostila quem canta seus males espanta vol1
Apostila quem canta seus males espanta vol1Apostila quem canta seus males espanta vol1
Apostila quem canta seus males espanta vol1
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
 
Aula Folclore e Lenda power point
Aula Folclore e Lenda   power pointAula Folclore e Lenda   power point
Aula Folclore e Lenda power point
 
Avaliação para o 7º ano
Avaliação para o 7º anoAvaliação para o 7º ano
Avaliação para o 7º ano
 
Sequência Didática - O Pulo do gato para 5° ano
Sequência Didática - O Pulo do gato para 5° anoSequência Didática - O Pulo do gato para 5° ano
Sequência Didática - O Pulo do gato para 5° ano
 
Cultura negra3
Cultura negra3Cultura negra3
Cultura negra3
 
Atividades sobre cultura negra
Atividades sobre cultura negraAtividades sobre cultura negra
Atividades sobre cultura negra
 
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
A Literatura de Cordel em Sala (Projeto Pibid 2013)
 
7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semana7 ano atividades complementares 4 semana
7 ano atividades complementares 4 semana
 
Prova de arte 4b 8 ano
Prova de arte 4b 8 anoProva de arte 4b 8 ano
Prova de arte 4b 8 ano
 
O touro de tarsila do amaral
O touro de tarsila do amaralO touro de tarsila do amaral
O touro de tarsila do amaral
 
Gabarito: Atividade de português: Complete as lacunas – 4º ou 5º ano
Gabarito: Atividade de português: Complete as lacunas – 4º ou 5º ano Gabarito: Atividade de português: Complete as lacunas – 4º ou 5º ano
Gabarito: Atividade de português: Complete as lacunas – 4º ou 5º ano
 
Sequência didática a casinha da vovó
Sequência didática a casinha da vovóSequência didática a casinha da vovó
Sequência didática a casinha da vovó
 
Jogos, brincadeiras e cantigas
Jogos, brincadeiras e cantigasJogos, brincadeiras e cantigas
Jogos, brincadeiras e cantigas
 
Atividade -hist-geo_-17-11_(1)
Atividade  -hist-geo_-17-11_(1)Atividade  -hist-geo_-17-11_(1)
Atividade -hist-geo_-17-11_(1)
 
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 Plano de aula quilombolas- francisca roseane Plano de aula quilombolas- francisca roseane
Plano de aula quilombolas- francisca roseane
 
As cores II
As cores IIAs cores II
As cores II
 
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educaçãoSugestões para trabalhar a cultura africana na educação
Sugestões para trabalhar a cultura africana na educação
 
Simulado 22 (port. 5º ano)
Simulado 22 (port. 5º ano)Simulado 22 (port. 5º ano)
Simulado 22 (port. 5º ano)
 
Avaliação homonimos
Avaliação homonimosAvaliação homonimos
Avaliação homonimos
 

Destaque

Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordelGracita Fraga
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordelJanicemconte
 
°Letramento literário° eja
°Letramento literário° eja°Letramento literário° eja
°Letramento literário° eja19051982
 
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJAA IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJAVis-UAB
 
Acervo de livros 27 02_2013
Acervo de livros 27 02_2013Acervo de livros 27 02_2013
Acervo de livros 27 02_2013Edson Mamprin
 
Problemas de-matematica-4º-ano
Problemas de-matematica-4º-anoProblemas de-matematica-4º-ano
Problemas de-matematica-4º-anoCecilia Monteiro
 
Cordel adolescente, ô xente!
Cordel adolescente, ô xente!Cordel adolescente, ô xente!
Cordel adolescente, ô xente!Lucimeire Lima
 
Atividades de reforço multiplicação e divisão
Atividades de reforço multiplicação e divisãoAtividades de reforço multiplicação e divisão
Atividades de reforço multiplicação e divisãoVera Lucia A. Trindade Dias
 
PNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemas
PNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemasPNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemas
PNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemasElieneDias
 

Destaque (20)

Literatura de cordel 4º ano
Literatura de cordel 4º anoLiteratura de cordel 4º ano
Literatura de cordel 4º ano
 
Projeto literatura de cordel
Projeto literatura de cordelProjeto literatura de cordel
Projeto literatura de cordel
 
Cartilha cordel completa
Cartilha cordel completaCartilha cordel completa
Cartilha cordel completa
 
Atividades cordel (1)
Atividades cordel (1)Atividades cordel (1)
Atividades cordel (1)
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Cordel
CordelCordel
Cordel
 
ALMAS EM SONHO JOHNNY MARCUS
ALMAS EM SONHO JOHNNY MARCUSALMAS EM SONHO JOHNNY MARCUS
ALMAS EM SONHO JOHNNY MARCUS
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
O que é literatura de cordel
O que é literatura de cordelO que é literatura de cordel
O que é literatura de cordel
 
Literatura de Cordel
Literatura de Cordel Literatura de Cordel
Literatura de Cordel
 
°Letramento literário° eja
°Letramento literário° eja°Letramento literário° eja
°Letramento literário° eja
 
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJAA IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA DE CORDEL NO COTIDIANO DOS ALUNOS DA EJA
 
Acervo de livros 27 02_2013
Acervo de livros 27 02_2013Acervo de livros 27 02_2013
Acervo de livros 27 02_2013
 
Revista Cordel
Revista CordelRevista Cordel
Revista Cordel
 
Problemas de-matematica-4º-ano
Problemas de-matematica-4º-anoProblemas de-matematica-4º-ano
Problemas de-matematica-4º-ano
 
Cordel adolescente, ô xente!
Cordel adolescente, ô xente!Cordel adolescente, ô xente!
Cordel adolescente, ô xente!
 
Trovadorismo I
Trovadorismo ITrovadorismo I
Trovadorismo I
 
Análise de poemas
Análise de poemasAnálise de poemas
Análise de poemas
 
Atividades de reforço multiplicação e divisão
Atividades de reforço multiplicação e divisãoAtividades de reforço multiplicação e divisão
Atividades de reforço multiplicação e divisão
 
PNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemas
PNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemasPNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemas
PNAIC - MATEMÁTICA - Operações na resolução problemas
 

Semelhante a O que é Literatura de Cordel

CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARCULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARRita Almeida
 
Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.MarcusEuricoPereiraF
 
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.Tissiane Gomes
 
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Tânia Regina
 
Professora Wiliane
Professora WilianeProfessora Wiliane
Professora Wilianejoaoxxiii
 
Cordel: Uma proposta para o ensino de História
Cordel: Uma proposta para o ensino de HistóriaCordel: Uma proposta para o ensino de História
Cordel: Uma proposta para o ensino de HistóriaEmerson Mathias
 
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Universidade Federal de Roraima
 
Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011Isabel Martins
 
Literatura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da hora
Literatura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da horaLiteratura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da hora
Literatura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da horaDouglas Maga
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Blog Estudo
 
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...Almiranes Dos Santos Silva
 
Cordel - a origem nas feiras medievais
Cordel - a origem nas feiras medievaisCordel - a origem nas feiras medievais
Cordel - a origem nas feiras medievaisnextfiocruzbsm
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasilJonatas Carlos
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordelLidiane Lima
 
Cordel: das origens à contemporaneidade
Cordel: das origens à contemporaneidade Cordel: das origens à contemporaneidade
Cordel: das origens à contemporaneidade Gustavo Fontele Dourado
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismorosangelajoao
 
Slides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesiaSlides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesiaAntonio Marcos
 

Semelhante a O que é Literatura de Cordel (20)

CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULARCULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
CULTURA DE CORDEL_A MULTIPLICIDADE E O SINGULAR
 
Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.Criação de literatura de cordel - Seduc.
Criação de literatura de cordel - Seduc.
 
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
SLIDES – INTRODUÇÃO AO CORDEL E SUA HISTORICIDADE.
 
Artigo tcc final
Artigo tcc finalArtigo tcc final
Artigo tcc final
 
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
Língua Portuguesa - Literatura de Cordel (6º ano)
 
Professora Wiliane
Professora WilianeProfessora Wiliane
Professora Wiliane
 
Cordel: Uma proposta para o ensino de História
Cordel: Uma proposta para o ensino de HistóriaCordel: Uma proposta para o ensino de História
Cordel: Uma proposta para o ensino de História
 
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
Literatura de Cordel e a equivalência do Oral e Escrito: A poesia como manife...
 
Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011Boletim "Contacto" - novembro 2011
Boletim "Contacto" - novembro 2011
 
Literatura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da hora
Literatura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da horaLiteratura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da hora
Literatura Trovadorismo Humanismo by Trabalho da hora
 
Trovadorismo
TrovadorismoTrovadorismo
Trovadorismo
 
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)Modernismo Brasileiro (1ª fase)
Modernismo Brasileiro (1ª fase)
 
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
As manifestações da sabedoria popular nos contos trinta e dois e tangerinos d...
 
Cordel - a origem nas feiras medievais
Cordel - a origem nas feiras medievaisCordel - a origem nas feiras medievais
Cordel - a origem nas feiras medievais
 
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasilAula 27   produções contemporâneas em portugal e no brasil
Aula 27 produções contemporâneas em portugal e no brasil
 
Literatura de cordel
Literatura de cordelLiteratura de cordel
Literatura de cordel
 
Cordel: das origens à contemporaneidade
Cordel: das origens à contemporaneidade Cordel: das origens à contemporaneidade
Cordel: das origens à contemporaneidade
 
scenas-e-typos-2009.pdf
scenas-e-typos-2009.pdfscenas-e-typos-2009.pdf
scenas-e-typos-2009.pdf
 
Trovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismoTrovadorismo e humanismo
Trovadorismo e humanismo
 
Slides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesiaSlides sobre o romantismo poesia
Slides sobre o romantismo poesia
 

Mais de Jorge Marcos Oliveira (20)

Texto sobre corrupção
Texto sobre corrupçãoTexto sobre corrupção
Texto sobre corrupção
 
19 de novembro
19 de novembro19 de novembro
19 de novembro
 
Memória das praças praça valadão
Memória das praças   praça valadãoMemória das praças   praça valadão
Memória das praças praça valadão
 
Um sonho e um pesadelo
Um sonho e um pesadeloUm sonho e um pesadelo
Um sonho e um pesadelo
 
Carnaval antigo
Carnaval antigoCarnaval antigo
Carnaval antigo
 
Aribé banese
Aribé baneseAribé banese
Aribé banese
 
Preseed 2014-revisão 23
Preseed 2014-revisão 23Preseed 2014-revisão 23
Preseed 2014-revisão 23
 
Preseed 2014-revisão 20
Preseed 2014-revisão 20Preseed 2014-revisão 20
Preseed 2014-revisão 20
 
Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18
 
Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18
 
Preseed 2014-revisão 16
Preseed 2014-revisão 16Preseed 2014-revisão 16
Preseed 2014-revisão 16
 
Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18Preseed 2014-revisão 18
Preseed 2014-revisão 18
 
Preseed 2014-revisão 17
Preseed 2014-revisão 17Preseed 2014-revisão 17
Preseed 2014-revisão 17
 
Preseed 2014-revisão 15
Preseed 2014-revisão 15Preseed 2014-revisão 15
Preseed 2014-revisão 15
 
Preseed 2014-revisão 14
Preseed 2014-revisão 14Preseed 2014-revisão 14
Preseed 2014-revisão 14
 
Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13
 
Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13Preseed 2014-revisão 13
Preseed 2014-revisão 13
 
Preseed 2014-revisão 12
Preseed 2014-revisão 12Preseed 2014-revisão 12
Preseed 2014-revisão 12
 
Preseed 2014-revisão 11
Preseed 2014-revisão 11Preseed 2014-revisão 11
Preseed 2014-revisão 11
 
Preseed 2014-revisão 10
Preseed 2014-revisão 10Preseed 2014-revisão 10
Preseed 2014-revisão 10
 

Último

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)ElliotFerreira
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdfAna Lemos
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresAnaCarinaKucharski1
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéisines09cachapa
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...azulassessoria9
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorEdvanirCosta
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 

Último (20)

Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos DescritoresATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
ATIVIDADE PARA ENTENDER -Pizzaria dos Descritores
 
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptxSlides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
Slides Lição 05, Central Gospel, A Grande Tribulação, 1Tr24.pptx
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de ProfessorINTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
INTERVENÇÃO PARÁ - Formação de Professor
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 

O que é Literatura de Cordel

  • 1. O QUE É LITERATURA DE CORDEL O cordel é conhecido como o jornal do povo. Ele faz registro de momentos históricos ou do contexto em que aconteceram esses fatos. O cordel contribui, assim, como fonte de informação histórica. Responder esta pergunta não é tarefa das mais fáceis. É extremamente difícil encontrar uma resposta que satisfaça a todos os estudiosos do tema. Encontramos diversas formas de definir o que é Literatura de Cordel, também conhecida por folhetos de feira, "folhas volantes" ou "folhas soltas" ou ainda literatura de cego1. Uma delas é de autoria de Marco Haurélio 2, que assim a define: é “a poesia popular impressa e herdeira do romanceiro tradicional, da literatura oral (em especial dos contos populares, com predominância dos contos de encantamento)”. Francisco Diniz3 recorre ao formado de cordel para definir, segundo seu ponto de vista o que é Literatura e Cordel: Literatura de Cordel É poesia popular, É história contada em versos Em estrofes a rimar, Escrita em papel comum Feita pra ler ou cantar (...) O cordel é uma expressão Da autêntica poesia Do povo da minha terra Que luta pra que um dia Acabem a fome e miséria, Haja paz e harmonia.4 Literatura de Cordel é, como qualquer outra forma artística, uma manifestação cultural. Por meio da escrita são transmitidas as cantigas, os poemas e as histórias do povo — pelo próprio povo.5 É uma modalidade impressa de poesia, original do Nordeste do Brasil, que já foi muito estigmatizada, mas hoje em dia é bem aceita e respeitada6, possuindo, inclusive uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel, 1 Esta nomenclatura é devido a uma lei promulgada por Dom João V, autorizando o comércio dos folhetos pela Irmandade dos Homens Cegos de Lisboa. 2 Cordelista e pesquisador da Cultura Popular Brasileira. Coordena pela editora Nova Alexandria, a Coleção Clássicos em Cordel. Literatura de Cordel: Tradição e modernidade in http://www.recantodasletras.com.br/cordel/1817119. Acessado em 27 de agosto de 2012. 3 Francisco Diniz. O que é Literatura de Cordel? In http://literaturadecordel.vila.bol.com.br. Acessado em 27 de agosto de 2012. 4 Este texto faz parte do Cd Literatura de Cordel 5 http://www.lendo.org/o-que-e-literatura-de-cordel-autores-obras/ 6 Araújo, A. Ana Paula de in http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/
  • 2. fundada em 19887. Segundo Ana Paula Araujo 8, “devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada”. Diferentemente de outras formas de literatura, o cordel é derivado da tradição oral. Isto é, surge da fala comum das pessoas, e também das histórias como contadas por elas, e não como fixadas no papel. A literatura nasceu oral e foi assim durante muito tempo. Com a diversidade de assuntos que aborda e com uma linguagem poético- visual, o folheto de cordel atrai olhares e é – ou foi - fonte de inspiração para grandes escritores. A admiração entre cordel e grandes autores é recíproca. Clássicos da literatura mundial já podem ser lidos em adaptações produzidas por cordelistas e ilustradas pelos artistas responsáveis pela xilogravura no cordel. A Literatura de Cordel faz parte do folclore, da cultura popular. Para a Comissão Nacional do Folclore (1995) Cultura Popular e Folclore são entendidos como sinônimo. Pode ser assim definida: “conjunto das criações culturais de uma comunidade, baseado nas suas tradições expressas individual ou coletivamente, representativo de sua identidade social” 9 Luis da Câmara define o folclore como “[...] a cultura do popular, tornada normativa pela tradição”. Portanto, para o autor o folclore é a própria cultura popular 10. Cristiane Nepomuceno assim se posiciona quanto cultura popular: “cultura popular que perpassa a tradição e possui característica dinâmica e transformadora. Na cultura que ao passo que se moderniza e se transforma, também não esquece suas raízes: À própria cultura popular e ao povo cabe reinventar, recriar e ressignificar o seu saber e o seu saber- fazer. Revelar a todos que seu universo vai além da conservação, preservação ou resgate, tampouco pré-moderna e atrasada. Necessário se faz apreender a cultura popular como resultado de momentos históricos específicos e consequentemente dinâmica, apta a apropriar-se das práticas culturais mais diversas e adaptá-las ao seu cotidiano”.11 7 Concebida por Gonçalo Ferreira da Silva, cearense de Ipu, poeta com raízes eruditas e populares. A Academia acabou se fundindo com a Casa de Cultura São Saruê, criada pelo General Humberto Pelegrino, e incorporou ao seu acervo preciosidades hoje à disposição de estudiosos e entusiastas do cordel. 8 Araújo, A. Ana Paula de in http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/ 9 COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE. Carta do folclore brasileiro. Salvador: [s.n.], 1995, 1 In: BRASIL. Ministério da Educação. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta.pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. 10 CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 11.ed. São Paulo: Global, 2001., p. 240. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. 11 NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O jeito nordestino de ser globalizado. 2005, p. 31. 193 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)–Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005. Disponível em: <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde_busca/ arquivo.php?codArquivo=149>. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de
  • 3. Dentre as diferentes expressões da cultura popular, podemos incluir a Literatura de Cordel. ORIGEM DA LITERATURA DE CORDEL Quando surgiu a Literatura de Cordel? Eis outra difícil pergunta a ser respondida. Para alguns, as origens do cordel nos remete a Idade Média. A origem dos cordéis são as cantigas dos trovadores medievais, que comentavam as notícias da época usando versos, que eles próprios cantavam. Esta forma literária era muito praticada pelos trovadores, que declamavam louvações e galanteios para, quase sempre agradar aos poderosos.12 Posteriormente, esses artistas começaram a registrar suas falas em folhas soltas, prendendo-as em torno do corpo em barbantes para que as recitassem e, ao mesmo tempo, garantissem as mãos livres para os movimentos.13 Esses autores, denominados de trovadores, geralmente, quando as declamava, eram acompanhados por uma viola, que eles mesmos tocam. 14 Eles “se apresentavam para o povo e falavam da cultura popular da localidade, dos acontecimentos mais falados nas redondezas, de amor, etc.” Segundo Érica Georgino 15, o verbete "cordel" apareceu apenas em 1881, registrado no dicionário português Caldas Aulete. Era sinônimo de publicação de baixo valor e prestígio, como as que na época eram vendidas penduradas em cordões na porta das livrarias - esses "varais" de literatura logo caíram em desuso, mas o nome prevaleceu. O termo “literatura de cordel” foi cunhado pela primeira vez pelo pesquisador francês Raymond Cantel “para designar os folhetos da literatura popular, vendidos nas feiras populares, pendurados em pequenas cordas, cordinhas, cordões”. 16 O CORDEL NO BRASIL A literatura de cordel é hoje uma das mais importantes manifestações da literatura popular brasileira. O cordel está presente em todo o Brasil, mas é no nordeste que mostra sua força. Aqui o cordel fincou suas raízes e floresceu. Não resta a menor dúvida entre os estudiosos que foram os portugueses os responsáveis pela introdução da Literatura de Cordel no Brasil. No Brasil, a literatura de cordel é produção típica do cordel como fonte de informação. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. 12 Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino. 13 Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino. 14 Araújo, A. Ana Paula de in http://www.infoescola.com/literatura/literatura-de-cordel/ 15 Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino. 16 Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel (2005, p. 45 apud VASQUEZ, 2008, p. 11). Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, p.11. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
  • 4. Nordeste. Por volta de 1750, apareceram os primeiros poetas populares que narravam sagas em versos, visto que a maioria desse povo, sequer sabia ler e as histórias eram decoradas e recitadas nas feiras ou nas praças17. Foi no Nordeste, desde a época da colonização, distante dos centros do litoral, abandonado pelas autoridades, dominado pelos grandes proprietários de terras – os fazendeiros e senhores de engenhos, onde as leis, as normas, os valores e costumes eram ditados por eles. Esse foi o cenário ideal para se talhado o homem nordestino – valente e destemido. O nordestino absorveu do colonizador europeu a poesia e a prosa transformado em discurso em meio às multidões onde ali se estaria narrando, a modo de reportagem, algum feito heroico, alguma novidade espetacular. Desde os tempos medievais, mesmo nos pequenos vilarejos, existia , pelo menos um dia da semana, quando se realizavam as tocas de mercadorias – as feiras. Era justamente nessas ocasiões, que, “um grande número de pessoas se dirigia à cidade, e ali os camponeses vendiam seus produtos, os comerciantes ofereciam suas mercadorias e artistas se apresentavam para a multidão”. Em meio as transações comerciais surgia o artista querido por muitos – o trovador ou menestrel, que logo começavam a contar histórias de todo tipo: de aventuras, de romance, de paixões e lendas de reis valentes. Ao final da performace, da apresentação, a plateia agradecida, recompensava o artista, jogando moedas dentro do estojo do instrumento musical do artista (alaúde). O trovador, satisfeito, agradecia e partia em direção a outra cidade ou da próxima feira. 18 Segundo Paulo Moura19, “o ano de 1830 é considerado historicamente, o ponto de partida da poesia popular nordestina. Tendo como seus primeiros divulgadores os poetas Ugolino de Sabugi e seu irmão Nicandro, filhos do não menos famoso Agostinho Nunes da Costa Teixeira. Estes, os primeiros cantadores da poesia de pé de parede e dos contos que se faziam acompanhar com o repique da viola, da rabeca, do pandeiro ou até mesmo do ganzá”. Outros afirmam que “as honras de "pai" da literatura de cordel brasileira cabem ao paraibano Leandro Gomes de Barros, que começou a imprimir livretos e alcançou o mérito, digno de poucos poetas, populares ou não, de sustentar a família apenas com os dividendos das centenas de títulos lançados”. 20 Com as primeiras publicações, a literatura de cordel se transformou na coqueluche do nordeste, alcançando quase todos os estados nordestinos em particular e os de todo o país, de certa forma. 21 Um dos primeiros cordéis de sucesso foi A Guerra 17 Literatura de Cordel. Poesia popular característica do Nordeste in Pedagogia & Comunicação, p. 3 in http://educacao.uol.com.br/cultura-brasileira/literatura-de-cordel-1-poesia-popular-caracteristica-do- nordeste.jhtm 18 Fábio Sombra. “Proseando Sobre Cordel”. Extraído do Blog Cultura Nordestina. 19 Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura in http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42- cultura/358-origem-da-literatura-de-cordel.html 20 Ver Como surgiu a literatura de cordel de Érica Georgino. 21 Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura in http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42- cultura/358-origem-da-literatura-de-cordel.html
  • 5. de Canudos, em que o conflito de 1896 e 1897, opondo Antônio Conselheiro ao Exército brasileiro.22 LITERATURA DE CORDEL COMO MEIO DE COMUNICAÇÃO A literatura de cordel como um meio de comunicação, retrata a cultura do povo nordestino através da expressão de seus valores, convidando a refletir acerca da realidade da sociedade em que vivemos, possibilitando a inserção de ideias e dessa maneira influencia e modifica o leitor por meio de seus folhetos23. A literatura de cordel evoluiu, passando da comunicação oral para a comunicação escrita, e atualmente modificou a forma de se comunicar com seus leitores, se desprendendo de seu suporte tradicional, o folheto, e indo para o mundo digital24. A incorporação dessas novas tecnologias tem garantido “a sobrevivência dos cordelistas, que não dependiam mais de um único suporte para a produção de sua arte”25. Esta nova forma de se comunicar e manter viva a tradição do cordel também permitem que surjam novos autores e novas formas de colaboração. As famosas pelejas dos folhetos de cordel foram incorporadas no meio digital e não perderam seu dinamismo, e seus leitores podem acompanhar tanto o resultado final desse embate. OS TEMAS O que os cordelistas falam em seus folhetos? Na literatura de cordel nordestina há uma grande variedade de temas, tradicionais ou contemporâneos, que refletem a vivência popular, desde os problemas atuais até a conservação de narrativas inspiradas no imaginário ibérico. Portanto, os temas são os mais variados. Eis alguns temas: Romances (histórias de amor não correspondido, virtudes ou sacrifícios); Histórias mágicas e maravilhosas (histórias da carochinha, que falam de príncipes, fadas, dragões e reinos encantados); Histórias ligadas ao cangaço e a tema religioso (apresentam o imaginário nordestino ligado a figuras como Lampião); 22 O tema foi “retratado em versos por João Melquíades Ferreira da Silva, que fora soldado naquelas batalhas e se tornaria um grande nome da primeira geração de cordelistas brasileiros”. Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012. 23 SILVA, Silvio Profirio da et. al. Literatura de cordel: linguagem, comunicação, cultura, memória e interdisciplinaridade. Raídos, Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-322, jan./jun. 2010. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. 24 SILVA, 2010, p. citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, p.9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. 25 DINIZ, Madson Góis. Do folheto de cordel para o cordel virtual: interfaces hipertextuais da cultura popular. Hipertextus: revista digital. v. 1. 2007. Disponível em: <http://www.hipertextus.net/volume1/artigo11-madson-gois.pdf>. Citado por ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, .9. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012.
  • 6. Noticiosos (funcionam como jornais) 26; Histórias de valentia (apresentam personagens lendários na região); Anti-heróis (falam de nordestinos que vencem mais pela esperteza do que pela força); Humorísticos e picarescos (os mais populares); Exemplos morais (deixam uma lição); Pelejas (relatos de cantorias entre repentistas. Os textos são frutos da imaginação do cordelista); Folhetos de discussão (apresentam dois pontos de vista sobre uma mesma questão) e conselhos, profecias, cachorradas, descaração, política, educação e aqueles feitos sob encomenda. 27 Com o advento dos meios de comunicação de massa, os astros da TV também passaram a aparecer como personagens de cordel. No século XX, marcado pelas inovações tecnológicas, novas formas de comunicação entre as pessoas, “o teor da literatura de cordel jamais parou de se desenvolver. Os versos não abandonaram o tom matuto, o diálogo do sertanejo com suas crenças, suas percepções e seus dilemas cotidianos, embora ao longo das décadas a realidade do povo nordestino mudasse e muitos autores e leitores partissem, em ondas migratórias, para o centro-sul do país”. 28 Segundo Mark J. Curran29 os folhetos cumpriram o papel de jornal e novela do povo sertanejo, exerceram a função de ao mesmo tempo informar e entreter, em muitos momentos integrando à vida nacional populações que ainda não haviam sido atendidas pelos serviços tradicionais de comunicação. Na opinião de Raymond Cantel30, o nosso cordel "o mais importante, no sentido quantitativo, entre as literaturas populares do mundo" em função da quantidade de livretos publicados. A XILOGRAVURA A xilogravura foi adotada pela Academia Brasileira de Literatura de Cordel como a ilustração por excelência dos folhetos de cordel. Ela é a ilustração mais característica, mas não a única. Como diz Marco Haurélio, “a ilustração não nasceu com o cordel.. As primeiras publicações não utilizavam capas ilustradas. Nas primeiras publicações eram usadas as chamadas “capas cegas”, sem qualquer ilustração”. As editoras preferiam os desenhos e os clichês de cartões postais e com fotos de artistas de Hollywood.31 26 Como no Nordeste, no início do século XIX não havia jornais, rádio ou televisão, os cordéis passaram a falar também sobre os acontecimentos recentes. Ver De que nos fala a literatura de cordel? http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/images/atividadespedagogicas/atividade-literatura-de- cordel.pdf 27 Ver Blog Educar com Cordel de Paulo Moura in http://portaldopajeu.com/index.php/cultura/42- cultura/358-origem-da-literatura-de-cordel.html 28 Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel. Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012. 29 Mark J. Curran. Retrato do Brasil em Cordel. Citado por Érica Gregorino em Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012. 30 Segundo Érica Gregorino, Raymond Cantel é autoridade internacional no tema. Chegou ao Brasil na década de 1950 para pesquisas de campo, tornou-se um dedicado colecionador das histórias e introduziu seu estudo na Universidade de Sorbonne, em Paris. Ver Érica Gregorino in Como surgiu a Literatura de Cordel. Acessado em 27 de agosto de 2012. 31 Literatura de Cordel: Tradição e modernidade in http://www.recantodasletras.com.br/cordel/1817119. Acessado em 27 de agosto de 2012.
  • 7. REPENTISTA X CORDELISTA Por conta desta musicalidade, o cordel é constantemente confundido com o repente. É sempre bom lembrar que repentista não é cordelista, e cordelista não é repentista. Repentista pode ser cordelista, e vice-versa. Mas não é regra. Têm-se registros de repentistas que se aventuram com sucesso pela literatura de cordel, apesar de raros nos dias atuais, existem. CLODOMIR SILVA E A CORDELTECA Embora seja a literatura de cordel potencial fonte de informação e um meio de comunicação de linguagem acessível, ainda são poucas as bibliotecas que possuem folhetos em seu acervo. Cabe a toda a Biblioteca e ao “profissional bibliotecário disponibilizar e divulgar este tipo de literatura, demonstrando seu valor e importância. A presença da literatura de cordel na biblioteca contribui não só para a valorização de seu conteúdo informativo, mas também de seu autor”32. Desde ..... funciona no térreo da Biblioteca Clodomir Silva no bairro Siqueira Campos, a primeira Cordelteca do Estado de Sergipe. A iniciativa foi do cordelista Gilmar Santana Ferreira. Trata-se de uma pequena sala onde abriga um minúsculo acervo cordelista sergipano bem como a biografia e foto de 36 cordelistas sergipanos ou radicalizado aqui. A este espaço foi dado o nome de “Cordelteca João Firmino Cabral”, “conhecido por ser o maior cordelista do estado de Sergipe em atividade. Ele cresceu ouvindo e lendo as histórias escritas pelo pai. É dele a missão de abrir todas as manhãs a única barraca do Mercado Antônio Franco 33 no centro de Aracaju, destinada a literatura de cordel. João Firmino é natural de Itabaiana, nascido no ano de 1940. Aprendeu a ler praticamente sozinho, ouvindo as leituras do seu mestre Manoel D’Almeida Filho. Aos dezessete anos escreveu seu primeiro folheto, uma profecia do Padre Cícero. 34 João Firmino há 55 anos tem procurado elevar a cultura nordestina. Possui mais de 200 obras publicadas e tem grande reconhecimento fora do estado. Reina uma certa mágoa, pois, sendo filho ilustre da terra sente muito pela desvalorização do povo de Sergipe. “A gente aqui vende mais para turista, o pessoal daqui mesmo não leva muito, só estudantes de escolas ou universidades”.35 32 ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação, p. 18. Ver CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. 33 horário de funcionamento: das 09 ás 17 horas. 34 http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/30/o-cordel-em-sergipe/ 35 http://reporterpontocom.wordpress.com/2011/04/30/o-cordel-em-sergipe/
  • 8. BIBLIOGRAFIA ACOPIARA, Moreira de. Cordel em arte e versos. Xilogravuras de Erivaldo Ferreira da Silva. São Paulo: Acatu, 2009. ______. O que é cultura popular. Xilogravura de Erivaldo da Silva. São Paulo: [s.n], 2006. AMORIM, Maria Alice. Existe um novo cordel?: Imaginário, tradição, cibercultura. [2008?]. Acervo Maria Alice Amorim: catálogo de literatura de cordel. Acesso em: 25 out. 2011. Disponível em: < http://www.cibertecadecordel.com.br/pdf/existeumnovo cordel.pdf>. ÂNGELO, Assis. As origens do cordel. In:______. Presença dos cordelistas e cantadores repentistas em São Paulo. São Paulo: IBRASA, 1996. ______. Uma breve história do cordel. Xilo: Nireuda. São Paulo: [s.n.], [2003]. ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. São Paulo: Brasiliense, 1995. ASSIS, Regiane Alves de.; TENÓRIO , Carolina Martins; BARBOSA, Cleiton Garcia Literatura de cordel como fonte de informação. Trabalho de conclusão de curso da Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da Informação da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP) sob orientação da Profª Dra. Tânia Callegaro e coordenação da Profº Dra. Maria Ignês Carlos Magno. CRB-8 Digital, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 3-21, jan. 2012 | http://revista.crb8.org.br. Acessado em 28 de agosto de 2012. BRANDÃO, Adelino. Crime e castigo no cordel: (crime e pena no folheto de cordel e no romanceiro folclórico do Brasil). Rio de Janeiro: Presença, 1991. CASA NOVA, Vera L. C. Cordel e biblioteca. R. Esc. Bibliotecon. UFMG, Belo Horizonte, v. 1, n. 11, p. 7-13, mar. 1982. CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 11. Ed. São Paulo: Global, 2001. CHAUI, Marilena. Introdução, como de praxe. In:______. Conformismo e resistência: aspectos da cultura popular no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1996. CLÁSSICOS rimados: obras célebres como “Os miseráveis” e “O alienista” ganham versões de cordel. Folha de S. Paulo, São Paulo, 30 mar. 2009. Folhateen, p. 5. COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE. Carta do folclore brasileiro. Salvador: [s.n.], 1995. In: BRASIL. Ministério da Educação. Fundação Joaquim Nabuco. Disponível em: <http://www.fundaj.gov.br/geral/folclore/carta.pdf>. Acesso em: 27 jul. 2011. DINIZ, Madson Góis. Do folheto de cordel para o cordel virtual: interfaces hipertextuais da cultura popular. Hipertextus: revista digital. v. 1. 2007. Disponível em: <http://www.hipertextus.net/volume1/artigo11-madson-gois.pdf>. Acesso em: 02 maio 2011. FREIRE, Wilson. O cordel e suas histórias: medicina preventiva. São Paulo: Abooks, [2002?]. GALVÃO, Ana Maria de Oliveira. Papéis atribuídos à leitura/audição de folhetos. In:______. Cordel: leitores e ouvintes. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. (Coleção Historial). HAURÉLIO, Marco; SÁ, João Gomes de. O cordel: sua história, seus valores. Revista Cultura Crítica, São Paulo, p. 17-21, jul./dez. 2007. KUNZ, Martine. Cordel, criação mestiça. Revista Cultura Crítica, São Paulo, p. 26- 31, jul./dez. 2007. LUCIANO, Aderaldo. Literatura de cordel, literatura brasileira. Revista Cultura Crítica, São Paulo, p. 32-37, jul./dez. 2007.
  • 9. LUYTEN, Joseph M. O que é literatura de cordel. São Paulo: Brasiliense, 2007. (Coleção Primeiros Passos; 317). MATOS, Edilene. Literatura de cordel: a escuta de uma voz poética. Revista Cultura Crítica, São Paulo, p. 8-14, jul./dez. 2007. MELO, Veríssimo. Literatura de cordel: visão histórica e aspectos principais. In: LOPES, José Ribamar (Org.). Literatura de cordel: antologia. 3. ed. Fortaleza: Banco do Nordeste do Brasil, 1994. NEPOMUCENO, Cristiane Maria. O jeito nordestino de ser globalizado. 2005. 193 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais)–Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2005. Disponível em: <http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado//tde_busca/ arquivo.php?codArquivo=149>. Acesso em: 15 jul. 2011. OLIVEIRA, Maria José. Benditos sejam: uma nova maneira de perceber a Literatura de Cordel. In: INTERCOM – SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTUDOS INTERDISCIPLINARES DA COMUNICAÇÃO; XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO; CONGRESSO ANUAL EM CIÊNCIA DA COMUNICAÇÃO, 26., 2003, Belo Horizonte. Anais eletrônicos... Belo Horizonte, 2003. Disponível em: <http://galaxy.intercom.org.br:8180/A3C7D68D-3C3F-4AD2-A342- 310326349856/FinalDownload/DownloadId- 13B34F0C6001DD7D426562E96E8FC3AF/A3C7D68D-3C3F-4AD2-A342- 310326349856/dspace/bitstream/1904/51 31/1/NP17OLIVEIRA.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2011. PAGLIUCA, Lorita Marlena Freitag et al. Literatura de cordel: veículo de comunicação e educação em saúde. Texto Contexto Enferm,, Florianópolis, v. 16, n. 4, p. 662- 670, out./dez. 2007. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/tce/v16n4/ a10v16n4.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2010. PINTO, Maria Rosário. A evolução da Literatura de cordel. In: INSTITUTO CULTURAL BANCO REAL. O universo do cordel. Recife: Banco Real, 2008. SILVA, Fernanda Isis C. da; SOUZA, Edivanio Duarte de. Informação e formação da identidade cultural: o acesso à informação na literatura de cordel. Inf. & Soc.:Est., João Pessoa, v. 16, n. 1, p. 215-222, jan./jun. 2006. Disponível em: <http://www.ies.ufpb.br/ojs2/index.php/ies/article/view/455/1506>. Acesso em: 5 out. 2010. SILVA, Silvio Profirio da et. al. Literatura de cordel: linguagem, comunicação, cultura, memória e interdisciplinaridade. Raídos, Dourados, MS, v. 4, n. 7, p. 303-322, jan./jun. 2010. TAVARES, Bráulio. A pedra do meio-dia ou Artur e Isadora: literatura de cordel. São Paulo: Ed. 34, 1998. TERRA, Ruth Brito Lemos. Memória de lutas: literatura de folhetos do nordeste: 1893-1930. São Paulo: Global, 1983. VASQUEZ, Pedro Afonso. O universo do cordel. In: INSTITUTO CULTURAL BANCO REAL. O universo do cordel. Recife: Banco Real, 2008.