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Literatura de Cordel
Professora: Lidiane Lima
Literatura de Cordel – o que é, principais características e representantes
A literatura de Cordel é um gênero literário tradicional da cultura brasileira, especialmente, do interior do
Nordeste, influenciou grandes autores de nossa literatura, como Ariano Suassuna.
“O sabiá no sertão
Quando canta me comove
Passa três meses cantando
E sem cantar passa nove
Porque tem a obrigação
De só cantar quando chove”
O verso acima faz parte da canção “Chover”, performatizada pelo grupo pernambucano Cordel do Fogo
Encantado.
Mas afinal, o que é literatura de cordel? O gênero é conhecido por sua transmissão através da oralidade cuja
função é, ao mesmo tempo, informar e divertir os leitores. Carregando fortes elementos da cultura brasileira,
se opõe a literatura impressa dos livros por se apresentar em folhetos.
Como surgiu a Literatura de Cordel
A literatura de cordel teve origem no XII em países como Itália, França e Espanha, tornando-se popular a
partir do Renascimento. No começo, os trabalhos elaborados pelos poetas eram vendidos em feiras.
No Brasil, o gênero chegou pelos portugueses no final do século XVIII. É interessante mencionar que o
cordel tem forte influência de Portugal onde seus representantes eram chamados de trovadores.
Os primeiros mestres dessa literatura surgiram no século XIX, quando destacaram-se nomes como Germano
da Lagoa, Ugolino Nunes da Costa e Leandro Gomes de Barros. A disseminação teve grande contribuição
pela venda de seus próprios autores.
Atualmente, a literatura do cordel tem sua melhor representação na região Nordeste, especialmente, nos
estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Pernambuco. Há, também, a presença de
cordelistas no Pará, região Norte do país.
Principais características da Literatura de Cordel
Além da já mencionada oralidade na transmissão de seu conteúdo, a literatura de cordel é um gênero
estruturado em versos. Por incorporar linguagem e temas populares, acaba se afastando dos cânones
literários tradicionais.
Os próprios autores divulgam suas obras, por isso, recorre a meios de divulgação diferentes daqueles
utilizados pela literatura convencional. O conteúdo do cordel, também, tem suas próprias peculiaridades as
quais podemos destacar:
● linguagem coloquial
● presença de métricas, rimas e oralidade
● utilização do humor, sarcasmo e ironia
● inserção de temas culturais brasileiros diversos, como religião, folclore, política, realidade social, entre
outros
A forma de composição mais utilizada é a redondilha maior, um verso de sete sílabas poéticas. É, também,
mais comum o uso da estrofe com seis versos, a sextilha. Quanto ao esquema de rimas, é forte a presença
da ABCBDB.
As melhores obras da Literatura de Cordel
A quantidade de publicações da literatura de cordel é vasta e, mesmo que sua venda seja realizada de forma
diferenciada da convencional, é possível reunir excelentes obras em publicações muito recomendadas.
Trouxemos algumas para que você possa conhecer um pouco mais sobre esse gênero:
● Cordel, de Patativa do Assaré
● A chegada de Lampião no céu, de Rodolfo Coelho Cavalcante
● Histórias e lendas do Brasil – contos nordestinos, de Tia Regina
● Antologia da literatura de cordel, de Sebastião Nunes Batista
● O príncipe e a fada, de Manoel Pereira Sobrinho
● A pedra do meio-dia ou Artur e Isadora, de Braulio Tavares
● Sertão alumiado pelo fogo do cordel encantado, de Ana Paula Campos Lima
● O flautista misterioso e os ratos de hamelin, de Braulio Tavares
● Lampião, o capitão do cangaço, de Gonçalo Ferreira da Silva
● Canudos na literatura de cordel, de José Calasans
● O pavão misterioso, de José Camelo de Melo Resende
Ai! Se sêsse!…
Autor: Zé da Luz
Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
as portas do céu e fosse,
as portas do céu e fosse,
te dizê quarquétoulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha facapuxasse,
e o buxo do céu furasse?…
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!

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Literatura de cordel

  • 2. Literatura de Cordel – o que é, principais características e representantes A literatura de Cordel é um gênero literário tradicional da cultura brasileira, especialmente, do interior do Nordeste, influenciou grandes autores de nossa literatura, como Ariano Suassuna. “O sabiá no sertão Quando canta me comove Passa três meses cantando E sem cantar passa nove Porque tem a obrigação De só cantar quando chove” O verso acima faz parte da canção “Chover”, performatizada pelo grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado. Mas afinal, o que é literatura de cordel? O gênero é conhecido por sua transmissão através da oralidade cuja função é, ao mesmo tempo, informar e divertir os leitores. Carregando fortes elementos da cultura brasileira, se opõe a literatura impressa dos livros por se apresentar em folhetos.
  • 3.
  • 4. Como surgiu a Literatura de Cordel A literatura de cordel teve origem no XII em países como Itália, França e Espanha, tornando-se popular a partir do Renascimento. No começo, os trabalhos elaborados pelos poetas eram vendidos em feiras. No Brasil, o gênero chegou pelos portugueses no final do século XVIII. É interessante mencionar que o cordel tem forte influência de Portugal onde seus representantes eram chamados de trovadores. Os primeiros mestres dessa literatura surgiram no século XIX, quando destacaram-se nomes como Germano da Lagoa, Ugolino Nunes da Costa e Leandro Gomes de Barros. A disseminação teve grande contribuição pela venda de seus próprios autores. Atualmente, a literatura do cordel tem sua melhor representação na região Nordeste, especialmente, nos estados de Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e Pernambuco. Há, também, a presença de cordelistas no Pará, região Norte do país.
  • 5. Principais características da Literatura de Cordel Além da já mencionada oralidade na transmissão de seu conteúdo, a literatura de cordel é um gênero estruturado em versos. Por incorporar linguagem e temas populares, acaba se afastando dos cânones literários tradicionais. Os próprios autores divulgam suas obras, por isso, recorre a meios de divulgação diferentes daqueles utilizados pela literatura convencional. O conteúdo do cordel, também, tem suas próprias peculiaridades as quais podemos destacar: ● linguagem coloquial ● presença de métricas, rimas e oralidade ● utilização do humor, sarcasmo e ironia ● inserção de temas culturais brasileiros diversos, como religião, folclore, política, realidade social, entre outros A forma de composição mais utilizada é a redondilha maior, um verso de sete sílabas poéticas. É, também, mais comum o uso da estrofe com seis versos, a sextilha. Quanto ao esquema de rimas, é forte a presença da ABCBDB.
  • 6. As melhores obras da Literatura de Cordel A quantidade de publicações da literatura de cordel é vasta e, mesmo que sua venda seja realizada de forma diferenciada da convencional, é possível reunir excelentes obras em publicações muito recomendadas. Trouxemos algumas para que você possa conhecer um pouco mais sobre esse gênero: ● Cordel, de Patativa do Assaré ● A chegada de Lampião no céu, de Rodolfo Coelho Cavalcante ● Histórias e lendas do Brasil – contos nordestinos, de Tia Regina ● Antologia da literatura de cordel, de Sebastião Nunes Batista ● O príncipe e a fada, de Manoel Pereira Sobrinho ● A pedra do meio-dia ou Artur e Isadora, de Braulio Tavares ● Sertão alumiado pelo fogo do cordel encantado, de Ana Paula Campos Lima ● O flautista misterioso e os ratos de hamelin, de Braulio Tavares ● Lampião, o capitão do cangaço, de Gonçalo Ferreira da Silva ● Canudos na literatura de cordel, de José Calasans ● O pavão misterioso, de José Camelo de Melo Resende
  • 7. Ai! Se sêsse!… Autor: Zé da Luz Se um dia nós se gostasse; Se um dia nós se queresse; Se nós dois se impariásse, Se juntinho nós dois vivesse! Se juntinho nós dois morasse Se juntinho nós dois drumisse; Se juntinho nós dois morresse! Se pro céu nós assubisse? Mas porém, se acontecesse as portas do céu e fosse, as portas do céu e fosse, te dizê quarquétoulíce? E se eu me arriminasse e tu cum insistisse, prá qui eu me arrezorvesse e a minha facapuxasse, e o buxo do céu furasse?… Tarvez qui nós dois ficasse tarvez qui nós dois caísse e o céu furado arriasse e as virge tôdas fugisse!!!